Embed Size (px)
Citation preview
C.fiiveRsidodc
dc Snt NCARirl (.\
Centro de Ciências da Saúde Departamento de Estomatologia
Especialização em Odontologia do Trabalho
Odontologia do Trabalho:
Vantagens e Beneficios.
Autor: * Giuliano Maia Santini
*Cirurgião-dentista e pós-graduando
em Odontologia do Trabalho pela
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Orientadora: Profa. Doutora Ana Paula Soares Fernandes.
Ex.
I BS
CC
SO
N.C
ham
. E
- OTR
UFS
C 30
4
Ex.
1 U
FS
C BS
CC
SO
CC
SO
14. A odontologia em saúde do trabalhador como uma nova especialidade profissional: definição do campo de atuação e funções do cirurgião-dentista na equipe de saúde do trabalhador. Revista Cipa, São Paulo, v. 22, n. 258, P. 52-69, 2001. Disponível em: <http://www.cipanet.com.becipa258/capa.asp >. Acesso em: 9 dez. 2003.
15. MOTTA, R. G.; TOLEDO, V. L. de. Avaliação dos resultados de trabalho odontológico em uma indústria mecânica s/a. Revista Brasileira de Odontologia, Rio de Janeiro: ABO, n. 6, p. 21-25, nov./dez. 1983.
16. . Avaliação de resultados de plano odontológico implantado em indústria mecânica. Revista Brasileira de Sande Ocupacional, Sao Paulo: Fundacentro, v. 12, n. 46, p. 64-71, abr./maio/jun. 1984.
17. NADANOVSKY, Paulo. Promoção da saúde e a prevenção das doenças bucais. In:
PINTO, V. G. Sande bucal coletiva. 4. ed. Sao Paulo: Santos, 2000. cap. 9, p. 295-310.
18. OLIVEIRA, A. G. R. C. et al. Modelos de assistência em saúde bucal do Brasil. Ação Coletiva, Brasilia: Associação Brasileira de Saúde Bucal Coletiva, v. 2, n. 1, p. 9-14, 1999.
19. SERRALTA, F. B; MARTINS, E. A; CHAVES, K. B. DTM e problemas psicológicos
em estudantes de Odontologia. Jornal Multidisciplinar da dor craniofacial, Curitiba,
vol.3, n.12, p. 312-315, 2003.
20. SOUNIS, E. Manual de Higiene e Medicina do Trabalho. 2. ed. São Paulo: Editora
Ícone, 1991.
21. SOUZA, A. M. P. A. de; FREITAS, S. F. T. de. As condições de trabalho em
padarias e confeitarias influenciam a atividade de cárie dental dos trabalhadores?
2002. Dissertação (mestrado em Engenharia de Produção-Ergonomia)- Centro Tecnológico,
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2002.
22. TOMITA, N. E. et al. Saúde bucal dos trabalhadores de uma indústria alimentícia do centro-oeste paulista. Revista da Faculdade de Odontologia de Bauru, Baum: USP, v. 7, n. 1/2, p. 67-71, jan./jun. 1999.
22
Abstract:
This work has a bibliographic review about the new speciality Odontology of work
and its concepts, objectives, areas evolved and relations of multidisciplinary. It emphasizes
the advantages and benefits to the workers, enterprises, society and Brazil.
Key words: Odontology of work, advantages, benefits
Resumo:
Este trabalho faz uma revisão bibliográfica sobre a nova especialidade Odontologia
do Trabalho seus conceitos, objetivos, Areas de atuação e relações de
multidisciplinariedade, dando ênfase As vantagens e beneficios gerados para os
trabalhadores, empresas, sociedade e Brasil.
Palavras -chave: Odontologia do Trabalho, vantagens, beneficios
Introdução:
Nos últimos anos, a relação entre homem e trabalho ganhou demasiada importância
na sociedade. Chegou a ponto de as pessoas identificarem-se, simplesmente e
principalmente, pelo oficio ou profissão que possuem. Isto torna esta relação, extremamente
importante e nociva no sentido de exigência e pressão sobre o homem no seu trabalho e
vida cotidiana. Fica mais evidente esta importância já que, no mínimo, passamos oito horas
diárias trabalhando, ou seja, um terço de nossas vidas.
Somando-se a isso há uma globalização selvagem que cobra a todo o momento
qualidade, produtividade, eficiência entre outros, das organizações e pessoas que incorrem
invariavelmente neste circulo vicioso.
2
Com esse panorama, se pensou em melhorar os meios de produção e produtos, com
as novas filosofias de administração como Kaizen, Kanbam, Reengenharia, TQC, CCQ,
etc. Depois, a relação com o meio ambiente e os selos ambientais. E as pessoas? Para obter
êxito e sobreviver, os administradores estão se dando conta, cada vez mais, da importância
dos recursos humanos como sendo o bem mais importante da empresa, ou seja, o homem
como peça fundamental do sistema de produção (BARON', 1996).
A empresa ou organização que prioriza e investe nos recursos humanos está, não s6
se fortalecendo como instituição, como perpetuando o seu sucesso. Neste sentido, o que se
observa atualmente, é a busca pela qualidade de vida no trabalho (Q'VT).
Quando se fala sobre Qualidade de vida no Trabalho, necessariamente engloba
vários fatores, em que o item mais importante é a saúde. Esta, se relacionada ao trabalho
ganha o nome de saúde ocupacional.
As organizações mais comprometidas com a modernidade estão cada vez mais
lançando mão de várias Areas de conhecimento para cuidar dos recursos humanos. A
Odontologia do Trabalho vem preencher a lacuna da questão Odontológica nas
organizações que é de extrema importância e que sem ela entendemos que não hi saúde
plena.
Revisão da literatura:
Odontologia do Trabalho:
Na atualidade, para competir no mercado nacional e, sobretudo internacional, as
empresas enfrentam novos desafios advindos do reflexo da globalização da economia. São
requeridas quanto idoneidade, ética, respeito, responsabilidade social, qualidade, entre
outros.
3
A competitividade, tanto na Area de produtos quanto na de serviços, desafia as
empresas a aumentarem sua produtividade com qualidade. Como o bem mais importante de
uma empresa 6, sem dúvida, o capital intelectual ou seus recursos humanos, os empresários
mais contextualizados com a nova realidade utilizam programas de ergonomia, qualidade
total, qualidade de vida, programas de promoção e educação em saúde e bem estar dos
colaboradores, como vários outros.
Neste panorama, verificou-se a importância da Odontologia como parte importante
em matéria de saúde ocupacional visto que, complementaria as ações da medicina em prol
da saúde do trabalhador, bem como diminuiria os indices de absenteismo (falta ao trabalho)
e acidentes de trabalho, aumentando assim a produtividade (DIACOV e LIMA, 1988).
Definida sua necessidade e importância neste cenário, o CFO (Conselho Federal de
Odontologia) através das resoluções de n. 22, de 27 de dezembro de 2001, e de n. 25, de 28
de maio de 2002, criou e regulamentou uma nova especialidade na Area Odontológica, a
Odontologia do Trabalho, cujo objetivo é a busca permanente da compatibilidade entre a
atividade laboral e a preservação da saúde bucal do trabalhador. 0 artigo 30 da seção X do
titulo I da resolução n.22/2001 assim define a nova especialidade:
"Art 30. Odontologia do Trabalho é a nova especialidade que tem como objetivo a busca
permanente da compatibilidade entre a atividade laboral e a preservação da saúde bucal do
trabalhador".
Definiu ainda as areas de competência do especialista que incluem:
a) Identificação, avaliação e vigilância dos fatores ambientais que possam constituir
risco à saúde bucal no local de trabalho, em qualquer das fases do processo de
produção;
b) Assessoramento técnico e atenção em matéria de saúde, de segurança, de ergonomia
e de higiene no trabalho, assim como em matéria de equipamentos de proteção
4
individual, entendendo-se inserido na equipe interdisciplinar de saúde do trabalho
operante;
c) Planejamento e implantação de campanhas e programas de duração permanente para
educação dos trabalhadores quanto a acidentes de trabalho, doenças ocupacionais e
educação em saúde;
d) Organizar estatística de morbidade e mortalidade com causa bucal e investigar suas
possíveis relações com as atividades laborais; e
e) Realização de exames odontológicos para fins trabalhistas
De acordo com Medeiros (1966), Odontologia do Trabalho é o setor da Odontologia
que tem por finalidade a melhoria da saúde oral, seus efeitos e influência sobre a
produtividade no trabalho e o diagnóstico precoce de manifestações orais de doenças
ocupacionais.
Ainda relata que na fábrica, o serviço deve ter em mente que o investimento de
tempo, gasto no tratamento do operário deve ser o menor possível e o mais produtivo por
operário, e sera recuperado no cômputo geral dos beneficios prestados que seriam:
a) Resolvendo o problema dentário, o trabalhador ficaria livre de dores repentinas,
não haveria diminuição da capacidade produtiva se estivesse com padecimento
dentário;
b) Com a norma de hora marcada, dentro da indústria teria-se melhor cumprimento
de visitas estabelecidas;
c) Maior possibilidade de produtividade pela equipe, com a eliminação de tempo de
espera, interrupções, congestionamento da sala de recepção (muito comum nos
consultórios particulares) e, portanto possibilitaria a diminuição do tempo total de
tratamento;
d) Maior segurança pessoal, pois ajudaria o operário a integrar-se na fábrica.
5
Portanto um programa de assistência odontológica bem planejado que vise melhorar
o estado oral dos trabalhadores contribuirá para melhorar a capacidade produtiva dos
mesmos, ao procurar (MEDEIROS e BIJELLA, 1970):
a) Melhorar a saúde e eficiência do pessoal;
b) Diminuir a perda de tempo devido as emergências;
c) Permitir o diagnóstico precoce de doenças outras que tenham manifestações
orais;
d) Diminuir os gastos por enfermidades, gastos de compensação e seguro;
e) Melhorar o bem estar dos trabalhadores por terem melhores condições de
trabalho.
JA Amaral & Roscoe (1970), dizem que não seria por demais começar a encarar com
seriedade o problema da saúde do operário deixando de lado a deletéria e demagógica ação
política. E que não se pode desconhecer a importância sempre crescente da Odontologia do
Trabalho, enfatizando considerações em torno do alto conceito de Odontologia preventiva
aplicado ao trabalho. Eles abordam a questão do absentismo por causas odontológicas e
suas implicações com o empregado, a fabrica e a previdência social bem como os custos
envolvidos nesta questão. A diminuição deste problema seria uma grande vantagem obtida
pela Odontologia do Trabalho.
Segundo Nogueira (1972), a saúde ocupacional s6 poderá ser bem sucedida se a sua
aplicação for feita por uma equipe de especialistas, cada um deles se dedicando
exclusivamente a um aspecto do grande problema geral. Dentre os especialistas que
deveriam colaborar com o médico do trabalho no grande campo da saúde ocupacional,
merece atenção o trabalho do cirurgião-dentista. Realmente, dada à situação altamente
vulnerável da cavidade oral, pela sua comunicação quase permanente com o meio externo,
são muitas as lesões dos dentes e demais estruturas daquela cavidade pela ação de agentes
mecânicos, fisicos e principalmente químicos. Por esta razão, o papel do Odontólogo do
Trabalho é relevante, pois lhe cabem duas atividades de grande importância tanto no campo
preventivo, como no campo construtivo da Higiene do Trabalho, a saber:
6
a) Reconhecimento e prevenção dos riscos ambientais causadores de manifestações
orais de doenças profissionais;
b) Correção de lesões orais e condições afins devidas à exposição a fatores
profissionais.
Pimentel (1976), diz que cumpre-nos mostrar, e mais que isso, provar a necessidade
absoluta da inclusão da Odontologia na portaria 3.273 de 27 de julho de 1972, que institui a
obrigatoriedade da manutenção de serviços especializados em segurança do trabalho. E que
as estatísticas provam que o motivo apresentado com mais freqüência para justificar faltas
ao trabalho, é a saúde. A dor de dente ocupa o terceiro lugar no quadro de incidência,
perdendo apenas para a dor de estômago e a dor de cabeça.
Revela também, que a obrigatoriedade de serviço de Odontologia dentro de
determinadas indústrias, traria, de imediato, as seguintes vantagens:
I - Para o operário:
a) Regras de higiene oral que diminuiriam a incidência de cárie;
b) Obturações dos dentes cariados, diminuindo o número de extrações e,
praticamente, acabando com o problema dor;
c) Eliminação de uma das principais causas de acidentes de trabalho, ou seja, o
fenômeno dor;
d) Melhoria geral da saúde, com a eliminação dos focos dentários e a possibilidade
de melhor mastigação.
II - Para a indústria:
a) Sensível diminuição do número de faltas (absenteísmo);
b) Melhor rendimento de trabalho pela ausência do problema dor;
c) Menor procura ao departamento médico, pois a saúde começa pela boca;
d) Possibilidade de programar as extrações evitando-se que o funcionário falte
justamente em dia em que ele não poderia faltar;
e) Possibilidade de abater do imposto de renda a despesa feita com a assistência
odontológica.
7
HI - Para o Governo:
a) Diminuição de procura dos serviços de Odontologia no INPS e no SESI;
b) Possibilidade de esses órgãos dedicarem maior carga horária aos familiares e às
outras categorias de beneficiários;
c) Diminuição do índice de acidentes de trabalho com conseqüente aumento da
produção.
Para Guimarães & Rocha (1979), Odontologia do Trabalho é a parte da Odontologia
que trata de promover, preservar e reparar a saúde do trabalhador, conseqüente dos a gravos,
afecções ou doenças advindas do exercício profissional e que se manifestam na boca. A
Odontologia do Trabalho se difere das demais especialidades por ter a sua ação diretamente
dirigida e voltada para a prevenção das doenças conseqüentes da atuação profissional e dos
acidentes trabalho. Enumera ainda as vantagens da Odontologia do Trabalho:
Para o trabalhador:
a) pelo aprendizado das regras de higiene oral que contribuirão para a diminuição do índice
de caries e das conseqüências das doenças profissionais;
b) pelo recebimento do tratamento odontológico com a eliminação dos processos de cárie,
diminuindo o número de extrações;
c) exterminando com o problema da dor, uma das causas principais dos acidentes de
trabalho, e suas conseqüências de caráter social e econômico;
d) obtendo melhoria geral de sua saúde, pela eliminação dos focos dentários e possibilidade
de melhor mastigação e melhor aproveitamento dos alimentos;
e) aumentando seu potencial de produtividade em face de um estado geral mais equilibrado
pelos tratamentos preventivos de que é alvo.
Para a empresa:
a) diminuição acentuada do índice de absentismo;
b) melhor produção da empresa em face do equilibrado estado geral dos seus empregados, e
conseqüente produtividade individual;
8
c) considerando que a "saúde começa pela boca", haverá diminuição dos problemas
médicos;
d) diminuição dos acidentes de trabalho, evitando as soluções de continuidade no
desenvolvimento dos serviços;
e) vantagens pela possibilidade de promover a programação das extrações sem prejuízos
para o serviço, evitando-se que o empregado falte em dias que não deveria;
f) vantagem de abater as despesas havidas com os serviços odontológicos, na declaração
do imposto de renda; e
Para a nação:
a) pela diminuição da procura dos órgãos governamentais que prestam serviços
odontológicos;
b) pela diminuição do índice de acidentes do trabalho e do absentismo com aumento da
produção e conseqüente aumento da oferta do produto industrializado;
c) pelo aumento da disponibilidade dos seus serviços assistenciais por ter sido liberado do
atendimento do trabalhador para dedicação maior e melhor a outras categorias de
beneficiários.
Moraes (1980), em seu artigo "0 que se pode mostrar pelo exame da boca", levanta
uma gama de processos patológicos que tern manifestações na boca e que o Odontólogo do
Trabalho poderia detectar ajudando a equipe de saúde do trabalhador no diagnóstico e
pronto tratamento deste indivíduo.
Gomes e Magalhães (1980), realçam a importância da manutenção dos serviços
odontológicos em uma empresa. Mostram que o censo bucal é de grande valia em
Odontologia empresarial, de vez que constitui o único recurso que o profissional dispõe
para a aplicação de uma odontologia preventiva. Tal procedimento objetivo, em última
instância, diminuir o índice de absenteísmo, elevando a produtividade do empregado,
favorecendo assim à empresa e ao servidor.
9
Sem as medidas de assistência odontológica em várias e determinadas indústrias,
inúmeros trabalhadores terão fatalmente vulnerada a primeira porção do aparelho digestivo,
por um lado, prejudicando sua função especifica, e por outro, favorecendo a patologia
geral. A boca é uma das principais vias de penetração de substâncias tóxicas no organismo.
Além disso, é afirmação clinica válida, de que a mucosa bucal reflete o estado de saúde do
indivíduo. Certos sinais encontrados ali têm expressão de patognom8nicos (CARVALHO,
1981).
Para Silva & Souto (1983a), Odontologia do Trabalho é entendida como sendo a
aplicação de todos os recursos técnicos-científicos possíveis da Odontologia na promoção e
preservação do bem estar fisico, psíquico e social do homem no seu trabalho,
reconduzindo-o a este resultado, quando necessário. Eles ainda enumeram, com base na
portaria 3214 de 08/06/78, que fixa as atribuições da Medicina do Trabalho, feitas As
necessárias adaptações, uma série de atribuições referentes ao Dentista do Trabalho como:
1. programar e executar planos de proteção à saúde dos trabalhadores;
2. realizar inquéritos sanitários e ambientais nos locais de trabalho;
3. dedicar cuidado especial aos trabalhadores expostos A insalubridade, aos do sexo
feminino, aos menores e aos deficientes;
4. realizar exames odontológicos pré-admissionais, periódicos e especializados,
inclusive provas biológicas e outros necessários aos fins previstos;
5. estudar a importância do fator humano nos acidentes e propor a adoção de
medidas preventivas na área de Odontologia;
6. analisar as causas odontológicas de absenteismo e propor medidas de controle;
7. estudar as causas odontológicas de fadiga dos trabalhadores, indicando medidas
preventivas;
8. planejar e participar de programas de educação sanitária e de alimentação para os
trabalhadores;
9. divulgar conhecimentos que visem a prevenção de doenças ocupacionais com
manifestações orais;
10. promover medidas profiláticas;
10
11. estabelecer medidas de pronto atendimento aos acidentados de face e boca e de
emergências odontológicas e, ainda, colaborar na promoção de treinamento de primeiros
socorros;
12. realizar levantamentos de doenças e acidentes de trabalho e estudos
epidemiológicos, para análise com vistas As atividades preventivas;
13. organizar estatística de morbidade e mortalidade com causa bucal e investigar
suas possíveis relações com as atividades funcionais;
14. orientar e participar na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), no
que se refere A. proteção e preservação da saúde bucal;
15. sugerir medidas visando o aproveitamento dos recursos odontológicos e
comunitários;
16. entrosar-se com o setor de segurança do trabalho no estudo e solução de
problemas comuns;
17. articular-se com os órgãos competentes de reabilitação profissional, nos casos de
redução da capacidade laborativa dos trabalhadores: quando afetos A Odontologia;
18. propor normas e regulamentos internos sobre Odontologia Ocupacional;
19. integrar-se com os diversos órgãos da empresa para estabelecerem medidas de
controle sanitário dos ambientes de trabalho e locais acessórios;
20. colaborar nas campanhas preventivas de acidentes de trabalho;
21. colaborar com as autoridades de bem-estar e saúde pública;
22. manter registros sistêmicos de todas as ocorrências relacionadas à saúde bucal
de cada funcionário; e
23. manter intercâmbio com entidades ligadas aos problemas de saúde ocupacional.
Para Morta e Albuquerque (1983), a finalidade precipua do Plano de Trabalho
Odontológico, realizado em uma indústria mecânica em 1980, constitui-se no oferecimento
de um sistema de atendimento odontológico na indústria, com vistas a oferecer ao
empregador e ao trabalhador, perfeitas condições de saúde bucal, em prol de um bem estar
fisico e mental ao mesmo tempo em que atende a uma necessidade social na área da
Odontologia do Trabalho e cujas conseqüências serão a obtenção de maior produtividade,
menores indices de absenteísmo e acidentes do trabalho, etc.
11
Segundo Garrafa (1986), o objetivo da Odontologia do Trabalho é o estudo,
interpretação e solução dos diferentes problemas bucais que atinge a todos os trabalhadores,
visualizados como participantes do processo de produção e consumo de bens, no qual os
cirurgiões-dentistas e outros profissionais do setor também estão imersos enquanto
trabalhadores da saúde. Trata-se, portanto, não só de levantar os problemas bucais que
podem afetar diretamente os trabalhadores e analisar concretamente a epidemiologia e
patologia desses problemas, como também de estudar o impacto que possam ocasionar nos
familiares dos operários, que dependem do mesmo salário.
Diacov e Lima (1988), nos mostra a importância da Odontologia do Trabalho,
analisando o absenteísmo odontológico. A falta ao trabalho por motivo de doença ou
absenteísmo-doença acarretaria rompimento ou deslocamento do equilíbrio formado entre a
saúde do trabalhador e produtividade, sendo a presença do binômio saúde-produtividade
um dos fatores necessários ao desenvolvimento tecnológico.
Estudos já comprovaram que a cárie e outras complicações bucais são responsáveis
por 20% da falta ao serviço e pela queda de produção, além de gerar outros tipos de
complicações orgânicas, como infecções generalizadas (FERREIRA, 1995).
Caetano & Watanabe (1996), concluem que todo e qualquer problema de origem
bucal pode provocar, além de desconforto fisico e emocional, prejuízos consideráveis
saúde geral, principalmente quando há presença de focos infecciosos capazes de promover
inúmeras doenças como: Nefropatia e Endocardite bacteriana. Também na boca podem se
refletir distúrbios de natureza emocional: da mesma forma, ausência de saúde bucal pode
ser causadora de modificações de comportamento e até de personalidades. 0 autor enumera
os objetivos da Odontologia Ocupacional bem como suas atribuições, de acordo com a
portaria 3214, de 08/06/78, que fixa as atribuições da Medicina do Trabalho.
Atualmente, as empresas valorizam a idéia de que o principal produto que deve,
primeiramente, estar em perfeita harmonia é o "homem". Ciente da importância desse fator,
12
as empresas começaram a se preocupar e a se interessar pela preservação da saúde dos
funcionários, incluindo neste item a assistência Odontológica (BARONI, 1996).
De acordo com Midorikawa (2000), a Odontologia não pode ficar alheia h. area de
saúde do trabalhador, em que diferentes profissões se unem buscando melhores condições
de saúde àqueles que movem a sociedade com sua força de trabalho.A contribuição dos
profissionais dessa area do conhecimento é muito significativa, pois os cirurgiões-dentistas
são capazes de estabelecer o diagnóstico precoce das doenças profissionais que apresentam
manifestações bucais. Através do seu trabalho, chega a definição de Odontologia do
Trabalho como sendo a especialidade da Odontologia que tem como objetivo o estudo dos
fenômenos fisicos, químicos, biológicos e mecânicos que atingem o complexo buco-
maxilo-facial, e que podem influenciar ou ser influenciados pelo ambiente de trabalho. Seu
foco deve ser a prevenção, a reabilitação e a preservação da saúde dos trabalhadores, que
podem ser atingidas pela análise, organização, planejamento, execução, avaliação de
serviços, projetos ou programas de saúde bucal, avaliação técnica e perícia.
Ele enumera inúmeros beneficios e vantagens do efetivo exercício da nova
especialidade, que são:
Para os trabalhadores:
a) facilidade de acesso aos cuidados odontológicos, com redução do tempo de
viagem e de espera, dependendo do sistema adotado pela empresa;
b) a aprendizagem de cuidados com a higiene bucal permitirá ao trabalhador
controlar os fatores que causam as doenças bucais, diminuindo a incidência de cáries e de
doenças periodontais;
c) o tratamento de doenças bucais, corno restaurações de dentes cariados, promoverá
diminuição do número de extrações dentárias;
d) eliminação de uma das principais causas de acidentes de trabalho, que é a dor;
e) melhoria geral da saúde, com a eliminação dos focos dentários e a possibilidade
de melhor mastigação;
13
f) aumento do potencial de produtividade, pela melhora do estado de saúde geral
que decorre dos tratamentos preventivos de que foi alvo;
g) aumento da motivação, da moral e da imagem de empresa perante o trabalhador.
Para as empresas:
a) diminuição do índice de absenteísmo, tanto do tipo I como do tipo II, pelas
melhores condições de saúde bucal dos trabalhadores;
b) maior produtividade individual pelo equilibrado estado geral dos seus
empregados e, conseqüentemente, melhor produção da indústria;
c) uma vez que a boca é a porta de comunicação entre o organismo e o meio
ambiente, e considerando que a "saúde começa pela boca", haverá diminuição dos
problemas médicos;
d) melhoria das condições bucais, que diminuirão as possibilidades de bacteremia e,
conseqüentemente, de problemas médicos;
e) diminuição da possibilidade de acidentes de trabalho e de doenças profissionais
que apresentem manifestações ou que atinjam a cavidade bucal;
f) possibilidade de programar os tratamentos odontológicos, como as extrações,
sem prejuízo para o andamento das atividades do trabalhador e da empresa;
g) possibilidade de abater as despesas com os serviços odontológicos na declaração
do imposto de renda;
h) melhoria da imagem da empresa no mercado, pois os empregados são os
melhores exemplos de dignidade como conceito individual da empresa, atraindo
melhores trabalhadores do mercado quando houver necessidade de recrutamento e
seleção;
i) o investimento em saúde traz lucros indiretos.
Para o Brasil:
a) Diminuição da demanda e da procura pelos serviços odontológicos dos órgãos públicos;
b) Aumento da possibilidade de melhor atender a outras categorias da população
necessitadas desse tipo de tratamento;
14
d) Diminuição do índice de acidentes de trabalho e de doenças profissionais, bem
como do absentismo, com o aumento da produção e conseqüente aumento da oferta
do produto industrializado.
Para os SESMTs (Serviço Especializado de Segurança e Medicina do
Trabalho):
a) Incorporação de mais uma Area de conhecimento ao grupo, melhorando a
qualidade da equipe de saúde do trabalhador;
b) Possibilidade de realizar um exame de saúde mais completo do trabalhador, que
pode cobrir uma Area importante de inter-relação da saúde pelos exames
clínicos e complementares da saúde bucal;
c) 0 cirurgião-dentista está mais familiarizado (preparado) com os efeitos dos
agentes químicos, fisicos, bacteriológicos e mecânicos, que apresentam
manifestações precoces na cavidade oral, auxiliando a equipe de saúde do
trabalhador.
Em 2001, Vianna & Santana realizaram uma valiosa revisão da literatura,
dos quais foram selecionados oito artigos e uma tese de doutorado através de
algumas bases de dados. Os achados são consistentes em torno de uma associação
positiva entre exposição a névoas ácidas e erosão dental mostrando o quanto é
importante o dentista no processo de saúde ocupacional na descoberta e prevenção
de doenças relacionadas ao trabalho e quanto é incipiente o conhecimento sobre
riscos ocupacionais para a saúde bucal do trabalhador.
O próprio Midorikawa em 2001 reafirma todas as vantagens e beneficios
gerados pela Odontologia do Trabalho elencadas em sua dissertação em 2000, e
afirma que a saúde do trabalhador é uma área caracterizada por ter uma filosofia
mais abrangente que a sua antecessora, denominada saúde ocupacional. Por outro
lado, também existe a necessidade de complementar as equipes dos Seesmts,
incluindo nelas a presença do cirurgião-dentista (CD) do trabalho para prevenir os
15
acidentes do trabalho e as doenças profissionais, o que proporcionará uma série de
vantagens para o empregado, para a empresa e para a nação. Essas vantagens
compreendem desde o aumento da motivação do empregado por estar mais saudável
e trabalhando com mais segurança, até o aumento da produtividade, da qualidade e
da competitividade dos produtos e serviços da empresa.
Mazzilli (2003), quando fala de um serviço de Odontologia Ocupacional enumera
como vantagens a melhora de seu bem estar fisico, mental e social, o que provoca, como
resultado, um significativo aumento do estimulo e da satisfação laboral com conseqüente
redução do absenteísmo e aumento da produtividade.
Além de todos os beneficios e vantagens levantadas pelo presente trabalho, Peres et
al (2003), afirmam que a inclusão dos cirurgiões-dentistas nos ambulatórios de saúde do
trabalhador favoreceriam o próprio Brasil com a diminuição da demanda e da procura pelos
serviços odontológicos das unidades básicas de saúde, o que permite que outras categorias
da população sejam mais bem atendidas. E ainda, a diminuição dos indices de absenteismo,
de acidentes de trabalho e de doenças profissionais, colaborará para um aumento de
produção nacional e aumento da oferta de produto industrializado.
Além de contribuir para um sorriso saudável, os beneficios destes programas vêm
de encontro à promoção de um ambiente favorável na relação entre empresa e
colaboradores (FRANCIS, 2004).
De acordo com Yano (2004), o especialista em Odontologia do Trabalho tem quatro
dimensões de atuação: formulação de políticas; planejamento; educação em saúde e
assistência odontológica.
Discussão:
16
De acordo com o exposto no presente trabalho, verifica-se que o serviço em
Odontologia do Trabalho gera muitas vantagens e beneficios a todos os envolvidos,
evidenciando sua atuação e responsabilidade em questões muito além de um mero caráter
assistencial, enquadrando-se assim como a medicina do trabalho, em uma area estratégica
na gestão de pessoas e na busca dinâmica pela qualidade de vida no trabalho (QVT).
Conclusão
Através do trabalho de revisão bibliográfica fica clara a importância da Odontologia
do Trabalho no contexto atual das organizações produtivas e no interminável processo de
procura de qualidade de vida e humanização do trabalho. Quando se fala em quebra de
paradigmas na saúde deve-se ter em mente que esta filosofia deve ser aplicada em qualquer
area da saúde para que se crie bases e resultados duradouros que se sustentem por si só.
A literatura no Brasil nos mostra a relação entre Odontologia e Trabalho e através
de uma revisão bibliográfica se conclui que é uma relação fundamental no campo da saúde
ocupacional. Vem de encontro com a idéia de uma equipe multidisciplinar cuidando da
qualidade de vida no Trabalho. Evidenciando assim que a interdisciplinariedade e
intersetorialidade, é fundamental nesse processo. Assim como a participação de todos os
envolvidos, inclusive com repasse e divisão de responsabilidades.
evidente que a Odontologia do Trabalho tem muito a contribuir com a Medicina
do Trabalho, com a Segurança do Trabalho, com as questões ambientais, com a ergonomia,
com a administração de recursos humanos e com a sociedade no geral.
As organizações têm muito a ganhar com a implantação de um serviço de
Odontologia Ocupacional, seja no aumento da satisfação e qualidade de vida de seus
17
colaboradores, bem como o aumento da produtividade e diminuição do absenteísmo
gerando mais riquezas, vantagens e beneficios para toda sociedade.
Ao nosso olhar a Odontologia do Trabalho não deve se pautar apenas em
assistencialismo e prevenção, deve sim exercer uma filosofia de administração e gestão de
pessoas e necessidades, com planejamento, objetivo, meta, execução e resultado.
Otimizando todos os processos dos quais a Odontologia _id tem domínio, em conjunto com
outras areas do conhecimento como Medicina do Trabalho, Segurança, Ergonomia, etc,
sempre com foco na saúde do trabalhador. Só assim estará acrescentando mérito e valor As
questões de saúde ocupacional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1. AMARAL, A. C. do; RÓSCOE, J. S. Causas odontológicas como absentismo na indústria. Arquivos do Centro de Estudos do Curso de Odontologia da UFMG, Belo Horizonte: UFMG, v. 7, n. 1, p. 127-141, 1970.
2. BARONI, G. A influencia da dor de dente. Revista CIPA, Sao Paulo, v. 17, n. 202, p. 40-51, set. 1996.
3. CAETANO, J. C.; WATANABE, A. M. Noções básicas de odontologia ocupacional
para profissionais da saúde do trabalhador. In: VIEIRA, S. I. Medicina Básica do
Trabalho. Curitiba: Genesis, 1996, 2, v. 3, 669 p., p. 169-190.
4. CARVALHO, J. G. Odontologia sanitária e suas implicações ocupacionais. Revista da Faculdade de Odontologia da UFBa, Salvador: UFBa, v. 1, p. 75-86, jan./dez. 1981.
5. DIACOV, N.; LIMA, J. R. S. Absenteismo odontológico. Revista de Odontologia da UNESP, Araçatuba: UNESP, v. 17, n. 1/2, p. 183-189, 1988.
6. FERREIRA, R. A. 0 valor da saúde bucal nas empresas. Revista da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas, São Paulo: Globo Cochrane, v. 49, n. 2, p. 96-107, mar./abr. 1995.
7. FRANCIS, Carlos. Saúde bucal em alta. Revista Saúde no Trabalho. São Paulo, 2004.
18
8. GARRAFA, V. Odontologia do trabalho. Revista Gancha de Odontologia, Porto Alegre: RGO, vol. 34, n. 6, p. 508-512, nov./dez. 1986.
9. GOMES, E. B.; MAGALHÃES, H. Censo bucal na empresa: sua importância no planejamento da assistência odontológica. Odontólogo Moderno, Rio de Janeiro: EPUC, v. 7, n. 3„ p. 31-38, mar. 1980.
10. GUIMARÃES, E.; ROCHA, A. do A. Odontologia do trabalho - la parte: organização dos serviços odontológicos de uma empresa. Odontólogo Moderno, Rio de Janeiro: EPUC, vol. 6, n. 7, p. 7-12, jul. 1979a.
11. YANO, S. R. T. Uma nova especialidade. Revista Proteção, São Paulo, p.62-66, jan. 2004.
12. . Odontologia do trabalho - r parte: organização dos serviços odontológicos de uma empresa. Odontólogo Moderno, Rio de Janeiro: EPUC, vol. 6, n. 8, p. 23-26, ago.1979b.
13. . Odontologia do trabalho — 3a parte (final): organização dos serviços odontológicos de uma empresa. Odontólogo Moderno, Rio de Janeiro: EPUC, vol. 6, n. 9, p. 40-50, set. 1979c.
14. MAZZILLI, L. E. N. Odontologia do trabalho. 1. ed. São Paulo: Editora Santos, 2003
15. MEDEIROS, E. P. G. de; BUELLA, V. T. Bases para a organização de programas dentais para operários. Revista Brasileira de Odontologia, Rio de Janeiro: ABO, v. 27, n. 166, p. 303-311, nov. /dez. 1970.
16. MIDORIKAWA, Edward Toshiywki. A odontologia em saúde do trabalhador como
uma nova especialidade profissional: definição do campo de atuação e funções do
cirurgião-dentista na equipe de sonde do trabalhador. 2000. 337 f. dissertação
(mestrado em odontologia)- Faculdade de odontologia de São Paulo, Universidade de Sao
Paulo, São Paulo, 2000.
17. MORAES, S. C. 0 que se pode mostrar pelo exame da boca. Odontólogo Moderno, Rio de Janeiro: EPUC, vol., n., p. 7-12, maio 1980.
18. MOTTA, R. G.; ALBUQUERQUE, V. L. T. de. Organização e implantação do serviço odontológico em uma indústria mecânica s/a. Revista Brasileira de Odontologia, Rio de Janeiro: ABO, n. 1, p. 34-39, jan./fev. 1983.
19. NOGUEIRA, D. P. Odontologia e saúde ocupacional. Revista de Saúde Pública, São Paulo: USP, v. 6, p. 211-223, 1972.
19
20. PERES, A. S; OLYMPIO, K. P. K; CUNHA, L. S. C; BARDAL, P. A. P. Odontologia
do Trabalho e Sistema Único de Saúde — uma reflexão. Revista da ABENO, Sao Paulo,
v.4, n.1, p. 38-41, 2003.
21. PIMENTEL, O. J. A. Odontologia do trabalho. Odontólogo Moderno, Rio de Janeiro: EPUC, v. 3, n. 2, p. 98-99, mar./abr. 1976.
22. Resolução do Conselho Federal de Odontologia n.22 de 27 dez. 2001. Disponível em: < http://www.cfo.org.br>. Acesso em: 10 mar. 2005.
23. Resolução do Conselho Federal de Odontologia n.25 de 28 mai. 2002. Disponível em: <http://www.cfo.org.br>. Acesso em 10 mar. 2005.
24. SILVA, R. B.; SOUTO, D. F. Modelo de serviço assistencial em odontologia ocupacional. Odontólogo Moderno, Rio de Janeiro: EPUC, v. 10, n. 9, p. 36-39, set. 1983a.
25. . Modelo de serviço assistencial em odontologia ocupacional. Odontólogo Moderno, Rio de Janeiro: EPUC, v. 10, n. 10, p. 39-45, out. 1983b.
26. . Modelo de serviço assistencial em odontologia ocupacional. Odontólogo Moderno, Rio de Janeiro: EPUC, v. 10, n. 11/12, p. 27-30, nov. /dez.1983c.
27. VIANNA, M. I. P; SANTANA, V. S. xposição Ocupacional a névoas ácidas e
alterações bucais: uma revisão. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, vol.17, n.6, p.
1335-1344, nov./dez. 2001.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
1. ALVES, Roberta Belizário. Vigilância em saúde do trabalhador e promoção da saúde: aproximações possíveis e desafios. Cad. de saúde pública, fev. 2003, vol. 19, n. 1.
2. ARAÚJO, M. E. 1998. Estudo da prevalência das manifestações bucais decorrentes
de agentes químicos no processo de galvanoplastia: Sua importância para a área de
saúde bucal do trabalhador. Tese de Doutorado, São Paulo: Faculdade de Odontologia.
Universidade de São Paulo. 126p.
20
3. ARAÚJO, M. E. de; JÚNIOR, A. G. Saúde bucal do trabalhador: Os exames admissional
e periódico como um sistema de informação em saúde. Odontologia e Sociedade. São
Paulo, vol. 1, n. 1/2, p. 15-18, 1999.
4. BASTOS, José Roberto de Magalhães. et al. Educação para a saúde. In: PEREIRA, A. C.
et al. Odontologia em saúde coletiva: Planejando ações e promovendo saúde. São
Paulo: Artmed, 2003. cap. 6, p. 117-139.
5.CALAZA, C. P. Odontologia no ninho das águias. Disponível em:
<http://www.apcd.org.br/biblioteca/jorna1/1999/01 -99/aguias.asp>. Acesso em: 1 jul. 2004.
6. CANDEIAS, Nelly Martins Ferreira. Conceitos de educação e promoção em saúde:
mudanças individuais e mudanças organizacionais. Revista de saúde Pública, abr. 1997,
vol. 31, n. 2, p. 209-213.
7. CZERESNIA, Dina. 0 conceito de saúde e a diferença entre prevenção e promoção.
Cad. de saúde pública, out./dez. 1999, vol. 15, n. 4, p. 701-709.
8. DIAS, E. C. Organização da atenção à saúde no trabalho. In: FERREIRA JÚNIOR, M.
Saúde no trabalho: temas básicos para o profissional que cuida da saúde dos
trabalhadores. São Paulo: Roca, 2000. cap. 1, p. 3-28
9. GRAÇA, Luis. Promoção da saúde no trabalho: a nova saúde ocupacional?
Disponível em:< www.terravista.pt>. Acesso em: 16 jun. 2004.
10. LÓPEZ, J. A. C.; MEDA, A. G. Odontologia en medicina del trabajo. Revista LatinoAmericana de la Salud en el Trabajo, México, vol. 1, n. 2, mayo/agosto 2001, p. 91-92.
11. LOUREIRO, C. A. A inversão da atenção em saúde bucal. In: MENDES, E. V. A
organização da saúde no nível local. São Paulo: Editora Hucike, 1998. cap.9, p. 213-266.
12. . Conceito de odontologia do trabalho. 0 Incisivo, São Paulo: Sindicato dos Odontologistas de São Paulo, v. 5, n. 24, p. 22-24, 1966.
13. MENDES, Renê ; DIAS, Elizabeth. Saúde dos trabalhadores. In: ROUQUARIOL,
Maria Zélia ; ALMEIDA, Naomar Filho. Epidemiologia e saúde. 5. ed; Rio de Janeiro:
Médici, 1999. 600p. cap. 18, p. 431 -456.
21
