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NOTÍCIAS MG CONSELHO REGIONAL DE ODONTOLOGIA DE MINAS GERAIS EDIÇÃO 235 AGO/SET/OUT 2017 REMUNERAÇÃO JUSTA PÁGINA 16 PÁGINA 8 Diretoria do CRO-MG entrega a autoridades reivindicações da categoria ODONTOLOGIA HOSPITALAR CAMPO PROMISSOR Resultados positivos na recuperação de pacientes internados valorizam presença de cirurgião-dentista em hospitais

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NOTÍCIAS

MG CONSELHO REGIONALDE ODONTOLOGIADE MINAS GERAIS

EDIÇÃO 235AGO/SET/OUT

2017

REMUNERAÇÃO JUSTA

PÁGINA 16

PÁGINA 8

Diretoria do CRO-MG entrega a autoridades reivindicações da categoria

ODONTOLOGIA HOSPITALAR

CAMPO PROMISSORResultados positivos na recuperação de pacientes internados valorizam presença de cirurgião-dentista em hospitais

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2

SUMÁRIO

Rodrigo Couto, presidente da Câmara I de Ética

As possibilidades da Odontologia Hospitalar

6 8ENTREVISTA CAPA

Publicação trimestral oficial do Conselho Regional de Odontologia de Minas Gerais

Rua da Bahia, 1477LourdesCEP 30.160-017Belo Horizonte | MGTelefax: (31) [email protected]

Por dentro do CRO-MG18COLUNA

AGO 2017

Divulgação CRO-MG/Ricardo Divino

www.cromg.org.br

CRO_NOTICIAS_235.indd 2 24/08/17 15:11

3AGO 2017

EXPEDIENTE

Odontologia Biológica ganha espaço em Minas

DIRETORIA/EFETIVOS

Presidente:Dr. Alberto Magno da Rocha SilvaConselheiro Secretário:Dr. Adilson Heringer de OliveiraTesoureiro:Dr. Raphael Castro MotaPresidente da Comissão de Tomada de Contas: Dr. Leonardo Rezende VilelaPresidente da Comissão de Ética: Dr. Carlos Alberto do Prado e Silva

12NOVO CONCEITO

Importância dos técnicos em prótese dentária

20MERCADO

Aumento das denúncias favorece ações

14FISCALIZAÇÃO

Dicas para montar um consultório

21EMPREENDIMENTO

Respostas para dúvidas dos profissionais

CRO-MG se reúne com autoridades para cobrar mudanças

2316CONSULTORIA JURÍDICAREIVINDICAÇÃO

SUPLENTES

Membro da Comissão de Tomada de Contas: Dr. Ranieri SpuriMembro da Comissão de Tomada de Contas: Dr. Jorge Ferreira RodriguesSecretária da Comissão de Ética: Dra. Marina Mendes MoreiraConselheiro Suplente: Dr. Ricardo SeverinoConselheiro Suplente: Dr. Ricardo Alves Corrêa

PRODUÇÃO

Assessoria de Comunicação CRO-MG: Assessora da Diretoria: Dra. Natália BomtempoGerente: Ricardo DivinoAssessora: Flávia Rodrigues Redação, edição, infográficos, diagramação e projetos gráfico e editorial: DUO Conteúdo e DesignEditora: Kátia MassimoEditor de Arte: Edmundo SerraJornalista: Aline PinheiroRevisora: Melissa Gonçalves Fotos: Samuel GêImpressão: Gráfica PluralTiragem: 49.700 exemplaresMG CONSELHO REGIONAL

DE ODONTOLOGIADE MINAS GERAIS

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SUMÁRIO

Rodrigo Couto, presidente da Câmara I de Ética

As possibilidades da Odontologia Hospitalar

6 8ENTREVISTA CAPA

Publicação trimestral oficial do Conselho Regional de Odontologia de Minas Gerais

Rua da Bahia, 1477LourdesCEP 30.160-017Belo Horizonte | MGTelefax: (31) [email protected]

Por dentro do CRO-MG18COLUNA

AGO 2017

Divulgação CRO-MG/Ricardo Divino

www.cromg.org.br

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3AGO 2017

EXPEDIENTE

Odontologia Biológica ganha espaço em Minas

DIRETORIA/EFETIVOS

Presidente:Dr. Alberto Magno da Rocha SilvaConselheiro Secretário:Dr. Adilson Heringer de OliveiraTesoureiro:Dr. Raphael Castro MotaPresidente da Comissão de Tomada de Contas: Dr. Leonardo Rezende VilelaPresidente da Comissão de Ética: Dr. Carlos Alberto do Prado e Silva

12NOVO CONCEITO

Importância dos técnicos em prótese dentária

20MERCADO

Aumento das denúncias favorece ações

14FISCALIZAÇÃO

Dicas para montar um consultório

21EMPREENDIMENTO

Respostas para dúvidas dos profissionais

CRO-MG se reúne com autoridades para cobrar mudanças

2316CONSULTORIA JURÍDICAREIVINDICAÇÃO

SUPLENTES

Membro da Comissão de Tomada de Contas: Dr. Ranieri SpuriMembro da Comissão de Tomada de Contas: Dr. Jorge Ferreira RodriguesSecretária da Comissão de Ética: Dra. Marina Mendes MoreiraConselheiro Suplente: Dr. Ricardo SeverinoConselheiro Suplente: Dr. Ricardo Alves Corrêa

PRODUÇÃO

Assessoria de Comunicação CRO-MG: Assessora da Diretoria: Dra. Natália BomtempoGerente: Ricardo DivinoAssessora: Flávia Rodrigues Redação, edição, infográficos, diagramação e projetos gráfico e editorial: DUO Conteúdo e DesignEditora: Kátia MassimoEditor de Arte: Edmundo SerraJornalista: Aline PinheiroRevisora: Melissa Gonçalves Fotos: Samuel GêImpressão: Gráfica PluralTiragem: 49.700 exemplaresMG CONSELHO REGIONAL

DE ODONTOLOGIADE MINAS GERAIS

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4

CARTA AO INSCRITO

As várias reivindicações que afligem a classe odontológica não nos permi-tem perder tempo. É preciso agir rápido para cobrar das autoridades com-petentes a atuação em questões que comprometem o pleno exercício profis-sional dos cirurgiões-dentistas, técnicos e auxiliares. Por isso, a meta do CRO-MG é empreender todos os esforços possíveis para avançar em algumas das nossas maiores lutas: novo Código de Ética Odontológica (CEO), regras justas nas negociações com os convênios odontológicos e remuneração digna para os profissionais das equipes de saúde bucal.

Com relação ao Código de Ética, a necessidade de ajustes não é de agora. A lei que rege a categoria data de 1966 e, portanto, a atuação profissional precisa ser vista à luz dos novos tempos. De lá até hoje, houve avanços nos procedimentos e resultados, o mercado tornou-se competitivo e instável e a relação com os clientes e a sociedade foi impactada pelas mídias sociais, entre outras mudanças. Há, portanto, urgência na adequação do CEO.

Da mesma forma, é imprescindível que a categoria seja tratada com o devido respeito e valorização profissional nas negociações junto aos planos de saúde. A legislação precisa mudar para que se estabeleça a volta da extinta Nota Técnica de Registro de Produtos (NTRP) para os planos odontológicos, assim como acontece com os procedimentos médicos. Hoje, os repasses dos planos não co-brem sequer os custos dos materiais utilizados pelos cirurgiões-dentistas.

Há disparidade, também, nos valores pagos pelas prefeituras para as equi-pes de saúde bucal, que correspondem a quase 1/3 do que recebem as equipes de Saúde da Família.

Esse abismo é consequência da desproporcionalidade dos repasses fede-rais para cada equipe, o que poderá ser corrigido pela elaboração de plano de carreira único para todos os profissionais da área de saúde.

Passou da hora de nossos gestores públicos entenderem que a saúde bucal é parte integrante da saúde como um todo. Os investimentos na área devem con-siderar fortemente programas de prevenção odontológica para a população em geral. Isso significa menos gastos no futuro e mais dignidade para todos.

O CRO-MG, como vocês poderão ver em matéria desta edição, já formali-zou a apresentação desses antigos pleitos ao executivo federal. Agora, a categoria precisa se unir não só para cobrar das autoridades, mas também para melhorar a nossa representatividade política, principalmente nos legis-lativos. Só assim teremos maior poder para modificar as leis que regem a odontologia e a saúde no brasil.

Com união e persistência, chegaremos lá!

Nossa luta é pela dignidade profissional

ALBERTO MAGNO DA ROCHA SILVAPresidente do CRO-MG

AGO 2017

CRO_NOTICIAS_235.indd 4 24/08/17 15:12

informações:[email protected]

(31) 2104-3011

Reserve esta data!

Solenidade de entrega do Mérito Odontológico

aos remidos do Conselho Regional de Odontologia

de Minas Gerais

MG

CRO_NOTICIAS_235.indd 5 24/08/17 15:13

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CARTA AO INSCRITO

As várias reivindicações que afligem a classe odontológica não nos permi-tem perder tempo. É preciso agir rápido para cobrar das autoridades com-petentes a atuação em questões que comprometem o pleno exercício profis-sional dos cirurgiões-dentistas, técnicos e auxiliares. Por isso, a meta do CRO-MG é empreender todos os esforços possíveis para avançar em algumas das nossas maiores lutas: novo Código de Ética Odontológica (CEO), regras justas nas negociações com os convênios odontológicos e remuneração digna para os profissionais das equipes de saúde bucal.

Com relação ao Código de Ética, a necessidade de ajustes não é de agora. A lei que rege a categoria data de 1966 e, portanto, a atuação profissional precisa ser vista à luz dos novos tempos. De lá até hoje, houve avanços nos procedimentos e resultados, o mercado tornou-se competitivo e instável e a relação com os clientes e a sociedade foi impactada pelas mídias sociais, entre outras mudanças. Há, portanto, urgência na adequação do CEO.

Da mesma forma, é imprescindível que a categoria seja tratada com o devido respeito e valorização profissional nas negociações junto aos planos de saúde. A legislação precisa mudar para que se estabeleça a volta da extinta Nota Técnica de Registro de Produtos (NTRP) para os planos odontológicos, assim como acontece com os procedimentos médicos. Hoje, os repasses dos planos não co-brem sequer os custos dos materiais utilizados pelos cirurgiões-dentistas.

Há disparidade, também, nos valores pagos pelas prefeituras para as equi-pes de saúde bucal, que correspondem a quase 1/3 do que recebem as equipes de Saúde da Família.

Esse abismo é consequência da desproporcionalidade dos repasses fede-rais para cada equipe, o que poderá ser corrigido pela elaboração de plano de carreira único para todos os profissionais da área de saúde.

Passou da hora de nossos gestores públicos entenderem que a saúde bucal é parte integrante da saúde como um todo. Os investimentos na área devem con-siderar fortemente programas de prevenção odontológica para a população em geral. Isso significa menos gastos no futuro e mais dignidade para todos.

O CRO-MG, como vocês poderão ver em matéria desta edição, já formali-zou a apresentação desses antigos pleitos ao executivo federal. Agora, a categoria precisa se unir não só para cobrar das autoridades, mas também para melhorar a nossa representatividade política, principalmente nos legis-lativos. Só assim teremos maior poder para modificar as leis que regem a odontologia e a saúde no brasil.

Com união e persistência, chegaremos lá!

Nossa luta é pela dignidade profissional

ALBERTO MAGNO DA ROCHA SILVAPresidente do CRO-MG

AGO 2017

CRO_NOTICIAS_235.indd 4 24/08/17 15:12

informações:[email protected]

(31) 2104-3011

Reserve esta data!

Solenidade de entrega do Mérito Odontológico

aos remidos do Conselho Regional de Odontologia

de Minas Gerais

MG

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ente. Hoje, a formação moral das pessoas está frágil e, quase sempre, delegada a escolas. O individualismo, o hedonismo e o utilitarismo vigo-ram e, moralmente, temos pessoas materialistas. Esses males estão contaminando a sociedade de ma-neira que alguns pensam não valer a pena cumprir o Código de Ética. É necessário que todas as universida-des reforcem disciplinas como a Odontologia Legal porque, por meio da consciência, o cometimento de faltas pode diminuir.

Por que é necessária uma atua- lização no Código?

A atualização, cada vez em pra-zos mais curtos, é necessária para atender à velocidade das mudanças dos princípios técnico-científicos, re-novados com incorporações de tec- nologias, novos materiais, equipa-mentos e instalações. Ou seja, o CEO precisa ser adequado à realidade. A revisão em andamento tem o propó-sito, por exemplo, de renovação e inclusão de inovações no que se re-fere aos anúncios, propagandas e publicidade, às auditorias e perícias odontológicas, ao relacionamento com o paciente e equipe de saúde, assim como aos aspectos ligados às adaptações à legislação vigente. O capítulo referente às pessoas jurídi-cas e suas responsabilidades, por exemplo, deve ser revisto à luz das alterações mais recentes do Código Civil. A propaganda irregular, o exer-cício ilegal e acobertamento do exercício profissional irregular da profissão deverão ter abordagem especial. Esperamos que a atualiza-ção traga, inclusive, proporciona- lidade nas penalidades para as infra-ções cometidas pelos profissionais. Hoje, em alguns casos, parece valer a pena cometer infrações.

Já houve outras adequações no passado?

Sim. Foram realizadas para facili-tar a supervisão e zelar pela ética da profissão, garantindo o prestígio e bom conceito do cirurgião-dentista. Em 1950, dirigentes de entidades da categoria elaboraram o primeiro Có- digo de Ética Odontológica. Na épo- ca, não existiam órgãos disciplinado-res destinados a fiscalizar. Ao longo do tempo, foram feitas diversas alte-rações. As últimas passaram a vigo- rar em 2012. As alterações ocorrem quando há mudanças da consciência

coletiva, da sociedade, e alterações técnicas, devido à evolução da ciên-cia, ou jurídicas. Houve um tempo, por exemplo, em que não era infra-ção ética deixar de usar luvas nos procedimentos.

Uma das questões atuais mais discutidas diz respeito à divul- gação do "antes e depois" dos tratamentos. Isso está em de- bate?

Sim, está em debate acalorado. É necessário haver um posicionamen- to e normatização mais específicos para norteamento das ações dos pro- fissionais. Boa parcela da população já incorporou o hábito de utilizar a rede para quase todo tipo de relacio-namento, inclusive entre os profissio- nais e seus pacientes. A dificuldade está em distinguir as divulgações ca-

bíveis aos profissionais da saúde que constituem atividade profissional li-beral autônoma − que devem ser adequadas para atender aos crité-rios técnico-científicos, jurídicos e éticos específicos − das cabíveis para a propaganda destinada à promoção de vendas de produtos do comér- cio, prestação de serviços de autôno-mos, indústria e outros. Alguns crité- rios vigentes no ordenamento atual podem ser adaptados, sim, mas de- vem manter as mesmas crenças e valores fundamentais, típicas das car- reiras de saúde, apenas traduzidos em novas linguagens. Há que se con-siderar, também, que não podemos arbitrar mudanças por nossa própria conta, muitas vezes sem o devido respaldo, cometendo infrações. As decisões de mudanças devem partir do universo coletivo, dos nossos pa- res, ou seja, da vontade da nossa classe.

Em que fase estão as discus- sões sobre as mudanças?

Estamos na fase de levantamen- to de necessidades e promoção das discussões. Já estão ocorrendo ricos debates da categoria conduzidos pe- los CROs e pelo Conselho Federal de Odontologia, por todos os meios, in- clusive pelas redes sociais. Espera- mos que, até o fim do ano, possa-mos finalizar os trabalhos da revisão atual, que deve ser aprovada por meio de nova Resolução do CFO.

O cirurgião-dentista que dese- jar ainda pode mandar suges- tões para o novo texto?

Sim, ainda há tempo para isso. Os profissionais devem se comuni-car com o Conselho, por meio dos ca- nais de comunicação, para encami-nhamento das sugestões ou partici- pação nos debates.

AgO 2017

“ As decisões de mudanças devem partir do universo coletivo”

CRO_NOTICIAS_235.indd 7 24/08/17 15:29

6

ENTREVISTA RODRIGO CAMARGOS COUTO

Doutor em Ciências da Saúde e professor do Centro Universitário Newton Paiva e da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, o cirurgião-dentista Rodrigo Ca-margos Couto está envolvido, até o fim do ano, com a atualização do Código de Ética Odontológica, cu-ja nova versão deve passar a vigo-rar a partir de 2018. Presidente da Câmara I de Instrução Ética do CRO-MG, ele explica que a neces-sidade dessa revisão parte de mudanças sociais, tecnológicas e jurídicas e, ainda, da importância de se pensar na coletividade.

Qual a importância do código de ética para os cirurgiões-dentistas e para a sociedade?

O objeto da ética profissional é sempre a busca do máximo benefí-cio ao bem comum. A existência e a aplicação do Código de Ética Odon-tológica são, a cada dia, mais neces-sárias, como forma de balizamento da conduta dos profissionais, ge-rando estruturação de uma cons-ciência moral, levando em conside-ração os princípios universais. O

Código visa contribuir para harmonizar o convívio social, promover a solidariedade, oferecer elementos essen-

ciais para as relações pre-sentes nas equipes de saúde, e dessas com os pacientes, levando em conta, inclusive, a har-monia com o meio ambi-

AgO 2017

“ O Código de Ética Odontológica (CEO) precisa ser adequado à realidade”

Presidente da Câmara I de Instrução Ética do CRO-Mg explica a importância de atualizar o CEO e estabelecer sanções que inibam a desvalorização da categoria

Edmundo Serra

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ente. Hoje, a formação moral das pessoas está frágil e, quase sempre, delegada a escolas. O individualismo, o hedonismo e o utilitarismo vigo-ram e, moralmente, temos pessoas materialistas. Esses males estão contaminando a sociedade de ma-neira que alguns pensam não valer a pena cumprir o Código de Ética. É necessário que todas as universida-des reforcem disciplinas como a Odontologia Legal porque, por meio da consciência, o cometimento de faltas pode diminuir.

Por que é necessária uma atua- lização no Código?

A atualização, cada vez em pra-zos mais curtos, é necessária para atender à velocidade das mudanças dos princípios técnico-científicos, re-novados com incorporações de tec- nologias, novos materiais, equipa-mentos e instalações. Ou seja, o CEO precisa ser adequado à realidade. A revisão em andamento tem o propó-sito, por exemplo, de renovação e inclusão de inovações no que se re-fere aos anúncios, propagandas e publicidade, às auditorias e perícias odontológicas, ao relacionamento com o paciente e equipe de saúde, assim como aos aspectos ligados às adaptações à legislação vigente. O capítulo referente às pessoas jurídi-cas e suas responsabilidades, por exemplo, deve ser revisto à luz das alterações mais recentes do Código Civil. A propaganda irregular, o exer-cício ilegal e acobertamento do exercício profissional irregular da profissão deverão ter abordagem especial. Esperamos que a atualiza-ção traga, inclusive, proporciona- lidade nas penalidades para as infra-ções cometidas pelos profissionais. Hoje, em alguns casos, parece valer a pena cometer infrações.

Já houve outras adequações no passado?

Sim. Foram realizadas para facili-tar a supervisão e zelar pela ética da profissão, garantindo o prestígio e bom conceito do cirurgião-dentista. Em 1950, dirigentes de entidades da categoria elaboraram o primeiro Có- digo de Ética Odontológica. Na épo- ca, não existiam órgãos disciplinado-res destinados a fiscalizar. Ao longo do tempo, foram feitas diversas alte-rações. As últimas passaram a vigo- rar em 2012. As alterações ocorrem quando há mudanças da consciência

coletiva, da sociedade, e alterações técnicas, devido à evolução da ciên-cia, ou jurídicas. Houve um tempo, por exemplo, em que não era infra-ção ética deixar de usar luvas nos procedimentos.

Uma das questões atuais mais discutidas diz respeito à divul- gação do "antes e depois" dos tratamentos. Isso está em de- bate?

Sim, está em debate acalorado. É necessário haver um posicionamen- to e normatização mais específicos para norteamento das ações dos pro- fissionais. Boa parcela da população já incorporou o hábito de utilizar a rede para quase todo tipo de relacio-namento, inclusive entre os profissio- nais e seus pacientes. A dificuldade está em distinguir as divulgações ca-

bíveis aos profissionais da saúde que constituem atividade profissional li-beral autônoma − que devem ser adequadas para atender aos crité-rios técnico-científicos, jurídicos e éticos específicos − das cabíveis para a propaganda destinada à promoção de vendas de produtos do comér- cio, prestação de serviços de autôno-mos, indústria e outros. Alguns crité- rios vigentes no ordenamento atual podem ser adaptados, sim, mas de- vem manter as mesmas crenças e valores fundamentais, típicas das car- reiras de saúde, apenas traduzidos em novas linguagens. Há que se con-siderar, também, que não podemos arbitrar mudanças por nossa própria conta, muitas vezes sem o devido respaldo, cometendo infrações. As decisões de mudanças devem partir do universo coletivo, dos nossos pa- res, ou seja, da vontade da nossa classe.

Em que fase estão as discus- sões sobre as mudanças?

Estamos na fase de levantamen- to de necessidades e promoção das discussões. Já estão ocorrendo ricos debates da categoria conduzidos pe- los CROs e pelo Conselho Federal de Odontologia, por todos os meios, in- clusive pelas redes sociais. Espera- mos que, até o fim do ano, possa-mos finalizar os trabalhos da revisão atual, que deve ser aprovada por meio de nova Resolução do CFO.

O cirurgião-dentista que dese- jar ainda pode mandar suges- tões para o novo texto?

Sim, ainda há tempo para isso. Os profissionais devem se comuni-car com o Conselho, por meio dos ca- nais de comunicação, para encami-nhamento das sugestões ou partici- pação nos debates.

AgO 2017

“ As decisões de mudanças devem partir do universo coletivo”

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ENTREVISTA RODRIGO CAMARGOS COUTO

Doutor em Ciências da Saúde e professor do Centro Universitário Newton Paiva e da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, o cirurgião-dentista Rodrigo Ca-margos Couto está envolvido, até o fim do ano, com a atualização do Código de Ética Odontológica, cu-ja nova versão deve passar a vigo-rar a partir de 2018. Presidente da Câmara I de Instrução Ética do CRO-MG, ele explica que a neces-sidade dessa revisão parte de mudanças sociais, tecnológicas e jurídicas e, ainda, da importância de se pensar na coletividade.

Qual a importância do código de ética para os cirurgiões-dentistas e para a sociedade?

O objeto da ética profissional é sempre a busca do máximo benefí-cio ao bem comum. A existência e a aplicação do Código de Ética Odon-tológica são, a cada dia, mais neces-sárias, como forma de balizamento da conduta dos profissionais, ge-rando estruturação de uma cons-ciência moral, levando em conside-ração os princípios universais. O

Código visa contribuir para harmonizar o convívio social, promover a solidariedade, oferecer elementos essen-

ciais para as relações pre-sentes nas equipes de saúde, e dessas com os pacientes, levando em conta, inclusive, a har-monia com o meio ambi-

AgO 2017

“ O Código de Ética Odontológica (CEO) precisa ser adequado à realidade”

Presidente da Câmara I de Instrução Ética do CRO-Mg explica a importância de atualizar o CEO e estabelecer sanções que inibam a desvalorização da categoria

Edmundo Serra

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8

ContribuiçãoindispensávelResultados positivos dos tratamentos odontológicos no leito motivam profissionais e já geram reconhecimento

A presença do cirurgião-dentista no ambiente hospitalar tem sido, cada vez mais, considerada de funda-mental importância no tratamento, por possibilitar diversos benefícios ao paciente internado, especialmente em UTIs. Além de proporcionar bem--estar, procedimentos simples podem prevenir o risco de infecções e reduzir o tempo de internação.

“Muitas pessoas viam como luxo um cirurgião-dentista no hospital. Mas, hoje, percebo que os médicos estão mais conscientes da importân-cia do nosso trabalho”, afirma a cirurgiã-dentista Tatiana Bretas, que atua há quatro anos na equipe do Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Municipal Odilon Behrens (HOB), cuja capacidade é de 40 leitos.

“Tínhamos muita dificuldade no atendimento antes da vinda da Ta-tiana. Ela, atuando no dia-a-dia, con-segue fazer a avaliação de cada caso e, se necessário, já executar o proce-dimento rapidamente”, diz o coor-denador médico do CTI do Odilon Behrens, Roberto Sidney. “Houve, por exemplo, redução de quadros de pneumonia, que eram comuns”.

Os pacientes do Odilon Behrens são todos oriundos do Sistema Único de Saúde. Alguns são carentes e sem condições anteriores de frequentar um especialista em saúde bucal. Essa realidade, que se repete em outros

CAPA ODONTOLOGIA HOSPITALAR

Samuel gê

AgO 2017

O médico Roberto Sidney, coordenador do CTI do Odilon Behrens, com a cirurgiã--dentista Tatiana Bretas, que integra a equipe: “Com o atendimento odontológico houve redução nos quadros de pneumonia”, diz o médico

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9

hospitais, torna o campo de atuação amplo e diverso.

“Há muita demanda por extração, doenças periodontais, abcessos den-tários. No geral, são problemas an-teriores à internação, mas que nunca foram tratados”, explica Tatiana. Ela observa, porém, que o objetivo pri-

mordial do trabalho é evitar ou tratar infecções, e não o de realizar, no leito, um tratamento odontológico com-pleto. O paciente, porém, é orientado a fazer isso depois da recuperação.

Por tudo isso, Tatiana considera a odontologia hospitalar muito motiva-dora. “É interessante, porque consigo

descobrir o que os médicos não con-seguem, como um foco de in-fecção na boca”, diz. “A equipe do CTI sempre me informa que houve me-lhora no controle da infecção e que o tempo médio de internação dos pa-cientes reduziu. Esse é o resultado que queremos. É muito positivo.”

COMO SE HABILITAR

Fonte: CFO

Veja o que é preciso para obter o registro em odontologia hospitalar(Conforme resolução CFO 162/2015)

AgO 2017

O curso deverá ter mínimo de 350 horas, sendo 30% de prática e 70% teórica,

com máximo de 30 alunos em cada sala

São disciplinas básicas do curso: Rotina

Hospitalar; Propedêutica Clínica e BLS

(Basic Life Support)

Necessário realizar habilitação em

Odontologia Hospitalar

Ao término de cada curso, além da avaliação teórica,

o aluno deverá ser aprovado também em uma avaliação prática

O profissional deverá solicitar registro para atuação na área

também no Conselho Regional de Odontologia onde possui

inscrição principal

O profissional só poderá requerer o seu registro

mediante apresentação do certificado de

conclusão do curso

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ContribuiçãoindispensávelResultados positivos dos tratamentos odontológicos no leito motivam profissionais e já geram reconhecimento

A presença do cirurgião-dentista no ambiente hospitalar tem sido, cada vez mais, considerada de funda-mental importância no tratamento, por possibilitar diversos benefícios ao paciente internado, especialmente em UTIs. Além de proporcionar bem--estar, procedimentos simples podem prevenir o risco de infecções e reduzir o tempo de internação.

“Muitas pessoas viam como luxo um cirurgião-dentista no hospital. Mas, hoje, percebo que os médicos estão mais conscientes da importân-cia do nosso trabalho”, afirma a cirurgiã-dentista Tatiana Bretas, que atua há quatro anos na equipe do Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Municipal Odilon Behrens (HOB), cuja capacidade é de 40 leitos.

“Tínhamos muita dificuldade no atendimento antes da vinda da Ta-tiana. Ela, atuando no dia-a-dia, con-segue fazer a avaliação de cada caso e, se necessário, já executar o proce-dimento rapidamente”, diz o coor-denador médico do CTI do Odilon Behrens, Roberto Sidney. “Houve, por exemplo, redução de quadros de pneumonia, que eram comuns”.

Os pacientes do Odilon Behrens são todos oriundos do Sistema Único de Saúde. Alguns são carentes e sem condições anteriores de frequentar um especialista em saúde bucal. Essa realidade, que se repete em outros

CAPA ODONTOLOGIA HOSPITALAR

Samuel gê

AgO 2017

O médico Roberto Sidney, coordenador do CTI do Odilon Behrens, com a cirurgiã--dentista Tatiana Bretas, que integra a equipe: “Com o atendimento odontológico houve redução nos quadros de pneumonia”, diz o médico

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hospitais, torna o campo de atuação amplo e diverso.

“Há muita demanda por extração, doenças periodontais, abcessos den-tários. No geral, são problemas an-teriores à internação, mas que nunca foram tratados”, explica Tatiana. Ela observa, porém, que o objetivo pri-

mordial do trabalho é evitar ou tratar infecções, e não o de realizar, no leito, um tratamento odontológico com-pleto. O paciente, porém, é orientado a fazer isso depois da recuperação.

Por tudo isso, Tatiana considera a odontologia hospitalar muito motiva-dora. “É interessante, porque consigo

descobrir o que os médicos não con-seguem, como um foco de in-fecção na boca”, diz. “A equipe do CTI sempre me informa que houve me-lhora no controle da infecção e que o tempo médio de internação dos pa-cientes reduziu. Esse é o resultado que queremos. É muito positivo.”

COMO SE HABILITAR

Fonte: CFO

Veja o que é preciso para obter o registro em odontologia hospitalar(Conforme resolução CFO 162/2015)

AgO 2017

O curso deverá ter mínimo de 350 horas, sendo 30% de prática e 70% teórica,

com máximo de 30 alunos em cada sala

São disciplinas básicas do curso: Rotina

Hospitalar; Propedêutica Clínica e BLS

(Basic Life Support)

Necessário realizar habilitação em

Odontologia Hospitalar

Ao término de cada curso, além da avaliação teórica,

o aluno deverá ser aprovado também em uma avaliação prática

O profissional deverá solicitar registro para atuação na área

também no Conselho Regional de Odontologia onde possui

inscrição principal

O profissional só poderá requerer o seu registro

mediante apresentação do certificado de

conclusão do curso

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10 ago 2017

capa odontologia hospitalar

Comissão do CRO-MG trabalha para melhorar condições

a Comissão de odontologia Hos- pitalar do CRo-Mg tem trabalhado para conseguir melhorar as condi-ções dos cirurgiões-dentistas que atuam em hospitais e, consequente-mente, os resultados para a popula- ção. Uma das principais ações é a di-vulgação da importância desse aten- dimento para pacientes com quadros diversos, como os oncológicos, os pré-cirúrgicos ou em UTIs.

outra proposta é focada na capa-citação do profissional, a começar pe- la graduação, com a inserção de dis-ciplinas sobre o tema na grade cur- ricular. “Mas, claro, o ideal é que ele busque o conhecimento completo, com cursos que associem teoria e prá- tica”, diz alessandra Figueiredo, presi- dente da Comissão. “o ambiente hos- pitalar não é fácil: é preciso entrar com muito conhecimento, pois não há es-paço para errar”, completa amanda Leal, integrante da Comissão.

as discussões do grupo também envolvem a legislação. Há um pro-jeto de lei na Câmara dos Deputados, cujo objetivo é garantir a assistência odontológica obrigatória em todos os hospitais; porém, ele esbarra em questões financeiras. Paralelamente, alguns municípios de Minas têm criado leis específicas. Em BH, tam-bém há um projeto na Câmara Muni- cipal. Enquanto isso, estabelecimen-tos como o Hospital das Clínicas, Hos- pital Luxemburgo e Santa Casa já aderiram à inciativa.

“o cuidado com a saúde bucal dentro do hospital, em geral, é negli-genciado, como se a boca não fizesse parte do paciente. Quando há a im-plantação da equipe odontológica, é

Membros da comissão de odontologia hospitalar do cro-Mg: renata gonçalves de resende , amanda leal rocha, thiago Martins de Mourae alessandra Figueiredo de souza (presidente)

possível observar a melhoria na qua-lidade de vida do paciente e um re- torno financeiro para o hospital, por-que com técnicas de custo baixo con- seguimos reduzir infecções, uso de antibióticos e tempo de internação”, explica amanda.

alessandra chama a atenção para a necessidade de que os resultados sejam registrados pelos profissionais em textos de divulgação científica. “É por meio dessa base que vamos co-meçar a mostrar para a sociedade a importância real de se inserir profis-sionais da odontologia nas equipes hospitalares”, comenta.

Recentemente, ela foi convidada a integrar o grupo de Trabalho do Mi- nistério da Saúde sobre o tema, cria- do com a finalidade de propor ações e estratégias sobre a odontologia Hospitalar no âmbito do Sistema Único de Saúde. o grupo foi instituí-

do pelo Departamento de atenção Básica do governo Federal.

o convite foi feito pela integrante do Conselho Federal de odontologia e do grupo, Jacqueline Webster, do Rio grande do Sul. “Já conhecia ales- sandra pela sua atuação em Minas. Essas diretrizes que vamos sistema-tizar são muito importantes. aguar- damos por isso há pelo menos dez anos. Elas vão embasar credencia-mentos, financiamentos dos progra- mas de governo, serviços, etc.”, expli- ca Jaqueline.

a equipe irá elaborar uma pro-posta a ser entregue ao Ministério da Saúde até janeiro, além de subsi-diá-lo para decisões relacionadas. os parâmetros visam fortalecer o campo, que está em expansão. “Isso vai facilitar a inserção e consolida-ção do cirurgião-dentista em hos- pitais”, diz.

Samuel gê

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10 ago 2017

capa odontologia hospitalar

Comissão do CRO-MG trabalha para melhorar condições

a Comissão de odontologia Hos- pitalar do CRo-Mg tem trabalhado para conseguir melhorar as condi-ções dos cirurgiões-dentistas que atuam em hospitais e, consequente-mente, os resultados para a popula- ção. Uma das principais ações é a di-vulgação da importância desse aten- dimento para pacientes com quadros diversos, como os oncológicos, os pré-cirúrgicos ou em UTIs.

outra proposta é focada na capa-citação do profissional, a começar pe- la graduação, com a inserção de dis-ciplinas sobre o tema na grade cur- ricular. “Mas, claro, o ideal é que ele busque o conhecimento completo, com cursos que associem teoria e prá- tica”, diz alessandra Figueiredo, presi- dente da Comissão. “o ambiente hos- pitalar não é fácil: é preciso entrar com muito conhecimento, pois não há es-paço para errar”, completa amanda Leal, integrante da Comissão.

as discussões do grupo também envolvem a legislação. Há um pro-jeto de lei na Câmara dos Deputados, cujo objetivo é garantir a assistência odontológica obrigatória em todos os hospitais; porém, ele esbarra em questões financeiras. Paralelamente, alguns municípios de Minas têm criado leis específicas. Em BH, tam-bém há um projeto na Câmara Muni- cipal. Enquanto isso, estabelecimen-tos como o Hospital das Clínicas, Hos- pital Luxemburgo e Santa Casa já aderiram à inciativa.

“o cuidado com a saúde bucal dentro do hospital, em geral, é negli-genciado, como se a boca não fizesse parte do paciente. Quando há a im-plantação da equipe odontológica, é

Membros da comissão de odontologia hospitalar do cro-Mg: renata gonçalves de resende , amanda leal rocha, thiago Martins de Mourae alessandra Figueiredo de souza (presidente)

possível observar a melhoria na qua-lidade de vida do paciente e um re- torno financeiro para o hospital, por-que com técnicas de custo baixo con- seguimos reduzir infecções, uso de antibióticos e tempo de internação”, explica amanda.

alessandra chama a atenção para a necessidade de que os resultados sejam registrados pelos profissionais em textos de divulgação científica. “É por meio dessa base que vamos co-meçar a mostrar para a sociedade a importância real de se inserir profis-sionais da odontologia nas equipes hospitalares”, comenta.

Recentemente, ela foi convidada a integrar o grupo de Trabalho do Mi- nistério da Saúde sobre o tema, cria- do com a finalidade de propor ações e estratégias sobre a odontologia Hospitalar no âmbito do Sistema Único de Saúde. o grupo foi instituí-

do pelo Departamento de atenção Básica do governo Federal.

o convite foi feito pela integrante do Conselho Federal de odontologia e do grupo, Jacqueline Webster, do Rio grande do Sul. “Já conhecia ales- sandra pela sua atuação em Minas. Essas diretrizes que vamos sistema-tizar são muito importantes. aguar- damos por isso há pelo menos dez anos. Elas vão embasar credencia-mentos, financiamentos dos progra- mas de governo, serviços, etc.”, expli- ca Jaqueline.

a equipe irá elaborar uma pro-posta a ser entregue ao Ministério da Saúde até janeiro, além de subsi-diá-lo para decisões relacionadas. os parâmetros visam fortalecer o campo, que está em expansão. “Isso vai facilitar a inserção e consolida-ção do cirurgião-dentista em hos- pitais”, diz.

Samuel gê

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12

inovação conceito

Visão global de saúdeMenos invasiva, odontologia biológica começa a ganhar espaço em Minas

Uma área nova e, por isso mes- mo, ainda pouco conhecida por al-guns profissionais, mas que pode ser a alternativa para oferecer trata-mentos menos invasivos, menos tóxicos e individualizados. Trata-se da odontologia biológica ou integra-tiva, uma proposta que considera o paciente como um todo e leva em conta os fatores internos e ambien-tais que interferem na saúde.

A médica Sarina Occhipinti, do Instituto Sari, foi pioneira em Belo Horizonte ao adotar o conceito de cuidado integral e passou a atuar em parceria com profissionais de diver-sas áreas, como nutricionistas, psi- cólogos e cirurgiões-dentistas. Po- rém, apenas recentemente tem con-seguido parceiros da odontologia em Minas. “Precisava mandar meus pa-cientes para São Paulo”, conta.

Mas o que essa proposta apre-senta de diferente, especificamente na odontologia? A alteração na for- ma como alguns procedimentos são realizados e a utilização de materiais biocompatíveis. Retiradas de amál-gamas, por exemplo, consideram o risco de contaminação pelo produto e, por isso, são realizadas da forma mais segura. Segundo a médica, pa- ra esse procedimento é fundamen-tal que o cirurgião-dentista se preo- cupe tanto com a sua proteção quan-

a médica Sarina occhipinti e o cirurgião-dentista Guilherme Martinez trabalham em parceria e optam por materiais biocompatíveis

to com a do paciente. “Há testes que mostram que a contaminação com mercúrio é irreversível, mas se o pro-fissional usar todos os equipamentos de segurança, além de aspirador e oxigênio líquido, isso reduz os ris-cos”, explica Sarina.

“A contaminação não traz, em geral, patologias imediatas ou riscos graves. Mas pesquisas científicas têm demonstrado que o acúmulo de

mercúrio no corpo tem vários efei-tos, como o envelhecimento pre- coce”, explica o cirurgião-dentista mineiro Guilherme Martinez. “Hoje, temos pacientes que se preocupam com longevidade, com quantidade de cortisol no corpo, com a diminui-ção de radicais livres. Para eles, a possibilidade de haver contamina-ção incomoda. Então, o novo campo é ideal.”

Samuel Gê

AGO 2017

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Saúde integral

Conheça os diferenciais da odontologia biológica

Martinez está há oito meses de-senvolvendo seu trabalho na odon- tologia biológica, depois de ter feito cursos e estágios, e recebe muitos pacientes direcionados por médicos. “Tenho feito, por exemplo, aplicação do laser de baixa potência (ILIB) na artéria radial para diminuição de radi-cais livres. Outros procedimentos possíveis são as infusões do IPRF e do LPRF, que favorecem o pós-operató-rio cirúrgico. Nesses casos, coleta-se sangue do paciente e o centrifuga de diferentes formas, gerando uma membrana (LPRF) ou um gel (IPRF). O gel ajuda na cicatrização e recupe-ração em casos de terapia com implantes ou extrações dentárias”, diz Martinez.

Sarina elogia essa nova aborda-gem nos tratamentos. “O trabalho do cirurgião-dentista não se restrin-

ge à boca, e na odontologia biológica ele vai ter uma visão sistêmica do corpo. Além disso, é menos invasiva em várias situações, como quando se opta por ozônio e laser no lugar de antibióticos para criar um ambiente estéril na boca. É o futuro”, afirma.

Ela explica que já fez indicações de tratamentos odontológicos para pessoas com quadros bem diferen-tes: dos que buscam emagrecer a pacientes oncológicos. “Como vou fazer uma indicação de modulação hormonal, se o paciente está intoxi-cado por materiais que estão na boca? Ou se a pessoa está com foco dentário infeccioso, isso causa dese-quilíbrio e pode contribuir para re- sultados insatisfatórios no emagre-cimento. Após o tratamento pelo cirurgião-dentista, vejo melhoras imediatas”, diz a médica.

w A saúde é vista de maneira integral

w Os tratamentos são integrados entre médicos, cirurgiões- -dentistas, nutricionistas e outros profissionais

w Os produtos utilizados são biocompatíveis

w As técnicas são similares as da odontologia regular, porém realizadas de forma menos tóxica, invasiva e mais segura

w Procedimentos como retiradas de amálgamas, por exemplo, tem objetivo de evitar a contaminação por mercúrio a e reduzir a reduzir a produção de radicais livres

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inovação conceito

Visão global de saúdeMenos invasiva, odontologia biológica começa a ganhar espaço em Minas

Uma área nova e, por isso mes- mo, ainda pouco conhecida por al-guns profissionais, mas que pode ser a alternativa para oferecer trata-mentos menos invasivos, menos tóxicos e individualizados. Trata-se da odontologia biológica ou integra-tiva, uma proposta que considera o paciente como um todo e leva em conta os fatores internos e ambien-tais que interferem na saúde.

A médica Sarina Occhipinti, do Instituto Sari, foi pioneira em Belo Horizonte ao adotar o conceito de cuidado integral e passou a atuar em parceria com profissionais de diver-sas áreas, como nutricionistas, psi- cólogos e cirurgiões-dentistas. Po- rém, apenas recentemente tem con-seguido parceiros da odontologia em Minas. “Precisava mandar meus pa-cientes para São Paulo”, conta.

Mas o que essa proposta apre-senta de diferente, especificamente na odontologia? A alteração na for- ma como alguns procedimentos são realizados e a utilização de materiais biocompatíveis. Retiradas de amál-gamas, por exemplo, consideram o risco de contaminação pelo produto e, por isso, são realizadas da forma mais segura. Segundo a médica, pa- ra esse procedimento é fundamen-tal que o cirurgião-dentista se preo- cupe tanto com a sua proteção quan-

a médica Sarina occhipinti e o cirurgião-dentista Guilherme Martinez trabalham em parceria e optam por materiais biocompatíveis

to com a do paciente. “Há testes que mostram que a contaminação com mercúrio é irreversível, mas se o pro-fissional usar todos os equipamentos de segurança, além de aspirador e oxigênio líquido, isso reduz os ris-cos”, explica Sarina.

“A contaminação não traz, em geral, patologias imediatas ou riscos graves. Mas pesquisas científicas têm demonstrado que o acúmulo de

mercúrio no corpo tem vários efei-tos, como o envelhecimento pre- coce”, explica o cirurgião-dentista mineiro Guilherme Martinez. “Hoje, temos pacientes que se preocupam com longevidade, com quantidade de cortisol no corpo, com a diminui-ção de radicais livres. Para eles, a possibilidade de haver contamina-ção incomoda. Então, o novo campo é ideal.”

Samuel Gê

AGO 2017

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Saúde integral

Conheça os diferenciais da odontologia biológica

Martinez está há oito meses de-senvolvendo seu trabalho na odon- tologia biológica, depois de ter feito cursos e estágios, e recebe muitos pacientes direcionados por médicos. “Tenho feito, por exemplo, aplicação do laser de baixa potência (ILIB) na artéria radial para diminuição de radi-cais livres. Outros procedimentos possíveis são as infusões do IPRF e do LPRF, que favorecem o pós-operató-rio cirúrgico. Nesses casos, coleta-se sangue do paciente e o centrifuga de diferentes formas, gerando uma membrana (LPRF) ou um gel (IPRF). O gel ajuda na cicatrização e recupe-ração em casos de terapia com implantes ou extrações dentárias”, diz Martinez.

Sarina elogia essa nova aborda-gem nos tratamentos. “O trabalho do cirurgião-dentista não se restrin-

ge à boca, e na odontologia biológica ele vai ter uma visão sistêmica do corpo. Além disso, é menos invasiva em várias situações, como quando se opta por ozônio e laser no lugar de antibióticos para criar um ambiente estéril na boca. É o futuro”, afirma.

Ela explica que já fez indicações de tratamentos odontológicos para pessoas com quadros bem diferen-tes: dos que buscam emagrecer a pacientes oncológicos. “Como vou fazer uma indicação de modulação hormonal, se o paciente está intoxi-cado por materiais que estão na boca? Ou se a pessoa está com foco dentário infeccioso, isso causa dese-quilíbrio e pode contribuir para re- sultados insatisfatórios no emagre-cimento. Após o tratamento pelo cirurgião-dentista, vejo melhoras imediatas”, diz a médica.

w A saúde é vista de maneira integral

w Os tratamentos são integrados entre médicos, cirurgiões- -dentistas, nutricionistas e outros profissionais

w Os produtos utilizados são biocompatíveis

w As técnicas são similares as da odontologia regular, porém realizadas de forma menos tóxica, invasiva e mais segura

w Procedimentos como retiradas de amálgamas, por exemplo, tem objetivo de evitar a contaminação por mercúrio a e reduzir a reduzir a produção de radicais livres

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Graças à mu-dança na estra- tégia de fiscali-zação, que agora prioriza denún-cias de irregula- ridades que fe- rem o Código de Ética Odontológica, o CRO-MG tem conseguido promo-ver ações mais pontuais e eficazes. O aumento no número de denúncias, que cresceu 70% nos últimos dois anos, e o trabalho em parceria com instituições como Ministério Público, prefeituras e Vigilância Sanitária con-tribuíram para um balanço positivo, especialmente em relação à gravi-dade das infrações identificadas, desde abril.

Entre os casos levantados desta-cam-se os de exercício ilegal da profissão. Em um deles, no bairro Jaqueline, região Norte de Belo Horizonte, o CRO-MG flagrou um homem sem formação acadêmica

14

denúnciasfiscalização

Engajamento melhora eficáciaAumento no número de denúncias tem ajudado o CRO-MG a promover ações mais pontuais de fiscalização e identificar graves irregularidades

saiba como procEdErConheça as principais irregularidades e como elas podem ser denunciadas ao CRO-MG com total sigilo

o que denunciar

como denunciar

exercício ilegal da profissão

Propagandas com preços e promoções

Publicidade no estilo “antes e depois”

falta de inscrição no cro-mG

condições de higiene e limpeza do lugar (atuação junto à Vigilância sanitária)

Pelo site: www.cromg.org.br

acionando o perfil alferes Tiradentes no www.facebook.com/fiscalvirtualcromge/ou via chatbot do facebook do cro-mG: www.facebook.com/cromg

Via e-mail: [email protected]

Pessoalmente, nas delegacias regionais de 14 cidades, ou na sede do cro-mG (rua da Bahia, 1.477, lourdes, BH)

AGO 2017

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atendendo a pacientes. Ele foi deti- do pela polícia. No bairro de Lourdes, região Centro-Sul, foi identificada uma técnica em saúde bucal atuan- do como cirurgiã-dentista. “Nos ca- sos de acobertamento, o responsá-vel técnico da clínica também res- ponderá no processo ético”, explica o supervisor de fiscalização do CRO- MG, Alisson Pires. Atualmente, o se- tor monitora outros 50 casos suspei-tos.

Já em Divinópolis, no Oeste mi-neiro, a ação do setor de fiscalização focou clínicas que faziam panfleta-gem e propaganda irregular. “Todos

esses casos nos chegaram via de-núncias”, afirma Alisson. “Graças a isso, estamos conseguindo êxitos.”

Para garantir maior eficácia nas ações, houve, também, reestrutura-ção de tarefas e processos. Houve redistribuição de funções entre os fiscais e otimização das saídas para verificação de denúncias, principal-mente no interior. “Quando o fiscal vai a uma clínica cumprir uma tarefa, aproveita e verifica outros casos na região”, diz o supervisor. “Não tem sentido enviá-lo a uma distância de 300 km apenas para entregar uma notificação, por exemplo”, diz Alis-

son. Um mutirão interno vai possibi-litar, ainda, que sejam concluídos processos antigos, até mesmo de 2013.

Os denunciantes que querem a- companhar o processo gerado a par- tir de suas informações podem fazê--lo, mas, nestes casos, a denúncia deixa de ser anônima. Independen- temente do modelo, o CRO-MG tem se empenhado para dar retorno a to- dos. “No caso dos que preferem manter o anonimato, informamos se a questão foi ou não acatada. Não podemos dar detalhes, pois o proces- so corre em sigilo”, explica Alisson.

Processos acumulados desde 2013 foram retomados e a expectativa é de que sejam concluidos com agilidade, graças a um mutirão

Divulgação CRO-MG/Ricardo Divino

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Graças à mu-dança na estra- tégia de fiscali-zação, que agora prioriza denún-cias de irregula- ridades que fe- rem o Código de Ética Odontológica, o CRO-MG tem conseguido promo-ver ações mais pontuais e eficazes. O aumento no número de denúncias, que cresceu 70% nos últimos dois anos, e o trabalho em parceria com instituições como Ministério Público, prefeituras e Vigilância Sanitária con-tribuíram para um balanço positivo, especialmente em relação à gravi-dade das infrações identificadas, desde abril.

Entre os casos levantados desta-cam-se os de exercício ilegal da profissão. Em um deles, no bairro Jaqueline, região Norte de Belo Horizonte, o CRO-MG flagrou um homem sem formação acadêmica

14

denúnciasfiscalização

Engajamento melhora eficáciaAumento no número de denúncias tem ajudado o CRO-MG a promover ações mais pontuais de fiscalização e identificar graves irregularidades

saiba como procEdErConheça as principais irregularidades e como elas podem ser denunciadas ao CRO-MG com total sigilo

o que denunciar

como denunciar

exercício ilegal da profissão

Propagandas com preços e promoções

Publicidade no estilo “antes e depois”

falta de inscrição no cro-mG

condições de higiene e limpeza do lugar (atuação junto à Vigilância sanitária)

Pelo site: www.cromg.org.br

acionando o perfil alferes Tiradentes no www.facebook.com/fiscalvirtualcromge/ou via chatbot do facebook do cro-mG: www.facebook.com/cromg

Via e-mail: [email protected]

Pessoalmente, nas delegacias regionais de 14 cidades, ou na sede do cro-mG (rua da Bahia, 1.477, lourdes, BH)

AGO 2017

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atendendo a pacientes. Ele foi deti- do pela polícia. No bairro de Lourdes, região Centro-Sul, foi identificada uma técnica em saúde bucal atuan- do como cirurgiã-dentista. “Nos ca- sos de acobertamento, o responsá-vel técnico da clínica também res- ponderá no processo ético”, explica o supervisor de fiscalização do CRO- MG, Alisson Pires. Atualmente, o se- tor monitora outros 50 casos suspei-tos.

Já em Divinópolis, no Oeste mi-neiro, a ação do setor de fiscalização focou clínicas que faziam panfleta-gem e propaganda irregular. “Todos

esses casos nos chegaram via de-núncias”, afirma Alisson. “Graças a isso, estamos conseguindo êxitos.”

Para garantir maior eficácia nas ações, houve, também, reestrutura-ção de tarefas e processos. Houve redistribuição de funções entre os fiscais e otimização das saídas para verificação de denúncias, principal-mente no interior. “Quando o fiscal vai a uma clínica cumprir uma tarefa, aproveita e verifica outros casos na região”, diz o supervisor. “Não tem sentido enviá-lo a uma distância de 300 km apenas para entregar uma notificação, por exemplo”, diz Alis-

son. Um mutirão interno vai possibi-litar, ainda, que sejam concluídos processos antigos, até mesmo de 2013.

Os denunciantes que querem a- companhar o processo gerado a par- tir de suas informações podem fazê--lo, mas, nestes casos, a denúncia deixa de ser anônima. Independen- temente do modelo, o CRO-MG tem se empenhado para dar retorno a to- dos. “No caso dos que preferem manter o anonimato, informamos se a questão foi ou não acatada. Não podemos dar detalhes, pois o proces- so corre em sigilo”, explica Alisson.

Processos acumulados desde 2013 foram retomados e a expectativa é de que sejam concluidos com agilidade, graças a um mutirão

Divulgação CRO-MG/Ricardo Divino

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16 ago 2017

Pela defesa daremuneração justaCRo-Mg reivindicou junto a autoridades mudanças nos pagamentos feitos por planos odontológicos e prefeituras

Com o propósito de valorizar e fortalecer os profissionais da odon-tologia e, como consequência, be- neficiar os pacientes e a sociedade como um todo, o Conselho Regional de odontologia de Minas gerais es- tá trabalhando em questões que considera estratégicas para a cate-goria e, portanto, necessitam de soluções urgentes.

No dia 20 de julho, a diretoria da instituição esteve em Brasília e co-brou do Ministério da Saúde posicio- namento em relação aos baixos re-passes feitos pelos planos odontoló- gicos aos profissionais da área, tema que é o foco da Comissão de Convê- nios e Credenciamentos. outra ques-tão abordada foi a necessidade de equiparação dos valores pagos com base no Piso de atenção Básica Va- riável para as equipes de Saúde da Família e de Saúde Bucal.

o presidente do CRo-Mg, alber- to Magno da Rocha Silva, solicitou apoio para a causa diretamente ao ministro da Saúde, Ricardo Barros, para que se estabeleça a exigência da Nota Técnica de Registro de Produtos para os planos odontológicos, como parâmetro para estimativa de custos. a obrigatoriedade do documento foi extinta, em 2005, pela agência Na- cional de Saúde Suplementar.

Com isso, o cirurgião-dentista fi- cou sem parâmetros concretos para questionar os valores recebidos – al- go que não ocorre nos planos médi-

ação representativa

cos –, uma vez que as empresas ficaram livres para delimitar, sem jus-tificativas, valores repassados aos profissionais. Em muitas situações, os repasses não cobrem sequer os custos dos procedimentos.

No dia 21, o presidente do CRo- Mg já havia se reunido, no Rio de Ja- neiro, com a diretora-adjunta de Nor- mas e Habilitação dos Produtos da agência Nacional de Saúde Suple- mentar, Carla de Figueiredo, para protocolar ofício com as reivindica-ções da categoria a respeito dos con- vênios. outra reunião para dar pros-seguimento ao assunto foi realizada no dia 22 de agosto, em Brasília, com a diretora de desenvolvimento seto-

rial do órgão, Karla Santa Cruz, quando foi tratado também do sis-tema de avaliação da qualidade dos serviços de saúde odontológica (acreditação). “Queremos elaborar um documento junto com o Conselho Federal de odontologia (CFo) para que a luta se torne nacional”, explica alberto Magno.

outra reivindicação diz respeito à equiparação dos valores pagos no Pi- so de atenção Básica Variável para as equipes de Saúde da Família e de Saúde Bucal. Hoje, enquanto o piso referente à Saúde da Família é R$ 10.695, o da Saúde Bucal não passa de R$ 2.980,00. São os gestores mu-nicipais que definem os salários pa-

presidente do Cro-MG, alberto Magno da rocha silva, entregou documento diretamente ao Ministro da saúde, ricardo Barros

Divulgação CRo-Mg

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Adesão do cirurgião-dentistaOs baixos salários pagos por

grande parte das prefeituras às equipes de saúde bucal também motivaram a divulgação, pelo CRO- MG, de nota de repúdio, no início de julho, cobrando remuneração con-dizente no âmbito o Sistema Único de Saúde ou o estabelecimento de parâmetros salariais mínimos para a Odontologia, como o proposto pela Lei nº 3.999, de 1961, que esta-beleceu os salários dos médicos e os de cirurgiões-dentistas.

O Artigo 5º estabelece: “Fica fi- xado o salário-mínimo dos médicos em quantia igual a três vezes e o dos auxiliares a duas vezes mais que o salário-mínimo comum das regiões

ou sub-regiões em que exercerem a profissão. Esse salário é para a carga horária de 4 horas diárias, conforme o art. 8º da referida lei”.

O Conselho tem feito contato direto com o poder público para solicitar que os municípios adotem remuneração justa para todos os profissionais da odontologia de Minas. Já foram oficiadas mais de 50 prefeituras no estado.

O cirurgião-dentista também pode ajudar a fortalecer esse pleito. Ao tomar conhecimento de concur-sos e processos seletivos com salá- rios abaixo desses valores, deve de-nunciar ao CRO-MG pelo email: [email protected].

gos aos participantes, tomando co- mo referência os repasses federais. Para corrigir a distorção, o CRO-MG defende a adoção de um plano de carreira único para todas as equipes de saúde, com piso salarial nacional.

De acordo com o Conselheiro Te- soureiro do CRO-MG, Raphael Cas- tro Mota, a equiparação dos valores é fundamental. “O Programa de Saúde da Família é o melhor cami-nho para contemplar a saúde bucal num Sistema Único de Saúde amplo e inclusivo. No entanto, é necessária a valorização dos profissionais nela inseridos. O salário dos profissionais muda em cada uma das cidades mi-neiras. O plano de carreira do SUS para Saúde da Família poderá pa-dronizar esses vencimentos, esti- mulando a permanência dos profis-sionais nas equipes e fortalecendo a atenção primária à saúde”, analisa.

A entrega dos pedidos ao Minis- tério da Saúde foi feita durante a ce-rimônia de anúncio de liberação de R$ 344,3 milhões de recursos para in- vestimentos em Saúde Bucal, no âm-bito do Serviço Único de Saúde para cobrir o custeio de 2.229 equipes de Saúde Bucal, credenciamento de 34 Unidades Odontológicas Mó- veis e compra de 10 mil cadeiras para consultórios odontológicos.

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16 ago 2017

Pela defesa daremuneração justaCRo-Mg reivindicou junto a autoridades mudanças nos pagamentos feitos por planos odontológicos e prefeituras

Com o propósito de valorizar e fortalecer os profissionais da odon-tologia e, como consequência, be- neficiar os pacientes e a sociedade como um todo, o Conselho Regional de odontologia de Minas gerais es- tá trabalhando em questões que considera estratégicas para a cate-goria e, portanto, necessitam de soluções urgentes.

No dia 20 de julho, a diretoria da instituição esteve em Brasília e co-brou do Ministério da Saúde posicio- namento em relação aos baixos re-passes feitos pelos planos odontoló- gicos aos profissionais da área, tema que é o foco da Comissão de Convê- nios e Credenciamentos. outra ques-tão abordada foi a necessidade de equiparação dos valores pagos com base no Piso de atenção Básica Va- riável para as equipes de Saúde da Família e de Saúde Bucal.

o presidente do CRo-Mg, alber- to Magno da Rocha Silva, solicitou apoio para a causa diretamente ao ministro da Saúde, Ricardo Barros, para que se estabeleça a exigência da Nota Técnica de Registro de Produtos para os planos odontológicos, como parâmetro para estimativa de custos. a obrigatoriedade do documento foi extinta, em 2005, pela agência Na- cional de Saúde Suplementar.

Com isso, o cirurgião-dentista fi- cou sem parâmetros concretos para questionar os valores recebidos – al- go que não ocorre nos planos médi-

ação representativa

cos –, uma vez que as empresas ficaram livres para delimitar, sem jus-tificativas, valores repassados aos profissionais. Em muitas situações, os repasses não cobrem sequer os custos dos procedimentos.

No dia 21, o presidente do CRo- Mg já havia se reunido, no Rio de Ja- neiro, com a diretora-adjunta de Nor- mas e Habilitação dos Produtos da agência Nacional de Saúde Suple- mentar, Carla de Figueiredo, para protocolar ofício com as reivindica-ções da categoria a respeito dos con- vênios. outra reunião para dar pros-seguimento ao assunto foi realizada no dia 22 de agosto, em Brasília, com a diretora de desenvolvimento seto-

rial do órgão, Karla Santa Cruz, quando foi tratado também do sis-tema de avaliação da qualidade dos serviços de saúde odontológica (acreditação). “Queremos elaborar um documento junto com o Conselho Federal de odontologia (CFo) para que a luta se torne nacional”, explica alberto Magno.

outra reivindicação diz respeito à equiparação dos valores pagos no Pi- so de atenção Básica Variável para as equipes de Saúde da Família e de Saúde Bucal. Hoje, enquanto o piso referente à Saúde da Família é R$ 10.695, o da Saúde Bucal não passa de R$ 2.980,00. São os gestores mu-nicipais que definem os salários pa-

presidente do Cro-MG, alberto Magno da rocha silva, entregou documento diretamente ao Ministro da saúde, ricardo Barros

Divulgação CRo-Mg

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Adesão do cirurgião-dentistaOs baixos salários pagos por

grande parte das prefeituras às equipes de saúde bucal também motivaram a divulgação, pelo CRO- MG, de nota de repúdio, no início de julho, cobrando remuneração con-dizente no âmbito o Sistema Único de Saúde ou o estabelecimento de parâmetros salariais mínimos para a Odontologia, como o proposto pela Lei nº 3.999, de 1961, que esta-beleceu os salários dos médicos e os de cirurgiões-dentistas.

O Artigo 5º estabelece: “Fica fi- xado o salário-mínimo dos médicos em quantia igual a três vezes e o dos auxiliares a duas vezes mais que o salário-mínimo comum das regiões

ou sub-regiões em que exercerem a profissão. Esse salário é para a carga horária de 4 horas diárias, conforme o art. 8º da referida lei”.

O Conselho tem feito contato direto com o poder público para solicitar que os municípios adotem remuneração justa para todos os profissionais da odontologia de Minas. Já foram oficiadas mais de 50 prefeituras no estado.

O cirurgião-dentista também pode ajudar a fortalecer esse pleito. Ao tomar conhecimento de concur-sos e processos seletivos com salá- rios abaixo desses valores, deve de-nunciar ao CRO-MG pelo email: [email protected].

gos aos participantes, tomando co- mo referência os repasses federais. Para corrigir a distorção, o CRO-MG defende a adoção de um plano de carreira único para todas as equipes de saúde, com piso salarial nacional.

De acordo com o Conselheiro Te- soureiro do CRO-MG, Raphael Cas- tro Mota, a equiparação dos valores é fundamental. “O Programa de Saúde da Família é o melhor cami-nho para contemplar a saúde bucal num Sistema Único de Saúde amplo e inclusivo. No entanto, é necessária a valorização dos profissionais nela inseridos. O salário dos profissionais muda em cada uma das cidades mi-neiras. O plano de carreira do SUS para Saúde da Família poderá pa-dronizar esses vencimentos, esti- mulando a permanência dos profis-sionais nas equipes e fortalecendo a atenção primária à saúde”, analisa.

A entrega dos pedidos ao Minis- tério da Saúde foi feita durante a ce-rimônia de anúncio de liberação de R$ 344,3 milhões de recursos para in- vestimentos em Saúde Bucal, no âm-bito do Serviço Único de Saúde para cobrir o custeio de 2.229 equipes de Saúde Bucal, credenciamento de 34 Unidades Odontológicas Mó- veis e compra de 10 mil cadeiras para consultórios odontológicos.

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18

por Dentro Do Cro-MG

Presença no Bem-Estar Global

Os Dentistas da Alegria e ou-tros membros do Cro-Jovem participaram do evento Bem-Es-tar Global, promovido pela Rede Globo, na orla da Lagoa da Pam-pulha, em junho. Na "Tenda da Saúde Bucal", montada pelo CRO-MG, foram orientadas mais de 300 pessoas sobre técnicas de es-covação e outros cuidados de hi-giene e prevenção que garantem a saúde bucal. Os trabalhos conta-ram com o apoio da professora Dra. Lylian Víeira de Paula, da PUC-Minas.

Registro histórico

A foto ao lado é da primeira turma de for-mandos da escola de odontologia da UFMG, em 1908. Ela faz parte de um acervo que es-tará em exposição, em outubro, dentro das comemorações dos 110 anos da faculdade. A sua foto, ou seu convite de formatura, tam-bém pode enriquecer a mostra. Os organiza-dores do evento estão solicitando a todos os ex-alunos que enviem os registros, digitaliza-dos ou originais (por empréstimo). ”Queremos reunir importantes referências para reconsti-tuir a memória de várias épocas e, assim, aju-dar a resgatar a história da instituição”, explica a professora Maria Inês Barreiros Senna, uma das coordenadoras do evento. Informações pe-lo e-mail [email protected].

AGO 2017

Divulgação CRO-MG/Ricardo Divino

Foto reprodução

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Para ficar sempre por dentro de tudo o que acon-tece no CRO-MG, não perder oportunidades e se manter em dia com a Instituição, evitando possíveis cobranças, os inscritos devem estar atentos para que seus dados cadastrais estejam sempre atualizados. O CRO-MG envia por e-mail dados sobre a fiscalização e boletim de notícias, entre outras informações. Já al-guns documentos como boleto de pagamento, cédula eleitoral e Informativo do CRO-MG seguem pelos Correios. Portanto, é fundamental que o endereço e o e-mail estejam sempre corretos. a atualização ca-dastral é bem rápida e pode ser feita via site (www.cromg.com.br) ou pelo telefone (31) 2104-3013. É preciso informar o número de inscrição. Não perca tempo e atualize já o seu cadastro.

Atualização de dados cadastrais

Business CenterÁreas sociais com Wi-Fi

Bar/RestaurantePiscina

Serviço de Quarto 24hLavanderia

Estacionamento (*)Baby sitter (*)

Belo HorizonteOthon Palace

Av. Afonso Pena, 1050Centro | Belo Horizonte

Toll Free: 0800 725 050555 21 2106-0200

[email protected]

Se você é Inscrito no CROMG entre em contato conosco e confira as condições especiais que preparamos para você.

Apartamentos para portadores de necessidades especiais.(*) Serviços terceirizados.

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por Dentro Do Cro-MG

Presença no Bem-Estar Global

Os Dentistas da Alegria e ou-tros membros do Cro-Jovem participaram do evento Bem-Es-tar Global, promovido pela Rede Globo, na orla da Lagoa da Pam-pulha, em junho. Na "Tenda da Saúde Bucal", montada pelo CRO-MG, foram orientadas mais de 300 pessoas sobre técnicas de es-covação e outros cuidados de hi-giene e prevenção que garantem a saúde bucal. Os trabalhos conta-ram com o apoio da professora Dra. Lylian Víeira de Paula, da PUC-Minas.

Registro histórico

A foto ao lado é da primeira turma de for-mandos da escola de odontologia da UFMG, em 1908. Ela faz parte de um acervo que es-tará em exposição, em outubro, dentro das comemorações dos 110 anos da faculdade. A sua foto, ou seu convite de formatura, tam-bém pode enriquecer a mostra. Os organiza-dores do evento estão solicitando a todos os ex-alunos que enviem os registros, digitaliza-dos ou originais (por empréstimo). ”Queremos reunir importantes referências para reconsti-tuir a memória de várias épocas e, assim, aju-dar a resgatar a história da instituição”, explica a professora Maria Inês Barreiros Senna, uma das coordenadoras do evento. Informações pe-lo e-mail [email protected].

AGO 2017

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Foto reprodução

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20 ago 2017

mercado técnicos

São mais de 30 anos dedicados à profissão e o técnico em prótese den-tária giovani gambogi não perdeu o entusiasmo. os muitos avanços da área e a possibilidade de fazer algo diferente a cada dia são o que consi-dera mais estimulantes para os pro- fissionais. “Todos os dias são diferen-tes, pois para cada trabalho que faço é um novo planejamento, novos diag- nósticos”, diz.

Desde muito jovem, giovani se in- teressou pela odontologia, mas aca-bou estudando Engenharia Civil, an- tes de se submeter à prova e ser ad-mitido no curso de Prótese Dentária, da PUC Minas. Desde que se formou, vem trabalhando junto a cirurgiõe--dentistas. “Há grande demanda, ho- je, por trabalhos estéticos, como fa-cetas laminadas, lentes de contato, coroas para dentes anteriores ou so- bre implante”, exemplifica.

Para além de conhecimento teó-rico, quem opta pela área precisa ter habilidades como coordenação mo-tora, capacidade de concentração e paciência. “Um colega me convidou a conhecer a profissão porque eu ti- nha ótima habilidade com as mãos, fazia esculturas e desenhos, mostra- va noções de formas e arte”, conta o também técnico em prótese dentá-ria Nícolas Serafin, há 20 anos na profissão.

Ele acompanhou as mudanças no campo nos últimos anos. “as pessoas perdem menos dentes, atualmente, porém vivem mais. além disso, o no- vo nicho de odontologia estética é um mercado interessante e gratifi-

Trabalho a quatro mãosTécnicos em prótese dentária são parceiros dos cirurgiões-dentistas na tarefa de restituir a autoestima aos pacientes

cante, pois os resultados impactam mais a vida dos pacientes e temos um retorno positivo”, diz. Na opinião de Nícolas, o que torna seu trabalho gratificante é ver os resultados. “Fa- zemos uma mudança na vida do pa-ciente com as transformações esté- ticas modernas, que melhoram tam-bém a autoestima e trazem felicida- de”, diz.

Segundo dados do CRo-Mg, 115 profissionais, em média, se registram na entidade anualmente para traba-lhar na área. E, mesmo com o avanço da tecnologia, dificilmente esse cam- po vai encolher, já que o trabalho é personalizado. “Principalmente em casos estéticos, o conhecimento e ha- bilidade do técnico em prótese den-tária são fundamentais para copiar o mais próximo possível a natureza e restabelecer a função. acredito que a tecnologia ajuda na agilidade das exe-

cuções dos trabalhos, mas não vai substituir a profissão”, diz o professor do Departamento de odontologia da PUC Minas e coordenador do curso de aperfeiçoamento em Estética, gui- lherme Senna.

a relação com os cirurgiões-den-tistas também evoluiu e, hoje, ambos sabem da importância do trabalho em sinergia. “É essencial que haja uma proximidade muito grande do téc-nico em prótese dentária e do cirur- gião-dentista na elaboração do pla-nejamento, para que os resultados funcionais e estéticos sejam alcança-dos e tenham uma longevidade ade- quada”, explica guilherme.

“Hoje, vemos que o diálogo, o res-peito profissional e a troca de infor- mação entre esses profissionais é que levará ao sucesso de ambos e os ma- iores beneficiados são os pacientes”, diz giovani gambogi.

nícolas serafin trabalha há 20 anos como técnico em prótese dentária: "é um mercado interressante e gratificante"

Samuel gê

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Primeiros passos para montar um consultórioLegalização da empresa e documentação necessária são as principais dúvidas dos cirurgiões-dentistas

ao mesmo tempo em que é mo-tivador, o começo da vida profissional pode ser problemático. Para o cirur-gião-dentista que decide trabalhar por conta própria, abrindo uma clí-nica ou um consultório, não faltam questionamentos, principalmente porque, em geral, a formação acadê-mica não aborda a gestão do negócio.

após encontrar o lugar ideal e or-ganizar todos os equipamentos ne-cessários, chega a hora da legaliza-ção, a parte que mais gera dúvidas. “a maioria quer saber sobre as exi-gências e requisitos de documenta-ção. orientamos sobre as instruções iniciais, mas também aconselhamos o cirurgião-dentista a buscar um con-tador, para que tenha assistência completa”, explica a procuradora ju-rídica do CRo-Mg, Stefany Vaz Des-pinoy, do setor de acolhimento.

a primeira coisa a fazer para lega-lizar o consultório ou clínica é decidir sobre se a constituição será como pessoa física ou jurídica, a depender da tributação e movimentação finan-ceira pretendida. o contador gilson Lima, acostumado a atender a cirur-giões-dentistas, explica que a parte mais complexa no processo, a partir de então, é a obtenção do alvará sa-nitário junto à administração do município. “É burocrático e há muitas exigências”, explica.

Nesse processo, serão solicitados diversos documentos, como plano de gerenciamento de resíduos sóli-dos, o que, por ser específico, exige a contratação de uma companhia es-pecializada. “as empresas que fazem esse plano cobram entre R$ 1.500 e R$ 2.000”, informa Lima.

emPreendimento eXiGÊncias

Em média, serão necessários pelo menos mais 20 dias para que tudo esteja legalizado. Isso, claro, se tiver agilidade para preparar a documen-tação e dar entrada no alvará. o documento permanente pode levar até um ano para ficar pronto, mas, de posse do protocolo inicial, obtido na entrega de todos os papéis exigidos, o cirurgião-dentista já pode começar a trabalhar, inclusive se credenciando para atender por planos de saúde.

“o documento permanente só fi-cará pronto depois que a fiscalização municipal fizer uma visita e confirmar que está tudo correto, como ques-tões de acessibilidade”, diz Lima. Para ajudar no esclarecimento de todas a dúvidas dos novos profissio-nais, a Comissão CRo-Jovem está organizando uma cartilha com os de-talhes do processo. “a ideia é que a cartilha seja física, distribuída entre os recém-formados, e também es-teja disponível no site do Conselho”, diz Stefany.

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20 ago 2017

mercado técnicos

São mais de 30 anos dedicados à profissão e o técnico em prótese den-tária giovani gambogi não perdeu o entusiasmo. os muitos avanços da área e a possibilidade de fazer algo diferente a cada dia são o que consi-dera mais estimulantes para os pro- fissionais. “Todos os dias são diferen-tes, pois para cada trabalho que faço é um novo planejamento, novos diag- nósticos”, diz.

Desde muito jovem, giovani se in- teressou pela odontologia, mas aca-bou estudando Engenharia Civil, an- tes de se submeter à prova e ser ad-mitido no curso de Prótese Dentária, da PUC Minas. Desde que se formou, vem trabalhando junto a cirurgiõe--dentistas. “Há grande demanda, ho- je, por trabalhos estéticos, como fa-cetas laminadas, lentes de contato, coroas para dentes anteriores ou so- bre implante”, exemplifica.

Para além de conhecimento teó-rico, quem opta pela área precisa ter habilidades como coordenação mo-tora, capacidade de concentração e paciência. “Um colega me convidou a conhecer a profissão porque eu ti- nha ótima habilidade com as mãos, fazia esculturas e desenhos, mostra- va noções de formas e arte”, conta o também técnico em prótese dentá-ria Nícolas Serafin, há 20 anos na profissão.

Ele acompanhou as mudanças no campo nos últimos anos. “as pessoas perdem menos dentes, atualmente, porém vivem mais. além disso, o no- vo nicho de odontologia estética é um mercado interessante e gratifi-

Trabalho a quatro mãosTécnicos em prótese dentária são parceiros dos cirurgiões-dentistas na tarefa de restituir a autoestima aos pacientes

cante, pois os resultados impactam mais a vida dos pacientes e temos um retorno positivo”, diz. Na opinião de Nícolas, o que torna seu trabalho gratificante é ver os resultados. “Fa- zemos uma mudança na vida do pa-ciente com as transformações esté- ticas modernas, que melhoram tam-bém a autoestima e trazem felicida- de”, diz.

Segundo dados do CRo-Mg, 115 profissionais, em média, se registram na entidade anualmente para traba-lhar na área. E, mesmo com o avanço da tecnologia, dificilmente esse cam- po vai encolher, já que o trabalho é personalizado. “Principalmente em casos estéticos, o conhecimento e ha- bilidade do técnico em prótese den-tária são fundamentais para copiar o mais próximo possível a natureza e restabelecer a função. acredito que a tecnologia ajuda na agilidade das exe-

cuções dos trabalhos, mas não vai substituir a profissão”, diz o professor do Departamento de odontologia da PUC Minas e coordenador do curso de aperfeiçoamento em Estética, gui- lherme Senna.

a relação com os cirurgiões-den-tistas também evoluiu e, hoje, ambos sabem da importância do trabalho em sinergia. “É essencial que haja uma proximidade muito grande do téc-nico em prótese dentária e do cirur- gião-dentista na elaboração do pla-nejamento, para que os resultados funcionais e estéticos sejam alcança-dos e tenham uma longevidade ade- quada”, explica guilherme.

“Hoje, vemos que o diálogo, o res-peito profissional e a troca de infor- mação entre esses profissionais é que levará ao sucesso de ambos e os ma- iores beneficiados são os pacientes”, diz giovani gambogi.

nícolas serafin trabalha há 20 anos como técnico em prótese dentária: "é um mercado interressante e gratificante"

Samuel gê

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Primeiros passos para montar um consultórioLegalização da empresa e documentação necessária são as principais dúvidas dos cirurgiões-dentistas

ao mesmo tempo em que é mo-tivador, o começo da vida profissional pode ser problemático. Para o cirur-gião-dentista que decide trabalhar por conta própria, abrindo uma clí-nica ou um consultório, não faltam questionamentos, principalmente porque, em geral, a formação acadê-mica não aborda a gestão do negócio.

após encontrar o lugar ideal e or-ganizar todos os equipamentos ne-cessários, chega a hora da legaliza-ção, a parte que mais gera dúvidas. “a maioria quer saber sobre as exi-gências e requisitos de documenta-ção. orientamos sobre as instruções iniciais, mas também aconselhamos o cirurgião-dentista a buscar um con-tador, para que tenha assistência completa”, explica a procuradora ju-rídica do CRo-Mg, Stefany Vaz Des-pinoy, do setor de acolhimento.

a primeira coisa a fazer para lega-lizar o consultório ou clínica é decidir sobre se a constituição será como pessoa física ou jurídica, a depender da tributação e movimentação finan-ceira pretendida. o contador gilson Lima, acostumado a atender a cirur-giões-dentistas, explica que a parte mais complexa no processo, a partir de então, é a obtenção do alvará sa-nitário junto à administração do município. “É burocrático e há muitas exigências”, explica.

Nesse processo, serão solicitados diversos documentos, como plano de gerenciamento de resíduos sóli-dos, o que, por ser específico, exige a contratação de uma companhia es-pecializada. “as empresas que fazem esse plano cobram entre R$ 1.500 e R$ 2.000”, informa Lima.

emPreendimento eXiGÊncias

Em média, serão necessários pelo menos mais 20 dias para que tudo esteja legalizado. Isso, claro, se tiver agilidade para preparar a documen-tação e dar entrada no alvará. o documento permanente pode levar até um ano para ficar pronto, mas, de posse do protocolo inicial, obtido na entrega de todos os papéis exigidos, o cirurgião-dentista já pode começar a trabalhar, inclusive se credenciando para atender por planos de saúde.

“o documento permanente só fi-cará pronto depois que a fiscalização municipal fizer uma visita e confirmar que está tudo correto, como ques-tões de acessibilidade”, diz Lima. Para ajudar no esclarecimento de todas a dúvidas dos novos profissio-nais, a Comissão CRo-Jovem está organizando uma cartilha com os de-talhes do processo. “a ideia é que a cartilha seja física, distribuída entre os recém-formados, e também es-teja disponível no site do Conselho”, diz Stefany.

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22 ago 2017

decisõesprocessos éticos

AcÓrdÃo cro-MG 122/2015 AcÓrdÃo cFo-2287/2016processo ético nº 370/2014denunciado: Mauro Cristiano Caetano Rossi – Mg-CD-29.839denunciante: Maria da Conceição aparecida MatheusAssunto: abandono de Tratamento odontológicodecisão: CENSURa PÚBLICa EM PUBLICaÇÃo oFICIaL CUMULaDo CoM PENa PECUNIÁRIa DE 05 (CINCo) aNUIDaDES, conforme julgamento realizado em 19/05/2016.

AcÓrdÃo cro-MG 15/2016 AcÓrdÃo cFo-2338/2016processo ético nº 49/2015indiciado: Tiago Luiz alves de oliveira – Mg-CD-36.688Assunto: Clínica Não Inscrita e Publicidade Irregulardecisão: CENSURa PÚBLICa EM PUBLICaÇÃo oFICIaL CUMULaDo CoM PENa PECUNIÁRIa DE 25 (VINTE E CINCo) aNUIDaDES, conforme jul-gamento realizado em 21/10/2016.

AcÓrdÃo cro-MG 81/2016processo ético nº 01/2016indiciado: Ilmono Carlos da Silva – Mg-TPD-2.718Assunto: Exercício Irregular da Profissão – Extrapolar Funçõesdecisão: CENSURa PÚBLICa EM PUBLICaÇÃo oFICIaL, conforme julgamento realizado em 12/09/2016.

AcÓrdÃo cro-MG 84/2016processo ético nº 92/2016 (origem: processo cro-dF nº 02/2015)denunciado: Paulo Henrique

Costa Franco – Mg-CD-18.424denunciante: aurora da Silva NogueiraAssunto: Tratamento odontológico Inadequadodecisão: CENSURa PÚBLICa EM PUBLICaÇÃo oFICIaL, conforme julgamento realizado em 12/09/2016.

AcÓrdÃo cro-MG 87/2016processo ético nº 120/2015denunciado: gustavo Milton Mourão – Mg-CD-25.925denunciante: Wellington Dias DuarteAssunto: Tratamento odontológico Inadequadodecisão: CENSURa PÚBLICa EM PUBLICaÇÃo oFICIaL cumulado com PENa PECUNIÁRIa de 20 (VINTE) aNUIDaDES, conforme julgamento realizado em 26/09/2016.

AcÓrdÃo cro-MG 90/2016processo ético nº 15/2016indiciado: Sílvio Roberto alves Pinto Junior – Mg-CD-38.690-ISindiciado: Rafael Luís Pinto de oliveira – Mg-CD-35.404Assunto: Publicidade Irregulardecisão: CENSURa PÚBLICa EM PUBLICaÇÃo oFICIaL cumulado com PENa PECUNIÁRIa de 25 (VINTE E CINCo) aNUIDaDES, conforme julgamento realizado em 12/09/2016.

AcÓrdÃo cro-MG 117/2016processo ético nº 96/2016indiciado: Ilmono Carlos da Silva – Mg-TPD-2.718Assunto: Exercício Irregular da Profissão – Extrapolar Funçõesdecisão: CENSURa PÚBLICa EM PUBLICaÇÃo oFICIaL,

conforme julgamento realizado em 12/12/2016.

AcÓrdÃo cro-MG 04/2017processo ético nº 91/2016denunciado: João Bosco Viana Lage – Mg-CD-13.585denunciante: Dahir Siman de oliveiraAssunto: abandono do Tratamento odontológicodecisão: CENSURa PÚBLICa EM PUBLICaÇÃo oFICIaL, conforme julgamento realizado em 20/02/2017.

AcÓrdÃo cro-MG 05/2017processo ético nº 123/2016denunciado: João Bosco Viana Lage – Mg-CD-13.585denunciante: Vagner José Perpétuo do NascimentoAssunto: abandono do Tratamento odontológicodecisão: CENSURa PÚBLICa EM PUBLICaÇÃo oFICIaL cumulado com PENa PECUNIÁRIa de 05 (CINCo) aNUIDaDES, conforme julgamento realizado em 20/02/2017.

AcÓrdÃo cro-MG 06/2017processo ético nº 214/2016denunciado: João Bosco Viana Lage – Mg-CD-13.585denunciante: Uesirley Soares da SilvaAssunto: Tratamento odontológico Inadequado e abandono do Tratamento odontológicodecisão: SUSPENSÃo Do EXERCÍCIo PRoFISSIoNaL PoR 30 (TRINTa) DIaS cumulado com PENa PECUNIÁRIa de 20 (VINTE) aNUIDaDES, conforme julgamento realizado em 20/02/2017.

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Para esclarecer os inscritos, o setor de Aco- lhimento do CRO-MG apresenta, em cada edi-ção do CRO NOTÍCIAS, uma seleção de per- guntas e respostas mais recorrentes feitas à

Instituição nos últimos meses. Os interessados também podem acessar as

questões pelo endereço www.cromg.org.br/duvidas.

consultoria jurídica

ainda possui dúvidas? Entre em contato conosco pelo telefone (31) 2104-3045 ou pelo e-mail [email protected]. você também pode agendar um atendimento pessoal.

Posso interromper o tratamento de um paciente?Sim. O Código de Ética atual garante ao cirur-

gião-dentista o direito de renunciar ao atendimento do paciente, durante o tratamento, quando da constatação de fatos que, a critério do profissional, prejudiquem o bom relacionamento ou o pleno desempenho profissio-nal. Nestes casos, o cirurgião-dentista tem o dever de comunicar previamente, por escrito, ao paciente ou seu responsável legal, fornecendo ao profissional que lhe su-ceder as informações necessárias para a continuidade do tratamento. Do termo de interrupção de tratamento (a ser assinado pelas partes) deve constar, basicamente: qualificação completa das partes (nome, endereço etc.); informação de que o paciente deve dar continuidade ao tratamento (ainda que com outro profissional); informa-ção de que a cópia da documentação odontológica se encontra à disposição do paciente ou de seu responsável legal; informações sobre formas de restituição de even-tuais honorários adiantados ao dentista ou à clínica.

Quanto devo pagar a título de insalubridade para meu ASB ou TSB? O ASB ou TSB celetista que for exposto a agentes

nocivos (biológicos ou químicos) acima dos limites de to-lerância fixados pela NR-15, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), terá direito a receber adicional de insa-lubridade, que varia em grau mínimo, médio ou máximo com acréscimo de 10%, 20% e 40%, respectivamente, sobre o valor do salário mínimo vigente, conforme Art. 192 da CLT. A caracterização e a classificação do caráter insalubre são realizadas por perícia de médico ou enge-nheiro do trabalho, de acordo com o Art. 195 da CLT.

Contudo, a NR-15 do MTE, em seu anexo XIV, pre-sume o grau médio de insalubridade para quem tra-

balha em contato permanente com pacientes ou com material infectocontagiante em estabelecimentos des-tinados aos cuidados da saúde humana, tendo contato com os pacientes, bem como com objetos de uso des-tes, que não estejam previamente esterilizados. Por- tanto, a princípio, é devido aos ASBs e TSBs, a título de insalubridade, 20% do salário mínimo, isto é: R$187,40. Esse valor não pode ser reduzido, ainda que a jornada seja por tempo parcial (menos de 44 horas semanais). Se o ASB ou TSB for estatutário, deve-se verificar as dis-posições do edital e do estatuto dos servidores públicos sobre a insalubridade.

Quais documentos devem ser elaborados em um consultório ou clínica?Além de elaborar uma ficha de evolução clínica

de qualidade, recomenda-se que o profissional elabore alguns documentos, entre os quais se destacam: a) Contrato (deve qualificar as partes, esclarecer o serviço a ser prestado, estipular o valor a ser pago e a forma de pagamento). A importância de celebrar um contrato de- corre do Código de Defesa do Consumidor e do Código de Ética. b) Plano de Tratamento (deve explicar as opções de tra- tamento existentes para o caso).c) Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (deve explicar em que consiste o tratamento escolhido, bem como seus riscos e os cuidados que o paciente deve ter).

Além desses documentos, também é importante guardar cópias de exames, receitas e encaminhamentos, entre outros. Todos esses documentos devem ser elabo-rados por escrito e conter a assinatura do paciente para que o cirurgião-dentista consiga comprovar, se necessá-rio, que cumpriu o dever de informar o seu paciente.

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responsável: Dra. Stefany Vaz Despinoy Procuradora Jurídica do CRO-MG Advogada OAB/MG 135.023

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decisõesprocessos éticos

AcÓrdÃo cro-MG 122/2015 AcÓrdÃo cFo-2287/2016processo ético nº 370/2014denunciado: Mauro Cristiano Caetano Rossi – Mg-CD-29.839denunciante: Maria da Conceição aparecida MatheusAssunto: abandono de Tratamento odontológicodecisão: CENSURa PÚBLICa EM PUBLICaÇÃo oFICIaL CUMULaDo CoM PENa PECUNIÁRIa DE 05 (CINCo) aNUIDaDES, conforme julgamento realizado em 19/05/2016.

AcÓrdÃo cro-MG 15/2016 AcÓrdÃo cFo-2338/2016processo ético nº 49/2015indiciado: Tiago Luiz alves de oliveira – Mg-CD-36.688Assunto: Clínica Não Inscrita e Publicidade Irregulardecisão: CENSURa PÚBLICa EM PUBLICaÇÃo oFICIaL CUMULaDo CoM PENa PECUNIÁRIa DE 25 (VINTE E CINCo) aNUIDaDES, conforme jul-gamento realizado em 21/10/2016.

AcÓrdÃo cro-MG 81/2016processo ético nº 01/2016indiciado: Ilmono Carlos da Silva – Mg-TPD-2.718Assunto: Exercício Irregular da Profissão – Extrapolar Funçõesdecisão: CENSURa PÚBLICa EM PUBLICaÇÃo oFICIaL, conforme julgamento realizado em 12/09/2016.

AcÓrdÃo cro-MG 84/2016processo ético nº 92/2016 (origem: processo cro-dF nº 02/2015)denunciado: Paulo Henrique

Costa Franco – Mg-CD-18.424denunciante: aurora da Silva NogueiraAssunto: Tratamento odontológico Inadequadodecisão: CENSURa PÚBLICa EM PUBLICaÇÃo oFICIaL, conforme julgamento realizado em 12/09/2016.

AcÓrdÃo cro-MG 87/2016processo ético nº 120/2015denunciado: gustavo Milton Mourão – Mg-CD-25.925denunciante: Wellington Dias DuarteAssunto: Tratamento odontológico Inadequadodecisão: CENSURa PÚBLICa EM PUBLICaÇÃo oFICIaL cumulado com PENa PECUNIÁRIa de 20 (VINTE) aNUIDaDES, conforme julgamento realizado em 26/09/2016.

AcÓrdÃo cro-MG 90/2016processo ético nº 15/2016indiciado: Sílvio Roberto alves Pinto Junior – Mg-CD-38.690-ISindiciado: Rafael Luís Pinto de oliveira – Mg-CD-35.404Assunto: Publicidade Irregulardecisão: CENSURa PÚBLICa EM PUBLICaÇÃo oFICIaL cumulado com PENa PECUNIÁRIa de 25 (VINTE E CINCo) aNUIDaDES, conforme julgamento realizado em 12/09/2016.

AcÓrdÃo cro-MG 117/2016processo ético nº 96/2016indiciado: Ilmono Carlos da Silva – Mg-TPD-2.718Assunto: Exercício Irregular da Profissão – Extrapolar Funçõesdecisão: CENSURa PÚBLICa EM PUBLICaÇÃo oFICIaL,

conforme julgamento realizado em 12/12/2016.

AcÓrdÃo cro-MG 04/2017processo ético nº 91/2016denunciado: João Bosco Viana Lage – Mg-CD-13.585denunciante: Dahir Siman de oliveiraAssunto: abandono do Tratamento odontológicodecisão: CENSURa PÚBLICa EM PUBLICaÇÃo oFICIaL, conforme julgamento realizado em 20/02/2017.

AcÓrdÃo cro-MG 05/2017processo ético nº 123/2016denunciado: João Bosco Viana Lage – Mg-CD-13.585denunciante: Vagner José Perpétuo do NascimentoAssunto: abandono do Tratamento odontológicodecisão: CENSURa PÚBLICa EM PUBLICaÇÃo oFICIaL cumulado com PENa PECUNIÁRIa de 05 (CINCo) aNUIDaDES, conforme julgamento realizado em 20/02/2017.

AcÓrdÃo cro-MG 06/2017processo ético nº 214/2016denunciado: João Bosco Viana Lage – Mg-CD-13.585denunciante: Uesirley Soares da SilvaAssunto: Tratamento odontológico Inadequado e abandono do Tratamento odontológicodecisão: SUSPENSÃo Do EXERCÍCIo PRoFISSIoNaL PoR 30 (TRINTa) DIaS cumulado com PENa PECUNIÁRIa de 20 (VINTE) aNUIDaDES, conforme julgamento realizado em 20/02/2017.

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Para esclarecer os inscritos, o setor de Aco- lhimento do CRO-MG apresenta, em cada edi-ção do CRO NOTÍCIAS, uma seleção de per- guntas e respostas mais recorrentes feitas à

Instituição nos últimos meses. Os interessados também podem acessar as

questões pelo endereço www.cromg.org.br/duvidas.

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ainda possui dúvidas? Entre em contato conosco pelo telefone (31) 2104-3045 ou pelo e-mail [email protected]. você também pode agendar um atendimento pessoal.

Posso interromper o tratamento de um paciente?Sim. O Código de Ética atual garante ao cirur-

gião-dentista o direito de renunciar ao atendimento do paciente, durante o tratamento, quando da constatação de fatos que, a critério do profissional, prejudiquem o bom relacionamento ou o pleno desempenho profissio-nal. Nestes casos, o cirurgião-dentista tem o dever de comunicar previamente, por escrito, ao paciente ou seu responsável legal, fornecendo ao profissional que lhe su-ceder as informações necessárias para a continuidade do tratamento. Do termo de interrupção de tratamento (a ser assinado pelas partes) deve constar, basicamente: qualificação completa das partes (nome, endereço etc.); informação de que o paciente deve dar continuidade ao tratamento (ainda que com outro profissional); informa-ção de que a cópia da documentação odontológica se encontra à disposição do paciente ou de seu responsável legal; informações sobre formas de restituição de even-tuais honorários adiantados ao dentista ou à clínica.

Quanto devo pagar a título de insalubridade para meu ASB ou TSB? O ASB ou TSB celetista que for exposto a agentes

nocivos (biológicos ou químicos) acima dos limites de to-lerância fixados pela NR-15, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), terá direito a receber adicional de insa-lubridade, que varia em grau mínimo, médio ou máximo com acréscimo de 10%, 20% e 40%, respectivamente, sobre o valor do salário mínimo vigente, conforme Art. 192 da CLT. A caracterização e a classificação do caráter insalubre são realizadas por perícia de médico ou enge-nheiro do trabalho, de acordo com o Art. 195 da CLT.

Contudo, a NR-15 do MTE, em seu anexo XIV, pre-sume o grau médio de insalubridade para quem tra-

balha em contato permanente com pacientes ou com material infectocontagiante em estabelecimentos des-tinados aos cuidados da saúde humana, tendo contato com os pacientes, bem como com objetos de uso des-tes, que não estejam previamente esterilizados. Por- tanto, a princípio, é devido aos ASBs e TSBs, a título de insalubridade, 20% do salário mínimo, isto é: R$187,40. Esse valor não pode ser reduzido, ainda que a jornada seja por tempo parcial (menos de 44 horas semanais). Se o ASB ou TSB for estatutário, deve-se verificar as dis-posições do edital e do estatuto dos servidores públicos sobre a insalubridade.

Quais documentos devem ser elaborados em um consultório ou clínica?Além de elaborar uma ficha de evolução clínica

de qualidade, recomenda-se que o profissional elabore alguns documentos, entre os quais se destacam: a) Contrato (deve qualificar as partes, esclarecer o serviço a ser prestado, estipular o valor a ser pago e a forma de pagamento). A importância de celebrar um contrato de- corre do Código de Defesa do Consumidor e do Código de Ética. b) Plano de Tratamento (deve explicar as opções de tra- tamento existentes para o caso).c) Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (deve explicar em que consiste o tratamento escolhido, bem como seus riscos e os cuidados que o paciente deve ter).

Além desses documentos, também é importante guardar cópias de exames, receitas e encaminhamentos, entre outros. Todos esses documentos devem ser elabo-rados por escrito e conter a assinatura do paciente para que o cirurgião-dentista consiga comprovar, se necessá-rio, que cumpriu o dever de informar o seu paciente.

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