72
ANO XXX - N Q078 CAPITAL FEDERAL SEÇÃO I SEXTA-FEIRA, 8 DE AGOST0.DE 1975. CONGRESSO NACIONAL (*) Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, nos termos do art. 44, inciso r, da Constituição, e eu, José de Magalhães Pinto, Presidente do Senado Federal, promulga0 seguinte . DECRETO LEGISI"ATIVO N9 62, DE 1975 Aprova o texto da Convenção Destinada a Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre a Renda, firmada errtre a República Federativa do Brasil eo Estado Espanhol, em Brasília, a 14 de novembro de 1974. Art. 1Q . É aprovado o texto da Convenção Destinada a Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão :Fiscal em Matéria de Impostos sobre a Renda, firmada entre a República Federativa do Brasil e o Estado Espanhol, em Brasília, a 14 de novembro de 1974. Art. 2Q . Este Decreto Legíslatívo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal,. em 07 de agosto de 1975. - Senador José de Magalhães Pinto, Presidente. (*) O texto da Convenção acompanha a publicação deste Decreto Lcgíslatrvo no DCN (Seção lI) do dia 9-8-75. (*) Faço saber que o Congresso Nacional aprovou. nos termos do art. 44, inciso r, da Constituição, e eu, José de Magalhães Pinto, Presidente do Senado Federal, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO N9 63, DE 1975 Aprova o texto da Convenção que cria o Centro Internacional de Cálculo (Intergovernamental Bureau oi Informatics), concluída em Paris, a6 de dezembro de 1951. Art. 1 9 É aprovado o texto da Convenção que cria o Centro Internacional de Cálculo (Intergovernamental Bureau of Informatics), concluída em Paris, a 6 de dezembro de 1951. Art. 2 Q Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, em 07 de a.gostode 1975. - Senador José de Magalhães Pinto, Presidente. (") O texto da Convenção acompanha a -publícaçâo deste Decreto Legislativo no DCN (Seção II) do dia Façó' saber que o Congresso Nacional aprovou, nos termos do art. 44, inciso T, da Constituição, e eu, José de Magalhães Pinto, Presidente do Senado Federal, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO NQ 64, DE 1975 Aprova as modificações introduzidas nos textos dos Artigos li, Seção 1 (b), e IV, Seção 3 (b), do Convênio Constitutivo do Banco Interamericano de Desenvolvimento. Art. 1 Q São aprovadas as modificações introduzidas nos textos dos Artigos lI, Seção 1 (b), e IV, Seção 3 (b), do Convênio Constitutivo do Banco Interamericano de Desenvolvimento, que permitem a admissão de novos países . . Art. 2 9 Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, em 08 de agosto de 1975. - Senador José de Magalhães Pinto, Presidente.

Odemir Furlan Sobre o Consumidor

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Page 1: Odemir Furlan Sobre o Consumidor

ANO XXX - NQ078 CAPITAL FEDERAL

SEÇÃO I

SEXTA-FEIRA, 8 DE AGOST0.DE 1975.

CONGRESSO NACIONAL(*) Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, nos termos do art. 44, inciso r, da Constituição, e eu,José de Magalhães Pinto, Presidente do Senado Federal, promulga0 seguinte

. DECRETO LEGISI"ATIVON9 62, DE 1975

Aprova o texto da Convenção Destinada a Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscalem Matéria de Impostos sobre a Renda, firmada errtre a República Federativa do Brasil e o EstadoEspanhol, em Brasília, a 14 de novembro de 1974.

Art. 1Q . É aprovado o texto da Convenção Destinada a Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão:Fiscal em Matéria de Impostos sobre a Renda, firmada entre a República Federativa do Brasil e o EstadoEspanhol, em Brasília, a 14 de novembro de 1974.

Art. 2Q . Este Decreto Legíslatívo entra em vigor na data de sua publicação.

Senado Federal,. em 07 de agosto de 1975. - Senador José de Magalhães Pinto, Presidente.

(*) O texto da Convenção acompanha a publicação deste Decreto Lcgíslatrvo no DCN (Seção lI) do dia 9-8-75.

(*) Faço saber que o Congresso Nacional aprovou. nos termos do art. 44, inciso r, da Constituição, e eu,José de Magalhães Pinto, Presidente do Senado Federal, promulgo o seguinte

DECRETO LEGISLATIVON9 63, DE 1975

Aprova o texto da Convenção que cria o Centro Internacional de Cálculo (IntergovernamentalBureau oi Informatics), concluída em Paris, a 6 de dezembro de 1951.

Art. 19 É aprovado o texto da Convenção que cria o Centro Internacional de Cálculo (IntergovernamentalBureau of Informatics), concluída em Paris, a 6 de dezembro de 1951.

Art. 2Q Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Senado Federal, em 07 de a.gostode 1975. - Senador José de Magalhães Pinto, Presidente.

(") O texto da Convenção acompanha a -publícaçâo deste Decreto Legislativo no DCN (Seção II) do dia 9~8-75.

Façó' saber que o Congresso Nacional aprovou, nos termos do art. 44, inciso T, da Constituição, e eu, Joséde Magalhães Pinto, Presidente do Senado Federal, promulgo o seguinte

DECRETO LEGISLATIVONQ 64, DE 1975

Aprova as modificações introduzidas nos textos dos Artigos li, Seção 1 (b), e IV, Seção 3 (b),do Convênio Constitutivo do Banco Interamericano de Desenvolvimento.

Art. 1Q São aprovadas as modificações introduzidas nos textos dos Artigos lI, Seção 1 (b), e IV, Seção 3(b), do Convênio Constitutivo do Banco Interamericano de Desenvolvimento, que permitem a admissão denovos países.

. Art. 29 Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Senado Federal, em 08 de agosto de 1975. - Senador José de Magalhães Pinto, Presidente.

Page 2: Odemir Furlan Sobre o Consumidor

5514 Sexta-feka 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Agosto de 19'15

CÂMARA DOS DEPUTADOSSUMARIO

. PEIXOTO FILHO, ANTôNIO CARLOS, FRANCISCO ROCHA,CÉLIO MARQUES FERNANDES, HUMBERTO SOUTO, OLIVIRGABARDO, PAULO MARQUES, BIQUEIRA CAMPOS, JOSÉ CAR­LOS TEIXEIRA, FLORIM COUTINHO, LÉO SIMóES, NELSONMACULAN, FRANCISCO AMARAL, FRANCISCO LIBARDONI,JORGE ARBAGE - Apresentação de proposições. '

CÉLIO MARQUES FERNANDES, PARSIFAL BARROSO, PEI'-.XOTO FILHO - Encaminhamento de votação do Projeto número1.182-B, de 1973.

CELSO BARROS, JOSÉ ALVES - Discussão do Projeto IJ,.0669-B, de 1963. .

CÉLIO MARQUES FERNANDES .-: Discussão do Projeto n.o35-A, de 1975.

1 - ATA DA 77.a SESSÃO DA 1.a SESSÃO LEGISLATIVA DA8.a LEGISLATURA, EM 8 DE AGOSTO DE 1975

J - Abertura da .Sessáo

n - Leitura e assinatura da ata da sessão anterior

m - Leitura do Expediente

PROPOSTA DE EMENDA CONSTITUC;IONAL

- Do Sr. Franeisco Amaral e outros.

OFíCIOS

- N.o 27, de 1975, do·Sr. Laerte Vieira, Líder do MovimentoDemocrático Brasileiro.

- N.o 56, de 1975, do Sr. José Sarney, Vice-Presidente doGrupo Brasileiro da União Interparlamentar.

COMUNICAÇÕES

- Do Sr. Vasco Amaro, comunicando que se ausentará do Paise ,

_ Do-Sr. Mac Dowell Leite de Castro, comunicando que seausentará no País.

FERNANDO COELHO - Recrudescimento das enchentes emPernambuco.

NOSSER ALMEIDA - Problemática de abastecimento e co-mercialização de produtos agrícolas no Estado do Acre.

JúLIO VIVEIROS - Problemas de terras no sul do Pará.

MONSENHOR FERREIRA LIMA - Enchentes em Pernambuco.MARAO FILHO - FOnlecimento de certidões negativas do

FGTS no Maranhão através de rede bancária..INOC:@NCIO OLIVEIRA - Pagamento das índenízações e pro­

vidências complementares reclamadas pelos proprietários das ter­ras desapropriadas para Implantação da BR-232, Pernambuéo.

ISRAEL' DIAS NOVAES - Comportamento do Tribunal deContas da União.

PEIXOTO FILHO ~. Operacionalidade das Centrais ElétricasFluminenses S.A., Estado do Rio de Janeiro.

HUMBERTO LUCENA - Neerológio do escritor Eudes Barros.. ,

ANTôNIO ANNIBELLI - 20.° aniversário do Município deGoio-tJ:rê, Paraná.

ADRIANO VALENTE - Recuperação dos cafezais geados doPROJETO A IMPRIMIR Paraná.

projeto de Lei n,o 1.064-B, de 1972 (Do Senado lfederal) - • HILDÉRICO OLIVEIRA - Equiparação salarial dos prores-Dispõe sobre a filiaeão, como segurados facultativos, dos emprega- seres das Escolas Polivalentes da Bahia. . !

dores rurais ao INP'S; tendo pareceres: da Comissão de Constitui-ção e Justiça, pela constitucionalidade, [urídícídade e técníca.legís- ARY KFFURI - Necessidade de amparo oficiaI para a Orques­lativa; da Comissão de Trabalho e Legislação Soeial, pela aprova- tra Sinfônica de Ponta Grossa, Estado do Rio de Janeiro, e suasção, com emendas; e, da Comissão de Finanças, pela aprovação, congêneres no País.com adoeão das emendas da Comi.osão de Trabalho e Legislação CÉLIO MARQUES FERNANDES - Regulamentação, pelo BNH,Social. Pareceres à Emenda de Plenário: àa Comissão de Consti- do saque do FGTS para os compradores de casa própria dentro dotuíção e Justiça, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica Sistema Financeiro da Habitação.legislativa; e, das Comissões de Trabalho e Legislação Social é de ANTONIO BELINATI _ Custo das tarifas dos serviços telefô-Finanças, pela rejeição. nícos,

PROJETOS APRESENTADOS ERNESTO DE MARCO - Amparo à suínocuttura catarínense.Projeto de Lei Complementar n.O 36, de 1975 (Do Sr. Juarez FRANCISCO LIBARDONI _ Melhores preços mínimos para

Batista) - Dá nova redação ao § 2.° do artigo 7.°, da Lei Oomple- os produtos agrícolas da Região Sul.mentar n.o 7, de 7 de setembro de 1970, que "institui o Programa deIntegração Social, e dá outras providências". GENERVINO FONSECA - Editorial do jornal Cinco de Março,

de Ooíânía, Gotás: "Matando um Morto."Projeto de Lei n,o 855, de 1975 (Do Sr. l!'raneiseo Amaral) -

Estende o abono previsto na Lei n.? 6.147, de 29 de novembro de ANTôNIO FERREIRA - Posição do Presidente da República1974 aos que não foram por ele beneficiados. diante dos problemas ferroviários brasileiros.

ANTôNIO BRESOLIN - Artigo; de sua autoria, publicado naProjeto de Lei n.? 882, de 1975 (Do Sr. Díogo Nomura) - imprensa: "As multínacíonaís."

Institui o ipê como flor nacional do Brasil, e dá outras providências.ADHEMAR SANTILO - Anistia para presos polttícos.

IV - Pequeno Expediente JOSÉ BONIFáCIO NETO _ Necrológio do Desembargador Nél-NUNES LEAL - Acesso asfaltado da BR-158 à sede do Muni- son Ribeiro Alves.

cípio de Iraí, Rio Grande do Sul. . ANTÔNIO UENO Neeessidade de amparo à cotonicultura.JOAO VARGAS - Pronunciamento do Presidente Ernesto Gei- MAURíCIO LEITE _ ·Necessidade de construção de armazéns,

sel, de 1.0 de agosto eorrente:·· ..para deposito de sisal, em mumciplos paraibanos.ATHm COURY - paraUsação das obras da Rodovia Rio-

Santos no trecho Ubatuba-c-Sarrtos, São Paulo. Reivindieações dos V - Grande ExpedienteMunieipios de Mogi Guaçu, Mogi Mirim e Itapira, São Paulo. HENRIQUE CARDOSO _ Política brasileira do cacau.

MAGNO BACELAR - Fornecimento de certidões negativas doFGTS no Maranhão através da rede bancária. CÉLIO MARQUES FERNANDES - O momento polítíco na-

cional.OCTAC1LIO QUEIROZ - Necrológio do escritor paraibano

Virginius da Gam~ e Melo. Dragá para operar os serviços do porto MANOEL DE ALMEIDA - Inclusão dos Municípios de Januá-de Oabedelo, Paraíba. ria, Manga e São Francisco, Minas Gerais, na área de atuação da

NAB9R JúNIOR - Inauguração de ponte internacional, unín- •SUDENE.do Epitaciolândia, no Acre, a Cobija, na Bolívia. Necessidade de VI _ Ordem do Diaconstrução de ponte sobre o rio Acre, entre Brasíléía e Epitacio­lândia.

MARIO FROTA -- Atuação do Sr. Oldency de Carvalho, Becre­tárío de Interior e Justiça do Amazonas.

JANUáRIO FEITOSA - Atuação da Delegacia da Reeeita Fe­deral em Brasília.

ODEMIR FURLAN - Defesa do consumídor brasileiro.

HUGO NAPOLEÃO -- Concessão de racíüdades :de. Transportepara os alunos da Universidade Federal do Piauí. Convênios Minis­tério da Agricultura-i-Secretaria de Agricultura do Piauí.

MARCELO LINEARES - Discurso do Governador do Ceará nareunião do Conselho Deliberativo da SUDENE sobre as inundaçõesno Nordeste.

Page 3: Odemir Furlan Sobre o Consumidor

Ag'II)Sto de 1975 DIÃRIO DO CONGnESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 8 5515

PARSIFAL, BARROSO, ISRAEL DIAS NOVAES, PEDRO LU-CENA - Encaminhamento de votação do Projeto n,o 3D-A, de 1975.

Projeto n.o 1. 182-B, de 1973 - Aprovado.

Projeto n. a 669-B, de 1963 - Emendado.

Projeto n.> 35-A, de 1975 - Aprovado o parecer da Comissão'de Constituição e Justiça, pela inconstitucionalidade.

ISRAEL DIAS-NOVAES - Reflexos sócio-econômicos danucleamação da geraç~ de energia eíétríca, Programas comple­mentares decorrentes da utilização do átomo.

DYRNO pn~E8 - Acordo nuclear Brasil-c-Alemanha, Con­sumo de combustíveis líquidos no Pais.

VlI - ComunícaçQcs das Lidêranças

JG DE ARAÚJO Jo1tGE' - Emendas à Constituição.

.GABRIEL HERMES - (Retirado pelo orador para revísão.) AHidrelétrica de Itaboca, no Pará, e um projeto integrado para oTocantins.VIU - Designação da Ordem do DiaIX - Encerramento

2 - DISCURSO DO DEPUTADO JOÃO MENEZES. COM,{) Lí­DEa, NA SESSÃO VESPERTINA DE 5-8-75; EXPORTA­ÇAO DOS MINÉRIOS DA SERRA DOS CARAJAS E OAPROVEITAMENTO lIIDROGRÃFICO DO VALE AlVIA-,ZONICO,

3 - ATA DAS COMISSõES4 - l,\iESA (Relação dos membros)5 - LíDERES E VICE-LíDERES DE PARTIDOS ,(Relação dos

membros). 6 - COMISSO (Relação dos membros das Comissões Perma­

nentes,Especiais; Mistas e de Inquérito)

Rondônia

Jerônimo Santana - MDB.

. Amapá

Antônio Pontes - MDB.

Roraima

Hélio Campos - ARENA,

O SR. PRESIDENTE (Odulfo Domíngues)- A lista de presença acusa o compareci­mento de 170 Senhores Deputados.

Está aberta a sessão,

Sob a proteção de Deus íntcíamos nossostrabalhos.

O Sr. secretário procederá à leitura daata da sessão unteríor.

n - O SR. PEIXOTO FILlIO, servindocomo 2,o-Secretário, procede à leitura daata da sessão antecedente, a qual é, semobservações, assinada.

O SR. PRESIDENTE (Gdulfo Domíngnes)- Passa-se à leitura do expediente.

GoiásAdhemar Bantílo - MDR; Ary Valadão

- ARENA; Helio Levy - ARENA; HélioMauro - ARENA; Juarez Bernardes ­MDB; Rezende Monteiro _ ARENA; Siquei­ra Campos - ARENA.

Mato GrossoAntonio Carlos - MDB; Gastão Müller

- ARENA; Nunes Rocha - ARENA; Wa!­ter de Castro - MDB.

Paraná

Adriano Valente - "ARENA; AntônioAnníbellí - MDB; Antonio Belínati ­MDB;Antônio Ueno - ARENA; Arí Kffuri- ARENA; Gomes do Amaral - MDB; :':60LOS80 - ARENA; Nelson Maculan - MDB;Norton Maeêdo - 'ARENA; Olivtr Gabar lo- MDB; Santos Filho - ARENA; Sebas­tião Rodrigues Júnior - MDR

Santa Catarina

Abel Avíla - ARENA; Henrique Córdova- ARENA; Jaison Barreto - MDB; JoãoLínhares - ARENA; José Thomé - MDB;Laerte Vieira - MDB; Luiz "HenriqueMDB; Wilmar Dallanhol - ARENA,

Rio Gi'ande do Sul

Alberto Hoffrna-m - ARENA; Alceu Col­lares - MDB; Aldo F'agurrdes - MDB;Aluizio Paraguassu -- MDB; Antônio Bre­solín - MDB; Carlos Santos - - MDB; CélioMarques Fernandes - ARENA; FernandoGonçalves - ARENA; João Gilberto ­MDB; Jorge Uequed - MDB; Magnus Gui­marães - MDB; Nelson Marchezan ­ARENA; Odacir Klein - MDB; Rosa :Flores-MDB.

Espírito Santo

Argilano Dario - MDB; Gerson Camata- ARENA; Henrique Pretí - ARENA; Pa­rente Frota - ARENA.

Rio de .Janeiro

Abdon Gon\<a!ves - MDB; Alair Ferreira- ARENA; A!cir Pimenta - MDB; AlvaroValle - .!\RENA; Daso Coimbra - ARENA;Erasmo Martins Pedro- MDB; :Flexa Ri­beiro - 'ARENA; Florim Coutinho - MDB;lG de Araújo Jorge - MDB; Joel Lima­MDB; José Maria de oarvaího - MDB;Leônidas Sampaio - MDB; Mac DowellLeite de Oaatro -- MDB; Milton steinbruch- MDB; Miro 'I'eixeira- - MDB; MoreiraFranco - MDB; Peixoto Filho -,- MDB; Ru­bem Medina - MDR

Minas Gerll.is

Aécio Cunha - ARENA; Bento Gonçalv'lll- ARENA; Ootta Barbosa - MDB; FábioFOnsêca - MDB; F'rancíseq Bílae Pinto ­ARENA; Homero Santos - ARENA; Hum­berto ·Souto - ARENA; Ibrahím Abi-Aekel- ARENA; José Bonífácío - ARENA; LuizFernando - ARENA; Manoel de' Almeida- ARENA; Nelson Thibau - MDB; No­gueira de Rezende - ARENA; Padre Nobre- MDB; Paulíno Cícero - ARENA;' RaulBernardo -- AREN.c\; Tancredo NevesMDB; Tarcisio Delgado .- MDB.

São Paulo

A.H, Cunha Bueno - ARENA - Alcides:Franciscato - ARENA; Antonio Morimoto-- ARENA; Blotta Junior - ARENA; DiogoNomura - ARENA; :Fn.ncisco Amara! ­MDB; :Frederico Brandão - MDB;FreitasNobre - l\mB; Gioia Jmiior - ARENA;Israel Dias-Novaes - MDB; João Pedro ­ARENA; .Joaquim Bevilacqua - MDB; Jor-:­ge Paulo ~ MDB; Otavio Ceccato - MDB;Pedro Carolo - ARENA; Roberto Carvalho-- MDB; Theodoro Mendes - MDB; Yasu-nori::l;:unigo - MDB. '

. Alagoas

Antônio Ferreira - ARENA; José Alves- ARENA; José COsta - MDB.

Sergipe

Celso Carvalho - ARENA; FrancíseoRollemberg - ARENA;-José Carlos Teixeira- MDB; Passos Pôrto - ARENA; Raimun­do Diniz - ARENA.

Bahia

DjaIma Bessa - ARENA; Fernando Ma­galhâes - ARENA; Henrique Cardoso ­MDB; :Hi1dérico Oliveira - MDB;, JoãoA!ves - ARENA; João DurvaJ, - ARENA;Manoel Novaes - ARENA; Menandro Mi­nahím - ARENA; Prisco Viana - ARENA;Vasco Neto - ARENA; Vieira Lima ­ARENA.

Alacid Nunes ~ ARENA; Edison Bon­nlie-- ARENA; Jorge Arbage - ARENA.

Maranhão

Epitácio Oafeteira - MDB; José Ribamar~a<:hado - ARENA; Luiz Rocha - ARE­NA; Magno Bacel:",r - ARENA; Marão Fi­lho -- ARENA.

Piauí

Celso Barros - MDB; Hugo Napoleão ­4,RENA.

ATA DA 71." SESSÃOEM 8 DE AGOSTO DE 1975

PRESIDÊNCIA DOS SRS.:CHIO SORJA. Presidente;

ALENCAR FURTADO. 1.°-Vice-Presidente;ODULFO nOMINGUES, l,o-Secretário;PINHEiRO MACHADO, 3.o-Secretário;

e 'uBALDO BARÉM, Suplente de Secretário.;l- As 13:30 horas comparecem os Se­

nhores:. eélio BorjaHerbert LevyAlencar. :Furtado

.Ddulfo Domírigues

.Henrique Eduardo AlvesPínheíro MachadoLéo SimõesJúlio ViveirosLauro RodriguesUbaldo BarérnAntônio Florêncio

Acre

,.~9s.ser .Almeida - ARENA; Ruy Lino ­MDB.

JlmalSonas

Antunes de Oliveira - MDB; Joel Ferrei­ra. - MDB; Mário Frota - MDB.

Pará

Ceará

.Figueiredo Correia - MDB; Gomes da~pva - ARENA; Jonas .Garlos - ARENA;Marcelo Unhares - AREN~; Parsifal Bar­roso -- ARENA.

, aio Grande do Norte

"1t'Talicisco Rocha - MDB; Ney Lopes ­~NA; Ulisses Potíguar - ARENA.

Paraíba

Antônio Gomes -- ARENA; Humberto Lu­cena - MDB; Wilson Braga - ARENA;Otacílio Queiroz - MDR

Pernambuco

, ,Airon Rios- ARENA; Carlos WilsOn -­ARENA; Gonzaga Vasconcelos - ARENA;Inocêncio Oliveira :-. ARENA; Jarbas Vas­'-~neelos~ MDB; Marco 1••aciel- AREN.\;Sérgio Murillo - MDB.

Page 4: Odemir Furlan Sobre o Consumidor

5516 Sexta-feira 8 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção n Agosto de 1975

o ~ SR. MARCELO LJNlIARES, servindoservindo como 1.°-Secretário, procede à lei­tura do seguinte.

III - EXPEDIENTEPROPOSTA DE EMENDA

CONSTITUCIONAL N.o 175Altera a redação dos artigos 39 e 41,

da Oonstítulção Federal. '

As Mesas da Câmara dos Deputados e doSenado Federal promulgam a seguínteemenda constitucional:

'Art, 1.<' O artigo 39 da Constituição Fe­deral passa a vigorar com a seguinte re­dação:

"Art. 39. A Câmara dos Deputadoscompõe-se de representantes do povo,eleitas, entre cidadãos maiores de vintee um anos e no exercício dos direitaspolíticos, por voto direto e secreto, emcada Estado, Território e Distrito Fe­deral."

Art, 2,0 O artigo 41 da Constituição Fe­deral passa a vigorar com a seguínte we­dação:

"Art. 41. O Senado Federal compõe-sede representantes dos Estados e do Dis­trito Federal, eleitos pelo voto secreto edireto, dentre cidadãos maiores detrinta anos, no exercício de seus direi­tos políticos, segundo o principio' ma­joritário.§ 1.0 Cada Estado e o Distrito Federalelegerão três senadores com mandatode o.to anos, renovando-se a represen­tação, de quatro em quatro anos alüer­nadamente, por um e por dois terços.§ 2,.0 Cada Senador será eleito com seusuplente."

Art. 3.° O § 1.0 do artigo 77 da Consti­tuição Federal passa a vigorar com a se­guinte redação:

"§ 1.0 O candidato a "Tce-Presídenteserá eleito, entre os brasileiros maioresde trinta anos, e no exercício dos di­reitos políticos, deverá satisfazer osdemais requisitos do art. 7.., conside­rar-se-á eleito em virtude da eleição docandidato a Presidente com ele regis­trado; o seu mandato é de cinco anose na sua posse observar-se-á o dispostono artigo 76 e seu parágrafo único."

.TustificaçãoO que nos move a apresentar a presente

proposta de Emenda Constitucional é ocompleto abandono político a que foi rele­gada a população da Capital Federal. Oshabitantes desta cidade estão completa­mente órfãos de representantes e este é umfato extremamente. grave.

l!: grave porque se trata de uma cidadeQ'Ue se aproxima de seu primeiro milhão dehabitantes, sem Câmara de Vereadores, semrepresentação na Câmara dos Deputados enem no Senado Federal. Ou seja, os mora­dores desta cidade não têm a quem recor­rer para narrar suas mazelas e agruras, não'têm a quem fazer sugestões ou indicações,não têm a quem alertar sobre os defeitose vícíos de sua urbe, já que são eles, os queaqui residem e permanecem continuada­mente e que melhor conhecem Os problemasque a afligem.

Dirão 03 que são contrários à representa­ção parlamentar pela Capital do Pais, queesta já conta com a Comissão do DístrítoFederal do Senado. Porém, esta é consti­tuída por Senadores que têm seus maioresinteresses em seus Estados de origem e PQrmais que façam, nunca, data venía, pode­rão imprimir a mesma diligência de repre­sentantes locais aos. negócios da cidade. Éóbvio que os Senhores Senadores não po-

dem abandonar os assuntos de seus Estadospara dedicar-se aos do Distrito Federal.Nem seria de se esperar tal procedimento,pois foram eleitos pelo povo de suas Unida­des da Federação para tratar dos interessespróprios a seus respectívos Estados e doPais. E assim, periodicamente, deixam aCapital e dirigem-se aos Estados, como énormal.

A época da Constituição de 1946, o Dis­trito Federal além da Câmara de Vereado­res, tinha seus Deputados Federais - comnúmero mínímo de sete representantes -,e Senadores, como as .demaís Unidades daFederação. Isso queria dizer que o povo es­tava amplamente amparado e exercia seusdireitos políticos, o que, infelizmente, nãoocorre atualmente, pois os aproximadamen­te duzentos mil cidadãos brasileiros, ínscrí­crítos como eleitores no Distrito Federal,sofrem uma virtual "cassação branca" deseus sagrados direitos de voto e de partici­par da vida política da Nação.

Uma segunda alteração se impõe no tex­to constitucional, permitindo que tenhamacesso ao Senado brasileiros, também de 30a 35 anos. Os tempos que vivemos são ou­tros. As pessoas amadurecem mais cedo;hoje, quando a luta pela vida, mais intensa,dá ao homem o conhecimento e a experiên­cia bastante, antes mesmo dos 35 anos deidade, idade que as constituições anterioresfizeram como limitativa para o acesso àCâmara Alta. l!: uma homenagem justa àmocidade brasileira.

Uma terceira alteração respeitosamentesugerimos ao texto constttueíoual, qual sejaa de permitir que a Vice-Presidência daRepública possa ser aspirada e, eventual­mente ocupada por brasileiros também dafaixa etária de 30 a 35 anos de idade.

As razões são as mesmas que ditaram asegunda alteração constitucional que pro­pusemos.

São. estas as razões em que fundamosnossa presente proposta de emenda consti­tucional.

Sala das Sessões, 27 de junho de 1975. ­Francisco Amaral - Lincoln Grillo - Ode­mir Furlan - Rômulo GallJão - PretiericoBrandão - Jerônimo Santana - ArioTheodoro -,. Emanuel Waissmann - Hen­rique Cardoso - JoeZ Lima - GcimalielGalvào - Rosa Flores - Aloisio Santos ~JG de Araúio Jorge - Humberto Lucena ­Roberto de Carnallu: -- Francisco Rocha- Pedro Lucena - Eloy Lenzi - NadJjrRossetti - Arçilumo Dario - Ernesto deMarco -- Antônio Pontes - Freitas Nobre­Otávio ceceato -. octaeiuo Almeida - An­tônio José _ Antônio Morais - Mário Frota- Antônio Belinati - Odacir Klein - Olí­vir Gabardo _. Amaury Müller - ExpeditoZanotti - Cotta Barbosa - Adhemar san­iilo - José Maria de Carvalho - AlbertoLavinas -- Getúlio Dias - João Arruda ­Sebastião Rodrigues Jr. .._" Daniel Silva ­Mário Moreira - Walber Guimarães -- JoséBonij-ácio Neto "- Airton Sandoval - Alva­TO Dias - Aleir Pimenta - Airton Soares-.- João Gilberto - José Mandelli - Oswal­do Lima - Tareísi!> Delgado - José Costa- Guaçu Piteri - Renato Azeredo - JorgeFerraz - Joei Ferreira - Hélio de Almeida- Epitcl.cio Cafeteira - Antônio Morimoto- Leôniâns Sampaio - Jarbas VasGoncelos'- Jairo Brum -- Jorge Paulo - 'Jorge Ue­qued -- Padre Nobre - Antônio Annibelli ­Osvaldo Buskei - Magnus Guimarães ­Santillí Sobrinho - Harry Sauer - CelsoCarvalho - Rubem DOU1'ado - MarceloMedeiros - Antunes de Oliveira - JoaquimBevilacqua - Pedro Faria -- Miro Teixei­ra - José Thomé - Jorge Moura - Figuei­redo Correti - Aurélio Campos - MiltonBteinbruch. - Marcelo Gato - Dias Mene-

2es - Aluizio Paraguassu - José Ca­margo - Sílvio Ãbreu. Júnior - Paulo Mar­ques - Jtuier Bal'balho - Celso Barros ­Jaison Barreto - LUÍí> Herique - JoséCarlos Teixeira - Henrique Eduardo Alves- Genival Tourinho - Brigido Tinoco ­Fábio Fonseca - Israel Dias Nouaes - Ya­suriori Kunigo - Edgar Martins - Mo­reira Franco - Athie Coury - Marcos Tito- Fernando Gama - Walmor de Luca­Marcondes Gadelha - Aldo Ftunmâes _Vieira da Silva - Alceu CoUares - NaborJúnior - Juarez Bernarâes - Léo SimõesHiuiérieo Oliveira - Noiâe Cerqueira _Tancredo Neves - Lidovino Fanton - Ge­neroino Fonseca - Sérgio Múrillo - Fer­nando Coelho - Vinicius Cansanção,or, n.o 027/75

Brasilhi, 5 de agosto de 1975.A Sua Excelência o SenhorDeputado Célio BorjaDD. Presidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente,

Tenho a honra de comunicar a Vossa E:lt­celêncta que o Deputado Octacilio Queirozpassa a integrar, como membro efetivo. aComissão de Ciência e Tecnologia, e, comoSuplente, as Comissões de Fiscalização Fi­nanceira e Tomada de Contas e do Polígo­no das Secas.

. Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência protestos de estima e con­sideração. - Laerte Vieira, Líder do MDB.

GRUPO BRASILEIRODA UNIãO INTERPARLAMENTAR

ot. 56/75Brasília, 5 de agosto de 1975..

A Sua Excelência o SenhorDeputado Célio BorjaPresidente da Câmara dos Deputados

senhor Presidente:

Tenho a honra de comunicar a Vossa Ex­celência que a Delegação da Oãmara dosDeputados à 62," Conferência Interparla­mental', a realizar-se em Londres, de 3 a 12 .de setembro próximo, ficou assim consti­tuída:

Deputado Célio Borja, Chefe da Dele­gaçãoDeputado Airon RiosDeputado Antônio MarizDeputado Batista MirandaDeputado Fernando GamaDeputado Fernando LyraDeputado Flávio MarcilioDeputado Furtado LeiteDeputado Geraldo GuedesDeputado Jorge Vargasbeputado Juarez BernardesDeputado Marcelo LinharesDeputado Marcondes GadelhaDB.Ilutado Flj,es de AndradeDenutado Paulíno OíceroDenutado Petrôníc FigueiredoDe.Dutado Pinheiro MaehadoDeputado 'I'ancredo Neves

Solicito a Vossa Excelência considerar aviagem como missão autorizada da Câmarados Deputados, nos termos do art. 40 e para.fins do disposto no art. 240, § 3.°, do Regi~mente Interno dessa Casa.

Aproveito a oportunidade para reiterar­lhe meus protestos de alta estima e consi­deração, - Senador José Sarney, Vice­Presidente.ZCZC CTA 129/02De PAlegre Rs Tel 02 24 01 0800Pres Câmara DeputadosBrasília DF

Devidos fins comunico eminente colegaestou ausentando-me pais visita r"epública

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. A~(Isto de 1975 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 8 5517

do Prata pt Cordiais Saudações pt ­Deputado' Vasco Amaro.

Brasilia 6 de agosto de 1975.

OQmunico a Vossa Excelência, nos termosregimentais, que me ausentarei do Pais apartir de 11 do corrente,

. ' Atenciosamente. - Mac Dowell Leite deCastro.

PROJETO DE LEIN.o 1.064-B, de 197Z

(Do Benado Federal)Dispõe sobre a filiação, como segura­

dos facultativos, dos empregadores ru­rais ao INPS; tendo pareceres: da Co­missão de Constituição e Justiça, pelaeenstítueíenalídade, juridicidade e téc­nica legislativa; da Comissão de Tra­balho e Legislação Social, pela aprova­ção, com emendas; e, da Comissão deFinanças; pela aprovação, com adoçãodas emendas da Comissão de Trabalhoe Legislação Social. PARECERES AEMENDA DE PLENÁRIO: da Comissãode Constituição e Justiça, pela constí­'tucion~lidade, juridicidade e técnica le-gislativa; e, das Comissões de Trabalhoe Legislação Soéial e de Finanças, pelarejeição.

(PROJETO DE LEI N.o,1.064-A, de 1972," emendado em Plenário, a que se referem

os pareceres.)O Oongresso Nacional decreta:Art. 1.° Jl: permitido aos empregadores

rurais filiar-se, como segurados facultati­vos, ao Instituto Nacional de PrevidênciaSocial (INPS).

Parágrafo único. Considera-se "empre­gador rural", para. os fins desta lei, a pessoafisica ou jurídica, proprietário ou não, queexplore atividade agrícolas, pastoris ou naindústria rural, em caráter temporário oupermanente, utüízando-se, para esse fim,da mão-de-obra rural.

Art, 2.0 ~s despesas oriundas da aplica­ºW do disposto nesta lei serão atendidaspela arrecadação das contríbuíções dos em­pregadores rurais, fixada em 16% (dezesseispor cento) sobre um mínimo de uma vez eum máximo de cinco vezes o salário mínimovigente na região.

Parágrafo único. Caberá ao Departa­mento Nacional de Previdência Social(DNPS), ouvidas as entidades sindicais res­pectivas, estabelecer a incidência percen­tual referida neste artigo.

Art. 3.0 Esta lei entra em vigor na datade sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.

Senado Federal, em 30 de novembro de1972. - Petrônio Portella, Presidente do Se­nado Federal.

SINOPE

.PROJETO DE- LEIN ,0 54, DE 1971

Dispõe sobre a filiaçáó, como segura­dos facultativos, dos empregadores ru­rais ao lNPS.

Apresentado pelo Senhor Senador CarlosLindenberg.

Lido no expediente da sessão de M dejunho de 1972, e publicado no DCN, de 25de junho de 1972.

Dístríbuído às Comissões de Con8tituiçáoe Justiça, de Agricultura e de Legislação So­cial.

Em 13 de outubro de 1972, são lidos osseguintes pareceres:

N.o 407, de 1972, da Comissão de oons­tituiçâo e Justiça, relatado pelo Senhor Se-

. nador Nelson Carneiro, pela constituciona­lidade e juridicidade do projeto.

N.o 408, de 1972, da ocmíssão de Agri­cultura, relatado pelo Senhor Senador Vas­concelos Torres, pela aprovação.

N.o 409, de 11172, da Comissão de Legisla­ção Social, relatado pelo Senhor SenadorOrlando Zancaner, pela aprovação do pro­jeto com a Emenda n. O 1-CLS, que apresen­ta. (DCN, de 14 de outubro de 1972 ­Seção n.)

Em 23 de novembro de 1972, é íncluídoem Ordem do Dia para díscussão em pri­meiro turno.

Na mesma data, é o projeto aprovado coma Emenda n. O l~CLS.

A Comissão de Redação para redigir ovencido para o segundo turno regimental.

Em 28 de novembro de 1972, é lido o Pa­recer n,v 553, de 1972, da Oomíssão de Re­dação, relatado pelo Senhor Senador Catte­te Pinheiro, apresentando a redação do ven­cido para o segundo turno regimental.

Em seguida (sessão das 18:30 horas), élido o Requerimento n.o 198, de 1972, deautoria do Senhor Senador Ruy Santos, so­licitando dispensa de Interstício, sendo omesmo aprovado. (DCN de 29 de novembrode 1972 - Seçáo n.)

Em 29 de novembro de 1972, é incluído emOrdem do Dia para discussão em segundoturno.

Dado como definitivamente aprovado,nos termos do artigo 316, do Regimento In­terno, é encaminhado à Câmara dos Depu­tados com o Oficio n.o 367, de 30 de novem­bro de 1972.

N.o 367

Senhor Primeiro-Secretário,Tenho a honra de encaminhar a Vossa

Excelência, a fim de ser submetido à revi­são da Câmara dos Deputados, nos termosdo artigo 58, da Oonstrtuíçâo Federal, oProjeto de Lei do Senado n.O 54, de 1971,constante do autógrafo junto, que "dispõesobre a ríüaçãc, como segurados facultati­vos, dos empregadores rurais ao INPS".

Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelêneia os protestos de minha ele­vada estima p mais distinta consideração.­Senador Ney Braga, 1.°-Secretário.

PARECER DA OOMISSAODE CONSTITUIÇAO E JUSTIça

I e 11- Relatório e Voto do Relator

O Projeto n.o 1.064/72, do Senado Fe­deral, especificando em seu art. 2.° a fontede custeio, atende à exigência do parágrafoúnico do art. 165 da Constituição, que diz:

"Nenhuma prestação de serviço de as­sistência ou de benefício compreendi­dos na previdência social será criada,majorada ou estendida, sem a corres­pondente ronte de custeio total."

Caberá às Comissões de Legislação Sociale de Finanças a apreciação do mérito.

Nada temos a opor quanto à constitucio­nalidade, juridicidade e boa técnica legis­lativa, concluindo por sua aprovação, s.m.j,

Bala das Sessões, 19 de junho de 1973. ­Altair Chagas, Relator.

III - Parecer da ComissãoA Comíssâo de Constituição e .Justiça, em

reunião extraordinária de sua Turma "B",realizada em 19-6-73, opinou, unanimemen­te pela constitucionalidade, [uridíeídade eboa técnica legislativa do Projeto número1.064/72, nos termos do parecer do Relator.

Estiveram presentes os Senhores Depu­tados:

Lauro Leitão - Presidente, Altair Cha­gas - Relator, Alceu Onllares, DjalmaBessa, Élcio Alvares, Hamilton Xavier, Hil­debrando Guímurães, José Bonifácio, JoséBally, Luiz Braz, Osnelli Martinelli e Ray­mundo Parente.

Sala das Sessões, 19 de junho de 1973. ­Lauro Leitão, Presidente - Altair Chagas,Relator.PARECER DA COMISSÁO DE TRABALHO

E LEGISLAÇAO SOCIAL

I - RelatórioO nobre Senador Carlos Lindenberg, em

junho de 1971, apresentou na Câmara Altaproposição dispondo "sobre a filiação, comoeegurados facultativos, dos empregadoresrurais ao INPS." Após regular tramitação, oprojeto foi aprovado e veio à revisão daCâmara dos Deputados, em fins de 1972.

A douta Oomíssão de Oonstituição e Jus­tiça, à unanimidade, opinou pela constitu­cionalidade, juridicidade e boa técnica le­gislativa, nos termos do parecer oferecidopelo nobre Deputado Altair Chagas.

Deve agora este plenário, por força dasdisposições do art. 28, § 15, alínea "f", doRegimento Interno, manifestar-se sobre omérito da proposição.

li: de salientar-se, para perfeita e justacompreensão do elevado sentido social doprojeto em exame, que inicialmente todos015 empregadores rurais estavam compresn­didos na previdência social, ex vi do dis­posto na. Lei n. O 4.214/63 - Estatuto doTrabalhador Rural, como segurados do an­tigo lAPI.

Os artigos 32 e 160 daquele diploma legaltratavam dos segurados obrigatórios (pe­quenos propríetáríos rurais, empreiteirostarefeiros e pessoas fisicas que, com menosde cinco empregados a seu serviço, exploras­sem atividades agrícolas, pastoris ou na in­dústria rural, em caráter temporário oupermanente, diretamente ou através deprepostos) enquanto o artigo 161 abrangiaos segurados facultativos (proprietários emgeral, titulares de firma individual, direto­res, sócios, gerentes, sócios solidários, sóciosquotistas, cuja idade fosse, no ato da ms-,eríção, até cinqüenta anos).

O Decreto-lei n.o 276, de 1967, ao alterardispositivos do Estatuto do Trabalhador Ru­ral, deixou de lado grande número de pes­soas, que voltaram a não ter qualquer am­paro previdenciário.

A Lei Complementar n.O 11, de 25 de maiode 1971, instituidora do "Programa de As­sistência ao Trabalhador Rural", revogoutodas as disposições legais anteriormentecitadas e definiu como beneficiários do ..•pRORURAL apenas o trabalhador rural eseus dependentes. O art. 3.0 , § 1.0 , desse di­ploma esclarece que:

"§ 1.0 Oonsidera-se trabalhador rural,para os efeitos desta Lei Oomplementar:a) ...•.•.•...•••.....•.•••..••.••.•.•

b) o produtor, proprietário ou não,que, sem empregado, trabalhe na ati­vidade rural, individualmente ou emregime de economia f·aroilíar, assim en­tendido o trabalho dos membros da fa­mília indispensável à própria subsis­tência e exercido em condições de mú­tua dependência e colaboração." (Gri­ramos.)

Estavam, pois, completamente excluidostodos os empregadores rurais que se utili­zavam de mão-de-obra rural.

Nunca é ocioso relembrar-se que, com opRORURAL, implantou-se um novo eon-

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S518 Sexta-feira 8

ceito de assistência previdenciária no Pais,independentemente de qualquer veículocontributivo do beneficiário criou-se o con­ceito de "segurança social".

O Senador Carlos Lindenberg assim ex­pressava o seu inconformismo com essa no­va realidade trazida pelo PRORURAL que,Bem razão plausível, deixava ao desamparoprevidenciário significativo número de em­pregadores rurais:

"Ora, é bom indagar, na ocasião emque se dá mais um passo à frente emLegislação Social, introduzindo-se umnovo conceito, que é o de "segurançasocial" - amparo ao .ser humano semvínculo contrtbutívo do mesmo - se éjusto abandonar-se sem qualquer am­paro prevídencíárln os "empregadoresrurais", numerosos em todo o País eque dão emprego a grande número defamílias? É óbvio que não. E nem sediga que pelo simples fato de serem"empregadores" são ríeos e não preci­sam de tal amparo.A grande maioria desses "empregado­res", não obstante essa alegação infun­dada, na realidade luta contra toda sor­te de fatores, passa por vicissitudes asmais variadas e é obrigada a trabalharaté a idade mais provecta.Porventura já não estão incluídos naAssistência Social todos os empregado­res dos demais ramos de atividade?"

E justificava, com clareza meridiana, oobjetivo de seu projeto:

"O que propomos virá sanar tal injus­tiça, dentro de um meio termo justoe equltatívo, que atende de certo mo­do aos verdadeiros preceitos do que sechama "Justiça Social".Não há, convém frisar, nenhum abusono projeto, cujas disposições não virão,em hipótese alguma, prejudicar de qual­quer forma a Previdência Social.A concessão de benefícios, como se sabe,baseia-se, atualmente, nas contribui­ções fundamentais dos empregadores edos empregados,A parte da União, constituída, em suamaioria, da arrecadação de taxas diver­sas, diretamente do público, destina-sea atender a despesas com a adminis­tração do INPS, não entrando no cál­culo dos benefícios. E esses benefícíos,por sua vez, têm base aturíal apósum período de carência de cíneo anos.Não íneluímos os "empregadores rurais"como segurados autônomos... mas, sim,admitimos que eles se filiem ao INPSfacultativamente, como era antes, con­tribuindo com 16% ... "

Verifica-se, pois, que o projeto tratou,cuidadosamente, de todos os ângulos daquestão, apresentando solução justa.

Suas disposições são do mais elevado sen­tido social e dígnas dos maiores encômios,Oomo bem acentuou o ilustrado parecer daComissão de Legíslacão Social do Senado,"numa época em que tanto se fala em "se­gurança social" - amparo amplo e totala todo ser humano, sem vínculos contribu­tivos - não é cabível ou mesmo compreen­sível esse tipo de esquecimento".

A proposição em debate merece franco eirrestrito apoio. Julugamos necessário, toda­via, apresentar duas emendas. A primeiradelas diz respeito à definição de "empregA­dor rural". Preferimos adotar a constanteda recente Lei n.o 5.889, de junho do cor­rente ano, que mantém o mesmo núcleo daconceituação do projeto, mas di-lo commaior rigorismo técnico. A outra emendaimpõe-se, visto que <í Departamento Naeío-

DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL <SeI;io I)

nal de Previdência Social (DNPS) foi ex­tinto pelas disposições do art. 4.° do De­creto n.o 69.014, de 4 de agosto de 1971,editado após a apresentação do projeto pelo _Senador CarJos Lindenberg.

n - Voto do RelatorFace às razões expostas, votamos favo­ravelmente ao Projeto de Lei n.O 1.064, de1972, com as emendas que oferecemos, emanexo.

Sala das Reuniões; em novembro de1973. - João Alves, Relator.

IH - Parecer da ComissãoA Comissão de Trabalho e Legislação So­

cial, em sua reunião ordinária, realizada em17 de abril de 1974, opinou, unanimemente,pela aprovação do Projeto n.? 1.064172. Comemendas, nos termos do Parecer do RelatorDeputado João Alves.

Estiveram presentes os Senhores Depu­tados Raimundo Parente, Presidente; Wal­ter Silva, Carlos Cotta, Wilson Braga, Wil­mar Dallanhol, João Alves, Roberto Galvani,ítalo Conti, Francisco Amaral, José da Sil­va Barros, Argilano Darío.. Alcír Pimenta,Osmar Leitão, Henrique La Rocque, Fernan­do Cunha, Peixoto Filho e Mauricio Toledo.

Sala da Comissão, em 17 de abril de 1974.- Raimundo Parente, Presidente - JoãoAlves, Relator.

EMENDASADOTADAS PELA COMISSÃO

N.O 1

Substitua-se o parágrafo único do art. 1.°do Proj eto de Lei n.o 1. 064, de 1972, peloseguinte:

"Parágrafo único. Considera-se em­pregador rural, para os efeitos destaLei, a pessoa física ou jurídica, proprie­tária ou não, que explore atívldadeagro-econômíce. em caráter permanen­te ou temporário, diretamente ou atra­vés de prepostos e com auxílio de em­pregados."

N.O 2Substitua-se, no parágrafo umco do art.

2.° do Projeto de Lei n.O 1.064, de 1972, aexpressão: "ao Departamento Nacional dePrevidência Social (DNPS)" pela seguinte:"à Secretaria de Previdência Social",

Sala das Reuniões, em de novembro de1973. - João Alves, Relator.

PARECER DA COMISSAODE FINANÇASI - Relatório

O projeto ora submetido à nossa consi­deração é da lavra do Senador Oa.rlos Lill­denberg e tem por objeto permitir aos em­pregadores rurais filiarem-se, como segu­rados facultativos, ao Instituto Nacional dePrevidência Social.

?. Trata-se de iniciativa cujo alcancenão esconde o sentido protecionista que en­cerra, mas nem por isso invalida a feliziniciativa do conspícuo autor que se ateveprimordialmente em legislar sobre maté­ria, fazendo justiça a uma categoria pro­fissional sem ferir direitos de outrem, tan­to que a ela se harmonizam perfeitamenteos preceitos invocados na Lei das Leis.

3. O projeto é dos que emanam do Se­nado Federal, tendo naquela Casa Legisla­tiva recebido manifestacão favorável em to­das as Comissões por ônde tramitou.

4. Na Câmara dos Deputados a proposi­ção foi alvo de estudos por parte das Co­missões de Constituição e Justiça e de Tra­balho e Previdência Social, com integralconcordância pela sua aprovação.

5. Por distribuição, envio o projeto a esteórgão técnico, cabendo-nos .a honra de re­latá-lo nos exatos limites da competênciadeterminada pelo art. 24, parágrafo 7.0. Ie­tra e, que prevê a hipótese de proposiçõesque importem eu aumento ou diminuiçãode receita ou da despesa pública.

6. Analisando a medida, no que pertin~a esse aspecto, nenhum óbice se nos reve­la íncrímínador que nos conduza a apo,Q.­tal' aumento de despesa e tampouco dímt­nuiçâo de receita pública. Antes pelo con­trário,'é notória a preocupação do nobreautor, Senador Carlos Lindenberg, ao afas­tar esse inconveniente negativo, quandoprevê no art. 2.° da proposição que "as des­pesas oriundas da aplicação do dispostonesta lei serão atendidas pela arrecaãaeâodas contribuições dos empregadores l'Ul"aisfixadas em 16% (dezesseis por cento) sobreum mínimo de uma vez e um máximo' decinco vezes o salário minimo vigente naregião",

11 - Voto do RelatorEm face do exposto, opinamos tavoravel­

mente à aprovação do Projeto de Lei".I;\.o1,064, de 1972, acolhendo as emendas aprc­vadas pela Comissão de Trabalho e Legís­lação Social.

Sala da Comissão, em 5 de setembm .de1974. - Jorge Vargas, Relator.

'UI - Parecer da Comissão

A Comissão de Finanças, em sua reuniãoordinária, realizada em 5 de setembro de1974, opinou, unanimemente, pela aprpv.a­cão do Pro] eto n,v 2.206/70, do Sr. Franc~s­

(;0 Amaral. nos termos do parecer do Relator, Deputado Jorge Vargas.

Compareceram à reunião os Senhores Ar­thur Santos - Presidente, Ildélio Martins eAthíê COUl'Y - Vice-Presidente, Adhemarde Barros Filho Homero Santos, FernandoMagalhães, Tou~inho Dantas, João yaste+o:Wilmar Guimarâes, Milton Brandão, J~e

Freire, Joel Ferreira, Florim Coutínho, Ce­sal' Nascimento, Jorge Vargas, oeansn Coe­lho, Ivo Braga e Leopoldo Peres.

Sala da Comissão, em 5 de setembro de1974. - Arthur Santos, Presidente - JorgeVargas, Relator.

EMENDA OFERECIDAEM PLENÁRIO

Ao art. 1.0 do projeto acrescente-se infine, após a expressão INPS:

" .. " com as restrições constantes do §3.0 do art. 5.° da Lei n.O 3.807, de 26 deagosto de 1960, com a redação dada pe­la Lei n.o 5.890, de 8 de junho de 1973."

Justificação

Justifica-se a emenda pela necessídadede ajustar a proposição ora em exame à re­gra geral da Lei Orgânica da PrevidênciaSocial, no que eoncerne à concessão de be­nefícios.

Sala das Sessões, 2 de dezembro de 1974.- Célio Marques Fernandes.

PARECER DA COMISSÃO DEOONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA

I e II - Relatório e Voto do Relator'

A emenda oferecida em Plenário ao PrD­jeto n.o 1.064-A/72 pelo ilustre DepllPfl.qoCélio Marques Fernandes completa a pro­posição já apreciada e aprovada nas Comis-sões Técnicas a que foi distribuído. .

Pode ser considerada constitucional, jm:~­dica e de boa técnica legislativa, requísítosque a Comissão de Constituição e Jus.~9a

deve regimentalmente perquirir, ficando o

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~,os~ de 1975

exame de seu mérito deferido à Coro.isSão deTrabalho e Legislação Social.

Pela aprovação."Sala da Comissão, em 10 de abril de 1975.

..... Altair Chagas, Relator.l lU _ Parecer da Comissã,~

, A Comissão de Constituição e JWitiça, emreunião Plenária, realizada em 10-4-75, opí­nOI,!, unanimemente, pela constitucionalida­de, jurldlcídade e boa técnica legislativa,do, Projeto n.? 1. 064-AI72, nos termos do pa­recer do Relator.

Estiveram presentes os senhores Depu­tados: - Luiz Braz, Presidente; Altair Cha­gas, Relator; Nereu Guidi, Alceu Gollares,Antônio Mariz, Cantidio Sampaio, BlottaJúnior, Celso Barros, Claudino Sales, Cle­versou Teixeira, Djalma Bessa, Erasmo

.Marfína Pedro, Ernesto Valente, Gomes daSilva, Jarbas Vasconcelos, Jairo MagalhãesJoão Gilberto, João Línhares, Joaquim Be­vílacqua, José Mauricio, José Sa.lly, LauroLeitão, Lidovino Fonton, Luiz Henrique,Ney Lopes, Nogueira da Gama, r-'oide Cer­queira, Norton Macedo, Osmar Leitão, Pe­'trônío Figueiredo, Rubem Dourado, Sebas­tião Rodrigues, TarClsio Delgado, 'Iheobal­do Barbcsa e Walter Silva.

Sala da Comissão, em 10 de abril de:1>97,5, - Luiz Braz, Presidente; Altair Cha­gas, Relator.

PARECER DA COMISSAO DE TRABALHOE LEGISLAÇAO SOCIAL

I - Relatório

O nobre Deputado Célio Marques I'ernan­des vem de apresentar a esta Casa a pre­sente emenda de Plenário ao Projeto de Lein.o 1.064-A, de 1972, originário do SenadoFederal, que dispõe sobre a tíltacâo. comosegurados facultativos, dos empregadoresrurais ao INPS.

2. Segundo o seu autor, "jU8tifil~a-se aemenda pela necessidade de ajustar a pro­posícâo ora em exame à regra geral da LeiOrgânica da Previdência Social, no que con­cerne à concessão de benefício".

3. Na Comissão de Constituição e Justi­ça, 'para onde foi inicialmente distribuída,'a emenda logrou aprovação, por const.ltucío­nal, jurídica e de boa técnica laglslattva,nos termos do parecer do Relator DeputadoAltair Chagas. '

4. Dístrlbulda a este órgão técnico, cou­'be~nos a honra, como Relator, de examiná­la quanto ao seu mérito.

5. O que pretende a emenda, sem dúvi­da, é ímpossível de ser acolhido, pois, apretexto de ajustar a proposição à regra ge­ral da Lei Orgânica da Previdência Social,violenta marcadamente seu espírito tor­nando o projeto coxo, antes mesmo de eon­

'verter-se em lei.

6. Pela emenda proposta, o projeto per­derá a sua razão de ser, eis que a norma do§ 3. 0 do art. 5.0 da Lei n.o 3.807, de 19150, re­duzindo em muito as pretensões do empre­gador rural, efetivamente viria a traduziruma situação que não é. a procurada pelaclasse. Bastaria que ao ingressar no sistemacontasse com 60 anos de idade para ter as­segurado apenas os benefícios que o rete­ridQ dispositivo prevê (pecúlio e salárto-ra­mílta) , não fazendo jus a quaisquer outrosbenefícios, quando na verdade o que dese­jam é filiar-se à Previdência Social.

7. Além disso não se pode ignorar os no­VOS rumos assumidos pela Previdência So­cial em nossos dias, a exemplo da proteçãosocial, inclusive de saúde, aos maiores desetenta anos de idade e aos inválldoa, ou­tras medidas estão a indicar a nova pos-

DIÁRIO DO (lONGRESSO NACIONAL (Seçiio I)

tura da Previdência, como o amparo aosmaiores de 60 anos de idade, anunciado re­centemente pelo Ministro da PrevidênciaSocial nesta oasa Legislativa.

n - Voto do RelatorDe quanto foi exposto, somos pela rejei­

ção da emenda do ilustre Deputado CélioMarques Fernandes.

Sala da Comissão, em de maio de1975. - Frederico Brandão, Relator.

III - Parecer da Comissão

A Comissão de Trabalho e Legislação So­cial, em sua reunião ordinária, realizada em14 de maio de 1975, opinou unanimemente,pela rejeição da Emenda de Plenário aoProjeto n. á 1.064-A/72, nos termos do pa­recer do Relator, Deputado Frederico Brari-dão. c

Estiveram presentes os Senhores Depu­tados: Vingt Rosado, Argílano Dario, Adhe­mar Ghisi, Alvaro Gaudêncio, Cid Furtado,Eduardo Galfl, Nereu Guidi, tbranim Abi­Ackel, Nelson Marehesan. Luiz Rocha, Os­mar Leitão, Pedro Carola, Raimundo Pa­rente, Siqueira Campos. Vicente vuoio, Wil­mar Dallanhot, Aloisio Santos. Carlos Cotta,Francisco Amaral, Frederico Brandão, Ge­túlio Dias, Joel Lima, José Maurício, JorgeMoura, José Costa, Marcelo Gato, Otáviooeccato, Rosa Flores, Elcival Caiado, JoséHaddad, José Sally, Lygia Lessa Bastos, Re­zende Monteiro e Gamaiíel Galvão.

Sala da Comissão, em 14 de maio de 1975.- Vingt Rosado, Vice-Presidente, no exer­cício da Presidência; Frederico Brandão,Relator.

PARECER DA COMISSAODE FINANÇAS

1.- Relatório

O Projeto de Lei n.? Lo64-A, de 1972, deiniciativa do ilustre Senador Carlos Lin­denberg, dispõe sobre a filiacão, como se­gurados facultatívos. dos empregadores ru­rais ao INPS.

2. A matéria na Câmara dos Deputadosjá foi alvo de estudos por parte das Comis­sões de Constituição e Justiça, de Trabalhoe Legislação Social e de Finanças.

3. Obteve, na primeira. parecer pelaconstitucionalidade, [urídtcidade e boa téc­nica legislativa e, nas outras duas, logrouparecer pela aprovação.

4. Retorna. agora, a novo exame destaComíssâo. em virtude da emenda que lhefoi apresentada em Pleriário pelo nobreDeputado Célio Marques Fernandes.

5. Na Comissão de Constituição e Jus­tica a emenda foi aprovada sob o aspectoda constttucíonaüdade, [urídícídad« e boatécnica legislativa. Em seguida, prcnuncíou­se a Comissão de Trabalho e Legislação So­cial pela sua rejeição, nos termos do pare­cer do ilustre Deputado Frederico Brandão.

6 Nesta Comissão de Finanças. a emen­da in speeíe será analisada do ponto de vis­ta das proposições que importem em au­mento ou diminuição da receita ou da des­pesa pública, na conformidade com o quedispõe o art. 28, § 7.°, do Regimento Internoda Câmara dos Deputados.

7. Sobre ser uma emenda que traduzaum mínimo de dispêndio para a Previdên­cia Social não é, todavia, a mais aconse­lhável, uma ves que o seu caráter restrttívoproduzirá o efeito de assegurar ao empre­gador rural, após completar 60 (sessenta)anos de idade, apenas um pecúlio no valorcorrespondente às eontríbuicões vertidas,não fazendo jus a quaisquer outros benefí­cios. (O grifo é nosso)

Sexta-feira 8 551.

Efetivamente, não é essa a intenção doempregador rural que procura, através doprojeto, o seu amparo previdenciário.

S. Aliás, a Previdência Social que o pro­jeto prevê está perfeitamente atendida pelacontribuição fixada em 16%, não havendo,portanto, motivo para uma restrição que,segundo salienta o douto parecer da Co­missão de Trabalho e Legislação Social,"violenta marcadamente seu espírito, tor­nando o projeto coxo, antes mesmo de con­verter-se em lei".

9. O nosso entendimento acerca daemenda não é outro senão o da rejeição,tendo em vista que o projeto na sua reda­ção final representa a Previdência Socialque o empregador rural busca, o que nãoacontecerá, se aprovada for a emenda donobrs Deputado Célio Marques Fernandesque significa uma capitis deminutio à pre­tensão dessa laboriosa categoria profissio-nal. .

Ir - Voto do RelatorDe quanto foi exposto, opinamos pela re­

jciçáo da emenda.Sala da Comissão, em de j unho de

1975. - Jorge Vargas, Relator.

111 - Parecer da Comissão

A Comissão de F~nanças, em sua reuniãoordinária, realizada em 7 do corrente, opi­nou, unanimemente pela rejeição do proje­to de Lei n.? 1.064-AI72. do Senado Federal,conforme parecer do Relator, Deputado Jor­ge Vargas.

Compareceram à reunião os DeputadosHomero Santos, Adriano Valente, AntonioMorimoto, Fernando Magalhães, FranciscoBilac Pinto, Hélio Campos, João Vargas,Athíô Coury, Emanuel Waissmarrn, EpitácioCafeteira, Gomes do Amaral, Jorge Vargas,Moacy Dalla, Ribamar Machado, 'I'emisto­eles Teixeira, João Menezes, Mílton ateín­bruch, Odacir Klein, Roberto Carvalho, RuyCôdo, Theodoro Mendes, Nelson Marchezane Florim Coutinho.

Sala da Cornlssâo, em B de agosto de 1975._ Homero Santos, Presidente; Jorge Var­gas, Relator.

PROJETO DE LEI COMPLEl\'illNTARN.o 36, de 1975

(Do Sr. Juarez Batista)Dá nova redação ao li 2.° do art. '7 ...,

da Lei Complementar n.? 7, de 7 desetembro de 1970, que "institui o Pro­grama de Integração Social, e dá outrasprovidências".

(As Comissões de Constituicão e Jus­tiça, de Trabalho e Legislação Sociale de Finanças.)

O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 D.ê-se ao § 2.° do art. 7.0 da Lei

Complementar n.? 7, de 7 de setembro de1970, a seguinte rcdacão:

"§ 2.0 A omissão do nome do empre­gado entre os participantes do Fundosujeitará a empresa à multa de .Cr$ 1. 000,00 (mil cruzeiros), anualmen­te reajustada na forma do art. 2.° daLei n.? 6.205, de 29 de abril de 1975."

Art. 2.° Esta Lei entrará em vigor nadata de sua publicação.

J ustifícação

Como se sabe, de acordo com a Iegíslaçãodo Programa de Integração Social, as em­presas são obrigadas a promover recollrí­mentes mensais estando sujeitas, se não ofizerem nos prazos estipulados, a multa,mora e correção monetária.

Page 8: Odemir Furlan Sobre o Consumidor

5520 Sexta-feira 8

Anualmente devem elas também apre­sentar ao agente arrecadador a chamadaRelação Anual de Salários, com a díserímí­nação, de todos os seus empregados. Pelaomissão do nome de um único empregado,embora a contribuição já tenha sido reeo­lhida ficam também as empresas sujeitasa uma multa de valor correspondente a.dez vezes o salário do empregado.

Tal sanção é evidentemente exagerada.Daí o presente projeto. cujo objetivo é

atenuá-Ia.Tendo em vista o que dispõe a Lei n.?

6.205, de 29 de abril de 1975 que estabeleceua descaracterização do salári omínímo co­mo fator de correção monetária, a projetotambém prevê a atualização do valor da.multa em função dessa nova norma legal.

Sala das Sessões, - JUarez Batista.

LEGISLAÇAO CITADA ANEXADA PELACOORDENAÇAO DAS COMISSõES

PERMANENTES

LEI COMPLEMENTAR N.o 7DE 7 DE SETEMBRO DE 1970Institui o Programa de Integração

Social, e dá outras providências.

Art. 7.0 A participação do empregado noFundo rar-se-á mediante depósitos efetua­dos em contas individuais abertas em nomede cada empregado, obedecidos os seguintescritérios:

§ 2.0 A omissão dolosa de nome de em­pregado entre as participantes do Fundosujeitará a empresa à multa, em benefíciodo Fundo, no valor de dez (10) meses desalários, devidos ao empregado cujo nomehouver sido omitido.

LEGISLAÇAO CITADA ANEXADA PELACOORDENAÇAO DAS COMISSÕES

PERMANENTES

LEI N.o 6.205DE 29 DE ABRIL DE 1975

Estabelece a descaracterísaeâo do sa­lário mínimo como fator dê correeãomonetária e acrescenta pàrágrafo úni­co ao art. 1.° da Lei n,? 6.147, de 29de novembro de 1974.

Art. 2.° Em substituição à correção pelosalário mínimo, o Poder Executivo estabe­lecerá sistema especial de atualização mo­netária.

Parágrafo único. O coeficiente de atua­Iízação monetária, segundo o disposto nesteartigo, será baseado no fator de reajusta­mento salarial a que se referem os arts. 1.0e 2.0 da Lei n.? 6.147, de 1974, excluído ocoeficiente de aumento de produtividade.Poderá estabelecer-se como limite, para avariação do coeficiente, a variação dasObrigações Reajustáveis do Tesouro Nacio­nal (ORTN).

Art. 3.0 O art. 1.0 da Lei n,? 6.147, de1974, fica acrescido de parágrafo único coma seguinte redação:

"parágrafO único. Todos os saláriossuperiores a 30 (trinta) vezes o maiorsalário mínimo vigente no País terão,como reajustamento legal, obrigatório,um acréscimo igual à importância re­sultante de aplicação àquele limite dataxa de reajustamento decorrente dodisposto no caput deste artigo."

DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

LEI N.o 6.147DE 29 DE NOVEMBRO DE 1974Dispõe sobre o reajustamento coletivo

de salário das categorias profissionais,e dá outras providências.

Art 1.0 Nos reajustamentos salariais efe­tuados, a partir de 1.0 de janeiro de 1975,pelo Oonselho Nacional de Política Salarial,pela Secretaria de Emprego e Salário, doMinistério do Trabalho, bem como pelaJustiça do TrabalhO nos processos de díssí­dia coletivo, o novo salário será determi­nado multiplicando-se o anteriormente vi­gente pelo fator de reajustamento salarial,calculada na forma do disposto no art. 2.0desta Lei.

Art. 2.0 O fator de reajustamento sala­rial a que se refere o artigo anterior seráobtido multiplicando-se os seguintes fato­res parciais:

a) a média aritmética dos coeficientes deatualização monetária dos salários dos últi­mos doze meses;

b) o coeficiente correspondente à metadedo resíduo inflacionário previsto para umperíodo de doze meses, fixado pelo Conse­lho Monetário Nacional;

c) o coeficiente correspondente à parti­cipação no aumento da produtividade daeconomia nacional no ano anterior, fixadopela Secretaria de Planejamento da Presi­dência da República;

d) o quociente obtido entre o coeficienterelativo à metade da taxa de inflação efe­tivamente verificada no período de vigênciado antigo salárío e o correspondente à me­tade do resíduo inflacionário usado na de­terminação deste salário.

PROJETO DE LEIN.o 855, de 1975

(Do Sr. Francisco Amaral)

Estende o abono previsto na Lei n.o6.147, de 29 de novembro de 1974 aosque não foram por ele beneficiados.

(As comíssões de Oonstttuícão e Jus­tiça, de Economia, Indústria e Co­mércio e de Pinariças.)

O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 O abono de dez por cento sobre

os salários reajustados nos termos da legis­lação salarial, durante o período compreen­dido entre 1.0 de janeiro e 30 de junho de1974, concedido pela Lei n.v 6.147, de 29de novembro de 1974. será também devidonos mesmos termos, sobre os salários rea~justados no período de 30 de junho a.29 denovembro de 1974 e pago até 30 dias apósa promulgação desta lei.

Art. 2.° Entrará esta Lei em vigor nadata de sua publicação.

JustificaçãoPara atenuar os rigores da política sala­

rial o próprio Executivo, acolhendo queixase reclamações generalizadas, no ano pas­sado enviou ao Congresso Nacional o Pro­jeto de Lei n.? 8, de 1974 (ON), que se trans­formou na Lei n. O 6.147, de 1974.

Referido diploma legal além de alterara fórmula para o reajustamento salarialÍl;stituiu um abono de 10%, como antecípa­çao, o qual, entretanto, somente beneficiouos trabalhadores que tiveram seus saláriosreajustados até junho de 1974, numa injus­tificável díscrímíriação.

11l, dessa forma, objetivo da presente pro­posição corrigir a injustiça que não deve,a nenhum título, perdurar.

Sala das Sessões, - Francisco Amaral.

Agosto de 1975

LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADA PELA ­COORDENAÇÃO DAS COMISSõES

PERMANENTES

LEI N.o 6.147DE 29 DE NOVEMBRO DE 1974Dispõe sobre o reajustamento enletl­

vo de salário das categorias profi~io~

naís, e dá outras providências.

O Presidente da República

Faço saber que o Congresso Nacional de­creta e eu sanciono a seguinte Lei: .

lil:t. 1.0 Nos reajustamentos salariais efe­tuados, a partir de 1.0 de janeiro de 1975,pelo Conselho Nacional de Política Salarial,pela Secretaria de Emprego e Salário, doMinisténo do Trabalho, bem como pelaJustiça do Trabalho nos processos de dís­sídio coletivo, o novo salário será determi­nado multiplicando-se o anteriormente vi­gente pelo fator de reajustamento salarial,calculada na forma do disposto no art. 2.0desta Lei.

Art. 2.0 O fator de reajustamento sala"ríal a que se refere o artigo anterior seráobtido multiplicando-se os seguintes fato­res parciais:

a) a média aritmética dos coeficientes deatualízação monetária dos salários dos últi­mos doze meses;

b) o coeficiente correspondente à metadedo resíduo inflacionário previsto para umperíodo de doze meses, fixado pelo ConselhoMonetário Nacional;

c) o coeficiente correspondente à parti­cipação no aumento da produtividade daeconomia nacional no ano anterior, fixadopela Secretaria de Planejamento da Presi­dência da República;

d) o quociente obtido entre o coeficienterelativo à metade da taxa de ínffacão ere­tivamente vérlficada no período dê vigên­cia do antigo salário e o correspondente àmetade do resíduo inflacionário usado nadeterminação deste salário. -

Art. 3_0 O Poder Executivo baixará, men­salmente, por ato próprio, O·fator de rea­justamento salarial, com base nos princí­pios estabelecidos no art. 2.0 desta LeL

Art. 4.0 A Secretaria de Emprego e Sa,­lárío, do Ministério do Trabalho, calcularáa taxa de reajustamento salarial, de acordocom o disposto nesta Lei, nos casos em quea última revisão coletiva de salário tenhaocorrido há mais de 12 (doze) meses, for­necendo-a quando solicitada pelos órgãoscompetentes.

Art. 5.0 A competência do Conselho Na­cíonal de Política Salarial, definida no art.3.0 da Lei n.? 5.617, de 15 de outubro de1970, estende-se às entidades vinculadasaos diferentes Ministérios, com exceção da­quelas subordínadas à administração dopessoal civil da União.

Art. 6.0 Fica instituído, a partir de 1.0de dezembro de 1974, um abono de emer­gência de 10% (dez por cento), incidentesobre os salários reajustados nos termos elalegtslação salarial, durante o período com­preendido entre 1.0 de janeiro e 30 de junhode 1974.

§ 1.0 O abono de emergência, de quetrata este artigo, será considerado comoantecipação dos próximos reajustamentosde salários e não influirá no cálculo dasnovas taxas de revisão salarial.

§ 2.0 O disposto no caput deste artigonão obriga que sejam novamente alteradosos salários que já receberam, por ato es~

pontàneo do empregador, aumentos iguaisou superiores ao valor deste abono, deven-

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Agosto de 1975 DIARIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feua 8 5521

do ser complementados para 10% (dez porcento) os aumentos espontâneos concedidosem percentual inferior.

Art. 7.° Fica instituído, igualmente, apartrr de 1.0 de dezembro de 1974, um abo­no de emergêneía de 10% (dez por cento),incidente sobre os níveis do salário mínimovigente.

§ 1.0 O abono de emergência é conside­rado como antecipação 40 próximo aumen­to dos níveis do salário mínimo, e não seráconsiderado no cálculo de quaisquer valoresque tenham por base o salário mínimo.

§ 2.0 O Poder Executivo baixará ato fi­xando a tabela de valores do abono deemergência relatívo aos níveis de saláriomínimo, arredondando ao centavo e paramais o cálculo do valor horário.

Art. 8.0 Os descontos e contribuições le­gais incidirão também sobre o abono deemergência de que trata esta Lei.

Art. 9.0 Esta Lei entra em vigor na datade sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.

Brasília, 29 de novembro de 1974; 153.0da tndependêneía e 86.0 da Repúbllca.ERNESTO GEISEL - Arnaldo Prieto.

PROJETO DE LEIN.D 882, de 1975

(Do Sr. Diogo Nomura)

Institui o Ipê como flor nacional doBrasil, e dá outras p~ovidências.

(As Comissões de Constituição e Jus­tiça e de Educação e Cultura.)

O oonaresso Nacional decreta:

Art. 1.° O ipê amarelo (Tecoma Chry­sostrícha) é considerado a flor nacional doBrasil

Art. 2.° Fica instituída a Semana Na­cíonal do Ipê, a ser comemorada na se­gunda semana do mês de setembro de cadaano.

. Artv» 3.0 Os festejos e comemorações. decaráter cívico, cultural e popular, deverãorealizar-se em todo território nacional, sobo patrocínío e organização lia Ministérioda Educação e Cultura.

Art. 4.° Anualmente, o Ministério daEducação e Cultura baixará portaria desig­nando os membros da Comtssâo Nacionaldos Festejos da Semana do Ipê,

Art. 5.° Esta Lei entra em vigor na datada sua publíeação.

Art. 6.° Revogam-se as disposições emcontrário.

JllstificaçíWO ípê, por certo, é a árvore que com mais

propriedade pode representar a flora bra­sileira, eis que se adapta praticamente atodo o território nacional.

A floração do ipê atinge o apogeu em finsdo mês de agosto e }}rincipio de setembro,colorindo nossos campos de amarelo e deroxo, suas espécies mais freqüentes, e anun­ciando que a primavera está por chegar.

Daí termos eacolhido a segunda semanado mês de setembro, anualmente, para ascomemorações da Semana Nacional do Ipê,Nessa época do ano a árvore apresenta seuaspecto atraente, o que serviria de moti­vação aos festejos nas escolas, nas praçaspúblicas e nos campos de nossa Pátria,sempre no sentido de estimular no espíritodo povo o amor pela natureza e a preser­vação do mais expressivo exemplar da nos­sa flora.

Inúmeros países, no mundo inteiro, dedi­cam especial atenção a esse problema. Emalguns deles, a árvore ou a flor participamatê dos símbolos nacionais. Ninguém igno­ra, por exemplo, que o lírio é o símbolo dopovo francês; as cerejeiras falam pelo pró­prio Japão; as tulipas sugerem o povo' ho­landês. Aqui mesmo, entre nós, o café játeve seu lugar no próprio pavilhão nacionaldo Império.

Nos dias que correm, marcados pela du­reza dos tempos modernos, pelo menos umasemana por ano seria dedicada à naturezae à tranqüilidade que ela sugere. Sobretudo

-às crianças dirigiríamos esses festejos; es­taríamos temperando com amor os coraçõesdaqueles que, muito em breve, dirigirãonossos destinos.

Estamos reapresentando a presente pro­posição que, finda -a legislatura anterior,foi arquivada nos termos regimentais pornão ter sido examinada pelas Comissõescompetentes, simplesmente por falta detempo.

Sala das Sessões, em 1.0 de agosto de1975. - Diogo Nomura.

ERRATARepublica-se por ter saído com íncorrecões

no DCN de 5-8-75, páginas 5.316, 3.8 côlu­na:

PROJETO DE LEIN.o 856, de 1975

(Do Sr. Inocêncio Ollveíra)

Na ementa, onde se lê:"Revoga a Lei H.O 5.726, de 29 de outu­bro de 1971, que "dispõe sobre medidaspreventivas e repressivas ao tráfico euso de substâncias entorpecentes ou quedeterminem dependência física ou psí­quica e dá outras providências";

Leia-se:"Dá nova redação à Lei n.? 5.726, de29 de outubro de 1971, que "dispõe so­bre medidas preventivas e repressivasao tráfico e uso de substâncias entor­pecentes ou que determinem dependên­cia física ou psíquica e dá outras pro-vidências". .

(As Comissões de Constituição e Jus­tiça, de SaÚde e de Educação e Cul­

tural.)

O' Congresso Nacional decreta:

CAP;íTULO IDa Prevenção

Art. 1.0 ]j) dever de toda pessoa física ou[urídíea colaborar no combate ao tráfico euso de substâncias entorpecentes ou quedeterminem dependência física ou psíquica.

Parágrafo único. As pessoas [urídtcasque não :;Jrestarem, quando solicitadas, aeclaboração nos planos e programas do go­verno federal de combate ao tráfico e usode drogas perderão, a juízo do Poder Exe­cutivo, auxílios e subvenções que venhamrecebendo da União, dos Estados, do Dis­trito Federal, Territórios e Municípios, bemcomo de suas autarquias, empresas públi­cas, sociedade de economia mista e funda­ções.

Art. 2.0 A União poderá celebrar convê­nio com os Estados e Municípios, visando àprevenção e repressão do tráfico e uso desubstâncias entorpecente.': que determinemdependência física ou psiquica.

Art. 3.0 Considera-se serviço desinteres­sado à cotetívídade, para efeito de declara­ção de utilit:ade pública, a colaboração dassociedades civis, associações e fundações nocombate ao tl'áfico e uso de substâncias

entorpecentes ou que determinem depen­dência nsica ou psiquica.. Art. 4.0 No combate ao tráfico e uso desubstâncias entorpecentes ou que determi­nem dependência física ou psíquica serãoaplicadas, entre outras, as seguintes me­didas preventivas:

I - A proibição de plantio, cultura, co­lheita e exproraçâo por particulares da dor­mideíra, da coca, do cânhamo eannabís sa­tíva, de todas as variedades dessas plantase de outras de que possam ser extraídassubstância entorpecentes, ou que determi­nem dependência física ou psíquica.

II - A destruição das plantas dessa na­tureza existentes em todo o território na­cional, ressalvado o disposto no inciso se­guinte;

IT! - A licença e a fiscalização, pelas au­toridades competentes, para a cultura des­sas plantas com fins terapêuticos e eíentí­fif.'os;.IV - A licença, a nscalízaçâo e a limita­

çao, pelas autorídades competentes, da ex­tração, produção, transformação, preparo,posse, importação, exportação, reexporta­ção, expedição, transporte, exposição, ofer­ta, venda, compra, troca, cessão ou deten­ção de substâncías entorpecentes, ou quedeterminem dependência física ou psíquíeapara fins terapêuticos e científicos;

V - O escudo e a fixação de normas ge­rais de fiscalização e a verificação de suaobservância pela Comissão Nacional de Fis­calização de Entorpecerrtes, pelo Serviço Na­cional de Fiscalização da Medicina e Far­mácia e órgão" congêneres dos Estados eTerritórios;

VI - A Coordenação pela Comissão Na­cional de Fiscalização de Entorpecentes epelo Bervíço Nacional de Fiscalização de Me-

. dicina e Fa.'lnácia de todos os dados esta­tísticos e ínrormatívos colhidos no Pais re­lativos às operações mercantis e às infra­ções à legislet, ção especifica.

VII - A observância pelos estabelecimen­tos farmacêuticos e hospítalares, pelos es­tabelecimentos de ensino e pesquisas, pelasautoridades sanitárias, policiais ou alfande­gárias, dos dispositivos legais referentes abalanços, relações de venda, mapas e esta­tística sobre substâncias entorpecentes ouque determinem dependência ríslca ou psí­quica;

VIII - A observância por médicos e ve­terinários dos preceitos legais e regulamen­tares, relativos à prescriçâo de substânciasque determinem dependência fisica ou psi­qujca;

IX - A colaboração governamental comorganismos internacionais reconhecidos ecom os demais Estados na execução dasdisposições das convenções que o Brasil secomprometeu a respeitar;

X - A execução de planos e programasnacionais e regionais de esclarecimento po­pular, especialmente junto à juventude li.respeito dos malefícios ocasionados pelo usoindevido de substâncias entorpeeentes ouque determír etn dependência física ou psí­quica, bem como da eliminação de suascausas.

Art. 5.° Os Estados, o Distrito Federal eos Tel.'ritórios organlzarâo, no início de cadaano letivo, cursos para educadores de es­tabelecimentos de ensino nele sediados, como objetivo de prepará-Ios para o combate,no âmbito escolar, ao tráfico e uso indevidode substâncias entorpecentes ou que deter­minem dependência física ou psíquica.

§ 1.0 Os governos dos Estados, do Dis­trito Federal e dos Territórios relacionarão,com antecedência mínima de 60 (sessenta)dias, os estabelecimentos de ensino que de-

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5522 Sena-feira 8 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Agosto f1e 1975

verão designar representantes, no maxrmode 2 (doís) , para participarem dos cursosmencionados neste artigo.

§ 2.0 O período durante o qual o educa­dor participar de curso de preparação serácomputado como de efetivo exercício no es­tabelecimento oficial ou particular que otiver designado.

§ 3.0 Somente poderão ministrar os cur­sos a que se refere o artigo pessoas devi­damente qualificadas profissionalmente eeredencíadas pelos Ministérios da Educaçãoe Cultura e da GaÚde.

§ 4.° Nos cursos de que trata este artigopoderão ainda inscrever-se, dentro do nú­mero de vagas çue for fixado, outras pes­soas de atívrdades relacionadas com a seuobjetivo.

Art. 6.0 Os estabelecimentos de ensina deprimeiro e segundo graus ou superior pro­moverão, durante a ano letivo, conferên­cias, de freqüêncía obrigatória para os alu­nos e facultativa para os pais, sobre osmalefícios causados pelas substâncias en­torpecentes, ou que determinem dependên­cia rísíca ou psíquica,

Art. 7.0 )B diretores dos estabelecimen-tos de ensino adotarão todas as .meeüdasque forem necessárias à prevenção do trá­fico e uso, no âmbito escolar, de substân­cias entorpecentes ou que determinem de­pendência física ou psíquica.

Parágrafo único. Sob pena de perda docargo, ficam os díretores obrígados a CQ­munícar às autoridades sanitárias <JS casosde uso e tráfico dessas substâncias no âm­bito escolar, competindo a estas igual pro­cedimento em relação àquelas.

OAPíTULO li

Do Tr'!tameuto e Recuperação

Art. 8.° 08 viciados em substâncias en­torpecentes cu que neterminem dependên­eía fisica ou psíquica, que praticarem oscrimes previstos nesta lei, ficarão sujeitos àsmedidas de recuperação por ela estabeleci­dl}S.

Art. 9.0 Quando em qualquer fase do pro­cesso, o juiz reconhecer, por força de laudooficial, que o agente, em razão de depen­dência, não possuía capacidade de enten­der o caráter ilícito 'do fato ou de determi­nar-se de acordo com esse entendimento,ordenará o tratamento em estabelecimentoadequado pelo tempo necessário à sua re­euperaçâo, consoante método e orientaçãomédica de estabelecimento oficial, ficandosobrestados os autos e submetido o agenteao regime de Iíberdade assistida.

Art. 10. Se, apesar de dependente de tó­xíeos, exercer o tráfico de drogas, o agenteserá recolhido a estabelecimento penal on­de cumprirá a sanção pela prática do cri­me, recebendo tratamento para recuperar­se, em ambulatório interno desse estabeleci­mento.

§ 1.0 Se, cumprida a pena, não estiverrecuperado da dependência, tóxica será tra­tadc sob O regime previste no artigo ante­rior.

§ 2.0 Não é imputável o agente que, porintoxicação completa proveniente de casofortuito ou força maior, era, ao tempo dofato, inteiramente incapaz de entender oseu caráter criminoso ou determinar-se deacordo com esse entendimento.

§ 3.° A pena pode ser reduzida de um adois terços se o agente, por intoxicaçãoproveniente de caso fortuito ou força maior,não possuía, ao tempo do fato, a plena ca­pacidade de entender o seu caráter ilicitoou de determinar-se de acordo com esseentendimento.

§ 4.° Se J dependente de tóxicos come­ter outros delitos que não os previstos nestalei, e possuir à época do fato a plena ca­pacidade de entender o seu caráter crimi­noso ou de determinar-se de acordo comesse sntendí-nento, receberá a sanção comi­nada nos dísooaltívos do estatuto penal queinfringir, com a aplicação da medida deque trata este artigo.

I - Se nas mesmas condições o depen­dente de tóxicos não tiver a plena capaci­dade de entender o caráter ilícito do fatoou de determinar-se de acordo com esseentendimento, a pena do crime poderá serreduzida na forma dó que dispõe o pa­rágrafo precedente.

rI - Se, aínda, nas mesmas condições, odependente de tóxicos for inteiramente in­capaz de entender o caráter ilícito do fatoou de determínar-se de acordo com esseentendímentc, será considerado inimputávele a ele aplicado o tratamento previsto noart. 9.0 desta lei.

Art. 11. Os menores de 18 (dezoito) anosinfratores, dependentes ou não, ficarão su­jeitos às medidas previstas na legislação es­pecial.

CAPíTULO lI!

Do Procedimento Judicial

Art. 12. O processo e Julgamento dos cri­mes prevístos nesta lei reger-se-ão pelo dis­posto neste capitulo, aplicando subsidiaria­mente o Código de Processo Penal,

Art. 13. acorrendo prisão em flagrante elavrado o respectivo auto, a autoridade po­licial comunicará o fato imediatamente aojuiz competente, que designará audiência deapresentação para as 48 (quarenta e oito)horas seguintes.

§ }.o Nas comarcas onde houver maisde uma Vara competente para a distribui­ção e designação da audiência, a comuni­cação rar-se-á ao juiz distribuidor ou aojuiz de plantão ou, ainda, na forma pre­vista na lei de organização judiciária local.

§ 2.° Recebidos os autos, o juiz designa­rá audiência, mandará abrir vista ao Pro­motor e à Defensoria Pública, CaJlQ não te­nha havido indicação de advogado no fla­grante, e oficiará à autoridade policial quenotificará o preso, as testemunhas do fatoe intimará o defensor que aquele tiver in­dicado ao receber a nota de culpa.

§ 3. 0 A audiência de apresentação rea­lizar-se-á sem prejuízo das diligências ne­cessárias ao esclarecimento do fato, inclu­sive a realização do exame toxícológíco, cujolaudo será entregue em juízo até a audiên­cia de Instrução e julgamento.

Art. 14. Presentes o indiciado e seu de­fensor, o juiz iniciará a audiência, dandoa palavra ao órgão do Ministério Públicopara, em 15 (quinze) minutos, formularoralmente a acusação, que será reduzida atermo. Recebida a acusação, o juiz, na mes­ma audlêncía, interrogará o réu e inquiriráas testemunhas do flagrante.

Parágrafo único. Se não houver basepara a acusação, o órgão do Ministério Pú­blico poderá requerer o arquivamento doauto de prisão em flagrante ou sua 'devolu­ção à autoridade policial para novas dili­gêneías, caso em que a ação penal que viera Bel' ulteriormente promovida adotará oprocedimento sumário, previsto no Art. 539do Código de Processo Penal. '

Art. 15. Encerrada a audiência de apre­sentação, correrá o prazo comum de 3 (três)dias para:

I - O Ministério Público arrolar teste­munhas em número que, incluídas as jáinquiridas naquela audiência, não exceda

a 5 (cinco) e requerer a produção de quais­quer outras provas;

II - O defensor do réu formular (ietesaescrita, arrolar até 5 (cinco) testemunhase requerer a produção de quaisquer provas.

Parágrafo único. O juiz inde!irlrá, deplano, em despacho fundamentado, as pro­vas que tenham o intuito meramente pro­telatório. ,

Art. 16. Findo o prazo do artigo ante­rior, o juiz proferirá em 48 (quarenta eoito) horas despacho saneador, no qualordenará as diligências indispensáveis aoesclarecimento da verdade e designará, \la­ra um dos 8 (oito) dias seguíntes, audíên­cia de instrução e julgamento, intimando­se o réu, seu defensor, o Ministério Públicoe as testemunhas que nela devam prestardepoimento.

§ 1.0 Na audiência, após a ínquíríçâo dastestemunhas, será dada a palavra, suces­sivamente, ao órgão do Ministério Públicoe ao defensor do réu, pelo tempo de 20(vínte) minutos para cada um, prorrogávelpor mais 10 (dez) a critério do juiz, queem seguida proferirá sentença. '

§ 2.0 Se o juiz não se sentir habilitadoa julgar de imediato a causa, ordenará 9-ueos autos lhe sejam eonelusos e, no prazode 5 (cinco) dias, dará sentença.

Art. 17. Não será relaxada a prisão emflagrante em conseqüência do retardamen­to, pela autoridade :policial ou judiciária,da pl'ática de qualquer ato, se este:

t - sendo anterior à apresentação 'doréu a juízo, tivel' sido recebida a acusaçãodo Ministério Público;

ti - sendo posterior ao recebimento daacusação, estiverem os autos preparadospara sentença.

Art. 18. Quando os erímes definidOSnesta lei forem de competência da JustiçaFederal e o lugar onde tiver ocorrido forem município que não seja sede de VaraFederal, o processo c julgamento caberão-àJustiça local, com ínterveníêncía do Min:w­térío Público.

Art. 19. No processo e julgamento doscrimes previstos nesta lei, em que não hou...ver flagrante, observar-se-á o procedimen­to sumário previsto no art. 539 do Códigode Processo Penal.

Art. 20. O eaput do art. 81 do' Decreto­lei n.v 941, de 13 de outubro de 1969, passaa vigorar com a seguinte redação:

"Art 81. 'I'ratando-se de infração eon- 'tra a segurança nacional, a ordem po­litica ou social e a .eeonomía popular,assim como nos. casos de comércio, pos­se QU facilitacão de uso de substânciaentorpecente ou que determine depen­dência física ou psíquíca ou de desres­peito à proibição especialmente prevís­ta em lei para estrangeiro, a expulsãopoderá ser feita mediante investiga?ãosumária, que não poderá exceder o pra­zo de 5 (cinco) dias, dentro do qualfica assegurado ao expulsando, o di­reito de defesa."

Art. 21. Importar ou exportar, preparar,produzir, vender, expor à venda ou ofereqer,adquirir, fornecer, aínda que gratuitamen­te, ter em depósito, transportar, trazer eon­sIgo, guardar, ministrar ou entregar, de

. qualquer forma, a consumo substância en­torpecente ou que determine deperrdêneíafisica ou psíquica, sem autorízação ou emdesacordo com determinação legal ou ré­gulamentar:

Pena - Reclusão de 3 (três) a 8 (oito)anos, e pagamento de 50 (cinqüenta) a 360(trezentos e sessenta) dias-multa. '

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Agosto de 1975 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 8 5523

§ 1.0 Nas mesmas penas incorre quem,indevidamente: .

I - Importa ou exporta, vende ou expõe-à venda ou orereee, adquire, fornece, aindaque a título gratuito, transporta, traz con­sigo, ou tem em depósito, ou sob sua guar­da, matérias-primas destinadas à prepara­ção de entorpecentes, ou de substâncias quedetermínem dependência física ou psíquica;

11 - Faz ou mantém o cultivo de plantasdestinadas à preparação de entorpecentes

.ou de substâncias que determinem depen­dência física ou psíquica.

§ 2.° Adquirir ou trazer eonsígo para usopróprio substância entorpecente ou que de­termine dependência rísíea ou psíquica:

Pena - Detenção até 2 (dois) anos e pa­gamento de 5 (eínco) a 50 (oínqüenta) dias­multa.

'§ 3.0 Prescrever o médico ou dentistasubstância entorpecente, ou que determine

,'dependência física ou psíquica, ou em doseevidentemente maior que a necessária ouçom infração de preceito legal ou regula­mentar:

Pena - Detenção de 1 (um) a 5 (cinco)anos e pagamento de 10 (dez) a 100 (cem),dias-multa.

§ 4.0 Ineorre nas penas de 3 (três) a 8,Coito) anos de reclusão e pagamento de 50(cinqüenta) a 200 (duzentos) dias-multa,quem:

I - Instiga ou induz alguém a usar en­torpecente ou substância que determine de­pendência física ou psíquica;

II - Utiliza local de que tem a proprie­dade, posse, administração ou vigilância, ouconsente que outrem dele se utilize, aindaque a titulo gratuíto, para uso ilegal deentorpecentes ou de substância que deter­mine dependência tisíca ou psíquíea;

, II], - Contribui de qualquer forma paraincentivar ou difundir o uso de entorpecen­te ou de substância que determine depen­dência física ou psíquica. -

§ 5.° M penas aumentam de 1/3 (umterço) se a substância entorpecente ou quedetermine dependência física ou psíquicaé vendida, ministrada, fornecida, ou pres­crita a menor de 21 (vinte e um) anos oua quem tenha, por qualquer causa, dimi­nuída ou suprimida a capacidade de dis­cernimento ou de autodeterminação. Amesma exasperação da pena se dará quan­do essas pessoas forem visadas pela insti­gação ou induzimento de que trata o in­ciso I do § 4.0

§ 6.° Associarem-se duas -ou mais pes­soas, para o fim de cometer qualquer doscrimes previstos neste . artigo e seus pará­grafos:

Pena - Reclusão de 4 (quatro) a 8 (oito)anos e pagamento de 100 (cem) a 360 (tre­zentos e sessenta) dias-multa.

§ 7.° Divulgar, por qualquer meio de co­municação social, notícias sobre entorpe­centes ou drogas afins, sem autorização ouem desacordo com determinação legal ouregulamentar:

Pena - Detenção de até 6 (seis) mesese/ou pagamento de 50 (cinqüenta) dias­multa.

§ 8." Nos crimes previstos neste artigoe seus parágraros, salvo os referidos nos,parágrafos 2.° e 3.", a pena, se o agente émédico, dentista, farmacêutico, veterínáríoou enfermeiro, será aumentada de 1/3 (umterço) ..

§ 9,0 Nos crimes previstos neste artigo eseus parágrafos as penas aumentam-se de

1/3 (um terço) se qualquer de suas fasesde execução ocorrer nas imediações ou nointerior de estabelecimento de ensino, sa­natório, unidade hospitalar, sede de socie­dade ou assoctaçâc esportiva, cultural, es­tudantil, beneficente ou de recinto onde serealizem espetáculos ou diversões públicas,sem prejuízo da interdição do estabeleci­mento ou local, na forma da lei penal.

Art. 22. Considera-se servíco relevantea colaboração prestada por pessoas físicasou jurídicas no combate ao tráfico e uso desubstância entorpecente ou que determinedependência física ou psíquica. -

Art. 23. M repartições federais e locaisdarão' excepcional preferência à confecçãoe_expedição de peças necessárias à instru­çao dos processos e ao julgamento dos cri­mes de que trata esta lei.

Parágrafo único. O não-cumprimentodo determinado neste artigo, em prazo ra­zoável fixado pelo juiz, sujeitará o infratoràs penas de detenção de 3 (três) meses a1 (um) ano e pagamento de 5 (cinco) a15 (quinze) dias-multa.

Art. 24. OS Tribunais de Justiça deve­r~, sempre que possível, criar varas espe­eíalízadas para o processo e julgamento doscrimes de que trata esta lei.. Art. 25. O Poder Executivo regulamen­tará dentro de 30 (trinta) dias a execuçãodesta lei.

Art. 26. Esta Lei entrará em vigor 30(trinta) dias após a sua publicação, apli­cando-se, em matéría processual penal, so­mente aos fatos Ocorridos a partir dessadata.

Art. 27. Ficam revogadas a Lei número5.726, de 29 de outubro de 1971 e demaisdisposições em contrário. '

JustificaçãoDando cumprimento ao que prometemos

em discurso proferido perante a Câmarados Deputados, submetemos à consideraçãodo Congresso Nacional o presente projetode lei, que coincide em _ as conclusões daComissão Parlamentar de Inquérito des­tinada a investigar- as causas do trifico euso de substâncias alucinógenas no País.

Trata-se da alteração da Lei n." 5.726, de29 de outubro de 1971, que dispõe sobre me­didas preventivas e repressivas ao tráficoe uso de 'substâncias entorpecentes ou quedeterminem dependência fisica ou psíquica.

Prímeíramante, é necesvirío acentuar anec~ssidade da manutenção de uma Lei Es­peeial, que regule, a um só -tempo assanções penais e o respectivo proces~o ejulgamento dos delitos da área de que tra­tamos.

Não se compreende que essa matéria pe­nal seja regulada pelo Código Penal. Numalei especial, a matéria pode ser mais facil­mente revista e rerormulada, à medida emque as circunstâncias o exijam, seja parae~asper~r ou abrandar o rigor das puni­çoes, seja para encartar-lhe novas disposi­ções que se amoldem à realidade social domomento.

Dentre as alterações propostas, vamos as­sinalar as de maior profundidade e de al­cance social.

Com a nova redação que se dá à Lei n,o5.726/71, fica suprimido o seu art.' 8,0, emcuja vigência se praticam inúmeras injus­tiças, verdadeiras iniqüidades, com o afas':tamento dos estudos dos .estudantes infra­tores, pelo trancamento da matrícula.

Afastar da Universidade, ou de qualquerescola, o aluno processado, é uma aberra­ção, é um absurdo, é atírá-Io a um abismo

maior, é impedir-lhe a recuperaeâo socialatravés dos estudos.

1). nova redação do art. 9.° possibilita aojuiz do feito o tratamento do agente, an­

_:res de encerrada a ação penal.Por outro lado, cria-se a liberdade assis­

tida, medida ainda não .prevísta no Direi­to positivo brasileiro. Essa providência éum aperfeiçoamento da liberdade vigiada.Através da liberdade assistida se oferece aoagente meios de integração social.

Fica estabelecido no projeto uma puni­ção mais rigorosa ao traficante. A pena,que é de 1 a 6 anos de reclusão, passa aser de 3 a 8 anos de reclusão. Os trafican­tes devem ser apenados com maior rigor,pois são eles que difundem a toxicomania.Só o temor de uma punição' rigorosa os afas­tará da trilha do crime.

Acrescenta-se ao art. 23 um parágrafo,em que se cria a figura do experimentador,ao qual se comína uma pena de detençãoaté 2 anos e multa. .,'

O experímentador é aquele que não sen­do viciado e nem traficante, adquire ou trazconsigo, para uso próprio, substância entor­pecente ou que determine dependência físi-ca ou psíquica. '

Não sendo o experimentador -traficante enem viciado, deve ser tratado com menorrigor pela lei penal.

As penas pecuniárias são transformadasde salários mínimos em dias-multa ematenção à nova sistemática adotada peloCódigo Penal.

Em face da celeridade do processo e jul­gamento dos crimes de que trata esta lei,exige-se também maior celeridade na fei­tura dos laudos pelas autoridades.

Esperamos contar com a colaboração C:enossos ilustres pares, no sentido da efeti­vação das alterações propostas, certo de queforam ditadas pela própria realidade socialem que vivemos.

Sala das Sessões, 27 de junho de 1975. ­Inocêncio Oliveira.

LEGISLACll0 CITADA ANEXADA PELACOORDENAÇÃO DAS COMISSõES

PERMANENTES

LEI N.o 5.726,DE 29 DE OUTUBRO DE 1971

Dispõe sobre medidas preventivas erepressivas ao tráfico e uso de substân­cias entorpecentes ou que determinemdependência física ou psíquica e dá ou­tras providências.

O Presidente da República:Faço saber que o Congresso Nacional de­

creta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPíTULO IDa Prevenção

Art 1.0 É dever de toda pessoa física ou[uridlca colaborar no combate ao tráfico euso de substâncias entorpecentes ou quedeterminem dependência fisica ou psíquica.

Parágrafo único. As pessoas jurídicasque não prestarem, quando solicitadas, aocolaboração nos planos e programas do Go­verno Federal de combate ao tráfico e usode drogas perderão, a juizo do Poder Exe­cutivo, auxílios e subvenções que venhamrecebendo da União, dos Estados, do Distri­to Federal, Territórios e Municípios, bemcomo de suas autarquias, empresas públi­cas, sociedades de economia mista e fun­dações.

Art. 2.0 A União poderá celebrar eonvê­nío com os Estados e os Muntcípíos, visandoà prevenção e repressão do tráfico e uso

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5524 Sexta-feira S DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Agosto de 197I)

das substâncias entorpecentes que deter­minem dependência física ou psíquica.

Art. 3.0 Oonsíderam-se serviço de desin­teressado à coletividade, para ereíto de de­claração de utilidade pública, as colabora­ções das sociedades civis, associações e fun­dações no combate ao tráríeo e uso de su­bstâncias entorpecentes ou que determinemdependência física ou- psíquica,

Art. 4.° No combate ao tráfico e uso desubstâncias entorpecentes ou que determi­nem dependência física ou psiqutca ssrãoaplicadas, entre outras, as seguintes medi­das preventivas:

I - A proibição de plantio, cultura, co­lheita e exploração por particulares, dadormídeíra, da coca, do cânhamo "cannabíssatíva", de todas as variedades dessas plan­tas, e de outras de que possam ser extrai­das substâncias entorpecentes, ou que de­terminem dependência física ou psíquica;

II - A destruição das plantas dessa na­tureza existentes em todo o território na­cional, ressalvado o disposto no inciso se­guinte;

In - a licença e a fiscalização, pelas au­toridades competentes, para a cultura des­sas plantas com fins :.erapêuticos e cíentí­ficas;

IV - A Iícença, a fiscalização e a Iímíta­ção, pelas autoridades competentes, da ex­tração, produção, transformação, preparo,posse, importação, exportação, reexporta­ção, expedição, transporte, exposição, orer­ta, venda, compra, troca, M,lSão ou deten­çâo de substâncias entorpecentes ou quedeterminem dependência física ou psíquica,para fins terapêuticos e científicos;

V - O estudo e a fixação de normas g'e­rais de fiscalização e a v-rírícacão de suaobservância pela Comissão Nacional de Fis­ca; 'lação de Entorpecentes, pelo ServiçoNacional de Fiscalização da Medicina eFarmácia e órgãos congêneres dos Estadose Territórios;

VI - A coordenação, pela Comissão Na­cional de Fiscalização de Entorpecentes epelo Serviço Nacional de Fiscalização daMedicina e Farmácia, de todos os dados es­tatísticos e informativos colhidos no Paísrelativos às operações mercantis e às Inf'ra­ções à legislação especifica;

VII - A observância, pelos estabelecimen­tos farmacêuticos e hospitalares, pelos es­tabelecimentos de ensino e pesquisas, pelas,autoridades sanitárias, policiais ou alfan­degárias, dos díspositivos legais referentesa balanços, relações de venda, mapas e es­t1.tlstica sobre substâncias entorpecentes ouque determinem dependência fisica ou psí­quica:

VIII - A observância por médicos e ve­terinários dos preceitos legais e regulamen­tares, relativos à prescrtçãc de substânciasque determinem dependência física ou psí­quica;

IX ~ A colaboração governamental comorganismos internacionais reconhecidos ecom os demais Estados na execução dasdisposições das Convenções que o Brasil secomprometeu a respeita";

X - A execução de planos e programasnacionais e regionais de esclarecimento po­pular, especialmente junto à juventude arespeito dos malefícios ocasionados pelo ~soindevido de substâncias entorpecentes ouque determinem dependência física ou psí­quica, bem como da eliminação de suascausas;

Art. 5.° Os Estados, o Distrito Federal eos Territórios organizarão, no início de cadaano letivo, cursos para educadores de esta­belecimentos de ensino que neles tenham

sede, com o objetivo de prepará-los para ocombate, no âmbito escolar, ao tranco e usoindevido de substâncias entorpecentes ouque determinem dependência física ou psí­quica.

§ 1.0 Os Governos dos Estados, do Dis­trito Federal e dos Territórios relacíonarâo,com antecedência mínima de 60 (sessenta)·dias, os estabelecimentos de ensino que de­verão designar representantes, em núme­ro máximo de 2 (dois), para participaremdos cursos mencionados neste artigo.

§ 2.0. O período durante o qual o educa­dor participar de cursos de preparação serácomputado como de efetivo exercício no es­tabelecimento oficial ou particular que o ti­ver designado.

§ 3.0 Somente poderão ministrar os cur­sos a que se refere este artigo pessoas de­vidamente qualificadas e credenciadas pelosMinistérios da Educapão e Cultura e daSaúde.

§ 4.° Nos cursos de que trata p.ste artigopoderão ainda inscrever-se, dentro donúmero de vagas que for fixado, outras pes­soas de atividades relacionadas com o seuobjetivo.

Art. 6.° Os estabelecimentos de ensino 1e1.0 e 2.0 graus ou superior promoverão, du­rante o ano letivo, conferências de freqüên­cia obrigatória para os alunos e facultativapara os pais, sobre os malefícios causadospelas substâncias entorpecentes ou que de­terminem dependência física ou psíquica.

Art. 7.° Os diretores dos estabelecimen­tos de ensino adotarão todas as medidasque forem necessárias à prevenção do trá­fico e uso, no âmbito escolar, de substân­cias entorpecentes ou que determinem de- ~

pendência física ou psíquica.Parágrafo único. Sob pena de perda do

cargo, ficam os diretores obrigados a comu­mcar às autoridades sanitárias os casos deuso e tráfico dessas substâncias no âmbitoescolar, competindo a estas igual procedi­mento em relação àqueles.

Art. 8.° Sem prejuízo das demais san­ções legais, o aluno de qualquer estabeleci­mento de ensino que for encontrado tra­zendo consigo, para uso próprio ou tráfico,substância entorpecente ou que determinedependência física ou psíquica. ou induzin­do alguém ao seu uso, terá sua matrículatrancada no ano letivo.

CAPíTULO IIDa Recuperação dos Infratores Viciados

Art. 9.° Os viciados em substâncias en­torpecentes ou que determinem dependên­cia física ou psíquíca, que praticarem oscrimes previstos no art. 281 e seus §§ do Có­digo Penal, ficarão sujeitos às medidas derecuperação estabelecidas por esta lei.

Art. 10. Quando o Juiz absolver o agen­te reconhecendo que, em razão do vício,não possui este a capacidade de entendero caráter ilícito do fato ou de determinar­se de acordo com esse entendimento, orde­nará sua internação em estabelecimentohospitalar para tratamento psíqinátríco pelotempo necessário a sua recuperação.

Art. 11. Se o vício não suprimir, mas di­minuir consideravelmente a capacidade deentendimento da ilicitude do fato ou deautodeterminação do agente, a pena pode­rá ser atenuada, ou substituída por inter­nação em estabelecimento hospitalar, pelotempo necessário à sua recuperação.

§ 1.0 -Se, cumprindo pena, o condenadosemi-imputável vier a recuperar-se do ví­cio por tratamento médico, ° Juiz poderá,a qualquer tempo, declarar extinta a puni­bilidade.

§ 2.° Se o agente for maior de 18 (de­zoito) e menor de 21 (vinte 'e um) anos, se­rá obrigatória a substituição da pena porinternação em estabelecimento hospitalar.

Art. 12. Os menores de 18 (dezoito)anos, infratores viciados, poderão ser in­ternados em estabelecímento hospitalar, pe­lo tempo necessário à sua recuperação.

Art. 13. Observadas as demais condi­ções estabelecidas no Código Penal e noCódigo de Processo Penal, a reabilitaçãocriminal do viciado a que tiver sido aplicadapena ou medida de segurança pela práticade crime previsto no artigo 281 do OódigoPenal, com a redação do artigo 1.0 do De­creto-lei n. o 385, de 26 de dezembro de 1968e . aajnodincacões constantes da present~leí, poderá ser requerida decorridos- 2 (dois)anos do dia em que for extinta, de qualquermodo, a pena principal ou terminar a exe­cução desta ou da medida de segurançaaplicada em substituição e do dia em aueterminar o prazo da suspensão condicionalda pena ou do livramento condicional, des­de que o condenado comprove estar recupe­rado do vícío,

CAPíTULO In

Do Procedimento JudicialArt. 14. O processo e julgamento dos cri­

mes prevístos no art. 281 e seus parágrafosdo Codigo Penal reger-se-fio pelo dispostoneste Capítulo, aplicando-se subsidiaria­mente o Código de Processo Penal. ,

Art. 15, Ocorrendo prisão em flagrantee lavrado o respectivo auto, a autoridadepolicial comunicará o fato imediatamenteao .Iiríz competente, que designará audiên­cia de apresentação para as 48 (quarenta eoito) horas seguintes.

§ 1.0 Nas comarcas onde houver mais deum~ vara competente para a diE\tribuição edesignação da audiência, a comunicaçãofar-se-á ao .Juiz distribuidor ou ao Juiz· deplantão ou, ainda, na forma prevista na leide orgariízaçâo judiciária local.

§ 2.° Da designação da audiência, a au­toridade policial intimará o preso, as teste­munhas do flagrante e o defensor que aque­le tiver indicado ao receber a nota de culpa.

§ 3.° A audiência de apresentação reali­zar-se-á sem prejuízo das diligências ne­cessárias ao esclarecimento do fato, ínclu­srve a realização do exame toxicológico,cujo laudo será: entregue em juízo até a au­diência da instrução e julgamento.

Art. 16. Presentes o indiciado e seu de­fensor, o Juiz iniciará a audiência, dandoa palavra ao órgão do Ministério Públicopara, em 15 (quinze) minutos, formularoralmente, a acusação, que será reduzida ;.termo. Recebida a acusação, o Juiz, na mes­ma audiência, interrogará o réu e inquiriráas testemunhas do flagrante.

Parágrafo único. Se não houver base pa­ra a acusação, o órgão do Ministério Públi­co poderá requerer o arquivamento do autode prisão em flagrante ou sua devolucâo àautoridade policial para novas diligênciascaso em que a ação penal, que vier a serulteriormente promovida, adotará o proce­dimento sumário, previsto no art. 539 doCódigo de Processo Penal.

Art. 17. Encerrada a audiência de apre­sentação, correrá o prazo comum de 3 (três)dras para:

I - O Ministério Público arrolar teste­munhas em número que, incluídas as já in­quiridas naquela audiência, não exceda a5, (cinco) e requerer a produção de quais­quer outras provas;

II - O defensor do réu formular defesaescrita, arrolar até 5 (cinco) testemunhas

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Agosto de 1975 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção n Sexta-feira 8 5525

e requerer a produção de quaisquer outrasprovas.

Parágrafo único. O Juiz indeferirá, deplano, em despacho fundamentado. as pro­vas que tenham. intuito meramente pro­teiatórío,

Art. 18. Findo o prazo do artigo ante­rior, o Juiz proferirá em 48 (quarenta e oi­to) horas despacho saneador, no qual orde­pará as diligências indispensáveis ao es­clarecímento da verdade e designará, paraum dos 8 (oito) dias seguintes, audiênciade instrução e julgamento, intimando-se oréu, seu defensor o Ministério Público eas testemunhas que nela devam prestar de­poimento.

§ 1.0 Na audiência. após a inquirição dastestemunhas. será dada a palavra sucessí­vamente, ao órgão do Ministério Públicoe ao defensor do réu, pelo tempo de 20 (vin­te) minutos para cada um, prorrogável pormais 10 (dez), a critério do Juiz, que em se­guida proferirá sentença.

§ 2.° Se o .Tuiz não se sentir habilitado ajulgar de imediato a causa, ordenará que osautos lhe sejam conclusos e, no prazo de 5(CinCO) dias, dará sentença.

Art. 19. Não será relaxada a prisão emflagrante em conseqüência do retardamen­to pela autoridade policial ou judiciária, daprátíca de qualquer ato, se, este:

I .- Sendo antsr'or à apresentação do réua juízo, tiver sido ::ecebida a acusação doMimstério Público; .

Ir - Sendo posterior ao recebímento daacusação, estiverem os autos preparados pa­ra sentença.

Art. 20. Quando o crime definido no ar­tigo 281 e seus parágrafos do Código Penalfor daqueles de competência da Justiça Fe­deral e o lugar em que tiver ocorrido forMunicípio que não seja sede de Vara Fe­deral o processo e julgamento caberão àJustiça Estadual com interveniência do Mi­nistério Público local.

Art. 21. No processo e julgamento doscrimes previstos no artigo 231 e seus pará­grafos do Código Penal em que não houverflagrante, observar-se-á o procedimento su­mário previsto no artigo 539 do Código deProcesso Penal.

Art. 22. O "eaput" do artigo 31 do De­creto-lei n.O 941, de 13 de outubro de 1964,passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 23. O artigo 281 e seus parágrafosdo Código Penal passam a vigorar com aseguinte redação: (2)

Art. 24. Considera-se servíco relevantea colaboração prestada por pessoas físicasou jurídíeas no combate ao tráfico e usode substância entorpecente ou que determi­ne dependência rísíea ou psíquica.

Art. 25. O Poder Executivo regulamen­tará, dentro em 30 (trinta) dias, a execuçãodesta Lei.

Art. 26. Fica mantida a legislação emvigor, no que expressamente não contrariaresta Lei.

Art. 27. Esta Lei entrará em vigor 30(trinta) dias após a sua publicação, apli­cando-se em matéria processual penal, so­mente aos fatos ocorridos a partir dessadata, revogadas as disposições em contrário.

O SR. PRESIDENTE (Odulfo Domingues)- Está finda a leitura do expediente.

Passa-se ao Pequeno Expediente..

Tem a palavra o Sr. Nunes Leal, primeiroorador inscrito.

O SR. NUNES JJEAL (ARENA - RS. Pro­nuncia o seguinte discurso.) Sr. Presidente,Srs. Deputados, na fácil e improdutiva açãode criticar pelo que falta ser feito, esque­cendo o que foi realizado e omitindo o queestá em andamento, como diversas vezesaqui temos repetido, insiste a nossa Oposi­ção em fechar os olhos ao progresso e aodesenvolvimento do País e, sobretudo, aoapoio e atenção que os Governos de após1964 têm dado a todos os setores da Adrni­nístraçao Pública, embora muito falte ain­da para alcançar o desejado por todos nos.

Na sessão do dia 4 do corrente, ouvimosde ilustre representante da oposição do RlDGrande do Sul criticas severas e, profun­damente injustas ao Prefeito do MUl1lclpiode Irai, naquele Estado, sob a alegação deque ainda não teria conseguido fosse feito,ou tivesse realizado às expensas do Muni­cípio, o acesso asfaltado da rodovia BR-158à sede municipal.

Em reforço à sua acusação, citou diversosoutros prefeitos que ja tiveram suas sedesmurncrpaís ligadas a rodovias, em situaçõessemelhantes a Iraí.

Se bem que tenhamos do jovem Prefeitode Iraí, Proressor Ruy Born, a melhor dasimpressões, não pretendemos trazer a estaalta tribuna polêmicas sobre administra­ções munícrpaia, defendendo esse ou aqueleadministrador das criticas sobre assuntoslocais, que normalmente ultrapassam asfronteiras da região com finalidades me­ramente eleitorais.

Nossa intervenção de hoje visa à esclare­cer situações não somente quanto à açãodo Governo Federal, através do DNER, co­mo também do trabalho eficiente e doatendimento ao interior pelos governos doEstado, que tanto têm contribuído para onotável progresso da terra gaúcha.

Iraí, localizada na fronteira do Rio Gran­de com Santa Catarina, apesar de ser umadas principais estâncias hidrominerais doEstado, é um municipio de pequena arre­cadação.

Todos sabemos o alto custo das rodoviasde primeira classe, que ultrapassa, em mé­dia, a dois milhões de cruzeiros por quilô­metro, custo esse que normalmente se elevaquando se trata de acessos a sedes munici­pais, quer pelo alto preço das desapropria­ções, quer pela subordinação dos traçadosàs condições topográficas locais, sem pos­sibilidades de mudanças ou alterações dediretriz.

Por mais empreendedor e arrojado queseja o Prefeito, jamais poderia, com seuspróprios recursos orçamentários, arcar coma responsabilidade da construção do aces­so reclamado.

Acontece ainda, Sr. Presidente e Srs.Deputados, que o Departamento Nacionalde Estradas de Rodagem tem por normaimplantar e pavimentar os acessos às sedesmunicipais que distam menos de cinco qui­lômetros de suas rodovias, o que enquadraIrai, localizada a cerca de dois quilômetrosda BR-158.

Ao Prefeito e às autoridades estaduaiscaberia solicitar ao DNER a execucâo des­ses serviços, como tem sido feito, até comdemasiada insistência, tanto para 1rai co­mo para as demais cidades nas mesmascondições.

Em face do grande número de acessos aserem construidos e do elevado custo deconstrução, pensando consideravelmentenos orçamentos do DNER, é natural queesse órgão estabeleça uma programação deprioridades, também para essas ligações, deacordo com suas disponibilidades.

Mas no caso de 1raí, as criticas feitas,além de injustas, resultam a falta de co­nhecimento da situação das obras do DNERnaquela área. Porque estivesse melhor in­formado, o ilustre parlamentar que as fez,saberia que o reclamado acesso a Irai játem sua execução contratada e deverá ini­ciar-se brevemente, Incluído que foi naconcorrência para construção do trecho RioUruguaí-e-Cunhaporâ, em Santa Catarina,onde a BR-158 se interliga COIU a BR-232.

A grande aspiração da área do norte doRio Grande do Sul, incluindo os municípiosde Irai, Frederico Wsetfallen, Saberi e tan­tos outros, era a ligação asfáltica comPorto Alegre, através das rodovias BR-158e BR-386.

Essa grande ligação, essa longa estradaunindo por asfalto a fronteira do extremonorte ao extremo sul do Rio Grande, jã seencontra inteiramente concluída e em trá­fego, prosseguindo a BR-153 para Santa.Catarina, cruzando o rio Uruguai em mag­nífica ponte de mais de quinhentos metrosde extensão. defronte a traí,

Todo esse trabalho foi omitido, para fi­xar-se a critica no detalhe do acesso queainda não foi feito, mas que Já se encontracontratado, como anteriormente menciona­mos.

Além dos beneficios resultantes da cons­trução da BR-158, Irai tem merecido dasadministrações estaduais toda a atenção,da mesma forma que os demais municipiosdo Estado.

Não podendo nos alongar, nesse reduzidotempo de que dispomos, citaremos somentealgumas das realizações dos GovernosEuclides Triches e Sinval Guazelli: instala­ção da nova central telefônica, melhoriados serviços de abastecimento dágua, redeestadual de ensino, com implantação denovos ginásios, reforma e ampliação dasInstalações hidrotermais e respectivo hotel,construção, pela CEMAPA, das estradasmunicipais de Iraí a Vicente Dutra e deVila Salete a Carlos Torres Gonçalves.

Mais uma vez, Sr. Presidente e Srs. Depu­tados, .ó nos resta concluir: - como é fácilcriticar.

O 8R. JOAO VARGAS (ARENA - PRoPronuncia o seguinte díseurso.) - Sr. Pre­sidente, Srs. Deputados, em recente pro­nunciamento à Nação. o Exm.v Sr. Presi­dente da República, o General ErnestoGeisel, deixou bem claro, mais uma vez, queo seu Governo está preocupado com os pro­blemas políticos, econômicos e sociais e comas questões de segurança, de maneira glo­bal. Destacou S. Ex.'" as metas prioritáriasno campo social, esclarecendo que a dis­tensão que se procura compreende um con­junto de medidas coletivas que vá aoencontro dos anseios do povo brasileiro,envolvendo um alivio de pressões sociais,através de uma política de distrtbuíção derenda e de atendimentos aos problemasmais urgentes.

Na verdade, o Presidente da Repúblicanão tem poupado esforços para bem condu­zir os destinos da Nacâo, num clima deordem e tranqüilidade.'

Muitas têm sido as reallzaeões do Gover­no nesses 16 meses de administração e se­ria demais enumerá-las. Algumas delas,entretanto, as mais recentes, ainda ecoampor todo o Pais em vista seu alto sentidosocial, tais como o 14.° salário, a aposen­tadoria aos maiores de 70 anos, a concessãode remédios gratuitos pelo INPS, o pro­grama especial de Iactentes e gestantes, adesburocratização da Previdência Social, ofortalecimento do poder nacional, especial­mente pelo revigoramento da empresa prí-

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5526 Sexta-feira S DIÁRIO 11)0 CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Agosto de 1975

vada e pela melhoria dos investimentos decorreção dos desequilíbrios regionais.

O Governo tem prestado todo o auxílio.necessárlo às Unidades da Federação atin­gidas pelas enchentes ou que tiveram a suaeconomia prejudicada pelas intempéries,como ocorreu recentemente em alguns Es­tados brasileiros. Posso dar meu testemu­nho pessoal quanto ao Paraná, onde as gea­das causaram prejuízos incalculáveis ànossa agricultura, quase que acabando comtoda a colheita de café, que se esperavafosse auspiciosa. Ciente do fato, o Presi­dente da República garantiu todo o apoiodo Governo Federal aos agricultores, nãosó através de recursos financeiros comotambém assegurando melhores preços paraseus produtos.

O povo brasileiro reconhece as dificulda­des do Presidente para dar a solução dese­jada a todos os seus problemas. Ele sabeque se está fazendo o máximo em benefícioda Nação, buscando atender a todos os seusreclamos mais urgentes, em que pese àslimitações dos recursos disponíveis.

O Presidente não tem faltado, em mo­mento algum, aos seus deveres para com aNação. Ele a tem conduzido bem, com aus­teridade e sem demagogia. Em todos os se­tores da atividade pública o ambiente é demuito trabalho e os resultados têm sidobastante fecundos. O que não está havendoé a propaganda, tão comum no passado, àscustas do erário. O Presidente Geisel sóutiliza os meios de divulgação nos momen­tos próprios, quando a Nação assim o exi­ja, como o fez ainda recentemente.

Desejo, nesta oportunidade, congratular­me mais uma vez com S. Ex.a e com o seuGoverno, assegurando-lhe todo o meu apoio,.que é modesto, mas é sincero.

O SR. ATHI"íI: COURY (MDB - SP. Pro­nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presi­dente, Srs. Deputados, as obras da RodoviaRio-Santos estão parcialmente paralisa­das no trecho Ubatuba-Santos. em virtu­de da falta de verbas, fato confirmado pe­las próprias empreiteiras, embora o DNERnegue a existência da crise.

Anunciada há algum tempo com o alar­de característico que precede as grandesobras, Sr. Presidente, e essa com bastanterazão, pois virá desafogar o tráfego cadavez mais pesado e mais perigoso das viasde ligação terrestre entre São Paulo e o Riode Janeiro, está, entretanto, a moderna ro­dovia ameaçada de não ser entregue ao pú­blico totalmente dentro dos prazos previs­tos, pela exístêncía de um problema quepoderia ter sido evitado.

Os estudos para a implantação dessa im­prescindível rodovia foram feitos no Gover­no passado. O trecho Ubatuba-Rio já seencontra praticamente concluído. O tre­cho Ubatuba-c-Santos, entretanto, Sr. Pre­sidente, em território paulista, está enfren­tando uma situação que carece de explica­ção convincente. Esse trecho foi subdivi­dido em cinco etapas e os contratos res­pectivos com as empreiteiras devidamenteassinados.

Assinados os contratos, Srs. Deputados, oque se deu no princípio deste ano, foraminiciados os serviços de implantação do tre­cho em ritmo acelerado, em turnos segui­dos, de modo que os trabalhos não se ín­terrompiam nas 24 horas de cada dia, in­cluindo-se domingos e feriados. Quem cos­tuma viajar pelo litoral de São Paulo te­ve ocasião de verificar os intensos traba­lhos que se processavam em todas as fren­tes, com grandes acampamentos armadosda noite para o dia, assemelhando-se, porvezes, a verdadeiras cidades. C0111 grandemovimento de máquinas e de operários. A

grandiosidade das obras era tal que atéconvidava o viajante a interromper sua via­gem para contemplar o burburinho.

De repente foi anunciada a redução dosserviços na construção do trecho Ubatubaa Santos. Máquinas e operários começarama ser retirados pelas empreiteiras, com umaexplicação de todo em todo inaceitável: di­zem elas que o Governo não está cumprin­do os contratos assinados e, por falta derecursos, não está liberando as verbas, es­tando os serviços ameaçados de paralisaçãototal em todas as frentes. Se ocorrerem chu­vas após a paralisação dos trabalhos, elaspoderão destruir tudo o que já foi feito,com prejuízos incalculáveis.

Esse não será, porém, Sr. Presidente, omaior problema. O pior que já está acon­tecendo é a iniciada dispensa de centenasde operários, com perspectivas de intensifi­cação daqui para a frente. Alegam algumasempreiteiras, até, que foi o próprio DNERque determinou a suspensão de seus traba­lhos. Houve até proibição do Departamen­to Nacional de Estradas de Rodagem paraque as empreiteiras, como é costume, finan­ciassem os trabalhos para receberem de­pois, e continuassem apenas os trabalhosde terraplanagem que dispensa a comprade cimento e de ferro.

Tudo o que está acontecendo ali, Sr. Pre­sidente, traz todas es características de umadiscriminação inaceitável contra São Pau­lo. Aberto quase que sem interrupção aopúblico dentro do território do Estado doRio de .ranetro, o tráfego em território pau­lista tem sempre apresentado problemas,agora agravados com essa medida intem­pestiva do DNER, suspendendo a constru­ção do trecho Ubatuba a Santos.

Aliás, Sr. presidente, a rodovia Rio-San­tos tem sido uma das mais discutidas obrasdos últimos anos. Para uns, ela tem sidoapresentada como a salvação dos litoraissul do Rio de Janeiro e norte de São Pau­lo, pela grande valorização imobiliária daárea do seu traçado e pelo desenvolvimen­to turístico que poderá proporcionar. Paraoutros, todavia, tem sido a rodovia classifi­cada como um investimento supérfluo que,além de consumir grandes somas de di­nheiro, contribuirá para uma rápida dete­rioração ecológica da região. Quanto a nós,achamos que ainda é válida a definição his­tórica dos tempos da primeira República,numa frase que definiu muito bem a filoso­fia de Governo de Washington Luiz Pereirade Souza: "Governar é construir estradas."

Acredito, Sr. Presidente, que, em que peseàs opiniões em contrário, o término da im­portante rodovia ligando o Rio a Santos pe­lo litoral deve ser encarado com a devidaresponsabilidade. Sei muito bem que o Go­verno Federal determinou uma guinada demuitos graus, e passou a dar prioridadepara o sistema ferroviário do Pais, que es­tava a merecer, realmente, uma medidadesse jaez. Isso não pode ser feito. entretan­to, em detrimento de uma programação jápautada e já iniciada. Além do que deveser levantada em conta a importância queSão Paulo representa para a vida social,econômica, financeira e política deste País.Não se pode aceitar, em hipótese alguma, adeterminação, oriunda do DNER, para a pa­ralisação das obras do trecho de Ubatuba aSantos. A importância da ligação, por ro­dovia direta, de dois portos da importânciados de Santos e do Rio de Janeiro tem con­dições para cobrir qualquer outra priorida­de.

Por essa e por outras razões, Sr. Presí­dente, alço minha voz de protesto pela ati­tude inexplicável do DNER e apelo parasua revogação imediata.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, honro-meem ser, nesta tribuna hoje, porta-voz daansiedade da administração municipal detrês importantes Muníeipíos paulistas, to­dos da 5.a Região Administrativa de Cam­pinas: Mogi-Guaçu, Mogi-Mirim e Itapira.

Sofrendo hoje o típico fenômeno da co­murbação (especialmente as duas Mogís) ,com população estimada em mais ou me­nos 125 mil habitantes, com crescimentodemográfico da ordem de 6% ao ano, estáa região a merecer muito maior e melhoratenção por parte do Governo Estadual edo Governo Federal.

A transformação de Mogi-Guaçu e Mogi­Mirim em novo pólo de desenvolvimento doEstado de São Paulo se impõe pelo peso dosfatos. Região industrial em rápido e gran­de desenvolvimento, com perspectiva deimplantação de grandes indústrias (comopor exemplo a "Chrysler do Brasil"), centroestudantil de grande expressão, comportan­do já a criação de uma Universidade Re­gional, não tem tido, entretanto, o neces­sário atendimento em suas reivindicacõespor parte dos poderes públicos. ~

Para exemplificar, basta citar dois fatos,Sr. Presidente: de há muito vem sendo plei­teada a duplicação inadiável da RodoviaJaguariúna-Mogi-Guaçu. Entretanto, ape­sar dos esforços já empreendidos, a rodo­via continua com uma pista só, com movi­mento de veículos cada vez maior, o quetem significado risco constante para os usu­ários daquela estrada. Outro fato: de hámuito vem sendo pleiteada a construcâo dotrecho ferroviário entre Guedes e Mato Se­co, esforços esses também baldados há jáalgumas administrações. Outros problemasse avolumam, como, por exemplo, a ne­cessidade ímedtata e urgente do aumentodo número de leitos hospitalares nessa sub­região, para atender à demanda cada vezmaior de doentes que não encontram o tra­tamento necessário por falta de leitos noshospitais da região.

Consciente de sua responsabilidade comoadministrador perspicaz e responsável, Srs.Deputados, o ilustre Prefeito de Mogi-Gua­çu, Dr. Carlos Nelson Bueno, elaborou ummuito bem feito estudo de prioridades nãosó para a sua cidade, mas para a sub-ré­grão, e o enviou, a 30 de junho passado, pa­ra a Secretaria de Economia e Planej amen­to do Governo de São Paulo, estudo esseque abrangeu várias áreas, que já preo­cupavam o Prefeito de Mogi-Guaçu desdequando foi U111 operoso Deputado Estadual.EIS os itens abarcados por esse estudo de'prioridades:

- Saúde e saneamento, com especialatenção para o problema da poluição am­biente;

- Promoção Social, com especíal enfo­que do problema do menor abandonado;

- Educação, abrangendo a reivindicação,jii citada: Universidade Regional;

- Segurança, pleiteando especialmente aconstrução de prédio próprio para a Dele­gacia de Policia de Mogi-Guaçu;

- Desenvolvimento urbano;

- Energia e comunicações, sobressaindoa necessidade urgente da conclusão do 5.0Plano de Eletrificação Rural de Mogi-Mi­rim;

- Transportes, abrangendo a conclusãoimediata do anel rodoviário de Campinas;

- Muitos outros itens de interesse dasub-região, que não caberiam aqui, pela ex­tensão desse muito bem elaborado relatório.

Quero, pois, Sr. Presidente, solidarizar-mecom as administrações municipais dos trêsimportantes Municípios paulistas, Mogi-

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A~osto de 1975 DIARIO DO CONGRESSO NACioNAL (Seção l) Sexta-feira S 5527

Guaçu, Mogi-Mirim. e Itapira, pedindo aatenção do Governador paulista para es­sas reívíndtcações. São antigas em suamaioria. Não são de agora, e por isso osproblemas se avolumam, pela falta de aten­dimento do Governo Estadual para essa

'sub-região tão importante de São Paulo. Equero cumprimentar o ilustre Prefeito deIIi1ogi-Guaçu pela feliz iniciativa que mos­tra, além do descortino administrativo, umbelo exemplo de altruísmo, ocorrendo emauxílio de outras comunas que não a sua.Esse exemplo bem que poderia multiplicar­se.

Era ° que tinha para dizer.O SR. MAGNO BACELAR (AltENA ­

MA. Pronuncia o seguinte diseurso.) - Sr.Presidente, nobres Srs. Deputados, venhoà tribuna hoje para, em nome das classesempresariais do meu Estado, o Maranhão,fazer um apelo ao Sr. Ministro, RangelReis do Interior, para dar uma solução aproblema objeto de reiterados ofícios àque­le Ministério, de que é exemplo o que passoa ler:

"Excelentlssimo SenhorMauricio Rangel ReisM.D. Ministro do InteriorEsplanada dos MinistériosBrasília - DF.

As classes empresariais do Maranhãoquando necessitam de certidões .nega­tivas do FGTS ficam na dependênciada Delegacia de Fortaleza, com perdade tempo e longa demora de meses deespera, com prejuízo incalculáveis pa­ra seus interesses,

A Federação das Indústrias do Estadodo Maranhão, nessa emergência, soli­cita a V. Ex.'" que se digne mandar exa­minar a possibilidade de serem asmencionadas certidões expedidas pelarede bancária de nosso Estado, emidêntica modalidade das certidões ne­gativas do Instituto Nacional de Pre­vidência Social - INPS, de acordo comrespectivo domicílio bancário.Cordiais Saudacões. - Dl', Alberto Ab­dalla, Presidente."

Trata-se de assunto ligado a certídõesdo FGTS. Imaginem, Sr. Presidente e ilus­tres colegas, que para se obter uma certi­dão de quitação ou regularidade junto ao

.órgãos citado tem-se de recorrer à Delega­cia de Fortaleza.

O fato, que parece sem' maior importân­cia, gera uma série de dificuldades às ~las­ses empresariais maranhenses, que ncammeses a fIO à espera de providências daque­la Delegacia. Muitas vezes são prejudica­dos nos pleitos que fazem aos bancos, àSUDENE ou SUDAM. Isso para um Estadopobre e sofrido como o meu é desastroso.

Nosso apelo, pois, é no sentido de que oSr. Ministro Rangel Reis determine ime­diatas providências de sanar a irregulari­dade, atendendo aos reclamos do empre­sariado maranhense de que no momentotenho a honra de ser o porta-voz.

Estou certo de que o nobre Sr. Ministro,ao tomar conhecimento do assunto, deter­minará que sejam criados meios para que

.o certificado seja fornecido de pronto e emSão Luís. Por este motivo antecipo os meusagradecimentos e o reconhecimento dosmaranhenses.

O SR, OCTACíLIO QUEIROZ (Ml[)B ­PB, Pronuncia o seguinte díseurso.) - Sr.Presidente, 81'S. Deputados, já ouvimos, emsessão anterior, o pronunciamento do Br.Deputado Teotônio Neto, da ARENA daParaíba, que manifestou o seu pesar e ode sua bancada pelo falecimento do escritor

paraibano e nome nacionalmente conheci­do Virginius da Gama e Melo.

Não poderíamos nós, do MDB paraibano,omitirmos-nos em face de seu desapareci­mento, que nos atingiu com a dura e tristesurpresa da fatalidade. Virginlus da Gamae Melo, homem de província, era um dosmais atuantes e lúcidos críticos e jornalis­tas do País. Romancista e ensaísta de ex­cepcíonals méritos, professor de literaturada Universidade Federal da Paraíba, me­receu a Iáurea de vários certames literá­ri?s, das quais destacamos o prêmio "JoséLins do Rego", de melhor romancista oprêmio "Walmap", e o prêmio "Carlos' deLaet", da Academia Paulista de Letras e doGoverno do Distrito Federal.

Ressaltamos, neste instante, o seu livro"Tempo de Vingança", no qual, ao lado daoriginal e pura ficção artisticamente cria­dora, repassa o drama político-social e fe­bricitante da Paraiba naqueles dias histó­ricos e desvairados de João Pessoa e dasantecípacôes ruidosas da Revolucão Libe-ral de 1930. -

Esmerado analista da obra do alexandri­no Olavo Bilac, autor de "Modelação, Verboe Imagem" e de "A Campanha", preparava,nos seus últimos dias de vida, "História daLIteratura Paraãbana". No Suplemento Li­terário de O Estado de S. Paulo, no extintoe grande diário que roí o Correio da l\'Ianhã,no Diário de Notícías, ambos do Rio noD~ário de Pernambuco, no O Jornal, tam­bem outro grande e extinto diário dos As­sociados, do Rio, na A União, no Correioda Paraíba e no O Norte de João Pessoa,colaborava assiduamente, sendo que, nosúltimos, assinava atualmente uma colabo­ração brilhante e diária.

, Também ao que fomos informados, ela­borava um trabalho sobre a presença doentão Tenente Ernesto Geisel na Paraíba,após a Revolução de 30, e sua atuaeão àfrente da Secretaria das Finanças dáli.

Virginius pertencia à estirpe de valoresdo Norte simbolizados na tradição de in­teligência de José Veríssimo, Sílvio Romero,Olívio Montenegro, Alvaro Lins, AfrânioCoutinho ou Wilson Martins.

Herdeiro no âmbito literário-nacional daimensa contribuição renovadora de Máriode Andrade, de Tr'istão de Ataíde e de Gil­berto Freire, acompanhou as luzes e 'pro­pósitos estéticos da "Geração 45", dando,na escala da crítica, neste pais, uma ino­vadora contribuição, em seguida ao im­pressionismo critico de um Agripmo Griecoe muitos outros, as revolucíonárlas diretri­zes do formalismo marxista russo, do Ncw­Criticism ocidental M perturbadoras ino­vações do concretísmo ou neo-concretísmoda fase nuclear e tecnicísta deste "mara­vilhoso novo mundo".

Companheiro e seu amigo durante mui­tos anos, o que pretendemos, o que pre­tende a bancada do MDB da Paraiba, Sr.Presidente e Srs. Deputados, é que, nos"Anais desta Casa do Povo brasileiro, queé a Câmara dos Deputados - hoje apa­rentemente oscüante ao fragor de mterva­Iadcs-rugtdos da tempestade que, de quan­do em vez, intentam derruí-Ia, mas que,na verdade, não a aniquilarão, pois aquiestão, inabaláveis, os alicerces da liberda­de e da democracia social de amanhã ­figure a nossa memórla mais fraternal, anossa mais sentida homenagem ao nomede Virginius da Gama e Meio.

Pronunciamento que fazemos quando elepróprio acaba de ingressas no misteriosocaminho para o país de sombras, de quefalava Shakespeare, para dali não maisvoltar em sua presença física, nas irradia­ções permanentes de sua Inteltgêncía, doseu bemrazelo e querido espírito.

Sr. Presidente, antes de terminar, peçoao Governo da República faça cumprir apromessa de ser enviada uma draga paraoperar os serviços esseneíaís do porto deCabedelo, em face da alarmante e angus­tiosa situação do porto de Pernambuco.Parece estar havendo certa procrastinação,e o referido porto, de vital importância pa­ra {l meu Estado, a Paraíba, quase não temcond'ições de funcionamento.

O SR. NABOR JÜNIOR (MDB _ ACRE.Pronuncia o seguinte dtscurso.) - Sr. Pre­sidente, Srs. Deputados, desde o meu pri­metro pronunciamento nesta tribuna fir­mei posição coerente com o programa dopartido oposicionista que tenho a honrade representar no Congresso Nacional semabrir mão, entretanto, do direito ao 'reco­nhecírnento dos feitos positivos e das rea­lizações autenticamente voltadas para o in­teresse nacional partidas do Governo.

Hoje, trago a noticia da inauguração, dia23 de julho último, pelo Ministro DyrceuNogueira, dos Transportes, de uma ponteinternacional Brasil-Bolívia, unindo a lo­calidade acreana de Ep'itaciolândia à cida­de boliviana de Cobija.

A ponte em apreço supera o leito do Iga­rapé Baía, atendendo, assim, ao acentuadotráfego de veículos e pedestres que deman­dam àquele país vizinho e vice-versa.

Por ocasião da solenidade de inauguraçãoda obra, a população de Brasíléía Municí­pio do Acre que faz fronteira com aBohvialevou ao Ministro Dyrceu Nogueira, ali pre~sente, a expressao de sua gratidão e seu re­conhecimento pelo serviço ora franqueado.

Entretanto, muito ainda precisa ser feito,no Acre, para tornar exequíveís e viáveis ascondições do tráfego rodoviário - e isso foidito ao Sr. Dyrceu Nogueira pelo povoacreano,

Recebeu S. Ex. a , das mãos de uma comi­tiva, memorial reivindicando a construcãode outra ponte, tão ou mais importantequanto a do Igarapé Baía, desta vez sobreo rio Acre, no prosseguimento da BR-317em território acreano, '

A obra pleiteada unirá a sede do Municí­pio de Brasiléia com o DIstrito de Epitacio­lãndía, servindo de ponto de apoio para aintegração do sistema rodoviário brasileirocom a rede continental. Sua construção. se­gundo o Ministro dos Transportes, será ob­jeto de estudo e de interesse por parte doGoverno, atento sobretudo ao intercâmbiocomercial com os países vizinhos.

~oncluo, Sr. Pre.s!dente, srs. Deputados,reiterando, desta tnbuna, o apelo formula­do pessoalmente ao Sr. Ministro Dyrceu No­gueira pelo povo de Brasíléía, para que sejaconstruída com a máxima urgência a pontesobre o rio Acre, dentro do traçado daBR-317, uma das mais importantes rodo­vias do norte/noroeste do Brasil, com ramí­Iícacôes na Bolívia e no Peru. em direçãoao oceano Pacífico.

Este o apelo que se fazia necessário parao progresso não só do Acre, como do enten­dimento do Brasil e de seus vizinhos.

O SR. MÁRIO FROTA (MDB - AM. Pro­nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presi­dente, Srs. Deputados, gostaríamos de tra­zer ao conhecimento desta Casa e da Nacãoa situaçáo reinante na Capital do nosso És.tado, em decorrência das arbitrariedadesque vêm sendo praticadas pelo Secretáriodo Interior e Justiça, S1'. Oldeney de Car­valho, precisamente no que diz respeito àliberdade de imprensa.

Quando o General Ernesto Geisel se di­rige à Nação e anuncia o propósito de tra­zer a público tudo aquilo que esteja errado,nos mais diferentes escalões da Governo,

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5528 Sexta-feira 8

vem o Secretário do Interior e Justiça doAmazonas querer "fazer justiça com aspróprias mãos", tentando impingir aosmeios de divulgação do Estado, por suaalta recreação e defesa, um comportamentopouco democrático e que em nada condizcom as diretrizes do Governo.

Ainda recentemente, 81'S. Presidente, esseSecretário, em depoimento prestado pe­rante à Assembléia Legislativa do Estadoreunida para apreciar a intervenção de­cretada pelo Governador Enoch Reis noMunicípio de Manacapuru, ao ver suas de­clarações divulgadas, ameaçou de recna­mento o semanário Jornal da Amazônia, oude impor-lhe severa censura prévia; comoforma capaz de coibir aquilo que não con­siderar acertado.

Entre outras coisas, o Secretário Oldeneyde Carvalho disse na Assembléia Legisla­tiva que o Governador tudo fizera para im­pedir a intervenção, chegando ao extremode oferecer um cargo na sua administraçãoao Prefeito daquele Munícipío. Isto, embo­ra constitua crime de concussão, uma bar­ganha e uma verdadeira imoralidade paraa administração que se inicia, o Secretárioconsiderou "uma solução amazônica".

Vale lembrar, Sr. presidente, que o Se­cretário Oldeney de Carvalho, afastado doserviço público em administração anterior,ao que consta não deixou muito claros osmotivos dessa medida. Mesmo assim; mere­ceu o que se poderia chamar de um honrosoconvite do Governador Enoch Reis, a quemprocurou publicamente comprometer, oupor inabilidade ou por má-fé.

Tivemos a oportunidade de receber aquiem Brasília a visita do jornalista MárioAntônio, editor do Jornal da Amazônia, queveio pedir o apoio da bancada do MDBamazonense no Congresso e, particular­mente, da minha modesta pessóa, pelos la­ços de amizade que nos unem há váriosanos, contra a msól'ita e insidiosa pretensãode um elemento que demonstra, com essesarroubos, total despreparo para o exercíciodas altas funções que no momento lhe sãoconfiadas pelo Governador Enoch Reis.

Até onde se sabe, o único crime cometidopelo jornal foi o de colocar o problema emtermos elevados, sugerindo ao Governadora exoneração do Secretário, sob pena deaceitar tacitamente as acusações que lheforam imputadas.

Queremos, nesta oportunidade, alertar asautoridades federais para o que está ocor­rendo em nosso Estado, onde os desmandosde eventuais administradores procuram di­ficultar o chamado processo de redernocra­tízaçãc do País. Que não dêem guarida 'aesse etipo de ação que constitui, por si só,um atentado às liberdades fundamentais e,conseqüentemente, um empecilho aos pro­pósitos do Presidente da República de levaro mais breve possível a Nação ao pleno Es­tado de Díreíto.

Sr. Presidente, antes de encerrar, deseja­mos consignar a atitude do Jornal da Ama­zônia, novo e vibrante semanárIo editadoem meu Estado, verdadeiro porta-voz dasreivindicações da região, o qual, com cora­gem e honestidade, vem fustigando a açãodo Secretário do Interior e Justiça, -ínsis­tírido junto ao Governador Enoch Reis paraque essa autoridade não permaneça no car­go que ocupa.

Era o que tínhamos, Sr. Presidente, paraa oportunidade.

o SR. JANUARIO FEITOSA (ARENA ­CE. Pronuncia o, seguinte diseurso.) - Sr.Presidente, Srs. Deputados, é papel prepon­derante do Deputado trazer para esta Casatudo aquilo que diz respeito a fatos quemerecem ser divulgados para que o povobrasileiro este]a ciente.

DIARIO no CONGRESSO NACIONAL <Seção I)

Assim sendo, quero referir-me ao traba­lho que vem desempenhando o Dr, FelipeWilson Cardel'ino como Delegado da Recei­ta Federal em Brasília, onde, em 1974, àfrente deste importante órgão, conseguiuelevar a arrecadação em 253%. Ressalte-se,também, por oportuno, o trabalho desem­penhado pelo seu assessor Gustavo Medei­ros, bem como de vários outros, em diver­sos setores de chefia, que vêm contríbutndodecisivamente nesta tarefa de tanta sig­nificação para o Tesouro Nacional.

Finalmente, acresce notar, a fim de quefique registrado nos Anais desta Casa, amaneira cordial e atenciosa pela qual aDelegacia da Receita Federal, em Brasília,sempre procura resolver os problemas quelhe são apresentados, encaminhando eorientando os contribuintes, como toda apresteza, nas suas relações com o Fisco,fato que, indubitavelmente, é digno de lou­vor e merece todo o nosso aplauso.

Era o que tinha a dizer.O SR. ODEMIR FURLAN (l\IDB - SP.

Pronuncia o seguinte díscurso.) - 81'. Pre­sidente, Srs. Deputados, creio ser chegadaa hora de olharmos com mais interesse eresponsabilidade as situações criadas emtorno do consumidor brasileiro, este anô­nimo desamparado, a todo momento iludi­do em sua boa fé e explorado quanto aqualidade, preço e durabilidade dos produ­tos entregues ao consumo.

O consumidor brasileiro "já passou aocupar posição de influência no mercado,tornando-se também parte integrante dabatalha contra a inflação, pois tão logopôde sentir que sua posição de compradorlhe permita escolher preços e adiar a aqui­sição, a situação do mercado começou a semodificar, Hoje os produtos são estudadosem pesquisas, antes de ser lançados à ven­da. O consumidor passou ao centro dasatenções das empresas e, cada vez mais,ele terá posição determinante no mercado".

Temos atualmente no Brasil cerca de 35milhões de consumidores - os restantes65% vivem no regime de subsistência.

Pois para um País que apresenta esteelevado índice populacional de consumido­res proteger o comprador, através 'da me­lhoria da máquina judiciária ou da crtaçãode instrumentos específicos, é uma neces­sidade não só ética, como econômica.

Os nossos 35% dos consumidores repre­sentam um mercado numericamente bemsuperior ao de diversos países europeus aodo Canadá ou ao da Austrália. Além dissoo Brasil consome 80% de sua renda - en~quanto o ,Japão atualmente fica em tornode 65%.

"De acordo com as previsões orícíaís,' issoquer dizer que num produto interno brutode 380 bilhões de cruzeiros, mais de 300 bi­lhões serão consumidos. Considerando-seque a renda per capita americana é supe­rior a 4.000 dólares por ano, enquanto noBrasil ela ainda é pouco superior a 400 dó­lares, individualmente ainda se consomepouco no País. Mas se consome o suficientepara se reclamar maior proteção",

Ainda não existe no Brasil um conjuntode leis que denominaríamos "o direito doconsumidor". Recentemente uma fábricade automóveis norte-americana viu-se obri­gada, por sentença judicial, a pagar multade 100 mil dólares simplesmente pelo fatode não haver advertido seus clientes quan­to a defeitos de fabrícacão de caminhõesvendidos entre 1960 e 1965.

Em nosso Pais, dificUmente, no quadroatual, sanção semelhante seria aplicada,pois faltam os instrumentos legais de am­paro e proteção ao consumidor. E fato as­semelhado ao dos caminhões americanos

Agosto de 1975

já aconteceu no Brasil, quando do lança­mento pela Ohysler de automóvel de suafabricação, o Dodge 1.800, que saiu comdefeitos de fábrica, sendo vendidas cercade 9.800 unidades. Seis meses depois a fá­brlca relançava o veículo, apregoando suasnovas qualidades, sem, entretanto, ser cha­mada a indenizar aos que foram iludidospela qualidade da primeira remessa decarros.

"Os infortunados compradores dos pri­meiros "dodginhos" têm sido punidos comdemoradas expedições às oficinas dos re­vendedores. Mas os novos carburadores esístemas de câmbio até agora estão emral­ta. E ainda sobrou o triste castigo da de­preciação dos carros, de 15%' a 20% sobreo valor da compra", observava a revista"Veja", em dezembro de 1973. EU'1uanto is­to, os revendedores daqueles "d1Cu~os seacomodavam, explicando os defeitos como"um caso lamentável".

E não há quem defenda nem como de­fender o consumidor quando a camisa queé vendida como sendo à prova de encolhi­mento, ao ser lavada, encolhe. O sapato quedeveria ter os cordões de nylnn, mas narealidade não os possui. A meia que nãodestía nunca, mas desfia logo na primeiravez que é usado. O antiácido sem nenhu­ma das qualidades apregoadas: A vitami­na supereficiente, mas que, de fato, é inó­cua. O automóvel que não conta com asnormas mínimas de' segurança exigida. Alista seria sem fim.

Surge, 81'. Presidente, feliz oportunidadede se defender o consumidor brasileiro con­tra a publicidade desonesta-ie fantasiosa,contra os empresários que lançam no mer­cado consumidor produtos defeituosos oufora de linha de fabricação. E não quere­mos perder a ocasião que se nos afigurapropícia, quando o Congresso Nacional seprepara para discutir e votar o projeto delei n.O 634, de 1975, oriundo de mensagemdo Poder Executivo, o texto do novo Có­digo Civil Brasileiro.

Não nos anima o espírito de crítica, masressalta aos olhos a falta de preocupaçãodos doutos autores do projeto quanto a m­tuação dos consumidores, esquecidos emtodas as linhas previstas para o novo OÓ~

digo Civil.Corrigindo esta lacuna, já encaminhamos

à Comissão Especial, nomeada para darparecer ao projeto do novo Código, emendasa dois artigos, visando a proteger substan­cialmente o consumidor brasileiro contra oempresário - industrial ou comerciante ­que não respeitar o seu direito.

Não pode o consumidor brasileiro con­tinuar sendo lesado, diariamente, nos mausprodutos que compra - ou é obrigado acomprar - e não tão pouco iludido com apropaganda mau feita, que atua somentecontra os seus interesses.

Era. Sr. Presidente, o que tinha a dizer.O SR. HUGO NAPOLEãO (ARENA - PIo

Sem revisão do orador.) Sr. Presidente, 81'S.Deputados, volto hoje à tribuna para tra­tar de um assunto que considero da maiorimportância: a concessão de transportes pa­ra os estudantes da Universidade Federaldo Piaui. Referida Universidade, distantede todos os bairros da Capital do Estado,foi construída à margem do contorno peri­férico da cidade. É claro que, como conse­qüência imediata e lógica, ali se criou umambiente de paz, propício aos estudos e aodebate criador. Entretanto isso dificultouprofundamente a locomoção dos estudantes,pois os meios de transportes são precáriose a Prefeitura Municipal de Teresina nãodispõe de meios para estabelecer conduçãoregular entre a Universidade e o centro da

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Agosto de 1975

cidade sem prejudicar o restante da popu­lação/ nas 4~B.9ºea dos ~ut!,g~ pontQtl de 'l;'e.­resina.

Por esta razão, Sr. Presidente, consideroImportantíssímo que se dê atenção a esteproblema, pois centenas de estudantes an­dam a pé diariamente, semanalmente, à

. busca do saber, de novas idéias pelo bem doPiauí. Tenho tratado do assunto diretamen­te com S. Exa., o Sr. Ministro da Educaçãoe Cultura, que está prestes a resolver aquestão para o bem dos estudantes do meuE:stado.

Por outro lado, quero realçar 3 convêniosda maior importância assinados entre o Mi­nistério da Agricultura e a Secretaria deAgricultura do Piauí, visando a estabelecercondições para o combate das diversas pra­gas que atacam os cajueiros, criar condiçõespara distribuição de sementes no Estado e,finalmente, o desenvolvimento caprino, aovinocultura, e o desenvolvimento do Pro­grama Nacional de Saúde Animal, publicadono "Diário Oficial da União."

Por estas razões dirijo desta tribuna meusefusivos cumprimentos ao Ministro da Agri­cultura, Sr. Alysson Paulíriellí. e ao Secre­tário de Agricultura do Piauí, Sr. OdairSoares, e meus votos de muitas felicidadesa ambos.

O Piauí ingressa numa nova era agrícola.O SR. !'dARCELO LINHARES (ARENA _

CE. Sem revísão do orador.) - Sr. Presi­dente, Brs. Deputados, o Ceará não ficoualheio ao problema ocorrido no vizlnho Es­tado de Pernambuco, e que acarretou gravesprejuízos à população daquela terra. O Go-­vernador de meu Estado, representandoquatro milhões e meio de cearenses nãopôde participar da reunião da SUDENErealizada no dia 31 de julho, porque a pistádo aeroporto ele Fortaleza foi interditadaimpedindo o deslocamento de aviões. Po~esta razão, solicitou a S. Ex.a, o Sr. Gover­nador Tarcisio Maia, do vizinho Estado doR!o Grande do ~orte, lesse em seu lugar odiscurso que havia preparado para pronun­ciar perante os Srs. Conselheiros e o Sr.Ministro do Interior, Maurício Rangel Reisno plenário daquele órgão no que foi aten:dido. '

Nesta oportunidade, Sr. Presidente, passoa ler o referido discurso, a fim de que constedos Anais da Casa:

"Há, de certa forma, uma sombra aprojetar-se sobre esta reunião do Con­selho Deliberativo da SUDENE.Ela traduz o nosso pesar pelos trágicosacontecimentos que desenrolaram nestaheróica cidade de Recife, ceifando vi­das preciosas e causando tão grandesdanos materiais.

Esses acontecimentos traumatízaram anação inteira e foram acompanhadospelo povo cearense como se ele sentisseem sua própria carne o martírio a quea família pernambucana foi submetidapelas forças cegas da natureza.

Mesmo à distância foi-nos possível ava­liar a medida do sofrimento imposto aeentenas de milhares de pessoas e es­timar a rudeza do golpe desferido con­tra o esforço de desenvolvimento des­te Estado.

~ que temos também experiência dador e da destruição, causadas ora pe­las secas inclementes, ora pelas inun­dações tormentosas.

~, portanto, profundo, sincero, Indizívelo nosso sentimento de solidariedade aopovo pernambuco, e aqui me encontropara expressá-lo em nome de quatro emeio milhões de cearenses.

DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Mas se estamos dominados pelo pesarS pel~ §/lUSáÇ(kl <;j.ç llJtó/ tlíl,Q V\lQCUlQSdeixar de consolar-nos um pouco coma certeza de que o povo da Mauricéianão foi abandonado em sua hora deamargura.Havia desde os primeiros momentosuma atitude de expectativa não só emPernambuco, mas em todo o Nordeste,sobre como reagiria o Poder Central àextraordinária extensão do drama so­c~al e da devastação econômica produ­zída pelas enchentes.Talvez porque em nenhum outro mo­mento se tenha tornado tão decisiva,tão desesperadoramente indispensável,a intervenção da união federal paraamenizar o presente e salvar o futurode uma de suas unidades constitutivas.O sopro da morte haveria de ser com­pensado por um sopro de vida, de es­perança e de confiança.Felizmente, a reação do Governo Fe­deral foi positiva, com a determinaçãode mobilizar o maior volume possível derecursos financeiros para a tarefa derecuperação, tarefa ingente, hercúlea,que haverá de consumir tambémmilhões de horas de trabalho e tor­rentes de suor do povo pernambucano.O quadro que os levantamentos estãorevelando é dantesco, mostram que ne­nhum setor da vida estadual, nenhumaárea de produção e de prestação de ser­viços deixou de ser atingida pela demo­níaca investida do Capibaribe e de seusassemelhados.Ficamos de coração confrangido e men­te tumultuada só em pensar na exten­são dos prejuízos sofridos pelas redesrodoviária e ferroviária, pelos sistemasde abastecimento d'água e esgotos, pelaagricultura e a indústria, pelo própriosolo que a brutal erosão deixou em car­ne viva, pelos serviços educacionais e desaúde, pelo comércio e até pela cultura,atingida na destruição do acervo doInstituto Joaquim Nabuco, pois sabemosquanto tempo, de recursos, de dedica­ção, custou construir tudo isto e quantocustará a restauração.Ao saudar a vigorosa posição assumidapelo Presidente Ernesto Geisel ante osefeitos da catástrofe, ponho em meuslábios uma indagação que está nos lá­bios de todos: poderiam ou poderão es­ses tormentos ser evitados?Não poderiam, evidentemente, porquenunca foram realizadas as obras pre­ventivas que trariam maior segurançaàs populações do Nordeste ou de outrasregiões sujeitas à explosão de agentesnaturais.Tivemos promessas a este respeito, masnão foram cumpridas, e é certo que comos escassos recursos estaduais não épossível realizar as obras defensivas decidades e de áreas de produção agri­cola.No entanto, poderão ser evitados es­ses tormentos se essas obras forem efe­tivamente realizadas.Estamos certos de que elas custarãomuito menos em termos de dinheiro doque aquilo que o Governo é obrigadoa gastar todos os anos em ações deemergência que nem sempre produzemtodos os resultados necessários.

Na verdade, o Governo tem de fazeruma opção: gastar para conservar o queconstruímos e assim permitir que faça­mos novos empreendimentos, ou conti­nuar gastando para recuperar o queperdemos, o que obriga a um Intarmí­nável marcar-passo.

Sexta-feira 8 ]1529

Julgamos indispensável seguir o pri­mellQ. çaminM, I;fl,l;\dia.ute trma dhmmi-.zação imediata do Programa Especiald~ Controle de Enchentes, com aplica­çao de recursos em áreas criticas doNordeste e de outras regiões do País.É animadora a determinação do Pre­sidente Geisel para que sejam atacadasobras de controle nos rios Capibaribe eBeberibe, responsáveis pela calamidadeque afetou mais de 700 mil pessoas sóem Recife.Essas obras foram mencionadas comoprioritárias quando o Programa foi lan­çado após as inundações ocorridas emdiversos pontos do País em 1974. Masprioritárias foram consideradas tam­bém, no Nordeste, medidas preventivasem áreas do Piauí, Ceará, Rio Grandedo Norte e Alagoas. E impõe-se que elassejam atacadas para evitar repetiçõesde tragédias.O Ceará padeceu muito em 1974, comos transbordamentos dos rios .Jaguaribee Acaraú, principalmente. A cidade deAracatí foi a maior vítima, passandomuitos dias submersa, tornando-se for­çoso retirar totalmente sua população.Perdemos estradas, ,pontes, instalaçõesindustriais, equipamentos agropecuá­rios, prédios públicos e particulares eainda hoje estamos lutando para re­cuperar o que foi destruido, sobretudoestradas e habitações.Num balanço da situação do estado, ve­rificamos que as cidades continuam in­defesas.Não apenas Aracatí, mas também Itaí­çaba, Russas, Limoeiro do Norte, Jagua­ribara, .Jaguaribe, Iguatu, Cedro e La­vras da Mangabeira, todas na grandebacia formada pelos rios Jaguaribe,Banabuíú e Salgado.Igualmente continuam a correr perigoas cidades de Sobral, Maninhos, Marcoe Acara à, na Bacia do Rio Acaraú,

O rio Curu, por seu turno, representaameaça para as localidades ribeirinhas,notadamente Paraipaba. E temos ain­da o caso de Maranguape, ameaçadapor deslizamentos de terras.Nos demais estados nordestinos ocor­rem situações semelhantes.Há, portanto, imperativa necessidadede realizar de defesa, consistindo prin­cipalmente em diques, desassoreamentoe alargamento de leitos de rios, barra­gens reguladoras, recuperação das ma­tas ciliares ao longo dos cursos d'água,reflorestamento em serras e combateà erosão, pois a destruição do equilíbrioecológico é grandemente responsávelpela acentuação da característíca tor­rencial dos nossos rios.A vista do dantesco espetáculo que tes­temunhamos nesta cidade martirizada,lançamos o mais veemente apelo aoPresidente da República no sentido deque tudo seja feito para proteger nossosnúcleos urbanos, nossa infra-estruturade serviços, nosso parque industrial enossa agricultura contra o castigo dasinundações, que a cada ano atrasam osnossos passos no caminho árduo do de­senvolvimento econômico, social e cul-tural. ,Adauto Bezerra, Governador do Estadodo Ceará."

O SR. FERNANDO COELHO (MOB - PE.Pronuncia o seguinte díseurso.) - Sr. Pre­sidente, Srs. Deputados, mais de 20 Muni­cípíos de Pernambuco - da Região Metro~

politana do Recife, da Zona da Mata e doAgreste - foram novamente atingidos por

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5530 Sexta-feira 11 DlIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção n Agosto de 19~5

enchentes dos rios Capibaribel Ipojuea, Pi­i'apama, Sednilai'eni, :rapacili;á.-Üna,~·pr.:·boatão e Goiana. A repetição da tragédia- que desta vez assumiu proporções semprecedentes, justificando a decretação doestado de calamidade pública - impõe quea solução do problema, ao menos agora,seja buscada seriamente. Não apenas comoepisódio que se encerra com a assistênciaimediata aos desabrigados. Através de me­didas que assegurem, efetivamente, aos pre­judicados, a ídenízacâo dos seus prejuízos e,sobretudo, a eliminação das causas do fla­gelo. Para quc se restabeleça a tranqüili­dade do povo pernambucano e se restaurea sua confiança - seriamente abalada ­na ação dos poderes públicos.

As conseqüências das últimas cheias são,todas, da maior gravidade. Mais de umacentena de mortos. 3 milhões de pessoasatmgidas. Milhares de casas destruídas oudanificadas. Perdas irreparáveis para mi­lhares de famílias. A leptospirose e a hepa­tite fazendo cada dia novas vitimas - comoseqüela que, queira Deus, não acrescentemarcas mais fundas ainda à tragédia.

A economia do Estado foi golpeada pelabase, a partir do seu principal esteio, aagroindústria açueareira. Afetada seria­mente a sua infra-estrutura. Perdidos maisde 20% da safra de cana pendente de corte.A indústria, a agricultura e o comércio comprejuízos incalculáveis. Muitas fábricas eestabelecimentos comerciais inteiramentedestruídos, Quase todas as cerâmicas e ola­rias da região. Pontes caldas e estradasinterditadas. Mais de dois terços da áreaurbana do Recife foi invadida, atingindoas águas nível superior até a 3 metros aci­ma do leito das ruas. Hospitais da redeoficial e privada com seus equipamentos einstalações inutilizados. Acervo cultural damaior importância, como o do InstitutoJoaquim Nabnco e do Museu do Estado,afora bibliotecas e coleções particulares,destroçados ou parcialmente destruidos.Escolas e clubes com perda as vezes totalde suas ínstaíacões. Bairros inteiros apre­sentando a paisagem desoladora de umacidade bombardeada. Famílias sem númeroque viram desaparecer, na água e na lama,o patrlmônlo que construíram ao longo deanos de trabalho e sacrifícios,

Para os que não presenciaram a catás­trofe é necessário que se diga: não exage­ramos nesta descrição. A realidade, ela pró­pria, é dramática demais para permitirqualquer excesso. Faltariamos à verdade seviéssemos, aqui, minimizar-lhe os contornosou reduzir-lhe as proporções. Saiba o Brasilinteiro que o drama vivido pelos pernam­bucanos, nesses dias de julho, esteve muitoalém das poucas colunas que lhe dispensa­ram os noticiários da imprensa - parcos,como se quisessem esmaecer as cores reaise incômodas da tragédia. Que se confira adocumentação estampada nos jornais reei­renses, únicos a retratá-la sem meias-tin­tas ou omissões inexplicáveis.

Talvez nunca Pernambuco tenha vividodias piores. Traumatizado, o povo se trans­formou em vítima indefesa de sua própriainsegurança, como ocorreu dias após, comnovas mortes e novas cenas de pânico edesespero ao circular a noticia. felizmenteinfundada, de que a barragem do Tapacuráfora arrombada pela violência das águas.

Aos pernambucanos dói a certeza de quea tragédia poderia ter sido evitada. Porqueas enchentes não são como os terremotosou as geadas, fatos da natureza Insuscep­tíveis de controle. Como a experiência temdemonstrado - inclusive entre nós, comoas obras realizadas no Sul do País, paraproteger cidades sujeitas às inundações dosrios Guaíba, Paraíba do Sul e Guandu ­são passíveis de soluções que minimizam osseus efeitos e evitam se tornem, como con-

tinuam sendo em Pernambuco, uma rotinade catâstróÍês. tlõüvéssé õ ~~êf ~t~~iêÕ;como era do seu dever, diligenciado após asgrandes enchentes ocorridas a partir de1966, o drama não se teria repetido - eem proporções ainda maiores. A extensãoda catástrofe impunha medidas preventi­vas, dimensionadas na mesma ordem degrandeza. Isso, todavia, não ocorreu.

Fez-se, é certo, a barragem do Tapacurá,Integrante de um sistema que não prescin­dia de outras barragens e obras comple­mentares, foi, no entanto, apresentada aopovo como solução definitiva do problema.Tão repetidos e enfatizados foram os anún­cios nesse sentido - inclusive pela palavrado próprio Governador do Estado, em pa­lestra proferida para a Escola Superior deGuerra - que a população, crédula, admi­tiu fossem verdadeiros. Os avisos da en­chente. divulgados horas antes, não conse­guiram, por isso mesmo, remover a convic­ção cimentada em anos de propagandaoficial, farta e irresponsável. Ludibriadona sua boa fé, o pOYO pagou caro pela cren­ça que lhe foi impingida.

As soluções para o problema estão sendo,agora, novamente prometidas. Os bons pro­pósitos são outra vez repetidos - com aênfase característica da proximidade dastragédias. Os planos existem, elaboradosdesde o Império. Retirados das gavetas,sempre que o drama se repete. Arquivadosdepois, passado o impacto da primeira hora.Quando até a solidariedade humana parecemorta, como vem ocorrendo com os flage­lados da Ilha do Maroim, desde o ano pas­sado à espera da solução oficial prometidae que ainda não lhes foi dada. .

O que Pernambuco ínteiro deseja - Per­nambuco unido sem quaisquer distinções,seus trabalhadores, sua sofrida classe mé­dia, seus empresários, seus agricultores - éque o problema seja agora enfrentado coma seriedade que faltou em outras horas..Jáestamos cansados de paliativos. Não nosbastam promessas nem aceitamos a simplespiedade. Não somos miseráveis, implorandoum favor da União. Reivindicamos um tra­tamento a que nos [ulgarnoa com direito ­pelo que somos, pelo que temos sido, peloque queremos vir a ser.

A emoção do sofrimento - de um povoferido até na. sua boa fé - não nos impedede abrir um crédito de confiança aos pro­pósitos manifestados pelo Presidente Geisel.Suas palavras e suas determinações - de­pois das infelizes declarações do Ministroda Saúde, recebidas como um acinte dedeplorável insensibilidade - chegaram areacender novas esperanças, numa horaIjá de profundo descrédito e quase deses­pero. Daí a responsabilidade maior deIS. Ex."

Que as medidas anunciadas se Cumpram!rapidamente, com a mesma eficiêncía a quese propôs o Presidente da República, relatí­'vamente ao desastre da Central do Brasil.'Se algumas delas ficaram aquém da expec­tativa e da extensão do drama - a exem­plo da liberação do FGTS - ou correm orisco de não transpor os meandros da buro­cracia oficial, que se removam esses obstá­culos. Que se devolva a Pernambuco o ím­prescindivel nesta hora de reconstrução.Que se assista ao seu povo e à sua econo­mia, golpeados duramente. Que se atenue osofrimento dos seus trabalhadores, dos quetinham pouco e perderam tudo. Que seatenda à sua classe média, que não temcondições de recompor o que lhe destruiua calamidade e que não pode ficar à mar­gem das medidas de ajuda. Que se olhepara os que falam através de instituiçõesque tem força para ser ouvidas, mas quenão se esqueça, sobretudo, os que nem se­quer têm como se fazer ouvir. Que se ampa­re a sua agricultura, a sua indústria, o seu

comércio, atingidos com tanta violência.. Q"ue ii~Õ Sé- i'[qüe nós pã1ràtívós n~ üã

solidariedade que se exaure, passada aemoção da primeira hora. Mais que qual­quer coisa, que se executem com rapidez assoluções definitivas, apontadas pelos téc­nicos - sem mistificações, para que seevite, de uma vez por todas a repetição dacatástrofe. Que se dê conhecimento ao pov.oda exata situação do problema e das pro­vidências adotadas visando a resolvê-lo,para que ele se tranqüilize de uma vez portodas ou possa se acautelar, enquantodurar o pesadelo. Que se fale a linguagemda verdade. até mesmo por respeito aosofrimento de tantos.

Os muitos mortos não nos serão resti­tuídos. Que se nos restitua, a,o menos, aconfiança perdida.

Queremos poder voltar, amanhã, a estatribuna, para agradecer o que vier a serfeito. Para dar o nosso testemunho insus­peito de que foram cumpridas as promessasfeitas a Pernambuco. Fiscais de sua exe­cução, todavia, não será menor a nossaveemência se tivermos de constatar queapenas se repetiu o episódio das enchen­tes anteriores. Se, apesar da gravidade datragédia, os propósitos anunciados pelo Go­verno não se converterem na solução a quese julga e tem direito um povo sofrido,injustiçado, que sabe cultivar o sentimentode gratidão, mas que não perdeu, apesar .detudo, a consciência da sua altivez.

Era o que tinha a dizer.O SR. NOSSER ALl\clliIDA (ARENA - AC.

Pronuncia o seguinte dlscursc.) - Sr. Presi­dente, Srs, Deputados, a resolução dos pro­blemas de abastecimento na área amazô­nica é fundamental para o processo deintegração regional. Além das dificuldadesde comunicação, que impedem o livre fluxode mercadorias, e, conseqüentemente, acomercialização dos excedentes agrícolas,que já começam a adquirir razoável expres­são econômica, deve ter-se sempre pre­sente a carência de um sistema organizadode armazenamento e ensílagem, essencialpara que se possa enfrentar as pecualíarí­dades do regime de chuvas na região.

O meu Estado, que conta apenas comuma capacidade estática de armazenagemde 720 toneladas, somente neste ano,' pelaprimeira vez desde que se instituiu a polí­tica oficial de preços garantidos, conseguiubeneficiar-se do preço mínimo para a cas­tanha, segundo produto da economiaacreana, Atentando para essa questão vital,o POLAMAZóNIA destinou, em 1975, umadotação de Cr$ 1,5 milhões para a ímplan­tacão da rede estadual de armazenagem,cuja concretizacão encontra-se pedente desolução a ser adotada pela CIBRAZ:BM.

Paralelamente, no entanto, Sr. Presiden­te, é imprescindível que outros órgãos en­carregados da comercialização de produtosagrícolas essenciais - como é o caso daCaBAL - voltem sua atenção para o pro­blema e implantem sua atividade no Esta­do do Acre. Não se pretende que a CaBAL,empresa pública que é, chegue a suprir Gsistema de aviamento que garantiu durantetantos anos a extração do látex, e que sedesagregou completamente com a políticacreditícia do BASA. Mas é indispensávelque, pelo menos nas áreas urbanas de maiorexpressão, como é o caso de Rio Branco eCruzeiro do Sul, implante essa empresaalguma atividade que contribua para mino­rar os efeitos de um deficiente sistema decomercialização de produtos agrícolasessenciais.

O Governo do Estado, que está institu­cionalizando uma empresa de entrepostosagrícolas e armazéns gerais, prepara-separa atingir o meio rural, a fim de assegu­rar a efetivação da política de preços mí-

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A~osto de 1975.

nímos do Governo Federal. Resta agora,aos órgãos subsidiários do MiniStério êlaAgricultura, dar um mínimo de operacio­nalidade a esse sistema.

l!: o apelo, Sr. Presidente, que em nomede meu Estado endereço daqui ao Sr. Mi­nistro da Agricultura e aos Presidentes da'COBAL e da CIBRAZl!:M, entidades que, embreve, espero ver atuando no Acre.

O SR. JúLIO VIVEIROS (MDB - PA.Sem revisão c10 oradur.) - Sr. Presidente,8rs. Deputados, há vários anos venho de­monstrando que a situação de terras noPará constitui fator de constante Intran­qüilldade no meio rural. Nesse período emque o Congresso Nacional se encontrava emrecesso, em Conceição do Araguaia um fa­zendeíro foi assassinado. Logo em seguida,numa espécie de revide, foram mortos os.seus assassinos. Assim, há um clima deapreensão no sul do meu Estado, região dasmais promissoras para a aplícaçâo de in­centivos fiscais.

Fica, portanto, o nosso apelo ao Governodo Estado, que em boa hora mandou apu­,rar os fatos ocorridos em Conceição doAraguaia, no sentido de que, numa conju­gação de esforços entre a Secretaria daAgricultura, INCRA e as próprias ForçasArmadas, se empenhe ao máximo para darsolução ao problema de terras em nossoEstado, proporcionando aos trabalhadoreszuraís a trazinülltdade lL.'!""mlSárj<> " gll~ fi",

xaçâo naquela fu:ea. }J'ã~-;~ p;de -cõmpi~-ender que o sul do Pará, justamente a zonade maior desenvolvimento agropecuário doEstado, transforme-se num estopim de de­sagregação social, fato que já vem ocorren­do no Munidpio de Viseu e nas cercaniasda rodovia Pará-Maranhão, à altura doquilômetro 94, no lugar denominado Oa­choeiro.

re a nossa palavra de alerta ao INCRA eao Governo do Estado, pois não é possíveldeixarmos que, enquanto se mate um, outrojá seja amarrado ao pé de uma árvore paraser assassinado no dia seguinte. A íntran­

"qütlídade no meio rural se alastra no Esta­'do do Pará. Esperamos que o Governo tomeprovidências efetivas para a solução dessagrande problemática. Para isso é precisoque a Secretaria de Agricultura do nossoEstado, uma vez POl' semana ou mesmouma vez por mês, receba os presidentes desindicatos e procure tratar diretamente

I com eles os problemas referentes à fixaçãodo trabalhador rural à terra. Aguardamosque o Governo do Estado puna os verdadei­ros culpados pela desordem, pela baderna,-pelos assassinatos que se verificam em Con­ceição do Araguaia.'O SR. MONSENHOR FERREIRA LIMA

'(ARENA - PE. Sem revisão do orador.) ­Sr. Presidente, 81'S. Deputados. ainda se re­

-fletem no Brasil as conseqüências do .terrí­vel fenômeno que abalou todo o Nordeste,especialmente Recife, nossa Capital., Há pouco, ouvimos o nobre DeputadoFernando Coelho falar sobre a tragédia queferiu profundamente o coração do Recife.Ninguém pode fazer um juízo preciso dacatástrofe que abalou a estrutura social eeconômica daquela cidade e de toda aregião. Somente nós, a sentimos de perto,'que experimentamos o que significa 72 horasde água, atingindo 1,80 metros de altura,alagando residências as mais diversas dequase 70% da população do Recife, podemosclizer ao País e ao povo brasileiro o que foi

.a tragédia do Recife, que marcou uma dashoras mais tristes da história de Pernam­buco. Aproveito a oportunidade, como pro­fundo conhecedor daquela região, para di­rigir apelo veemente ao Exm.O Sr. MinistroRangel Reis, no sentido de que S. Ex." man­de fazer o estudo do desvio do Rio Capiba­ríbe, única solução racional que se impõeneste instante para a cidade do Recife.

DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

"Trata-se simplesmente do seguinte: .0rio Oapíbaríbe, na altura da vila Pírassíríca,distrito do Município de Pau D'Alho, semdespesa muito vultosa, pode ter as suaságuas, nas enchentes, desviadas, na propor­ção que se pretenda, para o rio Santos Men­des, também chamado Botafogo, numa dis­tância de cerca de quatro quilômetros,através de um vale aberto em toda a exten­são, obra providencial da natureza, pare­cendo que Deus, na sua onísciêneía, previupara essa época em que vivemos a salvaçãoda cidade do Recife por essa via.

Todas as terras do citado vale de ligação,inclusíve parte daquelas por onde corre orio Santos Mendes, que, sem comprometervilas ou cidades, vai desaguar no mar, àaltura do norte da Ilha de Itamaracá, per­tencem ao Governo Federal. As terras nopercurso final desse rio até a sua foz, utili­zadas exclusivamente em plantação de canapara .a Usina São José, pertencem aos su­cessores do ex-Senador José Ermirio deMoraes.

Sr. Presidente, esperamos que o Sr. Mi­nistro Rangel Reis modifique a solução. Bar­ragens de contenção não resolvem o pro­blema de Pernambuco. São bilhões de me­tros cúbicos de água, e, quando ocorreremas enchentes, não terão capacidade paraarmazenar esse imenso volume hídrico. Aúnica solução viável é desviar o rio Oam-bar1be do i:tecife, através de um éanal.qUEicustará talvez um terço da importânciaque será gasta na construção da barragemde Oarpina, que poderá oferecer espetáculoainda mais desolador, cobrindo cerca de400 das mais férteis propriedades de Per­nambuco e atingindo áreas bastante densasem termos de população.

Portanto, Sr. Presidente, como pernam­bucano, conhecedor dos problemas e da co­rograría do meu Estado, tendo nascido àsmargens do Rio Capibaribe, acredito tenhaautoridade para sugerir a solução técnicamais aconselhável no momento. Apelo a S.Ex." o Sr. Ministro Rangel Reis, para quemande observar as reais possibilidades des­se canal, que irá custar, aos cofres da Na­ção um terço das despesas com a barragemdo rio Capibarlbe.

O SR. MARAO FILHO (ARENA - MA.Pronuncia o seguinte diseurso.) - Sr. Pre­sidente, Srs. Deputados, recebi da Federaçãodas Indústrias do Estado do Maranhão ofi­cio, que incorporo ao meu discurso, no qualo Presidente daquela entidade solicita anossa instância junto ao Ministério do In­terior no sentido de solucionar um graveproblema das classes empresariais do meuEstado.

Ocorre, Sr. Presidente, que quando as em­presas do Maranhão necessitam de umacertidão negativa referente ao recolhimentodo FGTS, ficam na dependência da Dele­gacia de Fortaleza, Capital do Estado doCeará, localidade de distância çonsíderável.

Com tal procedimento, as empresas doMaranhão ficam impossibilitadas de apre­sentar, no prazo exigido, as certidões par.acomprovação à SUDENE ou SUDAM, obri­gatoriamente solicitadas nos casos treqüen­tcs de financiamentos de projetos.

Por mais que os servidores da adminis­tração direta ou indireta no nosso País seempenhem no sentido de solucionar os pro­blemas burocráticos que lhes surgem, im­possível se torna a expedição de certidõesnegativas em tempo hábil, levando-se emconsideração a distância geográfica que nossepara.

O INPS, sentindo o mesmo problema, re­centemente delegou poderes à rede ban­cária para a expedição de éerttdões nega­tivas, por achar tal medida justa e racional.

Sexta-feira B 5531

.•Assim, S,r. Presidente, desta Casa do Con­gresso Nacional desejo fazer um apelo aoExmo. Sr. Ministro do Interior, no sentidode que aprecie e atenda ao pedido da Fede­ração das Indústrias do Estado do Mara­nhão, obtendo uma solução satisfatóriapara o problema, examinando a possibili­dade de serem as mencionadas certidõesexpedidas pela rede bancária do Estado doMaranhão, de acordo com o respectivo do­micilio bancário.

O expediente a que me referi é do seguin­te teor:

"São Luis, 14 de julho de 1975OF. FIE~/176/75Ilustríssimo SenhorDeputado .Tosé de Ribamar Marão FilllDCâmara FederalBrasília - DFA Federação das Indústrias do Estadodo Maranhão, em 19 de junho findo,encaminhou ao Exmo. Senhor Ministrodo Interior, o oficio de cópia anexa,sem atendimento ou qualquer solueãoaté o momento. .E como o assunto é de extrema relevân­cia para as classes empresariais, nota­damente quando há necessidade decomprovação junto a SUDENE ou aSUDAM, nos casos freqúentes de finan­ciamentos de Dr.ni"t,c»<. 8olinil:n. Dn ib=_

ire Deputado J~~rd~' IÚb~~~r~M~;ãoFilho a sua valiosa participação, comos demais membros da nossa Bancadaparlamentar, junto ao Ministro RangelReis, no propósito de obter uma soluçãosatisfatória para o problema que, a parde interesse para as classes empresa­riais do nosso Estado. é também paraa própria economia do Maranhão.

Cordialmente- Dr. Alberto Abdalla,Presidente."

"São Luís, 19 de junho de 1975

OF. FIEMA/138/75Excelentíssimo SenhorMauricio Rangel ReisM.D. Ministro do InteriorEsplanada dos MinisteriosBrasília - DFAs classes empresarías do Maranhãoquando necessitam de certidões negati­vas do FGTS ficam na dependênciada Deiegacia de Fortaleza, com perdade tempo e longa demora de meses deespera, com prejuízos incalculáveis paraseus interesses.

A Federação das Indústrias do Estadodo Maranhão, nessa emergência, soli­cita a V. Ex." que Se digne mandarexaminar a possibilidade de serem asmencionadas certidões expedidas pelarede bancária de nosso Estado, em idên­tica modalidade das certidões negativasdo Instituto Nacional de PrevidênciaSocial - INPS, de acordo com respec­tivo domicílio bancário,

Cordiais Saudações. - Dl'. AI~erto

Abdalla, Presidente."O SR. INOC.tNCIO OLIVEIRA (ARENA

- PE. Pronuncia o seguinte díscurso.) ­Sr. Presidente, 81's. Deputados, sou daquelesque admite a construção de estradas comoobra das mais importantes para o desen­volvimento de um país, pois permitem elasa circulação dos bens de consumo e daspessoas; sou daqueles que admite que os Go­vernos brasileiros, de 1964 até esta época,vêm dando o máximo de sua atenção .a tãorelevante programa; sou também daquelesque reconhece que a construção da RodoviaBR-232, no meu Estado de Pernambuco. eque liga Recife a Parnamírlrn, foi um dosmais importantes marcos para o desenvol-

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5582 Sexta-feira S

vimento do Estado, principalmente da re-.gíão sertaneja,

No entanto, aproveito a oportunidade pa­ra tecer algumas considerações a respeitode problemas que vêm surgindo, relaciona­dos àquela rodovia.

1.0) Na faixa de 40 metros de terra decada lado da rodovia, que deveria já tersido indenizada, até hoje ainda existe gran­de parcela de proprietários à espera da res­pectiva indenização;

2.°) do mesmo modo, várias casas exis­tentes nessa faixa de terra acima referidaainda não foram retiradas, devido à não­indenização, Como exemplo, cito quatro ca­sas eXistentes no km 359, em sitio doNunes, situadas em frente a outras cons­truídas fora da faixa, servindo de hotéis.Um de seus proprietários teve de comprarduas delas e derrubá-las por conta própria.Outras casas existentes no km 415, em Ser­ra Talhada, de lado de um posto de gaso­lina, continuam sobre a faixa de 40 metros;

3.0) as cercas de arame necessárias à de­limitação dessas faixas de terra ainda nãoestão terminadas e a parte já feita contaCOJU quatro fios de arame, ao invés de nove,permitindo, muitas vezes, a invasão de ani­mais - caprinos, ovinos, bovinos, equínos- o que causa, rrequentemente, sérios ací­~ên~a Bom ,,:~l~üiiJij ij .d~n~g -rr;;t;;r~1ii~ êtísicos (perdas de vidas e graves traumatís­mos).

Pelo exposto, solicito ao Exmo. Sr. Dire­tor-Geral do Departamento Nacional de Es­tradas de Rodagem, Coronel Stanley FortesBatista, administrador reconhecidamentedos mais capazes, sejam adotadas as se­guintes medidas em relação à BR-232:

1.0) Seja pago imediatamente aos pro­prietários das faixas de terra (40 metrosde cada lado) em torno da rodovia a inde­nização correspondente;

2,°) sejam indenizados os proprietários eretiradas as casas existentes nas faixas deterra supracitadas;

3.0) sejam concluídas as cercas que deli­mitam essas faixas de terra e que. ao invésde quatro fios de arame farpado, sejam colo­cados nove para evitar acesso de animais àrodovia;

4.°) seja sustada a apreensão de animais,até que as cercas estejam concluídas, poisacreditamos, só se pode exigir direitos quan­do dão condições.

Confiamos no atendimento desse pleito omais breve possível, pois só assim, uma obrade tão importante sígnírícacão para o Es­tado de Pernambuco terá alcançado suafinalidade.

O SR. ISRAEL DIAS-NOVAES (MDB ­SP. Pronuncia ° seguinte diseurso.) - Sr.Presidente, 81'S. Deputados, a imprensa re­gistrou, há pouco, com grande destaque, opronunciamento do Tribunal de Contas daUnião a respeito da prestação de contas doMinistério dos Transportes e, particular­mente. do DNER - Departamento Nacionalde Estradas de Rodagem. Causou estranhe­za à opinião pública o fato de, após apon­tar falhas e irregularidades na prestaçãode contas daquela autarquia federal, o Tri­bunal de Contas aplicar-lhe o que chamoude "multa simbólica" de cinco mil cruzeiros.Afinal, se irregularidades foram registradasnaquelas contas. o certo será apurá-las con­venientemente e, em seguida, punir os res­ponsáveis. A "multa simbólica", que se dizter sido aplicada ao DNER pelo Tribunal deContas da União não passa de disfarçadae condenável forma de tolerância, incompa­tível com os elevados e anunciados propó­sitos moralizadores do Governo instalado noPais a partir de 1964.

DlfARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Mas, em contraposição a esse estranhotratamento dispensado pelo TCU à pode­rosa autarquia federal, temos visto o mes­mo Tribunal de Contas infligir severo, ri­goroso, até mesmo impiedoso tratamentoaos prefeitos e às suas administrações. São,evidentemente, dois pesos e duas medidas,que em nada recomendam a ação do nossoTribunal de Contas: tolerante com os gran­des, severo com os pequenos.

Seria fastidioso se fôssemos buscar, nosarquivos daquela Corte de Contas, todos oselementos comprovadores da afirmativa. Noentanto, por ser a situação suficIentementeconhecida, principalmente de nossos preí'eí­tos, homens simples do interior de todoBrasil, alguns exemplos bastam para tor­nar mais evidente, mais clamorosamentegritante, a diferença de tr.atamento refe­rida.

Ainda recentemente, o ex-prefeito da pe­quena cidade de Iacrí, no Estado de SãoPaulo, foi intimado pelo TCU a desembol­sar a quantia de aproxImadamente 200 milcruzeiros, a fim de, segundo o Tribunal,repor nos cofres do Município essa impor­tância, que teria sido desviada do Fundode Participação dos Municipios. Defendeu­se o ex-prefeito informando que a irregu­laridade fora devida à, acão de um ex-ser­vidor da Prefeitura, já condenado criminal­mell~, ~ !1a~, Pôr lftéii:l \iii fi~~Ú civH êôm­petente, tivera seqüestrados alguns de seusbens, para o competente pagamento dasverbas que desviara. Em sua defesa, com­provou o ex-prefeito os fatos que alegara,com certidões expedidas pelos cartórios ju­diciais e extrajudiciais competentes. De nadaadiantou sua defesa, pois o Tribunal insisteem que responda ele, pessoalmente, pelasirregularidades, pagando de seu bolso aelevada importância, Os processos de suadefesa, que têm os números 22.870/70 e15,948/72, continuam em andamento peran­te o Tribunal de Contas da União, em ra­zão de recurso por ele apresentado.

Noutro pequeno município paulista ­Buri - também o ex-prefeito está às vol­tas com idêntica exigência do Teu, que deleexige o pagamento de 13 mil e poucos cru­zeiros, como penalidade por irregularidadestambém relativas, segundo o Tribun.al, aoFPM (Fundo de Participacão dos Municí-pios), '

Nesses processos, que têm os n.vs 7.866/69,10.319110 e 47.290/71, perante aquele Tri­bunal, procura o ex-prefeito, homem hu­milde e de poucas posses, JUStificar atra­vés de recurso, que não lhe cabe atender àexigência do órgão julgador de contas.

Esses dois exemplos, entre milhares deoutros, seriam suficientes para destacar adisparidade de tratamento que o TeU dis­pensa, de um lado, com tolerância e parci­mônia, a importantes e poderosos órgãos daadministração federal; de outro, com ri­gidez e intransigência, a modestos e mui­tas vezes despreparados chefes de executi­vos municipais, Como poderá, um Importan­te órgão que assim age, merecer a confian­ça e o respeito da população brasileira?

O SR. PEIXOTO FILHO (MDB - RJ.Pronuncia ° seguinte díseurso.) - Sr. Pre­sidente, Srs. Deputados, alimentada porcaríssima rede de divulgação promocionaldos seus antigos diretores, a Centrais Elé­tricas FlumInenses, ao contrário da cavílo­sa propaganda de que estava nadando emdinheiro, a ponto de distribuir compensa­dores dividendos aos seus acionistas, trans­formou-se. no calamitoso Governo da Ve­lha Províncía, num viveiro de escândalos,mercê de sua ruinosa administração, emtermos de panamás de nomeações, aliadosà orgia com o dinheiro público, motivaçãomaior para o estado de caos admínístratí-

At:0sto de 1975

vo e financeiro encontrado pelo Governo donovo Estado do Rio de Janeiro.

Acresce dizer que o valoroso povo flu­minense foi impiedosamente casttgado pe­las administrações passadas desse órgão,através de seguídas majorações de tarifas,além da ilegal cobrança de taxa de ilumi­nação pública, da exclusiva responsabili­dade do Poder Público.

Por outro lado, a CELF oferecia escor­chantes orçamentos para execução de obrasde extensão de redes elétricas nos bairrosoperários, cobrando antecipadamente umataxa para promover tal estudo, conformedocumento que ao final passarei a ler, paraque constem dos Anais da Câmara dosDeputados.

Sr. Presidente, pouco mudou com o Go­verno da fusão no que diz respeito a essesodiosos e desumanos critérios, quando ésabido que os núcleos operários, as zonasrurais, e notadamente as localidades demaior densidade demográfica da VelhaProvíncia, SM os mais atingidos pela desen­freada ganância desse orgão da adminis­tração indireta fluminense.

Ressalte-se que, dentre outros, os Distri­tos (2.° e 3.0) de Duque de oaxías e do 1.0 ao6.0 de Magé, com suas populações, na quasetotalidade trabalhadores (assalariados), jásiiõrifiêiiôõj pslã Íi:lêCm.pânibHi;;itêaõ àiI;seus salários com o alto custo de -vida, sevêem obrigados a passar até privações, afim de equilibrar o orçamento doméstico,diretamente atingidas pelas seguidas e in­justificáveis majorações das tarifas de'energia elétrica. Do jeito que a coisa vaise o Governo Federal não atentar para á.gravidade do problema, que se nos afigurade caráter social, dentro em pouco as re­giões de melhores perspectivas econômicastransformar-se-M em áreas estagnadascomo se a fusão dos dois grandes Estado~da Federação fosse implantada apenas para"inglês ver" ou para figurar como uma daspáginas mais polêmicas da história políticado Governo Revolucionário no Estado doRio de Janeiro.

O tempo passa, e o governo de "técnicos"permanece divorciado da problemática re­gional, abstendo-se de melhores diálogoscom as forças políticas da nova Unidade daFederação.

Tudo isso devidamente considerado leva­rá, por certo, o Sr. MInistro das Minas eEnerg'ia a adotar medidas objetivas em fa­vor dos indefesos usuários da Centrais Elé­tricas Fluminenses, hoje com nova sigla,mas com suas notórias deficiências agrava­das.

Passo a ler os documentos que me foramenviados por uma das partes prejudicadas:

"Aviso de OrçamentoN.o 031175-SRDC.

Saracuruna, 26 de fevereiro de 1975.Ilm.o Sr.omeze Rosa Agues e OutrosRua "D", L-2, Q-32Parque Maitá - Magé - RJ.

Prezado Senhor,

Em atenção a Vossa solicitação de ex­tensão de rede para sua propriedade noParque Maitá, contida no Processo n.o01615/74-SRDC., vimos pela presenteinformar-lhe que realizamos os estudosnecessários para a execução da obra eapresentou uma contribuição de Cr$46.300,82 (quarenta e seis mil, trezen­tos cruzeiros e oitenta e dois cento.":vos).

outrossim, lembramos que talorçamen­to tem uma validade de trinta (30) dias,

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Agosto de 1975 DlARlO DO CONGRESSO NACIONAL (SeçâG ~) Sexta-feira 8 5533

a partir do recebimento deste AVISO eque, caso haja interesse, deverá V. 8.'"comparecer ao nosso Escritório em Sa­racuruna para, junto à Divisão Técni.­ea, firmar o "Termo de Compromisso".Sem mais, subscrevemo-nos.Atenciosamente. - Eng.o Edgard Cou­tinho li'ern'~nd~s, Sup. Regional D. Oa­xías,"

Era o que tinha a dizer.O SR HUM.lBERTO LUCENA (MDB ­

PB. Pronuncia o seguinte dlseurso.) 1_

Sr. Presidente, Srs. Deputados, faleceu, hápoucos dias, no Rio de Janeiro, um emi­nente homem de letras da paraíba, EudesBarros. Escritor, poeta e jornalista, ele nas­ceu na cidade de Alagoa Noya, do meu Es­tado. Cedo ainda, emigrou para a Capitalparaibana, onde logo aos :l4 anos, segundoos que se ocuparam de sua biografia, pu­blicou o primeiro livro, "Troncos de Paus",uma obra poética, sem maiores pretensões,mas que já, dava bem a medida do seu ta­lento literário.

E foi aí que Carlos Dias Fernandes, outroparaibano de valor, pela inteligência e pelacultura, que, na época, dirigia o A União,resolveu aproveitá-lo nos trabalhos da ím­prensa oficial.

]lm seguida, refletindo as emoções daalma. popular, .após a tragédia que envolveuSqdi Cabral, o estudante que morreu numíneídente com a polícia e sua noiva que sesuicidou, em João Pessoa, Eudes Barros,prosseguindo a sua trajetória intelectual,escreve "8adi e Agaba".

]'Oi, porém, em 1928, que lançou o seugrande livro de versos, "Cânticos da TerraJovem", que lhe garantiu umIugar de re­levo entre- os homens de letras da provín­cia.. Antes, em 1925, Eudes Barros fez um en­saio como novelista, publicando "Lírios deCabaré".

Mais adiante, já por volta de 1939, lançao seu conhecido "17", como o primeiro pas­so nos estudos históricos, revelando-se umanalista lúcido dos fatos econômicos, so­ciais e políticos.

Redator-Chefe de A União prestou, comocronista, excelentes serviços à comunidadeparaibana.

Como político, foi sempre um espíritocombativo, aliando-se nas lutas da oposi­ção que Botto de Menezes liderou na Pa­raíba, nos quadros do Partido Libertador deentão,

Dirigiu o jornal O Norte, tradicional órgãoda imprensa paraibana, imprimindo-lheuma orientação Iírme, independente e altí­va.

Em suma, Eudes Barros foi um homem debem e um homem de luta. "Idealista dosmais puros", como o caracterizou Aurélio deAlbuquerque, foi uma pessoa que nunca sepreocupou, por isso mesmo, em amealharfortuna.

Deixando a Paraíba, há algum tempo,deslocou-se para o Rio de Janeiro, onde vi­veu e morreu pobre, com os olhos semprevoltados para a terra natal. Ainda ali, pu­blicou "A Associação Comercial no Impérioe na República" e, por fim, em 1971, "Elessonharam com a liberdade".

Elldes Barros publicou também conferên­c;a~ e outros estudos, entre os quais um so­bre' a poesia de Augusto dos Anjos, na ten­tativa de estabelecer um paralelo entre Au­gusto e Baudelaíre.

O seu desaparecimento, que foi muitosentido não só na Paraiba CO/110 no Rio de

Janeiro, onde, mesmo fora da eolônía pa­raibana, muita gente boa admirava os seusexcelentes dotes intelectuais, precísava deum registro nos Anais da Câmara, comohomenagem à memória q.e um homem inte­ligente e culto.

Era o que tinha a dizer.O SR. ANTôNIO ANNffiELLl (MDB ­

PRo Pronuncia o seguinte díseurso.) - Sr.Presidente e 81'S. Deputados, transcorre nodia 10 do corrente o 20.0 aniversário do Mu­nicípio de Goíoerê, no Estado do Paraná,na região do Vale do Plquíri, e como re­presentante daquele município neste Par­lamento não poderia deixar passar desaper­cebida tal data.

Goíoerê é um dos Municípios mais ricosdo Estado do Paraná, tem um povo hones­to e trabalhador, que enobrece a grandezade sua terra.

Seu nome de Goio -o- água e Erê - límpa, clara - Goioerê - águas claras, águaslimpas. Sua agríeultura é um exemplo a serseguido por outros municípios, pois sua ter­ra é maravilhosa, produz em grande escalacafé, soja, algodão, mamona, feijão ete. Napecuária, Goioerê é um exemplo tambéma outros municípios e Estados deste Brasilimenso.

Enfim, Sr. Presidente e srs, Deputados>Goioerê, ao' completar 20 anos, reafirma­se éómo um dos grandes munícípíos brasi­leiros, faltando apenas para sua totalemancipação a tão sonhada e prometida es­trada asfaltada BR-272, que ligará Goioerêa Campo Mourão.

Finalmente, quero registrar na ata dostrabalhos de hoje um voto de congratula­ções a este munícípío, bem como cumpri­mentar daqui da Câmara Federal, atravésdeste meu pronunciamento, todos os muni­cípes, desejando sinceros votos para queGoioerê continue obtendo o grande sucessoque até hoje vem alcançando.

Era só, Sr. Presidente.O SR. ADRIANO VALENTE (ARENA ­

PRo Pronuncia o seguinte discursn.) - Sr.Presidente, 81'S. Deputados, volto à tríbunadesta Casa para tratar da posição do Pa­raná pós-geada. Sem café, um dos seusprincipais produtos agrícolas se estará de­frontando com imensas dificuldades, queserão agravadas nos anos vindouros. Pre­tende-semmlmíaar os prejuízos sofridos pe­lo Paraná, principalmente no que se refereà cafeicultura, alegando-se, entre outrascoisas, que os preços do café remanescen­te serão mais compensadores e que as la­vouras atingidas pelas geadas poderão serrenovadas ou revigoradas pelo amplo eimediato rmancíamento já oferecido peloGoverno Federal.

Assim, nesta g-rave conjuntura, constateina imprensa a divulgação de uma palestrado Prof. José Mendonça de Barros, mem­bro do Instituto de Pesquisa Econômiea daUniversidade de São Paulo. Segundo assuas estimativas, baseado em dados aindaprecários, o frio apenas atrapalhou a pro­dução de café para a safra do próximo ano,e, em alguns casos, matou muitos pés. Con­clui que o crédito está aberto amplamenteàs regiões atingidas, com tetos elevados,proporcionando a recuperação rápida dossetores prejudicados. Verifica-se, por outrolado, consoante reiteradas publicações, quehá uma ameaça no sentido de se desviardo Paraná para outras regiões a cultura decafé, sob a alegação de que a ocorrência degeadas periódicas dificultaria a permanên­cia da maior parte dessa lavoura em seuterritório.

Ora, nada disso oorresponde à realidade,Com exceção desta safra, os prejuízos são

totais para o Paraná. Todos os cafeeiros fo­ram dizimados pela geada e será necessá­rio refazer tudo, num trabalho demorado,exaustivo e extremamente custoso. As gea­das são cíclicas e o fenômeno atinge simul­taneamente todos os Estados produtorescom maior ou menor incidência. É preci­so, porém, proclamar agora que as medidasde recuperação dos cafezais atingidos pelasgeadas não devem apenas abranger 03meios técnicos e financeiros já eolocados àdisposição dos lavradores através do Pla­no de Emergêneia para Recuperação dosCafezais Geadas, cujo montante supera oitobilhões de eruzelros. Este também é o mo­mento propício para serem estabelecidos oudelineados novos fundamentos da futurapolítíca de comercialização do café, dandomelhores condições de rentabilidade aos mi­lhares de produtores que, em face da pers­pectíva de maiores lucros no tocante ao seutrabalho, poderão implantar uma cafeicul­tura modelar e não apenas extrativa, comovinha ocorrendo.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, não pode­ria deixar de aplaudir o Governo Federalpela presteza e pelo largo alcance das pro­vidências adotadas nas áreas da produçãoe da comercíalízaçâo, todas orientadas com ­o propósito e a visão de debelar a crise quese abate sobre a cafeicultura paranaense ea de outros Estados produtores. As medidas

. adotadas pelo Ministério da Indústria e doComércio, pelo Conselho Monetário Nacio­nal, pelo Instituto Brasileiro do Café e porentidades financeiras oficiais no setor dacafeicultura, demonstram que o Governo:federal estava efetivamente aparelhadoe com recursos necessários dísponiveís paraenfrentar os problemas de nosso principalproduto, totalmente sacrificado pelas gea­das. Agradeço ao eminente Presidente Er­nesto Geisel e não posso esconder minhaadmiração pela presteza com que 8. Ex.adeterminou todas .as medidas cabíveis, prá­ticas e objetivas para socorrer todos aquelesque se dedicam aos trabalhos da terra, emespecial à lavoura cafeeira.

Quero consignar meus aplausos à Banea­da da Aliança Renovadora Nacional do Pa­raná, aos Deputados Federais, Estaduais eàs Câmaras Municipais, bem como aos Pre­feitos do nosso Partido, aos lideres da ca­feicultura que não mediram esforços pal-areunir dados e sugerir providências a fimde que produtores e trabalhadores agrico-,las pudessem ser socorridos com a máximaurgência. Aos Senadores Mattos Leão e

- Accioly Filho, ao Goverriador Jaime CanetJúnior e à sua valorosa equipe, que anví­daram os melhores esforços e adotaram me­didas da mais alta importância para o se­tor primário da economia estadual, nossoreconhecimento, que vem consubstaneladona Nota Oficial da Bancada da ARENA naCâmara dos Deputados, a seguir transcrita:

"NOTA OFICIALA Bancada da Aliança Renovadora Na­cional do Paraná, na Câmara dos Depu­tados, reunida especialmente para ana­lisar as eonseqüêncías das últimas gea­das ocorridas no Estado, após recolherinformações dos seus integrantes quepercorreram as regiões atingidas, re­solveu:I - Solidarizar-se com a lavoura pa­raense, endossando as reivindicaçõesapresentadas por suas entidades repre­sentativas em favor de medidas, decurto e médio prazo, que minimizem osefeitos do fenômeno na economia esta­dual e na situação pessoal dos agricul­tores;II - Reconhecer o esforço conjuntoempregado pelas Bancadas federal eestadual, ao lado do Governo do Esta-

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5534 Sexta-feira li DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Agosto de 19'75

do, visaJ;fdo ao imediato encaminha­mento de soluções de amparo à lavou­ra atingida;m ~ Aplaudir o Governo Federal pelapresteza e pelo largo alcance das pro­vidências adotadas nas áreas da pro­dução, de comercializacão e financeira,todas orientadas no sentido de evitarcrise maior no setor primário da econo­mia estadual;IV - Muito especíalmente, agradecerao Presidente Ernesto Geisel a serieda­de com que enfrentou a grave conjun­tura, manifestando, em curto prazo, apresença e as providências imediatas deseu Governo no atendimento da emer­gência, abrangendo, com sua palavra,seus atos e suas determinações, todosos aspectos que realmente mereciam oapoio do Governo da República;V - Apoiar as medidas adotadas peloMinistério da Indústria e do Comércio,pelo Conselho Monetário Nacional, peloInstituto Brasileiro do Café e por en­tidades financeiras oficiais, especial­mente no caso da cafeicultura, total­mente sacrificada pelas geadas;VI - Manifestar sua eonnança nas me­didas a serem adotadas em benefício da 'trítícultura e da pecuária, ambas atin­gidas em proporções consideráveis, e.l.'­ternando o estímu10 da representaçãoparanaenee aos produtores do Estado ea otimista expectativa quanto às decí­sões do Ministério da Agricultura;Vil - Finalmente, em caráter especiale em vista dos irrecuperáveis prejuízosque se estenderão à Receita estadual,que não se beneficiará diretamente doamparo oferecido à produção, a Ban­cada da ARENA do Pareriá dirige ape­lo ao Presidente Ernesto Geisel paraque, em condições excepcionais, com agrandeza que caracteriza seu Gover­no, determine estudos visando ao apres­sarnento das obras de infra-estruturaprevistas no II Plano Nacional de ))e­solvímento para o Paraná, com o que oEstado será compensado em parte pe­las perdas sofridas e pela crise de suaeconomia agropecuária.

as.) Adriano Valente - Antônio Ueno_ Cleverson Teixeira - Igo Losso -­Minoro Miyamoto - Agostinho Rodri­gues - Ary Kffuri - Flavio Gíovíne -­ítalo Conti _ Norton MAcedo - Allpiode Carvalho - Braga Ramos - HermesMacedo - João Vargas - Santos Fi­lho."

O SR. HILDÉRlCO OLIVEIRA (MDB -­BA. Pronuneía o seguinte dlseurso.) Sr. Pre­sidente, 81'S. Deputados, os professores dosColégios Polivalentes, na Bahia, estão, nomomento, lutando desesperadamente poruma justa equiparação. Segundo informa­ções por nós obtidas, o Governador do Es­tado recusara a proposta de revisão dosvencimentos do magistério. Isto fez comque os representantes da Comissão de Pro­fessores dos Polivalentes' e da Associaçãodos Licenciados se reunissem no último dia2 de agosto marcando uma audiência com oSecretário de Edueaeâo para anteontem, 4de agosto. Em verdade, os professores estãodispostos a partir para soluções cabíveis,respeitantemente à majoração de vencimen­tos e salários ao limite de 30% para os denível E-3 e de 50% para os de nível E-5 (di­retores e vice-diretores). Os professores en­tendem que a proposta anteriormente fei­ta será tão-só apreciada pelo Governadorem janeiro de 1976, ocasião em que deveráocorrer, segundo prevêem, a equiparaçãodos vários níveis aos previstos no ;Estatutodo MagistérIo.

Se o Governador não abrir mão de tal po­sição a classe se empenharia em não acei­tar, por seu turno, o regime de 40 horas se­manaís de trabalho. Observam os professo­res que há disparidades que podem serapreciadas, a partir do exemplo de que umvíce-díretor nível 6-C, das escolas tradicio­nais, percebe Cr$ 2.300,00 mensais, enquan­to que um vice-diretor das Escolas Políva­lentes percebe mensalmente cr$ 2,380,00,ambos nas mesmas condições de trabalho.Tal ponto de vista está sustentado desdeabril. Estranham ainda os professores aatitude tomada pelo PREMEN, órgão res­ponsável pela formação de professores pa­ra os cursos poüvalentes, que se encontraomisso ante a sorte da classe. Alegam aindaos mestres que enquanto, freqüentemente,os professores efetivos têm obtido aumentode até 35%, os das Escolas Polivalentes ti­veram, como última revisão de vencimentose salários, apenas 15%, assim mesmo em1971. Por outro lado, eles não concordamcom a atual política de escolha de direto­res para as Escolas Polivalentes "entreguea pessoal não qualificado, pelo que deixa­ram de funcionar acordes com suas baseslegais"; tal acontece, por exemplo, em SãoGonçalo dos Campos e em Irecê, Iocaís on­de professores concursados e, destarte, qua­lificados, exercem, tão-só, cargos de vice­direção. Conclusão: consideram os profes­sores que diante de tais fatos e, em espe­cial, da política salarial, os Colégios Poli­valentes, situados em 34 municípios baia­nos, poderão, não muito distante, cerrarsuas portas, de vez que, continuamente, au­menta o número de profissionais que retor­nam às sjias cadeiras anteriores. Revelaramos mestres que todas essas reívíndíeaçõesvêm sendo feitas desde 1973, por ocasião doEncontro de Diretores realizado na Cidadede Gandu, com a presença inclusive de umex-secretário de Educação. Ressalte-se que,em dezembro de 1974, no Encontro de Pro­fessores de Artes Práticas, tais reivindica­ções voltaram à baila, e, finalmente, na Ci­dade l de Itajuípe, quando do Encontro deDiretores, do qual participaram represen­tantes da Secretaria de Educação e cultu­ra e de membros do PREMEN, os quais fo­ram alertados para a situação em que seencontram. no momento, os professores; si­tuação inglória, diga-se.

F.inalmente, segundo conseguimos depre­ender através do jornal A Xarde, de 5 deagosto (terça-feira), página 2, seção "Nosbastidores", a melhoria respeítants à si­tuação dos professores é, infelizmente, Ine­xístente, ou, no dizer do colunista, "con­versa", pois que apesar de dizer-se que asfinanças .do Estado aos poucos estão sendorecuperadas, dizem os Secretários de Esta­do que os recursos não lhes chegaram ain­da, às mãos. Triste sina, concluímos nós, ados bravos mestres dos Polívalentes, veres eincontestáveis plasmadores de caracteresem nossa Pátria.

O SR. ARY KFFURI (ARENA - PRo Pro­nuncia o seguinte ãíseurso.) Sr. Presidente,Srs. Deputados, quem deparar com um ca­cho de arroz artisticamente desenhado naflâmula da Orquestra Sinfônica de PontaGrossa, dificilmente saberá explícar a ra­zão de ser de tão estranho elemento no pen­dão de uma organização musical Para ex­plicá-lo é preciso conhecer pelo menos umpouco da história dessa famosa orquestra,orgulho do Paraná e do Brasil.

Fundada há 21 anos, no día 4 de julho de1954, fruto do idealismo de oito músicosamadores e dirigida durante 19 anos peloMaestro-Tenente Paulíno Martins Alves, lo­go nos primeiros dois anos de sua vida aOrquestra Sinfônica de Ponta Grossa come­çou a sofrer do mesmo mal de que sofremtodas as suas congêneres no Brasil: faltade amparo oficial, tanto. por parte do Poder

Municipal como do Estadual e até do Fe­deral. E veio a crise que quase levou aquelaexperiência pioneira a completa "debacle'~J',

Apesar de já votadas verba'! municipais pa-,ra amparo e desenvolvimento da orquestra,que já começava a dar a Ponta Grossa asprimeiras alegrias da fama, essas verbas sóexistiam mesmo no papel. Quem arcava so­zinho com as despesas da Orquestra quecrescia, mas que não tinha amparo oficiaJalgum, era um dos pioneiros, que, agora erao Presidente, Sr. Oscar Tockius, sob cuja di­reção a Orquestra recebeu seu nome defin:l"tívo - "Orquestra Sinfônica de Ponta Gros-­sa". Como aquele elenco de músicos não po­diam, nem deviam, ficar na dependência,exclusiva dos recursos de um dos seus com­ponentes - mesmo que este fosse o presl~

dente e fosse generoso -, tomaram umadecisão heróíca, singular e hist6rica, quena época teve repercussão Internacíoned;pelo inusitado da atitude. Como a economiade Ponta Grossa, como de toda a região, eif­tava 'sofrendo uma transformação profun­da com a plantação de arroz em seus cam­pos, os músicos da Orquestra resolveram irplantar arroz, para a manutenção da enU'"dade . Essa demonstràção lnconteste 'deacendrado e arraigada amor pela arte, semtroca de compensação, Brs, Deputados, se:ni-:sibilizou outros setores, e a primeira cri.llêfoi vencida. Hoje, o cacho de arroz na 1'lã:ómula lembra o episódio pitoresco, porém: dêprofunda significação para a História dáarte em Ponta Grossa. ' "i

Essa primeira. dificuldade, Sr. PresideÍ)..tC:foi apenas o prelúdio das muitas outras gut­viriam com o correr dos anos, pois que.liconstante sempre seria a mesma. Mudan~~de Diretorias, manutenção do alto espíritõartístico amadorístíco, porém, com dedíca­çâo de profissionalismo, repetição de triun­fos e de glórias para Ponta Grossa, dsspren­dimento pessoal dos músicos, dedicação ím­par de maestros e de diretores - porémtudo mesclado da mais constante de todasaa constantes: falta de suporte oficial ade­quado para uma iniciativa de tão alto pOI;tel.

Essa digressão inicial sobre a Orquestrs,Sinfônica de Ponta G1\lssa, Srs. Deputados,nos transporta para o assunto que eu quellotratar dessa tribuna hoje: a situação pre:ocaríssima em que se encontram suas con­gêneres por todo o Brasil, numa crise sf:!mprecedentes que está culminando coma d18'­solução de uma das maiores de todo o País,a Orquestra Sinfônica Estadual de SãoPaulo que, por coincidência, foi fundada nomesmo ano em que o foi a de Ponta Groso!ja- 1954.

Alegando que a grande Metrópole de SãoPaulo, a maior cidade do Hemisfério Sul,não teria condições para comportar maísdo que duas Orquestras, algumas autcrída­des paulistanas estão querendo incorporaraquela corporação à Orquestra Filarmônicada cidade, cessando sua existência que vemvindo num crescendo artfsbíeo desde o anode sua rundação. Esquecendo-se de queBuenos Aires, que é menor do que SãoPaulo, tem quatro Orquestras Sinfônicas eo Rio de Janeiro três, os promotores des­sa medida, de todo em todo prejudicial àarte não só de São Paulo más do Brasil to­do, ainda não encontraram uma explícaçâomelhor para a extinção da Orquestra, Gudepontifica uma das maiores expressões mu­sicais e um dos maiores regentes brasíleírcsde todos os tempos, conhecido e admiradoaqui e no exterior, o Maestro Eleazar deCarvalho.

É quase impossível acreditar, Sr. Presi~dente, que num País de 100 mílhões de ns­bitantes, em pleno desenvolvimento, que jáentrou na era atômica, que tem uma Capi­tal como Brasília - é quase impossívelacreditar que no Brasil só haja menos doque vinte Orquestras em nível superior,

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Agosto de 1975 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção n Sexta-feira 8 5535

agrupadas em quatro ou cinco capitais, sen­do que a de Ponta Grossa é uma das únicaslocalizadas no interior. Quando se sabe quesó em Nova Iorque existem 83 OrquestrasSinfônicas, isso nos dá a medida da pobre­za do Brasil no terreno da música especia­lizada.,

Seria o caso de perguntarmos: por quenão há proüreraçâo maior de orquestras pe­las Capitais e pelo interior do Brasil? Porque, por exemplo, em cidades do ínteríor,não se contam mais do que três ou quatro,em cidades como Campinas, SP, Bhrmenau,SC e a já citada Ponta Grossa? Já não émais aceitável o argumento de que o povobrasileiro não merece esse luxo porque nãotem educação musical para isso. Foi exata­mente o argumento contrário a esse queajudou a evitar a dissolução de uma gran­de Orquestra em São Paulo, recentemente.Numa representação conjunta e maciça, queenfeixou os principais nomes da culturamusical do Brasil no momento, acrescidosde alguns dos grandes nomes da música in­ternacional, que no momento se encontra­vam em São Paulo, a unanimidade doscomponentes das orquestras paulistas fize­ram sentir ao .ilustre Governador bandei­rante que não se devia permitir a dissoluçãoda Orquestra Sinfônica Estadual justamen­te porque "existe um público magnífico emSão Paulo e não se pode fechar os olhospara isso. E esse público exige o que é bom".E claro está, Sr. Presidente, que o público sópode aprendes e se acostumar ao que é bomouvindo o que é bom. O que se deve fazer,'portanto, ao invés de extinguir as Orques­tras que há, sob a alegação mentirosa deque o público não sabe prestigiar o que ébom, é exatamente estimular a criação deoutras orquestras, desenvolvendo no povo ogosto pela música elevada. A prova maiscabal disso é o grande sucesso alcançadopelo programa de uma estação de televisão,o chamado "Projeto Aquarius" que, numaprogramação inédita, saiu levando a músi­ca erudita para o povo, nas praças públi­cas, reunindo neste Pais as maiores pla­téias públicas de que se tem notícia, com­.petíndo até com o mais popular de todos osesportes - o futebol. É público e notórioque esses concertos do "Projeto Aquaríus"chegaram a reunir, em algumas grandes ci­dades brasileiras, mais de 100 mil pessoaspara ouvir música erudita. Onde está, pois,Sr., Presidente, o argumento de que o povonão sabe prestigiar a música orquestral?

Outro argumento que não se pode maisaceitar é o de que não há músicos de cate­'goría no Brasil, em número suficiente paraque se formem boas orquestras. Em primei­ro lugar, é verdade que alguns bons músicosbrasileiros tiveram de ser rcedidos a paísesestrangeiros justamente porque o contrá­rio é que é verdade: isto é, na falta de con­dições para mantê-los aqui, com a dignida­de que sua carreira exige, eles tíveram deoptar por melhores condições lá fora. Masisso aconteceu, Srs. Deputados, em muitosoutros campos da cultura brasileira. Aeon­

.teceu com alguns de nossos melhores cien­tistas, literatos, artistas e esportistas. Ve­jam os 81'S. Deputados se é válido esteargumento: Porque o Sr. Edson Arantes doNascimento, por falta de quem pudesse pa­

-gar por seu esporte o que um clube norte­americano estava em condições de pagare pagou, teve de se transferir para os Es­tados Unidos, por essa razão nós vamosdeclarar que não há mais condições de so­brevivência para o futebol e para os fute­listas no Brasil, e é melhor acabar com osclubes que temos. ao invés de incentivar acriação de outros clubes?

li: absurdo pela mesma razão o argumentode que, pelo fato de nossos melhores mú­sicos terem de ir para o axtertor, temos de'fechar nossas Orquestras. Devemos, ao

contrário, incentivar o aparecimento denovos valores no campo da música clássica.E uma das melhores maneiras de fazê-lo écriar Orquestras onde os valores que surgi­rem possam ser aproveitados. Assim comoa existência de grandes clubes futebolísti­cos inspira nos adolescentes o incontidodesejo de se prepararem para ser um deseus "astros", Sr. Presidente, assim tambéma existência de muitas, boas e grandes Or­questras inspirará nos adolescentes voea­cíonados a incontida vontade de um prepa­ro adequado para um dia chegar a elas.Pelo contrário, a existência de poucas Or­questras e o fechamento das poucas exis­tentes tem até o condão de reprimirvocações que poderiam vir a ser arrebata­doras expressões universais da mais beladas artes.

Há, pois, duas opções básicas. Ou esperarque as coisas. aconteçam como acontece­ram em Ponta Grossa. Um dia, alguns mú­sicos inspirados e devotados se reúnem evão "fazer das tripas coração" para queuma Orquestra Sinfônica sej a criada. Ha­verá lances dramáticos. Pode ser que osmúsicos tenham de ir arar a terra e plan­tar, para superar as crises continuas. Epode ser que surjam outros cachos de arroznas flâmulas de muitas Orquestras do Bra­sil. Pode ser que funcione em larga escala,mas é muito precário demais. O Brasil jámerece um tratamento mais sério do queesse para um assunto de tanta responsabi­lidade e que tantos frutos gratificantes po­derá trazer para o aprimoramento de nossacultura. Creio, entretanto, que uma outraopção será bastante preferível.

Essa outra opção, 81'S. Deputados, é acriação de condições apropriadas para osurgimento de uma atividade normal no se­tor. Ê o entrosamento entre os Poderes Pú­blicos e as entidades privadas, aliando ainiciativa oficial e a particular, num con­graçamento de esforços Cientificamenteplanejado para que a música clássica passea ser no Brasil uma atividade para a qualhaja interesse constante.

O desafio do analfabetismo no Brasilobrigou o surgimento do MOBRAL. O desa­fio das regiões ainda não atingidas peloseomesínhos princípios de conforto ensejouo aparecimento do "projeto Rondon", quejá se cogita transformar em Ministério, tala positividade dos resultados. O desafio daocupação de 2/3 de nosso território, entrea­berta com a criação de Brasília, obrigou odeslanche das 'I'ransamazônlcas. O desafioda atualizacão do Brasil em matéria deenergia nuclear fez com que nosso Governo,não querendo que esta Pátria ficasse maisna dependência descabida de situações quese arrastam há séculos, rompesse uma tra­dícão e firmasse um acordo com a Alema­rrha Ocidental. Os grandes problemas exi­gem grandes soluções. Para colocar o Brasilem sintonia com uma nova ordem de coisasno terreno da música clássica e das Orques­tras Sinfônicas, Filarmônicas, de Câmara esemelhantes, é preciso ter coragem parauma solução grandiosa e criar condiçõesreais para a criação e manutenção dessasOrquestras.

A nossa esperança é realmente a cora­gem e o grande trabalho do nosso MinistroNey Braga, em quem confiamos inteira­mente para a solução do problema.

Ministro, ajude a Orquestra Sinfônica dePonta Grossa e as poucas que restam emtodo o nosso querido Brasil.

O SR. CÉLIO MARQUES FERNANDES(ARENA - RS. Pronuncia o seguinte dis­eurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,o Banco Nacional da Habitação regulamen­tou o saque do Fundo de Garantia do Tem­po de Serviço - FGTS - para os compra-

dores de casa própria dentro do Sistema.Financeiro da Habitação, optantes há maisde cinco anos, que já podem se dirigir aoagente financiador do imóvel e preenchera documentação necessária.

A conta do FGT8 poderá voltar a ser uti­lizada para amortizar ou liquidar o débitodo financiamento toda vez que o compra­dor tiver em depósito 3D vezes o valor dasua prestação do imóvel, e mantém inalte­rado o prazo de financiamento.

A obrigatoriedade de cinco anos de opçãopara a primeira. movimentação da conta doFGTS para a compra da casa própria esta­belecida por lei foi mantida.

Os interessados em amortizar o seu fi­nancíamento habitacional com o FGTS de­verão procurar no agente, que lhes finan­ciou a casa, o formulário de autorizaçãopara movimentação da conta vinculada(AMP). Caberá ao agente toda a tramita­ção junto ao Banco depositário e o BNH,como também a responsabilidade pelas in­formações contidas na AMP.

Para movimentar seus depósitos do fun­do, o optante precisará estar em dia como pagamento das prestações. A importânciaa ser utilizada para amortização não pode­rá ser superior ao débito junto ao agente.

As parcelas pagas durante a construçãodos imóveis financiados pelo Sistema Fi­nanceiro da Habitação e os financiamentosatravés do Programa Recon também pode­rão ser saldados com o saque do FGTS.

No caso de mais de um adquirente damesma moradia - casal em que ambos sãooptantes há mais de cinco anos coobrigadosem relação ao pagamento da divida. pode­rão ser sacadas as respectivas contas vin­culadas.

Também o empregado que trabalhar si­multaneamente em mais de uma empresa,desde que optante há mais de cinco anos,terá direito de movimentar todas as suascontas.

A movimentação do depósito do FGTSpoderá ser feita para o pagamento de pou­pança - entrada necessária à aquisição demoradia própria, desde que o valor do fi­nanciamento, acrescido ao da conta, nãoexceda a 3.500 upc., limite máximo de fi­nanciamento dentro do Sistema Financeirode Habitação - atualmente Cr$ 393 miL

O pagamento da poupança se efetuarápor intermédio do agente, TIO ato da assi­natura do contrato de financiamento doimóvel, onde se indicará, obrigatoriamente,o valor da conta vinculada utilizada paraesse fim.

Os valores debitados nas contas do FGTSque não chegarem a ser efetivamente utili­zados para os fins relacionados na resolu­ção do BNH serão devolvidos aos bancosdepositários. Os valores restituídos serãoacrescidos, quando for o caso, de juros ecorreção monetária.

A restituição poderá ocorrer nos seguin­tes casos: quando, no prazo de 60 dias, acontar da data fixada para o seu compa­recimento perante o agente, o empregado"deixar de praticar ato necessário à concre­tização da operação desistir, expressamen­te, da utilização de sua conta do FGTS oudo financiamento.

Cerca de 10 por cento dos mutuários doSistema Financeiro da Habitação estãoatrasados no pagamento de até três presta­ções. Esta porcentagem diz respeito somen­te àqueles que adquiriram casa própriaatravés dos agentes financeiros, sem contaras cooperativas habitacionais e os que com­praram por intermédio de operações espe­ciais.

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Os agentes financeiros financiaram, des­de 1968, cerca de 10 mil unidades residen­ciais e, entre eles, o índice de mutuários ematraso chega a 10 por cento. Muito deles jáusaram a J'ustíça para forçar a normalida­de no pagamento, embora a ação executivaextrajudicial não chegasse à sentença dedespejo.

O BNH já concedeu financiamento, atra­vés dos agentes financeiros e das cooperati­vas e outros sistemas próprios, para 23 milunidades residenciais. O BNH consideramutuário em atraso aquele que deixa depagar, sucessivamente, três prestações. Opróprio BNH não permite que os mutuáriosem atraso ultrapassem 5 por cento. Quandoisto acontece, o agente financeiro sofre res­trição de crédito.

Mas justifica em partes, alegando quenormalmente entram em atraso aqueles queescolherem determinado tipo de financia­mento, tipo de construção, de como é con­cedido o financiamento, embora o BNH,agindo no sentido social, procure benefícíaro adquirente de casa própria e não concederfinanciamento hoje para criar problemaamanhã. A avaliação prévia do pretendenteà casa própria é muito importante. Só seconcede o financiamento pretendido serealmente o interessado tiver condições pa­ra pagá-lo.

O SR. ANTôNIO BELINATI (MDB - PRoPronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Pre­sidente, Srs. Deputados, as tarifas dos ser­viços públicos dados em concessão tornam­se cada dia mais proibitivas. O seu elevadocusto vem acarretando sérios prejuízos aosusuários.

De nada vale o aperfeiçoamento dosmeios de comunicação, a instalação de sis­temas para discagem direta à distância, aproliferação de telex e outros estágiosavançados da moderna técnica importada eaperfeiçoado no País, se aos brasileiros setorna proibida a utilização desses recursos,não só pelo preço elevado das tarifas nor­mais, mas também pela incidência de so­bretaxas percentualmente absurdas, como,no caso dos telefones, a devida ao FundoNacional de Telecomunicações.

E não há quem possa evitar este crimecontra a economia sofrida do povo, pois eleé cometido sob cobertura das autoridadesdo País. Estas fazem vistas grossas ao pro­blema, ensejando constantes aumentos nocusto do serviço prestado.

Também é injusto do procedimento dasautoridades quando permitem às empresasconcessionárias dos serviços públicos, par­ticularmente as exploradoras dos sistemasde comunicações telefônicas, cobrarem dosusuários taxas que oferecem cobertura àssuas responsabilidades com os encargos so­ciais devidos sobre as respectivas folhas depagamento do pessoal.

Se as empresas da iniciativa privada res­pondem, na balança de seus movimentosfinanceiros, pelos encargos sociais que lhesão atribuídos por lei, estranho é o compor­tamento do Governo quando, concorrendocom a iniciativa privada, assume a respon­sabilidade de gerir serviços dados em con­cessão - pois participa das empresas mis­tas com o maior capital - impondo aosusuários e consumidores a responsabilidadede pagarem os encargos que lhes era próprioConseguem assim as autoridades canalizarmaiores lucros para estas empresas, enri­quecendo o Pais à custa do empobrecimentodo povo.

Aliás, esta técnica vem sendo mantidapelos últimos governos brasileiros - e den­tro de pouco tempo seremos um País ricoe uma nação pobre, mercê das mágicas fi­nanceiras, incompreendidas pelo povo e

DIARIO DO CONGRESSO N~CIONAL (Seção I)

provocadoras da alegria pessoal dos que sa­bem iludir a boa fé da coletividade.

Se for mantida esta linha ascendente dospreços das tarifas telefõnicas, em especialdos serviços interurbanos, num futuro pró­ximo mais serão os telefones mudos que osinterligados na troca de mensagens diárias.

Poucos serão aqueles que terão coragemde arriscar uma queda ne economia domés­tica - e mesmo da empresa privada - nouso constante de telefones. que perdem osentido de utilidade e imediatismo na co­municação em face dos preços elevados,abaladores do pequeno e médio orçamentodo brasileiro.

O Sr. Ministro das Comunicações precisaestar atento às constantes manobras altãs­tas dos preços das tarifas.

Também ao Sr. Euclides Quandt de Oli­veira endereçamos apelo no sentido de re­formular o sistema de cobrança de sobreta­xas aos usuários, pois não é justo respon­dam este pelos compromissos das empresaspúblicas para com a Previdência Social,nem faz sentido o absurdo deste percentualelevado que se destina ao FNT.

Respondam as autoridades do Poder Exe­cutivo ao apelo que ora formulamos, em fa­vor do povo, apesar deste não esperar senãoo constante agravamento do custo de vida,ainda que sobre serviços de grande utilida­de e indispensáveis à moderna relação hu­mana.

Era o que tinha a dizer.

O SR. ERNESTO DE MARCO (MDB - se.Pronuncia o seguinte diseurso.) - Sr. Pre­sidente, 81'S. Deputados, notório se tornouo desenvolvimento da suinocultura no Esta­do de Santa Catarina. Essa atividade alcan­çou técnica e produtividade excepcionais,abrindo perspectivas excelentes para o se­tor, de significação para o mercado internoe. também, para a exportação de produtosde crescente procura no mercado interna­cional.

O Governo contribuiu, com incentivos di­versos, para esse desenvolvimento. No en­tanto, a suinocultura catarinense enfrenta,hoje, situação das mais graves. Depara-secom crise que está acarretando prejuízosirreparáveis aos criadores. E isso com clarae indiscutivel responsabilidade governa­mental.

Sr. Presidente, a queda anormal do pre­ço da carne de porco constitui uma dasfontes principais da crise que assola oscriadores catarinenses, levando-os a umasituação de desespero. Evidente que a emer­gência deveria conduzir o Governo Federala amparar esse setor da economia do meuEstado, uma vez que seu desmantelamentoé profundamente prejudicial ao Estado e aoPais.

O oposto, porém, vem se dando. O Bancodo Brasil está se mostrando inflexivel nacobrança de seus empréstimos aos criado­res. E o faz com uma impassibilidade inad­missível, pois não pode ignorar a crise queora caracteriza o setor. Esta uma íncompre­ensão inadmissível por parte daquele esta­belecimento. E, mais uma vez, constatamosgrave falha de nossa política de preços mí­nimos, sem a qual não se pode sequer fa­lar em pujança no setor agropecuário. Eisto está em total desacordo com diretri­zes tão apregoadas pelo atual Governo eque tanto realce têm tido nos sucessivospronunciamentos do Presidente ErnestoGeisel.

Urge que as autoridades competentes, doMinistério da Fazenda e da Agricultura,atentem para a situação em que se achamos suinocultores catarínenses. E a eles le­vem, sem perda de tempo, confiança e se-

Agosto de 1975

gurança, Isso a fim de que não sofram elesperdas irreparáveis, que amanhã acarreta­rão prejuízos maiores à Nação.

Não pode o Banco do Brasil continuar ig­norando a situação crítica da suinocultura,decorrente da grande queda de preços. Es­te um fato que é indispensável ser por eleconsiderado, para um entendimento posí­tIVO com seus devedores, do qual resulte apreservação de uma riqueza que nos é es­sencial!

Na situação atual, o procedimento doBanco do Brasil conduzirá os produtores àvenda, com enormes prejuízos, de suas cria­ções, mesmo sem ç:ue tenham alcançado opeso economicamente desejável. Do con­trário, teremos não apenas consideráveisprejuízos para os criadores, mas o aníquíla­menta de um setor da economia rural cata­rinense que, por todos os títulos, é merece­dor da atenção c do amparo do GovernoFederal. É para essa situação que chamo aatenção dos ilustres Ministros Mário Simon­sen e Allysson Paulinelli, a fim de que oGoverno Federal aj a enquanto há tempopara salvar a suír ocultura eatarínense, Is­to não apenas em socorro dos criadores domeu Estado, da economia do Estado, masde interesses os mais importantes do Pail>.E faço este apelo também em nome da coe­rência com que o Presidente da Repúblicatem prometido incentivo e amparo, em ca­ráter prioritário, à atividade agropecuária,cujo impulsionamento é um de seus obje­tivos maiores!

O SR. FRANCISCO LIBARDONI (MDB ­SC. Pronuncia o seguinte dlseurso.) - Sr.Presidente. Srs. Deputados, as decisões doGoverno, quando não atendem à realidadenacional, precisam ser analisadas e criti­cadas severamente, pois não é justo que go­vernantes tomem decisões imprecisas, forade qualquer parâmetro ou dimensionamen­to que justifique suas atitudes.

Pecou terrivelmente o Governo ao fixaragora os preços mínimos para os produtosagrícolas, não só porque o fez numa faseIndecisa para a a.grícultura, notadamenteno Sul do Pais, principalmente em SantaCatarina e no Paraná, mas também porque,tentando evitar especulações por parte deintermediários, decretou, por assim dizer,o completo flagelo dos produtores, vítimasdas variações climáticas e da insensibilida­de política dos governantes para os proble­mas do homem do campo, como produtor,

Não resta dúvida que existe um graveproblema a ser solucionado pelo Governo.Refiro-me ao espaço existente entre as fon­tes de produção e de consumo, ocupado pe­los atravessadores e intermediários, gran­des responsáveis pelo encarecimento docusto de vida, conforme demonstram os da­dos editados pelo Ministério da Agricultu­ra, através sua Comissão de Financiamen­to da produção, na Revista "Preços Míni­mos", referente às regiões Centro-Oeste,Sudeste e Sul, relativos a safra 1974/1975.

Assim, o feijão preto comum que manti­nha o preço mínimo para o produtor emCr$ 97,80 por 60 quilos, chegava ao merca­do ao preço mínimo de Cr$ 160,00 em média,sofrendo um acréscimo de mais 20% - mar­gem de lucro do comerciante, valendo di­zer que o consumidor paga .mais de 100%sobre o preço mínimo garantido ao produ­tor.

E vale ressaltar que a política de preçosmínimos para o produtor varia conforme oEstado e a Região em que se situa. Assim,na publicação acima referida, para o pro­dutor de Goiás o preço fixado para o feijãoera de Cr$ 132,00 e para, o do Paraná ape­nas Cr$ 97,80.

E o próprio Governo prova, por publica­ções oficiais, como esta do Ministério da

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At"osto de 1975

Agricultura, estar fazendo díscrímlnaçâoentre regiões produtoras, protegendo o Cen­tro-Oeste e prejudicando o Sul. Prova maiso Governo, que protege o intermediário,permitindo processos desnecessários e atéperniciosos ao beneficiamento de cereais,como no caso do arroz, fato que somenteserve para encarecer o produto e promovermaior e mais fácil enriquecimento do atra­vessador.

E não há quem deixe de saber que taisprocessos de beneficiamento visam mais aembelezar o produto, com o uso de talco,parafina e possivelmente outras substânciasprejudiciais à saúde.

No ano passado, o Governo promoveu umreajustamento do preço mínimo do feijãode forma regular, embora mantendo as di­ferenças de preços para as regiões. O agri­cultor plantou com fé e assim foi possívelter-se produção suficiente de feijão atémesmo para exportar. Mas o Governo criouembaraços à exportação, provocando retrai­mento no plantio e o desvio do feijão, prin­cipalmente do Paraná, para as cidadesrrontetríças de Mato Grosso, por onde al­canearam o exterior sem trazer divisas pa­ra' o Pais.

Não aceitam os produtores sulistas de fei­jão os argumentos de estar o Governo fi­xando em apenas Cr$ 122,00 o preço mini­mo do produto por 60 quilos em face dosincentivos dados em adubos e outros ferti­lizantes, por ser essa ajuda plenamente dis­pensada. As terras :10 Sul dispensam adu­bagem e outros processos fertilizantes pa­ra o desenvolvimento da cultura dessa le­guminosa. E o preço fixado não cobre asdespesas operacíonaís de mão-de-obra, tra­tores. pneus, implementos agrtcolas, gasoli­na, óleo diesel e outros mais, não só em re­lação ao feijão, mr : também quanto ao ar­roz, à soja e ao milho.

Observados os números relatívos à safra74175, verificamos, quanto ao arroz. umadiferença acentuada no preço mínímo pagoao produtor do Sul e ao do Centro, aquelerecebendo Cr$ 57,00 e este Cr$ 66,00 porsaca de 50 quilos. O agricultor do Sul rece­beu pouco mais de Cr$ 1,00 por quilo do ar­roz que produziu. Mas este mesmo quilocustou ao consumidor cerca de Cr$ 4.00. Oarroz de Goiás roi vendido ao consumidorpor preço mais elevado ainda.

Mas é interessante ressaltar que, em ra­zão da atual política de preços. perdem ape­nas o produtor e o consumidor - o atra­vessador gariha fortunas e o Governo fa­tura .ímpostos altíssímos.

E não precisamos repetir que o mesmo fe­nômeno se repete quanto à soja e ao milho.

Representante do Estado de Santa Cata­rina e atento aos problemas básicos de seupovo e da sua economia. basicamente fir­mada na agricultura, quero reclamar doGoverno medidas justas para os produtoresdo Sul, que devem receber tratamento idên­tico ao dispensado aos do Centro-Oeste,igualando-se para ambos os níveis dos pre­ços mínimos fixados para o feijão e reven­do-se, também, os preços tabelados para oarroz, a soja e o milho.

Tenóo o Governo fixado em Cr$ 171,00 °preço mínimo do feijão para os produtoresde Goiás, querem os do Sul o mesmo preçoe não apenas Cr$ 122,40 por saca de 60 qui­los.

Também esperam os produtores do Sulseja retíficado o preço mínimo para a safra75/76 quanto ao arroz. Se for mantido oestabelecido, haverá completo desestímulo.Os produtores esperam lhes seja dado o mi­nímo de Cr$ 2,00 por quílo, isto é, Cr$ 100,00por 50 quilos de arroz.

DlÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Outra pretensão justa dos produtores équanto ao preço da soja, que será colhidaem abril ou maio do próximo ano, que hojejá custa nos portos do País mais de Cr$90,00 e teve o seu preço mínimo fixado emCr$ 75,00. O justo sería elevar-se o seu pre­ço mínimo para Cr$ 100,00. Essa medida nãoocasionaria prejuízos aos produtores e lhesproporcionaria um pequeno lucro. Quantoao milho, se o preço para o produtor nãofor estabelecido em Cr$ 60.00, de nada va­lerá produzi-lo, nós que somos um dos maio­res produtores do mundo desse grão forra­geíro,

O Governo sabe - mas não custa alertá­lo para o fato - que temos hoje comprado­res no exterior para o feijão, o arroz, a sojae o milho, sem nos preocuparmos com limi­tes de produção e armazenamento. Muitospequenos e médios agricultores não com­pram adubos e fertilizantes subsidiados, ar­gumento usado para fixação de um preçoinjusto para os produtos agrícolas, E pre­{liso, pois, fazer jl1",tiçu a esses homens.

Finalmente, Sr. Presidente, resolvidos osproblemas de preços mínimos, se atendidasas sugestões ora apresentadas, estará o Go­verno míeíando seu trabalho de melhor as­sistência ao produtor rural, valendo dizerque carecem estes patrícios de tratamentotodo especlal, sob pena 'de, a cada dia, oêxodo rural acentuar-se, em preíuízo daeconomia do Pais e da alimentação do povo.

Querem ainda os produtores rurais lhesseja dispensado tratamento mais justo eracional, pois o custo da sua produção ­caso único no País - não é deduzido paraCálculo do 10M. Deveria, portanto, o Go­verno cobrar apenas 5% na primeira ope­ração de venda dos cereais e demais pro­dutos agrícolas e pecuários,

Era o que tinha a dizer.O SR. IJENERVINO FONSECA (MDB _

GO. Pronuncia o seguinte diseurso.) - Sr ,Presidente, 81'S. Deputados. o jornal Cincode Março pode ser considerado um patrimô­nio goiano, pelas suas lutas em prol daliberdade e 6a democracia em todos os se­tores da vida de meu Estado.

Este mesmo Cinco de Março, que tem de­nunciado em Goiás as grilagens de terras.a corrupção administrativa, a espoliaçãodos humildes; este mesmo Cinco de Marcoque tem combatido governos e poderosos,que conseguiu até hoje sustentar um jor­nalismo bravo e autêntico, que nunca seafastou do exclusivo campo das idéias e dapolítica, que jamais negou espaço para avoz dos vencidos, traz, em seu último nú­mero, um editorial escrito por seu Diretor,jornalista Batista Custódio, intitulado "Ma­tando um Morto", que leio para que constedos Anais desta Casa:

"MATANDO UM MORTONada engrandece tanto como as agres­sões que partem de quem já nos reve­renciou. Elas evidenciam sempre a rea- ­çâo dos traumas decorrentes de umaconvívõncía rejeitada. Porque a criatu­ra humana sente-se atraída pelos va­lores opostos às suas deficiências inter­nas. os covardes necessitando de gravi­tar em torno do valente, os medíocresprocurando o talentoso, os ociosos apro­ximando-se do dinâmico. os desonestosfascinados pelo honrado. O convívio, en­tretanto, vai acentuando de tal formaos desniveis entre o homem de valor eos parasitas. que a própria seleção na­tural da vida se encarrega de separá­los. Entao os banidos reagem e sentema compulsão de destruir os ídolos deoutrora quando percebem que perderamo encosto da engorda. Acostumados adesfrutar dos reflexos do prestígioalheio, tais indivíduos nunca atribuem

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os próprios fracassos a si mesmos, etentam justificá-los investindo contrao brilho que invejam. Quanto maior aadmiração, mais encarniçado se tornao ataque, pelo conflito estabelecido napersonalidade do agressor entre o ran­cor conccíente e a veneração subcons­ciente. Um sentimento mais ou menosassim como o ódio irracional da mulherdesprezada pelo homem que perdeu enão consegue esquecer. O que complicaum pouco as coisas é quando essa de­pendênc.a freudiana, e feminina, se ma­niresta num homem com fíxacâo emoutro homem. .

Criaturas assim, com tais contornospsicopatas, não precisam de respostanos insultos que fazem. Precisam de umpsiquiatra. À falta deste, o remédio éuma boa surra de código penal. Preferi,assim, atravessar calado a onda histé­rica de insultos impressos contra minhafamílía, contra mim. contra meus fun­cionários, contra a empresa que dirijo,sustente da há mais de ano por uma es­candalosa publicação contra a qual étão dlfíci lutar sem desonra como seriatentar matar um morto. E se hoje rom­po novamente o silêncio que me haviaimposto até mesmo em respeito aosmeus leítores. faço-o demovido pela vozamiga de um velho político que ao fi­nal da semana me procurou pelo tele­fone:

- Batista, ninguém pode deter essaavalanche de lama e de chantagem?Você. que é jornalista. me explique: épermitida tal espécie de imprensa? Quepoderei fazer se essa corja atacar ama­nhã a minha famílía, sem recorrer à so­lução do revólver? Estou mesmo preo­cupado com o rumo que as coisas estãotomando. Preocupado por você. Preo­cupado por mim. Preocupado por todos.O deputado está certo em sua perple­xidade. Um jornalista assim não po­de existir, e se está existindo aqui é por­que em Goiás querem que ele exista.Mantém-se inclusive com o incentivo dogoverno estadual, que o adjutora compublicidade oficial e recentemente atépromoveu seu autor como membro dodiretório da Arena goíantense. A opi­nião pública já dá inclusive os nomesdaqueles que o arrimam no governo, uti­lizando-se dele para exalar seus recal­ques e ignorando que fatalmente serãosuas vitimas no fim.

É a decomposição do ambiente políticoe até mesmo dos costumes, onde os ho­mens perderam a coerência e a coragemde assumir posições, que possibilita aformação putrefata de excreeêncías as­sim, que morreriam asfixiadas em qual­quer ambiente sadio. Quanto a mim,mil vezes o expulsaria de novo de meujornal ainda que mil vezes me expuses­se novamente às suas retaliações, taisas indignidades que descobri tardia­mente a seu respeito. E me atingem me­""'08 suas invectivas hoje que os vexames'.!e seu convívio ontem, quase compro­metendo o idealísmo de uma luta quese levantou do povo em minha juventu­de. Por isso. estou tranqúilo. Sei queum dia i3.S ruas sairão para puni-lo.

Não aceito a polêmica a que me desa­fiam essas provocações continuadas,porque sei que fazem parte de um es­quema para atrair-me ao jornalismorasteiro onde eu e meus dezesseis anosde campanhas coletivas seríamos ni­velados aos que me combatem. Depois,porque entendo que um jornal não de­ve ser transformado em porta-voz dequestões pessoais. Pelos mais elemen­tares príncípíos éticos que regem a im­prensa no mundo inteiro. jornal é veí-

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culo de cultura, de notícias, de pesquisassociais, de debates políticos, de esclare­cimento, de verdade. Quase um serviçode utilidade pública, um jornal não po­de ser manipulado, como querem al­guns, para satisfazer ímpetos homici­das ou invejas anormais, para promo­ver o deboche público, o escândalo fa­miliar, a exploração das misérias hu­manas, o apanágio da incultura e dalicenciosidade. Nem se permite, em nos­so atual estágio de evolução, esse tipode imprensa cujo único objetivo é de­compor pessoas e empresas particula­res. Pode até divertir a ralé, mas faza comunidade adoecer de nojo ao saberque é permitido a marginais apoderar­se de meios de comunicação para dene­grir as mais honradas famílias, e qual­quer outra pode ser a próxima.No caso em pauta, temos um emprega­do demitido que montou uma divulga­ção de origem e manutenção duvidosaspara atingir o ex-patrão, por coincidên­cia este jornal, tradicionalmente temi­do por sua linha imparcial e desvin­culada de quaisquer compromissos comgrupos politicos ou econômtcos. Custaentender como é que alguém, sem di­nheiro, custeie uma publicação caríssi­ma; quase analfabeto, oriente as maté­rias; covarde, afronte o público. Nemestamos sugerindo que tal jornaleco se­ja de fato uma ponta de lança gover­nista. Estranhamos é que ele defendavtgorosamente o governo estadual en­quanto vai atacando a quem interessao governo atacar.E não me perguntem porque o gover­no estadual, que tanto prega a austeri­dade e a moralização, aceita um jor­nalismo torto assim em convívio diretocom o Palácio das Esmeraldas.E não me perguntem porque a Arena,que sabe da necessidade de renovaçãoem seus métodos para não repetir em78 a derrota de 74, insiste nas manobrasmafiosas elegendo para seu diretório deGoiânia um elemento que acusa publi­camente o atual Assessor de Imprensado Estado de só distribuir propagandaem troca de propinas.E não me perguntem porque a policianão dá uma nota esclarecendo logo seesse individuo pertence ou não ao seuquadro de agentes, ante tantas denún­cias de que ele se apresenta como poli­cial para obter vantagens indevidas.E não me perguntem porque não mequeixo à policia das vezes em que elese embriaga nas casas noturnas e gritaque sua meta é assassinar-me, exibindorevólveres, a ponto de os que presen­ciam a cena virem me aconselhar cau­tela.E não me perguntem se um ex-foragi­do da Justíça e da polícia da Guana­bara pode vir. para Goiás fantasiar-sede mentor da moralidade, ser convida­do de honra para as solenidades do go­verno estadual, sair nas fotos com SuaExcelência, para que quem o conheceuna marginalidade forme dai seu juizosobre nosso Estado.E não me perguntem porque os inqué­ritos instaurados contra ele na políciaficam paralisados.E não me perguntem se o governo es­tadual endossa e incentiva esse tipo de[ornallsmo. Perguntem ao povo. Porqueé o povo quem está dizendo isto.

Ainda recentemente, o Jornal do Bra­sil publicou um editorial advertindocontra c banditismo impresso e ines­crupuloso que, lá como aqui, tentatransformar a imprensa em tocata de

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção I)

interesses individuais. Dizendo do cons­trangimento que representa para éticade uma empresa ou de um cidadão res­ponsável ser forçado vir a público res­ponder acusações tão vexatórias quantoimprocedentes, o m, sólido no créditopopular e consolidado no empreendi­mento edítortal, finaliza assim sua ad­vertência:

"Mais lamentável ainda, no entanto, éque comandos da imprensa brasileiraestejam entregues a pessoas tão des­qualificadas e inescrupulosas, incapazesde sobreviver sem a complacência ougraças ao temor que infundem, pelacapacidade de chantagear, aos tolos eaos seus credores rúblicos e privados.Triste situação esta a que chegamos. AImpurrídr.de conferiu aos marginais,audácia suficiente para ousarem lan­çar-se, cegamente, a um ataque incapazde resistir ao menor exame."

Aos que estão municiando esse tipo deimprensa em Goiás, é aconselhável quedesertem enquanto estão pelas costas,porque a Justiça irá a eles dia claro, dolado da frente, quando a verdade retirara última sombra que os ampara. Não édifícil reconhecê-los. São pessoas ougrupos prejudícados em suas transaçõesilícitas, denunciados pelo meu jornalnas grilagens de terras, na corrupçãoadministrativa, na espoliação dos hu­mildes, na fraude à fé pública. O Cincode Março não mudou. Evoluiu com ostempos, enquadrando-se nos princípiosque regem o moderno jornalismo, mascontinua perfilado no mesmo espiritoindependente e indobrável ao lado dascausas justas. Hoje é um jornal so­mado de experiências e cônscio de suasresponsabilidades. Os jovens que ontemo fundaram de um ideal, na praça pú­blica. chegaram, uns ao professoradodas universidades, outros aos manda­tos populares, vários aos comandos re­presentativos ou oficiais, a maioria aosucesso empresarial e literário. Comoem tode complexo humano, houve osque se atrelaram à estagnação e ao re­trocesso, sendo afastados para que nos­sa luta nãc rolasse no chão. Esse mes­mo que me ataca hoje. na honra e nafamília. bastava que eu o suportasseno jornal, onde ele era também o quemais me bajulava, para não estar atra­vessando agora pela borra de seu des­peito. E eu sabia dísso, mas preferi osacrificio pessoal a interromper umatrajetória que segui pensando em orgu­lhar meus filhos em sua geração. Com­batendo quase quixotescamente gover­nos e poderosos, consegui sustentar umjornalismo bravo que nunca se afastoudo exclusivo campo das idéias e da po­lítica, j amais negando espaço para avoz dos vencidos. Mauro Borges e Otá­vio Lage, dos que mais ferrenhamentediscordei. figuram hoje na galeria demeus amigos. Os combates passaram.leais, sem deixar em nenhum de nósrespingos de mágoa,

Os que se amarguram por mim, saibamque presenciam, sem saber, uma dasmais dignificantes páginas do Cinco deMarço. Nada diz melhor da honradez eda pureza de nossos princípios que essacampanha sistemática, meses a meses,sem conseguir levantar um só fato realque envolvesse nosso nome com as coi­sas que combatemos - um palmo se­quer de terras devolutas, uma únicanomeação de parentes, uma, apenasuma, barganha financeira. Nada. Nada,a não ser mentiras, injúrias, calúniase difamações, pelas quais deverão pagar,letra por letra, nos processos que lhesestamos movendo. Por isso não nos

Agosto de 1975

aguardem na devolução de acusaçõeslevianas e desrespeitosas, nem na tro­ca de ultrajes que ferem o decoro pú­blico. Os nomes que compõem nosso ex­pediente e a plêiade de articulistas quecolaboram conosco, todos selecionadoscuidadosamente no que há de mais lim­po na comunidade goiana, dizem claroque nossos rumos são outros, e altos.Nesses anos todos de incessantes lutas,o povo costumou ver o Cinco de Marçopartindo para caminhadas difíceis, emhoras de sofrimento ou em momentosde incertezas, mas jamais o viu retor­nando pelos atalhos da derrota.

Batista Custódlo."

o SR. ANTôNIO FERREIRA (ARENA ­AL. Pronuncia o seguinte díseurso.) - Sr.Presidente, Srs. Deputados, a juventude es­tudantil esteve reunida na cidade de Ma­ceió, neste último mês de julho, para maisuma competição. Eram os Jogos Universi­tários Brasileiros. Todos aguardavam comvivo interesse a presença do Presidente Er­nesto Geisel. S. Ex," deveria comparecerpara a abertura dos Jogos. Traria uma pa­lavra oficial aos universitários de todo oPais, concentrados em Maceió.

Mas a visita do infortúnio, que viajavaem mais um trem da Estrada Central doBrasil, fez com que o Presidente Geiseladiasse a visita ao Estado de Alagoas. Foiapenas para os atos finais desta grandeoümpíada.

Entretanto, o povo alagoanc, e em parti­cular os jovens que estavam em Maceió,entenderam e aplaudiram a atitude do nos­so Presidente. Preferiu acompanhar de per­to a dor e o sofrimento de muitos lares. Foipessoalmente tomar as medidas cabíveis aomomento. O ambiente de festa em Maceiófoi trocado pelo contato com os problemasurgentes de uma grande catástrofe ferro­viária, no Rio de Janeiro.

Embora todos nós deseíássemos ver oPresidente da República participando dosmomentos alegres que marcavam a pressn­ça dos universitários em nosso Estado, nãopodemos deixar de aplaudir S. Ex.a Maisprecisam dele, naquela hora, as vitimas doterrível desastre, que a juventude sadia,atletas dos melhores, moças e moços doBra.sil inteiro. E não faltaram cuidados es­peciais e esta gente jovem, por parte dasautoridades dos Ministério da Educação, doGovernador do Estado de Alagoas e do Pre­feito da cidade de Maceió.

Mas, Sr. Presidente, o desastre ferroviárioque abalou a opinião pública brasileira vemdemonstrar, apesar do interesse em se solu­cionar os problemas dos transportes ferro­viários, que muito ainda precisa ser feitopara a segurança dos usuários.

\Constantemente os jornais dos centros

populacionais servidos pela Rede Ferroviá­ria Federal S.A. anunciam atos públicos dedesagrado das populações que carecem dostrens para o seu transporte diário. Os trensatrasam, horários são suprimidos, não hánenhum aviso ou explicação. E a reaçãopopular surge naturalmente, pois a percado trem que não veio significa perca dehorário de trabalho e do descanso semanalremunerado.

Este é apenas um detalhe da questão;outro é a neurose coletiva, já dominantenestas populações sofridas.

Mas o Presidente Ernesto Geisel foi aoRio de Janeiro para tomar conhecimentopessoalmente do assunto e impôs a adoçãode medidas urgentes, imediatas, para solu­ções seguras, que o povo espera e reclama.

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Arosto de lim; DILiRIO DO CONGREfiSO NACIONAL <Seçíio I)/

Sexta-feira 8 5539

Todos nós sabemos que os trens da Cen­tral' do Brasil foram grandes "cabos eleito­rais" da Oposição do Rio de Janeiro e emSão Paulo.

E não interessa à Oposição melhoramen-tQ.s nas condições de vida e no bem-estar

.-socíal do povo. As situações menos agradá­'~eis elegem os candidatos da Oposição. OPresidente Ernesto Geisel tem voltado suasátenções também para este aspecto político

'110 problema. Por isso louvamos a decisãode S. EX,a em exigir que não se prolonguepor mais tempo o sofrimento dos usuáriosda Rede Ferroviária Federal.

QuandO sentimos a ausência do Presiden­te de todos nós das ruas de Maceió e sou­bemos que o General Ernesto Geisel estavasubindo os elevadores do Edifício-sede daRedlil F'errovlázía, vimos o Brasil andar para1rente, pois o Presidente estava no meiodo povo, nas ruas do Rio, para dizer aoPresidente da Rede Ferroviária que aqueleórgão não pode mais continuar servindo1llal ao povo e ao Governo.

Louvamos o Presidente da República pelaa1.itude que tomou, e esperamos para umtempo menor que o previsto a solução dosproblemas ferroviários brasileiros, notada­mente no que eoneerne à segurança dosusuários.

Era o que tinháa dizer.

e SR. ANT,ôNIO BRESOLIN (MDB -­RS. Sem revisão do oi-ador.) - Sr. Presi­dente e 8rs. Deputados, merece elogios aatitude do Governo brasileiro por te? ne­gado autorização para a compra da Oonsul'pela Philips, que é uma multmacional, Soufavorável à aplicação de capital estrangei­ro no País, contanto que este objetivo, aolado dos lucros a que tem direito, o desen­volvimento do nosso País e o bem-estar dosim povo. Com as multínaeíonaís não acon­tece isto, no entanto. Vejam o que vai do­cumentado neste artigo que escrevi ontempara dezenas de jornais e emissoras. É oseguinte:

"AS MULTINACIONALS~

As multmacícnaís continuam sendo oprato do dia: Comissão Parlamentar deInquérito, debates políticos, manchetesda imprensa, protestos de entidades,defensores Intranstgerítes e entreguis­tas odiosos, tudo isto gira na órbitado palpitante tema.

No calor das discussões confunde-secapital estrangeira a serviço do Brasilcom o poderio das multínaeíonaís queapenas sugam, e, geralmente, o lucro éentesourado no exterior,

Os que já leram os livros "O EstadoMilitarista", de Cook, "Mil Dias de JohnFitzgerald Kennedy na caSal Branca",de Arthur M. Schlesinger Jr" ou "OMito do Desenvolvimento", de CelsoFurtado, sabem como operam as mul­tinacionais.

Ao lado dessas obras, no entanto, JeanJacques Servan Scheireiber, em seu no­vo livro "A Selva de Hoje: a Economia",faz revelações capazes de perturbar atéo mais sereno estudioso.

Depois de condenar as somas tabu­losas gastas em bombas atômicas eoutros monstros destruidores, enquantomilhões de seres humanos morrem defome, o autor do "Desafio Americano",comenta; "O volume de vendas da Ge­neral Motors já' é comparável ao orça­mento do Estado francês e está cres­cendo duas vezes maís rapidamente".

- E no rodapé do livro anota: "Quanto

aos lucros Iíquídos realizados pela Ge­neral Motors, eles ultrapassam a tota­lidade dos 'lucros da indústria fran­cesa".

Depois de citar o Papa João XXIII eJohn Rader Platt em abono de suatese, o famoso economista gaulês acres­centa: "O especialista francês de infor­mática, Robert Lattés, escreveu o se­guinte: "Com a atual trajetória, cercade sessenta socíedades poderiam domi­nar o mundo. Antes de 1985, essas ses­senta empresas realizarão vendas novalor de mil bilhões de dólares por ano..Os líderes deste pelotão terão, cada um .deles, um volume de vendas que ultra­passa o orçamento da França. Em ter­mos de potência financeira, vários gi­gantes serão, assim, um por um, maisimpõrtantes do que a França, Cerca decinqüenta dessas empresas serão deorigem norte-americana e todas elas,voluntariamente ou não, tendo sidoobrigadas a fazer o jogó dos grandesespaços econômicos, terão ampliado oterrltórío das suas operações de formaa abranger as dimensões de todo '0 pla­neta".

Não satisfeito em documentar essesfatos, que intranqüilizam qualquer paisconsciente, Jean Jacques Bervan Sche­reibel' concluí o capítulo de sua notá­vel obra com mais esta informação:~'Essas grandes empresas, enquantopermaneciam no âmbito de seu pais deorigem, eram, pelo menos em grandeparte, contidas pela autoridade do Es­tado. Que acontecerá quando elas fo­rem verdadeiramente transnacionais,como já o são cerca de cem empresas,das quais quatro quintos são norte­americanos?" E acrescenta: "Essas em­presas fazem, mais ou menos, tudo oque desejam. O diretor-geral alemãode Siemens, Gerd Tache, roí .muitofranco ao dizer. "Nós estamos em nos­sa casa, seja em que país for". "Quandoa Unilever, Companhia anglo-holande­sa que tem um volume de negócios de31 bilhões de francos, e a Nestlé. so­ciedade suíça de alimentação, cujo vo­lume de negócios é de cerca de 11 bi­lhões, decidem associar-se para explo­rar um setor de mercado de um paisqualquer da Europa, que poderá impe­dir essas firmas, a não ser uma certamoral interna do mundo dos negócios,de se constituírem em um monopólioque destrua toda a concorrência? Quepoderá impedir a IBM, que. fabrica 70%dos computadores do mundo, atribuir­se, depois de um curto duelo com asleis da concorrência, a totalidade, porexemplo, do mercado italiano? Na ver­dade, nada impede que o faça, a nãoser a boa vontade das seus responsá­veis".

.A penetração das multinacionais, so­bretudo nos países subdesenvolvidos,além de outros subterfúgios, processa­se pela compra de indústrias básicas,estabelecimentos tradicionais, a exem­plo do que vem sendo feito no Brastl,sobretudo, no Rio Grande do Sul. Eatravés de subfaturamentos, como bemdescreveu Celso Furtado em seu citadoIívro, remetem para o exterior os lucrosque bem entenderem. São essas pode­rosas' organizações, inclusive, que, aolado da péssima política externa dosEUA, com suas atividades de rapina,estão facilitando o eomunizaçâo do Oci­dente, conforme acentua com muitoacerto o famoso padre Lebret em seumagnífico livro "Butcídio ou sobrevi­vência do Ocidente?".

Ninguém ignora a soma enorme de es­!<>rços que serão necessários para en­frentar esses monstros econômicos, queoperam em forma de gigantescos pol­vos. Cruzar os braços é pior, no entan­to. O Presidente Perez, da Venezuela,em discurso que proferiu na .ínstalacãoda VII Conferência 'do Parlamento La­tino-Americano, em Caracas, disse:"Ou nÓ8 combatemos as multínaeíonaísou as multãnactonaís tomarão conta dosnossos países."O SR. ADHEMAR SANTILO (MDB ­

GO. Pronuncia o seguinte disCU1'SO.) - Sr.Presidente, Brs. Deputados, respondendo arequerimento apresentado na AssembléiaLegislativa do Estado de Goiás pelo Depu­tado João Divino Dornelles, do MDB, emque solicitava "concessão, no próximo Na­tal, de anistia política a todos os brasi­leiros residentes no Brasil, com bom com­portamento político e social", o Chefe doGabinete Militar da Presidência da Repú­blica, General Hugo de Andrade Abreu, in­formou que "o Governo não cogita, no mo­mento, de anistia aos atingidos pelos AtosInstitucionais, por achar, que tal medidaviria beneficiar, inclusive, inúmeros crimi­nosos, culpados. de .séríos delitos contra acoletividade".

O que queria o Parlamentar era que fos­sem anistiados todos os brasileiros atingi­dos pelos Atos Institucionais e que tenhamtido até agora bom comportamento politicoe social. Não pediu anistia a criminososculpados de sérios delitos contra a coleti­vidade.

São inúmeros os brasileiros que estãomarginalizados da vida política nacionalem função de punições sofridas com baseem Atos Institucionais. Ao responder o re­qucrímento do Deputado João Divino Dor­nelles e, alegando que a "medida viria be­neficiar, inclusive, inúmeros crtmínosos",deixa claro que nem todos que foram puni­dos pelos atas revolucionários são crimino­sos culpados de sérios delitos contra a co­letividade.

Justamente para aqueles que foram atin­gidos sem que tenham cometido crimes éque a anistia foi pedida, Inclusive paraaqueles que ;á cumpriram a pena imposta,mas que, por força de dispositivo constitu­cional, estão lmpossíbilrtados de retorna­rem à atividade política, como ocorre como ex-Presidente Juscelino Kubitschek.

São inúmeros aqueles que estão alijadosdas decisões e debates pclítíeos e que muitoeontrtbutríam para a pacificação nacionalse tivessem os seus direitos políticos devol­vidos pelo Chefe da Nação. Homens comoPedro Ludovico Teixeira, Mauro Borges,Iris Rezende Machado, Paulo Campos, Ce­lestino Filho, Eurico Barbosa e tantos ou­tros, só do Estado de Goiás, para citar ape­nas alguns goianos como exemplo, estãoafastados das atividades politicas com pre­juízo incalculável para os interesses doPaís.

Não está o Deputado João Divino solici­tando anistia para os que cometeram cri­mes contra a coletividade, mas sim paraaqueles que não se incluem entre os cri­minosos e que podem prestar inestimáveisserviços ao Brasil e ao seu povo.

O País não pode dispensar a capacidadee o trabalho de significante parcela de seusfilhos, e estes aguardam apenas a anistiapolítica para que emprestem a sua capaci­dade ao fortalecimento democrático. Espe­ramos que isso ocorra, apesar da respostadada ao Deputado goiano pelo GeneralHugo de Andrade Abreu.

Era o que tinha a dizer.

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5546 Se"ta,-feira S

O SR. JOSÉ BONIFACIO (ARENA - RJ..Pronuncia o seguinte díscurso.) - Sr. Pre­sidente, 81'S. Deputados, quero registrar, nosAnais desta Casa, o desaparecimento doDesembargador Nélson Ribeiro Alves, últi-·mo Presidente do Tribunal de Justiça doantigo Estado da Guanabara, ocorrido aotempo do recesso legislativo de julho.

Ele foi um cultor do Direito, como ver­dadeiro profissional. Inicialmente advoga­do, militou ao lado do saudoso e combativoAdolpho Bergamini. Juiz, por concurso, em1945, principiou, aí, uma longa e profícuacarreira. Exerceu a rúagístratura em VaraCriminal, em Vara Cível e na Vara de Fa··senda Pública, quando, em 1962, viu-se. pormerecimento, promovido a Desembargador.

Atualizado na doutrina, estudioso dosprocessos, distribuiu justiça, temperando-a

.de eqüidade, atento sempre a uma adequa­da aplicação dás leis. De temperamentotolerante, de trato acolhedor, nunca deixoude ser independente no decidir.

No Tribunal de Justiça, ascendeu à pre­sidência nos primórdios de 1973, revelando­se, também, hábil administrador, tendo po­dido ver premiados os seus esforços de ins­talar, no prédio novo da Justiça Estadual,o Tribunal a que presidia, em sessão solene,no dia oito de dezembro passado. data de­dicada às comemorações do Judiciário. Écom ilrgulho que, hoje, o Rio-''de Janeírovê os seus Tribunais Superiores funciônan­do, com, todos os serviços, em instalaçõescondignas, facilitando o trabalho das par­tes.

Sem alardes, sem trombetas, sem recla­mes, Nélson Ribeiro Alves foi um Presiden­te de grande atividade, cercado da admira­ção e do carinho dos colegas, dos advogadose dos serventuários. Presidiu, ainda, a As­sociação de sua classe.

Não é possível esquecer outra faceta dáseu caráter - o desvelo pelos necessitados.Conseguia tempo para entregar-se, de cor­po e alma a instituições de caridade. Re­cordo-me que dirigiu o Patronato de Me­nores, obra por que lutou com denodo àcata de recursos, preocupado com esse gra­ve problema do menor abandonado. que atodos atormenta, torturando legisladores,sociólogos, crímínólogos, magistrados, go­vernantes, enfim quantos detenham par­cela de responsabilidade ou possuam sensi­bilidade.

Da Santa Casa de Misericórdia do Riode Janeiro - entidade de inestimáveis ser­viços e de secular tradição - ele era o Es­crivão, ocupando, assim, na Irmandade, omais alto posto após a Provedoria. Não oocupava in nomíne - insisto - mas comtodo empenho, consagrando tempo, traba­lhando de coração.

Sr. Presídente, fica nessas palavras, no.acanjiarío espaço regimental de que dispo­nho, a homenagem de saudade a esse no­tável magistrado, que tanto honrou a suanobre ela, usando a toga com sobranceriac?m simplicidade. e com dignidade, apanú~gios esses dos juízes de escol.

Era o que desejava dizer.

O SR. ANTôNIO UENO (ARENA - PRoPronuncia o seguinte díscurso.) - Sr. Presi­dente, Srs. Deputados, o quadro mundialsugere uma recuperação graduai de preços,

A cotonicultura toí vítima de um proces­so violento, provocado não só pela crise eco­nômica internacional oriunda na políticaaumentista implantada pelos países árabesquanto ao petróleo, mas também pela que­da dos preços FOB por libra-peso de algo­dão que, no inicio de 1974, estava cotado aUS$ 0.72 e hoje está em torno de US$ 0.40

DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

"Até 1973/74, a indústria algodoeira domundo estava sob o signo de uma cer­ta prosperidade, a qual, porém, mudou,ultimamente, em virtude de condiçõeseconômicas menos propicias.O consumo deste ano, pela primeiravez, não se elevará de maneira seme­lhante ao ocorrido nos últimos 8 anos,e poderá ser menor em aproximada­mente um milhão de fardos. Mesmosem alterações de consumo na Rússia ena China Comunista, as perdas esta­râo presentes em outras regiões domundo.A inversão das tendências favoráveisfoi causada por vários fatores: recessãoem geral, inflação, problemas energé­ticos e componentes cíclicos além dadiminuição do poder aquisitiV~ dos con­sumidores em geral". (in Rev. dos Mer­cados, n.v 260, editorial).

Esta análise, que data de janeiro/feve­reiro de 1975, não se alterou meses depoispublica-ndo a "carta Semanal do Algodão"em 2 de junho, observações correlatas afir~mando que a situação geral econômicà atéagora exerceu uma influência negativa so­bre a indústria têxtil. A inflação, Iígada aum alto grau de desemprego, baixou a ren­da real do consumidor e obviamente o nívelde suas compras. Os fabricantes, estra-ngu­lados por uma reducão acentuada da de­manda de têxteis, acharam que uma dimi­nuição da produção será inevitável. Atrásdessas medidas está o medo de uma estoca­gem demasiada de matérias-primas. A pro­cura mais moderada de algodão foi acorn­pa~hada pelas .fibras químicas, porém emmuitos países fICOU patente que a posiçãodo algodão melhorou na sua luta contra' asfibras químicas. Em 1975 registrou-se de­pois de quinze anos, a primeira qued~ daprodução llO setor das fibras químicas. Estarecessão está sendo estímada em 3%. Em1973, a indústria das fibras químicas aindaconseguiu um aumento de 13% em sua pro­dução.

"O consumo de algodão neste ano al­godoeiro. devido à recessão econômicasegundo estimativa, será da ordem d~59 milhões de fardos". Em 1973174este consumo foi de 61,3 milhões defardos. "O consumo ficou bem menorprincipalmente no Japão e nos Estado~Unidos, sendo prognosticada na Euro­pa Ocidental a continuação de níveisanteríores".

Esta demanda menor provocou emmuitos países, uma acirrada luta 'entreos têxteis importados e os locais numanatural m~dida de defesa que e~gia oconttngencíamento dos produtos impor­tados estrangeiros."O Comitê Consultivo Internacional doAlgodão, em seu relatório semanal di­vulgado em 19 de maio último, estimouos estoques mundiais do produto em1.0 de agosto, início da temporada de1975, em 29.500.000 fardos de algodãoem pluma, superando esse total em4.500.000 fardos o de 1.0 de agosto datemporada de 1974/75, que foi de 25 mi­lhões de fardos"."A produção estimada, na nova está­ção 1975/76, pode ser calculada em ....58.000.000 fardos. Essa produção mun­dial estimada é 5.000.000 de fardos in­ferior à anterior (1974/75), que alcan­çou, segundo a mesma fonte informa­tiva, 63.000.000 de fardos". (in CartaSemanal do Algodão - n.? 137 - de16-6-75).

Estas informações fazem tremer o pro­dutor de algodão no Brasil, que, aeompa­nhandp o termômetro internacional sofreas mesmas dificuldades e impactoo: Se é

Agosto de 1975

verdade que "o ano algodoeiro de 1974 oumais exatamente, a temporada, 1973/74: de1.0 de agosto de 1973 a 31 de julho de 1974,continuou a registrar novos recordes, em,pelo menos, dois dos seus setores básicos:a produção e consumo, confirmando, assim,a tendência expansíonísta neles acusada,nos últimos tempos, já o mesmo não ocor­reu na exportação mundial, cujo volumeem 1973/74, foi inferior ao de 1972/73, ~bem que moderadamente".

Reunida em março deste ano, a Bolsade Mercadorias de São Paulo ouviu de suadiretoria o rela-tório do exercício de 1974onde a situação do algodão é analisada comprofundidade, embora sem avanços nasperspectivas para o ano algodoeiro iniciadocom este mês de agosto, estas bastantesombrias, em face da alteração profundaencontrada no mercado algodoeiro no' Bra-sil e no exterior. '

São deste relatório as referências que de­sejamos inserir neste pronunciamento, dan­do-lhe força e melhor entendimento, poiso tema de que estamos tratando merece porparte das autoridades brasileiras maioratenção, sob pena de reflexos negativos pro­fundos na economia do Pais e na composi­ção básica de nosso esquema agrícola.

"Na temporada de 1973/74 r.egistraram­se duas ocorrêncías ou fases distintas:primeiramente, o mais espetaeuloso pe­ríodo dé alta e de preços da longa his­tória do algodão, tão fora do comumque o Comitê Consultivo -Iriternacíonaldo Algodão o classificou de "fenome­nal"; em segundo lugar, quase na últi­ma metade da aludida temporada, ou­tro período, completamente diverso doprimeiro, caracterizado pelo decííníodás cotações.

A primeira fase, a da alta dos preços,começou, em sua parte mais intensade agosto de 1973 em diante: a segun~da, a da queda das cotações, a partirde março/abril de 1974".

São complexas e variadas as causas quemotivaram, dentro de uma mesma tem­porada, movimentos ou tendências tãodiferentes.

A escassez de disponibilidades exportá­veis, dos tipos de fibras mais procura­dos. para atender a uma demanda queparecia írrsacíável ; a inflação, a crisedo petróleo, a instabilidade das moedasas dificuldades da produção, oriundas;em parte. do encarecimento dos fertili­zantes, defensivos e outros produtosquímicos fabricados à base de subpro­dutos do petróleo. a maior procura dostecidos de puro algodão; o encarecímen­to das- fibras sintéticas; a própria utili­zação do algodão, em certo período, co­mo cobertura para a instabilidade dasmoedas: tudo isso criou ambiente favo­rável à alta dos preços dos algodões.

De outro lado, após o "boom" das cota­ções da primeira fase, aqui assinaladoresumidamente, seguiu-se o período dêdeclínio; de maio de 1974 em diante, oqual refletia a difícil sítuacão econô­mica internacional, a crlss têxtil devários países, e, de certa forma umamaior disponibilidade de produção pa­ra a temporada 1974175.

Não caberiam, obviamente, naquele Re­latório prognóstico sobre a intensidadeou duração do atual período de baixa.o mundo algodoeiro atravessa fase di­fícil e complexa, que exige a maior cau­tela na sua apreciação ou na enuncia­ção de eventuais implicações". (in Re­latório Diretoria da BMSP, págs, 35/6,Exerc. 74).

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Agosto de 197$ DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 8 5541

A realidade atual do algodão indica queo seu preço, depois de uma elevação van­tajosa, caiu ao nível das cotações de 1972,conforme o quadro abaixo. não represen­tando hoje um valor econômico .digno deser cultivado, mais valendo a cultura do tri­go e da soja, que oferecem melhor rendi­mento. Este fato indica que deverá ser re­duzida drasticamente a área de plantio,agravada pela substituição do algodão poroutras culturas, menos dispendiosas, poisnão há quem suporte o aumento do custooperacional na cotonicultura, sobretudo emface do aumento violento do preço dos in­sumos, devido à inflação.

íNDICES DE PREÇOS(CIF Portos do Norte da Europa)

- Strict Middling, 1-1/16, base (a) -

Fonte: (a) CIF Liverpool antes de 1974,"Lrverpool Cotton Sources Ltda." Publicadoem Cotton, janeiro, 1975, ICAC.

Mas não pode o País prescíndjr desta ati­vidade, pois o parque industrial brasileiro,que depende do algodão como matéria-pri"":­ma, vem se firmando cada dia, devendoentretanto o Governo proteger a produçãonacional que atende à demanda Interna,sem buscar nos produtos importados ummelo de concorrência que somente causaembaraço e prejudica aos que no Brasil ten­cionam cobrir as necessidades de nosso mer­cado.

Daí a necessidade de se dar maior incen­tivo ao cotonicultor, dentro de uma visãorealístíca do problema, sem conotações po­líticas, mas econômicas e administrativas,considerando que a situação do algodão noBrasil, nos últimos' meses, vem sendo assi­nalada nos vários campos ou setores de suaatividade por fatos marcantes, dentre osquais somos obrigados a destacar os se­guinte:

1 - queda acentuada do volume da pro­dução;

2 - declínio dos preços;

:l - deterioração da qualidade média dasafra;

4 - aumento do consumo da indústrianacional;

USS centavospor libra

5 - queda das exportações do algodão empluma;

6 - aumento da exportação de fios e te­cidos de algodão; e

7 - revisão e melhoria das bases de pre­ços mínimos.

A acentuada queda de produção, princi­palmente do algodão em pluma, é facilmen­te verificada no cotejo com os dados daprodução, a partir do ano algodoeiro .....1962/63, extraídos do Relatório da Delega­cão do Brasil à 33.a Sessão Plenária do Co­mitê Consultivo Internacional do Algodão,realizada em Londres, de 6 a 10 de abrilde 1914, que são os seguintes:

PRODUÇAO DE ALGODAOEM PLUMA DO BRASIL

principalmente em virtude da grande gea­da que dizimou os nossos cafezais e queno ano vindouro, em conseqüência, vai ge­rar um desemprego em massa que estápreocupando todos os setores. E a únicacultura que emprega grande quantidade demão-de-obra não qualificada, durante a co­lheita, é o algodão.

Daí a necessidade de se mover uma cam­panha de incremento do plantio do algo­dão para absorver a mão-de-obra liberadado café.

Também preocupa aos cotonicultores ofato de os incentivos de rCM e IPI para aexportação de algodão estarem com seusprazos fixados até outubro do ano corren­te, merecendo esta situação ser revista pe­las autoridades da área financeira e eco­nômica, pois o imediato anúncio da dila­tação do prazo destes incentivos trará es­tímulos redobrados aos produtores, que tal­vez não abandonem a cotonícultura, ape­sar da baixa atualmente experimentada emseus rendimentos.

Embora o algodão tenha melhorado suaposição no mercado têxtil, em razão dostempos também difíceis para os produto­res de fibras e fabricantes de tecidos, a si­tuação atual dos preços não encontra amesma eorrespondêncía, continuando aagricultura algodoeira carecendo destas me­didas protetoras por parte do Governo, sen­do certo que, para sobrevivência desta cul­tura, não podem os Ministros da Fazendae da Agricultura negarem atendimento àspropostas que aqui formulamos, represen­tando o pensamento de todos os ootontcul­teres brasíleíros,

Por outro lado, aproveito para aplaudiro plano de emergência do Governo Federal,visando à recuperação dos cafezais atingi­dos pela geada e pelo qual serão aplicadosrecursos supe-riores a Cr$ 8 bilhões.

Segundo os Levantamentos, foram atingi­dos 1 bilhão e 500 milhões de cafeeiros.

No meu Estado do Paraná, que tambémsofreu os efeitos da recente geada, 915 mi­lhões de covas de café foram atingidas ra­zão por que deverá ser contemplado c~m amaio~ . parcela dos financiamentos, parapermítlr, assim, a sua recuperação, na cer­teza de que continuará a ser o maior pro­dutor de café do País, apesar das opiniõesdivergenteso

Apenas quero sugerir a inclusão do Para­ná no plano de novos plantios de café doqual o meu Estado foi excluído. '

Era o que tinha a dizer.

O SR. MAURíCIO LEITE (ARENA - PR.Pronuncia o seguinte díseurso.) - Sr. Pre­sídente, 81'S. Deputados, a economia parai­bana, calcada praticamente na agropecuá­ria e agora despontando para o ciclo indus­trial, tem no agave um razoável suporte,que precisa ser amparado e estimulado pe­las autoridades governamentais.

Incentivada, sobretudo, no Governo doSr. Argemiro Figueiredo, a cultura do agaveou sísal tem sido a sustentação da granderegião do Cariri paraibano, especialmentenos anos de seca.

Cultura permanente, muito apropriadapara as zonas semi-áridas, sua maior pro­dução em nosso Estado esta localizada nosMunicípios de Nova Floresta, Picuí e Cuité,constituindo-se numa das mais expressivasfontes geradoras de riqueza.

Ocorre, Sr. Presidente, que toda a pro­dução desses Municípios é estocada nosarmazéns do Município de Cajazeíras, dis­tante cerca de quatrocentos quilômetros dafonte produtora, o que torna cada vez maisonerosos os custos operacionais.

490.000504.000450.000540,000445.000617.000721. 000580.000595.000680.000651.000548.445

Toneladasmétricas

Anos

Fonte: Relatório da Delegação do Brasil à33.a Sessão Plenária do Comitê ConsultivoInternacional do Algodão, realizada emLondres, de 6 a 10 de abril de 1974.

Produção de 1973/74 foi atualizada, em fa­ce da queda da safra da Região Meridional.

Houve, assim, em 1973/74, em cotejo com1972/73, uma redução de 102.555 toneladas,representando 15,6 menos. Essa redução lo­calizou-se principalmente nos Estados daRegião Meridional, cuja produção desceude 456.018 para 368.445 toneladas, entre1972173 e 1973/74, respectivamente, 87.573toneladas a menos, ou diferença de 19%,aproximadamente.

O Governo Federal fixou o preço mínimode garantia para o produtor de algodão doCentro-Sul do Pais em Cr$ 45,45 por arroba,o que representou um incentivo de 29,49%.

E, reconhecendo que o empréstimo do Go­verno Federal, agora em faixa ampliada,vem beneficiando enormemente a comercia­lização do algodão neste ano de 1975, queropropor aos ilustres Ministros da Fazenda eAgricultura, os srs, Málio Henrique 8imon­sen e Alysson Paulinelli que adotem medi­das de amparo à cotonicultura, nesta fasecritica de sua existência, quando muitoscotonícultores se preparam para abandonaresta atividade, indo em busca de outrasmenos arricadas e mais rendosas.

Creio que o Governo Federal deve subsi­diar em pelo menos 40% o inseticida usa­do na lavoura algodoeira, para maior e me­lhor controle de pragas, a exemplo do sub­sídio concedido aos fertilizantes.

For outro lado, impõe a atual conjuntu­ra a necessária prorrogação dos prazos dorínancíamento de custeio da safra de algo­dão do ano algodoeiro 1974/75, pelo menospor mais dois anos, visto que a tendêncianatural dos agricultores do Paraná é a deplantar soja e trigo, diminuindo a área deplantio do algodão, se medida de incentivonão fosse tomada.

Ao lado do preço mínimo agora estipula­do outros incentivos devem ser adotados,

1962/63lfJ63/641964/651965/661966/671967/681968/691\)69/701970/711971/721972/731973/74

88,4182,1674,0070,1665,0162,3162,0361,4258,9953,7650,4448,4247,1546,95

75,8486,6987,3379.5181,37

28,7527,9731,0937,1442,0076,32

1974:

Janeiro .Fevereiro .Marco ..•...................Abril ..................•....Maio .........•..............Junho , .Julho '" .•.........Agosto .Setembro ..•.................Outubro .Novembro .Dezembro .Janeiro 2, 1975 .Janeiro 9, 1975 .

Períodos

1968/691969/701970/711971/7219'7217319'73174

19'13:

Agosto .Setembro .Outubro .Novembro .Dezembro .

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5542 Sexta-feira S

Assim sendo: desejo formular desta tribu­na um apelo ao Ministro Alysson Paulinelli,da Agricultura, no sentido de que sejamconstruídos armazéns para depósito do pro­duto nos municipios de Nova Floresta, Pícuíe Cuité dentro da polítíca de amparo eassistência ao produtor rural, já em práticaem diversas regiões do País.

Conhecemos os propósitos do GovernoGeisel em torno do problema, e é por issomesmo que encarecemos as atenções doMinistério da Agricultura, ao qual o assuntoesta diretamente ligado. Sempre que as es­tatísticas oficiais revelam índices de desen­volvimento da economia nacional, os custosde produção estão, na maioria das vezes,encarecidos por falta de eficientes meiosde escoamento. E, quando há meios detransporte, o frete é o grande responsávelpelo aumento dos preços.

O Nordeste, Sr. Presidente, de modo geralprecisa de apoio do Governo para consoli­dação de sua economia, sob pena de ter odesenvolvimento protelado ainda por longosanos.

Fazemos este apelo ao Ministério da Agri-·cultura, confiantes na pronta ação dos seusórgãos deseentralízados, notadamente aCIBRAZÉM, que tantos serviços tem pres­tado ao País nesse setor. O Estado da Pa­raíba precisa desse melhoramento, paraatingir a curto prazo maior nivel de desen­volvimento.

V - O SR. PRESIDENTE (Odulfo Do­mingues) - Passa-se ao Grande Expe­diente.

Tem a palavra o Sr. Henrique Cardoso.O SR. HENRIQUE CARDOSO (MDB -­

BA. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.Presidente, Srs. Deputados, o cacau, sus­tentáculo econômico-financeiro de uma re­gião, representando 450.000 (quatrocentose cinqüenta mil) hectares de área planta­da, o que corresponde aproximadamente acinco vezes a do ex-Estado da Guanabara,com população ao nível de três milhõesde habitantes, precisa urgentemente deuma reformulação geral dos atos governa­mentais, para que termine, de uma vez. aagressão fiscal que existe contra esse pro­duto.

Histórico - O cultivo do cacau no Brasiliniciou-se em 1679 através de Carta Régiaque autorizava o plantio, pelos colonos, emsuas áreas de terras.

Na região sul da Bahia, pelos idos de1746, o colono francês Luiz Frederico war­neau, trazendo sementes do Pará, as entre­gou a Antônio Dias Ribeiro, que as plantouna sua fazenda "Oubículo", às margens dorio Pardo, no Município de Canavieiras, esomente em 1752, Ilhéus e adjacências pas­saram a cultivar o cacau. As condições declima e solo fizeram florescer a grande la­voura e j á nos fins do Século passado pas­sou a ser o sustentáculo econõmíeo daregião e do Estado e galgou a privilegiadaposição de segundo produtor de divisaspara o Pais, superado somente pela expor­tação cafeeira. .

As plantações feitas empiricamente, ten­do apenas a tenacidade do brasileiro e osolo úberrírno a desenvolvê-las, deram aoBrasil a posição de maior produtor mun­dial. Posteriormente, perdeu-a, e hoje nossoPaís ocupa o quarto lugar, superado que foipelos países africanos: Gana, Nigérla, eCosta do Marfim.

A produção mundial oscila entre a médiade um milhão e duzentas mil a um milhãoe trezentas mil toneladas por ano, e noperíodo 1965/1970 o percentual dos paísesprodutores estabeleceu o seguinte: Gana,31%; Nígérí a, 19%; Brasil, 14%; Costa doMarfim, 13%; Camarões, 3%; Equador, 5%e outros, 11%. .

DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Os principais países consumidores de-cá­eau são: Estados Unidos, Alemanha Oci­dental, Reino Unido, União Soviética, Fran­ça etc.

O maior índice mundial de consumo percapita fica com a Suiça, com mais de trêsquilos; depois, com a Alemanha Ocidental,com 2 quilos e 900 gramas; Bélgica, 2 qui­los e 400 gramas; Inglaterra, 2 quilos e 200gramas; Estados Unidos, 1 quilo e 900 gra­mas, além de Canadá, Suécia e Holanda,com posições superiores a um quilo.

O brasileiro ainda não consome chocola­te, convenientemente, pois nossa média percapita é de apenas 300 gramas, tudo fazen­do crer que a deficiência aquisitiva nosmeios rurais e os falsos conceitos emitidospela população, de que o chocolate faz malao fígado, são as causas dessa insuficiênciade consumo interno.

Este último conceito é eminentementefalso, pois o chocolate é altamente nutriti­vo, tendo alto valor calórico. Sabemos que100 gramas de chocolate fornecem 550 ca­lorias.

A análise bromatológlea de um tableteapresenta os seguintes componentes:

Hidrato de Carbono 56,15%Gorduras 29,10%Proteínas 11,50%

Sais minerais 2,01%Agua 0,33%

O chocolate contém ainda theobromína(0,8 a 2,2 %) cafeína lO,1 %) e alcalóídes depropriedades diuréticas.

A theobromina é menos excitante que acareína. Assim, o chocolate, como bebida, ésuperior ao chá e ao café, pela posição denutriente e menos excitante.

Em traços rápidos, apresentamos aos Srs.Deputados um modesto histórico do cacau,com sua implantação na região da Bahia,sua produção mundial e a posição de nossoPaís, o consumo mundial e sua atuação ali­mentar. Agora nos propomos analisar aproblemática social, econômica e financei­ra do homem que produz, com as implica­ções oriundas da ação governamental,gerando as agressivas posições fiscais.

Para muitos - principalmente para oGoverno - o cacauícultor é um afilhadodo Rei Midas, que transformava em ouroaquilo que tocava. Dai a volúpia violenta­dora contra o trabalhador da terra, semprede mãos estendidas à procura de soluções.Crises sobre crises fazem a constante emsua vida.

Não será demais nossa palavra para, jun­to a tantas outras, constituir mais umatrincheira onde a luta em defesa do plan­tador de cacau encontre argumentos sensí­veis à observação dos homens que nos go­vernam e criam anomalias prejudiciais.

Não será pela falta numérica de órgãos dedefesa do cacau que o produtor dessa maté­ria-prima ficará desamparado, mas - porabsurdo que pareça - pelo excesso deles,gerando taxas mantenedoras, todas vin­culadas naturalmente ao custo operacional,que leva à descapitalízacâo do plantador.

Tantos são os "órgãos de defesa" quesugam a economia e as finanças do planta­dor de cacau, que melhor seria não existis­sem, deixando ao homem da lavoura a suacapacidade de gerir os seus bens, poisassim, acreditamos, não haveria essa des­capitalização avassaladora,

Acreditamos tratar-se da umca lavoura,neste país, que recebe a agressão violentade impostos e taxas e que, para o seu de­senvolvimento, encontra as soluções finan­ceiras, com os seus próprios recursos, fixa-

Agosto de 1975

dos compulsoríamente em resoluções gover­namentais.

Em 20 de fevereiro de 1957, pelo Decreton. a 40.987, foi criada a Comissão Executivado Plano de Recuperação Econômica Ruralda Lavoura Oacaueíra, para, em 18 deabril de 1974, pelo Decreto n.> 73.960, sermodificada sua nomenclatura, que passou li;ser Comissão Executiva do Plano da Lavou­ra Cacaueira - CEPLAC, gerando auto­nomia administrativa e financeira, excluin­do-a da área do Ministério da Fazenda.para a do Ministério da Agricultura ecriando um Conselbo Deliberativo cujo Pre­sidente nato é o Sr, Ministro da Agricultu­ra. O Diretor da Carteira de Comércio Exte­rior do Banco do Brasil é Vice-Presidentee o Conselho ainda é constituído de umSecretário-Geral, dos representantes doMinistério da Indústria e do Comércio,do Governo do Estado da Bahia, do Go­verno do Estado do Espírito Santo, do Ban­co Central do Brasil e, finalmente, de umrepresentante dos produtores de cacau, in­dicado pelo Conselho Consultivo dos Pro­dutores de Caeau. Exeluídos o Presidente eo Vice-presidente, os demais são designa­dos pelo Sr. Presidente da República,

A admlnlstracâo cabe ao Seocretário-Ge'­ral ; a sede ficá na Capital Federal e OSserviços regionais estão centralizados noEstado da Bahia, no km 22 da rodovia queliga as cidades de Ilhéus e Itabuna.

A CEPLAC tem por finalidade:a) Promover o aperfeiçoamento econô­

mico-social da lavoura cacaueira.b) Definir e promover o desenvolvimento

de novos pólos de produção de cacau noPaís.

c) Definir e incentivar alternativas agrí­colas e/ou agroindustriais nas tradicionaisregiões produtoras de cacau.

d) Participar do fortalecimento da infra­estrutura das regiões produtoras de cacau.

Observando-se as finalidades inerentes àCEPLAC, há de se compreender que se deuà mesma uma estrutura administratíva deGoverno, e é realmente o que está aconte­cendo na região, onde o Governo real seomite, abandonando suas obrigações, e,através de convênios, lança aos ombros daCEPLAC "o fortalecimento da infra-estru­tura das regiões produtoras de cacau",comprometendo os seus recursos, que deve­riam ser aplicados mais para atender ao"aperfeiçoamento da lavoura cacaueíra" e"atender a eventuais necessidades de com­plementação de preço interno do produto",de acordo com o n.? Ir da Resolução n.a 223do Banco Central do Brasil, que nunca foiposta em prática.

A CEPLAC tem, para o "desenvolvimentode sua ação" recursos provenientes das se­guintes fontes:

a) Cota de contribuição de origem cam­bial, atribuída pelo Conselho MonetárioNacional.

b) Transferências consignadas no Orça­mento da União.

c) Receitas provenientes de rendas ouretornos decorrentes de suas aplicações fi­nanceiras.

E ainda:a) Transferências decorrentes de exe­

cução de programas desenvolvidos sob re­gime de mútua colaboração, mediante con­vênios com entidades públicas ou privadas.

b) Rendas diversas, resultantes de pres­tação de serviços e da exploração agrícolae industrial em área sob sua posse.

O Sr. Hildérico Oliveira - Deputado Hen­rique Cardoso, estamos apreciando o pro­nunciamento de V. Ex.a , respeitante à pro-

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Agosto de 1975

blemátíca do cacau em nosso Estado. Até.então, calados, QlJyíaIDOil §\l? Jl,loCY~àO-4 To..,davía, quando V. Ex." menciona a CEPLAC,não podemos eontínuar silenciosos, porquenotamos, infelizmente, que na região ca­caueíra a CEPLAC tem desvirtuado suas fi­nalidades. E observamos, com tristeza, es­tradas quase ínacessíveís e a lavoura total­mente abandonada. É com muita felicidadeque V. Ex. a traz o problema da CEPLAC àconsideração de seus Pares.

'0 SR. HENRIQUE CARDOSO - Agrade­ço a V. Ex." o aparte. V. Ex." também, pelavotação recebida em nossa região, pode con­siderar-se representante dela, sendo conhe­cedor profundo das dificuldades de infra­estrutura lá existente.

'-. Prossigo, Srs. Deputados.

: Examinando-se a fonte da letra a, istoé a cota de contribuicão de origem cambiala'tribuída pelo ConseÍho Monetário Nacio­nal, vamos encontrar a grande luta empre­endida pelos homens da lavoura do cacau,pais o percentual original alcançava a astro­nômica posição de 20% sobre toda a produ­ção, para depois diminuir para 15%. E hoje,pela Resolução n.? 223, de 30 de maio de197:~, do Banco Central do Brasil, que tam­bém emite resoluções com força de lei, re­sóíveu:

"I - 'Fixar em 10% (dez por cento). para os embarques efetivados a partir

do dia subseqüente à data desta Reso­Iucâo a cota de contribuição incidentesobre' as exportações de cacau em ba­gas e seus derivados, qualquer que sejaa forma do produto que venha a ser ex­portado (cacau em bagas e derivados:massa, man teíga, torta e pó).

II - Os recursos provenientes do reco­lhimento da cota de contribuição deque trata o item anterior destinar-se­ão ao aperfeiçoamento da lavoura ca­eaueíra, ao desenvolvimento de suasregiões produtoras e a atender a even­tuais necessidades de complementaçãode preço interno do produto."

\ Queremos acreditar que essa Resolução,que propositadamente fala em cota, criarealmente uma taxa. E seria competente oBaneo Central do Brasil para legislar sobreo assunto? Em nossa democracia de decre­tos, resoluções e atos institucionais, tudovale, e assim o desgraçado cacauicultor sevê- descapitaJizaclo, e quando vende o seuproduto é logo descontado, convindo notarque os 10% dessa taxa incidem sobre o pre­ço ]1'OB, o equivalente no bruto e em dóla­res, havendo ainda a aditar nesse descontomais 1/4% ao corretor estrangeiro que tra­balhou o contrato de compra e venda.

Tomemos por exemplo, para conhecimen­to geral, a seguinte hipótese:

Um lote de 1.000 sacas de cacau à cota­cão de 48 cents a libra-peso dá o valor bru­to de US$ 63,492.48.

Desse bruto são retirados 10% para aCEPLAC o que é igual a US$ 6,34\1.24, emais 1/4% do corretor, o que equivale aUS$ 158,71. A CEPLAC, se colocarmos ataxa do dólar a Cr$ 8,00, caberão .Oi'$ 50.793,92 pela venda das 1. 000 sacas.

Quanto caberá em uma produção médiade 3.000.000 (três milhões) de sacas?

Multipliquemos e veremos que a •...•CEPLAC receberá crs 152.381.760,00 (centoe cinqüenta e dois milhões, trezentos e oi­tenta e um mil e setecentos e sessenta cru­zeiros) em uma safra de três milhões desacas, à cotação de 48 cents de dólar por li­bra-peso e à razão de Cr$ 8,00 o mercadodo dólar.

DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Essa é a parte da CEPLAC que, na irn-. i:!1í3<utf\b\ªQ Jie nQY<\§ MCllicªIJ, crUü1dõ $:, ss­

péde do híbrido de alta produção, orien­tando e instruindo, tem dado alguma coisaem troca.

Não combatemos a CEPLAC na sua partetécnica. Achamos que deve ser mantida, masnão podemos entender que caiba ao lavra­dor, à sua vida econômico-financeira, quehoje é também responsável pela infra-es­trutura regional, bastando sentir que emdezesseis anos o Governo estadual construiuapenas 141 km de estradas asfaltadas epermitiu que a Ilhéus-c-Conquista (246km) e Itajuípe--Coara.ci (22 km) ficassem.intransitáveis, sendo mais eficiente o seuretorno ao piso primário do que deixá-lascomo estão, com crateras pertgosas ao pa­trímómo e à vida dos usuários.

Para o porto de Ilhéus - luta de maisde cinqüenta anos - a lavoura do cacaucontribuiu com sete milhões de cruzeiros.Nossa Universidade de Santa Cruz, sob aresponsabilidade quase direta da CEPLAC,já aplicou mais de cinco mühões de cru­zeiros. Enquanto o GOverno Estadual apli­cou seiscentos mil, o Federal permanece au­sente. Quanto à área da saúde, educação esistema viário, sob convênio com a CEPLAC,Prefeituras e Governo do Estado, a maiorparcela fica nos ombros da lavoura, napessoa da CEPLAC. Daí afirmamos que fi­zeram uma estrutura de governo à CEPLACe lançaram na lavoura cacaueira a respon­sabilidade financeira da sua execução.

Com .essa posição, o GOverno Estadual seomite e as fundamentais obras de infra­estrutura ficam em atraso quanto às so­luções. Só no plano viário, para qUI!: sejaimplantado o corredor de exportaçâo doporto de Ilhéus, apresentamos uma neces­sidade inadiável de 962 km de estradas as­faltadas, em pronunciamento aqui feito em14 de abril do ano em curso.

Na área das comunícacões é lamentáveldizermos que a Bahia possuí apenas Salva­dor, sua Capital, ligada aos demais pontosdo País, pelo DDD. Ilhéus, o porto do cacau,possui apenas quatro canais e os mesmospara Itabuna. Assim, quando quatro pes­soas estão em contato telefônico, uma po­pulação de 200.000 habitantes tem que es­perar. Hoje, comunicação é progresso. Eneste particular nossa região entristece osbrasileiros que lá mourejarn, que sentem odescaso dos responsáveis por essa área daPátria. Desenvolvimento é o tema do Gover­no, na sua ação de propaganda, e seriaagradável fossem realidade as suas afirma­ções a respeito daquela área de trabalhodo homem da lavoura cacaueira. Há omis­são do Governo, que deve achar que a ..•CEPLAC tem de fazer tudo com o dinheirodo lavrador.

Desejamos a continuidade da CEPLAC,mas esperamos que o Governo sinta que aresponsabilidade é sua, expressa na Cons­títuioâo Federal, no art. 8, n.? V, e ainda non.> XIV do mesmo artigo que aborda a áreade competência da União. Não é constitu­cional - nem mesmo admite-se, na sim­ples compreensão comum - que caiba a umsó grupo de homens, de uma única lavou­ra - no caso, a do cacau - a responsabili­dade de, além de cuidar do seu próprio de­senvolvimento, criar "o fortalecimento dainfra-estrutura das regiões produtoras decacau", como afirma o Decreto n.o 73.960,de 18 de abril de 1974.

O S1·. Marcondes Gadelha - Concede-meV. Ex." um aparte?

O SR. HENRIQUE CARDOSO - Commuito prazer.

O Sr. Marcondes Gadelha - Nobre Depu­tado Henrique Cardoso, aponta V. Ex.a, no

Sexta-feira 8 5543

caso particular do cacau e da CEPLAC, um.aspecto M. filosofia geral ao ao\'~rno: àda centralízacão. O Poder Central açambar­cou toda a massa de poderes e de capacida­de de realização, subtraindo às outras enti­dades e tnstítuíeões da sociedade brasileira- ao Município', ao Estado, às autarquias,às entidades da administração indireta ­uma soma fabulosa de recursos. Está acon­tecendo uma matemática curiosa, pelaqual o Governo amealha os louros mas re­parte as dificuldades, os problemas e osprejuízos. Esta a grande verdade. FazV. Ex. a justiça à CEPLAC quando lhe re­conhece os méritos técnicos, que todos co­nhecemos. Estive conversando com umagricultor daquela região, que chegou aconfessar-me que aprenderam a plantarcacau depois que a CEPLAC lá se instalou.Concordamos com V. Ex. a e protestamosenergicamente contra a omissão do PoderCentral, que deixa todo o ônus sobre a la­voura cacauelra.

O SR. HENHIQUE CARDOSO _ Repre­sentante daquela região, agradeço sensibi­lizado a V. Ex. a as suas palavras, incorpo­rando-as com muita honra ao meu pronun­ciamento.

81'S Deputados, o Governo do Estado re­cebe 15,5% de IOM. Nada há a reclamar,pois o imposto é norma comum a toda áreade produção para a vida administrativa.

O que não aceitamos é a sua política deincentivos a quem transforma (indústria),deixando à margem qualquer benefício aquem cria a matéria-prima. Sem esta, nãohá o que índustríalizar. Podemos dizer quea matéria-prima é o homem, é a causaprimeira e quem vem a posteríort são osefeitos. E não poderá haver efeitos semcausa.

Em nosso Pais, os efeitos vêm a priori ascausas, a posteriori.

O Governo do Estado da Bahía cobra oICM do produtor e, a titulo de incentivo àIndustrialização devolve, ao que estamosinformados, 3% no contrato e mais 3% noembarque da mercadoria. E o próprio Go­verno confessa, em uma publicação de 1973,da Secretaria da Fazenda, "que o cacau,já no exercício de 1972, tinha sido contem­plado com o regime de substituição, pelacompensação do crédito decorrente do di­ferencial de alíquotas entre mercado inter­no e externo e pela inclusão dos derivadosentre os produtos amparados pelos benefí­cios à exportação. Como conseqüência, so­mente do Estado, recebeu estímulo no valorde Cr$ 23. BOO. 000,00 (vinte e três milhões eseiscentos mil cruzeiros).

Quem paga o ICM? Todos nós sabemosque o imposto indireto é acionado e o la­vrador tem no preço a sua dedução.

Quem recebe a devolução? - O industrialexportador, a título de incentivos.

O Governo cobra do criador da matéria­prima e presenteia o produto do seu suorao industrial, que na sua área de ação temuma perspectiva de lucros mais acentuada.

Em 1974, o Governo do Estado da Bahiadevolveu, correspondente a 6% de incenti­vos fiscais, aos exportadores, a importânciade Cr$ 41. 900.000,00 (quarenta e um mi­lhões e novecentos mil cruzeiros),

Assim, o lavrador é o eterno abandona­do, e quando reclama sobre a impossibilida­de de poupança, é tido e havido como insa­ciável reclamador, a quem nada chega.

Srs. Deputados, não é apenas nesses fo­cos de descapítalízaçâo que sofre o produtorde cacau.

Temos, na Bahia, a COMOAUBA que é asigla que especifica a Comissão de Comérciode Cacau da Bahia.

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5544 Sexta-feira S IDIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Agosto de 1975

E~ta sociedade quer apresentar-se comoorgií,Q ç'\~ defesa ga lavoura do cll,Çau, mai!funciona em caráter secreto e axelusivista,pois só os comerciantes de cacau dela po­dem fazer parte, sendo vetada a presençade qualquer elemento estranho ao seu elen­co.

Paga a lavoura do cacau a essa organi­zação hermética, não sabemos sob que au­torização legal, a importância de Cr$ 0,50(cinqüenta centavos) por saca do produtonegociado.

Em uma produção de três milhões e qui­nhentas mil sacas, receberá então esta so­ciedade, do pobre e explorado lavrador decacau, a bagatela de Cr$ 1. 750.000,00 (hummilhão e setecentos e cinqüenta mil cru­zeiros) por ano-safra.

Só conhecemos o seu interesse de com­prar bem para melhor lucro da sua ati­vidade comercial.

Outro fato está a merecer a atenção dequem de direito, que outro não é senão oGoverno da República, pelos seus órgãos es­pecificas e de capital importância na for­mação econômico-financeira da região ca­caueíra, especificamente ao homem plan­tador e cultivador do cacau.

A Resolução n.O 223, de 30 de maio de1972, do Banco Central do Brasil, ao estabe­lecer em 10% a cota sobre as "exportaçõesde cacau em bagas e seus derivados, qual­quer que seja a forma do produto que ve­nha a ser exportado (cacau em bagas ederivados: massa, manteiga, torta e pó),fixou naturalmente a incidência sobre ocacau em bagas ou transformado que forexportado, excluindo naturalmente os con­sumidos no mercado interno".

Sabemos que o mercado. por intermédiodo consumo do chocolate e de outros deri­vados, se apresenta em volume acentuadode industrialização. E quando o cacauíeul­tal' vende o seu produto, tem também ataxa da CEPLAC descontada em dólar, nãoé entregue àquela comissão. Quem ríscalí­za? Quem defende o lavrador dessa forma.irregular de cobrança de uma incidênciaque não vai àquele que tem o direito dereceber?

l!: mais uma forma de exploração, prati­cada contra o produtor de cacau.

Aceitando-se que 200.000 sacas fiquemindustrializadas no consumo interno namesma base de preço e fixação do dólar quemencionamos anteriormente, para exemplo,ao que recebe a CEPLAC, podemos afirmarque a indústria que não paga à CEPLACtem um lucro aditivo nessas 200.000 sacas,equivalente à importância de Cr$ 52.063,60(cinqüenta e dois mil, sessenta e três cru­zeiros e sessenta centavos), em cada lotede 1 000 sacas.

F'açamos as contas e sintamos quantaagressão existe ao direito do lavrador, ha­vendo ainda a aditar os 0,720% para o Ins­tituto do Cacau, 2% para o FUNRURAL e3% de comissão, quando a venda e feitapelas cooperativas.

Somando-se tudo quanto incide na la­voura do cacau, não é de estranhar-se, to­dos os anos, o grito de socorro partido deseus componentes, que não têm condiçõesde contar com uma poupança segura, poisa crise é permanente e o lavrador está sem­pre dependurado no cabide do crédito, que,pela sua forma de adoção, quanto aos juros,lhe suga econômica e financeiramente.

Quando as crises chegam às raias dainsolvência, aparece o Governo, como PapaiNoel dadivoso, com o próprio dinheiro ad­quirido na lavam-a, na formação de milhõescle dólares em divisas e impostos. Soe acon­tecer na safra passada, quando produziu

US$ 238'OOOloqo.oo (trezentos e trinta ~ oltomHh~s çlç dólares) I cobl,'ando j1.\r08 d~ 70/0.é em prazo de oito anos, com quatro de Cá";rência. li: o salvador da lavoura, sob man­chetes elogiosas.

Enquanto perdurar essa estrutura comer­cial, em que até o preço no mercado inter­nacional não se fundamenta na procura eoferta, mas na informação mensal que in­gleses e americanos fazem, em suas visitas,levantando a produção, com a invasão defazendas da região, o produtor de cacauterá de ficar esperando o término do prazoque o Governo lhe deu, na recomposição desuas dividas, para aguardar nova ação go­vernamental, e ele, produtor, o escravo dotrabalho, para enriquecimento de exporta­dores e industriais, não ter o direito de,pelo enriquecimento, sentir o resultado po­sitivo da sua luta.

As multínacíonaís também estão nessaárea com seus tentáculos. Esperamos quea CPI que apura a sua ação em nossa Pá­tria denuncie tudo quanto de prejudicialelas acarretam à economia dos brasileirosque plantam o cacau, a fim de que possíveissoluções sej am encontradas pelo Governobrasileiro. Gill and Duffles, inglesa, e ou­tras desse tipo lá estão, como Chadler In­dustrial da Bahia S/A; que tem em seuconselho administrativo estrangeiros; co­mo Richard L. Uhrich, americano, diretorde empresas e residente em 343 East Gra­nada Avenue, Hershey-Pensítvânía, EstadosUnidos da América do Norte; AlexandreGolodetz, norte-americano, comerciante,residente em 33 Van Ettem Boulevard, NewYork, Estados Unidos da América do Norte.

Temos notícias de que também multína­cionais suíças já estão caminhando para aregião por intermédio dos grupos InterfoodS.A., holding que controla as fábricasSuchard e Toblir, em associação com ogrupo baiano formado pelo Banco Econô­mico S.A. e Manoel Joaquim de Carvalho,exportador de cacau.

A Suchard e a Toblir são os maiores fa­bricantes de chocolates de luxo da Europacom 18 indústrias espalhadas pelo conti~nente europeu, e movimentam anualmente400 mühões de dólares", conforme publicao "Semanário" que circula em Ilhéus, da­tado de 13 de julho do ano em curso.

Não somos contra o capital estrangeiro,mas ficamos na incerteza quanto à sualealdade para com a economia pátria e ado próprio brasileiro, diante dos fatos quesentimos em todo o mundo.

Aqui está o retrato que a máquina donosso sofrimento pessoal, como plantadorde cacau. e enfeixando também tantosquantos labutam naquela região pode apre­sentar a esta augusta Casa do Poder Le­gislativo, para que, por seu intermédio oeco do nosso pronunciamento chegue aosresponsáveis diretos pelas soluções de de­fesa dos brasileiros.

A finalidade primeira de um Governodeve ser o enriquecimento do povo. E seassim é, com esses fatos narrados, aten­tatórios a tal finalidade, esperamos aação pronta do Governo, através de estu­do sério, para que a problemática do cacause estabeleça em novos moldes, retirandoo cacauícultor brasileiro dessa posição es­cravagista que a agressão fiscal lhe de­termina, aliada à exploração de grupos,impossibilitando a sua poupança e impe­dindo assim o seu desenvolvimento econô­mico e financeiro.

Salvemos, pais, a lavoura do cacau, paraque volte a raiar nos horizontes daquelepedaço de chão baiano e brasileiro a aurorade dias felizes!

Durante o discurso do Sr. HenriqueC(mlOIt) {J. {Ir, (Jàu~f!J P.Q1nhi(/~fe$, I~';'Secretário, deixa a cadeira da presidên­cia, que é ocupada pelo Sr. AlencarFurtado, 19-Vice-Presidente.

Durante o discurso do Sr. HenriqueCardoso o Sr. Alencar Furtado, 19-Vice­Presidente, deixa a cadeira da presi­dência, que é ocupada pelo Sr. PinheiroMachado, sv-secretarto.

O SR. PRESIDENTE (Pinheiro Machado)- Tem a. palavra o Sr. Célio Marques Fer­nandes.

O SR. CÉLIO MARQUES FERNANDES ­ARENA - RS. Pronuncia o seguinte dis­curso.) Sr. Presidente, srs. Deputados, emprincípios do mês de julho do corrente ano,tivemos ocasião de declarar, desta tribuna,que estávamos vivendo um dos mais curio­sos e perigosos momentos da vida politicanacíonal.

O ilustre Presidente Geisel solicitara aospolíticos criatividade, bem como a renova­ção das bases políticas, em todos os seusescalões: municipais, estaduais e nacional.O presidente pediu um enriquecimento dospartidos políticos através de novos valorese da incorporação da mocidade universitá­ria e do proletariado às fileiras partidárias.

Mas o que assistimos foi completamente ocontrário daquilo que o Presidente Geiseldesejava e deseja, bem como todo o esque­ma da Revolução de Março de 1964.

E tivemos ocasião de dizer, naquela OPOl'­tunidade, que as velhas e algumas novasraposas da política saíram a pregar o ace­leramento da distensão, envolvendo, emsuas manobras, políticos honestos, dignose bem intencionados.

Novamente volto a declarar que devemoster muito cuidado e grande cautela com oexcesso de urgência na apregoada e mal in­terpretada, por eles, distensão, agora con­venientemente esclarecida pelo digno Pre­sidente Geisel em seu último pronuncia­mento.

l!: preciso que se reitere que os pregoeirose arautos do aceleramento da distensão es­tão a serviço não se sabe de quem. Muitosj á afastados da política nacional voltaramagora, arvorados em mentores e transfor­mados em pombos-ccrrelos.

81's. Deputados, o momento político con­tinua muito delicado. Tudo pode acontecer.Não convém esquecermos que estamos sobum regime revolucionário. Que esta Revolu­ção foi e é para valer. Seus postulados sãoirreversíveís,

Devemos ter sempre na lembrança que aredemocratização total do Brasil, anseio detodos os brasileiros conscientes de sua res­ponsabilidade, virá quando estiver devida­mente resguardada daqueles que tentamcontra a nossa soberania e a tranqüilidadeda familia brasileira.

O Sr. Parsifal Barroso - Desejo, antes detudo, felicitar V. Ex .... porque, retomando ofio das considerações já de há muito de­senvolvidas neste plenário acerca da maté­ria de sua oportuna explanação, acentuouV. Ex.", como devera, no início, a preocupa­ção que o Presidente Geisel mesmo antesde sua eleição, já manifestara, pela neces­sidade de se conferir aos aspectos sociais,aos interesses sociais, às necessidades so­ciais aquela importância que o primado doeconômico e a prevalência do econornícís­mo estavam dificultando e, por que não di­zer a verdade? Impedindo reconhecb;;nentoque, até do ponto de vista científico, nocampo das Ciências Sociais, sempre foiquestão pacífica - a necessidade que pro­mana da evidência do interesse e do prima­do do social. Assim sendo, o Sr. Presidente

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Agosto de 1975 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção I) Sexta-feira 8 5545

da República desejou que todos os parti­dos, numa abertura geral de suas estrutu­ras tradicionais, procurassem atrair e ab­sorver os estratos mais representativos des­sa gama admirável que constitui a estru­tura da vida social brasileira. E aí é quese vem realizando, de modo admirá­vel, aquela distensão que, na minha opi­nião, tem garantia de consolidação, desdeque partindo dessa base que foi conferidapelo Sr. Presidente da República no campodo social.

O SR. CÉLIO MARQUES FERNANDES _Muito obrigado, nobre Deputado.

O Sr. Celso Barros - Permite-me V. Ex.a?

O SR. CÉLIO MARQUES FERNANDl':S­Oom muita alegria.

O Sr. Celso Barros - Nobre Deputado,V. Ex.a traz ao debate algo que hoje nãopoderia mais ser objeto de debate, ou seja,a interpretação ou a definição daquilo que,durante alguns meses, dominou as aten­ções desta Casa: a palavra distensão. Lem­bra V. Ex.a que, no último dia do primeirosemestre legislativo, proferira eu um dis­curso neste plenário, da qual recolho umtópico, que julgo adequado ao exame da­quela mesma palavra. Dizia eu: "Disten­são sim. É palavra que teve curso forçado1;10 País como moeda de valor ínsígnífícan­je, embora nunca tenha sido ela compreen­dida pelo povo; porque, em verdade, o povopor ela não se interessa.

O que interessa ao povo, como a todosnós, seus representantes, não é o empregogratuito ou forçado das palavras, a afir­mação ou negação de sua existência, maso que realmente algumas palavras signifi­cam para nós, E uma delas é a traduçãodaquilo que está no pórtico de nossa Cons­tituição, como afirmação solene e grandio­sa de nossas conquistas: "Todo o poderemana do povo e em seu nome é exerci­do." Essa palavra é Democracia.

A expressão tem pará. -nôs um conteú­do que deve ser preservado. E, mais do quepreservado, vivido, porque ela constitui aessência da democracia. Daí não nos inte­ressar pelo destine do vocábulo distensão,ou que seja ele riscado de uma hora paraoutra, conforme as conveniências do mo­mento, do texto do dicionário que substi­tuiu, no altar de nossa devoção política,o decálogo que contém os princípios plas­madores de nossa nacionalidade, queria di­zer, de nosso nacionalismo." Ao assim mepronunciar há poucos dias, longe estava depensar que minhas palavras constituiriama previsão do que haveria de acontecer:ser riscada definitivamente do vocabuláriopolítico a palavra distensão, pois conduzidapara um terreno em qUI; não poderia teraplicação. Submeter a palavra distensão aum crivo meramente econômico é negar 0­próprio sentido da palavra, quer naquiloque ela expressa como realidade vocabular,quer naquilo que ela possa expressar comomera ficção gramatical. Então, Sr. PêPU­tado, terminando, quero deixar bem claroque, se vamos compreender o termo dis­tensão como realização do Governo no se­tor econômico, temos de convír em que elase confunde com a própria ação do Go­verno, deixando de lado á consideração doque deve ser também sua preocupação prin­cipal, ou seja, o setor político, atra­vés do qual nos vamos encaminhando para

,í1-tingir aquela realidade que não pode serdesprezada e que não pode, absolutamen­te ser negada: a posição de todo brasileiroque deseja sua Pátria caminhando no sen­tido do desenvolvimento econômico e tam­bém no sentido da normalização democrá­tica, a fim de que nossa democracia nãoseja apenas uma palavra que .possa ser de­cantada e proclamada, mas que tenha vi­vência na nossa própria realidade.

O SR. C~LIO MARQUES FERNANDES ­Nobre Deputado, meu trabalho, na tardede hoje, não se destina a debater a inter­pretação de distensão. O sentido que o Go­verno dá a essa palavra já foi exaustiva­mente esclarecido pelo próprio Sr, Presí­dente da República. E nós aceitamos a con­ceituação de S. Ex." Nosso trabalho nestatarde fere outros problemas. Falei sobre dis­tensão, apenas porque foi o assunto quemais movimento deu a este Plenário nosúltimos tempos. '

Repito: desejo lembrar que o momentopolítico continua ainda muito delicado.Tudo pode acontecer. Não nos podemos es­quecer que estamos sob um regime revo­lucionário; que a Revolução foi feita paravaler, que seus postulados são irreversíveis.Por ter-se passado um certo período detempo, não deixamos de estar em revolu­ção. O regime é o mesmo, ainda, e procuramelhorar a situação do nosso País. Nãonos devemos esquecer disso em nenhummomento. Essa a razão por que aparteio osilustres' colegas da Oposição que assomama tribuna.

Quando aqui chegamos, prestamos jura­mento a uma oonstítuícão. E a Constitui­ção é ainda a mesma. Õ regime revolucio­nário é que decidirá quando deverá mudar.Não adianta nos agitarmos nem fazer co­mentários muitas vezes até prejudrcíaíspara o Parlamento e para todos nós. Quan­do pensamos em anistia, começamos a pen­sar que o Ato Institucional seria revoga­do. Mas o AI-5 é a arma da Revolucão.Quem não tiver culpa, não se assuste poisnada acontecerá. Este trabalho hoje' no­bre Deputado, se destina a focalizar ou­tros assuntos. V. Ex.", Deputado Celso Bar­ros, tem o aparte novamente.

O Sr. Celso Barros - Não se nega o AI-5seja a arma da Revolução. Eu apenas de­sejaria que ele fosse uma arma do povo,mas para isso seria necessário fosse can­celado. A arma do povo seria a próprianegação do AI-5. -

O S'R. CÉLIO MARQUES FERNANDES _A Revolução foi feita em defesa do povo.Se V. Ex." sair por ai verá que o povo estámuito satisfeito com a - Revolução. Quemdisser o contrário é porque não procurousaber o que o povo pensa.

O Sr. Marcondes Gadelha - Gostariade dizer que a fala do Presidente da Repú­blica não me tirou a tranqüilidade quantoaos rumos do País. Acredito que a demo­cracia . é um estágio" evolutivo da sociedadebrasileira, inevitável e irrecorrível tendoem vista a complexidade, o grau d~ urba­nismo e industrialização, às modificaçõesetárias pela qual a população está passan­d~. Vamos ~hegar a esse estágio, queira ounao V. Ex..

O SE. CÉLIO MARQUES FERNANDES _E nós queremos.

O Sr. Marcondes Gadelha - Que V. Ex.asconcordem com o Presidente da República,que V. Ex. as aplaudam o Sr. Presidente da:ij.epública, mas, pelo amor de Deus, não metentem subverter a Ciência Politica na se­mântica, na filologia. O nobre Líder daAliança Renovadora nos traz um conceitointeiramente original a respeito de disten­são. Tenho profundo respeito pelo nobreDeputado Parsifal Barroso, mas meus po­bre ouvidos e minhas cansadas retinas jánão suportam mais esse meandro e a fle­xibilidade exagerada da interpretação dadouta Liderança da Maioria. Resulta daíque teremos de abdicar de tudo quantoaprendemos em matéria de Ciência Política.Onde se ouviu falar em primado da econo­mia, em primado social, a não ser nos regi­mes excessivamente autoritários, que nãotêm o mínimo respeito pela capacidade do

cidadão de dispor de seu pensamento ma­nifestar sua opinião, e influir sobre se~ des­tino e sobre a administração pública? Re­pudiamos esses conceitos extravagantes e ofazemo~ com energia, embora repetindo queeste País, por força da sua dimensão conti­nental, por força da cordialidade do seu po­vo, por Iorça da_ unidade Iíngüistáea, porforça da integração racial por força da to­lerância religiosa por força de tudo aquiloque o faz uma nação exemplar, haverá dechegar, mais cedo ou maís tarde, a um re­grms democratico. Se não acontecer issoteremos sido o maior blefe histórico de to~d?s os tempos..Quando criança, aprendi adIz~r que e:ste e o País do futuro, que estesera o ambíente do homem do terceiro mi­lênio. Ê o nosso Brasil. E V. Ex.as não nosfarão desacreditar na democracia.

O SR. C:ii:LIO MARQUES FERNANDES _Respondo a V, Ex.'" reiterando que devemoster _todos na lembrança que a redemocratí.,zaçao total de nossa Pátria, grande anseiode todos os brasileiros conscientes das suasresponsabilidades, virá quando o País esti­ver devidamente resguardado daqueles quetentam contra a nossa soberania e a tran­qüilidade da família brasileira. Aguarde V.~x.a que o momento preciso chegará. Já es­tao querendo a volta das greves, já estãoqyerendo de vo.lt~ os agitaçlores, já es­tão querendo anistía para aqueles crímíno­

.sos que foram punidos. Eles retornariam aonosso País para fazer o que? Pensa V. Ex.".que vão produzir para o Brasil? Ao contrá­rio, vão continuar agitando, de novo vaihaver comitês de grevistas nas portas' dasempresas, impedindo o exercício do direitode trabalhar. Não chegou o momento aindaV. Ex.a sabe. .

. O Sr. Odacir Klein - Nobre Deputado Cé-lio Marques Fernandes para nós do MDBdistensão pressupõe te~são.' ,

OBR. CÉLIO MARQUES FERNANDES _.A: interpl"etação. definitiva já o próprio Pre­sídente da Republica deu. Vamos debater oassunto e nada vamos resolver.

O Sr. Odacir Klein - Vou entrar especi­ficamente no último tema do seu discursoSe existe tensão, ela está no campo sócio~econôrníeo, Mas também ela existe no cam­po institucional. No campo institucionalexistem algumas tensões que devem ser cor­rigidas imediatamente; existem tensões orí­gíriárlas de aplicação. de atos de excecãoque devem ser corrigidas, para não seremperpe~radas íniustãças. É o caso especificode mIlhares de funcionários públicos apo­s~nt.ados, demitidos ou expurgados sem odíreíto de defesa, que estão hoje, em algunsc::u'?S,. na miséria, passando privações. Nama191'1a: dos casos foram punidos mediantederiúncías de pessoas mal intencionadas.Nesse sentido, existe uma tensão muito gra­ve e que precisa imediatamente ser corri­gida. Há também - e neste ponto estou de!j,cordo com V. Ex.a - os casos de cassacâode mandatos e de suspensão de direitos po­liticos. V. Ex.a coloca o caso como se os cas­sados, que não responderam a processo re­gular, fossem todos agitadores, criminosos,q.ue houvessem cometido delitos significa­tIVOS, quando sabemos que a maioria delesé constituída de pessoas que não tiveramo direito de se defender e são brasileiroscomo nós e que amam esta Pátria como nósEles deveriam pelo menos ter o direito deverem seus casos revistos, para que fosseresguardada sua dignidade, para que pelomenos seus filhos soubessem que numa de­terminada fase histórica foram vítimas deinjustiças. Entendemos existir uma tensãono quadro institucional que deve ser igual­mente corrigida de imediato , quer no'que diz respeito aos funclonártos injustiça­dos, quer no que diz respeito àqueles que,injustamente e sem processo regular, foram

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;afastados da vida pública, privados de pres­tar seus serviços à Pátria.

O SR. CÉLIO MARQUES FERNAND~S ­Nobre Deputado, em todas as revcluções a;spunições são o fuzilamento. Só no Brasilnão houve fuzilamento, apenas cassações.Preferiria V. Ex.a que houvesse fuzilamento,ao invés de eassacões? A Revolução foimuito branda. Homém estudioso, deve saberV. Ex.a que todas as re....oluções d~ mun~outilizam o pa.redon. como oeorreria se ti­vesse havido a revolucão que o Governadordo Rio Grande do SuÍ estava organizando.

V. Ex.a sabe muito bem que, no Rio Gran­de do Sul; aquele homem que hoje está 10!1­gs da Pátria, pregava ao soldado que naorecebesse ordens do oficial, ao empregadonão recebesse ordens do patrão. Aí, então,o que haveria? Ai, sim, haveria fuzilamento.Mas a nossa foi uma contra-revolução. V.Ex.a vem hoje, aqui, falar em anistia geral.Ora, graças a Deus não houve fuzilamento.

O Sr. Luiz Rocha. - NoPre Deputado Cé­lio Marques Fernandes, pedi permtssão parainterferir 'no pronunciamento que faz V.Ex.- nesta' hora, após ouvir 08 apartes d'?'Soradores que me antecederam, porque verr­fico que há uma preocupação muito grandepor parte dos representantes do Movimen­to Democrático Brasileiro, nesta Casa emcriticar injustamente o pronunciamento doSr. Presidente da República, o General Er­nesto Geisel. V. Ex.a trouxe a esta Casa unipronunciamento sereno, sem provocações,sem dirigir críticas ínjuríosas a quem querque seja, procurando rebater .0_ ponto devista daqueles que fazem OpOS1Çao, ao Go­verno. Como membro da Aliança Renova­dora Nacional, Partido que representa e éo suporte político do Governo da Revoluçãonesta-õasa, V. Ex." traz o ponto de vista doPartido, que, sem dúvida alguma, pode serdiferente do da Oposíção na Câmara dosDeputados e no Senado da República, Mas,representantes do povo brasileiro, nestaCasa, devemos respeitar-nos uns aos outros,sem menosprezar ideologias de quem querque seja, sem ferir, às vezes, com críticasinjuriosas, aqueles que têm a responsabi­lidade de dirigir 08 destinos da Pátria. Mui­to obrigado a V. Ex.a

O SR. CÉLIO MARQUES FERNANDES- Não devemos esquecer 'nunca nobresDeputados, que não fosse a Revolução te­ríamos implantada em nossa Pátria a Re­pública Sindicalista, com funestas oonse­qüêncías para todos.

O exemplo do drama em que se eneon­tram os nossos vizinhos do sul deve servir­nos de alerta!

As forças vivas da Nação brasileira, asclasses empresariais em geral, os que tra­balham e produzem nos campos, nas Ia­vouras, nas colônias, nos laboratórios, nosescritórios e nas fábricas e oficinas, os es­tudantes, os que abrem estradas e planejamo futuro da nossa Pátria, os que se dedi­cam ao trabalho em todos os recantos doBrasil, os polrtíccs e parlamentares bem in­tencionados estão com o General ErnestoGeisel, que, no dia 1.0 de agosto corrente,falou ao povo brasíleíro como Presidente daRepública e Comandante-em-Chefe dasForças Armadas e da Revolução de 1964.

O 'Sr. Presidente Geisel, como estadistae como militar de estado maior foi conciso,claro e preciso, caracterizando os caminhosdo aperfeiçoamento demoerãtíco, abrangen­do as áreas econômica, social e política natrajetória segura e autêntica com que vempresidindo os destinos nacionais.

)!: necessário que façamos mais um alertapara aqueles que estão provocando o es­quema da Revolução.

Os' revolulctonáríos verdadeiros, autênti­cos, de in de março de 1964, jamais admiti­rão serem julgados por aqueles contra osquais fizeram a Revolução que projetou onosso Brasil no cenário universal e que tan­to desejam a volta da nossa Pátria à totalplenitude demócrática ~~m que para ta:ntoexistam estruturas poütíeas e novas líde­ranças que assegurem a continuidade daobra fabulosa já conceguída, de paz, deharmonia da família brasileira, de respeitopela dignidade da criatura ~u~a!1a,.sem apresença de agitadores proríssíonts as por­tas de' bancos e repartições públicas, defábricas e casas comerciais e de continui­dade do trabalho fecundo e cada vez maisdimensionado, que hoje todos nós estamosvivendo!

l1: elogiável a paciência que vem revelan­do o Presidente Geisel. Paciência somenteíntrínseoa e inerente aos estadistas e gran­des chefes militares. Tem tolerado pres­sões, contestações, mistificação e demago­gia daqueles que utilizam os meios de c!.!­munícação de massa para uma "agressãopsicológica" à mente dos brasileiros.

Mas não se iludam aqueles que estão for­çando uma situação de provoeaçâo aosideais revolucionários, o pronunciamento doPresidente Geisel em 1,0 de agosto foi a úl­tima advertência e de agora em diante a"conversa vai ser outra" e "tudo pode acon­tecer'.

o Brasil será o que dele fizermos."Temos de escolher: ou o caos, a ruína,

a escravidão, ou. o duro trabalhb de reeons­trucão de nós próprios; ou a satisfação denossos apetites e de nossos caprichos, ou aobediência às regras de conduta racionalde vida; ou triunfaremos ou nos afundare­mos nos abismos profundos do caos e dadegenerescência" (Alexís Carrel).

Srs. Deputados que representam o povobrasileiro: cerremos fileiras em torno doPresidente Geisel, Comandante-em-Chefeda Revolução, com o pensamento naque­las palavras pronunciadas pelo grandeDeputado que foi Clóvis Stenzel: "Nego-te,em nome de teus princípios, a liberdade queme exiges em nome dos meus":

Durtutte o discurso do Sr. Célio Mar­ques Fernandes, o Sr. Pinheiro Macha­ao. 39-SecretárÜJ, deixa a cadeira dapresidência, que é ocupada pelo Sr.Ubtüdo Barém, Suplente de Secretá.rÜJ.

O SR. PRESIDENTE (Ubaldo Barem) ­Tem a palavra o Deputado Manoel de Al­meida.

O SR. M.<1.NDEL DE ALMEIDA (ARENA- MG. Pronuncia o seguinte díscurso.) ­Sr. Presidente, Srs. Deputados, há momen­tos. na vida de todos nós, em que nos sen­timos realmente tranqüilos e felizes. l1:quando temos a consciência do dever cum­prido. O homem público não foge à regra.

Durante os longos anos de minha vidaparlamentar, tive a preocupação constantedo bem-estar do povo. Nem foi outro oimperativo que me levou a abraçar a poli­tíea,

Entretanto, por maiores que sejam a dis­posição e a boa vontade do pclíttco, nemsempre consegue ele realizar tudo quantoquer. Muitas das obras que pretende per­manecem írrealízadas outras não alcançamo objetivo visado; outras ainda são destor­eídas de suas finalidades iniciais. E nãose fale daquelas que, embora de real uti­lidade pública, pouco impressionam a cons­ciência popular, geralmente sensível apenasàs realizações de impacto e rendimento ime­diato. l!: a dinâmica da vida pública, que,muitas vezes, frustra e desencanta.

Vivi esse desencanto, em muitas ocasiões.

O balanço do que realízel até agora deixa­me - não há dúvida .- contente: não fuium inoperante; não traí os mandatos qUI!me deram. De fato, fica-me a convicção debem haver 'cumprido esses mandatos. Ja-'nuáría, Manga, São Francisco, Pírapora, .São Romão - para falar somente nas 09­munidades a que me sinto mais intimamen..te ligado por força de origem - benefici­am-se de muitas conquistas, ou totalmentede minha iniciativa, ou que, de iniciativaalheia, receberam, no longo de sua reali­zação, meu apoio e minha ação, sempreentusiastas. Num e noutro caso, citaria,de passagem, as Escolas Caía Martins, aEsoola Agrotécníca de Januária, a CentralElétrica de Pandeiros, serviços de água, re­des de alta tensão de energia elétrica paraSão Francisco, Manga, São Româo, Mori­talvânia e distritos de Januáría, verbas pa­ra abertura e conservação de estradas, semfalar no hercúleo esforço pela realízaçãoprioritária de Três Marias.

Entretanto - é verdade - faltava-mealgo para a rea-lização completa de minha.vida pública. Diante do meu povo ribeiri­nho, eu não me sentia inteiramente satis­feito. Via-me ainda seu devedor. A umaboa vida pública, não bastam intenções;são necessários atos. Boas intenções, euas tivera, sempre; ações, realizei-as em so­ma apreciável, todas de alcance para obem-estar geral. Mas, faltava-me o AtoFinal, absoluto, definitivo: o Ato que, porsi, resumisse todos os outros e à soma detodos os outros se igualasse, em sígníríea­ção social; o Ato que satisfizesse plenamen­te meu desejo de bem servir o meu povo. :€Io problema da frustração a que me referi.

Compreenderão os meus amigos barran­queiras a alegria, muito justa, com que memanifesto, nesta oportunidade. Alegria tãogrande que me coloca, neste ensejo, acimade divergências e incompatibilidades e levaesta mensagem a todos os meus irmãos dasensolaradas e pobres ribeiras são-francts­canas, mesmo àqueles que, por qualquermotivo, me negaram, obstinadamente cu

'não, seu apoio e sua colaboração. Porqúe',neste ensejo - quero deixar bem claro -l.não é o Deputado da ARENA - nem mes­mo majoritário, pela ARENA, em sua região- que se manifesta. É o barranqueiro doSão Francisco que deseja se comunicar comtodos os seus irmãos das terras lindeiras dogrande rio, sem outras considerações.

l!: do conhecimento de todos que o Pre­sidente da República sancionou, dia 7 dejulho próximo passado a Lei n.? 6.218, queincluiu os Municipios de .Tanuária, Mangae São Francisco na área de atuação da .••SUDENE. A simples formulação da afirma­tiva não diz a significação do atq. Em de-;­terminadas circunstâncias, as letras e aspalavras são frias e ínexpressívas. Nós, po­rém, filhos da mais necessitada, da maispobre e abandonada região do Estado, sa­bemos o que representa a inclusão desses22.000 km2 do noroeste mineiro na áreade atuação da SUDENE. É uma nova pro­messa de progresso; é o despontar de no­vas esperanças; tão outras perspectivas,perspectivas alentadoras, que se projetamno futuro da região. Uma superfície maiordo que a do Estado de Sergipe, v~tima dasrr esmas condições climáticas adversas doNordeste, estrangulada em seu anseio dedesenvolvimento, limitada em suas possi­bilidades de progresso, condenada à mar­ginalização e - o que é pior - ao eonror­mísmo, terá agora transformada toda aperspectiva do seu futuro. Não será precisoanalisar o que poderá a SUDENE realizarpor esta vasta área com os recursos técni­cos e financeiros de que dispõe; com a ex­periência no tratamento de problemas ídên-

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Agosto de 1975 DTARIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 8 554'1

tãeos aos nossos; com as amplas possíbílt­dades dos incentivos fiscais. Basta que olhe­mos Montes Claros e Plrapora, Municípioshoje em pleno desenvolvimento através dosprojetos agropecuários ali em execução;através dos distritos industriais que lá seinstalaram e se desenvolvem; através dasobras de infra-estrutura que se realizamem termos de estradas e serviços públicos,tudo sob o bafejo, a coordenação, a assis­tência e o estímulo da SUDENE.

. Prefiro, por isto, deter-me na apreciaçãoda luta para a aprovação e a sanção da leique agora festejamos.

Foram dois anos de luta, ora travadacom calor e entusiasmo, com bravura até;ora conduzida sob a estratégia da conve­niência, dentro, aliás, do estilo que nos le­garam as mais velhas e capazes "raposas"da política mineira.

. A 5 de dezembro de 1973, a Secretaria daCâmara dos Deputados encaminhava, peloOfício 00378, ao Senado Federal o projetode Lei n,O 1.207-B, de minha autoria, quedizia:

"Art. 1.° Considera-se área de atuaçãoda SUDENlTI todo o território dos mu­nicípios de Manga, São Francisco e Ja­nuária, já incluídos na ZOna denomi­nada Polígono das Secas.Art. 2.° A presente lei entra em vigorna data de sua publicação, revogadasas disposições em contrário."

A aprovação, na Câmara dos Deputados,se trabalhosa, em face dos interesses emjogo e da diversidade de opiniões, foi obtidasem maiores tropeços. :É a Casa de minhaatuação, onde, não há dúvida, a amizadeconta e onde pesa também a força danumerosa representação mineira.

No Senado, porém, se travaria a batalhamais dura, a batalha decisiva. E já não con­taria eu com o suporte daquela respeitá­vel representação, nem com maior facili­dade de trânsito. Por outro lado, para láconvergiria o peso das resistências, na for­ma de opiniões, pareceres e argumentos, àsvezes bem fundamentados, de origens di­versas e abalizados. Disto eu sabia, porantecipação. Daí a habilidade a que tivede recorrer e que me levou a duas atitudesconscientes: evitar publicidade em tornodo assunto, mesmo quando sentia, à minhavolta, a intranqüilidade, o desânimo e adescrença dos meus ccrrelígíonáríoa; depois,"cozinhar a tramitação em banhc-maría",quando o projeto me parecia mais ameaça­do.

Só no Senado, permaneceu ele mais deum ano. Isto mostra as dificuldades que lheforam antepostas. Atuando na retaguarda,eu mesmo sustive, mais de uma vez, o an­damento do processo, quando isto me pare­ceu aconselhável. 11: público que a própria.SUDENE se opõe a qualquer ampliação desua área de atuação, sob o argumento vá­lido de que isto significa aumento de encar­gos, pulverizaçã-o de recursos e possível re­ducão da eficiência institucional. Obvia­mente, fazem coro com a SUDENE os Es­tados nordestinos, os grandes beneficiáriosda instituição, para os quais a ação da ...SUDENE deve limitar-se ao espaço geopolí­tico conhecido por Nordeste brasileiro c ol­vidar as fronteiras demarcadas pelas con­dições de semi-aridez, quando estejam estasfronteiras além dos limites territoriaisdaquela unidade geográfica. 11: bom lem­brar que o Estado de Sergipe, com 21. 994km2, tem apenas 2/3 do seu território noPolígono das Secas e que o pretendido, como meu projeto, era precisamente a inclusãode uma superfície maior (22.000 kms2) naárea de atuação da SUDENE. Calcule-se. sópor isto, os óbices defrontados, os cuidados

no encaminhamento do assunto; as resis­tências a serem vencidas. Mas, como se nãobastasse, dificuldades surgiram paralela­mente dentro de órgãos da própria adminis­tração federal, que, sob inspiração de ar­gumentos de natureza diferente, mas igual­mente ponderáveis, filiaram-se ao grupooposítor,

Mercê de Deus, o bom senso e a justiçaprevaleceram. Minas beneficiou-se da am­pliação dos compromissos da SUDENE paracom o Estado; a região do São Francisco viuressugír as esperanças de progresso e de­senvolvimento. :É o que importa.

De justiça é que ressalte, nesta oportuni­dade a colaboracão de todos os que, de ummodó ou de outro, direta ou indiretamente,contribuíram para a vitória de nossa causa.Particularmente a daqueles que se mostra­ram mais sensíveís à nossa reívmdícação e,por isto, formaram conosco na linha defrente da dura empresa. Citaria, entre eles:Deputado Altair Chagas, da bancada mi­neira' a representação cearense, na pessoado D~putado Furtado Leite; o Senador RuySantos, que conduziu, com alta eficiência, atramitacào da matéria no Senado, e o Se­nador Saldanha Derzi, de Mato Grosso.

Devo colocar em especial relevo a cla:!-­vidência do Presidente Geis~l, .q~e, naoabdicando da compostura e dlScrlçao con­dizentes com a dignidade do seu cargo, esempre sensível às reivin~l.icaçõe~.d.e autên­tica justiça e signific:;çao patrlOtlca, ma­nifestou-se com visrvel interesse, pelaaprovação 'do projeto, destarte encorajan­do-me para o prosseguimento da luta.

Estou fazendo uma prestação de contasaos meus companheiros são-franciscanos.Não me negarão, por certo, o direito defazê-la de cabeça erguida, embalado pelojúbilo imenso que me vai n'alma, Tantosanos de confiança depositada em minhapessoa resgato-os agora - sem arrogân­cia mas também sem falsos pudores ­co~ absoluta tranqüilidade, na forma deuma conquista em que me empenhei comtoda a determinação do meu ideal de ho­mem público, com todo o amor - de queninguém poderá duvidar sem me fazer cla­morosa injustiça - pela região que me Vil'nascer; conquista de cuja significação nemmesmo os menos otimistas ou menos escla­recidos ousarão duvidar.

Sr. Presidente, Srs. Deputados este pro­nunciamento, porém, não teria sentido, seterminasse assim: uma simples prestaçãode contas. Falei em mensagem dirigida atodos. E é a ela que desejo me ater.

Barranqueíros do São Francisco, con­fraternizemo-nos, pela vitória. O momentoé oportuno; a alegria procede; é justa. Masnão nos detenhamos aí. Ganhamos umabatalha; a guerra ainda não. Longo se'o caminho a percorrer, até que vejamos, emautêntico processo de renovação, a tristerealidade de subdesenvolvimento e atrasode nossa região. Muitas lutas há aind;frente, até que o futuro radioso, agoraaberto ao vale mineiro do São Francisco, setransforme naquele presente, com que to­dos sonhamos, de progresso, abundância.riqueza, prosperidade e melhores condiçõesde vida para todos. De minha parte, commuita tranqüilidade, asseguro-lhes, de jáa permanência, na íínha de frente, de mi­nha determinação e do carinho, que a moti­va por essas benditas plagas, Agrada-meafirmar-lhes que, vencida a batalha pelaconquista da SUDENE, já me engajei, deiniciativa própria, noutra empreitada, ím­portantíssíma também para o futuro da re­gião: a ligação asfáltica Montes Claros­Januária. Aliás, é oportuno dizer que a sim-

ples notícia da aprovação do projeto em te­la chegada ao conhecimento do GEIPOT ­órgão encarregado de traçar a politica deviação nacional - já foi o bastante pardesarquívar expediente que encaminharaao Presidente da República, com vistas àelaboração de um plano especial destinadoà pavimentação asfáltica da BR-135, no tre­cho Mon.tes 'Claros-Januária, e prossegui­mento da estrada, através de implantaçãoaté Barreiras, na Bahia.

Continuemos, pois, a luta. Avante rumoao futuro! '

tnutmte o discurso do Sr. Manoel deAvmeiâa, ? ~r. U,?aldo Barém, Suplented~ S~cretarxo,.dezxa a cadeira da presi-:den~w, qu~ e ocupada pelo Sr. CélioBorja, Presiâenie da Câmara dos Depu­tados.

. O SR. PRESIDENTE (Célio Borja) _ Está.f1l1do o tempo destinado ao Expediente.

Vai-se passar à Ordem do Dia.Comparecem mais os Srs.:

AcreNabor Júnior - MDB.

Amazonas

Rafael Faraco - ARENA' Raimundo P.a-rente - ARENA. '

Pará

Gabriel Hermes - ARENA; Jader Barba­Iho -:- ~DB; João Menezes - MDB' Ju-venClo DIas - ARENA. '

Maranhão

Eurico Ribeiro, - ARENA; João Castelo- ARENA; Temlstocles Teixeira - ARENA.

PiauíCorreia Lima - ARENA; Dyrno Pires _

ARENA; João Clímaco - ARENA; MuriloRezende - ARENA; Paulo Ferraz - ARE­NA.

Ceará

Antonio Morais - MDB; Claudino SalesARENA; Ernesto V.alente - ARENA'

Flávio Marcílio - ARENA; Furtado Leit~- ARENA; Januário Feitosa _ ARENA'Ma;noel Rodrigues - ARENA; Mauro Sam~paio - ARENA; Ossian Araripe _ ARENA;Paes de Andrade - MDB; Paulo Studart-ARENA.

Rio Grande do NortePedro Lucena - MDB; Wanderley Mariz

- ARENA.

ParaíbaAntônio Mariz - ARENA; Marcondes Ga­

delha - MDB; Mauricio Leite - ARENA'Petrônío Figueiredo - MDB; Teotônio Ne~- ARENA.

PernambucoFernando Coelho - MDB; Fernando Lyra

- MDB; Gonzaga Vasconcelos - ARENA;Joaquim Coutinho - ARENA; JoaquimGuerra - ARENA; Josias Leite - ARENA­Lins e Silva - ARENA; Monsenhor Ferreir~Lima - ARENA; Ricardo Fiuza - ARENA;Thales Ramalho - MDB.

Alagoas

Geraldo Bulhões - ARENA; TheobaldoBarbosa - ARENA; Vinicius Cansanção .......MDB.

BahiaAntonio José - MDB; Henrique Brito ­

ARENA; Horácio Matos - ARENA; JutahyMagalhães - ARENA; Lomanto Júnior _ARENA; Ney Ferreira - MDB; Noide oer­queira - MDB; Rogérío Rêgo - ARENA;

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5548 Sexta-feira 8 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Agosto de 1975

Rômulo Galvão - ARENA; Ruy Bacelar­ARENA; Theódulo Albuquerque - ARENA;Viana Neto - ARENA: Wilson Falcão -ARENA. .

Espírito Santo

Aloisio Santos - MDB; Mário Moreira ­MDB; Moacyr Dalla - ARENA; OswaldoZanello - ARENA.

Rio de JaneiroAlberto Lavínas - MDB; Ario Theodoro

- MDB; Brigido Tinoco - MDB; DanielSilva - MDB; Darcílio Ayrea - ARENA;'Eduardo Galil - ARENA; Emanuel Wais­smann-MDB; Francisco Studart - MDB;Hélio de Almeida - MDB; Hydekel Freitas- ARENA; Jorge Moura - MDB; José Bo­nifácio Neto - MDB; José Haddad - ARE­NA; José Maurício - MDB; José Sally ­ARENA; Luiz Braz - ARENA; Lygia LessaBastos - ARENA; Lysâneas Maciel - MDB;Marcelo Medeiros - MDB; Osmar Leitão ­ARENA; Oswaldo Lima - MDB; Pedro Fa­ria - MDB; Rubem Dourado - MDB; Wal­ter Silva - MDB.

Minas Gerais

Altair Chagas - ARENA; Batista Míran­da - ARENA; Carlos Cotta - MDB; Fran­celino Pereira - ARENA; Genival Touri­nho - MDB; Geraldo Freire - ARENA;Jairo Magalhães - ARENA; Jorge Ferraz- MDB; Jorge Vargas - ARENA; José Ma­chado - ARENA; Juarez Batista - MDB;Marcos Tito - MDB; Melo Freire - ARE­NA; Murilo Badaró - ARENA; NavarroVieira - ARENA; Nogueira da Gama ­MDB; Renato Azeredo - MDB; Silvio AbreuJúnior - MDB; Sinval Boaventura - ARE­NA.

São PauloAdalberto Camargo - MDB; Aírton Sano.

doval- MDB, Airton Soares - MDB; Ama­ral Furlan - ARENA; Athiê Coury - MDB'Aurélio Campos - MDB; Cantídio Sam:·paio - ARENA; Cardoso de Almeida _.ARENA; Dias Menezes - MDB; Edgar Mar­tins - MDB; Faria Lima - ARENA; Fer­raz Egreja - ARENA; Guaçu Piteri __MDB; Ivahir Garcia - ARENA; João Ar­ruda - MDB; João Pedro - ARENA; JoséCamargo - MDB; Lincoln Grillo - MDB;Marcelo Gato - MDB; Octacílío Almeida- MDB; Odemir Furlan - MDB; PachecoChaves.- MDB; Ruy Côdo - MDB; Salva­dor JulJanelli - ARENA;. Santilli Sobrinho- MDB; Sylvio Venturolli - ARENA; Ulys­sese Guimarães - MDB.

GoiásElcival Caiado - ARENA; Fernando Cunha- MDB; Genervino Fonseca - MDB; Iturí­vaI Nascimento - MDB; Jarmund Nasser- ARENA; José de Assis - ARENA.

Mato Grosso

Vicente Vuo10 - ARENA.

Paraná

Agostinho Rodrigues - ARENA; AlipioCarvalho - ARENA; Alvaro Dias - MDB;Braga Ramos - ARENA; Cleverson Teixei­ra - ARENA; Expedidto Zanotti - MDB;Fernando Gama - MDB; Flávio Giovini ­ARENA; Gamaliel Galvão - MDB: Her­mes Macêdo - ARENA; ítalo Conti ~ ARE­NA; João Vargas - ARENA; Minoro Miya­moto - ARENA; Osvaldo Buskei - MDB;Paulo Marques - MDB; Pedro LauroMDB; Walber Guimarães - MDB.

Santa Catarina

Adhemar Ghisi - ARENA; Angelina Rosa- ARENA; Aroldo de Carvalho - ARENA;Ernesto de Marco - MDB; Francisco Li­bardoni - MDB; Nereu Guidi - ARENA'Pedro Colin - ARENA. '

Rio Grande do Sul

Alexandre Machado - ARENA; AmauryMüller - MDB; Arlindo Kunzler - ARE­NA; Augusto Trein - ARENA; Cid Furtado- ARENA; Eloy Lenzi - MDB; GetúlioDias - MDB; Harry Sauer - MDB; JairoBrum - MDB; José Mandellí - MDB; Lau­ro Leitão - ARENA; Lidovino Fanton ­MDB; Nadyr Rossetti - MDB; NorbertoSchmidt - ARENA; Nunes Leal- ARENA.

VI - ORDEM DO DIAO SR. PRESIDENTE (Célio Borja) - A

lista de presença acusa o comparecimentode 273 Srs. Deputados.

Os Senhores Deputados que tenham pro­sícões a apresentar poderão fazê-lo.

O SR. ANTÔNIO CARLOS - Propos­ta de Emenda Constitucional que acres­centa parágrafos ao art. 152 da Consti­tuição Federal, que dispõe sobre aorganização, funcionamento e extinçãodos Partidos Políticos.

O SR. PEIXOTO FILHO - Projeto delei que dá nova redação ao art. 2.° daLei n.v 5.559, de 11 de dezembro de1968, que "estende o direito a salário­família instituído pela Lei n.> 4 266,de 3 de outubro de 1963".

O SR. HUMBERTO SOUTO - Pro­jeto de lei que imprime nova redaçãoao art. 4.° da Lei n.v 5.757, de 1971,dispondo sobre a obrigatoriedade daapresentação do certificado de regula­ridade de situação e certificado de qui­tação expedidos pelo FUNRURAL, queserão exigíveis a partir de 1.0 de ja­neiro de 1976.

O SR. OLIVIR GABARDO - Projetode lei que dispõe sobre o exercício daprofissão de artista e técnico em espe­táculos de diversões.

O SR. PAULO MARQUES - Projetode lei que exclui o Município de Me­dianeira, do Estado do Paraná, da cate­goria de município de interesse dasegurança nacional.

O SR. SIQUEIRA CAMPOS - Projetode lei que altera dispositivos do De­creto-lei n.O 6.259, de 10 de fevereirode 1944, para o fim de dispor sobre acirculacão e venda de loterias esta­duais..

O SR. FRANCISCO ROCHA - Pro­jeto de lei que dispõe sobre a admíssãode portadores de deficiências físicasem cargos públicos compatíveis.

O SR. FRANCISCO LIBARDONI ­Projeto de lei que torna obrigatória aaplicação mínima de 50% da renda lí­quida da Loteria Esportiva nas regiõesdas quais proceder, acrescentado pa­rágrafo ao art. 3.° do Decreto-lei n.O594, de 27-5-69.

O SR. JOSÉ CARLOS TEIXEIRA ­Projeto de lei que dispõe sobre a exí­gênc~a de saldo médio nas operaçõesbancarias.

O SR. FLORIM COUTINHO - Pro­jeto de lei que dispõe sobre a interio­rízacão de médicos e odontólogos re­cém-formados, COIU estágio remune­rado.

O SR. LÉO SIMõES - Projeto de leique altera a redação do art. 6.° doDecreto-lei n.O 2.162, de 1.0 de maio de1940, que instituiu o salário mínimo.

O SR. NELSON MACULAN - Projetode lei que dispõe sobre a liquidação dasobrigações financeiras da agricultura epecuária, altera a lei que criou o .PROAGRO e cria o Fundo de Amparoe Defesa da Economia Agropecuária(FADEAGRIl.

O SR. FRANCISCO AMARAL - Pro­jeto de lei que altera dispositivos daLei n. ° 5.971, de 11 de dezembro de 1973.

O SR. JORGE ARBAGE - Requeri­mento de consignação nos Anais daCasa de voto de pesar pelo falecimentodo Cônego José Bonifácio de Carvalhodos Santos Tocantins.

O 8R. CJ<:LIO MARQUES FERNAN­DES - Requerimento de consignaçãonos Anais da Casa de voto de congra­tulações com o Município de Oandelá­ria, Rio Grande do Sul, pela passagemda data de sua emancipação política.- Requerimento de consignação nosAnais da Casa de voto de congratula­ções com o Município de Tapej ara, RioGrande do Sul, pela passagem da datade sua emancipação política.

O SR. PRESIDENTE (Célio Borja) ­Vai-se passar à votação da matéria queesta sobre a Mesa e a constante da Ordemdo Dia,

O SR. PRESIDENTE <Célio Borja) ­Há sobre a mesa e vou submeter a votos aseguinte

Redação Final

EMENDA AO PROJETO DE LEIN.o 2. 056-C/1974

Acreseenta parágrafo único ao arti­go 16 da Lei n,? 1.060, de 5 de fevereirode 1950, que estabelece norrnas paraa concessão de assistência jUlliciáI'iaaos necessitados.

O Congresso Nacional decreta:

Art. 1.0 O art. 16 da Lei n.O 1.060, de 5de fevereiro de 1950, passa a vigorar acres­cido do seguinte parágrafo único:

"Art. 16.

Parágrafo único. O instrumento demandato não será exigido, quando aparte for representada em juízo poradvogado integrante de entidade de di­reito público incumbida, na forma dalei, de prestação de assistência judiciá­ria gratuita, ressalvados:

a) os atos previstos no art. 38 do Có­digo de Processo Civil;

b) o requerimento de abertura de in­quérito por crime de ação privada, aproposição de ação penal privada ou ooferecimento de representação por cri­me de ação pública condicionada,"

Art. 2.° Esta lei entrará em vigor nadata de sua publicação, revogadas as dis­posições em contrário.

Comissão de Redação, 7 de agosto de1975, - Diogo Nomura, Presidente - Fur­tado Leite, Relator - Theobaldo Barbosa.

O SR. PRESIDENTE (Célio Borja) ­Os 81's. que a aprovam queiram ficar comoestão.

Aprovada.

O SR. PRESIDENTE <Célio Borja) _Há sobre a mesa e vou submeter a votoso seguinte

REQUERIMENTO

Senhor Presidente,

Nos termos regimentais requeremosurgência para o Projeto de Lei n,v 819/75.

Sala das Sessões, 8 de agosto de 1975. _Parsifal Barroso - Marcondes Gadelha.

O SR. PRESIDENTE (Cé11o Borja) ­OS 81'S. que o aprovam queiram ficar comoestão. (Pausa.)

Aprovado.

Page 37: Odemir Furlan Sobre o Consumidor

Agosto de 1975 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) J3exta-feira 8 5549

o SR. PRESIDENTE (CéliD Borja) ­Há sobre a mesa e vou submeter a votos oseguinte

REQUERIMENTOExmo. Sr. Presidente da Câmara dos

Deputados,A Comissão Especial incumbida de apre­

ciar o Projeto do Código Civil (Projeto deLei n.O 634, de 1975, do Poder Executdvo) ,valendo-se do disposto no art. 236 do Re­gímento Interno da Câmara dos Deputados,vem requerer a Vossa Excelência se dignede submeter à consideração do Plenário aprorrogação do prazo em mais 30 (trinta)dias para apresentação de emendas ao re­ferido Projeto.

Nestes Termos,Pede Deferimento.Brasília, em 6 de agosto de 1975. - Tan­

credo Neves, Presidente.O SR. PRESIDENTE (Célio Borja) ­

Os Srs. que o aprovam queiram ficar comoestão. (Pausa.) .

Aprovado.O SR. PRESIDENTE (Célio Borja) ­

Há sobre a mesa e vou submeter a votos oseguinte,

REQUERIMENTOExcelentíssimo Senhor Presidente da Câ­

mara dos Deputados,A Comissão Especial incumbida de estu­

dar e examinar o Projeto do Código deProcesso Penal (Projeto de Lei n,v 633, de19'75, do Poder. Executivo), valendo-se dodisposto no art. 236 do Regimento Interno,vem requerer a Vossa Excelência se dignede submeter à consideração do Plenário aprorrogação por mais 30 dias, do prazo paraapresentação de emendas, previsto no art.21!l daquele diploma legal, a contar de 16 domês em curso, tendo em vista a exigüidadedo prazo que não permite aos interessadosna matéria formularem suas sugestões nosentido do aprimoramento do referido Pro­[eto,' que consubstanciará o futuro estatutoprocessual penal brasileiro. Como sabeVossa Excelência, trata-se de matéria dealta relevância que demanda indagações deordem técníco-jurídíca, que diz respeito aostatus-Iíbertatís de todos os cidadãos e àrealização da Justiça.

Nestes Termos,P. Deferimento.Brasília, 6 de agosto de 1975. - Sergio

Murillo, Presidente.O SR. PRESIDENTE (Célio Borja.) -

Votação, em discussão única, do Pro­jeto de Lei n.v 1.182-B, de 1973, queIncluí representante da Asoscíação Bra­sileira de Revendedores Autorizados deVeículos - ABRAVE, no Conselho Na­cional de Trânsito; tendo pareceres: daComissão de Constituição e Justiça, pe­la constitucionalidade e jurldicidade: e,da Comissão de Transportes, pela apro­vação. Pareceres à Emenda de Plená­rio: da Comissão de Constituição eJustiça, pela constitucionalidade e re­[eicão, por falta de técnica legislativa;e, da Comissão de Transportes, pelarejeição. (Do Sr. Adalberto Oamargo.)Relatores: Srs. José Bonifácio Neto, LéoSimões e Murílo Rezende.

O SR. PRESIDENTE (Célio Borja) ­Tem a palavra o Sr. Célio Marques Fernan­des, para encaminhar a votação.

O SR. CÉLIO MARQUES FERNANDES(ARENA - RS. Sem revisão do orador.) Sr.Presidente, nobres Deputados, já em suafase final, volta a este Plenário o Projetode Lei n,v 1. 182-B, de 1973, de autoria doSr. Deputado Adalberto Camargo.

Como é do conhecimento da Casa, foi or­ganizada uma Comissão Especial, cujo man-

dato se extinguiu na legislatura passada,com a finalidade de estudar tudo aquilo quedissesse respeito a trânsito e tráfego. Fizparte daquela Comissão, e díscutímos lon­gamente o projeto. Quando foi debatido emplenário, tive ocasião de, desta tribuna,alertar sobre os pontos fracos, também as­sim considerados pela Comissão. Daí a razãode a Mesa ter sugerido sua rejeição.

Ilustre Deputado, posteriormente, apre­sentou emenda em plenário, procurando darao art. 1.0 do projeto a seguinte redação:

"Art. 1.° O art. 4.° do Código Nacionaldo Trânsito - Lei n.? 5 108, de 21 desetembro de 1966 - com a redação da­da pelo Decreto-lei n,> 237, de 23 de fe­vereiro de 1967, é acrescido da seguintealínea: n) um representante da Asso­ciação Nacional de Fabricantes de Veí­culos Automotores - ANFAVEA."

Sr. Presidente. com essa solução da emen­da de plenário, creio que estaremos resol­vendo em definitivo o problema. Não hámais razão para discussões. porquanto aemenda pretende aquilo que todos desejáva­mos e que as Comissões Técnicas aprova­ram: a inclusão da Assocíneão Brasileira deRevendedores Autorizados' de Veículos noConselho Nacional de Trânsito.

Tenho a impressão de que assim ficarãorepresentados todos aqueles que, direta ouindiretamente, têm qualquer ligação comveiculos. Se os vendedores e revendedoresautorizados de veículos fizerem parte, co­mo propõe a emenda, do Conselho Nacionalde Trânsito, estará solucionada a questão,embora eu continue a achar que o proble­ma de trânsito e tráfego é mais de educaçãoque de qualquer outra coisa. As estatísticasestão aí para provar De nada adianta que­rermos proibir a fabricacão de aparelhos dequalquer tipo, fechar fábricas, se não nosconcentrarmos em educar o motorista ouaquele que tem responsabilidade com o veí­culo. O problema continua sendo educa­cional.

Ontem à noite, lia uma estatística em quese dizia que as direções pequenas atualmen­te usadas nos veículos têm causado percen­tual muito grande de acidentes. pergunto:Quem usa esse tipo de direção? São os maisjovens. Daí o maior número de acidentesser causado pelos mais moços, que pouco sepreocupam em dírtgir cuidadosamente seuscarros.

Sr. Presidente. somos favoráveis à emen­da de plenário, pois achamos que assim es­tará resolvido o problema.

O SR. PRESIDENTE (Célio Borja) - Tema palavra o Sr. Parsifal Barroso, para enca­minhar a votação.

O SR. PARSIFAL BARROSO (ARENA ­CE. Sem revisão do orador) Sr. Presidente,Srs. Deputados, no momento em que estaCasa vai votar o Projeto n.? 1.182-B/73, ca­be-nos, tão-somente, em nome da Lideran­ça da ARENA, justificar as razões que noslevam a concordar com a sua aprovação etambém com a aprovação da emenda deplenário.

A respeito dessa emenda, devo esclarecerdois pontos da maior importância. O pri­meiro é que não se trata apenas de umasubstituição da Associação Brasileira de Re­vendedores Autorizados de VeículosABRAVE - pela Associação Nacional de Fa­bricantes de Veículos Automotores, com odesejo de se modificar o grau de competên­cia de uma ou de outra. Na realidade, se­gundo exame por mim procedido no Conse­lho Nacional de Trânsito, muitas vezes,quando houve - e ainda há - necessidadede se solicitar a assessoria técnica de umadessas associações, prevalece sempre a deli­beração do CONTRAN no sentido de pleitear

a assessoria especial - que já lhe vem sen­do prestada - da Associação cujo nomeconsta da emenda de Plenário: AssociaçãoNacional de Fabricantes de Veículos Auto­motores.

Se, na prática, o Conselho Nacional deTrânsito já vem observando que a necessi­dade de suprimento dessa assessoria épreenchida através da Assocíacão Nacionalde Fabrican~es de Veiculos Áutomotores,não há por que deixar de aprovar a emendade plenário, apresentada pelo nobre Depu­tado João Castelo, com o apoio da Maio­ria.

Prestados estes esclarecimentos, Sr. Presi­dente. reafirmo ao Plenário que a ARENAvotará favoravelmente ao projeto e à emen­da de plenário.

O SR. PRESIDENTE <Célio Borja) - Tema palavra o Sr. Peixoto Filho para encami­nhar a votação.

O SR. PEIXOTO FILHO (MDR - RJ. Semrevisão do orador.) Sr. Presidente, o pre­sente projeto de lei, de autoria do nobreDeputado Adalberto Camargo, encontrouressonância em todas as Comissões Técni­cas, e a emenda a ele apresentada não des­virtua o seu objeto. Existindo a AssoeíaeãoBrasileira de Revendedores de Veiculos Áu­tomotores - ABRAVE, entidade de âmbitonacional diretamente ligada ao comérciode veículos, não há como negar a inteiraprocedência do projeto. Por estar ligado aocomércio de veículos, a sua inclusão comrepresentação, no Conselho Nacion~l deTrânsito é medida imperativa para que re­flita a própria funcionalidade Daí votar­mos favoravelmente ao projeto e à emendaoferecida em plenário, assim redigida:

"Ar~ 1.0 O art. 4.° do Código Nacionalde Trânsito - Lei n.o 5 108, de 21 desetembro de 1966, com a redacão dadapelo Decreto-Lei n.v 237, de 23 de feve­reiro de 1967, é acrescido da seguintealínea:n) um representante da Assocíacão Na­cional de Fabricantes de Veículos Au­tomotores - ANFAVEA."

Essa emenda, como o projeto, receberamparecer favorável das Comissões de Cons­tituição e Justiça e de Transportes. Assimjustificamos nossa presença nesta tribuna'para endossar palavras aquí proferidas peláLIderança da ARENA, quanto à inteira pro­cedência do projeto e da emenda a ele ofe­recida.

O SR. PRESIDENTE (Célio Borja) - EmPlenário foi oferecida e vou submeter a vo­tos a seguinte

EMENDA

Dê-se ao art. 1.0 do projeto a seguinte re-dação:

"Art 1.0 O art. 4.° do Código Nacionaldo Trânsito - Lei n.o 5.108. de 21 desetembro de 1!l66. com a redacào dadapelo Decreto-lei n.v 237, de 23 de feve­reiro de 1967, é acrescido da seguintealínea:n) um representante da Assoctacão Na­cional de Fabricantes de Veículos Au­tomotores - ANFAVEA."

O SR. PRESIDENTE (Célio Borja) - OsSenhores que a aprovam queiram ficar co­mo estão.

Aprovada.O SR. PRESIDENTE <Célio Borja) - Vou

submeter a votos o seguinte:

PROJETON.o 1.182-B, de 1973

O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 O art. 4.° do Código Nacional do

Trânsito - Lei n.? 5.1D8, de 21 de setembro

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5550 Sexta-feira ~ DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Agosto de 1975

de 1966, com a redação dada pelo Decreto­lei n.o 237, de 23 de .fevereiro de 1967, éacrescido da seguinte alínea:

"n) um representante da AssociaçãoBrasileira de Revendedores Autorizadosde Veículos - ABRAVE."

Art. 2.° Esta Lei entrará em vigor nadata de sua publicação, revogadas as dis­posições em contrárío.

O SR. PRESIDENTE (Célio Bol'ja) - OsSenhores que o aprovam queiram ficar co­mo estão. (Pausa.)

Aprovado.Vai à Redação Final.O SR. PRESIDENTE (Célio Borja) -

Segunda discussão do Projeto de Lein.o 669, de 1963, que torna obrigatória adeclaração do preço total nas vendas aprestação, e dá outras providências.

O SR. PRESIDENTE (Célio Borja) ­Tem a palavra ° Sr. Celso Barros, para dis­cutir o projeto.

O SR. CELSO BARROS (MDB - PIo Semrevisão do orador.) Sr. Presidente, srs,Deputados, há algum tempo, após assumir­mos o nosso mandato nesta Câmara, pen­sávamos num meio legal que se constituísseem defesa do comprador.

Sabemos que o mecanismo legal existentese inclina em favor do vendedor, aqueleque detém, em maior escala, o poder eco­nômico e, através dele, exerce influência in­discutível.

No Direito Positivo Brasileiro, podemos in­dicar três meios, já tradicionais, de proteção.ao comprador: rescisão do contrato porerro, rescisão do contrato ou abatimentodo preço por vício redibitório e rescisão docontrato por inadimplemento. São três ins­trumentos que a Lei Civil, a par da Lei Co­mercial, coloca à disposição do comprador,sem que, no entanto, esses instrumentos le­gais atendam às reais necessidades do com­prador, por isso que também eles são postosem proteção do próprio vendedor, em al­guns casos, como, por exemplo, na rescisãodo contrato por erro ou por vício redibitório.

A falta de dispositivos legais tendentes adar garantia mais ampla ao comprador, so­bretudo ao de nossos dias, aquele que com­pra à prestação, o projeto em exame é demaior conveniência, porquanto institui nor­mas que vêm estabelecer critérios em favordaqueles que compram à prestação. Deter­mina o art. 1.0:

"Nas vendas à prestação de artigo dequalquer natureza e da respectiva pu­blicidade, escrita e falada, será obriga­tória a declaração do preço de venda àvista da mercadoria."

ll: de grande importância essa exigência,justamente para que o vendedor não sejalevado a explorar o comprador através davenda a prazo, a que se submete o compra­dor pobre, que necessita de móveis e debens para a sua existência, e de sua família.

A medida, portanto, é louvável, pois vemcolocar nas mãos do comprador, sobretudodo comprador descapitalizado, instrumentoeficaz para que ele possa garantir a compra,ao mesmo tempo lhe possibilítando a pró­pria execução do contrato.

O parágrafo único estabelece a seguintenorma:

"É obrigatória a emissão de fatura nasvendas de mercadoria a prestação, daqual, além dos demais requisitos legais,deverão constar, separadamente, o va­101' da mercadoria e o custo do finan­ciamento ... "

A medida tem explicação justamente naimportância que esses dados oferecem paraavaliação da mercadoria na fase do custoe da venda.

O art. 2.° refere-se a que o acréscimo nasvendas, à prestação, em relação ao preçoà vista da mercadoria não poderá ser su­perior ao estritamente necessário para aempresa atender às despesas de operação.Esse dispositivc não define bem, com pre­cisão, mas, de certa forma, estabelece umcrltérío objetivo, para que não haja dlfe­renças muito grandes entre o preço de com­pra da mercadoria pelo vendedor e o preçode compra pelo comprador, através da in­termediação.

O art. 3.° não pode ser admitido por ha­ver dispositivo legal proibitivo de que setome o salário mínimo como parâmetro, co­mo base para o estabelecimento de outrosvalores. Daí por que, segundo informação daLiderança da ARENA, já foi apresentadosubstitutivo para que se compatibilize otexto com a exigência legal então dominan­te.

Sr. Presidente, é lamentável que este pro­jeto, de tão salutares efeitos e alcance so­cial indiscutível, tivesse tramitação tão va­garosa, pois ele data de 1963. De há muitodeveria ter sido convertido em lei, justa­mente para que ° comprador tivesse às suasmãos, à sua disposição, um instrumento le­gal eficaz para defesa dos seus interesses,para defender sua economia e para suaprópria garantia domiciliar.

O SR. PRESIDENTE (Célio Borja) - Tema palavra o Sr. José Alves para discutir oprojeto.

O SR. JOSÉ ALVES (ARENA - AL. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, 81'S.Deputados, longe de lamentar que este pro­jeto apresentado em 1963 ainda não tenhasido aprovado, prefiro assumir nesta tri­buna posição mais otimista do que a reve­lada pelo nobre Deputado Celso Barros edizer, nesta hora, da alegria de todos queestão neste plenário para apreciar o Pro­jeto n.o 669-B, de 1964, que torna obrigatóriaa declaração de preço total nas vendas àprestação.

É evangélica, Sr. Presidente, afirmação deque tudo tem seu tempo devido. Esta é aoportunidade para aprovarmos projeto delei do maior interesse para a coletividade,como, aliás. ressaltou o orador que me an­tecedeu. Ele atende à necessidade dos con­sumidores, que diariamente se encontram naposição de mais fracos, diante do comérciode vendas à prestação; defende o cidadãocomum, a dona-de-casa, o consumidor, en­frrn, é do maior interesse para a coletivi­dade.

Os abusos que se verlrícam nas vendas àprestação são numerosos e freqüentes, emalguns casos caracterizam verdadeiro enri­quecimento ilícito, pois a margem de lucronão se justifica sob qualquer aspecto. Bastaque se faça uma pesquisa nos jornais, prin­cipalmente nos que circulam aos domingos,e se estabeleça uma comparação entre ospreços das ofertas de três ou quatros dessesmagazines, para se verificar sua desigual­dade. As diferenças são de tal monta que,às vezes, duvidamos que sejam reais; atin­gem, num rr esmo produto, mais de 30 a40%. Essa desproporção é causada pela po­lítica interna de uma ou outra empresa,sem que haja qualquer vinculação entre opreço final da mercadoria oferecida e seuscustos, incluídos a publicidade feita, asdespesas efetuadas e o lucro computado.Não há qualquer vinculação - repito ­entre esses itens e o preço final. Muitasvezes não sabemos qual seja o preço do pro­duto, pois ele é oferecído com aparentesvantagens, por exemplo, com a vantagemimaginária de custar 20 cruzeiros mensais.

Mas não se sabe, nunca, quando será o termodesse pagamento, quantas serão as presta_Oções, qual vai ser, enfim, o custo final da,mercadoria, oferecida diariamente ao con­sumidor desavisado, por meio de um me­canismo que, todos sabemos, psícologíea.. 'mente o atrai para aquilo que lhe parecefavorável. Entretanto, presa fácil, ele vaí.apenas endividar-se e fazer uma compra>.que lhe é totalmente prejudicial.

O Sr. Célio Marques Fernandes - NobreDeputado é uma pena não conste da Or­dem do Dia o nome do autor deste projeto,para que pudéssemos festejá-lo, felicitá-lo,cumprimentá-lo. Como disse V. Ex.", há ne­cessidade de cercearmos a liberdade da­queles que enriquecem da noite para o dia.Estou acompanhando atentamente o traba­lho de V. Ex." e vejo que está argumentan­do muito bem. O projeto não será aprovadohoje, por que foi emendado, mas esperamosque, ao voltar a esta Casa, venha a seraprovado, porque é de grande interesse parao povo.

O SR, JOSt!: ALVES - Agradeço-lhe aparticipação neste debate. Com referênciaà emenda mencionada por V. Ex.a, seriatambém o caso de elogiarmos a atitude donobre Líder Parsifal Barroso, que emendouo projeto no art. 3.°, exatamente naquelaparte que estabelecia que a multa a seraplicada às empresas e casas comerciaisque infrigirem essa lei seria vinculada aosalário mínimo. Então ,a emenda do Depu­tado Parsífal Barroso foi no sentido de re­tirar essa vinculação. Mas as multas serãodisciplinadas de outra forma, de acordo coma emenda oferecida pelo mesmo Deputado.

Este projeto vem ainda preencher umalacuna, pois constatamos hoje a falta decontrole que vem tornando muitas vezes aovenda à prestação um permanente fatorinflacionário. Os consumidores são psico­logicamente conduzidos pela idéia de quevão fazer uma boa compra, quando, naverade, vão pagar um preço exagerado peloproduto oferecido à prestação. Ao contrá­rio, faria melhor compra se soubesse o pre­ço total da mercadoria.

Aliás, em matéria de defesa do consumi­dor, deveríamos dizer, na oportunídade emque examinamos este projeto, que a legis­lação brasileira ainda está muito atrasada,pois o consumidor brasileiro, além de nãoconhecer o custo final de sua mercadoria,muitas vezes desconhece a composição doproduto que compra. Nos países desenvolvi­dos da Europa, em qualquer produto vendi­do consta sua composição, os ingredientes,insumos, matérias-primas etc. Aqui, em quepese a posíçâo do nosso companheiro, Depu­tado Nina Ribeiro, que passou quatro anosfazendo a defesa do consumidor brasileiro,a legislação não melhorou mi.íto. Então, épreciso que meditemos mais sobre a urgên­cia de proposições desta natureza, que ve­nham realmente em favor do consumidornacional.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, resumindo,poderíamos dizer que temos motivos paraaplaudir -este projeto, pois acredito na suaaprovação neste plenário. Ao mesmo tempo,quero saudar o Deputado Parsifal Barroso,cuja emenda, tecnicamente, corrige o pro­jeto que estamos examinando nesta hora.

O Sr. Célio Marques Fernandes - NobreDeputado José Alves, estou mais contenteporque fiquei sabendo que o autor do pro;'Ieto ora discutido por V. Ex." é o nobreDeputado Herbert Levy, industrial, comer':'ciante, que muito defende o interesse dopovo brasileiro.

O SR. JOSÉ ALVES - Sr. Presidente, to­dos esperamos que as Comissões competen­tes examinem a emenda apresentada pelenobre Deputado Parsifal Barroso, a fim de

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AgOsto de 1975 DIARIO DO CON~R~SSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira! 5551

que, dentro em breve, possamos aprovar,fina,lmente, este projeto e remetê-lo à apre­ci~ção do Senado Federal.

O SR. PRESIDENTE (Célio Borja) - Ten­do sido oferecida uma emenda ao Projeton." 669-B, de 1963, em 2.a discussão, voltaOI mesmo às oomíssões de Constituição eJlll:ltiÇtJ." e de Economia Indústria e Comér­cio.

EMENDA AOPROJETO DE LEI N.o 669-B/63

Dê-se MS arts. 3.° e 4.0 do projeto a se-guinte redação:

"Art. 3.° As empresas e casas comer­cíaís que infringirem as disposições des­ta Lei serão impostas multas nos valo­res que forem fíxados pelo Ministério

, da Fazenda.""Art. 4.° Dentro de 90 (noventa) diaso Minlstério da Fazenda expedirá Ins­truções regulando a fiscalização c o co­mércio de que trata esta Lei, bem co­mo fixará os valores das multas a quese refere o art. 3.0"

'Sala das Sessões, em 8 de agosto de 1975.-.2! Parsíral Barroso., -

.0 SR. PRESIDEN'l:E (Célio Borja) ­Líscussâc prévia do Projeto de Lei n.?35-A, de 1975, que dispõe sobre o plan­tio de essências florestais, ao longo dasrodovias federais, e determina outrasprovidências; tendo parecer, da Comís­sàc de Constituição e Justiça, pela in­constitucionalidade. (Do Sr. AntônioBreselín.) Relator: Sr. Lidovino Fanton.

O SR. PRES)(DENTE (Célio Borja) ­Tem a palavra o Sr. Célio Marques Fer­~andes para discutir o projeto.

O SR. CÉLIO MARQUES FERNANDES(ARENA - ES. Sem revisão do orador.) ­Sr. presidente, nobres Deputados, o dinâ­mico e ilustre Deputado Antõnio Bresolínapresentou um projeto que não tinha razãonenhuma de ser, porquanto a Lei n.o 4.466, ..de- 12 de novembro de 1964, no seu art. 1.0 ,

obriga o DNER a promover a arborízaçãodas margens das rodovias federais emeonstnição nos Estados do Nordeste. Notembem: apenas obriga o !)NER o plantar ár­vores ao longo das estradas que serão cons­truídas nos Estados do Nordeste. Por queessa Lei não estendeu esse beneficio a to­das as estradas federais do Brasil? Em seuart. 2.0, diz a mesma lei:

"A admtnístracão do DNER, ao elabo­rar o programa anual de trabalho darepartição, consignará os recursal: doFundo Rodoviário Nacional para a exe­cução dos planos de arboríaação dasfaixas de domínio nas rodovias, tendoem vista o disposto nesta Lei."

Ora, Sr. Presidente, sempre achei - etenho lutado aqui neste sentido - que a leié feita _.era todos. O que serve para o Norte,deve servir também para o Sul, para o Nor­deste, para o Leste e pare o Centro. G quenão concebo - e, por isso, sou obsígado avir a plenário protestar - é que haja umalei só para atender ~s estradas de rodagemdo Nordeste brasileiro, porque as necessi­dades são as mesmas. Não resta dúvida deque os Estad()s dó Nordeste precisam dessetipo de arborízação. Entretanto, se esse pro­blema já 'tivesse sido resolvido, não serianecessário que o nobre Deputado AntônioBresclín tivesse que estudar esse problema,apresentar, um projeto de lei, para a Co­missão de oonstttuíção e J"u.stiça opinar queo mesmo é inconstitucional, porque aumen­ta despesas. Mas, a idéia é muito feliz.P&.rabéns ao dinâmico Deputado Antõnio'Bresoltn, meu conterrâneo, pela sua lutapermanente em defesa do usuárío brasi­leiro.

Sr. Presidente, faz-se necessano que oGoverno, através do DNER realize arbort­zação ao longo de todas as ~straias federaisdo País, Realmente, em milhares de quilô­metros, muitas vezes não encontramos umaárvore sequer.jO correto seria que, no mo­mento em que s.e inaugurasse a rodovia, elajá estívesse arborizada,

O Sr. Norberto Schmidt Permita-meum rápido aparte. Em muitos países daEuropa, viajamos por estradas cujas mar­gens são inteiramente arborizadas. Essamedida não pode ser tornada obrigatóriaaqui, mas é uma ótima sugestão. Meus pa­rabéns também ao nobre Deputad., AntônioBresolin. Na minha terra, em Santa Cruzdo Sul, também estão plantando árvoresfrutíferas à beira das estradas. Se a idéiavingar, será ótimo para todos nós.

.O SR. CÉLIO MARQUES FERNANDES _Obrigado a V. E:l'.a pelo aparte. Conheçobem c região de V. Ex.a, que é de coloni­zação alemã. Como tal, a influência alemãfez com que aqueles brasileiros plantassemárvores frutiferas ao longo das estradas edas próprias ruas e avenidas, ó que dá umencantamento todo especial àquelas cida­des. l!: verdade que quase não temos essep~oblema no Rio Grande do Sul, onde difi­cílmente se encontra uma comunidade quenão tenha suas ruas convenientemente ar­borizadas, Mas os técnicos precisarão dizerqual deve ser a espécie de árvore a serplantada. Numa cidade grande como portoAlegre, de que. tive a honra de ser Prefeitoespécies de árvores que deixam cair muita~folhas não podem ser utilizadas, porqueprovocam o entupimento dos bueiros, crian­do sérios problemas para o escoamento daságuas pluvtaís. Os urbanistas, então, devemindicar as árvores que devem ser planta­das ao longo das r~as e avenidas.

O Sr. Norberto Schmidt - Nobre Depu­tado Célio Marques Fernandes desejo ape­nas completar minha idéia inicial. Referi­me apenas à arborízação ao longo das es­tradas. Em minha região estamos plantan­do a pereira, que dá sombra e frutos emabundância. Evidentemente, para cada re­gião deve haver uma espécie diferente deárvore. A idéia deve ser aproveitada, em­bora, evidentemente, não se possa impô-la.

O SR. CÉLIO MARQUES FERNANDES ­Agradeço a V. Ex.a o aparte. Mas, nobreDeputado, quem estuda esses projetos equer defendê-los ou criticá-los

ltoma co­

nhecimento, muitas vezes, de faros de mui­to interessantes. Há, na justificativa desteprojeto, de autoria do nobre Deputado An­tônio Bresolin, dois artigos que valem apena "er lidos. Um deles íntítula-se "Adeus,Oorttceíras'', !" o outro "A Vida Maravilhosadas Plantas", em que S. Ex. a mostra a ne­cessidade imperiosa de plantar árvores. Re­clama também contra aquilo que tantas ve­zes tem trazido a esta tribuna, isto é, adevastação enorme, índíscrímínuda, mos­trando os defeitos do Código Florestal, quepermite ao cidadão adquirir área toda co­berta de mato, derrubar tudo e' plantaraquelas arvoresínhas que cinco anos depoisvão ser postas abaixo.

Então, tem de haver uma reforma geralna política de reflorestamento, porque, on­de houver árvores haverá menos poluíção- não resta dúvida alguma - evitando oque muitas vezes -temos visto, árvores seremsacrificadas apenas porque o sol não batena fachada de determinado prédio. Em vá­rias cidades, como na minha, já existe umCódigo de postura, e as árvores são conside­radas monumentos públicos. Atf para podá­las, há necessidade de autorização expressado Departamento competente da Prefeitu­ra. Isto tem evitado muita coisa.

~as o importante, neste momento emque estamos discutindo um projeto íncons­titueional, é que ele encerra uma idéia ma­ravilhosa, e alerta os responsáveis para quemandem, o quanto antes, um projeto paraesta Casa, a fim de que sejam tomadas pro­vidências cabíveis, obrigando o DNER aplantar árvores ao longo de todas as estra­das que constrói no Brasil, e não apenasno Nordeste.

O SR. PRESIDENTE (Célio Borja) _Não havendo mais oradores inscritos, de­claro encerrada a discussão.

Vai-se passar à votação da matéria.O SR. PRESIDENTE (Célio Borja)

Tem a palavra o Sr. Parsífal Barroso, paraencaminhar a votação.

O SR. J>ARSIFAL BARROSO (ARENA _CE. Sem revisão do orador.) - Sr. Presi­dente, os meus nobres colegas da AlianeaRenova!l0ra Nacional, notadamente o Depu­tado Celio Marques Fernandes, já tiveramoportunidade de enaltecer os bons propósi­tos que nortearam o nobre e operoso Depu­tado Antônio Bresolin a apresentar o Pro­jeto n,s 35-A, de 1975.

Todavia, a Comissão de Constituição eJustiça, por unanimidade, houve por" bemreconhecer a inconstitucionalidade da pro­posição, pelo que a Alianca Renovadora Na­cional votará pela sua rejeição.

O SR. PRESIDENTE (Célio Borja) _Tem a palavra o Sr. Israel Dias-Novaespara encaminhar a votação. '

O SR. ISRAEL DIAS-NOVAES - (l\'IDB _sr. Sem revisão do orador.) - Sr. Pre­sidente, já os meus antecessores na tribunasobretudo o ilustre Deputado Célio MarquesFernandes, estabeleceram a justica do es­pirito da propositura, homenageando a fi­gura do seu autor, Deputado Antônio Bre­solín. Mas, quem sabe convinha nestaoportunidade, lembrar que o Proj eta Bre­solín vai ser rejeitado, não por ser ruim,mas pelo fato de a oonsütutcão, sim serruim neste capítulo? . ,

Vê V. Ex.a que a limitação à atividadelegiferante é drástica. Um Deputado, co­nhecedor das necessidades brasileiras comoé o Deputado Bresolin, vê-Se cercead~ até omáximo na sua atividade, na sua vontadede servir. Lembrou S. Ex.a a vantagem dese arborizarem as estradás brasileiras es­quecido de que esbarrava num princípioconstitucional de ordem geral, aquele queveda a apresentação de projetos que impli­quem despesas. Vê V. Ex.a como esse ímpe­dímento vai longe, como atinge até asmenores atividades legislativas do nossoPais. De "outro lado, lembrou-se aqui quejá existe lei impondo a arborízaeão dasestradas do Nordeste, e lamentou-se queessa lei não tivesse caráter nacional. umavez que as estradas do Sul também mere­cem arborização. Mas foi exatamente istoo que pretendeu o Deputado Antônio Bre-­solín: estender ao restante do País o quejá existe no Nordeste. Porém, S. Ex.a foitolhido na sua generosidade; não pode sergeneroso, não pode ser lúcído nem com­preensivo, porque esbarra em restricões in­suportáveis da Carta Constitucional vi­g:ente.

O SR. PRESIDENTE (Célio Borja)Tem a palavra o Sr. Pedro Lucena, paraencaminhar a votação.

O SR. PEDRO LUCENA (MDB - RN.Sem revísão do orador.) - Sr. Presidentenão poderia deixar de vir à tribuna par:::'aplaudir o autor da propositura nobreDeputado Antônio Bresclín, um grande aü­cícnado da arborízação, um estudioso desseassunto.

Pretende S. Ex.a que, a exemplo do Nor­deste, região de baixa densidade pluvíomé-

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trica onde por isso mesmo, a arborízaçãodas margens das rodovias é medida alta­mente benéfica as margens de todas asrodovias feder~is sejam arborizadas. Noano passado, ocupei esta tribuna;. paraaplaudir o Governo do Estado de Golas queestava plantando - segundo a imprensa ­cinqüenta mil árvores frutíferas ao longodas estradas daquele Estado, com o que oiria matar dois coelhos de uma só cajadada,porquanto dava frutos aos usuários e som­bra para amenizar o clima.

Por mais auspiciosa que seja a idéia doDeputado Antônio Bresolin, infelizmen~eesbarra na norma ccnstítucíonal, que naopermite aos Deputados iniciativa dessa n~·..tureza. No entanto, espero que ela sejaaproveitada por outros Estados. Ressalto ..3­importância do projeto do Deputado Antô­nio Bresolin pois sabemos que vários Es.·tados da Fed~ração estão promovendoarborízaçâo ao longo das suas estradas, oque infelizmente não acontece com o meuEstado, onde, para construir urna estrada,a primeira medida é ~errubar as arvorespróximas, ao empreendimento.

Por isso, já que o projeto é incon~ti~?.cíonal, que pelo menos permaneça ja ..Idéia,para que o Governo tome providênctasatravés do IBDF e do DNER.

O SR. PRESIDENTE (Célio Borja)Em votação o parecer da .comissão deConstituição e Justiça, pela ínconstítucio­nalidade do projeto.

Os Senhores que o aprovam queiram ficarcomo se encontram. (Pausa.)

Em conseqüência, o Projeto vai ao ar­quivo.

O SR. PRESIDENTE (Célio Borja) -­A proposição a que se refere o parecer é aseguinte:

PROJETON.o 35-A, de 1975

O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 Fica determinada a obrigatorie­

dade do plantio de essências, florestais, aolongo das rodovias federais.

Art. 2.° Dentro do prazo de cento e oi­tenta dias o Poder Executivo regulamenta­rá esta lei.

Art. 3.0 Esta Lei entra em vigor na datada sua publicação.

Art. 4.° Revogam-se as disposições emcontrário.

O SR. PRESIDENTE (Célio Borja)Nos termos do inciso II do art. 10 do Regi­mente Interno, concedo a palavra ao. Sr..Israel Dias-Novaes, na qualidade de Líderdo Movimento Democrático Brasileiro.

O SR. ISRAEL DIAS-NOVAIS - (l\1DB-­SP. Como Líder. Pronuncia o seguinte dís­eurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, oingresso do Brasil na idade nuclear não secontém nos termos do Acordo celebradocom a Alemanha, que significa, no fundo,apenas um meio requintado de geração deenergia. Vejo antes uma promoçao geral,uma mudanca de status. Toda a vida na­cional será afetada pelo entendimento téc­nico-cientifico: a saúde, a educação amedicina, agricultura, a indústria, o comér­cio. Obviamente, também a civilização e oscostumes. As próprias instituições sofrerãoo embate dos novos tempos. 6 que hoje énormal na nossa penúria energética, passa­rá a anacrônico, na abundância de energia.Certas práticas serão examinadas a umaluz nova: a luz do .progressc, à qual nãoresístãrão. Por isso, apresentei, antes dorecesso, propositura instituindo o Dia Na­cional do Progresso, a ser comemorado a26 de junho, dia do Acordo BrasIl-AIema­nha.

Meu discurso é uma advertência a todosos compatriotas, incluindo-se os ungidos deautoridade, para que se preparem para acivilização, por força do progresso. A EraNuclear representa uma grande .responsa­bilidade, que tem de ser cumprida. É apré-história e a história. Instrumentos detrabalho e de vida agonizam e fazem horapara a própria substituição.

Ocorre-nos neste reencetamento dos tra­balhos parlamentares, tecer consideraçõesem torno dos reflexos sócio-econômicos danuclearízaçâo da geração de energia elétri­ca decorrente da assinatura do AcordoBrasil-Alemanha.

O Acordo Brasil-Alemanha, no âmbitoda energia nuclear, tem sido destacado emsuas facetas relativas à produção de ener­gia elétrica por centrais nucleares. ~el.e~­

bremos rapidamente, que, em principio,este ac~rdo se destina a dotar o Brasil deuma tecnologia tanto de construção de cen­trais nucleares quanto de todas as fases dodenominado ciclo de combustível. As reper­cussões, para a indústria brasíleíra, do. pro­gressivo aumento da parttcípação brasileiraem todas estas atividades relacionadas coma produção final de energia elét~ca,--foramexpostas, com detalhe, tant? por orgaos go­vernamentais como por entídades de classe.

As influências da disponibilidade, princi­palmente nas regiões mais desenvolvidas doPaís de energia elétrica - quer de orrgemnuclear ou hidroelétrica - são bem conhe­cidas e seria desnecessário se voltar a esteponto.

No entanto os reflexos da nucleartzaçãoampla de um' país não se esgotam, absolu­tamente nas vantagens direta e indireta,da disponibilidade de energia elétrica.

De fato a introducão maciça de umatecnologia' não só altamente sofisticadamas, realmente, de vanguarda, em fase deevolucão rápida em todo o mundo, requera exístêncía de uma infra-estrutura cien­tífica e tecnológica ampla, capaz não so­mente de arcar com os problemas imediatosrelacionados com o programa nuclear parageração de energia elétrica, mas - o quepossivelmente é mais importante - tarn­'bém com o complexo e vasto problema dasdemais aplicações pacíficas de energianuclear em nossa sõciedade. Para isso, de­verá ser maeícamente utilizado todo opotencial de conhecimentos, parcíalmenteexistente, e que devera necessarlR~en~e.sersignificativamente ampliado e dlverSlflCa­do, dos centros de apoio cientifico e tecno­lógico que um programa n:u~lea.r amploexige. Realmente, dos Just~f~c~tlva~enteeufóricos pronunciamentos ofICIaIS ate ago­ra feitos, ressalta sempre o interesse pelageração de energia, considerada, com certarazãô, necessidade primeira do programanuclear do governo. Mas,. quase nada tr~ns­

parece de taís pronunciamentos relativa­mente às demais aplicações pacíficas daenergia nuclear. É para esta complemen­tação do programa brasileiro de nuclJariza­ção que desejamos chamar a atenção, no­tando que os benefícios sócio-econômicosde tais aplicações não se esgotam, absolu­tamente, quer na dísponíbííídade de .e~er­

gia elétrica, quer na progressiva partieípa­ção da indústria nacíonal na construçãode centrais nucleares, quer mesmo no cres­cimento da oferta de empregos mais oumenos especializados.De fato, estas, aplicações pacíficas dautilizacão - direta ou indireta - da ener­gia nuclear foram sempre objeto de exten­sos progr~as em todos os países desenvol­vidos e mesmo em desenvolvimento, ondea nu~learização das fontes de energla relé­tríca foi considerada seriamente.

No Brasil a utilização de radioisótoposem medicína, agricultura, indústria, hidro­logia, já é feíta em pequena escala, depen-

dendo sempre Ou quase sempre da impor­, tação direta tanto de know-how como da

aparelhagem para aplicá-lo.Urna crescente partãcípacâo, tanto de

nossos centros de pesquisa como de nossaindústria nesse campo vasto, em expansãocontínua' e acelerada, deve fazer parte in­tegrante do processo decidido de nucleart­zação que o governo federal acaba de ini­ciar.8) Verbas significativas devem ser consig­nadas ao desenvolvimento amplo, tantomaterial como em recursos humanos, dóscentros de pesquisa cíentínca e tecnológi­ca, aparelhando-os para não só absorvertodo o know-how que o Acordo Brasil-Ale­manha nos trará, como também para atarefa da mais alta importância, de adap­tá-lo tanto às condições próprias de nossoPaís como da diversificação e conseqüenteampliação de suas atividades visando asdemais aplicações da energia nuclear a quenos referimos. Este esforço de adaptaçãodo know-how estrangeiro e desenvolvimen­to próprio nestes campos de aplicações nãoenergéticos, é, pela sua vastidão e comple­xidade decorrentes de seu caráter inter­disciplinar, talvez mais difícil que o dáadaptação de nossa indústria na constru­ção de centrais nucleares e demais com,plexos relacionados com o domínio do ci:elo de combustível.9) Para a sociedade brasileira, como umtodo, este esforço nas aplicações não ener­géticas da nuclearísação do País não podeabsolutamente se. ignorado e, portanto;mantido nos limItes estreitos a que foi atéagora confinado pela ausência de uma de­cisão firme, de origem governamental, .derealmente fazer o Brasil ingressar na "eranuclear".

Eis alguns exemplos, tornados quase noacaso, destas aplicações em várias áreas:

a) Saúde: A poluição direta de rios e deoutras fontes de água consumida pela po­pulação menos favorecida nas grandes ci­dades é prob1ema de todos reconhecido.A origem de agentes poluidores e, princi­palmente, a determinaç~o de sua evoluçãoao longo de rios ou de aguas subterrâneas,pode ser feita com auxílio de métodos queutilizam isótopos radioativos adequada­mente escolhidos. Sua utilização, atual­mente, é quase incipíente, e seria da maio.importância que os centros ,de pesquisaonde tais métodos são estudados e os orga­nismos federais ou estaduais que poderiamaplicá-los recebessem urna substancialatenção do Governo federal.

A luta contra a poluição atmosférica, jaatingindo níveis sérios em várias cidades,pode ser eficazmente auxiliada pela utili­zacão de métodos nucleares de deteção, al­tamente sensíveis, de seus constituintes.

No campo da medicina, a importância.dautilizacão de radioisótopos, quer no diag­nósticó ou no tratamento, é bem conheci­da. No entanto, muito mais se poderia fa­zer se os vários centros que pesquisam auttlízaçâo 'de radioisótopos rossem melhoramparados. E, em especial, se o Governose dispusesse a encarar, com a amplidãonecessária, o problema que existe da pró­pria produçâo.: no País, desses radioisóto­pos. No momento, apenas o reator nucleardo Instituto de Energia Atômica de SãoPaulo tem condições de produzir isótopos,numa escala limitada. A construção de umreator nuclear de maior potência, e comcaracterísticas que tanto servissem à pro­dução em maior escala de radioisótoposquanto aos ensaios de materiais que serãovitais para o desenvolvimento de uma tep­nología própria no campo de conat:ruç.aode centrais nucleares - parece-nos índís­pensável , Note-se, nes.te campo de produ-

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l{ão de radioisótopos que o aumento daQ:et\iariâã nãe põfiér', êffi .fütül1J vrox1mó,ser atendida pelo reator do Instituto deEnergia Atõmíca, A produção, em escalaindustrial, desses radioisótopos, além depoder suprir as nossas necessidades, pode­ria propiciar a sua exportação - altamenteinteressante tanto do ponto econômico co­mo político - para países vizinhos, expor­tação esta que vem sendo feita somenteem bases extremamente restritas, dadas aslimitações já apontadas.

b) Indústria: Na indústria, a utilizacãode radíoísótopos ou de métodos que utili­zam técnicas nucleares representa hoje emdia~ um .fator impo~ante em c~mpos osmais variados. DeseJ amos dar ênfase es­peeíal à utilização de técnicas nuclearesem controle de processos industriais osmais diversos, como, por exemplo o da fa­bricação de aços de alta qualidade, É téc­nica totalmente importada, tanto emknow-how como em equipamento o quetorna .f7ltamente interessante que ~ja nãoso utílízada como desenvolvida no Pais.Novamente, apoio governamental firme àsinstituições capazes de promover este de­senvolvimento é necessidade que se impõe.

c) Agricultura: Na agricultura ao ladoda apltcaçâo de radioisótopos em'pesquisasas mais variadas, como as que visam a de­terminar a composição ótima de fertilizan­tes para deterrninad~s culturas, cumpredestacar o uso de tecnicas nucleares deanálise por ativação na detenção de resi­duos de pestícídas, nocivos à saúde, quep09-e~, em. muitos casos, se incorporar aosproprios alímentos ,

O Sr. Parsifal Barroso - Desejaria no­bre e ilustre Deputado Israel Dias-Novaesfelicitar V..Ex." e o partido que integra'pela exposição clara, fundamentada e d~certo m.~o, científica das conseqüênciasque advíráo para o ,nosso País - desde oI!l;OJ;nento em ,q!1e foi resolvido o problemabásíco da polítíen de nuclearlzação _ emresultado do acordo entre Brasil e Alema­nha. V. Ex." abordou iniciabnente, muitoao de leve, um aspecto que me permitoressaltar, porquanto sempre entendi quetodo o nosso descaso, toda a nossa desídia,todo o descompasso que se criou no proble­ma; energético do País, deve-se a que atéhoje sequer se votou o Plano Nacional deEletrificação, E somente agora a principalcachoeira, das muitas que tem o rio To­cantins, a de Tucuruí, passou a ser objetode estudo e de atenção por parte do Mi­nistério das Minas e Energia. Guardo co­migo, nobre Deputado Israel Días-Novaesa convicção de que se estamos agora cons~cien~iza~os, de um modo geral, pelos malesque índíretamenta causamos ao nosso Paisdeseurando-nos do aproveitamento de mi~lhões de megawatts hidrelétricos até hoje.Basta esse fato para acordar na consciên­cia política e administrativa de todos nósa obrigação de procurar, por todas as for­mas, meros urgentes de suprir essas defi­ciências apontadas por V. Ex." na ínrra-es­trutura que deve suportar e desenvolver apolítica de nuclearízação do Pais. Quandodeixei o Poder Legislativo para dedicar-meao Executivo, lamentei não se tivesse vo­tado, juntamente com a mensagem doFundo Nacional de Eletrificação, o PlanoNacional de Eletnficação, porquanto asmensagens eram paralelas e os fundos des­tinavam-se à aplicação sistemática, dentrode um plano que, até hoje, não foi apro­vado. Se o S1'. Ministro das Minas e Ener­gia, atendendo à determinação do Sr. Pre­sídente da República, lança suas vistas evai-se debruçar sobre a problemática dascorredeiras do rio Tocantins, saiba V, Ex. a

que, há 20 anos, nosso colega Gabriel Her­mes, então Diretor do Banco da Amazônia,

contratava técnicos da Alemanha para an,,,l.oli.a....nJi.n .dI) n.n.t.An.nj.Gl l-. .. ....:1.......:.uli.n.(') AACl~ ".4A~.~.... ",,~ ............. .....,. ..... };Iv"'.............."" ... ...J,J.~.t."'l".L,u.vv u""'~v ...,I.V,-

No entanto, somente agora vão ser tntcía­dos os estudos e trabalhos para aproveita­mento da principal cachoeira do Tocantins- a de Tucuruí. Quero acentuar, por úl­timo, dentro dessa visão de conjunto queesbocei a V. Ex.", em complementação aoseu excelente discurso, que desejaria ma­nifestar apenas minha convicção, repousa­da na experiência de professor universitá­rio, e não de político: a Universidade bra­sileira já deve estar acordando para, atra­vés dos seus cursos de graduação e pós­graduação, formar todos os tecnólogos deque necessitamos para o serviço dessa in­fra-estrutura a que V. Ex. a se referiu.Nessa convicção, espero também que o Go­verno do nosso Pais esteja atento para ve­rificar, através de uma visão de conjunto,onde e como poderá, a curto prazo, supriras deficiências a que V. Ex." fez alusão.

O SR. ISRAEL DIAS-NOVAES - NobreDeputado Parsifal Barroso, quando ouvia oseu generoso aparte, ocorreu-me a respon­sabilidade de V. Ex." para com o próprionome. Não satisfeito em ser Parsifal,V. Ex." é também Barroso, o que significamduas conotações de bravura: Parsifal é oherói de tantas óperas alemãs e o "cheva­líer sans peur et sans reproche"; e Barrosoé o grande Almirante brasileiro. Então,essa sua bravura, patenteada neste dis­curso, mostra que V. Ex. a se coloca perfei­tamente à altura da responsabilidade doseu nome. As sugestões que o aparte con­tém - aparte que foi, como diria o nobreLider Laerte Vieira, um discurso concomi­tante - devem ser aceitas quando real­mente, revigoram as teses defendidas peloorador e contribuem para o maior escla­recimento delas. V. Ex." é tão rico de su­gestões no que diz, que tomo a liberdadede quebrar a ordem do discurso que medispus a fazer nesta tarde em razão dasmesmas, para lembrar que o AcordoNuclear representou, antes de tudo, noBrasil - ao ver deste paisano, deste reser­vista de terceira categoria - uma fantás­tica queima de etapas. Há poucos dias oSr. Presidente da República, numa decla­ração histórica, alegava que absolutamen­te não podia revogar o AI-5 e o Decreto-lein.o 477, porque isso seria queimar etapas.Ora, um País como o nosso tem de estarsempre queimando etapas; não temos tem­po para cumpri-las integralmente. Somosum Pais atrasado, subdesenvolvido. estamosainda nos estiolando no subdesenvolvimen­to, Para alcançar o passo dos outros, que éestugado, não nos resta senão queimar eta­pas e todas elas. Até o meio politico eas instituições exigem o mesmo tratamentoque se deu a este contrato.

Imagine V. Ex.". é uma queima de etapasde tal ordem que este acordo é assinadono instante em que a Central do Brasilmostra o que é. No instante em que somospromovidos ao maior requinte da tecnolo­gia e da ciência do mundo, assistimos aquià calamidade da Estrada de Ferro brasilei­ra confessar publicamente, alto e bom som,que não pode ser melhorada porque temum atraso de 100 anos. E esta manhã, Sr.Deputado Parsifal Barroso - V. Ex." quefoi Ministro e um dos maiores governadoresque nossos Estados já tiveram -- ouvimosdo Sr. Ministro dos Transportes esta in­formação calamitosa da boca do Governo.Depois de 11 anos de recuperação nacional,contamos com 1% em matéria de eletrifica­ção ferroviária, Temos 99% de ferroviastocadas a carvão. Quando não a carvão, to­ca-se a diesel e esbarra-se na dificuldadede importação de combustível. Mas tudo,infelizmente, está sendo feito nesta base.

V. Ex.a lembrou muito bem: faltava pro­gramação científíca antes. V. Ex.a lutou

bravamente ~ara que se instituísse a era;dll. éhérg1â t.~trlcã uo Brasil, através d!\aprovação de planos, mas não o conseguiu.Bateu em vão às portas governamentais.Vê V. Ex." que, de repente, uma tese me­nor, que V. Ex. a sustenta e não conseguefazer prevalecer, é substituída pela tesemaior de todas, a celebração do AcordoNuclear. Quando V. Ex.a me aparteava, tivevontade de trocar de lugar com V. Ex. a ­ir até o microfone de apartes e lhe cedera tribuna - de tal maneira V. Ex.a inovavano meu discurso. V. Ex.a falou nas univer­sidades, que agora vão acordar para a rea­lidade. Elas vão acordar assustadas, nobreDeputado, porque o Governo nada lhescontou. Já não me refiro à universidade,porque ela está na base do aprendizado eos estudantes são uma classe hoje ameaça­da no Governo. Refiro-me aos professores,sobretudo aos professores de Fisica. Osgrandes físicos nucleares brasileiros nadadevem aos grandes físicos nucleares domundo. V. Ex." sabe que um dos dirigentesda ciência nuclear francesa é um jovembrasileiro, que daqui saiu por desemprego,Em São Paulo, o Centro Nuclear Paulista,já existe há vários anos. Estamos expor­tando cientistas e técnicos, pois eles foramtão surpreendidos quanto V. Ex." e eu coma assinatura do Acordo Nuclear. Não foramouvidos, acordaram assustados; agora elestentam organizar-se não para influenciara politica do Governo, mas para ver se fi­cam sabendo os pormenores do Acordo equal a medida da sua colaboração. porquequerem colaborar, apenas não foram cha­mados ainda.

Veja V. Ex." como a queima de etapa étotal. Se o Governo tivesse partido da con­sulta aos nossos cientistas, aos nossos físi­cos nucleares e daí estabelecido inclusivea linha mestra da nossa política nuclear,não seria queima de uma etapa porqueviria na marcha batida da nossa ciência.Aqueles brasileiros que aprenderam fora ecriaram o reator nuclear de São Paulo es­tavam habilitados a sugerir a política dourânio enriquecido, do urânio natural. Elestêm a sua teoria, a sua conviccão formada,a sua tese e poderiam ter opinado, e elesdeveriam ter opinado.

Então, pergunto a V. Ex.", nobre Líderdo Governo: quem foi que opinou, se nãoforam os cientistas? Nunca ficaremos sa­bendo a quem o Governo brasileiro ouviupara tomar este ou aquele rumo. Não podeter ouvido Generais, porque não consta queexista Arma Atômíca no Exército brasilei­ro. Não há General de cinco estrelas ou dequatro estrelas da Arma Atômica. Não pode,portanto, ter consultado militares, nãopode ter consultado o Senador PetrônioPortella, não pode ter consultado os altosdirigentes da ARENA, não pode ter con­sultado o Governador do Estado do Rio,não pode ter consultado aquele seu gabi­nete privado, porque, por mais patriotas,lúcidos e cultos que sejam, não são influi­dos nem ensinados nesse capitulo do co­nhecimento moderno. Assim, ficamos semsaber de que fontes de conhecimentos sevaleu o Governo para escolher o caminhodo Brasil nesse rumo decisivo para o nossodestino, para o nosso futuro e vital paranossa esperança, como sobrevivência doPais.

O Sr. Parsifal Barroso - Nobre Deputado,serei breve e responderei apenas à indaga­ção de V. Ex.", com a alegria de retribuira nímía gentileza quando começou por elo­giar o sentído do meu prenome e do meusobrenome. A respeito da indagação queV. Ex." faz à Liderança do Governo, possoinformar-lhe com segurança que. emborahaja um pensamento defendido por fisicosbrasileiros, como SaIlneron, Goldenberg eoutros, num sentido tecnicamente oposto

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àquele que prevaleceu para a decisão ~o­

,vernamental, na l'eal1c}â.de lür-dúi. órgausnão só de audiência, mas de debate dessamatéria, a Comissão Nacional de EnergiaNuclear e o Conselho Nacional de Desen­volvimento Científico e Tecnológico doBrasil.

O SR. ISRAEL DIAS-NOVAES - NobreDeputado Parsifal Barroso, a informaçãoque V. Ex." traz a plenário colide com asinformações até agora postas em circula­ção. Não sei se V. Ex." acompanhou - V.Ex." não tem obrigação alguma, como eutambém, de conhecer este assunto na suaintimidade - o recente Congresso de Fí­sica realizado em Belo Horizonte. Ali selavrou um protesto contra a maneira pelaquai se conduziu o entendimento que re­dundou em contrato. Então, se alguém foiconsultado, alguém de teor científíco, essealguém é tão modesto que não pôs no seucartão de visita esse titulo.

O Sr. Parsifal Barroso - Acompanhei,embora à dí. tància, tudo quanto se discutiuna recente reunião realizada em Belo Hori­zonte, anualmente promovida pela presti­giosa e benemérita Sociedade Brasileira pa­ra o Progresso da Ciência. sediada no Estadoque V. Ex." representa. Posso afirmar a V.Ex." que, tendo em vista o passíonalísmo dasdiscussões, verifiquei, com facilidade, queas conclusões firmadas pelos físicos quecompareceram à reunião a que V. Ex." fezreferência foram apenas um eco, uma res­sonâncía como homenagem ao pensamentocientifico do Prof. Salmeron, que, de Pa­ris, enviou seu ponto de vista. já conhecidoaliás, acerca das diretrizes mais adequadasou mais eficazes para uma política de nu­clearízação do Brasil. Todavia, posso afir­mar a V. J:x."' que o problema para umanação como o Brasil, resolvido de formalouvável, elogiável, requer uma combinaçãosínérgíca não só dos órgãos de consulta, quejá mencionei, mas ainda daquelas diretrizesque, através dos Ministérios próprios, comoo das Relações Exteriores, o da Indústria eComércio e a Secretaria Executiva do Pla­nejamento da Presidência da República, sãoavaliadas e ajuizadas em conjunto para severificar qual a melhor solução possível nomais breve espaço de tempo. Foi o queaconteceu no Acordo celebrado com a Ale­manha, o qual V. Ex."' já aplaudiu.

O SR. ISRAEL DIAS-NOVAES - Vê V.Ex.a, Deputado Parstf'al Barroso, como con­tinuamos diversos em matéria de informa­ção. O sigilo mantido durante os entendi­mentos dentro do Brasil foi total. Eu for­mei do elenco daqueles Deputados da Opo­sição, conscientemente oposicionistas, quecompreenderam a conduta de sigilo do Go­verno. Vim a esta tribuna e a este micro­fone aceitar o sigilo. E conto a V. Ex.a.aqui, confidencialmente, que fui até ad­vertido pelos meus companheiros de Partidoquanto aquela adesão pronta e sem maisdetença a uma tese questionada como deo Governo reservar apenas para si um as­sunto de interesse nacional. Mas saiba V.Ex."' que se naquele momento eu tinha cer­teza da minha posição, tanto que a adotei,posteriormente fiquei em séria dúvida, Eaté lembrei-me de um mestre de nós dois,Santo Tomaz, quando a certa altura senten­cia que se precisa duvidar sempre dos prí­melros impulsos, porque são sempre bons.Dai então, -Deputado, aquele meu primeiroimpulso, e muito bom, de aplaudir o sigilo,em face da movimentação internacionaloposta, quer dizer, os grandes centros in­dustrializados e desenvolvidos tudo fariampara prejudicar a promoção brasileira aoestágio nuclear. Assim, convinha mesmofazer-se sigilosamente. Mas enquanto guar­dávamos segredo - nós não; o segredo, sim,era guardado - e nós concordávamos comele - para fazer o que no País? - lá nos

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trovertido, provocava movimentos de ruas.Estudantes fizeram manifestações nas ruasde Berlin contra o entendimento com o Bra­sil. Portanto, o silêncio era apenas umareivindicação nacional, fazia parte do con­texto geral de silêncio que toma o nossoPaís.

Mas essa questão é secundária. O que im­porta, Deputado, é que estou com V. Ex." eme rejubilo com isso. Estou com V. Ex,"no júbilo de ingressarmos, tropeçando em­bora. na era nuclear em nosso Pais. O sen­tido do meu pronunciamento é claro. O queeu queria era tentar uma descrição do Bra­sil que nos espera como decorrência docontrato. Então, o Brasil de agora nós de­víamos até fotografar com urgência, foto­grafar a Central do Brasil. a CEPASA, fo­tografar nossas fontes geradoras de energiaelétrica, enfim. tirar um retrato panorâ­mico da nossa penúria e colocá-lo na pa­rede, para compará-lo, daqui a dez anos,com o novo Brasil da era nuclear. Na ver­dade. estamos galopando em direção ao fu­turo e começamos o galope em 26 de junho,dia que eu quis, através de um projeto, fos­se considerado como o "Dia Nacional doProgresso". E disse que tant-o o nosso Paísvai sofrer a influência desse gesto históricodos detentores atuais do poder no Brasil,que até mesmo as instituições vigentes nãopoderiam fugir à chamada nuclearísacão .Sabe V. Ex." que tudo forma um contexto.Como é que se pode introduzir um País nu­ma era nuclear, que é o máximo em matériade progresso científico, sem que se acom­panhe da civilização. Sabe V. Ex." que acivilização é, digamos, o perfume do pro­gresso, é uma emanação do progresso. Nãose admite mais um progresso que não seacompanhe da civilização. A civilização épropiciada pelo progresso. Agora, imagineV. Ex." se instituições consideradas não ne­cessárias, mas necessitadas, adotadas ago­ra na era da Central do Brasil, pudessemprevalecer na era nuclear. Então, há o quese chama anacronismo, quer dizer, um des­compasso de tempo: uma Instítuícão estáaqui e o estágio geral do Pais está' em ou­tro ponto. E sabe V. Ex." que as estruturastêm de se assentar nessas sítuacões. Umaestrutura que não se assente nà situaçãoé como uma dentadura que não cabe naboca. Agora, imagine V. Ex." se houvessea insistência em se admitir, digamospara citar uma imagem do apreço de V.Ex.", eis que é um homem de cultura ­que em plena era da pintura abstrata noBrasil um grande artista do nosso tento, °Di Cavalcanti, viesse aqui fazer uma pin­tura acadêmica. Então, haveria uma coli­são entre a presença do artista e a situaçãoartistica. Na ciência é muito pior, porqueela de fato dá a medida do progresso V.Ex.a não pode, ao mesmo tempo, ser in­quisitorial e nuclear.

O Sr. Parsifal Barroso - Confesso aV. Ex." que não desejaría voltar ao aparte...

SR. ISRAEL DIAS-NOVAES - Estouconvocando V. Ex.", para que meu discursomelhore.

O Sr. Parsifal Barroso - ... mas V. Ex."tem um pensamento tão ágil, dialético,irônico, que me força a fixar dois pontosdignos de esclarecimento. Primeiro, quan­do o Doutor Angélico Santo Tomaz deAquíno, cuja festa há pouco celebramos, de­seja a precaução de não nos deixarmos le­var humanamente pelos primeiros bonsimpulsos, é porque o doutor máximo daIgreja Católica requeria o máximo de ra­cionalidade para chegar às suas conclu­sões. E não se deixava influenciar pornenhum impulso ou passíonaltsmo que por­ventura viesse no início da discussão. Den­tro desse plano de pura racionalidade, pos-

so afirmar a V. Ex. a que não tem sentido:. tr.an;j:n3sição que ,V4 E~JP:. :~, {ii~~tô.lii~:.te, da fase de nuelearízação que agorachegou ao seu ponto máximo de concreti­zação, porquanto já em São Paulo, sabe b'nobre Deputado mais do que eu, já existemFísica Nuclear e reator atômico prestandoos melhores serviços ao nosso País. Enquarr­to eu propunha a transposição para o pJ,a.,.no cientifico-cultural, V. Ex." o transpôspara os aspectos civilizatórios. Ora, nas cí-,ências sociais é ponto pacífico que, em setratando de problemática de ordem pura­mente cientifica, como a que aborda V. Ex.",temos o dever de verificar que a defasagemou descompasso a que V. Ex." acaba de fa­zer referência se situa no plano científicoe cultural, ou mais rigorosamente, emlinguagem sociológica, no plano sócio­cultural do Brasil. Teríamos muito o quefalar sobre esse descompasso, mas não é omomento oportuno. Lá, sim, existe, e porisso os cuidados das universidades, Inatltui­ções particulares ou oficiais que lidam coma Física pura, programas de pesquisas purae aplicada que são desenvolvidos ainda ti­midamente na Universidade brasileira. Si­tuei-me no setor sócio-cultural ou cientí­fico-cultural. porque nele temos muito oque fazer, e com urgência. DesbordouV. Ex." para os aspectos civilizatórios. ea civilização se institucionaliza conformeos frutos da cultura do País.

O SR. ISRAEL DIAS-NOVAES - Depu­tado Parsifal Barroso, é claro que teriaV Ex.a razão se fosse possível escalonar asvárias camadas que constituem o geral deum povo. Mas não pode, Deputado Há umuniverso e um conceito quando um f'enô ...meno consegue um ritmo superior E esteritmo é naturalmente adotado, com Q cor­rer dos dias, pelas instituições circunstan­tes.

V. Ex."' é um homem de tanta culturaque enríque a nossa imaginação, e começoa obedecer aquela ordem de criatividadevinda do alto.

Deve V. Ex." ter lido e repelido, váriasvezes, um livro que talvez o requinte emmatéria de graça e inteligência de toda aHistória: "Dom Quixote". '

E o que é "Dom Quixote"? É a írontsaeãode uma instituição até então sagrada: '8.a cavalaria. Era ela o máximo em matériade bravura, de elegância, de desenvoltura.Os heróis, então, como Parsifal, eram sem­pre retratados a cavalo, usavam armaduras,partiam para as Cruzadas. Mas caíram, derepente, em enorme ridículo, e propicia­ram a Cervantes escrever "Dom Quixote".E a Cavalaria perdeu sua função. Então,quem insistissem em ser cavaleiro, depoisda pólvora, era objeto de riso e persona­gem de Cervantes. Imagine V. Ex." oBrasil ingressando agora na idade atômicae alguém insistindo em andar a cavalo emplena avenida Rio Branco.

Mas, quero mostrar a V. Ex." que, ao con­trário do que sustentou, com muito brilho ecom citações muito oportunas, o progressose faz acompanhar, mesmo, da civilização.O progresso altera os costumes imediata­mente. Veja, por exemplo, o Brasil, Paísque é um continente - esse lugar comum,digno do Conselheiro Acácío, deve ser pre­servado, porque o Brasil é, mesmo, umcontinente. Aqui encontramos civilizaçõesconflítantes, contrastantes. Temos todos oSestágios de civilização simultaneamente:No Brasil temos desde o lugarejo menosabastecido de cultura, até o centro maisrequintado. Vê V. Ex."' o desordeiro tradi~cíorial metido no vilarejo, até o Acordo ce­lebrado com a Alemanha. Mas garanto riV. Ex. a que a efetivação dos termos desseAcordo haverá de puxar tudo isso, de re­vogar muitos dos figurantes da passagem

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Agllsto de 1975

a que hoje assistimos pacificamente e quese tornarão, muito rapidamente, anacrôní­ço;fora do tempo.I' Este meu discurso, nobre Deputado, re­presenta uma pesquisa, uma auscultação.Fiz um levantamento de conhecimentossobre o assunto para saber o que iria acon­tecer conosco, por força daquele Acordoque também celebramos. Só que nós o ce­letramos com júbilo, com euforia, enquantoa,'outra parte contratante o fez em silêncio.

O Sr. Dirno Pires - Nobre DeputadoIsrael Dias-Novaes, ouvi, do meu gabinete,com muita atenção, o início do discurso deV. Ex.a , e por isto, talvez um pouco fora dehora, já quando V. Ex.a caminha para ou­tro ponto, venho a essa tribuna de apartes.Mas queria fazê-lo apenas para me f'ell­citar pelo fato de que irei suceder a V. Ex."na' tribuna e o tema que irei abordar, emmuitos tópicos, coincide com o que V. Ex. afere, ou seja, energia nuclear. Pude sentirtambém que alguns pontos que pretendiaabordar, Vêm, de 'certa forma, satisfazerum pouco a curiosidade de V. Ex.a, como,por exemplo, o problema da reserva comque se desenvolveram todas as negociações.As negociações foram secretas, sim, mas,talvez há mais de 15 anos a proposta alemã,juntamente com a francesa e a americana,vinham sendo debatidas e estudadas emconferências na Sociedade Brasileira deGeografia, em simpósios realizados por anue­la Casa, em debates na Maçonaria e outroslocais. V. Ex. a está realmente fazendo umdíseurso magistral e mostrando que temosde caminhar a passos largos para nos estru­turarmos a fim de receber os beneficios quea revolução da era nuclear terá para oBrasil

O SR. ISRAEL DIAS-NOVAEI' - Muitoobrigado. Só quero observar a V. Ex." queo que se discutia há 15 anos não era pro­priamente o acordo celebrado com a Ale­manha.

. O Sr. Dirno Pires - Era exatamente .. ,

, O SR. ISItAEL DIAS-NOVAES - O queestava em debate era a cogitação de se in­troduzir o nosso País na era nuclear. Até

.se chegou a instalar em Angra dos Reis umüispositivo. mas que não interessa cientifi­camente ao Brasil, porque sabe V. Ex.a quenos deram as instalações, mas nos negarama tecnologia. A meu ver, a experiência deAngra dos Reis não vale. Em segundo lu­gar, no começo deste ano, o Brasil aindahesitava sobre com que firmar o acordo.Havia três propostas: a americana, a fran­cesa e a alemã. Sabe V. Ex.a que no começodo ano a propensão era para a propostaamericana.

, O Sr. Dirno Pires - Veja V. Ex." que há;1,5 anos já se discutia qual era a melhor.

O SR. ISRAEL DIAS-NOVAES - Mas oacordo foi celebrado na última hora. E sabeV. Ex." ...

O SR, PRESIDENTE (Ubaldo Barém) ._Lembro ao nobre orador que dispõe de trêsminutos para encerrar o seu discurso.

O SR. ISRAEL DIAS-NOVAE8 - No co­meeo do ano, o candidato mais forte a in­troduzír nosso Pais na alta sociedade atô­mica eram os Estados Unidos. Mas houveuma dificuldade: a lei americana permiteque se vendam reatores, mas não que sevenda a tecnologia. Já disse aqui, de outrafeita, que a filosofia americana é "vendero leite, mas reter a vaca". Ficaríamos, en­tão, na dependência deles e, para enrí­queeer o urânio, nobre Deputado, teríamosde mandá-lo para lá. Seríamos, na verdade,uma sucursal de Casa Pernambucana emmatéria de energia atômica: extrai aqui,enriquece lá. Seria insuportável, e o Depu­tado Parsifal Barroso teria de protestar

DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

com o correr do tempo. Imaginem V. Ex.""que, ao pé do Brasil, a Argentina não de­morará mais do que quatro meses paradetonar a sua bomba atômica, apesar detoda aquela situação difícil, penosa, deconflito permanente, que a nós aborrece epreocupa - não temos motivos sérios eprocedentes de mágoa alguma com a Ar­gentina, mas estamos todos preocupados.Pois eles vão detonar a sua bomba! Aíndia já detonou e está em plena idadeatômica.

Houve, portanto, a necessidade de aeele­ramento. Aceleraram-se os entendimentos;verificou-se com quem se podia celebrar oacordo e ele foi celebrado. V. Ex.", pela es­colha do tema, merece o máximo da nossaatenção, além da generosidade do seu com­portamento parlamentar, mas V. Ex.", aesta altura, não conhece os pormenores ­e eu os conheço ainda menos. Não se sabe,por exemplo, qual o papel. da Westin­ghouse no Acordo Brasil-Alemanha. Eisque a Westinghouse é detentora do know­how posto em uso pela Alemanha. Esperocontudo, que V. Ex." aborde esse e outrosaspectos em seu discurso; ouví-Io-eí re­Iigiosamente.

Tem V. Ex." o aparte.

O Sr. Gamaliel Galvão - Eu queria ape­nas, dentro dos minutos que lhe restam,dar os meus parabéns a V. Ex." pelo bri­lhantismo e pela objetividade com que estátratando do assunto, e fazer-lhe uma per­gunta: quais seriam as conseqüências po­líticas, principalmente internas, da aplica­ção desse Acordo?

. O SR. PRESIDENTE (Ubaldo Barem) ­Lembro ao nobre Deputado Israel Dias­Novaes que o seu tempo está esgotado,

O SR. ISRAEL DIAS-NOVAES - sr.Presidente, com a generosidade e a tole­rância de V. Ex.", vou esclarecer ao Depu­tado Gamaliel Galvão, homem efetiva­mente bem intencionado, cujas perguntassão muito construtivas. Deputado, sou obri­gado a remeter a V. Ex. a o texto do meudiscurso, porque esse aspecto, para desa­grado de um dos melhores homens destaCasa, o Deputado Parsífal Barroso, eu jáo abordei, lembrando que como a politicafaz parte do contexto - embora muitosnão aceitem - ela também tem de pro­gredir na mesma razão, nem que ela nãoqueira.

Mas Sr. Presidente; vou concluir. Esta­mos nas linhas derradeiras. Veja V. Ex."como calculamos nuclearmente até a di­mensão dos apartes do Deputado Parsifal

-Barroso.O controle de pragas ou doenças propa­

gadas por insetos encontra auxiliar valiosono método de produção de machos torna­dos estéreis por ação de radiações nuclea­res. Outro campo importante, em fase dedesenvolvimento intenso em vários paísesindustrializados, é o da conservação dealimentos, naturais ou processados, pelaexposição destes a radiações nucleares.Evidentemente, a tecnologia utilizada emoutros países foi desenvolvida e otímízadalevando em conta características tanto dosalimentos quanto dos próprios hábitos ali­mentares das- populações respectivas. NoBrasil, evidentemente, o transplante puroe simples desses métodos estará fadado aum sucesso bastante duvidoso. Há, pois,necessidade de não só dominarmos taismétodos, mas, principalmente, adequá-losàs nossas condições de hábitos alimenta­res.

A nuclearização do País, como se vê, nãopode se limitar ao campo da geração daenergia elétrica. A expansão significativados centros nucleares, quer institutos daprópria NUCLEOBRÁS, quer laboratóriosuniversitários das mais diversas modali-

Sexta-feira li 5555

dades, deve complementar - com dotaçãoorçamentária de vulto e preparo intensivoe extensivo de pessoal qualificado - aação que o Governo Federal se propõe de­senvolver naquele campo restrito de gera­ção de energia elétrica.

Necessário ainda é não esquecer que umanuclearízação global do País, estendendoa todos os beneficios da utilização da ener­gia nuclear, requer um esforço realmentesigníficativo, na área da educação emtodos os níveís: uma coletividade rudimen­tar ou de precária cultura não poderánunca se beneficiar integralmente detodos os benefícios que a era nuclear, naqual desejamos ingressar de modo deci­dido, pode proporcionar. (Palmas.)

Durante o discurso do Sr. Israel Dias­Novaes o Sr. Célio Borja, Presidente daCâmara dos Deputados, deixa a caâeirada presidênçia, que é ocupada pelo Sr.Ubaldo Barém, Suplente de secretário.

O SR. PRESIDENTE (Ubaldo Barém) ­Nos termos do inciso II do art. 10 do Regi­mento Interno, concedo a palavra ao Sr.Dyrrio Pires, na qualidade de Líder daAliança Renovadora Nacional.

O SR. DYRNO PIRES (ARENA - PIo Co­mo Líder. Sem revisão do orador.) - Sr.Presidente, Srs. Deputados, frisava há pou­co, em meu aparte, a felicidade, para mim,da oportunidade de suceder nesta tribunaao eminente Deputado Israel Días-Novaes,que abordava o tema talvez mais atual nes­te país, ou seja, o acordo celebrado entre oBrasil e a Alemanha, para o ingresso denosso País na era nuclear. A sua execuçãoconstituirá um desafio ao nosso País, porqueprecisamos de uma infra-estrutura capazde suportar as grandes modificações queensejará. Esse assunto vem sendo debatidode longa data. Creio que há mais de 15anos já se estudavam as propostas apre­sentados ao Brasil, para instalar suas usi­nas de energia nuclear. Lembro-me de quepouco depois de 1960 assisti a uma confe­rência, depois publicada sob o titulo "Geo­grafia do Átomo", pronunciada pelo Presi­dente da Sociedade Brasileira de GeografiaProfessor Jurandir Pires Ferreira, em queS. s.a analisava exatamente as três propos­tas apresentadas, Já naquela época o ilus­tre mestre manifestava preferência absolu­ta pela proposta alemã. Também a Maço­naria, através moção do Grão-Mestre doRito Brasileiro, nr. Álvaro Palmeiras, quelerei ao fim do meu discurso. se manifes-tava no mesmo sentido. .

Tive a ventura, há uns dez anos, de di­vulgar, desta tribuna, o resultado da aná­lise feita das três propostas. Dizia, entãoque o Brasil, o segundo pais em reserva detório do mundo, com 36% do tório mundial,e, ainda mais, com reservas de urânio lo­calizadas em vários pontos - para felici­dade minha, como representante do Estadodo Piauí, as maiores reservas foram encon­tradas naquele Estado, nos Municípios deSào Miguel do Tapuio - teria na propostaalemã uma reciprocidade. Enquanto rece­bíamos know-how e as usinas, tínhamosgarantido o consumidor para a exportaçãodessa nossa riqueza mineral.

Quanto a proposta americana, como diziao Deputado Dias Novais, o americano ex­porta o leite e guarda a vaca. Mas não erasó este aspecto que tornava a sua propostadesinteressante para o Brasil. Havia umaexigência ainda mais séria. Além de seexigir que a nossa riqueza mineral fossebeneficiada lá, teríamos de remeter tam­bém o resíduo, que é exatamente a maté­ria fissil capaz de servir para finalidadesnão pacíficas. Esses dois aspectos foramgrandemente discutidos e até publicados.

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5556 Sexta-feira S

Veja V. Ex.", Deputado Israel Dias-No­vais essas razões eram suficientes para que,à p~imeira vista, nos empolgássemos com aproposta alemã.

Mas dizia, Sr. Deputado, no meu aparte,que no meu discurso analisaria o trabalhojá realizado, talvez no fim da déca~a.de50 pelo eminente professor Costa RIbeIro,da: Faculdade de Engenharia de São Paulo,que então havia enriquecido o urânio. Delá para cá houve realmente, um período emque se previa a entrada mais rápida donosso País na era nuclear. Infelizmente,pouco dcpoís falecia o Professor Costa Ri­beiro e seus' estudos não tiveram seqüên­cia c~m a pressa que seria desejada.

É bom notar, no entanto, que não é deagora que os nossos homens de ciência .eos que se empolgam por um progresso.m.aIsvertiginoso lutam para que o nosso PaIS m­gresse, de maneira definitiva e seg~ra, naera nuclear, alinhando-se aos que lideramo progresso mundial.

Dizia eu que talvez a maior parte de meudiscurso se prendesse ao problema nuclear,estando o restante ligado à questão das de­mais fontes de energia.

No próprio problema ce ferrovias, abor­dado pelo meu antecessor nesta tribuna,vemos o Presidente Geisel retornando ° in­teresse pela recuperação deste meio detransporte, cujo abandono a que esta~a .re­legado desde 1951 causou senos preruizosà economia nacional, sendo responsável, erugrande parte, pelo aumento crescente !Í0custo de vida. Isso pelo alto custo da CIr­culação de riquezas, deslocadas, quase todas,mesmo a longas distâncias, sobre pneus, nafebre rodoviária que dominou o PaIS.

Mas adiante discorrerei detalhadamentesobre o problema nuclear. Inicialmente tra­tarei de outro assunto - que reputo tam­bém grave e importante para nosso Pais ­abordando-o sob dois aspectos. O prímeírorefere-se ao consumo de combnstíveís líqui­dos no País numa hora em que a crisemundial do petróleo traz conseqüências fu­nestas para a economia nacional, em razãoda crescente demanda desse produto e danecessidade de importá-lo a preços cada vezmaiores.

Ora, 81'S, Deputados, chegamos realmentea extrair do subsolo 50% da nossa demandade combustíveis líquidos, mas ela foi cres­cendo e, apesar 'da descoberta de noyos po­cos petrolíferos, esse percentual caiu hoiepara 20%. produzímos apenas 20% do nossoconsumo de petróleo - repito - quandoanteriormente essa percentagem atingira a50%.

Temos também - são pontos que íreíabordar em meu discurso - um problemaque já toí estudado e, posteriormente,abandonado, Lembro-me bem de que. du­rante a II Guerra, utilizou-se em razão dasplantações de cana no Nordeste, a destí­laeâo do álcool, com fabrico do álcool-mo­tor responsável pela movimentação degra:nde parte dos veículos durante rque leperíodo.

Trata-se realmente, de um ponto funda­mental. pira o Nordeste brasileiro o desen­volvimento do plantio da cana, com a eons­trução de destilarias necessárias à f~brí­

cacão do álcool-motor, que pode ser adICIO­nado até em mais de 80%, representariauma salvação, Na época da guerra, adicio­nou-se até 90% desse álcool para a movi­mentacâo dos automóveis, a fim de suprira defícíêneía de gasolina.

O Sr. Gerson Camata - Nobre DeputadoDyrno Pires, acompanho com a atenção quemerece o pronunciamento de V. Ex. a sobreassunto de importância e atualidade: adí-

DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

cão de álcool anídrico ao combustível depetróleo. Exatamente hoje vai ser lido esubmetido à apreciação do Congres~o! .nasessão vespertina, o decreto-lei de ll1ICIa­tíva do Sr. Presidente da República queinclui o álcool anídríco, que pode ser adi­cionado ao petróleo, entre os produtos su­jeitos ao Imposto Único sobre Combustíveise Lubrificantes isentando-o até 1979. Estamedida se destina a estimular a produção,isentando-a do pagamento do Imposto Úni­co sobre Combustiveis Líquidos c Lubrifi­cantes. Veja V. Ex. a , com essa medida eatravés de adícáo entre 15 e 25%, o Paíspoderá produzír novamente quase 50% deseu combustível, pois com 25% de petróleomais 15 a 25% de álcool anídrico, volta­remos, pelo menos, a produzir os 50% docombustível efetivamente consumido.

O SR. DYRNO PIRES - Acredito pos­samos chegar a adicionar até 80% e que,utilizando os 20% de nossa produção depetróleo, nos tornemos auto-suficientes emcombustível liquido. Realmentc, essa medi­da do Presidente é das mais alvissareiraspara o povo brasileiro.

O Sr. Gerson Camata - Foi como sub­sídio que me apressei a comunicá-la a V.Ex. a

O SR. DYRNO PIRES - Agradeço imen­samente o aparte de V. Ex.a , que enriqueceo meu discurso. Gostaria de acrescentarque defendi exatamente essa tese, atravésde programas de televisão, em meu Esta­do, e de conferências que realizei na Esco­la de Engenharia, considerande ser impor­tante para a recuperação do Nordeste bra­sileiro cu] as terras, as mais propicias aoplanti~ da cana, de onde se produziria oálcool estão hoje, inclusive. inteiramenteabandonadas, mas poderiam ser aprovei­tadas para essa finalidade.

No princípio deste ano, quando os mem­bros da Comissão de Finanças, entre osquais me incluo, visitaram o Sr. MinistroMário Henrique 8imonsen, tive a oportu­nidade de levantar este problema, encon­trando em S. Ex. a muita rcceptividade.Prometi enviar a S. Ex.'" como subsidio,estudos que venho realizando sobre o assun­to qual sej a a intensificação do plantio deca:na no Nordeste, especificamente com afinalidade de podermos adicionar os 80%nccessárros, tornando o Brasíl auto-surí­ciente nesta matéria. Fel'icíto-me também,e todos 08 membros desta Casa, pela par­ticipação que tívemos nessa iniciatíva. Sa­bemos, hoje, que estamos caminhando pa­ra a auto-suficiência em matéria de com-bustíveis Iiquídos. .

O Sr. Parsifal Barroso - Meu caro e ilus­tre colega Deputado Dyrno Pí'rcs, no exer­cícto da Liderança da ARENA desejo ape­nas louvar V. Ex. a pela sua atitude e, emcomplementação ao discurso pronunciadopelo ilustre Deputado Israel Dias-Novaes,esclarecer pontos importantes da políticade nuclearização, que somente V. Ex.a, comsua competência técnica, estaria em con­dições de analisar.

O SR. DYRNO PIRES - Sou apenas umaluno de V. Ex. a...

O Sr. Parsifal Barroso - Depois que oDeputado Gerson Camata, muí oportuna­mente, em aparte. mostrou a V. Ex. a queainda hoje o Congresso Nacional tomaráconhecimento da Mensagem do RI'. Presi­dente da República a respeito de uma for­ma de atenuar à crise por que passa o Bra­sil em virtude de não ser auto-suficienteeui petróleo, através do apelo ao álcool,adequado à mistura com a gasolina, querolembrar a V. Ex.a - e por que nao ao pro­prio Governo do Brasil? - que tamanhassão as nossas necessidades nesta conjuntu­ra - que atravessamos com destemor e ha-

Agosto de 1975

bilidade - tantas as nossas necessidades,que outros recursos de ordem técnica devemser buscados, como, por exemplo, ...

O SR. DYRNO PIRES - O xisto betumí­noso, que existe em grande parte da terrade V. Ex.'"

O Sr. Parsifal Barroso - ... a questãoda destilação do xisto betuminoso, pelaativação dos estudos que vêm sendo feitos,através de uma usina-piloto, em Santa Ca­tarina e no Paraná.

O SR. DYRNO PIRES - Exatamente.Abordarei no meu discurso, Inclusive, esseponto.

O Sr. Parsifal Barroso - E principalmen­te nobre Deputado Dyrno Pires, através dam~dificação da compra do petróleo asfál;­tico, importado pelo Brasil, porquanto hápetróleos asfálticos mais ricos em nafta doque o petróleo venezuelano.

O SR. DYRNO PIRES - Certamente.O Sr. Parsifal Barroso - E estamos em

condições de, nas fábricas de asfalto. daPETROBRÁS, produaír com facilidade ga­solina de nafta.

O SR. DYRNO PIRES - Perfeitamente.O Sr. Parsifal Barroso .2.. Bastaria que,

ao invés de continuarmos a importar e autilizar um petróleo que é excelente doponto de vista asfált'ico, mas não o é noque diz respeito ao percentual de nafta,passássemos a usar petróleos asfálticos, comteor mais elevado de nafta, a fim de queo tratamento quimico da nafta, através dehidróxido de sódio e chumbo tetraxll, pas­sasse a fornecer gasolina do petróleo as­ráltíco, chamada gasolina de nafta. Era es­te o aparte que desejava proferir.

O SR. DYRNO PIRES - V. Ex.a focalizamuito bem um novo aspecto de alta rele­vância, que deverá ser analisado brevemeJ?­te. Examino aqui o problema da extraçãoda gasolina do xisto betuminoso, que temosem quantidades fabulosas no Estado de V.Ex. a, e cujo custo de exploração ou trans­formação é bcm mais baixo do que o preçoque estamos pagando pelo petróleo impor­tado.

O Sr. Celso Barros - Permita-me, nobreDeputado Dyrno Pires. Quero congratular­me com V. Ex. a por trazer ao debate destaCasa assunto que interessa particularmentea nós, Parlamentares, e indiretamente atodos os brasileiros que sofrem as conse­qüências da crise internacional do petróleo.Assim, toda e qualquer medida governa­mental tendente a complementar o petró­leo e a substítuí-Io deve ser por nós rece­bida com grande alegria e esperança. E ofato de o discurso que V. Ex..a agora pro­fere coincidir com a remessa da Mensa­gem 230 do Poder Executivo constitui mo­tivo para que nos rejubilemos e alimente­mos a esperança de que a medida gover­namental se concretize, através de atos querealmente venham ajudar a solucionar essegrande problema. O que condenamos noGoverno - e o faremos sempre com a con­víccão de um dever a cumprir - é quemuitas organizações no Brasil são instala­das sem que tenham resultados efetivos pa­ra a vida econômica e social dÓ País. É ocaso, por exemplo, da SUDENE - e me re­firo especialmente aos seus efeitos no Es­tado do Piauí, onde seus resultados são in­teiramente negativos. É o caso, por exem­plo, do PROTERRA, cujo. objetivo foi de­senvolver a economia agrária no Nordestee, a despeito de estar há dois anos em fun­cionamento, encontra-se praticamente naestaca zero.

O SR. DYRNO PIRES - Nobre Deputado,estamos tratando de um assunto da maiorimportância. V. Ex.'" fez bem em ler a Men-

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Agosto de 1975 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 8 5557

sagern do Sr. Presidente da República. Masacho que devemos debruçar-nos sobre o fu­turo, sobre medidas como essa, que real­mente visa à grandeza e ao progresso donosso País; e não devemos chorar sobre.um passado. É polêmica o problema .queV. Ex.a aborda, pois o que . iriam fazer aSUDENE e o PROTERRA? O nobre colega

r sempre olha para a frente e enfrentaqualquer obstáculo para contribuir comsua parcela de trabalho efetivo para o pro­gresso e a grandeza do Brasil. Por isso pro­ponho: não nos debrucemos sobre o passa­do, mas olhemos para a frente, esperan­çosos no futuro do nosso País.

O Sr. Celso Barros - V.. Ex." sabe queestamos numa encruzilhada histár'íca, eela não pode oferecer apenas uma prospec­ção; ela tem que estabelecer-se numa re­trospecção.

o SR. DYRNO PIRES - Não estou di­zendo que não devemos, olhar para trás.Apenas, nesta hora, V. Ex.a faria uma crí­tica à atuação desta ou daquela entidade,quando devemos pensar agora em medidasque realmente sirvam para construir oBrasil de amanhã.

O Sr. Celso Barros - Devo esclarecer a,V. Ex.a que me refiro à instituição vigente,· cuja ação, portanto, é presente, não passa­da. A lei está datada no passado, mas seus

, efeitos negativos estão no presente, e a de­sesperança em relação a ela se alonga no

:mturo, O que quero frisar é que a desespe-· rança do passado nos pode trazer tambémconsciência de desesperança no futuro. Eisso é profundamente trágico. Quando ve­mos um ror de medidas de ordem adminis­trativa que não solucionam nossos proble­mas, somos levados fi desacreditar nas boasintenções do presente. Atenderei a V. Ex.l>,

· não mais falando no passado.O SR. DYRNiO PIRES - Sou admirador

de V. Ex." há muito tempo. Por isso estra­nho que esteja sendo agora pessimista. Ootimismo é sempre salutar.

O Sr. Celso Barros - Estou apenas con­fessando a esperança que alimento de quea Mensagem presidencial não seja ficção,mas que, alicerçada em boas intenções, te­nha. efeito positivo para o desenvolvimentosocial e econômico do Nordeste, Daí porque parabenizo V. Ex." pelo fato de abor­dar tema que diz respeito ao nosso presentee ao nosso futuro. Mas desaprovo o seugesto quando quase me impede de fazeruma análise do passado. Isso mostra queele deve ser ·comprometedor.

O SR. DYRNO PIRES - Pelo eontrário,acho que não se deve Impedir essa análise.Os erros devem, otimistamente, serem ana­Usados para que não se repi-tam no futuro.Peço apenas que agora, num momento tãoauspicioso para o futuro do Brasil, não po­lemizemos sobre a atuação desta ou da­quela instituição, mas usemos a experiên­cia do passado para construir um Brasilgrandioso.

A Mensagem que o eminente Presidenteda República hoje nos remete, especialmen­te para nós, nordestinos, representa -rnuttaesperança para nosso amanhã.

Gostaríamos de que, considerando essasmedidas que estão sendo adotadas, V. Ex.avislumbrasse ° arcabouço que se irá cons­truir com as duas revoluções que se insta­lam, neste instante, em nosso País. A pri­meira já toma conta de grande parte denossas atividades, e a segunda surgirá como contrato assinado com a Alemanha, ouseja, a cibernética e a energia nuclear. Sãoessas as duas revoluções que vão propiciar aestrutura necessáría para que o Brasil, em

, prazo muito curto, possa alinhar-se entreas maiores nações do mundo. O eminente

Deputado Dias Novaes mostrou muito bemque existem mazelas que estão emperrandoo progresso do Brasil. São elas exatamenteque devem ser corrigidas. Não só devemoslevar em conta a energia nuclear. Precisa­mos apoiar medidas como a produção doálcool-motor para nos tornarmos auto-su­ficientes em combustível líquido e a ex­ploração do xisto betuminoso do Ceará ede outros pontos do País. Será, então, acomplementação necessár'ía para nos tor­narmos suficientes em combustível líquido.E não se diga que é muito difícil a trans­formação do xisto em combustível líquido.Talvez seja mais trabalhoso do que o sim­ples bombear de uma reserva petrolífera,mas o seu custo é mais baixo do que o dopetróleo importado, quiçá menos da me­tade.

Neste ponto caberia tazer a análise doque este fato poderá representar para nós,no momento em que nos encontramos au­to-suficientes, livres, portanto, da importa­ção do petróleo.

Verificamos, agora, que estávamos, real­mente. acomodados com a situação, poisesse produto era extremamente fácil de serimportado a custo relativamente barato.Comungo com o pensamento daqueles queentendem ser importante, senão e,!U termosde segurança, pelo menos em continuidade, .a produção do petróleo em nosso' próprioPaís. Oque importa para o desenvolvimentoda Nação é o consumo do combustível, quemodificará o rendimento do esforço do tra­balho humano. A produção interna torna­se, assim, necessária. Hoje, com o advento'da crise por que o mundo atravessa, vemosisso com bastante clareza. A crise mundialarrasta, também, o nosso Pais a uma criseinterna, em razão das dificuldades de ob­tenção do produto e do aumento progressi­vo no preço de importação desse combus­tiveI tão necessário.

O Sr. João Climaco - Permite-me V. Ex.l>um aparte? .

O SR. DYRNO PIRES - Ouço V. Ex.l>com grande honra e satisfação.

O Sr. João Clímaco - Sr. Deputado Dyr­no Pires, no decorrer do Pequeno e do Gran­de Expediente de hoje, os oradores só foca­lizaram assuntos da mais alta importânciapara o nosso Pais. E V. Ex.a agora traz aoconhecimento da Casa vários temas que di­zem respetto ao crescimento da nossa Pá­tria. No princípio do seu discurso, falouV. Ex.a do Acordo Nuclear com a Alema­nha e lembrou muito bem aquelas confe­rências e palestras que se realizaram na an­tiga Guanabara, hoje Rio de Janeiro, emtorno da: energia nuclear para o Brasil,além .dos acordos que se promoviam na épo­ca entre a Alemanha, França e EstadosUnidos. Estive presente à magnifica pales­tra do Prof. Jurandir Pires Ferreira. Lá es­tavam presentes as mais altas autoridadesda Guanabara, inclusive embaixadores.Também falou V. Ex.l> sobre o problemadas minas de urânio do Município de SãoMiguel do Tapuio, no Piauí, que estão in­tactas à disposição do Brasil.

O SR. DYRNO PIRES - E agora,' emmaior quantidade, já uma nova prospecçãoencontrou também esse mesmo mineral, pa­ra nossa satisfação e alegria, em Oeiras.

O Sr. .João Clímaco - Também disso tiveconhecimento. O Piauí realmente está apa­recendo como fonte produtora' da riquezabrasileira. Mas, nobre Deputado, a terceiraparte do discurso de V. Ex.a diz respeito àprodução de álcool-motor. O Decreto-lei n.o1.409, de 11 de julho de 1975, encaminhadohoje a esta C.asa para ser submetido à apre­ciação dos sre, Parlamentares, propõe me­didas para incrementar a produção do ál-

cool com vistas a baratear o combustívelno nosso País. Se houver efetivamente ­e parece-me que haverá - por parte doGoverno e dos Ministérios da Agricultura eda Fazenda interesse de ir diretamente aosEstados fomentar, incentivar o plantio dacana, ela constituir-se-á em mais uma ri­queza br.asileira, pois atenuará o preço dopetróleo que está sendo consumido em gran­de escala no nosso Território.. Nobre Deputado, o discurso de V. Ex.a.

é, enfim, da mais alta importância, tantoque V. Ex.a foi aparteado por vários ilustrescolegas, entendidos no assunto, que congra­tularam-se com V. Ex.a, 'porque sentirama reíevãncía do tema, do mesmo modo queeu, Como representante da bancada de queV. Ex.a faz parte, como píauíense e brasí­leíro, senti-me satisfeito e orgulhoso. Aquiestou para também congratular-me com onobre colega e com o Presidente da Repú­blica que encaminhou esta mensagem, che­gando ela até nós exatamente no dia emque o assunto está sendo focalizado pelosDeputados mais ilustres desta Casa.

O SR. Dl,'RNO PIRES - Muito grato aV. Ex.a, eminente Deputado e amigo JoãoClímaco de AlmeIda. Minha admiração porV. Ex.a é bastante conhecida e sei que. re­almente, empolga-se ao saber de medidasdessa natureza. que farão a grandeza aonosso País, importando, diretamente, noprogresso do Estado que aqui representa­mos. V. Ex" muito tem feito, em toda asua longa vida pública, pelo progresso doPiauí.

Srs. Deputados, vejam a importância, nes­ta altura, das medidas ora preconizadas,como esta do aproveitamento do álcool­motor e do desenvolvimento do plantio dacana. no Nordeste, com a instalação dasdestilarias' necessárias, como a da explo­ração do xisto do Estado do Ceará e deoutros Estados. É que estamos sendo obri­gados a realizar empréstimos externos,agravando os nossos compromissos para ofuturo, e até a receber o ingresso de divi­sas destinadas à aquisição do controle acio­nário de empresas nacionais. Fatalidadesresultantes da emergência internacional,são, entretanto, problemas a serem equa­cionados, enquanto não nos causem- maio­res malefícios como a desnacionalizacão dasnossas mais heróicas atividades empresa­riais. É uma situação quase idêntica àquelacom que defrontamos às vésperas da IIGuerra MundiaL quando nossos títulos dedívida externa baixaram a nível de até 20%do seu valor normal, isso apesar de apre­sentarmos saldos na balanca comercial de20 milhões de libras, Contudo, esses 20 mi­lhões de libras eram insuficientes para co­brir o deficit da nossa balança de paga­mentos.

O SR. PRESIDENTE (ubaldo Barém)Lembro ao nobre- orador de que dispõe detrês minutos. _

O SR. DYRNO PIRES - Muito grato aV. Ex.a ; estou a concluir.

Hoje, entretanto, apesar do nosso endivi­damento ser muito maior" o Brasil vemmantendo uma taxa de crescimento eco­nômico tão notável que está espantandoo mundo. Vejam, Srs. Deputados. que esteproblema abordado. o da auto-suficiênciade combustível, nos leva até a sermos tole­rantes quanto à entrada de capital estran­geiro, fato que às vezes causa prejuízos àsempresas tradicionalmente nacíonaís, É esseo trabalho hercúleo que ora vem sendo rea­lizado, é essa a preocupação do Presidenteda República, é essa a preocupação de todaesta Casa, que nesta hora se regozija coma assinatura do contrato com a Alemanha,para a incursão nossa na era nuclear: éo decreto ora anunciado, para surpresa e

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5558 Sexta-feira S

felicidade minha, neste instante, do incen­tivo à produção de álcool anídríco, para sermisturado à gasolina. E, enfim, a perspec­tiva, que se anuncia, da exploração do xistobetummoso, para esse fi,m. 11l, além do mais,SI.". Presidente, matéria que mereceu deba­tes dos mais acalorados nesta Casa, que fezcom que aqui viesse ex-Diretor do Depar­tamento de Portos e Vias Navegáveis.Quando se debatia e se defendia, em reu­nião da Comissão de Transportes desta Ca­sa, a navegação no rio Tocantins é o apro­veitamento do desnível da Cachoeira de Ita­boca, S. s.a trouxe um estudo de umacomissão mista franco-brasileira, atravésdo qual se defendia a tese da nceéssídadede construção de um canal paralelo, decento e tantos quilômetros, em terreno ro­choso. Tratava-se de estudo inadmissivelpôr qualquer técnico. Travou-se então, nes­ta Casa, uma batalha para o aproveitamen­to hidrelétrico do desnível da Cachoeira deItaboca, medida que agora vai concretizar­se. A potência já não mais será de apepas4 milhões e 500 mil quilowatts, com os ...4.500.000 kWA que se defendiam naquelahora, mas já afogando a própria Cachoeirade Itaboca, para fazer-se uma barragem deTucuruí, com um potencial aproveitável daordem de 8 milhões de kWA. É exatamenteisto que nos mostra o otimismo que deve­mos ter neste instante em que as autori­dades deste País comungam com os homensresponsáveis e que têm assento neste Par­lamento, com os técnicos que, em seus la­boratórios, estudam intensamente para pro­piciar a energia necessária à multiplica­ção cada vez maior do esforço do trabalhohumano.

Caminhamos para a energia nuclear; va­mos ser auto-suficientes em combustível lí­quido, que estamos buscando tanto em Itaí­pu quanto em Tucurui, como a complemen­tação necessária àquela obra que permi­tiu a grandeza do Nordeste, que foi PauloAfonso. E, em proporções menores, por quenão falar também em Boa Esperança, noPiauí?

Sr. Presidente, a preocupação do Governoé a de fazer o Brasil ingressar na era nu­clear, acompanhando o ritmo da era daCibernética, com a mecanização das ativi­dades humanas em todos os setores e bus­cando, onde pode fazê-lo, o combustível eenergia necessários a colocá-lo entre asmaiores nações do mundo. (Palmas. O ora­dor é cumprímerrtado.)

DOCUMENTO MENCIONADO PELO DEPU­TADO DYRNO PIRES, CUJA PUBLICA­ÇãO FOI DEFERIDA PELA MESA

SUPREMO CONCLAVEDO BRASIL

Rito Brasileiro de MaçonsArrtígos, Livres e Aceitos

Oaixa Postal n.o 15D30/06Lapa - 20.000

Rio de Janeíro - GBI - Em 1967, o Grande Oriente do Bra­

sil realizou uma Sessão Magna de PompaCivica, em homenagem a Caxias. Foi ora­dor oficial o saudoso Marechal João Ba­tista de Matos, então Presidente do Ins­tituto de Hístórla Militar do Brasil. Aoencerrar a Sessão, como Grão-Mestre,pronunciei uma alocução, sobre a provoca­ção cubana daquela hora (o lançamentode um pacto de guerra revolucionária naAmérica Latina) e sobre o problemanuclear.

A esse respeito, salientava "o privilégioque as duas Superpotências do Clube Atô­mico, estranhamente unidas, querem man­ter, relativo à total utilização do átomo,exclusivamente para elas, proibindo a fa­bricação de explosivos nucleares, mesmo

DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

para fins pacíficos, até os de engenharia,pelos demais países". E acrescentava:

"Não podemos aceitar nenhum obstá­culo ao desenvolvimento tecnológico doBrasil. O País não quer produzir armasnucleares, mas não podemos aceitar quais­quer restrições, como Nação Soberana, aodireito da plenitude da utilização da ener­gia atôrníca para fins pacíficos, inclusivea fabricação de explosivos. Suas Excelên­cias, o Marechal Presidente Costa e Silvae o Ministro do Exterior Magalhães Pinto,sustentam firmemente a boa causa".

Referi-me ainda a dois pronunciamen­tos da maior importância, começando pelamanifestação do Embaixador Azeredo daSilveira, no "Comitê das Dezoito Naçõessobre o Desarmamento". S. Ex. a detém ho­je maior responsabilidade, pois é o Minis­tro do Exterior. "A, renúncia à tecnologianuclear pacífica, dizia ele, significa a re­dução drástica das possibilidades de pro­gresso. As Nações, que não dispuserem deum instrumento tão poderoso para o de­senvolvimento, estarão se colocando naposição nada invejável de depender com­pletamente da vontade unilateral das Po­tências Nucleares. Nenhum Pais tem o di­reito de decidir de antemão que há depermanecer subdesenvolvido. E o que émais grave: uma decisão desse tipo, to­mada com a sanção jurídica de uma obri­gação assumida em Acordo Internacional,equivaleria à traição das aspirações maislegítimas de seu povo em relação à con­quista de melhoria de padrão de vida paratodos". Na mesma línha de coerência, disseo Embaixador Sérgio Corrêa da Costa, aotomar posse do cargo de secretário-geraldo Itamaraty: "Se o Brasil não se equiparadequadamente, perderá a hora da revo­lução científica e tecnológica de nossosdias, mesmo antes de ter completado arevolução industrial do século 19".

"Em outras palavras, concluía eu: nãopodemos chegar atrasados à era do átomo,corno nos I'lzerarn chegar atrasados à erado petróleo. Se nos atrasarmos, ou nosatrasarem, novamente agora, não sairemosj amais do subdesenvolvimento".

II - Na Mensagem de Ano Bom, de 1968,ainda como Grão-Mestre, alertava maisuma vez os Maçons, dizendo-lhes, entreseus deveres presentes: "Temos que crescerna Ciência e na Tecnologia, que são asmatérias-primas do desenvolvimento eco­nômico e social, a fim de possibilitar aopovo brasileiro o conforto e os bens da Ci­vilização e repelirmos o neceoloníalísmoiminente. Em tecnologia nuclear esternosabaixo da Índia".

III - Em maio de 1971, ao receber aCondecoração de Mestre em Brasilidade,no Palácio Tiradentes, salientava o tríplícedesafio Iancado aos brasileiros: a indus­trialização do Nordeste, a ocupação daAmazônia e a posse do átomo".

IV - No ano seguinte, no mesmo Pa­lácio Tiradentes (15 de maio de 1972), aosaudar o eminente Professor Hervasío deCarvalho, Consultor em matéria nuclear doMinistério do Exterior, o qual ia proferirconferência sobre "Energia Nuclear", fo­calizando a Usina Atômica de Angra dosReis, a ser instalada, acentuei outravez a tese do pleno direito da utilizaçãoda energia atômica, como inerência à so­berania nacional.

V - Estamos agora no ponto crítico.

No dia 27 de junho corrente o GovernoBrasileiro vai firmar com a República Fe­deral da Alemanha um Acordo de Coope­ração Nuclear.

Há mais de 30 anos' vem o Brasil ten­tando dominar a tecnologia para a pes­quisa e beneficiamento de combustíveis

A~osto de 197!i

nucleares, a construção de reatores e aprodução de energia elétrica. Ocorre, po­rém, que o Acordo germano-brasileiro, coma aquisição inicial pelo Brasil, de oito rea­tores, está sendo vivamente obstacuüsadopelos Estados Unidos da América e tam­bém pela União Soviética, se bem que ja­mais o Brasil haja renunciado à utílízaçâopacífica do átomo, incluindo as explosões.

VI - Cientistas brasileiros, especializa­dos em energia nuclear, apontam que jáhouve, desde 1940, por pressão exterior,cinco oportunidades perdidas pelo Brasil,para iniciar um programa nuclear inde­pendente; basta lembrar que as três ultra­centrifugas, chegadas em 1957 ao Institutode Pesquisas Tecnológicas da Cidade Uni­versitária de São Paulo, estão estranha­mente emparedadas, não sendo vístas porninguém; convém ainda lembrar que ~ão

se deve evidentemente estabelecer lÍtm­biente para uma corrida nuclear, mas en­quanto estamos montando a primeira Usi­na nuclear em Angra dos Reis (parte nãopolêmica do programaj ya Argentina cons­trói a sua quarta Usina; é por fim opor­tuno lembrar que o Brasil é por certo oPais mais rico do mundo em urânio, mas aenergia para as indústrias brasileiras aindaprovém, em quase 30%, do bagaço dacana, da lenha e do carvão vegetal.. ep­quanto a China e a Índia fizeram a "ile­marage" atômica, e possuem até a bomba,o que conquistaram à revelia dos QuatroGrandes do Clube Atômico.

VII - Julgo que tenha estado sempre atraduzir O" pensamento maçônico, vívidonos quatro ângulos' da Pátria.

- Por tudo isso, e mais o que não' sedeve aduzir, proponho .que o Supremo Con­clave do Rito Brasileiro se dirija ao Sob :.Grão Mestre Geral do Grande Oriente doBrasil, para que o mesmo Grande Orienteconsidere o problema e, após os indispen­sáveis contactos com o Governo Federal,se decida sobre a conveniência, ou não,da. formação de uma frente nacional in­terna: sólida, coesa e ostensiva, por toão oPais, em consonância com a ação gover­namental, em prol da livre utilização doátomo, pelo Brasil.

VII - O SR. PRESIDENTE (Ubaldo Ba­rém). - Vai-se passar ao período destinadaàs oomuntcaçõea das Lideranças.

Tem a palavra o Sr. JG de Araújo~~~ I

O SR. JG DE ARAÚJO JORGE (MDB ­RJ. Sem revisão do orador.) - Sr. Presi­dente, Srs. Deputados, aproveito a oportu­nidade deste pronunciamento para me di­rigir em especial aos meus companheiros,não apenas do MDB, mas do próprio par­tido do Governo. Tenho para encaminhara esta Casa () que eu poderia chamar de"emendáo", porque são cerca de 25 emen­das à Constituição. Obviamente, para evi­tar a mão-de-obra que representa a co­leta de assinaturas de um terço de Depu­tados para apresentação de cada emenda,reuni-as todas numa mesma proposição.Começarei a recolher as assinaturas dosmeus companheiros, dos quais peço a aten­ção, porque vou referir-me às emendas queme parecem mais importantes e que têm,evidentemente, inegável conteúdo político,uma delas se refere ao díreíto de auto­convocação do Congresso. Como todos sa­bem, as antigas Cortes e Parlamentos, naépoca da monarquia e dos poderes abso­lutos, só podiam ser convocados pelos mo­narcas. A partir da demo.cratização doprocesso político os Parlamentos passarama ter o direito de autoeonvoeação. Pelanossa Constituição, art. 29, o CongressoNacional só poderá ser convocado, extraor­dinariamente, pelo Presidente da Repú­blica, ou pelo Presidente do Senado, emcaso de decretação de estado de sítio ou,'

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Agosto de 1975 DfARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 8 5559

ARENA; Ubaldo

ode íntervencão federal. A emenda queapresento permitirá ao Congresso auto­convocar-se extraordinariamente, direitoesse hoje consagrado por todas as demo­cracias ocidentais. Acrescento à alínea a,passando as alíneas a e b para b e c, daConstituição. A alínea a terá a seguinteredação:

"O Congresso Nacional reunir-se-áanualmente, na Capital da União, de31 de março a 30 de novembro. A con­vocação extraordinária do CongressoNacional rar-se-á:Alínea a) Pelos Presidentes da Câ­mara dos Deputados e do Senado,atendendo a requerimento conjunto depelo menos 1/3 de seus membros."

Outra emenda constitucional é a quedeve dar à alinea b, do art. 30, a seguinteredação:

"A Mesa da Câmara ou do Senado en­caminhará, por intermédio da Presi­dência da República, pedidos de infor­mações de parlamentares relacionadoscom qualquer matéria político-admi­nistrativa ou sujeita à fiscalização doCongresso Nacional ou de suas Casas."

Como todos sabemos, no momento, peloart. 30, os requerimentos de informaçõessão apenas encaminhados se houver, ma­téria correspondente em tramitação nesta

'Casa. Argumento que é injustificável, sobtodos os pontos de vista. Digo, no final dajustificação, "que muitas vezes a ação par­lamentar depende da informação, tal comoo diagnóstico e a terapêutica médica estãocondicionados aos exames de laboratório.Obviamente, todos os pedidos de informa­ção que os Deputados julgue necessários àsua ação legislativa devem ter tramitaçãoe ser encaminhados ao Ministério, existaou não matéria em tramitação na Casa,porque muitas -dessas informações se tor­nam necessárias para elaboração de proje­tos que interessam aos Parlamentares".

Há outra emenda, que cogita da inviola-bilidade do mandato:

"Os Deputados e Senadores são ínvío­láveis no exercício do mandato, empronunciamentos políticos, opiniões.palavras e votos, salvo nos casos deInrrlngêncía da lei penal comum."

Esta emenda que pretendo encaminhardá nova redação ao art. 32, da ConstituiçãoFederal, que diz:

"Os Deputados e Senadores são inviolá­veis, no exercício do mandato, por suasopiniões, palavras e votos, salvo noscasos de injúria, difamação ou calúnia,ou nos previstos na Lei de SegurançaNacional."

Na realidade, diz a alínea c do art. 30:"Não será autorizada a publicação depronunciamentos que envolverem oren­ras às Instituições Nacionais, propagan­da de guerra, de subversão da ordempúblíca ou social, de preconceitos deraça, de religião ou de classe, confí­gurarem crimes contra a honra ou con­tiverem incitamento à prática de cri­mes de qualquer natureza."

Parece-me, pois, dispensável as especifi­cações indicadas e a inclusão da expressão"ou nos casos previstos na Lei de Segu­rança Nacional", porque é uma repetição doque já se encontra especificado no art. 30da própria Constituição.

Em relação à perda do mandato, porprática de atos incompatíveis com o decoroparlamentar, apresento emenda dandonova redação ao art. 35 e suprimindo o §1.0 Este § l.0 me parece medida indispensá­vel, já que seus termos são ofensivos eatingem a dignidade do parlamentar. O

§ 1.0, do art. 35, estabelece os casos em que. o Deputado e o Senador perderão o man­

dato. Diz o § 1.0: "Além de outros casosdefinidos no Regimento Interno, conside­rar-se-á incompatível com o decoro par­lamentar o abuso das prerrogativas asse­guradas ao congressista, ou a percepção, noexercício do mandato, de vantagem ilícitasou imorais". Serão os parlamentares exce­ções? Não estarão todas as classes e pro­fissões sujeitas a ter no seu meio elemen­tos que possam comprometê-las? Por quesó o Poder Legislativo merece tais preo­cupações do legislador? E por que tais es­pecificações desprimorosas? Além do mais,o item Ir do citado artigo já estabelece aperda do mandato àquele cujo procedimen­to for declarado incompatível com o decoroparlamentar. Incrível, portanto, que taldispositivo tenha sido Incluído, o que nosconvence de que a emenda Constitucionaln.o 1, modificando a Constituição de 1967,foi feita contra o Poder Legislativo, nãoapenas com a intenção de cerceá-lo, de des­figurá-lo, mas até mesmo com o espírito deofendê-lo, como se caracteriza por esse dis­positivo.

Outra das emendas que apresento supri­me o § 4.° do art. 35. Diz o art. 35 e seu§ 4.°:

"Perderá o mandato o Deputado ou Se­nador se ocorrerem os casos dos itensIV e VI; a perda será automática e

declarada pelas respectivas Mesas."

Entretanto, o art. 152, § único, declara quea perda de mandato se dará mediante arepresentação dos partidos à Justiça Elei­toral, assegurado o direito de ampla defesa.

Por isso comenta o eminente constitucio­nalista Manoel Gonçalves Ferreira Filho,catedrático de Direito Constitucional daFaculdade de Direito da Universidade deSão Paulo, e autor dos "Comentários àConstltuição Brasileira - Emenda Consti­tucional n.O 1"; "Há uma aparente contra­dição entre o art. 35 e o art. 152 quandotratam da infedelidade partidária". E con­clui: "Ficamos num impasse: a perda domandato é automática e declarada pelaMesa ou tem que ser decretada pela JustiçaEleitoral?" O reconhecimento do impassepelo ilustre Professor é a comprovação deque a contradição não é aparente, mas ver­dadeira. Apresento, portanto, emenda quesuprimo o § 4.°, do art. 35. Com isso a perdade mandato se deverá processar por repre­sentação do partido à Justlça Eleitoral, as­segurando-se amplo direito de defesa aoDeputado ou Senador acusado de infideli­dade partidária e nunca uma perda auto­mática, por simples decisão da Mesa.

O SR. PRESIDENTE Ubaldo Barem) ­Informo V. Ex.a de que dispõe de 4 minutospara terminar sua oração.

O SR. JG DE ARAÚ,JO JORGE - Encer­rarei, Sr. Presidente. Pretendia formularoutras considerações, mas encerrarei comesta que se refere à possibilidade de votodo analfabeto na área do Município. Pelaemenda que apresentei dá-se nova redaçãoà alínea "a" do § 3.°, do art. 147, e acres­centa-se outro parágrafo ao mesmo artigo,que passará a dizer:

"Art. 147. Não poderão alistar-se elei­tores:a) os analfabetos, salvo nos Municí­pios;§ 4.° A lei disporá sobre a forma dealistamento para os eleitores especifi­cados na alínea "a", do presente ar­tigo."

Com isso se dará direito ao analfabeto devotar para prefeito e vereador. O programado MDB, partido a que pertenço, estabelece

o voto do analfabeto de forma ampla e in­distinta, não apenas na área municipal,mas na estadual e na federal. A concessãodo voto ao analfabeto, na área municipal,é da maior importância. O analfabeto nãoé um ignorante, senão um homem sem ins­trução. Muitas vezes, aprendendo na "es­cola da vida", com olhos de ver e ouvidosde ouvir, tem melhores condições de discer­nimento do que aqueles que tiveram acessoàs escolas e são muito mais politizados. Naárea municipal, geralmente o analfabetoconhece muito bem os problemas da suaregião, tendo condições, portanto, de par­ticipar do processo político.

Com esta emenda se amplia a participa­ção do povo, incorporando ao sistema polí­tico parcela maior de brasileiros, no mo­mento em que vamos decidir os nossos des­tinos através das eleições na área munici­pal. Parece-me que a emenda é da maiorimportância e do maior interesse, porquepermitirá, como estou dizendo, que grandenúmero de brasileiros atualmente margina­lizados, ingressem no exercício cívico dovoto e participem do processo de restaura­ção do regime democrático no País.

Reservarei para outra oportunidade oscomentários a algumas das emendas quevou encaminhar neste "emendão", visandoa colaborar com o meu partido, já que, emreunião da nossa bancada, sugeri fosseconstituída uma Comissão especial encar­regada de proceder ao estudo e à revisãoda Constituição de 1969. Não tendo sidoconstituída, até o momento, esta Comissãoe estando os companheiros a apresentaremendas esparsas - como eu próprio jáapresentei uma. que estrutura o critério deorganização das Câmaras Municipais emtodo o País, regulamentando o § 4.°. do art.15 - encaminharei à Mesa o "emendão",contendo cerca de 25 propostas, como co­laboração de um Deputado da Oposição. nosentido construtivo de reestruturar a Cons­tituicão de 1969 e restaurar o Estado deDireito e o regime democrático em nossoPaís.

O SR. PRESIDENTE (Ubaldo Barem) ­Com a palavra o nobre Deputado GabrielHermes.(DISCURSO DO SR. DEPUTADO GABRIEL

HERMES. RETIRADO PELO ORADORPARA REVISÃO.)

O SR. PRESIDENTE (Ubaldo Barem) ­Nada mais havendo a tratar, vou levantara sessão.

Deixam de comparecer os Senhores:Pará

Newton BarreiraCorrêa - ARENA.

MaranhãoVieira da Silva - ARENA.

Rio Grande do NorteVingt Rosado - ARENA.

ParaíbaAdemar Pereira - ARENA; Alvaro Gau­

dêncío - ARENA.

PernambucoCarlos Alberto de Oliveira.

BahiaLeur Lomanto - ARENA.

Rio de JaneiroAmaral Netto - ARENA; Nina Ribeiro

- ARENA.Mato Grosso

Benedito Canellas - ARENA; ValdomiroGonçalves - ARENA.

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5560 Sexta-feira 8 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção I) Agosto de 19'7;;

Suplentes

CÓDIGO CIVIL

Comissão EspecialMembrosEfetivos

CAMARA DOS DEPUTADOSAVISOS

TRAMITAÇAO DOS PROJETOS DECóDIGOS CIVIL E PROCESSO PENAL

Apresentação de emendas em plenário ­(15 Sessões ordínarlas.)

Junho: 23 (início do prazo) - 24 - 25 ­26 - 27 (6."-feira) = 5 Sessões ordiná­rias.

Agosto: 4 - 5 - 6 - 7 - 8 - 11 - 1213 - 14 e 15 (6."-feira) (término do prazo)= 10 Sessões ordinárias.

CONFERÊNCIAS

Dia 12-08 - 10 noras - Professor Alfre­do Lamy Filbo.

Dia 12-08 - 15 horas - Professor JoséLuiz Bulhões Pedreira.

Dia 13-08 - 10 horas - Professor RubensRequião.

Dia 14-08 - 10 horas - Professor Tor­quato Castro.

Dia 14-08 - 15 horas - Professor SylvioMarcondes Machado.

Local: Sala 8-A - Anexo II

CÓDIGO DE PROCESSO PENAL

Comissão Especial

MembrosEfetivos

MDBJoel FerreiraRubem DouradoAirton SoaresRosa FloresJosé Costa

ARENASantos FilhoHugo NapoleãoFernando GonçalvesEduardo GalilIgo LossoGastão Müller

Presidente: Deputado Sérgio MurílloVice-Presidente: Deputado Peixoto FilhoVice-Presidente: Deputado José SallyRelator-Geral: Deputado Geraldo Freire

Relatores Parcrais:

Deputado José Sally:

Livro I - Disposições IntrodutóriasLivro X - Disposições Finais e Transi-

tórias

Suplentes

Deputado Peixoto Filho:

Livro II - Da Justiça Penal

Deputado Lidovino Fanton:

Livro III - Dos Atos ProcessuaisLivro VIU - Das Relacões Jurisdicionais

com Autoridades Estrangeiras

Deputado Ivahir Garcia:

Livro IV - Do Processo de Conhecimentoaté o Título Ir - Do Procedimento Or­dinário - Capítulo III - Da Repre­sentação do Ofendido

Deputado Antônio Mariz:

Livro IV - Do Processo de Conhecimen­to - Título II - Do Procedimento Or­dinário - Capítulo IV - Da Denúnciaou Queixa até Capítulo XII - Da CoisaJulgada

Deputado José Bonifácio Neto:

Livro IV - Do Processo de Conhecimen­to - Título UI - Dos ProcedimentosIncidentais até o final do Livro IV

Deputado Claudino Sales:

Livro V - Do Procedimento Sumário - eLivro VI - Dos ProcedImentos EspeciaisDeputado Freitas Nobre:

Livro VII - Da Reparação do Dano Cau­sado pelo Crime

Deputado Ibrahím Abi-Ackel:

Livro IX - Do Processo Executório Penal.

CONFERÊNCIAS

Dia 13 - Professor José Frederico Mar­ques - 15 horas.

Dia 14 - Professor Benjamim de MoraesFl1ho - 15 horas.

Local: Sala 8-D do Anexo II.

Para recebimento de Emendas em Plenário(art. 245, § 1.0. do Regimento Interno.)

1) Projeto de Resolução n,? 30175, que dánova redação ao art. 205 do RegimentoInterno da Câmara dos Deputados. (Do Sr.Francisco Amaral.) (1."" Sessão.)

2) Projeto de Resolução n,v 31/75, cue al­tera a redacão do item lU do art. 31 doRegimento Interno. para criar a ComissãoEspecial dos Investimentos Estrangeiros noPaís, na forma que especifica. IDo Sr. Se­bastião Rodrigues Júnior.) (l." Sessão.)

3) Projeto de Resolução n,v 32175, que al­tera os arts. 23 e 28 do Regimento Internoda Câmara dos :)eputados. (Do Sr. WllmarDallanho1.) - (l." Sessão.)

4) Projeto de Resolução n,v 33175, que al­tera o Regimento Interno da Câmara dosDeputados para o fim de criar a ComissãoPermanente dos Direitos e Interesses daFamilia. (Do Sr. Jorge Arbage.) (1." Ses­são.)

MDBTancredo NevesBrígtdo TinocoCelso BarrosMac Dowell Leite de

CastroIsrael Dias-Novaes

MDB

José Bonifácio NetoSérgio MurilloFreitas NobrePeixoto FilhoLidovino Fanton

MDBErasmo MartinsPedroTarcisio DelgadoFernando CoelhoMário MoreiraOswaldo Lima

ARENA

Geraldo FreireJosé Sal1yIbrahim Abi-AckelClaudino SalesIvahir GarciaAntônio Maríz

ARENACleverson 'I'eíxeíraJoão LinharesFlávio MarcilioLauro LeitãoGeraldo GuedesRaimundo Dírnz

Presidente: Deputado Tancredo NevesRelator-Geral: Deputado João LínharesRelateres-Parei ais :

Deputado Brígida Tinoco:

Parte Geral

Deputado Raimundo Diniz:

Livro I - ObrigaçôesDeputado Geraldo Guedes:Livro II - Atividade NegocialDeputado Lauro Leitão:Livro lU - Das Coisas

Deputado Cleverson Teixeira:

Lrvro IV - Da FamiliaDeputado Celso Barros:Vvro V - Sucessões e Livro Comple­

mentar

ARENAMarcelo LinharesNey LopesHenrique CórdovaAntônio MorimotoTheobaldo BarbosaCid Furtado

3

PROJETO N.o 920-A, DE 1972

1

PROJETO N.o 819, DE 1975

Discussão única <::0 Projeto de Lei n,? 819,de' 1975, que regula as ações de despejo dehospitais, unidades sanitárias oficiais, es­tabelecimentos de saúde e ensino. Penden­tes de Pareceres das Comissões de Cons­tituição e Justiça e de Eecnomía, Indústriae Oomércío , mo Sr. Blotta Juníor.)

ORDEM DO DIAEM URGÉNCIA

Discussão

Discussão única do Projeto de Lei n.?920-A, de 1972, que dispõe sobre captaçãode recursos para construção de casas po­pulares ou alojamentos destinados a estu­dantes universitários e dá outras providên­cias; tendo pareceres: da Comissão deConstituição e Justiça, pela constituciona­lidade e [urídícídade; da Comissão deEducação e Cultura, pela aprovação, comSubstitutivo, contra os votos dos Srs. Be­zerra de Melo, Albino Zeni e, em separado,do Sr. Oceano Carleial; e da Comissão deFinanças, pela aprovação, nos termos doSubstitutivo da Comissão de Educação eCultura. (Do Sr. Francisco Amarat.r ­Relatores: Srs. Luiz Braz, Jarmund Nassere Atrnê Coury.

4

PROJETO N.o 70-A, DE 1975

Discussão prévia do Projeto de Lei n."70-A, de 1975, que prevê a instalação depostos e estações experimentais de pisci­cultura em todos os açudes públicos doNordeste; tendo parecer, da Comissão deConstituição e J'u.stíça, pela inconstitucio­nalidade. (Do Sr. Inocêncio Olíveíra , )Relator: Sr. Lidovino Fanton.

Santa Catarina

Valmor de Luca - MDB.

Rio Grande do Sul

Mário Mondino - ARENA; Vasco Amaro- ARENA.

VIII - O SR. PRESIDENTE (Ubaldo Ba­rem) - Levanto a sessão, designando paraa Ordinária da próxima segunda-feira, aseguinte

EM TRAMI'l'AÇAO ORDINaRIA

Discussão

2

PROJETO N.o 1.330-B, DE 1968

Discussão única do Projeto de Lei n,v1.339-B, de 1968, que disciplina profissão deGeógrafo, cria o Conselho Federal e osConselhos Regionais de Geógrafos Profis­sionais, e dá outras providências; tendopareceres: da Comissão de Constituição eJustiça, pela constitucionalidade, comemenda; da Comissão de Educação e Cul­tura, pela aprovação, com Substitutivo; e,da Comissão de Trabalho e Legislação So­cial, pela aprovação, nos termos do Subs­trtusívo da Comissão de Educação e Cultura,PARECERES A EMENDA DE PLENÁRIO:da Comissão de Constituição e Justiça, pelaconstitucionalidade e juridicidade; da Co­missão de Educação e Cultura, pela apro­vação, com subemenda ao Substitutivoanteriormente adotado pela Comissão; e,da Comissâo de Trabalho e Legislação So­cial, pela aprovação. - Relatores: Srs.Nasser Almeida, Luiz Henrique e SiqueiraCampos.

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Agosto de 1975 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 3 5561

Oomlssões Permanentes

1CONITSSAO DE AGRICULTURA E

POLíTICA RURAL

Reunião: dia 28-8-75Bora: 10:00 horas

Pauta: Comparecimento do Sr. Superin­tendente da SUDEPE - Josias Luiz Gui­marães.

2

COMISSAO DE CmNCIA E TECNOLOGIA

Reunião: dia 10-9-75Hora: 9:30 horas

Pauta: Comparecimento do Prof. J. AllenBynek - Diretor do Depto. de Astronomiae Astrofisica, da Universidade de North­western - EUA.

Local: Auditório Nereu Ramos.

3

CONITSSAO DE COMUNICAÇõES

Reunião: dia 13-8-75Hora: 10:00 horas

Pauta: Comparecimento do Coronel En­genheiro Adwaldo Cardoso Botto :le Barros- Presidente da Empresa Brasileira deCorreios e Telégrafos.

4,

COMISSAO DE CONSTITUIÇAO EJUSTIÇA

Reuniões: terças, quartas e quintasRora: 10:00 horas

5COMISSAo DE ECONOMIA, INDÚSTRIA

E COMÉRCIO

Reunião: dia 14-8.75Hora: 10:00 horas

Pauta: Comparecimento do Sr. LourençoVieira da Silva - Presidente do INCRA.

Reunião: dia 21-8-75Hora: 10:00 horasPauta: Comparecimento do Sr. Alfredo

Rizkallah - Presidente da Bolsa de Valo­res de São Paulo.

6

COMISSAO DE SAúDE

Reunião: dia 3-9-75Hora: 10:00 horas

Pauta: Compareehuento do Dr. PauloArgola da Cruz Rios - Presidente da Fun­dação Hospitalar do DF.

7COMISSAO DE SERVIÇO PÚBLICO

Reunião: dia 21-8-75.Hora: 10:00 horas

Pauta: Comparecimento do Coronel Ad­waldo Botto de Barros - Presidente daEmpresa Brasileira de Correios e Telégra­fos.

Reunião: (lia 28-8-75Hora: 10:00 horas

Pauta: Comparecimento do Sr. WalterBorges Graciosa - Presidente do IPASE.

COmissões Temporárias

Especial:

CONITSSAO ESPECIAL DE DESENVOL­VIMENTO DA REGIAO CENTRO-OESTE

Reunião: dia 14-8-75Hora: 10: 00 horas

Pauta: Comparecimento do Engenheiro­Agrônomo Edmundo da Silva Taques -

Secretário da Agricultura do Estado deMato Grosso.

De Inquérito:

1

"CPI PROTERRA"

Reunião: dia 12-8-75.Hora: 9:00 horas

Pauta: Comparecimento do Presidente daConfederação dos Trabalhadores na Agri­cultura - CONTAG; do Presidertte da Fe­deração dos Trabalhadores na Agriculturade Pernambuco e do Presidente da Coope­rativa dos Produtores de Açúcar e Alcool dePernambuco.

Local: Sala das CPIs.

2

"CP! SISTEMA PENITENCIARIO"

Reunião: dia 12-8-75Hora: 16:30 horas

Pauta: Comparecimento do Dr, AugustoGafreé Thompson - Diretor do Departa­mento do Sistema Penitenciário do Estadodo Rio de Janeiro.

Local: Sala das CPls.

-- XX

Reunião: dia 14-8-75Hora: 16:30 horas

Pauta: Oomparecímento do Dr . AlvaroMayrink da Costa - Juiz de Direito da7.a Vara Criminal do Rio de Janeiro.

Local: Sala das CPls.

-- xx--Reunião: dia 19-8-75Hora: 16:30 horas

Pauta: Comparecímento do Dr , Estáeiode Lima - ProL Catedrático de MedicinaLegal da Universidade Federal da Bahia.

Local: Sala das CPIs.

3

"CPI DO MENOR ABANDONADO"

Reunião: dia 12-8-75Hora: 16:30 horas

Pauta: Comparecimento do Dr, MárioAltenfelder.

Local: Plenário da Comissão de Educa­ção e Cultura.

CONGRESSO NACIONAl.

1

PROPOSTAS DE EMENDAli. CONSTITUIÇÁO

N.oS 11 E 12, DE 1975-CN

"Dá nova redação ao artigo 36 da Consti­tuição." <Mandato Parlamentar - Convoca­ção de Suplente.) - (Autores: Srs. JorgeArbage e Petrônio Portella.)

Comissão Mista

Presidente: Deputado Jairo BrumVice-Presidente: Senador Ruy SantosRelator: Deputado Parente Frota

Prazo

Até dia 5-9-75 - no Congresso Nacional

2PROPOSTA DE EMENDA

li. CONSTITUIÇAON.o 13, DE 1975-CN

"Dá nova redação ao artigo 104 da Emen­da Constitucional n.o 1, de 17 de outubro

de 1969." (Funcionário Público investido demandato eletivo.) (Do Sr. Gomes da Silva.)

Comissão Mista

Presidente: Deputado Jarbas VasconcelosVice-Presidente: Senador Saldanha DerziRelator: Deputado Nelson Marchezan

CALENDÁRIO

Dia 14-8-75 - Reunião da Comissão paraapreciação do parecer do Relator, às 10:00horas, na Sala de Reuniões da COmissão,Auditório do Senado Federal:

Até dia 20-8-75 - Apresentação do pa­recer, pela Comissão;

Prazo no Congresso Nacional: até dia20-9-75.

3

PROPOSTA DE EMENDAli. CONSTITUIÇAO

N.O 14, DE 1975-CN

"Dá nova redação ao item I do art. 57 daConstituição." (Projetos envolvendo maté­ria financeira.) (Do Sr. Epitácio Cafeteira.)

Comissão Mista

Presidente: Senador Arnon de MelloVice-Presidente: Senador Ruy CarneiroRelator: Deputado Ivahir Garcia

DIa 13-8-75 - Reunião da Comissão paraapreciação do parecer do Relator, às 10:00horas.

Até dia 23-8-75 - Apresentação do pare­cer, pela Comissão;

Prazo no Congresso Nacional: até dia20-9-75.

4

PROPOSTA DE EMENDAli. CONSTITUICAON.O 15, DE 1975-CN

"Altera a redação do artigo 55 da Cons­tituição, dispondo sobre a expedição deDecreto-lei pelo Presidente da República."(Autor: Sr. Jader Barbalho.)

Comissão Mista

Presidente: Deputado Nadyr RossettiVice-Presidente: Deputado Santos FilhoRelator: Senador Eurico Rezende

CALENDARIO

Dias 6. 7, 8, 11, 12. 13, 14 e 15-8-75 ­Apresentação das emendas, perante a Co­missão;

Prazo no Congresso Nacional: até dia26-9-75.

5

PROPOSTA DE EMENDAli. CONSTITUICAON.o 16, DE 1975-CN

"Imprime nova redação ao eaput do arti­go 14 da Constituição ... (Criação de Mu­nicipios.) Autor: Sr. Italivio Coelho).

Comissão MistaPresidente: Senador Dirceu CardosoVice-Presidente: Senador Ruy SantosRelator: Deputado José Machado

CALENDÁRIO

Dias - 6, 7, 8, 11, 12, 13, 14 e 15-8 _Apresentação das emendas, perante a Co-missão; ,

Até dia 28-8-75 - Apresentação do pare­cer, pela Comissão;

Prazo no Congresso Nacional: até dia27-9-75.

Page 50: Odemir Furlan Sobre o Consumidor

5562 Sexta-feira S DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Agosto de 1975

6

PROJETO DE LEI COMPLEMENTARN.o 7, DE 1975-CN

"Altera disposições da legislação que re­gula o Programa de Integração Social(PIS) e o Programa de Formação do Pa­trrmônío do Servidor Público (PASEP).(Autor: Poder Executivo - Mensagensn.OS 168/75-PE e 49/75-CN).

Comissão MistaPresidente: Senador Otair BeckerVice-Presidente: Senador Ruy CarneiroRelator: Deputado João AlvesPrazo no Congresso Nacional: até dia

31-8-75.'7

MENSAGEM N.O 45, DE 1975-CN

Submete à delíberacão do Congresso Na­cional texto do Decreto-lei n.? 1.402, de 23de maio de 1975. que "altera a redação doart. 4.° do Decreto-lei n.o 1.083, de 6 defevereiro de 1970, que dispõe acerca doImposto Único sobre Minerais" . (Autor:Poder Executivo - Mens. n.o 151/75-PE.)

Comissão Mista

Presidente: Deputado José Carlos TeixeiraVice-Presidente: Senador Otair BeckerRelator: Deputado Nereu Guidi

Prazo

Até dia 24-8-75 - no Congresso Nacional.

8MENSAGEM N.o 46, DE 1975-CN

Submete à delíberacão do Congresso Na­cional texto do Decreto-lei n.? 1.403, de 23de maio de 1975, que "isenta dos Impostasde Importação e sobre Produtos Industria-­hzados as importações de componentes des­tinados ao Programa de Construção Navale Plano Diretor da Reparação Naval".(Autor: Poder Executivo - Mensagem n.o152/75-PEJ

Comissão Mista

Presidente: Deputado Aurélio CamposVice-Presidente: De p u t a d o Alexandre

Machado.Relator: Senador Alexandre Costa

Prazo

Até dia 24-8-75 - no Congresso Nacional.9

MENSAGEM N.o 47, DE 1975-CNSubmete à deliberacão do Congresso Na­

cional texto do Decreto-lei n.> 1.404, de 28de maio de 1975, que "dispõe sobre gabarí­tos de construções nos bairros do Leme,Copacabana, Ipanema e Leblon, na cidadedo Rio de Janeiro". (Autor: Poder Exe­cutivo - Mensagem n.> 154175-PE.)

Comissão MistaPresidente: Deputada Lygia Lessa BastosVice-Presidente: Senador Roberto Satur-­

nino.Relator: Senador Renato Franco

Prazo

Até dia 29-8-75 - no Congresso Nacional.

10

MENSAGEM N.o 50, DE 1975-CN

"Submete à deliberação do CongressoNacional texto do Decreto-lei n.O 1.405, de20 de junho de 1975, que "dispõe sobre re,·cursos destinados ao Fundo de Apoio aoDesenvolvimento Social - FAS, e dá outrasprovidências". (Autor: Poder Executivo -­Mensagem n.o 181/75 - PE.)

Comissão MistaPresidente: Deputado Henrique CardosoVice-Presidente: senador Helvídio NunesRelator: Deputado Josias Leite

CALENDÁRIOPrazo

Até dia 24-8-75 - na Comissão Mista:

Até dia 21-9-75 - no Congresso Nacional.11

MENSAGEM N.o 52, DE 1975-CN

Submete à deliberação do Congresso Na­cional texto do Decreto-lei n.? 1.406, de 24di" junho de 1975, que "altera a redação doparágrafo único do art. 26 do Decreto-lein.? 667, de 2 de julho de 1969, que reorgani­za as Polícias Militares e os Corpos de Bom­beiros Militares dos Estados, dos Territóriose do Distrito Federal". (Autor: Poder Exe­cutivo - Mensagem n.v 195/75-PEJ

Comissão Mista

Presidente: Senador Ruy SantosVice-Presidente: Deputado Januário Fei­

tosa.

Relator: Deputado Theodoro MendesPrazo

Até dia 24-8-75 - na oomtssão Mista;Até dia 21-9-75 - no Congresso Nacional.

IX - Levanta-se a Sessão às 18 horase 30 minutos.

(DISCURSO DO DEPUTADO JOãO MENE­ZES, NA SESSãO VESPERTINA DE5-8-75.)

O SR. JOÃO MENEZES (MDB - PA. Co­mo Líder.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,em nome da Liderança do Movimento De­mocrático Brasileiro vimos tratar de as­sunto que reputamos do maior interesse nãosó do ponto de vista econômico, do pontode vista de segurança, como também doponto de vista social.

Antes de mais nada, se pudéssemos mere­cer a atenção dos Srs. Deputados, gostaría­mos que, após este pronunciamento, pen­sássemos na formação de um grupo deDeputados que reunisse todas as áreas' donosso Pais. no sentido de resolver um pro­blema, para o qual se pretende dar soluçãoantícconõmíca, anti-social, contra a segu­rança e contra tudo que diz respeito ao bem­estar e ao progresso da nossa Nação.

Seria da maior repercussão que, nesta ho­ra .em que ocupamos, em nome da Lideran­ça do MDB, a tribuna desta Casa, não viés­semos abordar problemas responsáveis pelaestrutura de manutenção das bases políti­cas deste País, como por exemplc o quediz respeito à distensão política, à reformaconstitucional. ao AI-5. ao Decreto-lei n.?477, à censura' à imprensa, c a tantos outrosassuntos polêmicos que estão. na verdade,a suscitar discussões e a merecer a atençãoda opinião pública.

Entretanto, hoje, aqui estamos, mais umavez, para tratar de assunto que também épolêmico, pois diz respeito à forma deocupaç::'o do vale amazônico, que poderáservir, estamos certos, de sustentáculo bá­sico para a economia brasileira e de supor­te estrutural para o saneamento da com­balida situação financeira nacional, com aexploração do minério da serra dos Oarajás,situada no coração geográfico do Estado doPará.

Não é de hoje que nos batemos, nestatribuna, alertando a consciência nacionalpara a necessidade que tem o Brasil de atin­gir, a curto prazo, o mesmo estágio de de­senvolvimento alcançado por nações de ca-

racterístieas assemelhadas às nossas, semque isto implique comprometimento da nos­sa soberania.

O Governo Federal tem procurado am­pliar essas perspectivas, através da explo­ração de nossas riquezas e potcncíaltdadesconsubstancíadas nas reservas minerais,cujos estudos iniciais ovtdenctam resultados'altamente satisfatórios.

É certo que essa emancipação não viráse não nos conscientizarmos da ímportãn-.cía do papel que nos cumpre desempenhar,no momento, governo e povo, unidos e vol­tados para os mesmos objetivos e os mes­mos ideais.

Como tivemos oportunidade de frisar, emconferência que pronunciamos no Clube deEngenharia, no Rio de Janeiro, no segundosemestre do ano passado, estávamos e ain­da estamos diante de um fato da maior im­portância para a Amazônia e para o Brasil,representado pela exploração do minério deferro da Serra dos Carajás, localizada nosul do Estado do Pará. Trata-se, realmente,de matéria da maior profundidade, um~vez que envolve extraordinária fonte de ri­queza para o desenvolvimento do País ecujo aproveitamento deve ser feito com to-'do o cuidado, a fim de que, na medida em.que a extração desse minério contribua pa­ra o fortalecimento da nossa economia, aju­de, também, na solução do problema socialbrasileiro.

A questão do aproveitamento e da re­cuperação do vale amazônico - nunca serádemais repetir - continua sendo uma dasmais graves para o futuro da nossa nacio­nalidade, pela importância que tem a imen­sa bacia equatorial para a nossa economiae para a nossa própria segurança; pelaresponsabilidade que nos cabe de preservare desenvolver aquele incomparável patri­mônio que tanto avulta aos olhos do mun­do mormente na época atual, como um dosfenômenos mais extraordináríos e singula­res de toda a natureza, pela significaçãoque tem na geopolítica do Continente co­mo a maior soma de riquezas naturais emestado potencial de nosso hemisfério, so­bretudo para a produção de matérias-pri­mas tropicais, em confronto com outras re­giões de iguais latitudes, que tenham sidocampo ou pasto de exploração do imperia­lismo industrial; pela massa territorial querepresenta na área total do nosso País, decerca de metade deste, sem incluir a baciaTocantins-Araguaia; pela correlação quemantém com este sistema fluvial que de­flui do planalto goiano para o estuário ama­zônico em busca de saída para o Atlântico,e que permite, em linhas estratégicas oucomerciais as comunicações interiores doextremo Norte com todo o Brasil Central.

Apesar de todo o enfoque que se tem dadoa medidas tendentes a promover o sanea­mento e a ocupação da Amazônia, elas narealidade têm-se perdido na imensidão dovale, com resultados pouco propícios paraa região e, muitas vezes, altamente, rentá­veis para aqueles que foram explora-la.

Os problemas aí estão. plantados na Ama­zônia. Todos os diagnósticos já superaramos cálculos mais otimistas, evidenciandosuas viabilidades quanto ao estãnío, à bau­xita, o manganês, o ferro, o ouro, os dia­mantes, a sal-gema e o calcário, que, den­tro da Região Amazônica, como riquezasinexploradas, continuam cada dia mais fo­calizadas pela cobiça dos negociadores e ne­gocistas internacionais que, sem nenhumavivência dos problemas públicos, procuramdar solucões imediatas que lhes dêem altasrentabilidades, sem nenhuma visão do pro­blema social que, como a enchente dos gran­des rios, vai afogando, na miséria, na difi­culdade, no abandono das gentes que têm

Page 51: Odemir Furlan Sobre o Consumidor

A!osto de 1975 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Se:xta-feira 8 5563

a bravura, a coragem, a capacidade e ­quem sabe? - o destino de viver na Ama­zônia. P)is bem, parece que essa região,abençoada por Deus, mostra aos governan­tes e aos brasileiros o caminho que lhe po­<leria tirar da situação em que está, coma exploração breve que se dará com a ex­txação dos minérios da Serra dos Garajás,plantada no âmago da terra paraense ,

, O' assunto da exploração e escoamentodos minérios da Serra dos Carajás, por serpcíêmíco, deveria merecer o debate pú­blico, deveria merecer o exame de tantosque possam contribuir para o seu equaeío­namento racionalizado e patriótico, a aten­ção, enfim, de todos os que se interessampelos problemas brasileiros. Entretanto, otema Serra dos Carajás, não sei por que,e ,:p,ão atínamos por que, vai sendo resolvidosem' nenhum debate, sem o menor eonsen­so, alheio à opinião pública. Quando vempara o domínio público já é fato consu­mado, assunto decidido e encerrado, Nãoentendemos por que se chegou à ccncíusãosimplista de que, no escoamento do mí­ri~iio a ser produzido na Serra dos oaraíás,fie deve abandonar o meio natural, ou seja,o hídrovíárío, que, naturalmente, abririamàíores perspectivas para a vida amazôní­C&. ,Não entendemos por que se vai darPTererência a um sistema - o ferroviário~ que vai deixar atrás de si, como já estádeí:ltando, a ferrovia do manganês, apenasos buracos da Serra do Navio e uma es­tzada canhestra que não levou à região do~tado do Amazonas nenhum progresso,apenas o agravamento do problema social.11lldagamos e não obtivemos resposta: porque não usar a hídrovía com o aproveita­mento da bacia do Araguaia-Tocantins, amaior bacia hidrográfica do mundo, para,através dela, se levar a civilização, aocupação, a saúde, a instrução, o trans­porte ao continente amazônico, enfim, aoportunidade de vida melhor que tantos es­peram? Por que - índegamos - com a pró­pria riqueza que se vai extrair do solo ama­zôníeo não se faz uma tentativa posítlva deeoíonísar e ocupar a Amazônia? Não adian­ta, o Superintendente-Geral da "Engenhariada Amazônia - Mineração S,A." afirmarque a escolha do transporte ferro, íárln dominério de ferro da Serra dos Oarajás, noPará, preteriu o htdrovíárío, obedecendo aum amplo estudo técnico de viabilid ades, doqual participaram firmas de consultoriatécnica, tais como consultores independen­tes e empresas técnicas. De que vale o Dr.Paulo Vivacqua afirmar que a CompanhiaVale do Rio Doce não tenha sofrido qual­quer pressão por parte da sua associada noProjeto Oarajás, a empresa norte-america­na United States Steel, para que fosse ado­tado o transporte ferroviário do minério,esquecendo-se do Porto do Espadarte, quepoderia servir aos Estados da Regi:3.o Ama­zônica, inclusive o Maranhão, além de nosdar possibilidades no aproveitamento hí­drelétíco da região? De que. valem todas es­sas afirmativas vazias de conteúdo, aindaque fosse mais fácil - oue não é -- de quese fizesse o escoamento do minério por viaferroviária, jogando-se de lado um proble­ma social intenso que está fermentando ca­da dia mais, dentro da Região Amazônica,pela sua não-ocupação? De que vale passara exportar com menos um ou dois anos dediferença o minério de ferro, se nesse mes­mo período n problema da ocupação do es­paço amazônico se torna mais grave, maisperigoso, do ponto de vista estratégico,diante da cobiça dos que querem negóciofácil e dos países estrangeiros que visam ar­rancar a seiva para o seu desenvolvimento?Quando vemos a defesa que fazem da ferro­via para solução do transporte do minérioda Serra dos Carajás, lembramos a sériede artigos escritos e publicados no Jornaldo Brasil, sob o titulo "Para o Aproveita-

mcnto das Vias Fluviais", do eminente bra­sileiro Professor Barbosa Lima Sobrinho,quando ele examina o fato que nós qua­lificamos de violento, quanto à Amazônia,quando se abandona a nidrovía pela fer­rovia.

Diz o Professor Barbosa Lima Sobrinho:"Be, pelo menos, fosse construída a viaférrea dos Carajás a rtaquí por conta dosexportadores do minério, ainda se poderiahesitar, embora não esquecendo que umadespesa feita pela Companhia Vale do RioDoce não poderia deixar de interessar a to­do o Brasil, mesmo que se limitasse aos51% do controle acionário e que os outros49% corressem por conta da United StatesSteel". "Mas" - pergunta o Professor Bar­bosa Lima Sobrinho - "será que ambasaceitariam ter todas as despesas da cons­trução e responder pelos deficits da explo­ração ferroviária? Além do mais, hoje nãosabemos bem como está o controle acioná­rio para exploração da Serra dos Carajás,uma vez que já se fala também na partici­pação de gt:upos de japoneses, ingleses eespanhóis" .

O Sr. Dyrno Pires - V. Ex." aborda umdos temas maís delicados e sérios: o es­coamento do minério da serra dos Oaraiás.Como eu, o nobre colega participou, naLegislatura passada, dos estudos realizadospela Comissão de Transportes, para a qualfoi convocada o então Diretor do Departa­mento de Portos e Vias Navegáveis. Apre­sentou S. S." um estudo feito por uma co­missão mista franco-brasileira, que sugereo aproveitamento do rio Tocantins para oescoamento daquele minério, Referido tra­balho, eivado de falhas, propunha, inclusive,no trecho de Tucuruí-Marabá a cons­trução de um canal para o deSVio' da corre­deira ali existente. Esse canal tornou real­mente impossível, naquele ano o escoa­mento e a navegação por aquel~ rio dadoo alto custo que representaria a obrli. Na­quela ocasião, tivemos oportunidade deapont.ur as falhas desse projeto. V. Ex."ta:mbem - lembro-me agora - disse aoD.lretor do Departamento, que não se po­dia abandonar o trabalho de aproveitamsn­ti:: hidroelétrico daquele desnível, onde po­dlam ser captados 4.500.000 quilowatts.ora, observação de V. Ex.", já àquelaepoca - -iuero frisar isso - era bastan­te procedente, Hoje o projeto foi abando­nado. Surgido o problema ferroviário asatenções se voltam para o aproveitamentohidrelétrico daquela região. possibilitandopor conseguinte, o estabelecimento de uma:nav.egação. Pe;rde q Brasil apenas a opor­tunídade dos fínanclamantos que tinha pararealizar a navegação do rio Tocantins. Feli­cito V. Ex." pelo tema abordado, de altaimportância não só para o Estado que re­presenta, como para todo o Brasil.

O SR. JOAO MENEZES - Muito gratopelo aparte de V. Ex." o mais grave aindaé que hoje o GDverno está assinando con­vênio para instalação de uma hídroelétrícaem Tucuruí, no Tocantins. Parece que oMinis1,ro foi a Belém esta semana e assinouum convênio para iniciar a obra, Se foraproveitado o sistema já da hidroelétrieado Tueuruí, se for usado o sistema hídro­viário para exportação do minério da Serrados Carajás, ficará reduzido em cerca de30% o seu custo, porque das barragens, emnúmero de 8, vão ser suprimidas talvez 3ou 4, com a construção da hidroelétrica deTucuruí. Esse é realmente um problema damaior profundidade. Permitam-me termi­nar minhas considerações iniciais e depois,então, entraremos no debate do assunto.

O Sr. ElU"ico Ribeiro - Permita-me umaparte, Deputado João Menezes, porque omomento é oportuno.

O SR. JOAO MENEZES - Pois não.

o Sr. Eurico Ribeiro - Nobre colega JoãoMenezes, V. Ex." está abordando um assuntoda maior importância. Apenas fá-lo de ma­neira tal que parece que o Brasil tem fron­teiras, ou seja, que o Pará e o Maranhãonão fazem parte do mesmo País.

O SR. JOliO MENEZES - Aí é que está oerro do nobre colega.

O Sr. Eurico Ribeiro - V. Ex." não abor­dou o ponto mais importante dessa ques­tão, isto é, o que determinou a construçãodessa ferrovia foi a importância do portode ttaqut, para a exportação do minério deferro. Por mais que V. Ex."' defenda osinteresses do Pará, não haverá condiçõesde se construir no Pará um porto igual ao deItaqui, porque ele é um porto natural. Foia natureza que nos concedeu aquela dá­diva. V. Ex."' defende com brilhantismo a.idéia de que o minério da serra dos Cara­jás deve ser exportado por via hidrográfica,mas todos os estudos já foram feitos, e oGoverno não está assumindo essa respon­sabilidade sem ter convíccão absoluta deque está agindo certo. É o' aproveitamentodo porto natural de Itaquí que determinaa implantação dessa ferrovia. E ela vaibeneficiar o Pará, o Maranhão e todo o Bra­sil.

O SR. JOãO MENEZES - Muito gratoa V. Ex." pelo aparte. Certamente, V. Ex,'"não ouviu o início do meu discurso. Quandofalei aqui que desejava ...

O Sr. Eurico Ribeiro - Mas tenho ouvidoV. Ex." falar outras vezes sobre esse mes­mo assunto.

O SR. JOliO MENEZES - ... se formasse,com representantes de todas as regiões doPaís, uma comissão de defesa dos interessesda Amazônia, na qual estaria incluído oMaranhão, não tive a segunda intenção dedefender apenas os interesses do Pará, emdetrimento do Maranhão.

O Sr. Eurico Ribeiro - Mas V. Ex." dáa impressão de defender o contrário.

O SR. JOÃO MENEZES - Na minha opi­nião, dever-se-ia construir outro porto, lána ponta do Espadarte, que beneficiaria oPará, o Maranhão, o Mato Grosso e toda aAmazônia. O dinheiro que se vai gastar naconstrução da ferrovia da serra dos Cara­jás a Itaquí poderia ser empregado numsistema hídrovíárío. Deste modo, povoaría­mos mais densamente a minha região, oMaranhão e toda a Amazônia, uma das maisextensas regiões do País. Mas quero conti­nuar minha exposição, para depois entrar­mos no debate sobre o assunto.

O Sr. Dyrno Pires - Comungo do pontode vista de que o escoamento do minérioda Serra dos oarajás deve ser feito por hr­drovia. Defendo esta tese não como mara­nhense, ou como paraense, ou porque essesistema atende a ambos os Estados. maspelo seu aspecto econômico porque pode­riamos, inclusive, aproveitar a energia hi­drelétrica do Tocantins.

O SR. JOÃO MENEZES - O porto deItaqui deve 'até ser ampliado,

P Sr. Dyrno Pires - Estou inteiramentede 'acordo com V. Ex." também neste ponto.

O Sr. Eurico Ribeiro - Ele já existe.O SR. JOãO MENEZES - Mas o porto

de Espadarte também precisa ser construí­do. Prossigo, Sr. Presidente.

O que não entendemos é que se vá deixarde ocupar a Amazônia-sob as alegações maísímedíatístas, quando temos, de passagem,assunto polêmico em que se tem demons­trado, como o fez o Engenheiro e Econo­mista Tupy Corrêa Porto, que defendeu asolução hidroviária com o aproveitamento

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do Tocantins e o Porto de Espadarte, à íu­sante de Belém, de perspectivas muito maisamplas para o desenvolvimento regional doque a solução adotada, da f~rrovia.

Aí está o estudo, de autoria do consórciofranco-brasileiro, que reúne a empresa"SGTE - Sacieté Generale de Techniqueset D'Etudes" e a "Lasa Engenharia e Pros­pecções S.A.", que retratou o plano geralpara hídrovías e navegações no Brasil, dan­do ao estudo prioridade à execução do tre­cho Tocantins, da foz, a Tueurui, para pos­sibilitar, por via fluvial, o transporte dominério da serra dos Oarajás, mostrando aimportância das obras necessárias para tor­nar navegável o rio Tocantins entre Mara­bá e Tucuruí, de modo a viabilizar a expor­tação do minério de ferro de oaraíás, alémde abrir para o País um porto maritímo,beneficiando Goiás, Mato Grosso, Pará eMaranhão.

A nós, da Amazônia, de nada valem in­formações atribuídas ao Ministro ShigealdUeki, das Minas e Energia, que já ficou tãofalado com os contratos de riscos para pros­pecções de petróleo, que teria dito, em Be­lém do Pará, em encontro com as classesempresariais, que o Pará contará com re­cursol expressivos sobre minerais a nartirdo momento em que for iniciada a ex­tração do minério, conforme declarou aoJornal "A Província do Pará", em 6-4-1974.

Esquece-se o Ministro de que, ao lado deentrar mais alguns cruzeiros para o Esta­do do Pará, o mais importante é a colo­nização ordenada da Amazônia e, para oPaís, é'a ocupação da região, pois aí estátudo por fazer. Sem levarmos. ainda emconsideração o problema da segurança na­cional, que não pode nunca deixar de servisto e olhado na Bacia Amazônica.

Tem sido uma constante, Sr. Presidente,entre oS governos do chamado Brasil re­volucionário o fato de se invocar a segu­rança como fator primordial ao desenvol­vimento. O General Emílio Médici, quandode sua passagem pela Presidência da Re.pú­blíca, com seus chamados "projetos de im­pacto", insistia em que "COnquistar e man­ter o desenvolvimento com segurança,liberdade, independência e respeito ao ho­mem" constituia meta b~sica de sua admí­nrstracão. E acrescentava: "construir noBrasil- a sociedade desenvolvida, democrá­tica, independente e livre, assegurando, as­sim a viabilidade econômica, social e polí­tica' do Pais". Em verdade, segurança há;Q que não tem havido, é eoerêneía na ado­ção de determinadas medidas ditas "sanea­doras", fruto da inabilidade tecnocrata quese implantou no Pais ao longo dos últimosonze anos.

Nós sabemos que precisamos explorar ominério dos Oarajás, mas precisamos vero problema da região para que, com o pro­duto de sua própria riqueza, se beneficiee se encontre o progresso.

Então, temos que localizar um meio quefaça com que se povoe a região, se leve otransporte, a ínstrucâo, a saúde e o ensino,como fatores transcendentais para o nossodesenvolvimento.

Dai defendermos, na oportunidade' quese nos oferecem, a' tese dé nosso povoamen­to ordenado, levando assistência e culturaà Amazônia. Isso tem de ser encarado comofator preponderante no desenvolvimento doPaís e do equilíbrio da economia brasúeira.Esses povoamento na Região Amazônica, emface de sua imensa rede fluvial, tem deser feito prioritariamente através do siste­ma hidrográfico.

Nós, políticos, e todos que tenham res­ponsabilidade perante a Nação brasileira,especialmente a desamparada Amazônia,

não poderíamos deixar de enfocar tão im­portante assunto, para dizer e expressar anossa opinião de que se pratica uma vio­lência e se age contra as forças naturais,geográficas e estruturais da Amazônia, pre­ferindo o sistema ferroviário, em vez dohídrovtárío, que será sempre a via naturalde aproveitamento na Região Amazônica,pelas circunstâncias de ser ela um labirintode águas recortando e cruzando a sua áreaem todas as direções.

Lá pelos idos de 1940, quando se discutiaa criação da Superintendência do Plano deValorização da Amazônia, foi dito: "Temosvisto até aqui a importância que, para aeconomia da região, tem a navegação flu­vial e como o complexo hidrográfico condi­eíona a vida de relações das suas popula­ções, Todo o sistema de transporte na Ama­zônia se subordina ao rio, como via prin­cipal que, por sua vez, fica subordinada àscircunstâncias geológicas, à inclinação dasterras, ao regime-rdas chuvas e à vegetaçãomarginal, quanto aos embaraços ou às fa­cilidades que ofereçam à sua utilização co­mo meio de transporte ou de comunicação.Para ter-se uma idéia do que o rio tem re­presentado na Bacia Amazônica, até comofator politico, basta considerar que não te­ria sido possível a dilatação das nossas fron­teiras, muito além da linha de Tordesilhas,não fossem as facilidades que os rios ama­zônicos -ofereceram à nossa expansão ter­ritorial. De outra maneira, Pedro Teixeiranão teria podido levar os nossos limitesquase aos contrafortes dos Andes, na suaaudaciosa penetração até o alto da Cordi­lheira".

Estudos já foram feitos, em quantidade,por firmas francesas, brasileiras, SUDAM,Ministério dos Transportes, Departamentode Portos e Vias Navegáveis, mostrando asrazões de vantagens ou desvantagens entrea implantação hidroviária e a ferroviária,e, como conseqüência, a localização do portode escoamento, ser no Pará ou no Maran­hão, com todos os seus dados _técnicos ecaracterístãcas, inclusive basamento decustos. O que realmente não foi feito é umrelacionamento social, entre o que repre­senta para a Amazônia e para o Pais, entraa hidrovia e a ferrovia, apesar de estudose publicações esparsas, que surgem aqui eacolá, mostrando enfabicamente o que re­presenta o uso da massa líquida amazônicaem correlatívtdade à sua posse, à sua segu­rança e ao seu imenso problema social. Po­demos citar, entre outros, a carta que rece­bemos em agosto de 1973, do Sr. Leão Ma­garínos, acompanhada 'de estudos magnífí­cOS da revista "Portos e Navios", que diz:"Certamente por falta de coordenação e deplanejamento global, parece-nos que a Na­ção está sob o risco iminente e grande deter de arcar, em futuro. próximo, comtremendos sobrecustos de perda de opor­tunidade, ao não se incluir o escoamen­to do minério da serra dos Oarajás nasatividades que contribuiriam para finan­ciar e dar maior rentabilidade ao grandeprojeto do aproveitamento integral do rioTocantins, o "Rio da Integração Nacional",tão exaustivamente estudado pelo DNPVNdo Ministério dos Transportes".

Se não chegarmos à conclusão de conven­cer as autorídades constituídas e técnicasa planificar e educar a bacia hidrográficaAraguaia/Tocantins, a maior do mundo, se­remos os responsáveis, os culpados peloatraso deste País. O dia em que a Ama­zônia tiver condições econômicas e finan­ceiras, passará, sem dúvida, a representarsuporte de crescimento e de progresso. Nãopode continuar, apenas, como fonte de re­servas naturais e como ponto de apoio paraque outras regiões se desenvolvam. I!J preci­so que se olhe a Amazônia não como fonte

de lucro imediato, mas, acima de tudo, co­mo base indispensável à contribuição dodesenvolvimento do Pais. Se temos paraestudos, além do aproveitamento da baciaAraguaia-Tocantins, as soluções ferroviá­rias e hidroviárias, por que não aproveitaresta, se, econômica, social e tecnicamente,é mais produtiva do que aquela? •

Ai fica o nosso espanto e a razão de eon­tínuarmos nossa luta por um Brasil melhor,em que todos possam ser tratados igual­mente, em que todos tenham iguais OPQl'­tunidades e idêntico tratamento.

Em síntese, o que pretendemos é que se.faça, tendo em vista as condições especifi­cas da região, a hídrovía como meio deaproveitamento da imensa massa líquida,a fim de que assim possamos empreender,em profundidade, com patriotismo, a mar­cha tão desejada, efetiva, para o desen-,volvímento da Amazônia, promovendo, co­mo .conseqüência, o aproveitamento poten­cial de imensas áreas sem destino certo eque se encontram, no momento, sem eon..:­díções de habitabílidade e progresso. . .

O Sr. Luiz Rocha - Preferi permanecerouvindo V, Ex.a durante todo o seu pro-onunciamento, oportunidade que me fez l'et­lembrar, ainda quando nesta Casa eu -nâo­estava, os discursos que V. Ex." havia p1'.o­nunciado nesta Câmara sobre os mlnéeíos­da Serra dos Carajás. Devo dizer a V. Rlt.a- e especialista- não SOl.: no assunto.v nem­tampouco procurei estudar com o detalhe.natural e técnico com que -eada um tensa.analisar uma matéria para trazê-la ao de­bate nesta Casa - que indiscutível ti,"e V. Ex.a já reconheceu e reafirmou dessatribuna que Deus deu ao Pará os minériosna serra dos Carajás e, ao Maranhão, oPorto de Itaqui. Não se precisa mais deprocessos químicos para adquirir o ferrono Pará, nem usar a engenharia para seconstruir um novo porto no Maranhão, poisjá existem o minério da serra dos Oarajúse o Porto de Itaqui. Reclamou V. Ex.a quea alternativa hídrovíáría era a mais eon­veniente. Reafirmando que não sou técnicono assunto, só devo esclarecer a V. Ex.aque, usado o sistema hidroviário seria pre­ciso naturalmente construir-se um novoporto ou um porto no Pará, para que sepudesse fazer a exportação do mínéríc de.oarajás. Pois bem, haveria duas despesasou dois gastos em altos custos para a cons­trução da hidrovia e, conseqüentemente, do.porto. No caso da alternativa ferroviária"haveria, naturalmente, a custos mais bai-,xos, a construção da estrada de Carajás aoporto de Itaquí, e lá encontraria um portonatural construído, já em condições de f;t-,zer a exportação do minério de Caraj ás,Quanto à outra afirmação de V. Ex.a de que'a alternativa hídrovíáría viria a beneficiaruma vasta região, possibilitando o nasci­mento de povoações, V. Ex.a, como corrhe-,ceder do assunto, sabe que, com a constru­ção da ferrovia Carajás--Itaqui, tambémpassando por uma grande floresta amazô-,níea - podemos assim afirmar, uma gran­de região deserta - haverá possibilidade depovoamento dessa região, criando-se e fi­xando-se novas povoações, novas vilas no­vas cidades que nascerão às margens dessaestrada. E, conseqüentemente, haverá umentendimento amplo, não aquele amor na")"

. tural que tenho pelo Maranhão, como filmodaquela terra, como V. Ex.a tem pelo pará.,como filho daquele Estado, mas, antes demais nada, há. um amor maior, que -todosnós, nesta Casa, temos o dever de expressare defender, que é o amor pelo Brasil. EsteBrasil é grande e naturalmente temos quereconhecer que ele existe de Norte a Sul, de.Leste a Oeste, sem diferenciações, sem dis­criminações. Antes de mais nada, quando>o interesse do Pais está em jogo, os interes-,ses regionais devem ficar à margem e não

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A~osto de 1975 DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 8 5565

ser trazidos para a tribuna desta oasa.paraque se processe aqui uma discriminação re­gíonal, que não é o que V. Ex.a está a fazer,nesta tarde.

o.sn. JOÃO MENEZES _ Ainda bem queY Ex." faz essa ressalva.

O Sr. Luiz Rocha - Quero dizer apenas- expressar, mesmo, nesta hora - que nemeu' nem V. Ex,'" não estamos nesta Casapata fazer discriminações quanto a qual­quer região deste País, quando o interesseda Nação estiver em jogo. Essa foi a deci­são do Governo. Estava em jogo o interes­se do País. Conseqüentemente, a alterna­ti va ferroviária tomada pelo Governo Fe­deral foi, no seu entender, a correta e queatende aos altos interesses da Nação.

O SR. JOÃO MENEZES _ Muito gratopelo aparte de V. Ex.a Justifico seu apartepelo' desconhecimento que tem do proble­ma, como de resto, todo o povo brasileiro,porque ao povo esse assunto de Carajáspassou a ser místeríoso. Ninguém debate oassuto de. Oarajás , Temos a impressão _até para usar a expressão em moda - dequ.e e "existe certa infiltração, de que ordemnão sabemos, com o sentido de dar ao pro­blema amazônico, ao problema do Brasil,uma solução que não atende à nossa eco­ncmía, à nossa segurança, ao nosso pro­blema social. Que força estranha é essaque ê;;tã Íillilmiínáo a OOiUOM l!lltUUl i)àrfl.o escoamento dos minérios de Carajás?V, Ex.a sabe que esse assunto não é tratadona imprensa, mas raramente aqui e acolá.Esse projeto foi entregue pela Cio. Vale doRio Doce a uma empresa, a Valuec. SabeV.' Ex." o que é Valuee? É uma Consultoriadirigida tecnicamente pela Uníted SteelCorporation, segundo foi dito na revista"Portos e Navios", de maio de 1975, voI.XXIIr, n.? 189, fls. 21. Foi essa empresaque fez esse levantamento na Amazônia,foi ela que fez os estudos em relação à hi­drovia e à ferrovia. para chegar à conclu­são de que se deveria optar pela ferrovia.

,V. Ex.", sem conhecimento do problemadeclara que a ferrovia era mais barata:Saiba V. Ex." que antes mesmo de se dar apartida ao problema de oarajas. já há cer­c~ de 8 anos, a United States Steel pensavaem solução ferroviária. V. Ex.a sabe que,que, quando se começou a estudar Oarajásse fazia um embasamento de preco na baséde 870 milhões de dólares para éonstrucãoda ferrovia Carajás-ltaquL Hoje ela estáorçada em 3 bilhões de dólares. E aindanão se iniciou, não se começou essa estrada.V. 'Ex.a vê que as informações que tem por­que são raras e esparsas, são insuficientespois, existe uma cortina de fumaca paraninguém debater esse assunto; e fumandovêm a público, chegam filtrados, e mal fil­trados. V. Ex.a pensa que a distância deOarajás a ItaQJ1i é pequena. São cerca demil quilômetros de estrada...

. O Sr. Luiz Rocha - São 680 km.

O SR. JOÃO MENEZES - Até o Porto deItaqui?

O Sr. Luiz Rocha - São 680 km,O SR. JOAO MENEZES - São 870 km

marcados no papel, calculados lá de cima:nos aviões. Na floresta ninguém penetrouninguém sabe a direção que vai tomar áestraga, em função de obstáculos que teráou nao de enfrentar.

O Sr. Luz Rocha - V. Ex.'" citou a Va­luee, que está fazendo o levantamento.

O SR. JOÃO l\mNEZES - V. Ex.a defen­de a instalação de uma ferrovia para Ca­rajás e esquece da ferrovia instalada noAmapá, na Serrado Navio. O que ela dei­xou para a colonização da Amazônia?Deixou a miséria, o problema social, os bu­racos na estrada. Não deixou nada, aoso-

lutamente nada, apenas os lugares ondeainda existe um resto de manganês. É istoque temos de ver. E até por que o Governopretende dar cobertura à instalação de urnaferrovia na Amazônia? Em contrapartida,acaba "de demitir, na Guanabara, numcentro desenvolvido do País, a Direto­ria da Estrada de Ferro local, por incapaci­dade, por falta de ação. Imaginem, se nãoternos gente para cuidar de uma ferrovia naCapital de um Estado dos mais progressis­tas do País, como teremos pessoas paratratar de uma ferrovia na Amazônia? É umcontra-senso.

Mas hoje se estabelece um ponto de vistademasiadamente acentuado, procura-se atédesviar o assunto, quando se pretende tra­tar do problema hídrovíárío para a expor­tação do minério de carajás. Fala-se atéem forças estranhas e que forças ocultasestão procurando impedir a instalação daferrovia. Não é isto. Queremos que o Go­verno use o caminho natural que lá está,ou seja, a água, que nos cerca em todas asdireções. Abandonando os técnicos a hídro­via e preferindo a ."errovia, se estará come­tendo uma dístorsâo econômica e social con­tra a Amazônia e contra o País, principal­mente agora que este mesmo Governo seprepara para instalar a hidrelétrica deTucuruí, que representa quase um terço dasbarragens que teriam de ser reítas para Q

apr<lVêitá.mêiitô hídrovíárlo da maior baciahidrográfica do mundo, cem cerca de oito­centas mil quilômetros quadrados: a BaciaAraguaia-Tocantins.

O Sr. Luiz Rocha - Permite V. Ex.'" ago­ra o aparte?

O SR. JOAO MENEZES - Vê V. Ex.a,nobre Deputado, que o problema não éaquele que V. Ex.a vê. V. Ex.'" pensa que es­tou aqui como paraense e V. Ex.a como ma­ranhense . É um erro, Deputado: estamosaqui como brasileiros porque o problemasocial lá está se acumulando. Temos umproblema terrivel, hoje, na Amazônia, coma construção da Transamazônica. Há pro­blema social imenso e crescente.

O Sr. Luiz Rocha - Permite-me V. Ex."?O problema social só existirá em razão deuma alternativa: hldrovlárla ou ferroviá­ria.

O SR. JOãO MENEZES - Sabe V. Ex.acomo o povo chama a Transamazônica lána região? Chama-a de Transamargura. Ese V. Ex.'" não viu, não tem conhecimentodisso procure ver a reportagem feita, háoito ou dez dias, pelo "Jornal do Brasil",com fotografias e depoimento pessoal deum cidadão que teve a coragem de atraves­sar a Transamazônica e retratar a situa­ção para o Governo. O Governo não sabeo que está passando lá, mas agora, coma reportagem e com o que se diz, ele teráde tomar conhecimento do que lá se veri­fica, a fim de que não continuemos comoestamos.

O Sr. Luiz Rocha - Permite V. Ex." umaparte?

O SR. JOãO MENEZES - O problema naAmazônia é mais social do que outro. SabeV. Ex.a que o Sr. Presidente da Repúblicadeclarou, em sua Mensagem, que o Pais es­tava tranqüilo, porque até as guerrilhas lána Amazônia estavam terminadas. SabeV. Ex.'" quanto tempo atuaram essas guer­rilhas na Amazônia? Anos e anos a fio. por­que é uma região abandonada, uma regiãoque não recebe influxo do Governo. assis­tência e proteção de espécie alguma.

O Sr. Luiz Rocha _ Permite V. Ex.a umaparte?

O SR. JOÃO MENEZES - E agora quetemos oportunidade. com o ferro tirado denossas minas, de povoar a região, de levar

educação, saúde e segurança àquela região,de penetrar no problema social, vamos dei­xá-lo de lado para fazer uma estradtnhade ferro de Carajás a Itaqui, na qual cer­tamente ocorrerão desastres como os daCentral do Brasil, pois não disporá de pes­soal para manutenção. Fatalmente no fu­turo, após se tornar antieconômica a explo­ração de mina será arrancada pelo Gover­no, como o foi a Belém-Bragança, que di­ziam ser deficitária. O mesmo aconteceucom a Madelra-Marmoré, Pois bem, diante<lesses exemplos todos, vem o Governo e dizque construirá uma ferrovia na Amazônia,destinada a transportar o minério de Cara­jás Alguma coisa existe aí.

O Sr. Luiz Rocha - Perrnrte V. Ex." umum aparte?

O SR. JOl\O MENEZES - Faz-se neces­sário que esse assunto seja debatido, parasabermos o que acontece. Já pensou V. Ex.",como político, quanto custará o transporteda tonelada de minério de ferro atravésde uma ferrovia que vá de oarajas a Itaqui?

O Sr. Luiz Rocha - Quanto custará porvia hídrovíáríaç

O SR. JOAO MENEZES - Cerca de umterço do valor por via ferroviária se tomar­mos custos globais:

O Sr. Luiz Rocha - O parecer técnico'da Vale do nio Doée afírmà exatamente Ócontrário, que os custos rerrovíáríos são in­feriores aos hidrovlárlos, principalmentecom a retificação que deverá ser feita noleito do rio Tocantins.

O SR. JOÃO MENEZES _ Não faça talafirmativa, nobre Deputado.

O Sr. Luiz Rocha - É o parecer técnicoda Vale do Rio Doce. Observo que o desco­nhecimento a mim imputado por V. Ex.aé seu, porque faz afirmação contestando ostécnicos da Vale do Rio Doce.

O SR. JOÃO MENEZES - Não são téc­nicos da Vale do Rio Doce, são técnicos daValuec.

O Sr, Luiz Rocha - Faz V. Ex.a outraafirmação não verdadeira.

O SR. JOÃO MENEZES - É isso o quecontesto.

O Sr. Luiz Rocha - Peço a V. Ex.a queme conceda o aparte. Gosto do debate aber­to e franco, mas não gosto de quem fogedele, porque dá a impressão de que nãofala a verdade quando faz afirmações.

O SR. JOAO MENEZES - Vou dar umexemplo a V. Ex.'" O transporte pela Estra­da de Ferro Vitória-Minas, que tem o seucurso num leito magnifico, está custando3 dólares por tonelada. Quanto não custa­rá o transporte nessa estrada que se pre­tende implantar que, muitas vezes maiordo que a Vitória-Minas, ficará perdida, de­samparada dentro das matas, tendo de atra­vessar regiões que não conhecemos? Não,nobre Deputado, esse assunto precisa serdebatido pelo Governo, o Poder Executivoprecisa chamar todos para o tabuleiro, dasdiscussões e provar à Nação brasileira quaisas razões de ordem econômica, social e desegurança que estão levando o País a optarpor uma solução ferroviária ao invés deuma solução hídrovtáría, aquela mais con­dizente com os interesses e com a configu­ração da região.

Agora mesmo, no Clube de Engenhariado Rio de Janeiro - não em Belém do Pa­rá - estão-se reunindo OS engenheiros bra­sileiros, procurando fazer um bloco parademonstrar a impropriedade do aproveita­mento ferroviário para a exportação de mí­nérío de Carajás. É o Clube de Engenhariado Rio de Janeiro, não é ninguém de Be­lém do Pará. Este é um problema nacío-

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nal, que está aí, latente, que está mere­cendo a atenção da opinião pública. Pode:ríamos perguntar qual o interesse em sefazer a exportação através da ferrovia epor que dar contratos a longos prazos, compreços convenientes, a firmas exportadorase a firmas mineradoras. Já se disse que oBrasil não vai aderir à APEP, associaçãode países que pretendem preço justo parao minério. Por que ninguém debate esseassunto? Foi preciso a vinda aqui, na Co­missão de Inquérito das Multinacionais, deum representante, não sei se do Vale doRio Doce ou da Valoec. O interpelado, naComissão, começou a fazer tanto rodeio,que o nobre Relator, Deputado RerbertLevy, disse-lhe: "Não, Senhor. Eu quero queo Senhor explique quais as razões da pre­ferência entre ° porto e a ferrovia". Estám, nobre Deputado, na Comissão de In­quérito das Multinacionais. V. Ex. a pode.de acordo com os depoimentos prestadosna Comissão das Multínacíonaís, aquilataro que se está passando neste País, paraavaliar a situação da Amazônia.

O Sr. Luiz Rocha - V. Ex. a está se con­tradizendo, porque di,<;,se que havia um pa­no negro na frente, que ninguém sabia oque ocorria com os minérios de Carajás ea exportação pelo porto de Itaqui. Portan­to, já há um debate franco e aberto sobreo tema; conseqüentemente, só se V. Ex. a

..IlM T,{lffil:lll p-onhecinlP.UT.o rli.'l<;{}. mw> "",T.J5

se' ·contl'âciizendo.. quànct;; diz qúe~-;;-~ ;~~:dade, na Comissão das Multinacionais odebate é franco, aberto e, inclusive, o Sr.Relator da matéria, Deputado HerbertLevy fez um pedido ao representante. cujonome V. Ex. a não sabe ou não se lembra ...

O SR. JOÃO MENEZES - Era o repre­sentante da Valoec, que lá compareceu nodia 5-6-75.

O Sr. Luiz Rocha - ... a fim de saberqual a alternativa que era mais justificávele que mais interessava aos interesses daNação. Sei que V. Ex. a , naturalmente, co­mo bom paraense e bom político, não é da­queles que usam esse tema da Serra dosCarajás e da não exportação do mínéríopelo porto de Itaqui como instrumento elei­toreíro. tema que tem sido usado por mui­tos com o objetivo de multiplicar votos. Pa­ra mim não desejo isso, e sei que V. Ex. a

não necessita utilizá-lo para tal fim.O SR. JOÃO MENEZES - Eleição, agora,

só se for para o Diretório Nacional.O Sr. Luiz Rocha - Sei, definitivamente.

que o tema tem sido utíhzaôo, não no sen­tido dos altos interesses do Pará, do Ma­ranhão ou do País, mas, antes de mais na­da, dando uma satisfação ou um recadoàqueles que, à hora das eleições, têm o po­der de decidir para dizer: "Esse, sim, ficouao lado do nosso Estado; esse, sim, defen­deu, brigou, lutou pelo nosso Estado, pelanossa gente, pelos nossos interesses". Essatem sido a capa, o pano negro, que se temapresentado em torno do grande tema deinteresse do nosso Pais: o minério de Ca­rajás e o porto de Itaqui.

O SR. JOÃO MENEZES - É lastimável,nobre Deputado, que V. Ex. a diante de umassunto da prorundídade- deste que focali­zamos, leve o debate para o rumo que querlevar.

O Sr. Luiz Rocha - Não, eu não estoulevando para nenhum rumo. Foi V. Ex. a

quem conduziu o assunto nesses termos e,inclusive, não concedeu os apartes que so­licitei em determinadas oportunidades, fa­zendo-me ficar ...

O SR. JOãO MENEZES - ... Nervoso.

O Sr. Luiz Rocha - ... permanentemen­te no castigo, porque fugiu ao diálogo. Ago­ra o permitiu porque a força do debate se

Irnpôs a V. Ex.·, como bom parlamentar ehomem acostumado ao diálogo, sentiu quena verdade, estav.a traindo a tradição desteParlamento e fugia ao debate, como se nós,o povo brasileiro, os parlamentares destePaís nada conhecêssemos sobre o segredoe o pano negro que encobre o minério daSerra dos Carajás, .a ferrovia que liga aSerra dos Carajás ao porto de Itaqui.

O SR. JOãO MENEZES - Nobre Depu­tado, V. Ex.a é injusto ao dizer que fujo aodebate. Estou quase tendo que pedir umaparte a V. Ex. a para poder continuar omeu discurso. V. Ex. a, sim, está levando oassunto para outro setor, que diminui a nóspolíticos. Acho que nós, políticos, quandotratamos de um assunto dessa envergadura,desse diapasão, não devemos chegar a miú­dos, a trocados. Caso contrário, nos desmo­ralízamos e não teremos mais autoridadepara coisa alguma. Vim à tribuna assumiruma responsabilidade como brasileiro, co­mo homem da Oposição, como politico. Nãovim defender problemas do Pará ou do Ma­ranhão. Isto não, Deputado. O problemasocial da Amazônia é dos mais graves. SeV. Ex. a conhecesse o resultado da Confe­rência dos Bispos, realizada na Amazôrriaficaria boquiaberto. O problema interess~a V. Ex. a , a J?i:n, a todos nós, porque é desegurança. La e uma zona de fermentacãoque está apodrecendo. Precisamos socorrê~1..... ""no .... lJ..-._ --.]..". ...._1-_••__ :ri> ......... _ 1._.L ~_~

.La., UO...1.-U.Lt: \..vut:a lrUl.a.• .I!J a l.lV.:::J.:u:t. ,tULu;t. abu~a.

é O aproveitamento da exportação d~ miné~rio da Serra dos Caraj ás lá cío Estado doPará. Que se dê cobertura' à sua região, quese aproveite uma região completamenteabandonada, como a do Araguaia e do To­cantins, que não tem ninguém. Lá nãoexiste nada, só abandono tristeza pássa­ros, peixes, bichos, epidemias e riq~ezas nosu?solo. Como é que vamos deixar de apro­veítar a zona, dar-lhe cobertura educacâoenfrentar o problema social qu~ndo temo~oportunidade de fazê-lo coin recursos ex­traídos da própria Região. Por que vamosdeixar de ocupar uma vasta região parafazer uma ferrovia sem significacão social?Não tenho _nada contra o porto'de Itaqui,no Maranhao. Se puder fazer alguma coisapara defender aquele porto, estarei prontoa fazê-lo porque ele é necessário. Agora épreciso povoar a Amazônia, tomar contada Amazônia. Caso contrário, continuaremosno abandono, sujeitos à cobiça dos negocis­tas e exploradores. Os problemas estão lá,latentes. Só não os vêem quem não quer.

O Sr. Nunes Leal - Nobre Deputado, sem­pre admirei o espírito de luta de V. Ex. a ,meu antigo conhecido e, como eu, homemque admira e defende muito a Amazônia.Estava ouvindo o discurso de V. Ex. a doG.abinete e agora aqui estou para ofere­cer-lhe este pequeno aparte. Lamento queV. Ex.a não tenha estado aqui quando dapresença do Presidente da Vale do Rio Do­ce, com sua equipe técnica. S. s.a expôsdetalhadamente a situação para todos nós:Parlamentares. Eu também tinha dúvidasquanto à solucão técnica e econômica des­te problema, devido à minha simpatia pelasolução hídrovtáría, que, à primeira vista,parece a mais indicada. Fiquei plenamenteconvencido de que a solução por Itaqui éa única possível, simplesmente porque éimpossível fazer um porto no Pará em con­dições de exportar minério. Estou acompa­nhando este assunto. Pretendo trazer a estaCasa os .escíarecímentos necessários, por­que, por coincidência, quem irá presidir es­sa Companhia, que é uma subsidiária daVale do Rio Doce. é o nosso ex-colega Eu­clides Triches, engenheiro de grande no­meada, que todos conhecemos. Estive comS. s.a há poucos dias, justamente díscutin­do este assunto, e prometeu dar-me todosos dados para eu trazê-los a esta C.asa e

discutir em alto nível, como V. Ex.a estáfàzendo, este problema de Carajás. Se ~ êúnão estivesse convencido de que esta seriaa solução exata, estaria, como V. Ex."',-de­fendendo aquela prímeíra idéia, de que asolucâo hidroviária é a melhor. Não se tra­ta de solução hidroviária ou rodoviária;trata-se de localização do porto, da ímpos­sibllidade de utilizar o porto do Amazonas,porque, mesmo via ferroviária, através doPará, seria mais curto o caminho do. queatravés de Itàqui. Portanto, não é umaquestão de ferrovia e hidrovia, porque ­repito - mesmo via ferroviária, se fossepossível a solução Pará, a estrada seria bemmais curta do que será através de Etaquí,E posso informar a V. Ex.a que ainda nasemana passada a V.ale do Rio Doce fir­mou com a Oamargo- Corrêa um contratode abertura da estrada Marabá-cCarajás,o que já vem, realmente, beneficiar a Ama­zônía, e não apenas a estrada de férro,como V. Ex. a diz.

O SR. JOãO MENEZES - Quero fazeruma retificação ...

O Sr. Epitácio Cafeteira - Permite-meV. Ex. a somente um registro?

O SR. ,JOãO MENEZES - Depois de res­ponder ao aparte do Deputado Nunes Leal,darei o aparte a V. Ex.a , ,

Queria fazer uma retificação - se assimpõâemós énLenàer - ~ àó pi:õnuncIamentóequilibrado de V. Ex. a "

Diz V. Ex. a que não se encontrou víabilf-­dade para construção de um porto lá noEspadarte. Não foi isso que se. afirmou,Deputado. O que se afirmou foi que seriauma solução bastante onerosa. Soluçãobastante onerosa é diferente de inviabili­dade. E bastante onerosa assim num exa­me sem maior profundidade. Eles tambémopinam pela ferrovia, sem um exame deta­lhado, porque não têm conhecimento exatoda região que vão atravessar, dentro damata amazônica, para estabelecer o leitode uma ferrovia, e nem estudo profundaspara a construção do porto do Espadarte. Eademais, não é só a feitura da estrada qU~temos de ver, nobre Deputado. Estou aquitentando convencer V. Ex. a de que não sóa feitura da estrada, não é o preço da es­trada, não é o fato de hidrovia hoje sermais barata do que a ferrovia, porque -ahídrovía hoje já está em menos de 1 bi­lhão de dólares, e a ferrovia em três bi­lhões de dólares, Ferrovia que ainda nãose chegou a começar. Então, o que preor­samos ver são os estudos globais. O quevai isso representar para o País? Quemvai sustentar a ferrovia? Quem vai cobrlros dérícíts da ferrovia? Quanto se vai pa­gar de frete na ferrovia? Quem vai manteressa ferrovia? Que repercussão terá naeconomia do Pais essa ferrovia? Que repen­cussâo terá na economia da Amazónia,. re­gião da qual o Governo fala todos 05 d'ias,todos os instantes, em projetos os mais mi­rabolantes e que se destroem como umagota dágua no oceano?

O Sr. Epitácio Cafeteira V. Ex. a mepermite?

O SR. JOãO MENEZES Com muitoprazer.

O Sr. Epitácio Cafeteira - Nobre Depu­tado, tenho a impressão de que V. Ex. a , nadefesa que faz da solução mais favorável 'àAmazônia para o minério da serra dos Ca­rajás, se esquece de que dois terços do Ma­ranhão, inclus'ive o porto de Itaqui, estãona Amazônia Legal. ..

O SR. JOÃO MENEZES - Não discutoisso.

O Sr. Epitácio Cafeteira - Então, a saídado minério de Carajás pelo porto de Itaqui

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A§osto, de 1975 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 8 556'7

não está absolutamente esvaziando a Ama-~__ J1_ ..et,.,.~1U'- -t_ A....- ....._A.-:in .t"'Io. ~,..,.Á ... lLl.oo""zunIa. OOH1UO Ui::!.. .nll!a.t':IVJ.uu". v .J.. a ....a. '- .o..lna­zônía. V. Ex.a, como digno representante doEs;tado do Pará, está, no momento, tentan­do levar para o Pará a solução para o miné­rio de Carajás, porque aquela posição cômo­da que tinha o Estado de V. Ex.a, de ser oEstado que industrial'ízava a borracha detoda a Amazônia, quando não havia o por­to livre de Manaus - era, na realidade,Belérn do Pará a Capital de toda a Ama­zônia - sofreu esvaziamento. Reconheçoque- trouxe grandes prejuízos para o Estadodo Pará, mas também trouxe muitos be­nefícios para o Estado do Amazonas. Pedi­ria permissão a V. Ex. a para incorporar aodiscurso que ora faz, em defesa do seu Es­tado ..... fi SR. ,TOAO MENEZES - Não faço dis­curso em defesa do meu Estado, mas emdefesa do problema social brasileiro damaior gravidade.

O Sr. Epitácio Cafeteira - ... neste meuaparte, os argumentos favoráveis para es­coamento do minério de Carajás atravésdo porto de Itaqui, no Estado do Maranhão.

O SR. JOAO MENEZES - Pois não, Depu­tado,I,., Sr. Epitácio Cafeteira - São os se­guintes: a construção da via férrea ligan­,do.:;ts jazidas de Carajás a Itaquí, consomemenor tempo do que a construção das bar­ragens e eclusas que terão de ser realiza­das no Estado do Pará. Para se obter umanavegação de 4 (quatro) metros de calado,[ter-se-á que prever obras em Tucuri e Tau­ri, pelo menos, além de Itaboca. Todavia,pa!!'a atingir as fraldas da serra dos Cara­[ás é básico ainda que se realizem obrasdo rio Itacaiúna, como, aliás, também conce­der obras para vencer as cachoeiras de Oa­nhani-Grande, de Tartaruga, de Pedra Cha­ta e de Anta, além de afogar várias corre­deiras. Para construção de um porto nailha dos Guarás, na ponta da Tijoca, seria'necessário avançar 11 (onze) quilômetrosmar a dentro. Para solucâo hidroviária se­ria necessária a feitura de eclusas para re­-gulartzaeâo do rio, com obras hidráulicas de.grande magnitude, que não só levariamtempo, como também muito dinheiro. Nos­sos ríos correm em direção inversa do flu­xo e-conômico. Vê-se que o fluxo maior da.economía no Brasil se concentra na regiãoCentro Sul, e os rios correm na direção deSul para Norte. O investimento maciço em[vias hidroviárias não tem rentabilidadeeconômica imediata, nem correlação com

-resultados soclaís. Na hidrovia teríamos o.consumo de combustivel, numa época emque o mundo vive uma crise de permanen­te falta de combustível. Um dos motivosque levaram à solução da ferrovia foi jus­.tarnente a possibilidade de sua eletrifica­cão. contribuindo assim para a minoria deeombustivel. Há empecilho na construçãodo porto. no Pará, em virtude da região dacorredeira de Itaboca, entre as cidades de

-Marabá e Tucuri. Esse trecho, em extensãode 210 (duzentos e dez) km e desnível de80 (oitenta) metros, requer obras de grandeenvergadura.

O Sr. Frederico Brandão - Deputado'.João Menezes, meu ilustre colega de Ban­cada, sou Deputado por São Paulo, massou maranhense e confesso que fui atraídopara o debate por esta condição. Tambémacompanho apaixonadamente, como todosaqueles que estão envolvidos neste debate,maranhenses ou paraenses, a questão da

.Iocalízacâo ou do escoamento do minériode Carajás pelo porto de Itaqui. Parece-meque todos os estudos técnicos indicaram

'esta alternativa, como uma solução natu­ral e V. Ex. a deve estar embasado em de­

.clarações recentes do engenheiro Tupi Cor­reia, que abordou as alternativas da hídro-

via e uma série de coisas que favoreciam a~~~~ ~e Y. ~:.a ~~~~~ ~~~ ~ ». !;;~.A quétoda a problemática social do Amazonase do resto do Nordeste e do povo brasileiroserá resolvida mercê de outras providên­cias que não estas que visem a retirar deum Estado alternativas para seu desenvol­vimento econômico, transplantando-as pa­ra o nosso Estado de origem ou para aque­le que representamos. Não será esta real­mente a solução para a problemática so­cial que preocupa V. Ex. a prioritariamentenesta tarde. As medidas de redencão eco­nômico-social da Região Amaaôníca, comodo resto do Nordeste e de todo o povo bra­sileiro, virão através de outras e mais pro­fundas providências, com reformas aindanão feitas e mercê de combate ao sistemá­tico esvaziamento econômico de nossas re­giões de origem. Quero dizer a V. Ex. a queobra bem quando defende o interesse dopovo que representa nesta Casa. Mas V. Ex. a

não nos pode negar, a nós outros, mara­nhenses e brasileiros, acima de tudo, o di­reito de defendermos uma solução que, es­boçada também nas mesmas preocupaçõesde desenvolvimento social e econômico, es­tá perfeitamente consolidada em estudosaltamente técnicos e gabaritados.

O SR. JOAO MENEZES - V. Ex. a vê asolução do problema quase com uma baseregionalista. O porto de Itaqut, situado nocoração da cidade de São Luís, deve serampliado e utilizado. Mas não podemos im­pedir que se construa outro porto para oAtlântico lá no Amazonas e que se povoeuma das maiores regiões deste País. Nãopodemos deixar que essa região continuesem ocupação, sem segurança e sem saúde.Precisamos ver o problema geral da Nacãobrasileira. Hoje a Amazônia não é só eo­bicada por nós, Estamos d'iscutindo porquequeremos construír um porto para apro­veitamento da bacia hidrográfica do Ara­guaia e Tocantins.

O SR. PRESIDENTE (Ubaldo Barém) _Nobrr; Deputado, o tempo de V. Ex.a estáesgotado.

O SR. .TOAO MENEZES - Terminarei,81'. Presidente.

O estrangeiro cobiça a Região Amazôni­ca. Lá fazem prospecções, procurando loca­lizar as riquezas do subsolo e tirando-asclandestinamente. O volume do contraban­do que sai através do rio Trombetas é ina­creditável. Isto porque não temos a posseda terra, não temos presença fisica aindana Amazônia. Então, Se temos ocasião deenfrentar esses problemas, por que vamosdesperdiçá-la? Será que, na nossa região- Pará e Maranhão - seremos só produ­tores de matéria-prima para os outros Es­tados do Brasil se desenvolverem? Ou se­remos apenas produtores de matéria bási­ca, como tem sido o manganês, exportadopara o exterior a preço vil, que não deixanada de civilização, nada de progresso, na­da de ajuda, nada de cooperação?

O Sr. Frederico Brandão - A solução,então, nobre Deputado, não estará simples­mente na mudança do porto.

O SR. JOAO MENEZES - Ninguém estáfalando em mudança de porto e sim noaproveitamento da região, na ocupação daterra, na cobertura aos nossos irmãos bra­sileiros, porque aqueles que vivem na Ama­zônia são tão brasíleíros como aqueles quevivem em São Paulo ou na Guanabara. Nãoé possível que sejamos apenas um trampo­lim de transporte, que permitamos que sevá para a Região Amazônica tirar o queela tem, o que ela produz, que se vá deaviãozinho, que se passe o fim-de-semanalá, que se venha embora e que continuemossem recursos, sem coisa alguma, enquanto,em contrapartida o problema social brasl-

leiro se agrava de um modo crescente, ores­'êê 'géóinei:iéâmênte o problema social naAmazônia, É preciso que nós, politãeos, quenós, governantes, obriguemos a esses tec­nocratas que andam por ai. sentados empoltronas estofadas, nos gabinetes refri­gerados, a que andem por lá, para sentirde perto o problema e dessem soluções deacordo com o ambiente, e não de acordocom as condições dos seus gabinetes, muitobem refrigerados, muito bem atapetados.Não podemos estabelecer normas e princí­pios idênticos para a Capital de São Pauloou para minha cidade, Santarém, no Pa­rá ou Bacabau, no Maranhão, ou onde querque seja. Nosso País é imenso, é complexoe tem necessidades várias em todas as re­giões. Temos de fazer leis, temos de tra­balhar, procurando ir ao encontro da com­plexidade de nossas cidades. Temos de con­testar, se qutsermos desenvolver e se nãodesejarmos ser ameaçados, amanhã, de sercolônia econômica ou fmanceira de outropais.

Sr. Presidente, agradecendo a gentilezade V. Ex. a e a cooperação inestimável detodos os companheiros, temos a certezade que trouxemos para esta tribuna umproblema que não é regional, mas nacional.Solicitamos ao Sr. Presidente da República,que na última fala, de sexta-feira, pro­curou dar ênfase ao problema social, queponha no seu roteiro este problema socialda Amazônia, que precisa ser focalizado, afim de que não seja um caldo de culturapara aborrecimentos futuros ou um focoque atrapalhe o desenvolvimento da Na­ção. Esperamos que se olhe a Amazôniacomo um pedaço do Brasil e que o povobrasileiro, de qualquer região, seja tratadoem igualdade de condições.

Era o que tinha a dizer.

ATAS DE COMISSÕES

COMISSAO DE AGRICULTURAE POLíTICA RURAL

O Presidente da Comissão, Deputado Pa­checo Chaves, fez a seguinte distribuiçãoem 7 de agosto de 1975.

Ao Senhor Deputado Melo FreireProjeto n.o 479-A171 - Emenda oferecida

em Plenário ao Projeto de Lei n.? 479-A, de1971, que "Acrescenta dois parágrafos aoartigo 98 da Lei n.? 4.504, de 30 de novem­bro de 1964 (Estatuto da Terra)".

COMISSAO DE COMUNICAÇÕES'rCl'mO de Reunião

Aos sete dias do mês de agosto do anode mil novecentos e setenta e cinco, nãose reuniu a Comissão de Comunicações, emvirtude de inexistência de matéria para aOrdem do Dia. Compareceram os SenhoresDeputados; Humberto Lucena (Presiden­te); Aluizio Paraguassu, Gioia Junior, EloyLenzi, Gerson Camata, Jorge Paulo, FreitasNobre, Ferreira Lima, JG de Araújo Jorge,Aroldo Carvalho, Norberto Schmidt e Au­rélio Campos. E, para constar, eu, Iole Laz­zarini, Secretária, lavrei o presente Termosde Reunião.

COMISSÃO DE SERVIÇO PÚBLICOAta da I.a Reunião Ordinária, realizada

em 28 de abril de 1971

Aos vinte e oito dias do mês de abríl demil novecentos e setenta e um, às quinzehoras e trinta minutos, reuniu-se a Comis­são de Serviço Público, sob a Presidênciado Senhor Deputado José Freire. Compare­ceram os Senhores Deputados Lopo Coelho,Freitas Nobre, Daso Coimbra, Léo Simões,Vargas de Oliveira, Adhemar de Barros Fi­lho, Peixoto Filho, Agostinho Rodrrgues,

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5568 Sexta-feira 8 DURIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Agosto de 19'75

~ecy Novaes, Fran,cisco Líbardoní e HugoA~uiQr. neíxaram de ç?mparec.~r 911 f;lep,ho.:res Deputados Francehno Pereira, GrimalchRibeiro, Nina Ribeiro, Paulo Abreu e LauroRodrigues. Abertos os trabalhos, foi lida eaprovada a ata da reunião anterior. Expe­diente: O Senhor Presidente deu conheci­mento aos Senhores Deputados do Ofício doSenhor Presidente Pereira Lopes, agrade­cendo e congratulando-se com esta Comis­são pela eleição de seus dirigentes. Infor­mou, ainda, que havia reiterado o pedidode audiência do Departamento Administra­tivo do Pessoal Civil lDASP) sobre os Pro­jetos n.vs 1. 530/68, que "cria o, ColégioNotarial, e dá outras providências", de auto­ria do Deputado Pedroso Horta, e 1.765/68,que "estabelece obrigatoriedade de examepsícotécníco para o exercicio de cargo oufunção policial, e dá outras provídêncías",de autoria do Senado. O Senhor Presidenteconcedeu a palavra ao Senhor DeputadoAdhemar de Barros Filho, que sugeriu to­masse a Comissão conhecimento da Resolu­ção n. o 183, baixada pelo Conselho Monetá­rio Nacional, aprovando as atividades doPrograma de Formação do Patrimônio doServidor Público. O Senhor Presidente de­clarou estar de acordo com a sugestão doSenhor Deputado Adhemar de Barros Filhoe que sua intenção é dinamizar e impulsio­nar os trabalhos deste órgão técnico. Nãoconstando da pauta dos trabalhos nenhumamatéria para ser apreciada o Senhor Pre­sidente encerrou a reunião às dezesseishoras e dez minutos E, para constar. eu,Maria da Glória Péres Torelly, Secretária,lavrei a presente ata que, depois de lida eaprovada, será assinada pelo Senhor Presi­dente.

Distribuição feita em 28 ile abril de 1971

Ao Senhor Deputado Freitas Nobre

Projeto n,? 2.339170 - Altera o Quadroda Secretaria do Tribunal Superior Eleito­ral e dá outras providências.

Autor: Tribunal Superior Eleitoral.

Ata da 14.a Reunião Ordinária, realizadaem 23 de agosto de 1972

Aos vinte e três dias do mês de agostode mil novecentos e .setenta e dois, às dezhoras, na Sala n. O 12 do Anexo lI, reuniu­se a Comissão de Serviço Público, sob a Pre­sidência do Senhor Deputado José Freire.Compareceram os Senhores Deputados Lau­ro Rodrigues - Vice-Presidente, Paulo Fer­raz - Vice-Presidente, Freitas Nobre, NinaRibeiro, Hugo Aguiar, Bezerra de Norões,Pedro Lucena, Francelino Pereira, PeixotoFilho e Necy Novaes. Deixaram de compa­recer os Senhores Deputados Carlos AlbertoOliveira, Paulo Abreu e, por motivo justifi­cado. o Senhor Deputado Grimaldi Ribeiro.Abertos os trabalhos, foi lida e aprovada aata da reunião anterior. Não constando dapauta dos trabalhos nenhuma matéria paraser apreciada, e como nenhum dos presen­tes quisesse fazer uso da palavra o SenhorPresidente deu por encerrada a reunião asdez horas e trinta mmutos. E, para constar,eu, Hélio Alves Ribeiro, Secretário, lavrei apresente ata que, depois de lida e aprovada,será assinada pelo Senhor Presidente.

Ata da 15.a Reunião Ordinária, realizadaem 30 de agosto de 1972

Aos trinta dias do mês de agosto de milnovecentos e setenta e dois, às dez horas,na Sala n. O 12 do Anexo n, reuniu-se aComissão de Serviço Público, sob a Presi­dência do Senhor Deputado José Freire.Compareceram os Senhores Deputados Lau­ro Rodrigues - Vice-Presidente, Paulo Fer­raz - Vice-Presidente, Bezerra de Norões,Hugo Aguiar, Peixoto Filho, Necy Novaes,Francelino Pereira, Freitas Nobre, Nina Ri­beiro e Pedro Lucena. Deixaram de compa-

recer os Senhores Deputados Carlos Albertopliveir?- ~ !,ªu~o ~b{eu. A~\lrtos oI? .t~aba­lhos, fOI lida e aprovada a ata da réunlâoanterior. O Senhor Presidente fez a seguin­te distribuição: ao Senhor Deputado HugoAguiar - Projeto n. o 173/71, que "altera oDecreto-lei n.o 199, de 25 de fevereiro de1967, que dispõe sobre a Lei Orgânica doTribunal de Contas da Uruão, e dá outrasprovidências", de autoria do Senhor Depu­tado José Bonifácio Neto. Como nenhumdos presentes quisesse fazer uso da palavrao Senhor Presidente deu por encerrada areunião às dez horas e trinta minutos. E,para constar, eu, Hélio Alves Ribeiro, Secre­tário, lavrei a presente ata que, depois delida e aprovada, será assinada pelo SenhorPresidente.

Distribuicãoem 30-8'::72

Ao Senhor Deputado Hugo Aguiar

Projeto n.o 173171 - Altera o Decreto-lein.v 199, de 25 de fevereiro de 1967, quedispõe sobre a Lei Orgânica do Tribunalde Contas da União e dá outras providên­cias.

Autor: José Bonifácio Neto.

~ta da 16." Reunião Ordinária, realizadaem 6 de setembro de 1972

Aos seís dias do mês de setembro de milnovecentos e setenta e dois, às dez horas,na Sala n. O 12 do Anexo II, reuniu-se aComissão de Serviço Público, sob a Presi­dência do Senhor Deputado José Freire.Compareceram os Senhores Deputados Lau­ro Rodrigues - Vice-Presidente, Paulo Fer­raz - Vice-Presidentc, Freitas Nobre, Fran­celino Pereira, Hugo Aguiar, Necy Novaes,Grimaldi Ribeiro, Pedro Lucena, Nina Ri­beiro e Agostinho Rodrigues. Deixaram decomparecer os Senhores Deputados CarlosAlberto Oliveira e Paulo Abreu. Abertos ostrabalhos, foi lida e aprovada a ata dareunião anterior. O Senhor Presidente deuconhecimento aos Senhores Deputados doofício do Senhor Ministro dos Transportes,Coronel Mário David Andreazza, comuni­cando que autorizou o Senhor Doutor EliseuResende, Diretor-Geral do DepartamentoNacional de Estradas de Rodagem, a aceitaro convite desta Comissão, na segunda quin­zena de outubro do corrente ano, em datae hora a critério daquela autoridade. Comonenhum dos presentes quisesse fazer usoda palavra o Senhor Presidente deu porencerrada a reunião às dez horas e trintaminutos. E, para constar, eu, Hélio AlvesRibeiro, Secretário, lavrei a presente ataque. depois de lida e aprovada, será assina­da pelo Senhor Presidente.

Distribuieãoem 6 de setembro de 1972

Ao Senhor Deputado Francelino Pereira

Projeto n,v 514172 - Estende à Associa­ção dos Funcionários da Justiça do Traba­lho, da 2." Região o disposto na Lei n.?1.134, de 14 de junho de 1950.

Autor: Deputado Dias Menezes.

Ata da 22.'L Reunião Ordinária, realizadaem 18 de outubro de 1972

Aos dezoito dias do mês de outubro demil novecentos e setenta e dois, às dezhoras, na Sala 12 do Anexo n, reuniu-se aComissão de Serviço Público sob a Pre­sidência do Senhor Deputado José Freire.Compareceram os Senhores DeputadosLauro Rodrigues - Vice-Presidente, PauloFerraz - Vice-Presidente, Freitas NobreFrancelino Pereira, Bezerra de Norões'Nina Ribeiro, Hugo Aguiar, Francisco Li~bardoní, Pedro Lucena e Carlos AlbertoOliveira. Deixaram de comparecer os Se­nhores Deputados Grimaldi Ribeiro. PauloAbreu e, por motivo [ustífícado, a Senhora

Deputada Necy Novaes. Abertos os traba­lh'l?s, .fot li~Dr !.l ~rov§ldã a a~a d~. rêllnião-"anterior. O Senhor Presidente fez a se­guinte distribuição: ao Senhor DeputadoFreitas Nobre - Projeto n.> 931/72, 'que"acrescenta inciso VII ao artigo 80 da Lein,« 1. 711, de 28 de outubro de 1952, que"dispõe sobre o Estatuto dos FuncionáriosCivis da União.", de autoria do' Poder ~e­eutivo (Mensagem n.v 294/72) e o Projeton.v 941/72, que "fixa os valores de véncí­mento dos cargos do Grupo-Serviços .$.u­xiliares do Servico Civil da União e dasautarquias federais, e dá outras provídên­elas", de autoria do Poder Executivo (Men­sagem n.? 309/72); ao Senhor DeputadoHugo Aguiar - Projeto n.o 936/72, que"fixa os valores de vencimento dos cargosdo Grupo-Direção e Assessoramento Supe­riores do Serviço Civil da União e das au­tarquias federais, e dá outras providências"de autoria do Poder Executivo (Mensagemn.? 300/72). Como nenhum dos presentesquisesse fazer uso da palavra o SenhorPresidente deu por encerrada a reunião, àsdez horas e trinta minutos. E, para cons­tal', eu, Helio Alves Ribeiro, Secretário. ía­vrei a presente ata que, depois de lida eaprovada, será assinada pelo Senhor 'Pre-sidente. .

Ata da 24." Reunião Ordinária, realizadaeD1 8 de novenIbro de 1972

Aos oito dias do mês de novembro de, milnovecentos e setent-a e dois, às dez horas,na Sala n.o 12 do Anexo II, reuniu-se aComissão de Serviço Público, sob a Presi­dência do Senhor Deputado José Freire.Compareceram os Senhores DeputadosLauro Rodrigues - Vice-Presidente, PauloFerraz - Vice-Presidente; Freitas Nobre,Hugo Aguiar, Bezerra de Norões, Nina Ri­beiro, Francelino Pereira, Pedro Lucena,Agostinho Rodrigues e Carlos Alberto Oli­veira. Deixaram de comparecer os SenhoresDeputados Grima.ldí Ribeiro e Paulo Abreu.Abertos os trabalhos, foi lida e aprovada aata da reunião anterior. O Senhor Presi­dente concedeu a palavra ao Senhor Depu­tado Nina Ribeiro, que ofereceu parecerfavorável ao Projeto n,> 1.000/72, que "fixaos valores de vencimento dos cargos doGrupo-Diplomacia, e dá outras providên­cias", oriundo do Poder Executivo (Mens,n. o 341/72). Em díscussâo, usaram da pa­lavra os Senhores Deputados Hugo Aguiar,Freitas Nobre e Bezerra de Norões. Em vo­tação, foi o parecer aprovado por unaní­midade e o projeto vai à Divisão de Co­missões Permanentes. Nada mais havendo atratar, o Senhor Presidente encerrou areuntâo às dez horas e trinta minutos.Para constar, eu, Helio Alves Ribeiro, Se­cretário, lavrei a presente Ata que, lida eaprovada, será assinada pelo Senhor Pre­sidente.

Distribuiçãoem 8 de novembro de 1972

Ao Senhor Deputado Freitas Nobre

Projeto n,? 735/72 - Concede licencaremunerada aos atletas convocados pararepresentar o Pais em competições despor­tivas, e dá outras providências.

Autor: Deputado Léo SimõesAo Senhor Deputado Nina Ribeiro

Projeto n.? 1.000/72 - Fixa os valores devencimento dos cargos do Grupo-Diploma­cia, e dá outras providências.

Autor: Poder Executivo (Mens. número341/72) .

Ata da 1." Reunião Ordinária, realizada.em 21 de março de 1973

Aos vinte e um do mês de marco de milnovecentos e setenta e três, às dez horas,na Sala n. O 12 do Anexo lI, reuniu-se aComissão de Serviço Público, sob a Presi­dência do Senhor Deputado Freitas Nobre.

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,Agosto de 1975 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 8 5569

Ocmpareeeram os Senhores Deputados Be­zerra de Norões - Vice-presidente, Agos­

.tinho Rodrigues - Vice-Presidente, GetúlioDias, Paulo Ferraz, Necy Novaes, José Frei­re; Francelino pereira, Hugo Aguiar, LauroROdrigues, Marcos Freire, Grímaldí Ri­beiro, Elias Carmo, Nina Ribeiro, CarlosAlberto Oliveira, Francisco Libardoúi eIl\Jdro Lucena. Deíxcu de comparecer oSenhor Deputado Paulo Abreu. Abertos -JStrábalhos, o Senhor Presidente fez a se­guínte distribuição: ao Senhor DeputadoBezerra de Norões - Projeto n,v 698/72,que "altera dispositivo da Lei n.O 3.807, de26 de agosto de 1960, que dispõe sobre aLei Orgânica da Previdência Social", deautoria do Senhor Deputado Pedro Ivo; aoSenhor Deputado Hugo Aguiar - Projeton.o 1. 101/73, que "fixa os valores de ven­

.cimentos dos cargos do Grupo-Polícia Fe­deral, e dá outras providências", oriundoçjq.Poder Execut.ivo (Mens. n.o .28/73); aoSenhor Deputado Marcos Freire - Projetofi.o 1.102/73, que "fixa valores de venci­mentos dos cargos do Grupo-Serviços deTransporte Oficial e Portaria, do ServiçoCi1(il da. União e das Autarquias Federais, edá outras providências", oriundo do Poder

.E;kecutivo (Mens. n.o 29/73) e avocado peloSenhor Presidente - Projeto n.O 1.103/73,que 'fixa normas para promoção de Juízes-

'JP'tesidentes de Junta de Conciliação e Jul­gamento e Juiz do Trabalho Substituto",oriundo do Poder Executivo (Mens. número~On3). Como nenhum dos presentes qui­sesse fazer uso da palavra o Senhor Pre­sídente deu por encerrada a reunião às dezhoras e trinta minutos. E, 'para constar, eu,Helio Alves Ribeiro, Secretário, lavrei apresente ata que, depois de lida e aprovada,seré, assinada pelo Senhor Presidente.

Ata dá 2.a Reunião Ordinária, realizadaEm 28 de março de 1973

Aos vinte e oito dias do mês de marçode mil novecentos e setenta e três, às dezhoras, na Sala n.O 12 do Anexo lI, reuniu­se a Comissão de Serviço Público, sob aPresldêncía do Senhor Deputado FreitasNobre. Compareceram os Senhores Depu­tados Bezerra de Norões - Vice-Presidente,Agostinho Rodrigues - Vice-Presidente,Getúlio Dias, Lauro Rodrigues, HugoAguiar, Marcos Freire, Elias Carmo, Gri­maldi Ribeiro, Necy Novaes, José Freire,FJ;ancelino Pereira, Nina Ribeiro, FranciscoLíbardoni, Pedro Lucena e Peixoto Filho.Deixaram de comparecer os SenhoresDeputados Carlos Alberto Oliveira, PauloAbreu e Paulo Ferraz. Aberto os trabalhos,foi lida e aprovada a ata da reunião an­'teríor, O Senhor Presidente concedeu a pa­"lavra ao Senhor Deputado Hugo Aguiar,"que ofereceu parecer favorável ao Projeton.o 1.101/73, que "fixa os valores de ven-cimentos dos cargos do Grupo-Polícia Fe­deral, e dá outras providências", críundo doPoder Executivo. Em votação, foi o pareceraprovado por unanimidade e o Proj eto vaià' Divisão de" Comíssões Permanentes. OSenhor Deputado Freitas Nobre, nos ter­mos do Regimento Interno, passa a Presi­dência ao Senhor Deputado Bezerra de No­rões, a fim de oferecer parecer ao projeton.o 1.103/73, que "fixa normas para pro­moção de Juízes-Presidentes da Junta deConciliaçãD e Julgamento e Juiz do Tra­balho substituto", oriundo do Poder Exe­cutivo. Posto em votação, foi o pareceraprovado unanimemente e o Projeto vai àDivisão de 'Comissões Permanentes. Reas­sumindo a Presidência o Senhor DeputadoFreitas Nobre concedeu a palavra 0.0 Se­nhor Deputado Marcos Freire, que opinou

, pela aprovação do Projeto n. o 1.102/73, que"fixa os valores de vencimentos dos cargosdo Grupo-Serviços de Transporte Oficiale 110rtaria, do Elerviço Civil da União e dasAutarquias Federais, e dá outras providên­cias", oriundo do Poder Executivo. Em vo­tação, foi aprovado o parecer do Relator,

por unanimidade. O Projeto vai à Divisãode Comissões Permanentes. O Senhor Pre­sidente fez a seguinte dístrtbuíçâo: ao Se­nhor Deputado Elias Carmo - Projeton.o 854172, que "·dispõe sobre o registro aque se refere a Lei n.O 4.769, de 9 de se­tembro de 1965, que regulamenta a profis­são de Técnico de Administração", de au­toria do Senhor Deputado Dayl de Al­meida; ao Senhor Deputado Bezerra deNorões - Projeto n.o 1.125/73, que "dánova redação ao parágrafo 4.0 do artígo2.° do Decreto-lei n.? 252, de 28 de feve­reiro de 1967, que estabelece normas com­plementares ao Decreto-lei n.> 53, de 18de novembro de 1966, e dá outras provi­dêncías", oriundo do Poder Executivo(Mens. n.? 50/73); ao Senhor DeputadoGetúlio Dias - Projeto n.> 1.122173, que"altera disposições referentes ao regimejurídico do Diplomata, e dá outras provi­dências", oriundo do .Poder Executivo(Mens. n. O 49/73). Nada mais havendo atratar, o Senhor Presidente encerrou areunião às 11 horas. Para constar, eu, HelioAlves Ribeiro, Secretário, lavrei a presenteAta que, lida e aprovada, será assinadapelo Senhor Presidente.

Ata da 3," ~eunilil) Ordinária, realizadaEm 4 de abril de 1973

Aos quatro dias do mês de abril de milnovecentos e setenta e três, às dez horas,na Sala n.v 12 do Anexo II, reuniu-se aComissão de Serviço Público, sob a Prcsí­dência do Senhor Deputado Freitas Nobre.Compareceram os Senhores Deputados Be­zerra de Norões - Vice-Presidente, Agos­tinho Rodrigues - Vice-Presidente, Getú­líos Dias, Lauro Rodrigues, Grimaldi Ri­beiro, Necy Novaes, Elias Carmo, HugoAguiar, Nina Ribeiro, Paulo Ferraz, MarcosFreire, Francelino Pereira e Peixoto Filho.Deixaram de comparecer os SenhoresDeputados Carlos Alberto Oliveira. PauloAbreu e José Freire. Abertos os trabalhos,foi lida a ata da reunião anterior. O Se­nhor Presidente, nos termos do RegimentoInterno, passou a Presidência ao SenhorDeputado Bezerra de Norões - Vice-Pre­sidente, a fim de ler parecer favorável aoProjeto n.v 733/72, que "dispõe sobre acontagem- recíproca, para efeito de apo­sentadoria, dos tempos de serviço prestadospelos contribuintes da Previdência Social,e dá outras providências", de autoria ':iaSenhor Deputado Léo Simões. Em dis­cussão, o Senhor Deputado Elias Carmo so­licitou vista do mesmo, esclarecendo osmotivos de seu pedido. Usaram da palavra,para tecerem comentários sobre a matéria,os Senhores Deputados Marcos Freire ePeixoto Filho. O Senhor Presidente defe­riu .o pedido de vista. Reassumiu a Presi­dência o Senhor Deputado Freitas Nobre.Não constando da pauta dos trabalhos maisnenhuma matéria para ser apreciada, ecomo nenhum dos presentes quisesse fazeruso da palavra o Senhor Presidente deupor encerrada a reunião às dez horas etrinta minutos. E, para constar, eu, HelioAlves Ribeiro, Secretário, lavrei a -presenteata que, depois de lida e aprovada, seráassinada pelo Senhor Presidente.

Ata da 4.a Reunião Ordinária, realizadaem 11 de abril de 1973

Aos onze dias do mês de abril de milnovecentos e setenta e três, às dez horas,na Sala n.o 12 do Anexo lI, reuniu-se aComissão de ::Ierviço Público, sob a Presi­dência do Se••nor Deputado Freitas Nobre.Compareceram os Senhores Deputados Be­zerra de Norões - Vice-Presidente; Agos­tinho Rodrigues - 'Vice-Presidente; EliasCarmo, Grimaldi Ribeiro, José Freire, Fran­eelíno Pereira, Mag-alhães Melo, Lauro Ro­drigues, Getúlio Dias, Hugo Aguiar, NecyNovaes, Marcos Freire, Paulo Ferraz, Car­los Alberto Oliveira, Léo Simões e Peixoto

Filho. Presente, também, o Senhor Depu­tado Edilson Melo Távora. Deixou de com­parecer o Senhor Deputado Paulo Abreu.Abertos os trabalhos, foi lida a ata da reu­nião anterior. O 'Senhor Presidente deu co­nhecimento à Comissão do requerimento deautoria do Senhor Deputado Alceu CoUares,convidando, através desta Comissão, o se­nhor Diretor-Geral do Departamento Ad­ministrativo do Pessoal Civil (DASP), Pro­fessor Glauco Lessa de Abreu e Silva, afim de que compareça a este órgão técnicopara fazer uma exposição sobre o Plano deValorização do Servidor Público e, também,sugere o autor, a conveniência de convidaras entidades de classe dos servidores pú­blíces civis para assistirem a palestra da­quele Diretor. Em discussão, o Senhor Depu­tado Elias Carmo declarou que apoiava orequerimento e que o Presidente deveria to.mar as providências para a vinda daquelaautoridade a esta Comissão. O Senhor Pre­sidente informou que era oportuno o con­vite ao Professor Glauco Lessa de Abreu eSilva e que dependerá de autorização doPresidente da Câmara, de acordo com oRegimento Interno. Em votação foi apro­vado, por unanimidade, o requerimento. OSenhor Deputado Lauro Rodrigues, com apalavra, reclamou a falta de confirmaçãopelo Senhor Doutor Eliseu Rezende, Diretor­Geral do Departamento Nacional de Estra­das de Rodagem, do convite feito por estaComissão e autorizado pelo Ministro dosTransportes, Coronel Mário David Andreaz­za, O Senhor Presidente esclareceu queSendo assunto especifico da Comissão deTransportes, manterá contato com aqueleórgão técnico da Câmará. a fim de querosss feita uma convocação conjunta. OSenhor Presidente concedeu a palavra aoSenhor Deputado Bezerra de Norões, queofereceu parecer favorável ao Projeto n.o698/7'2, que "altera dísposltvo da Lei n.o3.807, de 26 de agosto de 1960, que dispõesobre a Lei Orgânica da Previdência So­cial", de autoria do Senhor Deputado Pe­dro Ivo. Em discussão, o Senhor DeputadoMagalhães Melo pediu informações a res­peito do parecer da Comissão de Consti­tuição e Justiça, tendo o Senhor Relatorprestado os esclarecimentos. Em votação,votaram pela aprovação do parecer os Se­nhores Deputados, presentes, Lauro Rodl-i­gues, Bezerra de Norôes e Léo Simões epela rejeição os Senhores Deputados Maga­lhães Melo, Elias Carmo e Agostinho Ro­drigues. Constatado empate, o Senhor Pre­sidente, de acordo com as normas regimen­tais, deu seu voto favoravelmente ao pare­cer do Relator. O projeto foi aprovado evai à Comissão de Fmancas. O SenhorDeputado Getúlio Dias, com a palavra,apresentou parecer, com emendas, ao Pro­jeto n.? 1.122/73, que "altera disposições re­ferentes ao regime jurídico do Diplomata,e dá outras providências", oriundo do Po­der Executivo, à Emenda n.? 3 e contrárioàs de n.vs 1 e 2 de Plenário. O SenhorPresidente, de 'acordo com o parágrafo 9.0do artigo 50 do Regimento Interno, conce­deu a palavra ao Senhor Deputado EdilsonMelo Távora que justificou, longamente, anecessidade da aprovação das suas emen­das apresentadas ao projeto no Plenário daCâmara, O Senhor PresIdente sugeriu a vo­tação do parecer do Relator e, logo após,discussão e votação de emenda por emen­da. Usaram da palavra os Senhores Depu­tados Elias Carmo e José Freire e, em se­guida, foi aprovada a sugestão apresenta­da. Em discussão o parecer do Relator, ne­nhum dos presentes fez uso da palavra. Emvotação, foi aprovado o parecer favorávelao projeto, por unanimidade. Em discussão,à Emrnda n. a 1 de Plenário, usou da pa­lavra o Senhor Deputado Marcos Freiremanifestando-se contra o pedido de Iícen-

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55'70 Sexta-feira 8 DIARIO J)O CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Agosto de. 19,75

ça do Diplomata para casar com cônjugebrasileira" e decíarou que "cargos de igualou mais responsabílídade do que 08 dos Di­plomatas outros servidores possuem Bemque deles se exijam licença quando queremse casar". O Senhor Deputado Léo Simõesconcordou com as palavras do· SenhorDeputado Marcos Freire. O Senhor Depu­tado Edilson Melo Távora solicitou desta­que do artigo Lo da Emenda. Em discussão,usaram da palavra os Senhores DeputadosHugo Aguiar e Elias Carmo. Em votação,aprovado. O Senhor Presidente colocou emvotação a Emenda, que foi rejeitada, con­tra os votos dos Senhores Deputados MarcosFreire, José Freire, Léo Simões e Lauro Ro­drigues. O Senhor Deputado Getúlio Dias,Relator, leu parecer contrárío à Emenda n.>2 do Plenário. Em discussão, usaram dapalavra os SCnhores Deputados Edilson Me­lo Távora, autor, Marcos Freire e José Frei­re. Em votação, foi rejeitada a Emenda, comvoto contrário dos Senhores Deputados Mar­cos Freire, José Freire, Léo Simões e LauroRoc.rigues. Em seguida, o Relator leu pare­cer favorável à Emenda n.? 3 de Plenário.Posta em discussão, nenhum dos presentesfez uso da palavra. Em votação, foi apro­vada' por unanimidade. Passando às emen­das de sua autoria, o Senhor Relator leuemenda ao art. 4.0, suprimindo as alínease e h. Em discussão, usaram da palavra osSenhores Deputados Marcos Freire e EliasCarmo. Em votação, foi aprovada. Em se­guida, leu emenda ao art. 9.0 , suprimindoo parágrafo 1.0 Em discussão, usaram dapalavra os Senhores Deputados MagalhãesMelo e Léo Simões, Em votação, foi apro­vada. Ainda com a palavra, o Relator leuemenda de redaeâo ao art. 13. Em dís­eussão, usou da palavra o Senhor DeputadoMarcos Freire, para uma indagação, tendoo Relator prestado esclarecimentos. Em vo­tação, foi aprovada. Foi aprovado, por una­nimidade, o parecer favorável ao projeto,às emendas do Relator, à Emenda n.o 3 econtrário às Emendas n.vs 1 e 2 oferecidasem Plenário, contra os votos dos SenhoresDeputados Marcos Freire, José Freire, LauroRodrigues e Léo Simões. O projeto e asemendas vão à Divisão de Comissões Per­manentes. o Senhor Presidente deu a pa­lavra ao Senhor Deputado José F'reire, queleu parecer do Senhor Bezerra de Norões,favorável ao Projeto n.? 1.125/73, que "dánova redação ao parágrafo 4.0 do artigo 2.0do Decreto-lei n.O 252, de 28 de fevereirode 1967, que estabelece normas comple­mentares ao Decreto-lei n.o 53, de 18 denovembro de 1966, e dá outras providên­cias" oriundo do Poder Executivo. Em dis­cussão, .rsz uso da palavra o SCÍlhor Depu­tado Marcos Freire, que teceu comentá­rios a respeito da redação do projeto, ten­do o Senhor Deputado José Freire presta­do esclarecimentos. Em votação, foi o pa­recer aprovado unanimemente, com decla­ração de voto dos Senhores DeputadosMarcos Fn~ire, Getúlio Dias e Léo Simões.O projeto vai à Divisão de oomíssões Per­manentes. Em seguida, com a palavra, oSenhor Deputado Agostinho Rodrigues, re­latando o Projeto n.O 1.170/73, que "conce­de aumento de vencimentos aos servidoresdo Senado Federal, e dá outras providên­cias", oriundo do Senado Federal, apresen­tou parecer favorável ao projeto. Posta emdiscussão a matéria, nenhum dos presen­tes fez uso da palavra. Em votação, foi oparecer aprovado por unanimidade e o pro­jeto vai à Divisão de COmissões Perma­nentes. O Senhor Deputado Elias Carmo,pediu a palavra para comunicar o faleci­mento do Senhor Deputado Edgar Pereira,vítima de acidente automobtlístíeo emMontes Claros, Minas Gerais, e solicitou!evantamento da sessão. O Senhor Presi­dente, atendendo a solicitação, suspendeu

a sessão às treze horas, em memória da­quele parlamentar. E, para constar, eu,Hélio Alves Ribeiro, Secretário, lavrei apresente ata que, depois de lida e apro­vada, será assinada pelo Senhor Presidente.

Distribuiçãoem 10 de abril de 1973

Ao Senhor Deputado Agostinho RodriguesProjeto n.o 1.170/73 - Concede aumento

de vencimentos are servidores do SenadoFederal, e dá outras providências.

Autor: Senado Federal.Ata da 5.a Reunião Ordinária, realizada.

em 25 de abril de 1973Aos vinte e cinco dias do mês de abril

de mil novecentos e setenta e três, às dezhoras, na sala n.v 12 do Anexo lI, reuniu­se a Comissão de Serviço Público, sob aPresidência do Senhor Deputado FreitasNobre. Compareceram os Senhores Depu­tados Bezerra de Norôes, Vice-Presidente,Agostinho Rodrigues, Vice-Presidente, JoséFreire, Hugo Aguiar, Grimaldi Ribeiro, LéoSimões, Elias Carmo, Magalhães Melo, LauroRodrigues, Francelino Pereira, Getúlio Dias,Marcos Freire e Paulo Ferraz. Deixaram decomparecer os Senhores Deputados PauloAbreu e Necy Novaes. Abertos os trabalhos,foi lida a ata da reunião anterior. O Se­nhor Presidente concedeu a palavra aoSenhor Deputado Elias Carmo, que ofere­ceu parecer contrário ao Projeto n.? 854/72,que "dispõe sobre o registro a que se referea Lei n. O 4.769, de 9 de setembro de 1965,que regulamenta a profissão de Técnico deAdministração", de autoria do Senhor Depu­tado Dayl de Almeida. Em dtscussão, ne­nhum dos presentes fez uso da palavra. Emvotação, foi o parecer aprovado por unani­midade e o projeto vai à Comissão de Fi­nanças, O Senhor Deputado Hugo Aguiarleu seu voto, concluindo por um Substituti­vo ao Projeto n.o 1.493/68, que "faculta aosfuncionários públicos da União e aos ser­vidores das autarquias federais, eleitos pre­feitos e vereadores, a opção pelos venci­mentos de seus cargos efetivos e dá outrasprovidências", de autoria do Senhor Depu­tado Oswaldo Lima Filho, do qual pediravista. Em discussão, o Relator, Senhor Depu­tado Bezerra de Norões, que ofereceu pa­recer favorável ao projeto, concordou como voto do Senhor Deputado Hugo Aguiar.Em votação, foi aprovado o Substitutivo,por unanimidade. O Senhor Presidente de­signou o Senhór Deputado Bezerra de No­rões relator do vencido. O projeto vai àDivisão de Comissões Permanentes. O Se­nhor Deputado Freitas Nobre, nos termosdo Regimento, passou a Presidência ao Se­nhor Deputado Bezerra de Norôes, a fim deler seu parecer favorável ao Projeto n.?733/72, que "dispõe sobre a contagem reeí­

.proca, para efeito de aposentadoria, dostempos de serviço prestado pelos contri­buintes da Previdência Social, e dá outrasprovidências", de autoria do Senhor Depu­tado Léo Simões, do qual pedira vista o Se­nhor Deputado Elias Carmo. Com a pala­vra o Senhor Deputado Elias Carmo leu seuvoto em separado, pela rejeição do projetoe a resposta do pedido de íntormacões aoDASP, solicitado pelo Senhor Deputado Hu­go Aguiar O Senhor Presidente, de acordocom o parágrafo 9.° 'do artigo 5.0 do Re­gimento Interno, concedeu a palavra ao Se­nhor Deputado Léo Simões que justificoua necessidade de aprovação do projeto, de­clarando que o Grupo de Trabalho do Go­verno para estudo da matéria concluiu fa­voravelmente à mesma e que a Comissão,aprovando o seu projeto, não perderá aoportunidade de legislar sobre tão impor­tante assunto. O Senhor Deputado GetúlioDias teceu comentários a respeito de me-

dídas do Senhor Presidente da Repúplic.asobre matérias já apresentadas por parla­mentares. O Senhor Relator solicitou que aComissão apreciasse o mérito da proposiçãoe que a sua aprovação não viria prejudi­car a iniciativa do Chefe do Governo. Vo-'taram contra o projeto os Senhores Dí1PP­tadds presentes, Elias oarmo, Hugo Aguiar,Magalhães Melo, Agostinho Rodrigue13 c,com declaração de voto, Francelino Peraí­ra. Votaram favoravelmente ao projeto-ibsSenhores Deputados Lauro Rodrigues G~­túlío Dias, Léo Simões, Marcos Freire e'Frei­tas .Nobre. Constatado empate, o SenhorPresídente, de acordo com normas regimen­tais, deu seu voto favorável ao parecer doRelator. Foi aprovado o parecer do SenhorDeputado Freitas Nobre, contra os votos dosSe~hores Deputados Hugo Aguiar, Maga­l~aes Melo, Agostinho Rodrigues, decla:ra­çao de voto do Senhor Deputado Francf!liiLoPereira e voto em separado do s'en1l.orDeputado Elias Carmo. O projeto vai à Co­n:issão de Finanças. Reassumiu a Preaídên­ma o Senhor Deputado Freitas Nobre. Nãoconstando da pauta dos trabalhos 'mais iie­nhuma matéria para ser apreciada e comonenhum dos presentes quisesse fazer ~.soda palavra o Senhor Presidente deu rencerrada a reunião às onze horas e tii taminutos. E, para constar eu Hélio AlvesRibeiro, ~cretârio, lavrei a 'presente' à:taque, depois de lida e aprovada, será assína-da pelo SCnhor Presidente. ' '

Ata da 6.a Reunião Ordinária, reallll:adaem 2 de maio de 1973 '

Aos dois dias do mês de maio de mil J;J,O­vecentos e setenta e três, às dez horas; naSll;la_n,v 12 do Anexo lI, reuníu-ss a 00­n:l!~l'lao de Serviço Público, sob a Presídên­cia do Senhor Deputado Freitas NobreCOmp.areceram os Benhores Deputado~Agostinho Rodrigues, Vice-Presidente Be­z,,;rra de Norões, Vice-Presidente, G~túlioDIas, Marcos Freire, Paulo Ferraz José Frei­re, Hugo Aguiar, Lauro Rodríiues El.ta8Ca;mo, G!lmaldi Ribeiro, Magalhãe.S MOla,PeIXOto FIlho e Francelino Pereíra, Deixa­ram de comparecer os Senhores DeputadosPaulo Abr~u.e Necy Novaes. Abertos Os fil'a­bf!:lhos, f01 Iída a Ata da reunião anteríer,Nao constan.d? da pauta dos trabalhos ne­nhuma matéría para ser apreciada e comonenhum dos Senhores Deputados presentesq?lSeSSe fazer uso da palavra o Senhor Pre­sídente deu por encerrada a reunião às dezh~r~s e trint~ n~inutos. E, para constar. eu,Hélío Alves RIbeIro, SCcretario, lavrei a pl'e-,sen~e ata que, depois de lida e aprovadá,sera asstnada pelo Senhor Presidente. ;

Ata da 7.a Reunião Ordináría. realizadaem 9 de maio de 1973

Aos nove dias do mês de maio de mil 00­vecento:; e setenta e três, às dez horas, naS8;la_n. 12 do Anexo n, reuníu-as .a '00­n: lSSao de Serviço Público, sob a Presid~u­cia do Senhor Deputado Freitas Nobre.Compareceran;. os S~nhores Deputados ;E\e­z,,;rra de Norões, VIce-Presidente, GetúlioDl~, Lauro. Rodrigues, Elias Carmo, MarcosFre,rc, Gnmaldi Ribeiro Hugo AguiarFrancelin~ Pereir~. Paulo Ferraz, MagalhãesMelo e PeIXOto FIlho. Deixaram de compa­recer os Senhores Deputados José Freire~aulo. Abreu,~Neey Novaes e, por mot~v~Justlücado, Deputado Agostinho RodrigÚes.A!:ertos os. trabalhos, foi lida a ata da reu­mao anterior. Não constando da pauta dost:-abalhos nenhuma matéria para ser apre­Cl.f!:da,. o Senhor Presidente encerrou a reu­mao as dez horas e dez minutos para QueOS Senhores Membros fossem visitar o Vi­ce-Presidente deste órgão técnico, o SenhorDeputado Agostinho Rodrigues, que se en­contra hospitalizado na Casa de Saúde S~n­

ta Lúcia, nesta Capital. E, para constar, Flu,

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Agosto de 1975 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAl, (S~ão I) Sexta-feira 8 5571

Hélio Alves Ribeiro, Secretário, lavrei a pre­sente ata que, depois de lida e aprovada,será assinada pelo Senhor Presidente.

Distribuiçãoem 7 de maio de 1973

~o Senhor Deputado Agostinho Rodrigues

Projeto n.O 970/72 - Dispõe sobre con­tagem de tempo de serviço de ex-comba­tente da Força Expedicionária Brasileira,para fins de aposentadoria.

Autor: D.€putado Alfcu oaspanní,

Ata da s.a Reunião Ordinária, realizadaem 16 de maio de 1973

Aos dezesseis dias do mês de maio de milnovecentos e setenta e três, às 10 horas,na sala n.? 12 do Anexo II, reuniu-se aComíssâo de Serviço Público, sob a Presi­dêncla do Senhor Deputado Freitas Nobre.Compareceram os Senhores Deputados Be­zerra de Norões - Vice-Presidente, Agosti­nho Rodrigues - Vice-Presidente, PauloFerraz, Elias Carmo, Getúlio Dias, JoséI?reire, Hugo Aguiar, Grímaldi ~ibeiro,

Francelino Pereira, Marcos Freire, LauroRodrlgues, Peixoto Filho e Pedro Lucena.Deixaram de comparecer os Senhores Depu­tados Paulo Abreu, Magalhães Melo e, pormotivo justificado, Necy Novaes. Abertos ostrabalhos, foi lida a Ata da reunião ante­'nor. O Senhor Presidente concedeu a pa­lavra ao Senhor Deputado Agostinho Ro­drigues, que ofereceu parecer favorável aoProjeto n.o 970/72, que "dispõe sobre con­tagem de tempo de serviço de ex-com­'batente da Força Expedicionária Brasileira,para fins de aposentadoria", de autoria do

'Senhor Deputado Alfeu Gasparini. O Se­nhor Deputado Freitas Nobre, nos termosdo Regimento Interno, passou a Presidênciaao Senhor Deputado Bezerra de Norões, afim de discutir a matéria, Em discussão,o Senhor Deputado Freitas Nobre, concor­dando com o parecer do Relator, afirmouque o voto do Senhor Agostinho Rodriguesrepresentava uma homenagem aos ex-com­batentes pelo muito que fizeram pela nossaPátria e fez declaração de voto, tendo oSenhor Deputado Marcos Freire informadoque subscreveria a mesma. Ainda com apalavra, o Senhor Deputado Freitas Nobrecomentando a respeito de informação de

'que o Governo pretende enviar mensagemsobre a contagem recíproca de tempo deserviço para a aposentadoria, sugeriu quea Comissão se manifestasse através de re­presentação ao Exúelentissimo Senhor Pre­siríente da República, relatando o empenhodos parlamentares pela aprovação de pro­posições com esse objetivo e acompanhadade relação dos projetos que tratam da ma­téria. O Senhor Elias Carmo congratulou­se com o Senhor Deputado Freitas Nobrepela sugestão apeserrtada . Em votação, foiaprovado, por unanimidade, o parecer fa­vorável do Relator, com declaração de votodos Senhores Deputados Freitas Nobre eMarcos Freire. O projeto vai à Oornlssâo deFinanças, Em votação a sugestão de umarepresentação ao Excelentíssimo SenhorPresidente da República, foi aprovada una­nimemente. Reassumiu a Presidência o Se­nhor Deputado Freitas Nobre. O SenhorDeputado Elias Oarmo pediu esclarecimen­tos a respeito do convite formulado ao Di­retor-Geral do DASP, Professor GlaucoAntônio Lessa de Abreu e Silva, para com­parecer a este órgão técnico, tendo o Se­nhor Presidente Informado que a Presi­dência desta oomíssão já havia tomado asdevidas providências para a vinda daquelaautoridade. Não constando da pauta dostrabalhos mais nenhuma matéria para serapreciada e como nenhum dos presentesquisesse fazer uso da palavra, o SenhorPresidente deu por encerrada a reunião àsdez horas e quarenta e cinco minutos. E,

para constar, eu, Hélio Alves Ribeiro, Se­cretário, lavrei a presente Ata que, depoisde lida e aprovada, .será assinada pelo Se­nhor Presidente.

Distribuição

Ao Senhor Deputado Getúlio DiasEmenda do Senado ao Projeto n,? 1.122173

- Altera disposições referentes ao regimejurídico do Diplomata, e dá outras provi­dências.

Autor: Poder Executivo, Mensagem n,?49/73.

ConvocaçãoDe ordem do Senhor Presidente, ficam

convocados os Senhores Deputados, mem­bros desta Comissáo, para uma reuniãoextraordinária, a ser realizada no dia 22do corrente, às 10 horas, para tratar dematéria urgente, sujeita à deliberação des­te órgáo técnico.

Brasília, em 18 de maio de 1973. - HélioAlves Ribeiro, Secretário.

Ata da l.a Reunião Extraordinária,realizada em 22 de maio de 1973

Aos vinte e dois dias do mês de maio demil novecentos e setenta e três, às dez ho­ras, na sala n,o 12 do Anexo Ir, reuniu-sea Comissão de Serviço Público, sob a Pre­sidência do Senhor Deputado Freitas No­bre. Comparaceram os Senhores DeputadosBezerra de Norões, Vice-Presidente, Agos­tínho Rodrigues, Vice-Presidente, EliasCarmo, Grimaldi Ribeiro, Lauro Rodrigues,Getúlio Dias, Marcos Freire, José Freire,Hugo Aguiar, Francelino Pereira, CarlosAlberto Oliveira, Peixoto Filho, MagalnâeaMelo, Léo Simões e Paulo Ferraz. Deixa­ram de comparecer o Senhor DeputadoPaulo Abreu e, por motivo justificado, aSenhora Deputada Necy Novaes. AbertosOP trabalhos, foi lida a Ata da reunião an­terior, O Senhor Presidente concedeu apalavra ao Senhor Deputado Getúlio Dias,que ofereceu parecer contrário à Emendado Senado ao projeto ri.? 1. 122-C/73, que"altera disposições referentes ao regime[urídíco do Diplomata, e dá outras provi­dências", oriundo do Poder Executivo(Mensagem n. o 49/73). Em discussão, osSenhores Deputados Marcos Freire e EliasCarmo, apoiando o parecer do Relator,apresentaram sugestões, tendo o SenhorDeputado Getúlio Dias concordado com asmesmas. Em votação, foi aprovado, porunanimidade, o parecer do Relator, con­trário à Emenda do Senado Federal. Vaià Dívísão de Comíssões Permanentes. Comonenhum dos presentes quisesse fazer usoda palavra, o Senhor Presidente deu porencerrada a reunião às dez horas e quaren­ta e cinco minutos. E, para constar, eu,Hélio Alves Ribeiro, Secretário, lavrei apresente Ata que, depois de lida e aprovada,será assinada pelo Sr. Presidente.

Ata da 9.a Reunião Ordinária,realizada em 23 de maio de 1973

Aos vinte e três dias do mês de maio demil novecentos e setenta e três, às dezhoras, na Sala n.? 12 do Anexo H, reuniu­se a Comissão de Serviço Público, sob aPresidência do Senhor Deputado FreitasNobre. Compareceram os Senhores Depu­tados Agostinho Rodrigues, Vice-Presiden­te, Bezerra de Norões, Vice-Presidente,Grimaldi Ribeiro, Lauro Rodrigues, GetúlioDias, Elias Carmo, José Freire, MarcosFreire, Magalhães Melo, Francelino Pereira,Hugo Aguiar, Peixoto Filho, Paulo Ferraze Léo Simões. Deixaram de comparecer oSenhor Deputado Paulo Abreu e, por mo­tivo justificado, a Senhora Deputada NecyNovaes. Abertos os trabalhos, foi lida aAta da reunião anterior. O Senhor Pre­sidente distribuiu ao Senhor Deputado Ma-

galhães Melo, o Projeto n,s 910/72, que "dánova redação ao § 2.0 do art: 10 da Lein,? 3.958, de 13 de setembro de 1961, queincorpora à Universidade do Paraná a Es­cola Superior de Agricultura e Veterináriado Paraná e dá outras providências" deautoria do Senhor Deputado peixoto' Fi­lho. Como nenhum dos presentes quisessefazer uso da palavra o Senhor Presidentedeu por encerrada a reuníâo, às dez horase trinta minutos. E, para constar, eu, Hé­lio Alves Ribeiro, Secretário, lavrei a pre­sente Ata que, depois de lida e aprovada,será assinada pelo Senhor Presidente.

Ata da 10.a Reunião Ordinária,realizada em 30 de maio de 1973

Aos trinta dias do mês de maio de' milnovecentos e setenta e três, às dez horas,na Sala n.O 12 do Anexo lI, reuniu-se aComissão de Serviço Público, sob a Pre­sidência do Senhor Deputado FreitasNobre. Compareceram os Senhores Depu­tados Agostinho Rodrigues, Vice-Presiden­te, Bezerra de Norões, Vice-Presidente,Lauro Rodrigues, Marcos Freire, MagalháesMelo, Francelino Pereira, Léo Simões, HugoAguiar, Grimaldi Ribeiro, Elias Carmo,Paulo Ferraz. Getúlio Dias e José Freire.Deixaram de comparecer o Senhor Depu­tado Paulo Abreu e, por motivo justificado,a Senhora Deputada Necy Novaes. Abertosos trabalhos, foi lida a Ata da reuniáo an­terior. O Senhor Presidente concedeu apalavra ao Senhor Deputado MagalháesMelo, que orereceu parecer contrário aoProjeto n.? 910/72, que "dá nova redaçãoao § 2.0 do art. 10 da Lei n.o 3.958, de 13de setembro de 1961, que incorpora à Uni­versidade do Paraná a Escola Superior deAgricultura e Veterinária do Paraná, e dáoutras providências" (contagem de tempode serviço para todos os efeitos legais dopessoal das faculdades e escolas federaliza­das e Incorporadas à Universidade do Es­tado do Rio de Janeiro), de autoria doSenhor Deputado Peixoto Filho. Em dís­cussão, o projeto foi amplamente debatidopelos Senhores Deputados Bezerra de No­rões, Marcos Freire e Getúlio Dias, delaparticipando, para esclarecimentos, o Re­1ator. Em votação, foi aprovado o parecercontrário do Relator, contra os votos dosSenhores Deputados Marcos Freire, Bezerrade Norões, Léo Simões, Lauro Rodrigues eGetúlio Dias, O prol eto vai à Dívísão deComissões Permanentes Não constando dapauta dos trabalhos mais nenhuma maté­ria para ser apreciada e como nenhum dospresentes quisesse fazer uso da palavra, oSenhor Presidente deu por encerrada areunião às dez horas e quarenta e cincominutos. E, para constar, eu, Hélio AlvesRibeiro, Secretário, lavrei a presente Ataque, depois de lida e aprovada, será assi­nada pelo Senhor Presidente.

Ata da 2.a Reunião Extraordinária,realizada em 14 de junho de 1973

Aos quatorze dias do mês de junho doano de mil novecentos e setenta e três, àsdez horas, na Sala n.? 12 do Anexo U, reu­niu-se, extraordinariamente, a Comíssâode Serviço Público, sob a Presidência doSenhor Deputado Freitas Nobre, Compare­ceram os Senhores Deputados AgostinhoRodrigues, Vice-Presidente, Bezerra de No­rões, Vice-Presidente, Getúlio Dias, Gri­maldi Ribeiro. Marcos Freire, FrancelinoPereira, José Freire, Elias Carmo, HugoAguiar, Lauro Rodrigues, Magalhães Melo,Paulo Ferraz, Daso Coimbra e Peixoto Fi­lho. Deixaram de comparecer o SenhorDeputado Paulo Abreu e, por motivo justi­ficado, a Senhora Deputada Necy Novaes,Abertos os trabalhos, foi lida e aprovada aAta da reunião anterior. O senhor Pre­sidente concedeu a palavra ao SenhorDeputado Magalhães Melo, que apresentou

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Agosto dc 19755572 Sexta-feira 3 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção I)

Substitutivo ao Projeto n. o 1.310/73, que"fixa' os valores de vencimentos do Grupo­Direção e Assessoramento Superiores da Ad­ministração do Senado Federal, e dá outrasprovidências", oriundo do Senado Federal.O Senhor Presidente, nos termos do Regi­mento Interno, passou a Presidência aoSenhor Deputado Bezerra de Norões, Vice­Presidente, a fim de discutir a matéria.Em discussão, o Senhor Deputado FreitasNobre, concordando com o parecer do Re­lator, discorreu a respeito da situação dosproventos dos aposentados do serviço pú­blico federal no Plano Geral de Classifica­ção dos Servidores Públicos da União. Emvotação, foi o Substitutivo aprovado porunanimidade e o projeto vai à Divisão deComissões Permanentes. Reassumiu a Pre­sidência o Senhor Deputado Freitas Nobre.Como nenhum dos presentes quisesse fazeruso da palavra, o Senhor Presidente deupor encerrada a reunião às dez horas equinze minutos. E, para constar, eu, HélioAlves Ribeiro, Secretário, lavrei a presenteAta, que depois de lida e aprovada, seráassinada pelo Senhor Presidente.

Ata da 3,a Reunião Extraordinária,realizada em 26 de junho de 1973

Aos vinte e seis dias do mês de junho demil novecentos e setenta e três, às quatorzehoras, na Sala n. O 12 do Anexo Ir, reuniu­se, extraordinariamente, a Comissão deServiço Públieo, sob a Presidência do Se­nhor Deputado Freitas Nobre. Comparece­ram os Senhores Deputados Bezerra de No­rões, Vice-Presidente, Agostinho Rodrigues,Vice-presidente, Marcos Freire, FrancelinoPereira, Hugo Aguiar, Elias Carmo, LauroRodrigues, Paulo Ferraz, Magalhães Melo,Getúlio Dias, Grimaldi Ribeiro, José Freiree Peixoto Filho. Deixaram de comparecer oSenhor Deputado Paulo Abreu e, por mo­tivo justificado, a Senhora Deputada NecyNovaes. Abertos os trabalhos, foi lida eaprovada a ata da reunião anterior. O Se­rihor Presidente concedeu a palavra aoSenhor Deputado Magalhães Melo, que ofe­receu parecer favorável, com emendas, aoProjeto n,v 1.362/73, que "fixa os valores devencimentos dos cargos dos Grupos-Ativi­dades de Apoio Legislativo, Serviços Auxi­liares e Serviços de Transporte Oficial ePortaria, do Quadro Permanente do SenadoFederal, e dá outras provídências'', oriundodo Senado Federal. Em discussão, o parecerdo Relator, nenhum dos presentes fez usoda palavra. Em votação, foi aprovado, porunanimidade, o paracer favorável do Re­lator, com emendas. O projeto vai à Divisãode Comissões Permanentes. Nada mais ha­vendo a tratar, foi encerrada a reunião, àsquatorze horas e quarenta minutos. E, paraconstar, eu, Hélio Alves Ribeiro, Secretário,lavrei a presente ata que, depois de lida eaprovada, será assinada pelo Senhor Pre­sidente.

Ata da 4.a Reunião Extraordinária,realizada em 28 de junho de 1973

Aos vinte e oito dias do mês de junho demil novecentos e setenta e três, às quatorzehoras e trinta minutos, na Sala n. O 12 doAnexo lI, reuniu-se, extraordinariamente,a Comissão de Servico Público, sob a Pre­sidência do Senhor Deputado Freitas Nobre.Compareceram os Senhores Deputados Be­zerra de Norões, Vice-Presidente, Agosti­nho Rodrigues, Vice-Presidente, MarcosFreire, Getúlio Dias, Grimaldi Ribeiro, Ma­galhães Melo Elias Carmo, Hugo Aguiar,Francelino Pereira, Lauro Rodrigues, PauloFerraz, Peixoto Filho, Léo Simões, PedroLucena e José Freire. Deixaram de compa­recer os Senhores Deputados Paulo Abreue, por motivo justificado, Necy Novaes.Abertos os trabalhos, foi lida e aprovada aata da reunião anterior. O Senhor Depu­tado Freitas Nobre, nos termos do Regi­mente Interno, passou a Presidência ao Se-

nhor Deputado Bezerra de Norões, a fimde discutir a matéria da qual é relator. OSenhor Presidente deu reinicio à discussãodo Projeto n. O 1.301/73, que "estabelece aobrigatoriedade de filiação ao IPASE, dosservidores públicos, regidos pela legislaçãotrabalhista, que menciona, e dá outras pro­vidências", oriundo do Poder Executivo,com Emendas de Plenário, a qual havia sidosuspensa na reunião anterior. Com a pala­vra o Relator, Senhor Deputado Freitas No­bre, leu parecer favorável, parcialmente, àsEmendas de Plenário n.vs 2, 3, 4, 5 e 9 econtrário às de n.vs 1, 6, 7, 8 e 10. Usaramda palavra para discutir o parecer às emen­das, os Senhores Deputados Hugo Aguiar,Magalhães Melo e Getúlio Dias. A seguir, oRelator leu Substitutivo que ofereceu aoprojeto. O Senhor Deputado Hugo Aguiar,com a palavra, propos a exclusão dos Mu­nícípíos conforme consta no projeto, tendoo Senhor Deputado Freitas Nobre concor­dado. O Senhor Presidente suspendeu asessão por dez minutos para o Relator re­digir as alterações propostas. Reaberta asessão, o Senhor Presidente colocou em dis­cussão o Substitutivo. Em votação, o SenhorDeputado Hugo Aguiar solicitou a palavrapara encaminhar a votação, declarando quevotava contra o Substitutivo. Em votaçãofoi aprovado o parecer do Relator, concluin­do por um Substitutivo ao projeto, em queforam englobadas, parcialmente, as Emen­das de Plenário n.vs 2, 3, 4, 5 e 9 e rejeitan­do as demais. contra os votos dos sennoresDeputados Hugo Aguiar. Magalhães Meloe Elias Carmo. O projeto vai à Divisão deComissões Permanentes. Reassumindo aPresidência o Senhor Deputado Freitas No­bre, agradeceu a cooperação eficiente deseus colegas durante o primeiro período dostrabalhos desta Sessão legislativa, decla­rando esperar revê-los em agosto, após orecesso parlamentar de Julho. Nada maishavendo a tratar, foi encerrada a reuniãoàs dezesseis horas. E, para constar, eu, Hé­lio Alves Ribeiro, Secretário, lavrei a pre­sente ata que, depois de lida e aprovadaserá assinada pelo Senhor Presidente.

Ata da 16.a Reunião Or<":;nária, realizadaem If de agosto de 1973

Aos quinze dias do mês de agosto de milnovecentos e setenta e três, às dez horas,na Sala n.? 12 do Anexo Ir, reuniu-se a Co­missão de Serviço Público, sob a Presidên­cia do Senhor Deputado Freitas Nobres.Compareceram os Senhores Deputados Be­zerra de Norões, Vice-Presidente, AgostinhoRodrigues, Vice-Presidente, Getúlio Dias,Magalhães Melo. Elias Carmo, Marcos Frei­re, Grimaldi Ribeiro, José Freire, France­lino Pereira, Lauro Rodrigues, Paulo Ferraz,Hugo Aguiar, Daso Coimbra, Peixoto Filho.Deixaram de comparecer o Senhor Depu­tado Paulo Abreu e, por motivo justificado,a Senhora Deputada Neey Novaes. Abertosos trabalhos. foi lida e aprovada a ata dareunião anterior. O Senhor Presidente con­cedeu a palavra ao Senhor Deputado EliasCarmo, que leu parecer favorável ao Projeton. O 1.417/73, que "altera o Quadro da Se­cretaria do Tribunal Superior do Trabalho,e dá outras providências", oriundo do Po­der Executivo (Mensagem n.> 229/73), econtrário à Emenda de Plenário. O SenhorRelator declarou que o D4\.SP está estudan­do modificações na matéria e que por essemotivo foi incluída a palavra "provisoria­mente" no artigo 1.0 do projeto. Em segui­da, solicitou audiência ao Departamento doPessoal Civil sobre o projeto, a qual foiaprovada. Em discussão, usaram da pala­vra os Senhores Deputados Lauro Rodri­gues, Marcos Freire e Getúlio Dias. A Co­mísssão deliberou a votação do parecer pa­ra a próxima semana, a fim de aguardaralterações do DASP. Com a palavra, o Se­nhor Deputado Magalhães Melo ofereceu

parecer favorável ao Projeto n. O 1.418/73,que "fixa os valores de vencimentos doscargos do Grupo-Outras Atividades de NívelSuperior, e dá outras providências", oriun­do do Poder Executivo (Mensagem n.o234/73) e contrário às Emendas de Plená­rio, oferecidas ao mesmo. Em discussão, oprojeto foi debatido pelos Senhores Depu­tados Getúlio Dias, Elias Carmo, Lauro Ro­drigues e Marcos Freire que apresentouemenda supressiva ao parágrafo único doartigo 2.0 , eliminando o trecho final" .. , que passa a ser calculado na base de20% (vinte por cento) dos respectivos ven­cimentos fixados no artigo 1.0 desta lei",tendo o Senhor Relator concordado com amesma. Em votação, foi aprovado por una­nimidade, o parecer favorável do Relator,com Emenda, e contrário às Emendas dePlenário. O projeto vai à Divisão de Comis­sões Permanentes. O Senhor Deputado Ge­túlio Dias apresentou parecer favorável aoProjeto n,v 452/71, que "autoriza o PoderExecutivo a criar o Instituto Cientifico doCego, e dá outras providências", de autoriado Senhor Deputado Peixoto Filho. Postaem discussão a matéria, nenhum dos pre­sentes fez uso da palavra. Em votação, foio parecer aprovado por unanimidade e oprojeto vai à Divisão de Comissões Perma­nentes. O Senhor Presidente distribuiu aoSenhor Deputado Hugo Aguiar, o Projeton. ó 1.427173 que "transforma em cargos emcomissão. símbolo 5-C, dois cargos de Chefe _de Secretaria, criados na Justiça do Traba­lho da 7.& Região pelas Leis n.vs 409, de 15de setembro de 1948 e 3.492, de 18 de de­zembro de 1958, e dá outras providências",oriundo do Poder Executivo (Mensagem n.?245/73) e avocou o Projeto n.> 1.436/73, que"cria Varas, Cartórios e cargos na Justiçado Distrito Federal, e dá outras providên­cias", oriundo do Poder Executivo (Mensa­gem n. O 247/73\' Nada mais havendo a tra­tar. foi encerrada a reunião às dez horas equarenta e cinco minutos. E, para constar,eu, Hélio Alves Ribeiro, Secretário, lavrei apresente ata que será, depois de lida eaprovada, assinada pelo Senhor Presidente.

Ata da 23.a Reunião Ordinária, realizadaem 3 de outubro de 1973

Aos três dias do mês de outubro de milnovecentos e setenta e três, às dez horas,na Sala n.> 12 do Anexo Ir, reuniu-se aComissão de Serviço Público, sob a Presi­dência do Senhor Deputado Freitas Nobre.Compareceram os Senhores Deputados Be­zerra de Norões, Vice-Presidente, AgostinhoRodrigues, Vice-Presidente, Getúlio Dias,Lauro Rodrigues, Marcos Freire, Hugo Agui­ar, Grimaldi Ribeiro, Elias Carmo, PauloFerraz, Magalhães Melo, Francelino Perei­ra, José Freire, Peixoto Filho, Daso Coimbrae Léo Simões. Deixaram de comparecer osSenhores Deputados Paulo Abreu e, pormotivo justificado, Necy Novaes. Abertos ostrabalhos, foi lida e aprovada a ata dareunião anterior. O Senhor Presidente con­cedeu a palavra ao Senhor Deputado Agos­tinho Rodrigues, que leu parecer favorávelao Proj eto n. o 1. 542/73, que "fixa os venci­mentos dos cargos do Grupo-Serviços Jurí­dicos, e dá outras providências", oriundo doPoder Executivo. Mensagem n. o 320/73, àEmenda n. O 1 de Plenário e às Emendas n.ss2 e 3 de Plenário, nos termos das Subemen­das do Relator, oferecidas ao mesmo. Emdiscussão, o Senhor Deputado Peixoto Filhocongratulou-se com o Relator pelo parecerapresentado ao projeto. Em votação, foiaprovado, por unanimidade, o parecer doRelator e o projeto vai, com emendas, à Di­visão de Comissões Permanentes. O SenhorDeputado Freitas Nobre, nos termos do Re­gimento Interno, passou a Presidência aoSenhor Deputado Bezerra de Norões, Vice­Presidente, a fim de ler seu parecer favorá­vel às Emendas do Senado Federal ofereci-

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Agol'to de 1975 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 8 5573

das ao Projeto n.o 1.301-C/73, que "estabe­lece a obrigatoriedade de filiação ao IPASE,dos servidores públicos, regidos pela legisla­ção trabalhista, que menciona, e dá outrasprovidências", oriundo do Poder Executivo,Mensagem n. O 172/73. Em discussão, ne­nhum dos presentes fez uso da palavra. Emvotação, foi o parecer aprovado por unani­midade e as Emendas do Senado Federalvão à Divisão de Comissões Permanentes.Reassumindo a Presidência, o Senhor Depu­tado Freitas Nobre concedeu a palavra aoSenhor Deputado Agostinho Rodrigues queteceu elogios pela maneira com que o Se­nhor Deputado Freitas Nobre vem dirigindoos trabalhos desta Comissão técnica da Câ­mara, "onde tem demonstrado alto espírítode colaboração e eficiência, fazendo reinarsempre a união e amizade. A seguir, o Se­nhor Presidente agradeceu as palavras doSenhor Deputado Agostinho Rodrigues econvocou uma' reunião extraordinária paraamanhã, dia 4 do corrente, às dez horas,para apreciar o Projeto n.o 1. 545/73, que

'''dispõe sobre a retribuição dos membros doMinistério Público, e dá outras providên­cias", oriundo do Poder Executivo, Mensa­gem D.o 322173. Não constando da pauta dostrabalhos mais nenhuma matéria para serapreciada e como nenhum dos presentesquisesse fazer uso da palavra, o SenhorPresidente deu por encerrada a reunião àsonze horas e trinta minutos. E, para cons­tar, eu,. Hélio Alves Ribeiro, Secretário, la­vrei a presente ata que, depois de lida eaprovada, será assinada pelo Senhor Pre­sidente.

Ata da 5." Reunião Extraordinária,realizada em 4 de outubro de 1973

Aos quatro dias do mês de outubro demil novecentos e setenta e três, às dez ho­ras, na Sala n.o 12 do Anexo n, reuniu-sea Comissão de Serviço Público, sob a Pre­sidência do Senhor Deputado Freitas Nobre -Ó.

Compareceram os Senhores Deputados Be­zerra de Norões, Vice-Presidente, AgostinhoRodriguÇ!s, Vice-Pl'csidente, Getúlio Dias,Lauro Rodrigues, Marcos Freire, Hugo Agui­ar, Grímaldí Ribeiro, Elias Carmo, PauloFerraz, Magalhães Melo, Francelino Perei­ra, José Freire, Peixoto Filho, Léo Simões eDaso Coimbra. Deixaram de comparecer oSenhor Deputado Paulo Abreu e, por motivojustificado, a Sennora Deputada Necy No­vaes. Abertos os trabalhos, foi lida e apro­vada a ata da reunião anterior. O SenhorPresidente concedeu a palavra ao SenhorDeputado Lauro Rodrigues, que ofereceuparecer favorável ao Projeto nO 1.545/73,que "dispõe sobre a retribuição dos mem­bros do Ministério Público, e dá outras pro­vidências, oriundo do Poder Executivo,Mensagem n.o 322/73, com Emendas e àEmenda n.? 1 de Plenário e pela prejudi­cialidade das Emendas n.vs 2 e 3 de Plená­rio. Elm discussão,'o Senhor Deputado Ma­galhães Melo teceu elogios ao parecer doSenhor Deputado Lauro Rodrigues e decla­rou que "votava com restrições a Emendan.O ] do Relator, por ser Procurador de ór­gão descentralizado da Administração pú-.blica e não considerar evidente o principioda ísonomía". Em votação, a Comissão opi­nou, por unanimidade: a) pela aprovaçãodo projeto, da Emenda n.O 1 de Plenário,nos termos da Subemenda do Relator e dasEmendas n.os 2 e 3 do Relator; b) pela pre­judicialidade das Emendas n.vs 2 e 3 dePlenário e, com restrições do Senhor Depu­tado Magalhães Melo, pela aprovação daEmenda n.o 1 do Relator. O projeto vai àDivisão de Comissões Permanentes. Com apalavra o Senhor Deputado Hugo Aguiaraolíeítou audiência do Tribunal de Contasda União para o Projeto n.? 173/71', que "al­tera o Decreto-lei n.o 199, de 25 de fevereirode 1967, que dispõe sobre a Lei Orgânica doTribunal de Contas da União, e dá outras

providências, de autoria do Senhor Depu­tado José Bonifácio, do qual é Relator. ,0Senhor Presidente deferiu o requerimento.Nada mais havendo a tratar, a reunião foiencerrada às onze horas. E, para constar,eu, Hélio Alves Ribeiro, Secretário, lavrei apresente ata que, depois de lida e aprovada,será assinada pelo Senhor Presidente.

Ata da 25.a Reunião Ordinária, realizadaem 10 de outubro de 1973

Aos dez dias do mês de outubro de milnovecentos e setenta e três, às dez horas,na Sala n,v 12 do Anexo n, reuniu-se aComissão de Serviço Público, sob a Presi­dência do Senhor Deputado Freitas Nobre.Compareceram os Senhores Deputados ne­zera de Norões, Vice-Presidente, AgostinhoRodrigues, Vice-Presidente, José Freire,Lauro Rodrigues, Getúlio Dias, MagalhãesMelo, El'ias Carmo, Grimaldi RIbeiro, HugoAguiar, Marcos Freire, Paulo Ferraz, Fran­celino Pereira e Peixoto Filho. Deixaramde comparecer o Senhor Deputado PauloAbreu e, por motivo justificado, a SenhoraDeputada Necy Novaes. Abertos os traba­lhos, foi lida e aprovada a ata da reuniãoanterior. Não constando da pauta de tra­balhos nenhuma matéria para ser aprecia­da, e como nenhum dos presentes quisessefazer uso da palavra, o Senhor Presidentedeu por encerrada a reunião às dez horase Vinte minutos. E, para constar, eu, HélioAlves Ribeiro, Se.cretário, lavrei a presenteata que, depois de lida e aprovada, seráassinada pelo Senhor Presidente.

Ata da 26.a Reunião Ordinária, realizadaem 17 de outubro de 1973

Aos dezessete dias do mês de outubro demil novecentos e setenta e três, às dez ho­ras, na Sala n.o 12 do Anexo n, reuniu-sea Comissão de Serviço Público sob a Pre­sidência do Senhor Deputado Freitas No­bre. Compareceram os Senhores DeputadosBezerra de Norões, Vice-Presidente, Agos­tinho Rodrigues, Vice-Presidente, MarcosFreire, José Freire, Grimaldi Ribeiro, HugoAguiar, Paulo Ferraz, Francelino Pereira,Magalhães Melo, Getúlio Dias, Elias Car­mo, Lauro Rodr'igues e Peixoto Filho. Aber­tos os trabalhos, foi lida e aprovada a atada reunião anterior.' O Senhor Presidenteconcedeu a palavra ao Senhor DeputadoMarcos Freire, que leu parecer favorável aomérito da Indicação n,v 7/73, que "sugereàs Comissões de ServiÇO Público e de Tra­balho e Legislação Social a elaboração deEmenda Constitucional, que assegure aosservidores públicos civis e -m'ilitares daUnião, Estados e Municípios, a percepçãode vencimento nunca inferior ao saláriomínírno", de autoria do Senhor DeputadoSiqueira Campos, e pela audiência da Co_omissão de Oonstitutçâo e Justiça sobre amesma. Em discussão, nenhum dos presen­tes fez uso da "palavra. Em votação, foi oparecer aprovado unanimemente e a pro­posição vai à Comissão de Constituição eJustiça, logo após o deferimento da audiên­cia pelo Senhor Presidente da Casa. A se­guir, o Senhor Presidente fez a seguintedistr'ibuição: ao Senhor Deputado Maga­lhães Melo, o Projeto n.o 1. 583/73, que "dis­põe sobre a retribuição do Grupo-Direçãoe Assistência Intermediária, e dá outrasprovidências", oriundo do Poder Executivo,Mensagem n.o 347/73 e ao Senhor Depu­tado Hugo Aguiar, o Projeto n.? 1.595/73,que "fixa os vencimentos dos cargos doGrupo-Tributação, Arrecadação e Fiscali­zação, e dá outras providências, tambémoriundo do Poder Executivo, Mensagem n.?353173. Nada mais havendo a tratar, foiencerrada a reunião às dez horas e qua­renta e cinco minutos. E, para constar, eu,Hélio Alves Ribeiro, Secretário. lavrei a pre­sente ata, que depois de lida e aprovadaserá assinada pelo Senhor Presidente.

Ata da 27.a Reunião Ordinária, Realizadaem 24 de outubro de 1973

Aos vinte e quatro dias do mês de outu­bro de mil novecentos e setenta e três, àsdez horas, na Sala n.O 12 do Anexo II,reuniu-se a Comissão de Serviço Público,sob a Presidência do Senhor DeputadoFreitas Nobre. Compareceram os SenhoresDeputados Bezerra de Norões, Vice-Presi­dente, Agostinho Rodrigues, Vice-Presiden­te, Getúlio Dias, José Freire, Grímaldi Ri­beiro, Francelino Pereira, Hugo Aguiar,Lauro Rodrigues, Elias Carmo, Paulo Fer­raz, Peixoto Filho, Pedro -Lucena e MarcosFreire. Deixaram de comparecer os Senho­res Deputados Paulo Abreu e, por motivojustificado, Magalhães Melo e Necy No­vaes. Abertos os trabalhos, foi lida e apro­vada a ata da reuníão anterior. O SenhorPresidente distribuiu ao Senhor DeputadoElias Carmo o projeto n. O 1. 597/73, que "fi­xa os valores de vencimento dos cargos doGrupo-Outras Atividades de Nível Médio, edá outras providências", Mensagem n.?358/73, oriundo do Poder Executivo e tor­nou sem efeito a distribuição anterior, avo­cando o Projeto n.? 1. 583/73, que "díspõesobre a retribuição do Grupo-Direção eAssistência Intermediária e dá outras pro­vidências", Mensagem n. O 347/73, oriundodo Poder Executivo. Não constando da pau­ta nenhuma matéria para ser apreciadae não desejando nenhum dos presentes fa­zer uso da palavra, o Senhor Presidente

. deu por encerrada a reunião às dez horase trinta minutos. E, para constar, eu, HélioAlves Ribeiro, Secretário, lavrei a presenteata que, depois de lida e aprovada seráassinada pelo Senhor Presidente.Ata da 28.a Reunião Ordinária, realizada

em 31 de outubro de 1973

Aos trinta e um dias do mês de outubrodo ano de mil novecentos e setenta e três,às dez horas, na Sala n.O 12 do Anexo II,reuniu-se a Comissão de Serviço Público,sob a Presidência do Senhor Deputado Frei­tas Nobre. Compareceram os SenhoresDeputados Bezerra de Norões, AgostinhoRodrigues, Vice-Presidentes, Getúlio Dias,Elias Carmo, Hugo Aguiar, José Freire,Paulo Ferraz, Lauro Rodrigues, Peixoto Fi­lho, Magalhães Melo, 'Marcos Freire, PedroLucena e Francelino Pereira. Deixaram decomparecer os Senhores Deputados PauloAbreu, Grimaldi Ribeiro e, por motívo jus­tificado, a Senhora Deputada Necy Novaes.Abertos os trabalhos, foi lida e aprovadaa ata da reunião anterior. O Senhor Depu­tado Freitas Nobre, nos termos do Regi­mento Interno, passou a Presidência ao Se­nhor Deputado Bezerra de Norões, Vice­Presidente, a fim de ler seu parecer favo­rável ao Projeto n.v 1.583/73, que "dispõesobre a retribu'ição do Grupo-Direção eAssistência Intermediária, e dá outras pro­vidências", oriundo do Poder Executivo,Mensagem n.O 347/73. Em discussão, ne­nhum dos presentes fez uso da palavra.Posto em votação, foi aprovado o parecerdo Relator, por unanimidade. O projeto vaià Coordenação de Comissões Permanentes.Reassumindo a Presidência o Senhor Depu­tado Freitas Nobre concedeu a palavra aoSenhor Deputado Hugo Aguiar, que leu pa­recer favorável ao Projeto número 1.595173,que "fixa os vencimentos dos cargos doGrupo-Tributação Arrecadação e Fiscaliza­ção, e dá outras providências", oriundo doPoder Executivo, Mensagem n.> 353/73,com Emenda e contrário às Emendas dePlenário, oferecidas ao mesmo. Em discus­são, nenhum dos presentes fez uso da pala­vra. Em votação, foi o parecer aprovadopor unanimidade e o projeto vai à Coorde- _nação de Comissões Permanentes. O SenhorDeputado Elias Carmo, com a palavra, apre­sentou parecer favorável ao Projeto n.?1.597/73, que "fixa os valores de vencimen-

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5574 Sexta-feira 8 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção n Agosto de 1975

tos dos cargos do Grupo-outras Atividadesde Nivel Médio, e dá outras providências",oriundo do Poder Executivo, Mensagem n,>358/73, e às Emendas de Plenário, nos ter':mos das Subemendas do Relator, ofereci­das às mesmas. Em discussão, nenhum dospresentes fez uso da palavra. Posto em vo­tação, foi aprovado unanimemente o pa­recer do Relator e o projeto vai à Coor­denação de Comissões Permanentes. Nadamais havendo a tratar, foi encerrada areunião às onze horas. E, para constar, eu,Hélio Alves Ribe'iro, Secretário, lavrei a pre­sente ata que, 'depois de lida e aprovada,será assinada pelo Senhor Presidente.Ata da 29.a Reunião Ordinária, realizada

em 7 de novembro de 1973Aos sete dias do mês de novembro de roil'

novecentos e setenta e três, na Sala n.O 12do Anexo lI, às dez horas, reuniu-se, sob aPresídêncía do Senhor Deputado FreitasNobre, a Oomíssâo de Serviço Público. Com­pareceram os Senhores Deputados Bezerrade Norões, Vice-Presidente, Agostinho Ro­drigues, Vice-Presidente, Elias Calmo, Fran­celíno Pereira, Hugo Aguiar, Paulo Ferraz,Magalhães Melo, Getúlio Dias, José Freire,Lauro Rodrigues, Marcos Freire, Pedro Lu­cena e Peixoto Filho. Deixaram de compa­recer os Senhores Deputados Grimaldi Ri­beiro, Paulo Abreu e, por motivo justifica­do, a Senhora Deputada Necy Novaes.Abertos os trabalhos, foi lida e aprovadaa ata da reunião anterior. O Senhor Depu­tado Freitas Nobre, nos termos do Regi­mento Interno, passou a Presidência aoSenhor Deputado Bezerra de Norões, Vice­Presidente, a fim de ler seu parecer favo­rável à Emenda do Senado Federal ofere­cida ao Projeto n.o 1.436/73, que "cria Va­ras, Cartórios e cargos na Justiça do Dis­trito Federal, e dá outras providências,oriundo do Poder Executivo, Mensagem n.?247/73. Em discussão, nenhum dos presen­tes fez uso da palavra. Posto em votação,foi aprovado, por unanimidade, o parecerdo Relator e a Emenda vai à Coordenaçãode Comissões Permanentes. Reassumindo aPresidência, o Senhor Deputado FreitasNobre fez a seguinte distribuição: ao Se­nhor Deputado Elias Carmo, o Projeto n.o1.651/73, que "fixa os valores de vencimen­tos dos cargos dos Grupos-Atividades deControle Externo, Serviços Auxiliares e Ser­viços de Transporte Oficial e Portaria doQuadro Permanente da Secretaria-Geral doTribunal de Contas da União e dá outrasprovidências", oriundo do Poder Executivo,Mensagem n.v 394/73, e Projeto n.v 1.652/73,que "fixa os valores de vencimentos doscargos do Grupo-Direção e AssessoramentoSuperiores do Quadro Permanente da Se­cretaria-Geral do Tribunal de Contas daUnião, e dá outras providências", oriundodo Poder Executivo, Mensagem n.O 395173;avocou os Projetos n,Os 1. 653/73, que "fixaos valores de vencimentos dos cargos doGrupo-Atividades de Apoio Judiciário doQuadro Permanente da Secretaria do Su­premo Tribunal Federal e dá outras provi­dências", oriundo do Poder Executivo,Mensagem n.o 369/73 e 1. 654/73, que "fixaos valores de vencimentos dos cargos doGrupo-Direção e Assessoramento Buperío­res do Quadro Permanente da Secretariado Supremo Tribunal Federal, e dá outrasprovidências", também oriundo do PoderExecutivo, Mensagem n.O 397/73. Nada maishavendo a tratar e como nenhum dos pre­sentes quisesse fazer uso da palavra, o Se-­nhor Presidente encerrou a reunião às dezhoras e trinta minutos. E, para constar, eu,Hélio Alves Ribeiro, Secretário, lavrei apresente ata que, depois de lida e aprovada,será assinada pelo S~nhor Presidente.

DistribuiçãoEm 5-11-73

Ao Senhor Deputado Freitas NobreEmenda do Senado ao Projeto n.O 1.436­

C/73 - "cria Varas, Cartórios e cargos naJustiça do Distrito Federal, e dá outras pro­vidências". (Avocado)

Autor: Poder Executivo.

Ata da 6.a Reunião Extraordinária,realizada em 13 de novembro de 1973Aos oito dias do mês de novembro de mil

novecentos e setenta e três, às dezoito ho­ras, na Sala n.> 12 do Anexo n, reuniu-se,extraordinariamente, a Comissão de Servi­ço Público, sob a Presidência do SenhorDeputado Freitas Nobre. Compareceram osSenhores Deputados Bezerra de Norões eAgostinho Rodrigues - Vice-Presidentes,Elias Carmo, Lauro Rodrigues, Hugo Aguiar,Francelino Pereira, José Freire, Paulo Fer­raz, Getúlio Dias, Magalhães Melo e Marcos1<'reire. Deixaram de comparecer os Senho­res Deputados Paulo Abreu, Grimaldi Ri­beiro e, por motivo justificado, a SenhoraDeputada Necy Novaes. Abertos os traba­lhos, foi lida e aprovada a ata da reuniãoanterior. O Senhor Presidente concedeu apalavra ao Senhor Deputado Elias Carmo,que ofereceu parecer favorável ao Projeton.O 1.651/73, que "fixa os valores de venci­mentos dos cargos dos Grupos-Atividades deControle Externo, Serviços Auxiliares e Ser­viços de Transporte Oficial e Portaria doQuadro Permanente da Secretaria-Geral doTribunal de Contas da União, e dá outrasprovidências", oriundo do Poder Executivo(Mens. n.O 394/73). Em discussão, usou dapalavra o Senhor Deputado Lauro Rodri­gues, que teceu comentâríos a respeito doprojeto e apoiou o parecer do Relator. Emvotação, foi aprovado, por unanimidade, oparecer do Relator. O projeto à Ooorde­nacão de Comissões Permanentes. Aindacom a palavra, o Senhor Deputado EliasCarmo leu parecer favorável ao Projeto n,>1.652173, que "fixa os valores de vencimen­tos dos cargos do Grupo-Direção e Assesso­ramento Superiores do Quadro Permanen­te da Secretaria-Geral do Tribunal de Con­tas da União, e dá outras providências",oriundo do Poder Executivo (Mens. número395/73), Em discussão, fez uso da palavrao Senhor Deputado Marcos Freire, parauma indagação, tendo o Senhor DeputadoElias Carmo prestado a informação. Pos­to em votação, foi o parecer aprovado una­nimemente e o projeto vai à Coordenaçãode Comissões Permanentes. Nada mais ha­vendo a tratar, foi encerrada a reunião àsdezoito horas e quarenta minutos. E, paraconstar, eu, Hélio Alves Ribeiro, Secretário,lavrei a presente ata que, depois de lida eaprovada, será assinada pelo Senhor Pre­sidente.

Oonvocaeãe

De ordem do Senhor presidente, ficamconvocados os Senhores Deputados. mem­bros desta Comissão, para uma reunião ex­traordinária, a ser realizada no dia 8 denovembro de 1973, às 18 horas, para tratarde matéria urgente, sujeita à deliberaçãodeste órgão técnico.

Brasília, em 7 de novembro de 1973.Hélio Alves Ribeiro, Secretário.

Ata da 7.'" Reunião Extraordinária,realizada em 13 de novembro de_ 1973

Aos treze dias do mês de novembro demil novecentos e setenta e três, às dez ho­ras, na Sala n.O 12 do Anexo rr, reuniu-sea Comissão de Serviço Público, extraordí­nari.amente, sob a Presidência do SenhorDeputado Freitas Nobre. Compareceram osSenhores Deputados Bezerra de Norões, Vi­ce-Presidente, Agostinho Rodrigues, Vice-

Presidente, Hugo Aguiar, Getúlio Dias, EliasCarmo, José Freire, Magalhães Melo, LauroRodrigues, Marcos Freire, Francelino Perei­ra, Paulo Ferraz e Peixoto Filho. Deixaramde comparecer os Senhores Deputados PauloAbreu, Grimaldi Ribeiro e, -por motivo jus­tificado, a Senhora Deputada Necy Novaes.Abertos os trabalhos, foi lida e aprovada aata da reunião anterior, O Senhor Depu­tado Freitas Nobre, nos termos do Regimen­to Interno, passou a Presidência ao SenhorDeputado Bezerra de Norões, Vice-Presiden­te, a fim de ler parecer favorável que ore­recfu ao Projeto n.o 1,653/73, que "fixa osvalores de vencimentos dos cargos do Gru­po-Atividades de Apoio Judiciário do Qua­dro Permanente da Secretaria do SupremoTribunal Federal, e dá outras providências",oriundo. do Poder Executivo, Mensagem n.?369/73. Em discussão nenhum dos presentefez uso da palavra. Em votação, foi aprovar­do, por unanimidade, o parecer do Relator eo projeto vai à Coordenação de ComissõesPermanentes. O Senhor Deputado FreitasNobre, ainda com a palavra, relatou o Pro­j eto n.O 1. 654/73, que "fixa os valores devencimentos dos cargos do Grupo-Direção eAssessoramento Superiores do Quadro Per­manente da Secretaria do Supremo Tribu­nal Federal, e dá outras providências",oriundo do Poder Executivo, Mensagem n.?397/73, oferecendo parecer favorável. Emdiscussão, nenhum dos presentes fez usoda palavra. Em votação, foi aprovado porunanimidade, o parecer do Relator. O pro­jeto vai à Coordenação de Comissões Per,,:,manentes. Reassumindo a Presidência, oSenhor Presidente fez a seguinte distribui­ção: Projeto n.o 1.665/73, que "altera oQuadro da Secretaria do Tribunal Regionaldo Trabalho da 2." Região, e dá outras pro­vidências", oriundo do Poder Executivo,Mensagem n.> 403/73, ao Senhor DeputadoMagalhães Melo; ao Senhor Deputado Lau­ro Rodrigues, o Projeto n.o 1.667/73, que"fixa os valores dos níveís de vencimentosdo Grupo-Direção e Assessoramento Su­periores, dos Quadros Permanentes da Se­cretaria do Superior Tribunal Militar e dasSecretarias das Auditorias da Justiça Mi­litar, e dá outras providências". Mensagemn.o 406/73, do Poder Executivo; ao SenhorDeputado Lauro Rodrigues, também, o Pro­jeto n.o 1.669/73, que "fixa os valores devencimentos dos cargos dos Grupos-Ativi­dades de Apoio Judiciário, Serviços Auxilia­res, Transporte Oficial e Portaria, Artesa­nato, Outras Atividades de Nivel Superiore Outras Atividades de Nível Médio dosQuacíros Permanentes da Secretaria do Su­perior Tribunal Militar e das Secretarias dasAuditorias da Justiça Militar, e dá outrasprovidências", oriundo do Poder Executivo,Mensagem n.o 407/73 e ao Senhor Depu­tado Bezerra de Norões, o Projeto número1,676173, que "fixa os valores de vencimen­tos dos cargos dos Grupos-Outras Ativida­des de Nível Euperior e Artesanato, do Qua­dro Permanente do Senado Federal, e dá.outras providências", oriundo do Senado Fe­deral. Nada mais havendo a tratar e coroanenhum dos presentes quisesse fazer uso dapalavra, foi encerrada a reunião, às dezhoras e trinta minutos. E, para constar, eu,Hélio Alves Ribeiro, Secretário, lavrei a pre­sente ata, que, depois da lida e aprovada;será assinada pelo Senhor Presidente.

Ata da 30.a Reunião Ordinália, realizadaem 14 de novcn1bro de 1973

Aos quatorze dias do mês de novembrode míl novecentos e setenta e três, às dezhoras, na Sala n.O 12 do Anexo lI, reuniu-sea Comissão de Serviço Público, sob a Pre­sidência do Senhor Deputado Freitas No­bre, Compareceram os Senhores DeputadosBezerra de Norões - Více-Presídente, Agos-,tinho Rodrigues - Vice-Presidente, LauroRodrigues, Magalhães Melo, Hugo Aguiar,

Page 63: Odemir Furlan Sobre o Consumidor

Agosto de 1975 DIARIO no CONGRESSO N.ACIONAL (Seção I) Sexta-feira 8 55'75

Grima1di Ribeiro, José :Freire, Paulo Ferraz,'Getúlio Dias, Marcos Freire, Elias Carmo,Francelino Pereira e Peixoto FUho. Deixa­ram de comparecer os Senhores DeputadosPaulo Abreu e, por motivo justificado, NeeylífolVaes. Abert0.8 os trabalhos, foi lida eaPl'\'lvada a ata da reunião anterior. Nãoeonstando da pauta nenhuma matéria para~ ilpreciada, e como nenhum dos presen­tes quisesse fazer uso da palavra, o SenhorPh'esidcnte (l,eu por encerrada a reunião àsdez horas e vinte minutos, E, para constar,eu, 'Hélio Alves Ribeiro, Secretário, lavrei apresente ata que, depois de Iida e aprovada,será assinada pelo Senhor Presidente.

Ata da s.a Reunião Extraordinária,realizada em 20 de novembro de 1973

Ao,s vinte dias do mês de novembro de mllnovecentos e setenta e três, às dez horas,na Sala n.o 12 do Anexo II, reuniu-se aOomissão de Serviço PÚblico, extraordína­:damente, sob a Presidência do SenhorDeputado :Freitas Nobre. Compareceram osBenllOres Deputados Bezerra de Norões erAgwltinho Rodrigues - Vice-Presidentes,;Lauro Rodrigues, Elias Carmo, Grimaldi Ri­beiro Getúlio Dias, José Freire, Paulo Ferraz,Hugo Aguiar, Marcos Freire, Magalhães Me­'1&, Peixoto FIlho; Léo Simões e FrancelinoiBereira. Deixaram de comparecer os Benho­!l'es Deputados Paulo Abreu e, por motivoj'Cllltificado, Necy Novaes, Abertos os traba­lhEJ8, foi lida e aprovada a ata da reuniãoanterior. O Senhor Presidente concedeu apalavra ao Senhor Deputado Bezerra de No­rões, que ofereceu parecer favorável ao Pro­seto n,a 1.676/73, que "fixa os valores de:IIencimentos dos cargos dos Grupos-OutrasAtividades de Nivel Superior e Artesanato,do Quadro Permanentes do Senado Federal,e dá outras providências", oriundo do Gena­do Federal, Em díscussão, nenhum dos pre­sentes fez uso da palavra. Em votação, foiaprovado, por unanimidade, o parecer do :Re­lator. O Projeto vai à Ooordenação de oomís­sões Permanentes. O Senhor Deputado Frei­tM Nobre, nos termos do Regimento InternopiÍs.sou a Presidência ao Senhor Deputado'Eezerra de Noróes - Vice-Presidente, a fimEle ler seu parecer favorável, eom Emenda,ao Projeto n. a 1.681/73, que "fixa ea va­lores dos IÚVeiJ! de vencimentos do Grupo­Direção e Assessoramento Superiores doQuadro Permanente da Secretaria do Trt­bunal Feder",l de Recursos e do Conselho daJustiça Federal, e dá outras providências",oriundo do Foder Executivo (Melli>. número416/73). Em díscusaão, usou da palRvra oSenhor Deputado Elias Carmo louvando otrabalho do ReJator e declarou que "numprazo mínimo, sem possibilidades de estu­dos mais profundos, o Senhor 'DeputadoFreitas Nobre apresentou um parecer efi­ciente e justo com a Emenda amparando osaposentados do serviço público federal" .Em votação, foi o parecer aprovado unani­memente e o projeto vai à coorcenacão deComissões "Permanentes. Em seguida: o Se­nhor Deputado Freitas Nobre ofereceu pa­reoer favorável ao Projeto n.O 1.680/73, que"fixa os valores de vencimentos dos cargosdos Grupos-Atividades de Apoio Judiciário,Serviços Auxiliares, Serviços de TransporteOficial e Portaria, Artesanato, Outras Ativi­dades de Nível Superior e Outras Ativida­des de Nivel Médio do Quadm Permanenteda Secretaria do Tribunal Federal de Re­cursos e do Conselho da Justiça Federal, edá outras providências", oriundo do PoderExecutivo (Mens, n.o 415/73). Em discussão,nenhum dos presentes fez uso da palavra.Em votação, foi aprovado, por unanimidade,o parecer do RelRtor e o pro]eto Vai à Oo-:ordenação de Comissões Permanentes.ReassumindO a Presidência o SenhorDeputado Freitas Nobre concedeu a palavraao Senhor Deputado Lauro Rodrigues; queleu parecer favorável ao Projeto número

1.667/73, que "fixa os valores dos níveis devencimentos do Grupo-Direção e Assessora­mento Supelliores, dos Quadros Permanen­tes da Secretaria do Superior Tribunal Mi­litar e das Secretarias das Auditorias daJustiça Militar, e dá outras providências",oriundo do Poder iExecutivo (Mensagem n,?40!i/73). Em disClftSsão, o Senhor DeputadoElias Carmo elogiou o parecer do Relatore declarou que "IJ. Comissão tem exercidoum papel fiscalizador nos projetos dosGrupos do Plano de Classificação de Car­gos, enviados a esta Casa, procurando me­lhorar os mesmos e evitar injustiças". Emvotação, foi aprmiado unanimemente o pa­recer favorável do Relator. O projeto vaià Ooorüenação de Comissões Permanentes.O Senhor Deputado Lauro Rodrigues, aindacom a palavra, relatou o Projeto número1. 669/73, que "fixa os valores de venci­mentos dos cargos dos Grupos-Atividadesde Apoio Judiciário, Serviços Auxiliares,Transporte Oficial e Portaria, Artesanato,Outras Atividades de Nível Superior e Ou­tras Atívídades de Nível Médio dos Qua­dros Permanentes da Secretaria do Supe­rior Tribunal Militar e das Secretarias dasAuditorias da Justiça Militar, e dá outrasprovidências", oriundo do Poder Executivo(Mensagem n.o 407/73), oferecendo parecerfavorável. Em discussão, nenhum dos pre­sentes fez uso da palavra. Em votação, foiaprovado, por unanimidade, o parecer doRelator. Nada mais havendo a tratar, foiencerrada a reunião às onze horas e qua­renta minutos. E, para constar, eu, HéUoAlves Ribeiro, Secretário, lavrei a presenteata que, depois de lida e aprovada, será as­sinada pelo Senhor Presidente.

Ata da 31.'" Reunião Ordinária,realizada em 21 de novembro de 1973

Aos vinte e um dias do mês de novembrode mil novecentos e setenta e três, às dezhoras, na Sala n.o 12 do Anexo lI, reuniu-sea Comissão de serviço Público, sob a Pre­sidência do Senho;:, Deputado Freitas No­bre. Compareceram os Senhores DeputadosBezerra de Norões e Agostinho Rodrigues- Vice-Presidentes, Elias Carmo, José­Freire, Lauro Rodrigues, Grimaldi Ribeiro,Paulo Ferraz, Getúlio Dias, Hugo Aguiar,Marcos Freire, Magalhães Melo, PeixotoFilho, Léo Simóes e Pedro Lucena. Deixa­ram de comparecer os Senhores DeputadosPaulo Abreu e, por motivo justificado, NecyNovaes. Abertos os trabalhos, foi lida eaprovada a Ata de. reunião anterior. Nãoconstando' da pauta nenhuma matéria paraser apreciada, e como nenhum dos presen­tes quisesse fazer uso da palavra, o SenhorPresidente deu por encerrada a reunião àsdez horas e quinze minutos. E, para cons­tar, eu, Hélio Alves Ribeiro, Secretário, la­vrei a presente Ata que, depois de lida eaprovada, será assinada pelo Senhor Pre­sidente.

Ata da li.a Reunião Extraordinária,realizada em 21 de novembro de 1973

Aos vinte e um dias do mês de novembrode mil novecentos e setenta e três, às de­zessete horas, na Sala n.? 12 do Anexo TI,reuniu-se, extraordinariamente, a Comis­são de Serviço Público, sob a Presidênciado Senhor Deputado Freitas Nobre. Com­pareceram os Senhores Deputados Bezerrade Norões e Agostinho Rodrigues - Vice­Presidentes, Elias Carmo, Lauro Rodrigues,Grimaldi Ribeiro, José Freire, Paulo Ferraz,Getúlio Dias, Hugo Aguiar, Marcos Freire,Magalhães Melo, Francelino Pereira, Peixo­to Filho e Léo Simões.' Deixaram de com­parecer os Senhores Deputado Paulo Abl'eue, por motivo [ustífícado, Necy Novaes.Abertos os trabalhos, foi lida e aprovada aAta da reunião anterior. O Senhor Pre­sidente concedeu a palavra ao SenhorDeputado Ago.;;tinho Rodrigues, que apre­sentou parecer favorável às Emendas do

Senado Federal oferecidas ao Projeto n. a1. 542-CI73, que "fixa os vencimentos doscargos do Grupo-Serviços Jurídicos, e dáoutras providências", oriundo do PoderExecutivo (Mensagem n,v 320(73), Em dis­cussão; nenhum dos presentes fez uso dapalavra. Em votação, foi aprovado, porunanimidade, o parecer do Relator e asEmendas vão à Coordenação de ComissõesPermanentes. Nada mais havendo a tra­tar, foi encerrada a reunião às dezessetehoras e quarentc minutos. E, para constar,eu, Hélio Alves Ribeiro, Secretário, lavrei apresente Ata que, depois de lida e apro­vada, será assinada pelo Senhor Presi­dente.

ConvocaçãoDe ordem do Senhor Presidente, ficam

convocados os Senhores Deputados, mern­'bros desta Comissão, para uma reuniãoextraordinária, a ser realizada no dia 21de novembro de 1973, às dezessete horas,para tratar de matéria urgente, sujeita àdeliberação deste órgão técnico.

Brasília, em 21 de novembro de 1973. _Hélio Alves Ribeiro, Secretári6.

Ata da 10.& Reunião Extraordinária,realizada em 27 de novembro de 1973

Aos vinte e sete dias do mês de novembrode mil novecentos e setenta e três, às dezhoras, na Sala n.? 12 do Anexo II, reuniu­se, extraordinariamente, a Comissão deServiço Público, sob a Presídêncía do Se­nhor Deputado Freitas Nobre, Comparece­ram os Senhores Deputados Bezerra deNorões e Agostinho Rodrigues - Vice-Pre­sidente, Magalhã8'3 Melo,' Getúlio Dias,Elias Carmo, Gríma.ldi Ribeiro, Hugo

.Aguiar, Francelino Pereira, Marcos Freire,Paulo Ferraz, Lauro Rodrigues, José Freiree Léo Simões. Deixaram de compareceros Senhores Deputados Paulo Abreu e, pormotivo justificado, Necy Novaes , Abertosos trabalhos, foi lida e aprovada a Ata dareunião anterior, (' Senhor Presidente con­cedeu a palavra ao Senhor Deputado Ma­galhães Melo; que ofereceu parecer favorá­vel ao Projeto n," 1.665/73, que "altera oQuadro da Secretaria do Tribunal Regionaldo Trabalho da 2.& Região, e dá outrasprovidências", oriundo do Poder Executivo(Mensagem n.o 403/73). Em discussão, usouda palavra o Senhor Deputado HugoAguiar. Em votação, foi aprovado, pórunanimidade, o parecer do Relator, O uro­jeto vai à Coordenação de Comissões Per­manentes. Com a palavra, o Senhor Depu­tado Elias Carmo apresentou parecer favo­rável ao Projeto n,? 1.698/73, que "fixa osvalores dos níveis de vencimentos do Gru­po-Direção e Assessoramento Superiores doQuadro Permanente da Secretaria do Tri­bunal Superior do Trabalho, e dá outrasprovidências", oriundo do Poder Executivo(Mensagem n'a 434!73). Em discussão, usouda palavra o Senhor Deputado GetúlioDias. Em votação, foi aprovado unanime­mente o parecer do Relator, com voto emseparado do Senhor Deputado Freitas No­ore. O projeto vai à Coordenação de Co­missões Permanentes. Ainda com a pala­vra, o Senhor Deputado Elias Carmoofereceu parecer favorável ao Projeton.o 1.699/73, que "fixa os valores de ven­cimentos dos cargos dos Grupos-Atividadesde Apoio Judiciá".io, Serviços AuxiliaresServiços de Transporte Oficial e Portaria:Artesanato e Outras Atividades de NívelSuperior, do Quadro Permanente da Se­cretaria do Tribunal Superior do Trabalho,e dá outras providências", oriundo do Po­der Executivo (Mensagem n.? 435/73), Emdiscussão, usou da palavra o Senhor Depu­tado Marcos Freire. Em votação, foi apro­vado, por unanimidade, o parecer favoráveldo Relator, com voto em separado do Se­nhor Deputado Freitas Nobre. O projeto

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55"16 Sel'ta-feira. S DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção [) Agosto de 1975

vai à Coordenação de Comissões Perma­nentes. Nada mais havendo a tratar, foiencerrada a reunião às onze horas. E, paraconstar, eu, Hélio Alves Ribeiro, Secretá­rio, lavrei a presente Ata que, depois delida e aprovada, será assinada pelo, SenhorPresidente. -

Ata da 11." Reunião El'traordinárla,realizada em 3 de dezembro de 1973

Aos três dias do mês de dezembro de milnovecentos e setenta e três, às dez horas,na Sala n.o 12 do Anexo lI, reuniu-se,extraordinariamente, a Comissão de Ser­viço Público, sob a Presidência do SenhorDeputado Bezerra de Norões - Vice-Presi­dente no exercício da Presidência. Com­pareceram os Senhores Deputados Agosti­nho Rodrigues - Vice-Presidente, Grimal­di Ribeiro Francelíno Pereira, Paulo Fer­raz Hugo Aguiar Marcos Freire, MagalhãesMeÍo Lauro Rodrigues, Elias Carmo, Pei­xoto 'Filho e Pedro Lucena. Deixaram decomparecer os Senhores Deputados PauloAbreu José Freire e, por motivo justifica­do, Fi:eitas Nobre - Presidente, GetúlioDias e Necy Novaes. Abertos os trabalhos,foi lida e aprovada a Ata da reunião an­terior. O Senhor Presidente concedeu apalavra ao Senhor Deputado Peixoto Fi­lho que leu parecer favorável ao ProjetonP' 1.728/73, que "dispõe sobre a disponi­bilidade e aposentadoria dos Membros daMagistratura Federal, e dá outras provi­dências" oriundo do Poder Executivo(Mensagem n.? 444/73). Em dtscussâo, ne­nhum dos presentes fez uso da palavra,Em votação foi aprovado, por unanimida­de, o parec~r do Rela~or~ O projeto' vai àCoordenação de oomíssões Permanentes.O Senhor Deputado Bezerra de Norões aoencen-ar os trabalhos propôs, em seu nomee de seus companheiros, um voto de louvorao Senhor Deputado Freitas Nobre - Pre­sidente, atualmente em viagem ao exteriorcom a Comissão Interparlamentar, Delad-edicação e espírito público com que sem­pre norteou os trabalhos desta Comissão,os grandes serviços prestados à Câmara e,principalmente, pelos esforços feitos a fa­vor dos funcionários públicos no Plano deClassificação dos servidores da União.Agradeceu a lealdade e cooperação eficien.­te de seus colegas e elogiou o Secretárioe demais funcionários que trabalham nesteórgão técnico, pela dedicação, z.elo e efi­ciência demonstrados no cumprímento desuas obrigações. Logo após, o Senhor Pre­sidente suspendeu a sessão pelo tempo ne­cessário à elaboracâo da Ata. Reaberta asessão, a Ata, por' mim lavrada, Hélio Al­ves Ribeiro, Secretário, foi lida e aprovada,encerrando-se a reunião às dez horas equarenta minutos.

COMISSãO DE FINANÇASAta da 16.a Reunião Ordinária,realizada em "1 de agosto de 1975

As dez horas do dia sete de agosto demil novecentos e setenta e cinco, na Sala 16do Anexo II da Câmara dos Deputados,sob a presidência do Deputado HomeroSantos, presentes os Senhores DeputadosAdriano Valente, Antonio Morimoto, Fer­nando Magalhães, Francireo Bilac Pinto,Hélio Campos, João Vargas, Athiê Coury,Emanuel WaisSlnanr-, Epitácio Oafeteira,Gomes do Amaral, Jorge Vargas, MoacyrDana, Ribamar Machado, Temístocles Tei­xeira, João Menezes, Milton steínbruch,Odacir Klein, Roberto Carvalho, Ruy Côdo,Theodoro Mendes, Nelson Marchezan eFlorim Coutinho, reuniu-se a Comissão deFinanças. A Ata da reunião anterior foiaprovada por unanimidade sem restrições.ORDEM DO DIA: 1) Projeto de Lei n,?I.064-AI72, do Benado Federal, EMENDAOFERECIDA EM PLENÁRIO ao Projeto deLei n,o 1.064-A, de 1972} que "dispõe sobre

a filiação, como segurados facultativos, dosempregadores rurais ao INPS". Relator:Deputado Jorge Vargas. Parecer: Pela re­jeição. Aprovado por unanimidade, vai àCoordenação das Comissões Permanentes.2) Projeto de Lei n.o 1.AI75, do Poder Exe­cutivo (Mensagem n,0 002/75), EMENDASOFERECIDAS EM PLENÁRIO ao Projeto deLei n.o l-A,· de 1975, que "críaja 9.a Regiãoda Justiça do Trabalho ~ o Tribunal Regio­nal do Trabalho respectivo e institui a cor­respondente Procuradoria Regional do Mi­nístérío Público, e dá outras providências".Relator: Deputado João Vargas. Parecer:Pela incompetência em apreciar as emen­das oferecidas em Plenário. Aprovado porunanimidade, vai à Coordenação das Co­missões Permanentes. Encerramento: Asdez horas e cinqüenta minutos, nada maishavendo a tratar, foi encerrada a reuniãoe para constar, eu, Paulo José Maestrali,Secretário, lavrei a presente Ata que depoisde lida e aprovada será assinada pelo Se­nhor Presidente.

Comissão de Trabalho eLegislação Social

Ata da 13.A Reunião Ordinária da OitavaLegislatura, realizada em

19 de junho de 1975As dez horas do dia dezenove de junho de

mil novecentos e setenta e cinco, reuniu-sea Comissão de Trabalho e Legislação Social,sob a Presidência do senhor Deputado Ar­gílano Dario, Vice-presidente, no exercícioda Presidência. Compareceram os seguintesSenhores Deputados: Adhemar Ghísí, Ne­reu Guidi, Álvaro Gaudêncio, Eduardo Ga­Iíl, Ibrahim Abi-Ackel, Nelson Marchezan,Luiz Rocha, Osmar Leitão, Pedro Carolo,R.aimundo Parente, Siqueira Campos, Vi­cente Vuolo, Wilmar Dallanhol, AloisioSantos, Carlos Cotta, Francisco Amaral,Frederico Brandão, Getúlio Dias, Joel Lima,José Ma.ur.icio, Jorge Moura, José Costa,Marcelo Gato, Otávio Ceccato, Rosa Flores,ítalo oontí, José Saly, Lígia Lessa Bastos,Rezende Monteiro, Fernando Cunha, Ga­maliel Galvão e Ruy Côdo. Havendo núme­ro regimental o Sr. Presidente deu porabertos os trabalhos. Lida e aprovada aATA da reunião anterior. ORDEM DO DIA:1)Projeto n,v 1.462173 - que "Estende aosDelegados Sindicais destinados à direçãodas delegacias regionais ou seções as ga­rantias do art. 543 da Consolidacão dasLeis do Trabalho, e dá outras providências".Autor: Senado Federal. Relator: DeputadoEduardo Galil. Parecer: 'Favorável ao Pro­jeto. Tendo em vista a ausência do Relator,foi solicitado ao Senhor Deputado RosaFlores que lesse o Parecer. Em discussãousaram da palavra os Senhores Deputados:Fred€lrico Brandão, Marcelo Gato e JoelLima. O Senhor Deputados: Frederico Bran­dão, Marcelo Gato e Joel Lima. O SenhorPresidente, Deputado Argílano Dario men­cionou a grande colaboração ao Projeto pe­los Senhores Deputados: Francisco Amaral,Walter Silva e Fernando Cunha, dando-lhesvoto de mérito pelo trabalho realizado. Emvotação: Aprovado por unanimidade o Pa­recer do Relator. 2) Projeto n.o 45/75 ­"Remunera e acrescenta parágrafos ao ar­tigo 670 da Consolidação das Leis do Tra­balho, aprovada pelo Decreto-lei n.o 5.452de 1.0 de maio de 1943". Autor: DeputadoFrancisco Amaral. Relator: Deputado JoelLima. Parecer: Favorável. Em discussão:usaram da palavra os Senhores Deputados:Frederico Brandão e Rosa Flores. Em vo­tação: Aprovado o Projeto nos termos doParecer do Relator. 3) Projeto n.o 608-D/67- EMENDAS DO SENADO AO PROJETODE LEI N.o 608-D, DE 1967, que "dá novaredação ao artigo 102, do Decreto-Lei n.o7.661, de 21 de junho de 1945. (Lei de Fa­lência)". Autor: Senado Federal. Relator:Deputado Nereu Guidi. Parecer; Favorável

à Emenda de Plenário. Em virtude da au­sência do Senhor Deputado Nereu Guidi, oSenhor Presidente solicitou ao SenhorDeputado Fernando Cunha que lesse o Pa­recer. Não houve discussão. Em votação:Aprovada a Emenda nos termos do Parecerdo Relator. 4) Projeto n,O 1.339-A/68 ­EMENDA OFERECIDA EM PLENÁRIO AOPROJETO DE LEI N.o 1. 339-A, DE 1968,que "disciplina a profissão de Geógrafo,cria o Conselho Federal e os Conselhos Re­gionais de Geógrafos Profissionais e dáoutras providências". Autor: DeputadoEwaldo Pinto. Relator: Deputado SiqueiraCampos. Parecer: Favorável à Emenda dePlenário. Em vista da ausência do SenhorDeputado Siqueira Campos, o Senhor Pre­sidente solicitou ao Senhor Deputado Ga­malíel Galvâo que lesse o Parecer. Em dis­cussão usou da palavra o Senhor DeputadoFrederico "3randão. Em votação: Aprovadaa Emenda nos termos do Parecer do Re­lator. 5) Projeto n.o 1831"J5 - "Estende ajurisdição da Junta de Conciliação e julga­mento de Concórdia - SC, ao município deXavantina. Autor: D-eputado Wilmar Dal­lanhol. Relator: Deputado Nelson Marche­zan, Parecer: Favorável. Em discussão usa~ram da palavra os Senhores Deputados:Franeíscc- Amaral, Gamaliel Galvão, Fre­derico Brandão, Rosa Flores e FernandoCunha. O Senhor Deputado Francisco Ama~

ral solicitou vista ao Projeto, que foi con­cedida pelo Senhor Presidente. Nada maishavendo a tratar, o senhor Presidente en­cerrou os trabalhos às onze horas e cin­qüenta minutos. E, para constar, eu, NelsonOliveira de Souza, lavrei a presente ATAque, depois de lida e aprovada, será assina­da pelo Senhor P.residente.

Ata da 1.1'. Reunião Extraordinária daOitava Legis1a~"ra, realízaãa

em 27 de junho de 1975As nove horas e trinta minutos do dia

vinte e sete de junho de mil novecentos esetenta e cinco. reuniu-se a Comissão deTrabalho e Legislação Social, sob a Presi­dência do Senhor Deputado Vingt Rosado,Vice-Presidente, no exercício da Presidên­cia. Compareceram os _seguintes SenhoresDeputados: Argilano Dario, Adhemar Ghisi,Nereu Guidi, Alvaro Gaudêncio, EduardoGalil, Ibral1im Abi-Aekel, Nelson Marche­zan, Luiz Rocha, Osmar Leitão, Pedro Ca­rolo, Raimundo Parente, Siqueira oampos,Vicente Vuolo, Wilmar Dallanhol, Aloisiosantos, Carlos Cotta, Francisco Amaral,Frederico Brandão, Getúlio Dias, Joel Lima,José Maurício, Jorge Moura, José Costa,Marcelo Gato, Otávio Ceccato, Rosa Flores,Ligia Lessa Bastos, Fernando Cunha e Ga­maiiel Galvão. Havendo número regímen­talo Senhor Presidente deu POl' abertos ostrabalhos. Lida e aprovada a ATA da reu­nião anterior. ORDEM DO DIA: 1) Projeton.O I.G06-AI73 - EMENDAS OFERECIDASEM PLENÁRIO AO PROJETO N.o 1.6D6-A,DE 1973, que "dispõe sobre o adicional -deinsalubridade e dá outras providências".Autor: Senado -Federal. Relator: DeputadoFrederico Brandão. Parecer: Favorável aEmenda n.o 1 e Contrário à Emenda n.O 2.O Senhor Deputado Francisco Amaral soli­citou vista ao projeto. Concedido ° pedidode vista pelo Senhor Presidente. 2) Mensa­gem n.o 473174 - "Submete à consideraçãodo Congresso Nacional o texto da Conven­ção n.O 137 e a Recomendação D.o 145, daOrganização Internacional do Trabalho, re­lativas às Repercussões Sociais dos NovosMétodos de Processamento de Cargas nosPortos, adotada a 25 de junho de 1973, emGenebra, durante a LVII Sessão da Con­ferência Internacional do Trabalho". Au­tor: Poder Executivo. Relator: DeputadoRaimundo Parente. Parecer: Pela devolu­ção à Mesa da Câmara. Não houve discus­são. Em votação: Devolução da Mensagem

Page 65: Odemir Furlan Sobre o Consumidor

Akosto de 1975 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 8 5577

~ Mesa, nos termos do Parecer do Relator.3) Projeto n.O2.504-D/65 - SUBSTITUTI­Vo. DO BENaDO AO PROJETO DE LEI N.o2.504-C, DE 1965, que "estende aos vigiaso regime de jornada normal de trabalho de8 horas, revogando a alínea "b", do artigo6~ do Decreto-lei n.O 5.452, de 1.0 de maiode :1.943 - (Consolidação das Leis do Tra­balho)". Autor: Senado Federal. Relator:Deputado José Mauricio. Parecer: Favorá­val, Em virtude da ausência do SenhorDeputado José Maurício, o Senhor Presiden­te solíertou que o Senhor Deputado NelsonMarchezan lesse o Parecer. Em discussãousou da palavra o Senhor Deputado Frede­rico Brandão. Em votação: Aprovado oSubstitutivo do Senado, nos termos do Pa­recer do Relator. 4) Projeto n.O 2581'75 ­"Considera atividade insalubre e penosa osserviços de limpeza, asseio e conservação, edác outras providências". Autor: DeputadoCantídio Sampaio. Relator; Deputado Si­queira Campos. Pareeer; Favorável. Em vir­tude da ausência do Relator, o Senhor Pre­s~dente solicitou ao Senhor Deputado OsmarLéitão para proceder a leitura do Parecer.Não houve discussão. Em votação: Aprova­dó' pProjeto, nos termos do Parecer do Re­lator. Nada mais havendo a tratar o Se­nhor Presidente encerrou os trabalhos àsdez horas e dez minutos. E, para constar,eU,'NelBon Oliveira de Souza, lavrei a pre­sente ATA que, depois de lida e aprovada,será assinada pelo Senhor Presidente.

COMISSãO Jl)E COMUNICAÇõESDiistribuição

o Senhor Deputado Humberto Lucena,Presidente da Comissão de Comunicações,fez a seguinte distribuição:

J!:m 6-8-75

Ao senhor Deputado Norberto Schmidt:

Projeto TI.o 556175 - do Senhor DeputadoEdgar Martins. Dispõe sobre a obrigatorie­dade da instalação de serviço de radiofonianos ônibus de turismo, para contato diretocom a sede da empresa e com as paradasde apoio.

Comissão de Comunicações, em 6 de agos­to de 1975. - IoJe Lazzarirri, Secretário.

COMISSãO DE SEGURANÇA NACIONAL

Distribuição feita pelo Senhor Presidente,Deputado ítalo Conti, em 6 de agosto de1975:

Ao Senhor Deputado Florim Coutinho

Projeto n.o 303175 - que "Regula o fun­cionamento de Organizações Particularesque exploram serviços de segurança, regimede trabalho do seu pessoal, e dá outrasprovidências".

Ao Senhor Deputado Agostinho Rodrigues:

Projeto TI.o 330175 _ que "Revoga dispo­sitivo da Lei n.O 5.449, de 4 de junho de1968, que declarou de interesse da seguran­ça nacional o município de Oubatão, noEstado de São Paulo".

COMISSãO DE TRABALHO ELEGISLAÇãO S00IAL

O Presidente da Comissão de Trabalho eLegislação Social, em reunião de 7 de agos­to de 1975, fez a seguinte distribuição:

Ao Senhor Deputado Francisco Amaral

Projeto n.O 223/75 - Altera a redação do"caput" do artigo 457 da Consolidação dasLeis do Trabalho, incorporando à remune­ração do empregado, para todos os efeitoslegais, as importâncias correspondentes àshoras suplementares.

Autor: Deputado Guaçu Piteri.

Ao Senhor Deputado José Costa

Projeto n.o 350/75 - Dá nova redação aoparágrafo 2.° do artigo 543 da Consolida­ção das Leis do Trabalho, que trata doempregado efeito para o cargo de admí- ~

mstração sindical ou representação profis­sional.

Autor; Deputado Adhemar Ghisi.

Ao Senhor Deputado Ibrahim Abi-Ackel

Projeto n.o 482175 - Altera a redação doparágrafo único do artigo 15 do Decreto-lein.O 72, de 21 de novembro de 1966, queunificou os Institutos de Aposentadoria ePensões e criou o Instituto Nacional de Pre­vidência Social.

Autor: Deputado Adhemar Ghisi.Ao Senhor Deputado Wilmar Dallanhol

Projeto n. O 238-A171 - Emendas ofereci­das em Plenário ao Projeto de Lei n.o 238-A,de 1971, que "modifica a Lei n.o 5.316, de14 de setembro de 1967, e regula o proces­samento das ações acídentárras",

Autor: Deputado José Mandellí.Ao Senhor Deputado Jorge Moura

Projeto n. o 115/75 - Anexo 428175 - As­segura licença especial aos trabalhadoresregidos pela Consolidação das Leis do Tra­balho e determina outras providências.

Autor: Deputado Joel Ferreira.Ao Senhor Deputado Vicente Vuolo

Projeto n," 105175 - Acrescenta parágra­fo único ao artigo 8.0 da Lei n.° 5.107. de13 de setembro de 1966 (Fundo de Garan­tia do Tempo de Serviço).

Autor: Deputado Francisco AmaralAo Senhor Deputado Aloísio Santos

Projej:o n.O 170175 - Dispõe sobre a con­tagem reciproca do tempo de serviço pres­tado pelo trabalhador como segurado doINPS e beneficiário do FUNRURAL.

Autor: Deputado Airton SandovalAo Senhor Deputado Otávio Qeccato

Projeto TI. o 355175 - Dispõe sobre a con­tratação de pessoal para o Instituto Nacio­nal de Previdência Social, pelo regime daConsolidação das Leis do Trabalho.

Autor: Deputado Francisco Amaral.Ao Senhor Deputado Eduardo Galil

Indicação n.? 1175 - Sugere à Comissãode Trabalho e Legislação Social seja estu­dada reformulação do sistema de custeio daPrevidência Social, com vistas à isenção decontribuição patronal para o INPS, sobre amão-de-obra gasta em construção ou repa­ro de casa própria.

Autor: Deputado Emmanoel Waissmann.

COMISSãO DE ECONOMIADistribuição rr,? 12/75

Efetuada pelo Senhor Presidente Depu­tado Aldo F'agundes

Em 5-8-75

Ao Senhor Deputado Harry Sauer:Proj~to de Decreto Legislativo n,? 16175

(Mensagem n.? 150175) - Aprova o textoda Convenção Destinada a Evitar a DuplaTributação em Matéria de Impostos Sobrea Renda, firmada entre o Brasil e a Sué­cia, em Brasilia, a 25 de abril de 1975.

Autor: Com. ReI. Exteriores.Ao Senhor Deputado Amaral Netto:

Projeto de Decreto Legislativo n.O 17175(Mensagem n.O 157/75) - Aprova o textodo Acordo de Cooperação entre a Repúbli­ca Federativa do Brasil e o Estado do Co­velte, firmado em Brasília, a 25 de marçode 1975.

Autor: Com. ReI. Exteriores.Brasília, 6 de agosto de 1975. - Delzuite

Macêdo de Avellar Villa.s Boas, Secretária.

Dístrfbuíçãn N.o 13/75

Efetuada pelo Senhor presidente Depu­tado Aldo Fagundes.

Em 6-8-75

Ao Senhor Deputado Moreira Franco:

Projeto de Lei n." 132/75 - Dispõe sobrea alienação fiduciária em garantia, e dáoutras providências. .

Autor: Deputado Alencar Furtado.Ao Senhor Deputado Angeüno Rosa:

Projeto de Lei n.? 23175 - Revoga os pa­rágrafos 1.0. 3.0 , 4.0 e 5.°. do artigo 477. daConsolidação das Leis do Trabalho, apro­vada pelo Decreto-Lei n.v 5.452, de 1.0 demaio de 1943.

Autor: Deputado Wilmar Dallanhol.Ao Senhor Deputado João Climaco:

Projeto de Lei n,? 336175 - Dispõe sobreo parcelamento de débitos das empresas si­tuadas na Amazõnta à previdência social,e dá outras providências.

Autor: Deputado Siqueira Campos.Ao Senhor Deputado José Haddad:

Projeto de Lei n.? 1.170-A/68 - Emendaoferecida em Plenário ao Projeto de Lein.o 1.170-A, de 1968, que "institui· a obri­gatoriedade do seguro de vida e do segurocontra acidentes para todas as pessoas fí­sicas ou jurídicas que explorem todo equalquer meio de transporte, e dá outrasprovidências.

Autor: Deputado Adhemar de Barros Fi­lho.

COl\USSãO DE FINANÇAS

DistribuiçãoEm 7-8-75

Ao Senhor Deputado João Menezes:

Projeto de Lei TI. o 197/75, da Comissão deComunicações, dá nova redação ao artigo1.0 do Decreto-lei n.? 161, de 13 de feverei­ro de 1967, que "Autoriza o Poder Executivoa instituir a Fundação Instituto Brasileirode Geografia e Estatistica, e dá outras pro­vidências".

Ao Senhor Deputado Fernando Maga­Ihães:

Projeto de Lei D.O 327/75, do Senhor Pi­nheiro Machado, que "Acrescenta parágra­fo ao arttgo 7.° da Lei n.v ,5.692, de 11 deagosto de 1971. tornando obrigatórios estu­dos sobre trânsito, no ensino ..de 1.0 e 2.°graus".

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA

Distribuição feita pelo Sr. Presidente,Deputado Flexa Ribeiro, em 7 de agosto de1975.Ao Senhor Deputado Airton Soares - Re­

lator.

Page 66: Odemir Furlan Sobre o Consumidor

5578 Sexta-feira I

Projeto n.O 225/75, Do Sr. Florim Couti­nho, que "Dispõe sobre a Divulgação deMúsica Nacional".

• Anexo os Projetos n.os : 293/75, 2951'75,558/75 e 770/75. 'Ao Senhor Deputado Manoel Almeida, ­

Relator.Projeto n.o 369/75, do Sr. Célio Marques

Fernandes, que "Inclui nos currículos dasFaculdades de Direito a matéria de Direitodo Menor".

GRUPO BRASILEIRO DA UNIÃOINTERPARLAMENTAR

Reunião da Comissão Deliberativa,Realizada em 30"6-75

As nove horas do dia trinta de junho doano de mil novecentos e setenta e cinco,em sua sede, reúne-se a Comissão Delibe­rativa do Grupo Brasileiro da União In­terparlamentar, presentes os SenhoresDeputados Célio Borja, Presidente, Sena­dores José Sarney, Vice-Presidente, NelsonCarneiro, Tarso Dutra, Membro do Conse­lho Interparlamentar, Amaral Peíxoto, Hen­rtque de La Rocque, Accioly Filho, Louri­val Baptista e Saldanha Derzi e DeputadosMarcondes Gadelha, Secretário, Airton Rios,Tesoureiro, Passos POrtá, Brígido Tinoco,Vinicius Cansanção, Paes de Andrade, Nos­ser de Almeida, Fernando Cunha, JoséBally, Furtado Leite, Jairo Brum, Raimun­do Parente, João Linhares, Padre Nobre,Batista Miranda, Joel Ferrcira, ArgilanoDario, U'haldo Barem, Jorge Vargas, CélioMarques Fernandes, Juarez Bernardes,Gonzaga Vasconcelos, Pinheiro Machado eNogueira de Rezende. Havendo número le­gal, o Senhor Presidente declara abertosos' trabalhos. O Benbor Secretário procedeà leitura da Ata da reunião anterior, queé aprovada. A seguir, o Senhor Presidentecomunica que está ultimando o Relatóriosobre o "Simpósio sobre um novo Sistemade Relações EconômICas Internacionais",de que participou em Bucareste, em abrilúltimo, e que espera trazê-lo para a con­sideração dos colegas na próxima reuniãoda Comissão Deliberativa. Destaca algunspontos mais interessantes que foram dis­cutidos durante a reunião, tais como os di­reitos especía'ls de saque de que gozam osmembros do Fundo Monetário Internacio­nal e a possível adesão do Bloco Socialistaao FMI. Diz Sua Excelência que no dís­curso que pronunciou durante o Simpósiochamou a atenção para o fato de que osorganismos internacionais não considerama faixa emergente, onde se situa o Brasil,dos países que podem ser denominados de"novos ricos", que se ressentem de barrei­ras tarifárias e não recebem empréstimosdas organizações internacionais na medida

'necessária. Relata que durante o Seminá­rio o Senhor Paul Marc Henry, Diretor doCentro de Desenvolvimento da Organiza­ção de Cooperação 'e de DesenvolvimentoEconômicos, fez uma palestra, bem arti­culada e concisa, sobre a necessidade dereestruturação da Organização das NaçõesUnidas, havendo ele destacado que se torna

DURIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção I)

necessária, no nível administrativo, a uni­ficação orçamentária, administrativa e decomando político de todas as entidades fi­üadas à ONU, como também a modificaçãodo sistema de votação, adotando-se o cri­tério do consenso ao invés do de "one eoun­try, one vote", Declara o Senhor Presidenteque reputa da maior importância uma ati­tude mais agressiva por parte do GrupoBrasileiro durante as reuniões internacio­nais, pois este se tem mantido à margemdos debates. Prosseguindo nos trabalhos, aComissão passa a debater a mdícação àSessão Plenária dos nomes para preenchi­mento de três vagas de membro efetivo ede duas de suplente na Comissão Delibera­tiva, ficando resolvida a indicação, paramembro efetivo, dos Senhores DeputadosMarcelo Unhares, Wilmar Dallanhol e Gua­çu Piteri e ,para membro suplente, dos Se­nhores Deputados Paulo Studart e JoaquimCoutinho. Em seguida, o Senhor Presiden­te fala da necessidade de se proceder à re­forma dos Estatutos do Grupo. Propõe queo Senhor Senador José Sarney seja desig­nado Relator da matéria, o que é aprovado.O Senhor Senador Saldanha Derzi faz en­trega ao Relator de seis emendas aos Esta­tutos. O Senhor Deputado Airon Rios pro­põe que o Senador José Sarney fique, tam­bém, incumbido de promover a consolidaçãodos Estatutos, o que é aprovado. É, ainda,aprovada a convocação de uma Sessão Ple­nária, às nove horas do dta dezenove deagosto próximo, para votação da reformados Estatutos do Grupo e eleição para asvagas existentes na Comissão Deliberativa.Prosseguindo, a Comissão resolve: a) con­ceder delegação de poderes à Diretoria doGrupo para promover a constituição daDelegação que participará da 62." Confe­rência Interparlamentar e tomar demaisprovidências relativas aos trabalhos da De­legação; b) autorizar a Comissão Diretoraa efetuar despesas com a conreccçâo detrabalhos para a Conferência de Londres,fixando, em príncípío, as mesma em atéquatro mil cruzeiros; c) aprovar a partici­pação do Grupo Brasileiro na exposição so­bre os "meios audiovisuais e o equipa­mento moderno utilizado nos programaseducacionais dos países membros da União",que será realizada durante a Conferênciade Londres, sob o patrocínio da Comissãopara a Educação, a Ciência e a Cultura daUIP; e d) aprovar proposta do Senhor Vi­ce-Presidente, que o Senhor Presidenteadota, no sentido de serem os três mem­bros natos e o delegado indicado pela Co­missão Diretora excluídos do cálculo da De­legação à 62." oonrerêncía Interparlamen­tal', passando a Delegação a ser integradapor vinte e quatro parlamentares, sendoseis senadores e dezoito deputados, e cincoassessores, condicionado este número, en­tretanto, a uma suplementação de verba.Nada mais havendo a tratar, suspende-sea sessão para que se lavre a Ata. Reaber­tos os trabalhos, às onze horas e trinta mi­nutos, é a mesma lida e aprovada. Eu,Marcondes Gadelha, Seeretário, lavrei apresente Ata que vai à publicação.

Agosto de 1975..~ 1': "

ERRATA

Ata da 13.a Reunião da Mesa, Realizadaem 24-6-75

DCN de 1.°-7-75, pág. 5.203

Onde se lê

"PAUTA DO SENHOR PRESIDENTt:.A Mesa resolve: a) Autorizar a prorr ­gaçâo do prazo de requisição dos s ­guíntes funcionários da Câmara d~sDeputados: 1) Eveline Didier, no GljI­vemo do Estado do Maranhão, sem pré­juizo dos seus vencimentos e demaisvantagens; 2) Mílton de Almeida Mon­tenegro, no Ministério da Fazenda, semprejuízo dos seus vencimentos e demaisvantagens; 3) Leda Fontenelle Silva, a'aIta'ipu Bínacíonal, sem ônus para es aCasa; 4) Wanderley Gregoriano de Ca ­tro e Victor Eduardo Barrie Knapp, ~oMinistério das Comunicações, sendo i oprimeiro sem ônus para esta Casa; li)Zilda Neves de Carvaiho, no TribunlllFederal de Recursos, sem prejuízo «lieseus vencimentos e demais vantagens;6)Cleuza Henriques Godinho, na Assem­bléia Constituinte do Rio de .raneíro,sem prej uízo dos seus vencimentos~edemais vantagens; 7) Newton Chuai i,no Ministério da Marinha, sem prej í­

zo dos seus vencimentos e demais va ­tagens; b) Autorizar a requisição peloSenado Federal, da funcionária destaCasa, Iduna Evangel'ina Weinert Lemosde Abreu, Técnico Legislativo "A", semprejuízo dos seus vencimentos e de­mais vantagens".

Leia-se:"Pauta do Senhor Presidente. A Mesaresolve: a) Autorizar a prorrogação doprazo de requisição dos seguintes fun­cionários da Câmara dos Deputados: 1)Eveline Didier, no Governo do Estadodo Maranhão, sem prejuízo dos seusvencimentos e demais vantagens; 2)Milton de Almeida Montenegro, no Mi­nistério da Fazenda, sem prejuízo :aosseus vencimentos e demais vantagens;3) Leda Fontenelle Silva, na Itaipu Bi­nacional, sem ônus para esta Casa; 4)Zilda Neves de Carvalho, no TribunalFederal de Recursos, sem prejuízo dosseus vencimentos e demais vantagens:5) Cleuza Henriques Godinho, na As­sembléia Constituinte do Rio de- Jariçi­ro, sem prejuízo dos seus vencimentose demais vantagens; 6) Newton ohuaí­ri, no Ministério da Marinha, sem pre­juízo dos seus vencimentos e demaisvantagens; b) Autorizar as requísíçõeados seguintes funcionários desta Cas?-:1) Iduna Evangelina Weinert Lemos tieAbreu, Técnico Legislativo "A", pelo Sf-­nado Federal, sem prejuízo dos se svencimentos e demais vantagens; _ )Wanderley Gregoriano de Castro e VÍI!­tor Eduardo Barrie Knapp, pelo Minis­tério das Comunicações, sendo o pri­meiro sem ônus para esta Casa".

Page 67: Odemir Furlan Sobre o Consumidor

bIÀRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) "Sexta-feira S 55'71

MESA LIDERANÇAS

Presidente:Célio Borja - ARENA

1.°-Vice-Presidente:Herbert Levy - ARENA

I

2.0- Vice-Presidente:Alencar Furtado - MDB

1.a··Secret a rio :Odulpho Demíngues - ARENA

2.o··eecretario:Henrique Eduardo Alves - 1'IDB

3.o-Secret á rio :Pinheiro Machado - ARENA

4.o-Secretárío:Léo Simões - MOB

SUPLENTES

Jítlio Viveiros - MOBLauro Rodrigues - MDRUbaldll Barém - ARENAAntônio Florêncio - ARENA

ARENA - MAIORIA

Líder:

José Bonifácio

Vice-Lideres:

João LínharesAlípio CarvalhoJorge VargasJosé AlvesJairo :tfagalhãesParente FrotaAiron RiosBlotta JuniorMarcelo LínharesVasco NetoLuiz RochaParsifaJ BarrosoAdhemar GhisiCantídio SampaioLauro Leitão

MDB - ,MINORIA

Líder:

Laerte Vieira

Vice-Líderes:

Alceu OollaresFernando Lyra

Figueiredo Correia

Freitas Nobre

Getúlio Dias

GllaÇU Pitel'Í

Israel Dias :Sovaes

João Menezes

Joel Ferreira

Marcondes Gadelha

Padre Nobre

Peixoto Filho

DEPARTAMENTO DE COMISSOES MOB 3) COMISSÃO DE COMUNICAÇÕES

Presíüenta: Pacheco Chaves - MDB

Turma uA"

'Vice-Presidente: Antônio Anmbelli - 1IIIDB

Paulo RochaLocal: Anexo II - Ramal 661

Coordenação de Comissões Permanente.. Geny Xavier Marques

Local: Anexo II - Telefones: 24-5179 e24.,4805 - Ramais: 601 e 619 '

José CamargoJúlio ViveirOllMário Frota

Edison Bonna- -rge ArbageMagnn BaeelarM!.:loro MiyamotoOswaldo Zanello

Freito.s NobroJorge Paulo

Gerson CamataMaul'icio LeiteNorberto 8chlI1idtWalr1"miro Gon9".IVesVieil'a da Silvfl

MOB

MOB

ARENA

REUNIõES

Titulares

Dias MenezesGetúlio DiasJoão GilbertoJoel Ferreira.

Quartas e quintas-feiras, às 10:00 horall!lLocal: Anexo II - Sala 6 - Ramais: 653 e CIli4Secretária.: roie La.zzarínl

ARENA

Suplentes

Aluizio ParaguassuAurélio CamposEloy Lenzí

Abel ÁvilaAlli' .0 Fe1'1'e

Arnaldo Busato"ug'tntf' TreinBlotta Junior

Pres'dente: Humberto Lueena - MDB

Vice-Pl'esldente: JG de Araújo Jorge - MDB

Vice-PresIdente: Gi01a J~io"" - ARENA

AJaL FeneiraMoldo CarvalhoCorrei? LimaMonsenhor Ferreira

Lima

TurmaB

Moreira FrancoOsvaldo BuskeiPedro LauroRoberto "!arvalhoSebastião RodrrguesYasunori Kumgo

MDB

MDB

Jaison Barl'etoMilton SteinbruchVago

TitularesARENA

Flávio Giovine.:lim. RIbeiroParsífal BarrOSO

Octaeílío Queirozsüvio Abreu JúniorVago

Suplente"ARENA

Gabriel HermesJoaquim GuerraMurilo RezendeUbaldo Barém

REUNIõES

Quartas e quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 11 - Ramal 621Secretál'ia: Eui Machado Coelho

REUNIõES

Quartas e quíntas-felras, às 10:00 hora.Local: Anexo II - Ramal, 766secretária: Maria Geralda Ol'l'ico

2) COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Abdon GonçalvesDias MenezesFrancisco Am3lralHélío de Almeida

Ary KffuriCélio Marques

Fel'nandesCorreia LimaDiogo Nomura

Alberto LavinasExpedito ZanottiJorge Uequed

Presidente: Brígido Tinoco - MDBVice-Presidente: Fernando Cunha - MJJBVice-Pl'esidente: Jarmund Nasser - ARENA

Antônio FlorêncioMY ValadãoBatista MirandaEdison .Bonna

Turma A

Eloy Lenzi~l-nesto de MarcoIturival NascnnentoJosé M.1micioJuarez Bm.IstaMilton Steinbmch

Turm· B

Celso CarvalhoElcival CaiadaFerraz EgrejaGeraldo BulhõesHenriqu~ BrrtoMelo Freirevascc Amaro

MDB

José Mandelli.ruarez BernardesNelson MaculanRenato AzeredeVinicius oansançãc

Álvaro DiasAntônio BresolinFra.ncisco LibardoníGua9u PiteriHenrique Ca.rd06O

COMISSOES PERMANENTES

.1) COMISSÀO DI: AGRICULTURA I: POLlrlCARURAL

Turma ~·B't

ViCI!-Pl'esidente: ManDe. Rodrigues - ARENA

TitularesARENA

Suplentes

ARENAAlcides Franciscato Jorge VargasAntónio Deno José de AssiEBatista Mil'anda Maurício LeiteFláVIO Giovine Menanro'o MinahimFrancisco Bilac Pinto PriSCO VianaHorácio Mll!too Ruy BacelarInocêncio Ohveíra Sinval BoaventuraJoaquim Coutinho

'Iunna A

Alexandre Machado,Antônio GomesBenedito oanenasCardoso de Almeida.~umberto Souto;roã.o Durval~uYêncio Dias

Page 68: Odemir Furlan Sobre o Consumidor

5580 Sexta-feira 8 DIÁRIO DO CONGR~SSO NACIONAL (Seçãó n Agosto de 1975

'4) COMISSÃO DÉ CONSTITUIÇÃO E JUSTI(APresidente: Luiz' Braz - ARENA

Turma ~'A"

Viee-Presidente: Djalma Bessa - ARENATurma "B"

Vice-Presidente: Nogueira da Gama - MDBTitularesARENA

5) COMISSÃO DE ECONOMIA, INDÚSTRIA E,COMÉRCIOPrc,sldente: Aldo Fagundes - MDB

Turma "A"Vice-Presidente: Santilli Sobrinho - MDB

Turma "B"

Vice-Presidente: José Haddad - ARENATitularesARENA

VagoVagoVagoVagoVago

Marco MacielNewton BarreiraPaulino oíeeroPrisco VianaRafael 'FaracoUbaldo Corrêa

MDB

VagoVagoVagoVagoVago

Manoel NovaesMmoro MiyamotoNosser AlmeidaOswaldo ZauelloRicardo Filli'.aTheódulo Albuquerque

MDB

Joáo CasteloLauro LeitãoMarcelo ~~nh&res

Marcelo LínharesMário MondinoWanderley MarizWilson FalcãoVago

MDB

Suplentes

ARENA

Marão FilhoMelo FreireNelson MarchezanPedro CarOlaPedro ColinRaimundo DiniZWiison Braga

Alt'ir FerreiraAngelíno RosaAntônio FlorêncioArlindo KunzlerC 1'10 WilsonCelso CarvalhoJoão ClimacoJosias Leite

Aluizio ParaguassuAntômo CarlosDias MenezesFlorim ("<~utinho

José Bonifácio :NetoMarcelo MedeirosOdemir Furlan

Arlindo KunzlerEurico RibelroFurtado LelteGabriel HermesJorge ArbageJ osíes Leite

Aécio Cunha.Alvarc ValleDarcilio AyresFernando GonçalvesGeraldo FreireIvahir Garcia

9) COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA

Airton Sandoval Júlio ViveirosDias Menezes Magnus GuimarãesErnesto de Marco Marcelo MedeirosJadeI Barbalho Peixoto FilhoJosé Bonifácio Neto Walber Qulm6.1'áe8

Suplentes

ARENA

Epitácio Cafp~'~!n

Joaquim BevllaequaJosé Carlos Teixeiraoctacíno QueirozVagoVago

REUNIõES

Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo Ir - Sala 2 - Ramal 665S€cretário: Wilson Ricardo Barbosa Vianna

8) COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO fiNANCEIRAE TOMADA DE CONTASPresidente: Alberto Hoffmann ARENA

Vlce-Presídente: Gastão Müller - ARENAVice-Presidente: Walter Silva - MDB

Titulares

ARENA

Aécio CunhaAlacid NunesAntônio FerreiLol.Hélio LevyHorácio MatosJoão PedroJutahy Magalhães

REUNIõES

Quartas e QUintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo Ir - Sala 16 - Ramais 643 e 6411Secretário: Paulo ':osé Maestralli

Presidente: Lysâneas Maciel - MD:9VJoe-Presidente: José Camargo - MDBVíce-Presidente:Gonza.gl. Vasconcelos - ARENA

Titulares

ARENA

TurmaB

Jorge VargasMário MondinoMoacyr DaJlr::unes RochaRibamar MachadoTemistocles Teixeira

MDBGenival TourinhoHildérico OhveíraJoão GilbertoJosé Maria de CarvalhoNadyr Rossetti

MDBMilton SteinhruchÜ<'lac'.,- KleinRoberto CarvalhoRt<y CôdoTheodoro Mendes

ARENA

Leur LomantoLygia Lessa Bastos ,Magno BacelarManoel de AlmeidaMenandrO MmahrmRômulo Galvâo

Titulares

MDBJuarez BatistaNelson MaculanOtáviu CeccatoRuy Côdovmícíus CansançãoVago

REUNIõES

Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horas.Local: Anexo rI - Sala 4 - Ramal 631SecretárJa: Delzuite Macedo dó: Avelar VJ1las

Boas

6) COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA

Amaury MüllerAntônio PontesFernando GamaJader BarbalhoJorge Uequed

Presidente: Flexa Ribeiro - ARENAYíce-Presídenter Salvador Julianellí - ARENA

Vice-Pl'esldente: Olivir Gabardo - MDB

Airton SoaresAlcir PimentaAntônio MorairDaniel SilvaEdgar MartinsFlgueiredo Correia

SuplentesARENA

Nosser AlmeidaOSSI4n AranpePaulo FerrazRafael FaracoSylvio ventucoüíTemlséocles TeixeiraVago .

Alvaro ValleBraga RamosDareilio AyresDaso CoimbraGeraldo FreireHél10 MauroJosé Alves

Antônio MarizGomes da SilvaHydekel FreIta.~

Jairo MagalhãesJutahy MagalnãesLuiz BrazNey LopesNorton Macedo

Turma "B"

Vice-Presidente: Pedro Faria - MDB

Titulares

ARENA

MDB

Alvarc nias Lauro RodriguesAntunes de Oliveira Líncoln G1'1110Argilano Dario Magnus GuimarâesExpedito Zanotti Octacilio AlmeidaFranCISCO Amaral Paulo MarquesJG de Araújo Jorge Theodoro Mendes

REUNIõES

Quartas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo Ir - Sala 9 - Ramal 689SecretárJa: Marta Clélia Orrico

Antônio JoseAthiê COUlJEmanuel WaissmannEpitácio CafeteiraGomes de, AmaralJoão Menezes

7) COMISSÃO DE FINANÇASPresidente: Homero Santos - ARENA

Turma. "A"

Vice-Presidente: João Castelo - ARENA

Turma. A

Adriano ValenteAntônio MorimotoDyrnc PiresFernando MagalhãesFrancisco Bilac i'intoHélio CamposJoão Vargas

Turn- I:óBlota JumorErnesto ValenteJosé 8allyLauro LeitãoNey LopesNorton MacedoTheobaldo Barbosa

MDBJarbas VasconcelosJoaquim BevílacquaLUIZ HenriqueLidovino FantonMiro TeixeiraRubem Dourado

Turma B

Amaral FurlanAugusto TreinCarlo, WilsonHenrique CórdovaJoão ClímacoViana NetoVieira Lima

MDBGenervino FonsecaJoão ArrudaMr.rcondes Gadelh",Rubem Medina

SuplentesARENA

Moacyr DanaNereu GuidíNogueira de RezendeOsmar IP-itãoParente FrotaRaimundo ParenteRaul BernardoViana Neto

SuplentesARENA

Hugo NapoleãoHumberto aouto.ranuárro FeitoS!'.Paulino CíceroRicardo FiuzaRogério RêgoUhsses Pot,guar

MDBJosé Bonifacio NetoJosé MauncíoNadyr RossettiSérgie, MurilloSílvio Abreu .rúníorWalber GuimarãerWalter Silva

REUNIÕESTerças, Quartas e Quintas-teiras às io.oo noresLocal: Anexo II - Sal~ 17 -- Ramal: 626Secretárilll: Sílvia Barroso Martins

Turma AAltair ChagasAntônio MarÍZCantídio SampaioCiaudmo SalesCleverson TeixeiraGomes da SilvaJalro MagalhãesJoão Lmhares

Alceu CollaresCelso BarrosErasmo Martins PedróNoide CerqueiraPetrômo FigueiredoSebastião RodriguesTarclslO Delgado

Fernando CoelhoFlgueiredo CorreiaFramclsco ~tL1d.art

Humberto LucenaJader BarbalhoJoão GilbertoJorge Uequed

Turma A

A.H. Cunha BuenoAmaral NettoAngelino RosaFernando GonçalvesIgo LossoMaráo Filho

Airon RiosAlexandre MachadoAltair ChagasCardoso de AhneidaCleverson TeixeiraDyrno PiresFaria Lima

Antônio CarlosHarry SauerJos; ThoméMoreira 1 rance'I'ancredo Nevar.

Antômo MorimotoDaso GOlmbraEduardo JaJilGonzaga V3lSCoJlcelosHenrique CórdovaHenrique Pretti

- Homero Santc.sIgo LossoJarmund Nasser

Page 69: Odemir Furlan Sobre o Consumidor

Agosto de 1975 DIARIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 8 5581

ltEUNIôES 12) COMISSAO DE SAODE

REUNIõES

Quàrtas-feiras, às 10:30 horasLocal: Anexo II - Sala 1 - Ramal 677Secretária: Sylvia. Curi Kramer Benjamin do

Canto

Odemír FurlanVagoVago

Aldo FagundesAluizio ParaguassuDias MenezesJG de Araújo Jorge

REUNIôES

Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 13 - Ramais 688 e 689Secretá.rio: W~lter Gouvêa Costa

Presidente: Paes de Andrade - MDBVice-Presidente: Sérgio MUl'illo - MDBVice-Presidente: Raul Bernardo - ARENA

Titulares

14) COMISSÃO DE SERViÇO POBLICO

Suplentes

ARENA

Alacid Nunes Jonas Carh».Aroldo Carvalho Newton BarreiraBento Gonçalvea Ribamar MachadoFlávio Mareílio Teotônio NetoFrancisco R{lllemberg Vieira Lima

MDB

MDB

José CamargoMagnus GuimarãesPaes de AndradePedro FariaRoberto CarvalhoSérgio Murillo

Suplentes

ARENA

:Hermes MacêdoJoão VargasJuvêncio DiasLeur LomantoMarco MacielNorberto SchmidtPaulo StudartWaldomiro Gonçalves

Aldo F'agundesAntunes de OliveiraAntônio MoraisDaniel SilvaDias MenezesJoão Menezes

Adhemar GhisiAlvaro Gaudêncíol,rr ValadãoCunha BuenoFernando MagalhaesFlexa RibeiroGeraldo GuedesGerson Camata

MDB

José Carlos Te1xeiraLauro RodriguesRuben:. DouradoSilvio de Abreu JúniorVago

MDB

Nelson ThibauPe...rc LauroWalmor de LucaYasunori Kunlgo

Suplentes

ARENA

José MachadoLins a SilvaLuiz RochaSiqueira CamposVingt RosadoWilmar DallanholVago

Adhemar SantílloAirton SoaresDias MenezesFrede11co BrandãoJoão ArrudaJorge Moura

Alberto HoffmannAmaral NettoBenedito CanellasDjalma BessaFerraz EgrejaFrancelino PereiraGastão Müller

Israel Dias-NovaesJerônimo santana,"Jorge FerrazMarcos TitoMá.rio Moreira

Presidente: Fábio Fonseca - MDBVice-Presidente: JalSon Barreto - MDBVice-Presidente: Navarro Vieira - ARENA

Titulares

ARENA

Quarta e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal« Anexo TI - Sala 7 - Ramal 660'Becretário: LUíz de onveira Pinto

10) COMaSSAO DE REDAÇAO

Presidente: Diogo Nomura - ARENAVice,·Preaidente: Furtado Leite - ARENA

TituIares

ARENA

Adernar PereiraAlron RiosDio,,"o NomuraFrancisco ROllembergInocêncio Oliveira

João AlvesMauro SampaioUlisses PotiguarWilson FalcãoVago

ArY KffuriFraneellno PereiraGeraldo GuedesIvahir GarciaJonas Carlos

Adhemar SantiloAntônio PontesFernando Coelho

ARENA

osstan AraripePaulo FerrazUbaldo BarémVasco NetoWanderley Mariz

MDB

Gamaliel GalvãoJoel FerreiraLauro Rodrigues

Suplentes,

Hennque Cardoso Vago

:REUNIôES

Quartas-feiras, às 10:00 horasLocaã: Anexo TI - Sala 14 - Ramal 673Becretário: José ;Lyra B~l'roso de Ortegal

José CestaPedro LucenaThales RamalhoVago

Antônio AnnibelllDias MenezesErasmo Martins PedroFreitas Nobre

ltEUNIOES

Quartas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 12 - Ramal 69.

SecretárIO: Hélio Alves Ribeiro

MDB

ARENA

Agostinho Rodrigues Manoel de AhneidaAmaral Furlan Mauro Sampa,lDCid Furtado Rômulo GalvãoClaudino Sales Theobáldo BarbosaEr::lesto Valente Vieira da SilvaEurico Ribeiro

MDB

Osvaldo BuskeiPedro LucenaWalter de Castro

Suplentes

ARENA

Manoel NovaeliôParslfal BarrosoSalvador Juhanelll'I'heódulo AlbuquerqueVagoVago

MDB

Mareondes GadelhaWalmor de LucaVagoVago

Athiê CouryCarlos oottaJoaquim BevilacquaLíncoín Grillo

Abdon GonçalvesLeônidas SampaiOOdemir Furlan

Adriano ValenteBJ;I.j,g'a RamosHenrique BritoJoão DurvalJosé Alves

MDB

MDB

Antônio Bresolin

Suplentes

ARENA

Tbeobaldo Barbosa

Alcir Pimenta

Altair Chagas

Prisco VianaRibamar Machado

11) COMISSAO DF. RELAÇõES EXTERIORES

Presidente: F'lávio Marclllo - ARENAVice-Presidente: JoaqUím oouzmno - ARENAVIce-Presidente: Jairo Brum - MDB

Titulares

REUNIOES

Quartas e Quintas-feiras, às 10:()() horasLocal: Anexo TI - SaJa 10 - Ramal 682secretána: Iná Fernandes Costa

13) COMISSÃO DE SEGURANÇA NACIONAL

15) COMISSÃO DE TRABALHO E LEGISLAÇAOSOCIAL

P.l'esldente: Wilson Braga - ARENAVice-Presidente: Vlngt Rosado - ARENAVice-Presidente: Argilano Dario - MDB

Titulares

Presidente: ítalo Conti - ARENAVice-Presidente: Célio Marques Fernandes

ARENAVice·Presidente: Ruy Lino - MDB

Titulares

ARENA

Antônio UenoFarla LimaHugo, NapoleãoJosé MachadoLim, e SilvaLuiz FernandoMarcelo Linhares

Adalberto CamargoArio TheodoroCarlos SantosCotta BarbosaFernando Gama,Francisco Studart

ARENA

Murilo BadaróNogueira de RezendePasSOS PõrtoPedro oounRaimund<. DínísRogério RêgoTeotônio Neto

MDB

João CunhaMae Dowel Leite

de CastroPadre NobrePaulo MarquesThales Eamalho

AgostinhO RodriguesAllpio CarvalhoJanuário FeitosaNunes Leal

Antônio BellnattiAntunes de Oliveira

.Florim Coutinho

Parente FrotaPaulo Studart8ylvio venturolliSinval Boaventura

MDB

José Carlos TeixeiraLincoln GrilloNey Ferreira

Adhemar GnislAlvaro GaudêneioCid FurtadoEduardo GalilIbraim Abil AckelJMob CaroloLuiz RochaNelson Marchezan

Aloisio SantosCarl().~ CottaF ancisco AmaralFrederico BrandãoGetúlio DiasJoel Lima

ARENA

Nel'eU GuidiOsmar LeitãoRaimundo ParenteSiqueira CamposVICente VuoloWilmar D"lianhol

MDB

.lorge MouraJosé CostaJosé MaurieioMarcelo GatoOtávio CeecatoRosa Flores

Page 70: Odemir Furlan Sobre o Consumidor

5582 Sexta-feira 8 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção n ~gosto de 19'15

16) COMISSÃO DE TRANSPORTES

COORDENAÇÃO DE COMISSOESTEMPORÁRIAS

REUNIõES

Quart8!ll e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo n - Sala 15 - Ramal 647Secretário: Nelson Oliveira de Souza

Seçíío de Oomlssões de Inquérito

Chefe: Jairo Tel:'eZinbo Leal ViannaLocal ~ Anexo li - Ramal 612 - 23-3239 (DI­

reto)

MDPJuarez Bernardes

MDBEloy LenziJaison Barreto

Hermas Macêl1DVasco AmaroWilmar Dallanhol

MDBVagoVago

Januário FeitosaJosé AlvesJutahy Magalhãell

MDBVagoVago

Titumres

ARENA

Lauro LeitãoPedro Oolm

Suplentes

ARENA

REUNIõES

Quintas-feiras, às 11:00 horasLocal: Anexo II - Sala 8-B - Ramal filW,Secretário: Romualdo Fernandes Arnoldo

Antônio CarlosFernando Cunha

4) COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO DAREGIÃO SUL

Hélio LevyJosé ci.e AssisNunes Rooha

Suplentes

ARENA

Siqueira CamposUbaldo BarémVicente Vuolo

MDBAdhemar Santillo VagoGenervíno Fonseca VagoVago

Aluizio ParaguassuAntônio Annibelli

Antônio UenoJoão Vargas

Adriano ValenteArlindo KunzlerHem'lque Córdova

Odacir KleinVagoVago

Ernesto ValenteFrancelíno Pereira

Presidente: Geraldo Guedes - ARENAVice-Presidente: Dyrno Pires - ARENAVice-Presidente: Celso Barros - MDB

Titulllres

ARENAManoel de AlmeidaRuy Bacelar

MDBGeniv'>l TourinhoVinicius cansálnçâo

5) COMISSÃO DO POLIGONO DAS SECAS

REUNIõES

Quartas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 8-B - Ramlll1 6BiSecretária: Allia FelíClo Tobias

Presidente: Abel Avlla - ARENAVioe-Presidente: Norberto Schinidt - ARE1NAVice-Presidente: Dias Meneze - MDB

Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 8-A - Ramal ii9ASecretário: José Salomão Jacobina Aires

Suplentes

ARENA

José CostaFernando Lyra

Fernando MagalhlLesHumberto SoutoInocêncio Oliveira

Fe:onando CoelhoJarbas VasconcelosJosé Carlos Teixeira

REUNIõES

Ricardo FiuzaRogério Rêgo

Rezende MonteiroValdomiro Gonçalves

MDB

Ruy UnoVago

ARENA

Siqueira CamposTcmlstocles TeixeiraUbaldo Corrêa

Titulares

ARENA

.ruvencío DiasRallllundo Parente

MDB

Jerônimo SantlUl&Nabor Júnior

Suplentes

Suplentes

ARENA

Passos PôrtoPaulmo oicerePrísco Viana

Gabriel HermesHélio Campos

Antunes de OliveiraEpltãcio Cafeteira

Presidente: Al.aeid Nunes - ARENAVice-Presidente: Nosser de Almeida - ARENAVice-Presidente: Antônio Pontes - MDB

COMiSSÕES ESPECIAIS

1) COMISSÃO DA AMAZõNIA

Edison BonnaElclVaJ. CaiadoRafael FllIt"aco

Joel FerreiraJúlio ViveirosMário Frota

Bento GonçalvesGeraldo BulhõesManoel Novaes

Presidente: Ney Ferreira - MDBVice-Presidente: JoSé Carlos Teixeira - MDBVice-Presidente: Francisco Rollemberg ­

ARENA

Titulares

ARENA

REUNIõES

Quintas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo II - Sala 3 - Ramal 611Secretária: Maria de Nazareth Raupp Ma-

chado

MDB

Epitãcio Cafeteira Vinicius CansançãoJosé Costa

2} COMISSÃO DA BACIA DO SÃO FRANCISCO

Jairo MagalhãesJoslas LerteMarco Maciel

REUNIõES

Terças-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo li - Sala 8-A - Ramms 605,

606 e 616Secretário: Jacy da Nova Amarante

MDB

Thales Ramalho VagoVago VagoVago

Presidente: Iturival Nascimento - MDBVice-Presidente: Walter de oestro - MDBViCe-Pl'esidente: Ary Valadâo - ARENA

Titulares

ARENA

3) COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO DAREGIÃO CENTRO-OESTE

Benedito CanellooGastâo MúllerJarmund Nasser

José de AssisMurilo RezendeRezende MonteiroRuy BacelarSantos FilhO

Nunes ROchaPassos PôrtoUbaldo CorreaVa-sco AmaroVasco NetoVicente Vuolo

MDBMário FrotaNabor JúmorOctacilic AlmeidaOswaldo Lima

MDB

José MandelliMário MoreiraOdacir KleinPedro LauroRuy Cõdo

ARENA

SuplentesARENA -e

Jooé HaddooJosé SallyLygia Lessa BastosManoel RodriguesMurilo' BadaróNina RibeiroRezencte MonteiroSantos Filho

MDB

Sílvio de Abreu JúniQ!."'I'areísío DelgadoTheol1oro MendesVagoVagoVago

Suplentes

ARENA

Adernar PereiraAntonio GomesElcivaJ. CaiadoFurtado LeiteGeraldo BulhõesGiuia JuniorHélio Mauroítalo Conti

Aurélio CamposFernando CunhaGamaliel GalváoGeníval TourinhoLuiz RannquePeíxotc FilhoRuyeôdo

Abel AvHaAlcides FrancilleatoBento GonçalvesHennque PrettiHydekel FreitasJoaquim Guerra

Fernamdo LyraFraLclSCo RochaHélio de Alme'daIturival NaseimentoJuarez Batista

Alípio C~valho

Hého CamposHélíc LevyJoão LlnharesJoão Pedro'NavarrD VieiraNunes Leal

AntônlO CarlosDias MenezesErnesto de MarcoFrancisco LibarríoníJ.airo Brum

REUNIõES

Quartas e Quintas-feiras, às 10:80 horasLocal: Anexo li - Sala 5 - Ramal 696Secretário: Carlos Brasil de Araújo

Presidente: Lomanto Júnior - ARENAVice-Presidente: Hermes :.vIacêdo - ARENAVICe-Presidente: Amaury Müller - MDB

Titulares

Gilda Amora de Assis RepublicanoLocal: Ane;KO li - Ramais:

Seção de Comissões EspeciaiS

Chefe: Stel1a Prata da Sllva LopesLocal: Anexo li - Sala 8-B - Ramal 604

Page 71: Odemir Furlan Sobre o Consumidor

Agosto de 1975 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção I) Sexta-feira 8 5583

6) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A DARPARECER AO PROJETO N.o 634, DE 1975t­DO PODER EXECUTIVO, QUE DISPÕE 50·BRE O CóDIGO CIVIL ..

Presidente: Tancredo Neves - MDBVice-Presidente: Brigido Tinoco - MDBVice-Presidente: Flavio Marcilio - ARENA

Relator-Geral: João Línhares - ARENATitulares

REUNIõES

Local: Anexo H - Sala. 8-ARamais 603 e 604

Secretário: Antônio Fernando Borges Manzan

7) COMISSAO ESPECIAL DESTINADA A DARPARECER AO P~OJETO N.o 633, DE 1975,DO PODER EXECUTIVO, QUE DISPÕE SO­BRE O CÓDIGO DE PROCESSO PENAL

Presidente: Sérgio MurilIo - MDl:sVice-Presidente: Peixoto Filho - MDBVice-P!'esidente: José Sally - ARENA

Relator-Geral: Geraldo Freire - ARENA

REUNIõES

Local; Anexo II - Sal{\! 8-AR.amais 603 e 604

Secretária: M:llria Teresa de Barros Pereira.

MDB

Joel FerreiraRubem DouradoAIrton SoaresRosa FloresJoSé Costa

MDB

José Bonifácio NetoF'reitas NobreLídovíno Fam.ton

Titulares

SuplentesARENA

Santos FilhoHugo NapoleãoFernando GonçalvesEduardo GalilIgo Lesso .Gastão Müller

ARENA

Ibrahim Abi-AckelClaudino SalesIvahir GarciaAntônio Mariz

Fernando CoelhoMário MoreiraOswaldo Lnna

Henrique CórdovaAntônio MorimotoTheobaldo BarbosaCid Furtado

MDBErasmo Martins PedroTarcisio Delgado

MDBCelso BarrosMac Dowell Leite de

CastroIsrael Dias Nova.es

SuplentesARENA

Mdtcelo LinharesNey .Lopes

ARENACleverson TeixeiraLauro LeitãoGeraldo GuedesRaymundo Diníz

ltEUNIõESQual'tas e Quintas-feiras, às 16;00 horasLocal: Anexo HI - ramal 509secretário: zoranüo Moreira de Oliveira

REUNIõES

Sextas-feiras, às 9 :00 horas

Local: Anexo HI - Ramal 509

Secretária: Márcia de Andrade Pereira

Fernando Lyra

José Carlos Teixeira

Newton Barreira

R.aimundo Parente

JosmsLeIte

Norton Macedo. Mauricio Leite

MDB.Garna'líel Galvão

- Antônio José

MDBGenivaI Tourinho

MDB

ARENA

AR.ENA

Titulares

SuplentesAR.ENA

Eduardo GalilRibamar MachadoLeur Lomanto

MDB

Jerônimo Santana

Suplentes

5) .COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITODESTINADA A INVESTIGAR E AVALIAR APOLlTlCA DE REMUNERAÇÃO DO TkABA.LHO, EM TODOS OS SEUS ÂNGULOS.

(Requerimento n.? 19/75 - CPIl

Presidente: Alceu Collares - MDBVice-Presidente: Pedro Faria - MDB

Relator: Nelson Marchezan - AR.ENA

TitularesARENA

Rosa FloresFrederico BrandãoJosé Maurício

Marcelo GatoAlvaro Dias

Mário MondinoMagno BacelarJoão Clímaco

Ney LopesJosé MachadoHumberto Souto

J oel Ferreira

Guaçu Piteri

Walter Silva

Correia Lima

Eurico R.ibeiro

Vingt R.osado

Prisco Viana

Antônio Mariz

SuplentesARENA

Ivabir GarciaRaymundo DinizVianna Neto'

MOBMário Frota Noide Cerqueirlllrarcisio Delgado José MauricioIturívaí Nascimento Walber Guimarães

ReunióesTerçaS-feiras, às 16:30 horasQuartas-feiras, às 16:30 horasQuintas-feiras, às 16:30 horasLocal: Anexo UI - Ramal 509Secretário: Manoel AUgusto Campelo Neto

3) COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQU~RITO

DESTINADA A INVESTIGAR O PROBLEMADO MENOR

(Requerimento n.o 22/75 - CPI)Prazo: 19-6-75 a 16-11-75

Presidente : Carlos SantosVice-Presidente: Ruy Côdo

R.elator: Manoel de AlmeidaRelatO!'-Substituto: Lygia Lessa Bastos

TitularesAR.ENA

Alcides Franciscato Inocêncio OliveiraCleverson Teixeira Nelson Marchezan

MDBJG de Araújo Jorge Antônio Morais

SuplentesARENA

Daso Coimbra Braga RamosBento Gonçalves

MDBNabor Júnior Juarez BatistaVinicius Cansanção Genervino Fonseca

REUNIõESTe!'ças-feira€, às 16:30 horasQuintas-feiras, às 16 :30 horasLocal: Anexo II - Plenário da Comissão

de Educação e CulturaTelefones: Ramais 509 (Anexo III)

e 612 (Anexo H)Secretál'io: Raimundo de Menezes Vieira

4) COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQU~RITO

DESTINADA A INVESTIGAR E AVALIAR AEXECUÇÃO DO PROGRAMA DE REDISTRI­BUiÇÃO DE TERRAS NO NORTE E NOR­DESTE DO PAIS

(Requerimento n,o 28/75 - CP!)Prazo: 26-6-75 a 23-11-75

Presidente: Figueiredo CorreiaVice-Presidente: l"érnando Coelho

R.elator: Ernesto ValenteVice-R.elator: Rícardo Fiuza

Francelino PereiraAugusto TreínJosé MachadoHugo Napoleão'

Fernando GonçalvesNogueira de RezendeDjaIma Bessa

MDBLuiz HenriqueOdacir Klein

MDB

TitularesARENA

Gabriel HermesGonzaga VasconcelosPassos Pôrto

Joaquim BevilacquaSebastião RodriguesJader Barbalho

SuplentesAR.ENA

Hugo NapoleãoPaulo StudartIgor Losso

MDBPacheco ChavesJaison Bal'l'etoGeníval Tourinho

ltEUNIõES

Terças-feiras, às 18:00 horasQuintas-feiras, às 8:00 horasLocal: Anexo IH - R.amal "'97S€i:retáriO; Paulo Ernani Fonseca Aires

2) COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQU~RITO

DESTINADA A PROCEDER AO LEVANTA·MENTO DA' SITUAÇÃO PENITENCIARIA DOPAIS

COMISSOES PARLAMENTARES DE INQUÉRITO1) COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQU~RITO

.. PARA INVESTIGAR O COMPORTAMENTO EASINFLUÊNCIAS DAS EMPRESAS MULTlNAC'D­MAIS E DO C:APITAL ESTRANGEIRO NOBUASIL

(REQUER.IMENTO N.o 4/75)

(CPI)

Presidente: Alencar Furtado - MDBVice-Presidente: Moreira Franco - MDBRelator: Herbert Levy - ARENA

Peixoto FilhoTheodoro MendesJosé Costa

Alenc:ar FurtadoNadyr RossettiMoreira Franco

(Requerimento n.O 16175 - CPI)Prazo: 20-5-75 a 17-10-75

Presidente: José Bonifácio NetoVice-PresIdente: Theodoro Mendes,

Relator: Ibrahím Abi-Ackel

TitularesARENA

Adhemar GhisiBlotta JúniorGeraldo Guedes

Tancredo NevesMarcondes GadelhaJoão Menezes '

João LinharesCardoso de AlmeidaRaymundo ParenteJoão Castelo

Herbert LevyGeraldo FreireArlindo KunzlerTeotCInio Neto

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