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Oferecer engenharia de soluções para a vida é o desafio da Solví, que amplia sua atuação em áreas como saneamento básico e geração de energia a partir de fontes renováveis

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Oferecer engenharia de soluções para a vidaé o desafio da Solví, que amplia sua atuaçãoem áreas como saneamento básico e geraçãode energia a partir de fontes renováveis

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A revista Solví é uma publicação trimestral interna, editada pela Gerência de RH e Comunicação do Grupo Solví. Os textos assinados por articulistas não traduzem necessariamente a visão da empresa.Presidente: Carlos Leal Villa | Diretor Técnico: Tadayuki YoshimuraDiretor de Saneamento: Masato Terada | Diretora Administrativo-Financeira: Célia FranciniGerenciamento: Carlos Balote | Coordenação: Fernanda Curcio

Edição: Nilva Bianco (MTb 514/SC) | Reportagem e textos: Nilva Bianco | Revisão: Mariana MarcondesFotografia: Marcello Vitorino (Mtb 27.590/SP) | Projeto editorial e gráfico: Fullpress – textos, fotos & idéiasColaboradores: Robert Wong (artigo), Adenor Gondim, Milton Tonello (fotos), Frank Maia (ilustrações)Foto de capa: Ryan McVay/Getty Images | Impressão: Sr Gráfica - Tiragem: 1.000 exemplares

Comentários e sugestões: Rua Bela Cintra, 967, 10º andar, Bela Vista, São Paulo, SP, CEP 01415-000 | e-mail: [email protected] www.solvi.com

Sumário

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Em 2006, todos nós do Grupo Solví passamos por uma grande mudança, que nos trouxe um novo nome e novos desafios.Qual é a nossa marca? Somos uma grande empre-sa, com 11 mil colaboradores e milhões de pes-soas atendidas em todas as regiões do Brasil e no Peru. E queremos ser ainda maiores na qualidade dos serviços prestados e em envolvimento social.

Afinal, a missão da Solví é ser reconhe-cida como referência em soluções ambi-entais.

Nestes dias em que a sociedade pensa cada vez mais na sustentabilidade de suas ações e no ris-co de deixar às futuras gerações um legado de destruição e esgotamento de recursos, a Solví tem uma grande contribuição a dar, já que atua em áreas importantes para o meio ambiente, da coleta e destinação de resíduos aos serviços de saneamento básico e desenvolvimento de al-ternativas energéticas. Vai ainda além, por meio de projetos sociais que abrem oportunidades a populações excluídas. Nossa Missão e nossos Valores - ética, respeito ao meio ambiente, criação de valor, profissiona-lismo, parceria e espírito de equipe - são a bús-sola para alcançarmos essa contribuição efetiva em cada uma das nossas áreas de atuação. E se eles nos dão o caminho a ser trilhado, a comuni-cação é uma ferramenta essencial para atingir-mos transparência e união em torno dos nossos propósitos. Ao nos comunicarmos, disseminamos boas práti-cas, conhecemos nosso negócio, compartilha-mos experiências, orientamos sobre políticas e processos, conhecemos a história e os talentos de quem faz a Solví. A Revista Solví, que circulará trimestralmente, faz parte desta visão e deste compromisso. Leia, par-ticipe e opine, pois ela é feita para você!

Carlos Leal VillaPresidente da Solví

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editorial

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Todos os dias Christiana Beni chega ao número 643 da

rua Bela Cintra com uma missão: ajudar os colaboradores da Solví a usar o novo sistema SAP, que desde abril roda os processos de todas as empresas do grupo, tra-zendo integração, controle e pa-dronização das informações.

Com a implantação do sis-tema, ela e outros 13 colabora-dores que atuaram no projeto Sapiência, chamados de ‘key users’ (usuários-chave) assumiram a im-portante função de dar suporte permanente aos demais usuários – 600 pessoas – em suas dúvidas e dificuldades com a ferramenta. Outro desafio será fazer com que esta evolua e acompanhe as ne-cessidades que surgirem a partir

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do seu uso no dia-a-dia. De abril a julho, a equipe

atendeu mais de sete mil ligações, com todos os tipos de demanda, das mais simples às mais com-plexas. Quem vê o pequeno grupo trabalhando na sala localizada no quinto andar do edifício Elian não consegue imaginar a amplitude do projeto Sapiência, em todos os aspectos.

Foram mais de 70 pessoas en-volvidas, entre colaboradores, con-sultores SAP e analistas de TI, em 12 meses de trabalho duro. O projeto teve cinco fases: preparação (mon-tagem do escritório, seleção de key users em todas as empresas, treina-mento do grupo, levantamento de processos em todas as áreas), desenho dos processos para o sis-tema, parametrização do sistema com base nos processos desenha-dos, treinamento dos usuários fi-nais e início das operações.

Case de sucesso

“O Sapiência foi um pro-jeto bastante complexo, primeiro porque cada empresa do grupo tinha uma cultura diferente em re-lação ao uso de sistemas, e depois porque decidimos fazer uma im-plantação tipo ‘big bang’, ou seja, todas as áreas e todas as empre-sas ao mesmo tempo”, diz o ger-ente técnico do projeto, Cláudio Cerviño. Apesar das dificuldades e do enorme esforço feito por todos, inclusive os usuários, que passaram

Um sistemapara todosDesde abril o SAP Business Suíte roda em todas as empresas Solví;

desafio agora é dar suporte aos usuários e garantir a evolução da ferramenta

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“A implementação do novo sistema SAP, abrangendo integralmente os processos das atividades desenvolvidas pelo grupo Solvi, é um diferencial competitivo, além de aumentar nosso nível de governança corporativa, já que a ferramenta facilita o acesso às informações e agiliza o processo de tomada de decisões.”

Célia Francini

alguns dias sem sistema e tiveram que se adaptar a uma ferramenta nova, Cláudio garante que a im-plantação foi um sucesso. “Esta é uma avaliação da própria SAP, que convidou a Solví a ser cliente refe-rência, o que significa que nossa experiência será compartilhada com outras empresas”.

A diretora administrativo-financeira da Solví e sponsor do projeto, Célia Francini, ressalta a importância da participação de cada um dos 30 colaboradores que saíram de suas empresas de origem para se dedicar ao projeto: “Eles fo-ram essenciais pelo conhecimento que detêm dos processos de suas áreas, e a vivência que tiveram com o Sapiência os potencializou a con-tribuir ainda mais com o futuro da Solví.”

Christiana, por exemplo, atua-va como analista de planejamento comercial na GRI. “Na fase inicial do projeto fiz o levantamento dos processos da GRI, mas depois me envolvi com a Solví como um todo. Foi um grande aprendizado, uma experiência profissional muito gratificante”, diz ela, feliz por inte-grar o CCF, novo departamento da holding, ligado à Diretoria Admi-nistrativo-Financeira. Além de pres-tar suporte avançado aos usuários SAP, outra missão da equipe será ampliar os canais de comunicação com eles, para integrar rapida-mente o uso do sistema à cultura das empresas.

CorPorativo

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Key users e apoiadores do projetoÁguas do Amazonas: Ligia Mory, Valdir MaurícioEssencis Aterro: Bárbara Cruz, Chirles Cavanholi, Eduardo Ken, Fernanda Borges Essencis Co-Processamento e Tratamentos: Marlon MarquesEssencis Remediação e Projetos: Lidiane Andrade GRI: Christiana Beni e Elieser DaryoKoleta: Carlos Domingos, Kátia Rosa Vega: Fernando Baldin e Valmir CamposSolví: Adriana Oliveira, Antônio Donizetti, Carlos Fernandes, Carlos Rugno, Carlos Silva, Cláudia Fernandes, Cláudio Araújo, Elaine Gabarrão, Fábio Mozza, Francisco Ignácio, Isaura Martins, Ivan Bueno, Ivan Rodrigues, Marco Speridião, Miriam Corrêa, Paulo Vasconcelos, Ricardo Nogueirão, Roberta Rodrigues, Sérgio Rodrigues, Thiago Fernandes, Wilson Viana

Quem fezo Sapiência

Gerência de Projeto Solví: Cláudio CerviñoGerência deTI: Gildásio RochaGestão de Mudanças: Pedro Pierucci Treinamento: Alda JardanovskiSponsor: Célia Francini

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Solví Valorização Energética investirá em energia renovável e produção de biocombustíveis

Uma das principais discussões em pauta no Brasil e no mundo é sobre alternativas energéticas, sejam

elas biocombustíveis (biodiesel, etanol, etc), geração de energia elétrica a partir de fontes renováveis (biogás de aterro, bagaço de cana, etc) e/ou menos poluentes (gás natural, por exemplo). Com a recente criação da empresa Solví Valorização Energética (SVE), o grupo Solví entra nesse novo mercado, e já tem uma proposta clara: a gera-ção de energia “limpa” a preços atraentes.

“Está havendo um ‘boom’ no mercado de energia renovável, e nossa atuação nesse segmento está total-mente em consonância com os valores do Grupo Solví”, diz o gerente de projetos especiais da SVE, Carlos Alberto Bezerra. Encarregado desse novo desafio, ele conta que a primeira experiência na área foi com a Battre, empresa da Vega em Salvador, que desde 2004 realiza a captação e queima controlada de biogás proveniente de aterro sanitário - iniciativa já replicada também no aterro da Essencis em Caieiras (SP).

Com a iniciativa em Salvador, inovadora e pioneira no mundo, a empresa deixou de emitir para a atmosfera o equivalente a 655 mil toneladas de CO

2 e gerou crédi-

tos de carbono, comercializados no âmbito do Protocolo de Kyoto. E o próximo passo previsto é o investimento na instalação de uma usina termelétrica alimentada com gás proveniente do lixo do aterro sanitário, que permitirá gerar energia para consumo próprio e para venda já a

partir de 2008. A estimativa é de que a usina seja capaz de gerar, já na fase inicial, 20 megawatts/hora* de energia por até 40 anos.Parcerias

Segundo Bezerra, a estratégia adotada pela SVE é estabelecer parcerias na maioria dos projetos, com in-vestimentos e controles de gestão sendo realizados de forma compartilhada. Além do biogás, desde o início deste ano a nova empresa vem desenvolvendo negó-cios de médio prazo em outras três áreas: produção de biodiesel, de etanol com co-geração de energia elétrica e reflorestamento.

O projeto para a produção de biodiesel terá uma usina com capacidade de produzir biocombustível a partir de óleos vegetais e reutilizados. No caso do eta-nol, a intenção é firmar parceria com uma usina para a produção de álcool a partir da cana-de-açúcar, com co-geração de energia através de seu bagaço. No projeto de reflorestamento, por sua vez, o objetivo é gerar e comercializar créditos de carbono, num primeiro mo-mento, para posteriormente comercializar a madeira.

“Além das empresas do próprio grupo, que são nossas potenciais clientes, temos como horizonte um vasto mercado, de grandes empresas que buscam al-ternativas energéticas a preços competitivos”, reitera Carlos Bezerra.

• O suficiente para iluminar uma cidade com 100 mil habitantes

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Um futuro radiante

Torre de queima de biogás em Caieiras: venda dos créditos de carbono beneficia o meio ambiente e gera recursos para a empresa

merCadoSeNegÓCioS

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Seguindo sua Visão e Missão, Solví amplia atuação em áreas importantescomo saneamento básico e geração de energia a partir de fontes renováveis

Prover engenharia de soluções para a vida parece bem mais complexo do

que coletar e tratar resíduos, ou tratar água e esgoto. E é. Nem tanto pelos processos, mas pela consciência do novo papel que a Solví pretende desempenhar neste novo momento, com uma nova marca, novas am-bições e novos desafios.

“Temos uma causa, que é oferecer as melhores soluções aos nossos clientes sem abandonar o comprometimento social. O lucro deve ser uma conseqüência disso”, diz o presidente da Solví, Carlos Leal Villa, lembrando que o foco de atuação do grupo vem se ampliando. Saneamento básico e valorização energética são duas áreas que devem ganhar importância dentro do grupo nos próximos anos.

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Ambientepara a vida

• Habitantes atendidos por coleta ...................................................10.000.000• Habitantes atendidos por coleta seletiva ...................................7.500.000• Quantidade de metano coletado e tratado (Nm3) ..............47.000.000• Resíduos domiciliares depositados em aterro (ton.) ............3.000.000• Habitantes abastecidos com água ..................................................1.600.000• Volume de água distribuído (m3) .................................................201.000.000• Habitantes atendidos com coleta de esgoto ................................200.000• Resíduos coms. e inds. não perigosos depositados em aterro (ton.) 700.000• Resíduos perigosos depositados em aterro (ton.) .........................50.000• Resíduos industriais manipulados e tratados (ton.) ...................320.000• Resíduos incinerados (ton.) ...............................................................................4.000

* Números aproximados

Os serviços da Solví em 2006*

ARQUIVO INSTITUCIONAL SOLVÍ

Do rio para a torneira: água potável para 1,6 milhão em Manaus

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Saneamento e Saúde De acordo com a Pesquisa Na-

cional por Amostra de Domicílios 2003 (PNAD) do IBGE, 52% dos domicílios brasileiros não são servi-dos por rede coletora de esgoto, índice que sobe dramaticamente nas regiões Norte e Nordeste e nas áreas rurais, onde cerca de 96% das residências não são atendidas por um sistema de captação. Estima-se que 65% das internações de crian-ças no país estão associadas à falta de saneamento básico. Eis um dos motivos porque todos na Solví lidam com soluções para a vida, seja coletando resíduos, tratando-os, monitorando a qualidade da água, trabalhando em novos pro-jetos ou dando suporte ao trabalho de outras áreas.

Em tratamento de água e es-goto, a Solví protagoniza a maior e mais bem-sucedida experiência de concessão de serviços do país, por meio da Águas do Amazonas. Em sete anos, a empresa promoveu uma enorme evolução dos serviços prestados aos habitantes de Ma-naus: quando iniciou o período de concessão, 76% da população, que hoje é de 1,6 milhão de pessoas, tinha acesso a água tratada; hoje são 90%, e daqui a um ano serão 95%. Já a rede de esgoto, que aten-dia 7% dos domicílios, foi ampliada para 11%, e ao final do período de concessão, que é de 30 anos, a em-presa pretende oferecer uma co-bertura de 90%.

“Ao longo destes sete anos de operação em Manaus construímos um forte laço de parceira com a ci-dade, atualmente materializado em um grande programa de expansão dos serviços e fortalecimento ins-titucional da empresa”, diz o diretor-presidente da Águas do Amazonas, José Lúcio Lima Machado. Segundo ele, a renegociação do contrato no início deste ano permitiu dar par-

“Temos uma causa, que é oferecer as melhores soluções aos nossos clientes sem abandonar o comprometimento social. O lucro deve ser uma conseqüência disso”

Carlos Leal Villa, presidente da Solví

tida ao projeto de melhoria e am-pliação, que prevê investimentos de R$ 160 milhões nos próximos 18 meses.

Com a aprovação da Lei n° 11.445/2007, considerada o marco regulatório para o setor de sanea-mento básico (veja entrevista sobre

esse assunto nas páginas 10 e 11), a expectativa é que a experiência da Águas do Amazonas se multipli-que em outros municípios. “Temos uma série de fatores favoráveis a isso: municípios aos quais faltam tecnologias, recursos financeiros e gestão; uma cobrança mais intensa do Ministério Público, dos serviços municipais e das companhias es-taduais de saneamento e, por fim, a disponibilidade de leis mais claras que estabelecem outras formas de parceria, como a Lei das PPPs”, co-menta o diretor de saneamento da Solví, Masato Terada.

meio ambiente e peSSoaSSe o saneamento básico está

diretamente ligado à questão da saúde pública, buscar formas alter-nativas de energia é condição es-sencial para manter o planeta vivo. Depois de conduzir um projeto pio-neiro de queima controlada do bio-gás e geração de créditos de carbono no aterro da Battre em Salvador (um dos vencedores deste ano do Prêmio Brasil Ambiental, promovido pela Câmara Americana de Comércio do Rio), a Solví decidiu ampliar a atua-ção nesta área, prospectando novos projetos e parceiros para produção de biocombustíveis e geração de energia, em sua maioria a partir de fontes renováveis (veja matéria na

pág. 6). “Estamos atuando dentro das diretrizes do Protocolo de Kyoto, em primeiro lugar reduzindo a emissão de gases poluentes que causam o

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Cerca de 20 cidades brasileiras são atendidas pelos serviços de varrição e coleta

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efeito estufa, e depois agindo ativa-mente para gerar e oferecer ao mer-cado formas ‘limpas’ de energia”, diz o gerente de projetos especiais da Solví Valorização Energética, Carlos Alberto Bezerra.

Nascidos em dois aterros sani-tários, os projetos de geração de créditos de carbono mostram a dis-posição das empresas de tratamento de resíduos não apenas em oferecer processos e tecnologia de ponta dentro da sua expertise, mas em con-tribuir com ações que beneficiem toda a comunidade. A exemplo de Caieiras, onde cerca de 90 mil mudas de árvores nativas foram plantadas e hoje formam um cinturão verde em torno da área de aterro, outras ini-ciativas ambientais são conduzidas pela Battre, pela Catarinense, pela Essencis e pela Vega, entre outras empresas do grupo.

E um grupo que se propõe a oferecer soluções para a vida não po-deria esquecer das pessoas, que são sua própria razão de existir. Por meio de projetos de responsabilidade social, o Instituto Solví promove a educação, a geração de renda e a in-clusão social de milhares de pessoas em dezenas de comunidades. Só em 2006, foram R$ 2,4 milhões investi-dos em projetos de cidadania que beneficiaram diretamente mais de 60 mil pessoas.

Para quem está dentro da Solví, respeito, igualdade e opor-tunidades de crescimento são os compromissos do grupo, expressos por meio de políticas de remunera-ção, de participação nos resultados e de desenvolvimento profissional. A compreensão da importância do seu trabalho e o orgulho dele, por outro lado, são elementos comuns aos 11.340 profissionais que fazem a Solví.

MARCELLO VITORINO/FULLPRESS

José Raimundo prepara mudas no viveiro do aterro de Caieiras: 90 mil árvores plantadas

CERTIFICaCÕEs - muitoantesqueamaioriadasempresaspensassenisso,avegaengenhariaambientaliniciouumamploprocessodecertificaçãodequalidadedesuasempresas,quehojeseestendeatodoogrupoSolví.“Nãoqueríamosumdiploma,masumsistemadequalidadeamploeirrestrito”,dizodiretortécnicodaSolví,tadayukiYoshimura,ressaltandoqueosucessodoprocessodecertificaçãosedeveuadois fatores:avontade da diretoria e a motivação de todos os colaboradores, quecompreenderame“compraram”seusobjetivos.depoisdemuitotrabalho,em1997,avegafoiaprimeiraempresadeengenhariaambientaldopaísaconquistara iSo9001.algunsanosdepois,veioacertificaçãoiSo14001,empadrõesdegerenciamentoambiental.vejaostatusatualdecertificaçõesdasempresasdogrupo:

iSo 9001 – águas do amazonas; battre; essencis betim, Caieiras/ita-beraba, Catarinense, Curitiba/ rio branco do Sul, magé, taboão daSerra; gri; Koleta rio de Janeiro e São Paulo; relima; São leopoldoambiental,SbCambiental;vegaengenhariaambiental;viasolo.

iSo 14001 – battre; essencis betim, Caieiras/itaberaba, Catarinense,Curitiba/riobrancodoSuletaboãodaSerra;gri.

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O advogado Eduardo Gurevich tem tido um ano movimentado. Um dos motivos é a Lei de Saneamento Básico, sancionada no início de 2007. Afinal, como sócio do escritório Lacaz Martins, Halembeck, Pereira Neto, Gurevich & Schoueri Advogados, ele especializou-se em infra-estrutura e direito ambiental, prestando assessoria para o Banco Mundial, além de municípios, concessionárias e empresas privadas interessadas em investir no setor. Em entrevista à revista Solví, o Dr. Gurevich traça um breve panorama das melhorias e oportunidades abertas por leis como a de saneamento básico e a das PPPs, que estabelece normas para as parcerias público-privadas.

Revista Solví - Em sua avaliação, o Brasil tem hoje uma legislação am-biental adequada?

Eduardo Gurevich - A legislação ambiental brasileira é uma das mais avançadas do mundo sob o ponto de vista de atribuição de responsabilidade. Ela estabelece responsabilidade por eventos, solidariedade entre diversos atores que causam poluição ao meio ambiente. Por outro lado ela é muito esparsa, e para que alguém possa saber qual é a sua responsabilidade em re-lação a determinado evento, tem que buscar em várias normas, emitidas pela autoridade ambiental, pelo Congresso Nacional, pelo próprio Executivo, nor-mas federais, estaduais e municipais, que não estão codificadas. Isso gera desconhecimento, gastos com advoga-dos e consultores em meio ambiente, porque efetivamente o administrador da empresa não sabe qual é a impli-cação por uma determinada atividade que possa comprometer ou já compro-meteu o meio ambiente. Outro aspecto é o da fiscalização: temos uma legis-lação adequada, mas uma fiscalização inadequada. Se fiscalizassem aquilo que está escrito, com certeza não tería-mos tantos crimes ambientais no país. O problema é que não há vontade políti-ca para aumentar a fiscalização, não se destinando recursos orçamentários pra esta finalidade.

O Ministério Público tem tido uma atuação positiva nesse sentido?

Sem dúvida. Eu diria que o Ministério Público vem crescendo junto com a sociedade, e que hoje ele está entre a infância e a puberdade, no sentido de

descobrir o que pode fazer com o po-der fantástico que lhe foi outorgado na última constituição, agindo cada vez com mais responsabilidade. Hoje os empresários têm muito receio do Mi-nistério Público, porque as penalidades vão da condenação do administrador como pessoa física até a suspensão das atividades da empresa e a cobrança de indenizações e multas em quantias fabulosas.

Fale um pouco sobre a lei n° 11.445/2007, considerada marco regulatório do saneamento no Brasil. Por que ela é importante?

Ela é importante porque trata das dire-trizes gerais do saneamento básico no país. Não é uma lei federal, municipal ou estadual, é uma lei nacional, que se aplica a todos os entes federativos. Todos têm que atender aos preceitos dessa lei, que, acertadamente, não traça aspectos peculiares de cada estado ou município, mas dá as diretrizes gerais. Ela traz muitas coisas boas. Determina, por exemplo, que toda atividade de saneamento tem que ser planejada, e que o planejamento deve preceder qualquer ação. Um segundo aspecto é que esta lei prevê várias hipóteses de remuneração para o prestador de serviço, como por exemplo a possibi-lidade de cobrança de tarifa mínima, de cobrança de tarifa por estimativa, ou sazonal, para cidades que vivem de turismo. A obrigatoriedade de todos os prestadores serem regulados e fiscali-zados e de todos se conectarem à rede de água e esgotos, quando ela existir, também é fundamental. A lei prevê ainda a possibilidade de corte de for-

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necimento para usuário inadimplente, que não existia em nenhuma legislação anterior relacionada a saneamento básico, e é fundamental para quem presta o serviço.

E a Lei n° 11.079/2004 (das parce-rias público-privadas), que oportuni-dades abriu para as administrações públicas e para as empresas do setor privado?

A lei das PPPs abre oportunidades fantásticas, primeiro porque vai além da Lei de Concessão (n° 8.987/1995), que prevê a construção de infra-estru-tura pelo parceiro privado e a remune-ração pelos investimentos executados, custos de operação e manutenção da infra-estrutura por meio de pagamen-to de tarifas pelos usuários, tal qual acontece nas rodovias. Existem áreas de infra-estrutura onde o investimento necessário e a capacidade econômica do usuário não possibilitam a remu-neração do investidor privado. Por isso, a lei 11.079 prevê as modalidades de concessão administrativa e concessão patrocinada. Na concessão patrocinada o usuário faz o pagamento de parte da remuneração, e a administração com-

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pleta esse valor. Mas a grande novidade é a concessão administrativa, na qual toda a remuneração é paga pelo pró-prio poder público, não há pagamento pelo usuário. Com esta lei, várias possi-bilidades se abrem. Falando de limpeza urbana, de um lado temos necessidade de recursos nesta área, ou seja, cons-trução de usinas de tratamento e de aterros, e de outro a incapacidade da administração pública de fazer esses investimentos. Não tínhamos até então um marco regulatório que adequasse a necessidade desses investimentos pri-vados com o tempo necessário para a sua recuperação. A lei de Licitações (n° 8.666/1993) fala que qualquer contrato com a administração pública deve ter o prazo máximo de cinco anos, ou seja, não há tempo suficiente para fazer o investimento e recuperá-lo. Na área de tratamento de água e esgoto, por exem-plo, os investimentos são incrivelmente altos, muitas vezes o usuário não tem

capacidade econômica de pagar esses serviços, e aí entram as novas modali-dades de concessão administrativa ou patrocinada.

O Sr. acredita que a longo prazo estas novas leis podem mudar o panorama do saneamento básico e por conse-qüência da saúde pública no Brasil?

Não tenho dúvidas. Depende de vonta-de política, de bons projetos e de serie-dade no trato dos bens e recursos públi-cos. Percebemos que cada vez mais os prefeitos começam a se preocupar com a questão do esgoto no rio. Hoje, com o Ministério Público atuando firmemente, eles têm que arranjar uma solução, pre-cisam de recursos para isso, e vão buscar com a iniciativa privada. E o investidor tem que ser sério. Um investidor privado descompromissado, que conquista uma PPP em algum município, importante ou não, e a abandona, afeta a imagem do setor como um todo.

“Na área de tratamento de água e esgoto, os investimentos são incrivelmente altos, muitas vezes o usuário não tem capacidade econômica de pagar esses serviços, e aí entram as novas modalidades de concessão.”

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Programa implantado há sete anos pela Vega Salvador beneficia 31 comunidades carentes, que ganharam alternativa de geração de renda

Tudo começou em 2000, quando a Limpurb, responsável pela limpeza

urbana de Salvador, convidou a Vega a se engajar em um projeto de cidadania em bairros carentes da capital baiana. Assim nasceu o Agente Voluntários de Limpeza, um dos mais bem-sucedidos projetos sociais da empresa.

O objetivo era simples: de um lado, viabilizar o serviço de coleta de resíduos em áreas de difícil acesso para as equipes convencionais da Vega, e de outro gerar renda para moradores que estivessem desempregados. Deu tão certo que hoje já são 186 agentes, contribuindo para manter 31 bairros limpos.

Os agentes são indicados pelas associações de bairro, que priorizam pessoas que tenham um bom relacio-namento com a comunidade. Para exe-cutar o serviço, eles recebem uniformes, ferramentas e um auxílio alimentação pago semalmente. A empresa também

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disponibiliza contêiners e postos de en-trega voluntária de resíduos e dá a des-tinação adequada ao que é coletado.

ReciclagemSe estivesse limitado a isso, o pro-

grama já seria bom para os voluntários e suas famílias. Mas ele vai além, pois realiza campanhas educativas para conscientizar as comunidades sobre a importância da correta destinação dos resíduos, investe na formação de multiplicadores e implanta oficinas de reaproveitamento de lixo.

Com a colaboração dos mora-dores, parte dos resíduos sólidos é sepa-rada para comercialização e reciclagem, gerando renda para os voluntários, suas famílias e para a própria comunidade. No bairro de Bariri (Engenho Velho de Brotas), a Vega também implantou uma cooperativa de reciclagem, na qual tra-balham oito pessoas. Elas ganharam galpões construídos pela empresa e doados à comunidade, equipamentos e, principalmente, novas perspectivas de vida.

“O projeto Agente Voluntários

Agente coleta resíduos em Ogunja, uma das 31 comunidades atendidas pelo projeto

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“Apesar de ter estudo, não tive vergonha e aceitei quando ofereceram o trabalho de voluntário, pois estava sem emprego. Trabalhei na varrição e na limpeza do bairro do Bariri, e foi uma experiência ótima, hoje conheço todo mundo da comunidade e me dou bem com todos. Depois de algum tempo fui contratado pela Vega como varredor, e atualmente sou fiscal. Estou cursando a faculdade de Educação Física, e como sou mestre de capoeira, no futuro pretendo conciliar o trabalho na empresa com as aulas. Acabei virando exemplo para as pessoas do Bariri.”

Ueliton Bonfim, 33, participou do projetoAgente Voluntários de Limpeza em 2001 e 2002,

e desde 2003 é funcionário da Vega Salvador

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Fotos: ADENOR GONDIM/FULLPRESS

de Limpeza deu certo porque conhece a realidade dos bairros de Salvador e envolve diretamente as lideranças comunitárias na sua manutenção”, diz Tadeu Coqueiro, supervisor da Vega Salvador. A coordenadora do Instituto Solví, Eliana Lousada, reitera a avaliação: “O programa leva trabalho, renda e consciência ambiental às comunidades, indo muito além do assistencialismo; é o tipo de iniciativa que o Instituto quer multiplicar”.

É justamente com esse objetivo que em dezembro o Instituto entregará o Prêmio Destaque 2007 às empresas ou unidades do grupo mais atuantes em programas de geração de renda. O regulamento do prêmio está disponível na intranet da Solví e o prazo para ins-crição vai até outubro.

Equipe trabalha no bairro do Bariri, que possui até uma cooperativa de reciclagem

• Oportunidade de geração de renda e inclusão social

• Aumento da auto-estima dos agentes voluntários

• Redução do descarte de resíduos sólidos nas encostas e canais

• Melhoria ambiental das comunidades e da qualidade de vida da população

• Redução do número de enchentes, do descarte aleatório de lixo e dos casos de dengue nas comunidades

• Erradicação dos pontos de acúmulo de lixo

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Equipamentos, campanhase até estatísticas reduzemacidentes nas empresasdo grupo Solví

TRAbAlhOSEGuRO

Cuidar da segurança é uma das prioridades no grupo

Solví. Afinal, acidentes representam risco não apenas à integridade dos seus colaboradores, mas também ao desempenho das empresas. Para prevenir e reduzir ao máximo o número de eventos, a Coordenadoria de Segu-rança da Solví conta com aliados de peso: os números.

“Colhemos estatísticas sobre as ocorrências em cada uma das empresas e unidades. Elas nos mostram a freqüên-cia, a gravidade e os tipos de acidentes predominantes, e a partir dessa informação podemos desenvolver ações es-pecíficas”, afirma o coordenador Valter Álvares.

Segundo ele, o conhecimento das taxas de freqüên-cia e de gravidade dos acidentes serve de guia para as ações e os treinamentos aplicados anualmente a todos os colaboradores (com um mínimo de 8 horas/ano por pes-soa). “Estabelecer metas para cada uma das 30 unidades é essencial para que os objetivos sejam atingidos”, diz Valter, explicando que entre as variáveis que influem na ocorrên-cia de acidentes estão o ambiente físico, os equipamentos e o fator humano. “Podemos exercer um bom controle so-bre os dois primeiros, já a variável comportamental merece atenção especial, por isso é importante investir em edu-cação e conscientização”.

PrêmioA experiência da Vega Vale do Aço é um exemplo

da eficácia das ações cotidianas de prevenção. Em 2006, a filial, que realiza os serviços de varrição e coleta em Volta

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Redonda e Barra Mansa (RJ), focou sua campanha de segu-rança na prevenção de contusões, um dos principais mo-tivos de acidentes com afastamento entre os 400 colabora-dores. Por meio iniciativas como palestras ministradas por fisioterapeutas, ginástica laboral, além da padronização na altura dos estribos dos caminhões, a unidade conseguiu reduzir em 100% o número de acidentes com afastamento causados por contusão.

“Desde 2005 realizamos campanhas permanentes. Os resultados se devem ao envolvimento total da gerência e de todos os colaboradores”, diz o supervisor da unidade, Marcelo Azevedo. Pelo seu desempenho, a Vega Vale do Aço recebeu o prêmio de melhor campanha de segurança em 2005 e 2006. “Nosso maior prêmio é a preservação da saúde e integridade dos trabalhadores”, diz Marcelo, que em 2007 trabalha o tema da prevenção de entorses.

Em 2001 as empresas do grupo registravam freqüência de cerca de 150 acidentes com afastamento a cada 1 milhão de horas trabalhadas.

Em 2007 a freqüência caiu para 20 acidentescom afastamento a cada 1 milhão de horas trabalhadas.

Projeto Mão Segura, na Vega Vale do Aço: segurança para os coletores

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A estrada de ferro Vitória-Minas, que transporta minério e passageiros: o gerencimento dos resíduos das 20 estações é feito pela GRI

Com novos contratos fechados em 2007, CVRD transforma-se no maior cliente da GRI

Em 2007 a GRI estendeu seus negó-cios a dois novos estados: Minas

Gerais e Maranhão. Em ambos, os contratos são com a Companhia Vale do Rio Doce, que já ocupa o posto de maior cliente da empresa de gerencia-mento de resíduos industriais.

Em fevereiro a GRI iniciou os serviços de gerenciamento de resíduos na Estrada de Ferro Vitória-Minas, que possui 900 km de extensão e mais de 20 estações. Desde julho, atua também na usina de pelotização de São Luís, no Maranhão, e em setembro assinou o contrato para gerenciar os resíduos das 12 minas de ferro exploradas pela CVRD em Minas Gerais. Só no geren-ciamento dos resíduos das minas traba-lharão cerca de 90 colaboradores, entre supervisores, encarregados, motoristas e ajudantes.

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“O fato de já termos prestado serviços para a CVRD no Espírito Santo e em Carajás (PA) sem dúvida nos abriu portas para este importante cliente também em outros estados”, diz o su-perintendente geral da GRI, Reginaldo Bezerra, salientando que a empresa se destaca da concorrência principal-mente na preocupação constante em oferecer serviços inovadores.

Juntamente com a Gerência de Equipamentos da Solví, por exemplo, seus técnicos conceberam um cami-nhão adaptado, mais econômico e menos poluente, para rodar na usina de São Luís e nas minas de ferro. Além dis-so, a empresa está implantando na Es-trada de Ferro Vitória-Minas sua primei-ra central de resíduos auto-sustentável, com usina de compostagem, utilização de águas pluviais e aquecimento solar.

MAPA dAS MInASDe Norte a Sul

Com os novos contratos a GRI passa a atuar nos sistemas Norte e Sul da CVRD. O Sistema Norte com-preende a mina de Carajás, a usina de pelotização de São Luís e o termi-nal marítimo de Ponta da Madeira, enquanto o sistema Sul envolve as minas em Minas Gerais, a estrada de ferro Vitória-Minas, além da usina de pelotização e o porto de Tubarão, no Espírito Santo.

Segundo o gerente comercial Ciro Gouveia, a intenção é ampliar ainda mais o escopo de atuação jun-to à CVRD. “Já estamos prospectando serviços como a manutenção de áre-as verdes”, diz o gerente, que calcula um aumento de 40% no faturamento da GRI com os contratos já fechados em 2007.

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Todos os dias, São Paulo produz e descarta uma montanha de resíduos, metade

Onze milhões de habitantes, 5,5 milhões de carros cir-culando pelas ruas, maior pólo de negócios e de con-

sumo do país. Nenhum número é pequeno em São Paulo - da mesma forma que nenhum problema da cidade parece pequeno.

A megalópole que todos os dias pára em engarrafa-mentos homéricos também produz muito lixo: só de resídu-os domésticos são recolhidos diariamente cerca de 11 mil toneladas (o equivalente a um quilo por habitante).

O grupo Solví possui uma ligação estreita com a cidade, já que em São Pau-lo estão localizados os seus escritórios e foi onde se iniciou a história de boa parte das suas empresas, inicialmente na área de serviços públicos e depois também no setor privado. Atualmente, a Solví res-ponde pela coleta de cerca de 50% do lixo domiciliar da capital, por meio da Loga, e pelo tratamento dos resíduos, feito pela Essencis em seu aterro locali-zado em Caieiras.

De casa para o aterroO trabalho dos 1.250 motoristas e coletores da Loga

começa quando os moradores e comerciantes colocam seu lixo para fora. Diariamente, os mais de 180 caminhões e veículos especiais da empresa percorrem 13 subprefeituras da região central e das zonas oeste e norte da cidade. De-pois de passar por uma central de transbordo, os resíduos são encaminhados ao aterro de Caieiras, um dos dois que recebem o que é coletado na capital.

Com capacidade total para 60 milhões de toneladas, o aterro da Essencis é um dos maiores da América Latina e

Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha em agosto, a coleta de lixo domiciliar é o mais bem avaliado entre os serviços administrados pela Prefeitura de São Paulo, com 64% dos entrevistados considerando o serviço ótimo e bom.

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está preparado para receber tanto resíduos classe II, den-tre os quais se incluem os domésticos, quanto os classe I, perigosos (geralmente materiais tóxicos provenientes da indústria). “Tudo com a qualidade de processos e se-gurança ambiental garantidos pelas certificações ISO 9001 e ISO 14001”, lembra a gerente operacional do aterro, Luzia Galdeano. Além do controle e análise rigorosos de todo o material que entra, Caieiras vem efetuando desde o início

deste ano a queima controlada de biogás e a venda dos créditos de carbono decor-rentes da operação.

IndústriasSe os números referentes ao lixo

doméstico produzido na maior cidade do país e região são bem conhecidos, quando o assunto é resíduo industrial a coisa muda de figura, pois ainda é comum as indústrias estocarem resíduos por conta própria, o que implica em grandes riscos ambientais, como o de contaminação do solo, por exem-plo. Um número cada vez maior, no entanto, começa a se preocupar efetivamente com a

sua responsabilidade em relação ao meio ambiente.Também neste setor, a Solví oferece múltiplas soluções.

Cerca de 1.100 indústrias, empresas de serviços, estabeleci-mentos comerciais e de saúde da região usam os serviços especializados da Koleta, que, além de recolher os resíduos, realiza serviços de acondicionamento para a destinação final. “Ainda temos muito espaço para crescer em São Paulo”, afirma o seu diretor-presidente, Reginaldo Bezerra. A intenção, diz, é ampliar os negócios da Koleta em 10% a 15% ao ano. Para ofe-recer diferenciais a esses clientes, a empresa está ampliando também o seu foco de atuação. “Não queremos ser uma sim-

lugareS

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Todos os dias, São Paulo produz e descarta uma montanha de resíduos, metade

aCÕEs PossívEIsAdoção de um modelo no qual o gerenciamento da varrição e da coleta de resíduos seja feito pelas próprias empresas, remuneradas a partir de um sistema de aferição que levaria em conta a satisfação da população com o serviço prestado.

Instalação de uma usina de reciclagem para a cidade, item que consta no contrato da Loga. O projeto prevê uma capacidade de mil toneladas/dia e a instalação de uma linha semi-automatizada, de modo a gerar empregos.

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ples transportadora, mas um parceiro que ofereça soluções, como consulto-ria, auditoria e apoio à certificação ISO 9001”, diz o gerente de desenvolvimento Julio Mirage.

Próximo a São Paulo, em Taboão da Serra, está instalada a Essencis Inci-neração, que recebe principalmente os resíduos gerados pelas indústrias químicas e farmacêuticas. O seu é um dos sete incineradores existentes no país e o único na região Sudeste que dedica toda a capacidade de proces-samento (19 toneladas de resíduos por dia) aos clientes. Segundo o gerente operacional da empresa, Fabiano do Vale Souza, a ampliação do número de clientes, que hoje são cerca de 400, está condicionada a um maior rigor na legis-lação ambiental e na fiscalização, já que a incineração é hoje a mais dispendiosa dentre as tecnologias para tratamento de resíduos.

Também a GRI atua na Grande São Paulo, em cidades como Mauá e Mogi das Cruzes, realizando o geren-ciamento de resíduos para empresas dos setores automobilístico, de aviação e embalagem. E a expectativa é fechar contratos na cidade de São Paulo. Afinal, se ela é um espelho para o resto do país, deve começar a dar exemplo também na área ambiental.

dela coletada e tratada pelas empresas do grupo Solví

MARCELLO VITORINO/FULLPRESS

Todos os dias, o aterro de Caieiras recebe o equivalente a 500 caminhões com este, só de resíduos domésticos

MILTON TONELLO/FULLPRESS

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EvOLuIR de verdade é conhecer a si próprio. Não adianta só conhecer o mundo, o concorrente, o mercado. A questão mais fundamental para o sucesso chama-se auto-conheci-mento, elemento fundamental para a auto-confiança. Mas a questão da liderança passa por vários outros vetores. O verda-deiro líder tem o que chamo de as sete virtudes: visão ­ diferenciada – ele vê muito mais distante, enxerga o que os outros não enxergam; outro fator é a paixão pelo que faz, mais do que simplesmente gostar; tudo isso deve ser temperado pelo realismo, pela ação e pela rapi­dez. Afinal, se você fizer depois que outra pessoa fez, será um seguidor, não um pioneiro; persistência ­e ­co­ragem ­são o sexto elemento; e, por fim, o verdadeiro líder tem ética, ele faz as coisas em benefício de todos, não de si próprio. Mas o líder nasce ou se faz um líder? Do meu ponto de vista, nós nas-cemos líderes, todos temos essa semente da liderança, ainda que em graus diferentes, e aqueles que receberam esse dom em grau maior

têm a obrigação de usar isso para promover o bem comum. Sempre digo que o verdadeiro peca-do é você não usar seus talentos, seus dons, não dar resposta às suas habilidades. Habilidade em inglês é ability. Resposta é response. Juntando as duas, temos responsibility, respon-sabilidade. Assumir nossas responsa-bilidades, portanto, é usar os dons e talentos que recebemos. Eu vejo liderança no trabalho da Solví. Existe visão, paixão pelo trabalho, pé no chão, ação mais rápida, persistên-cia e pensamento no bem-estar da comunidade e da sociedade. E o Pro-grama Liderar, implementado pelo grupo, é uma oportunidade para que pessoas de vários níveis da organi-zação desenvolvam seus talentos e habilidades. O programa tem méri-tos, em primeiro lugar porque toda a diretoria apóia e participa. Depois, porque ele toca a mente, o corpo e a alma de cada participante, e tra-balhar essas três partes do nosso ser realmente faz com que o treinamen-to não seja da boca para fora, que seja assimilado e faça parte da cons-ciência de cada um.

Robert Wongé sócio da P&L – Partnership and Learning, e lidera a Robert Wong Consultoria Executiva

Lideranca comeca em voce

reviStaSolví|JulhoaSetembrode200718

oPiNiÃo

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De 3 a 6 de setembro a Solví partici-pou da Fitabes, Feira Internacional de Tecnologias de Saneamento Ambiental, que aconteceu em Belo Horizonte. Foram difundidas infor-mações institucionais sobre a Solví e a Águas do Amazonas, e a Essencis MG apresentou seu sistema de moni-toramento e operação da Central de Tratamento de Resíduos em uma visita especial para os participantes do 24º Congresso Brasileiro de En-genharia Ambiental, que ocorreu juntamente com a feira. Segundo Agnes Gattai, assistente de desen-volvimento de saneamento, a feira é importante para divulgar marcas, conhecer novas tecnologias, experi-ências operacionais e inserir-se no mercado de saneamento básico.

WORKShOP dE SAnEAMEnTO

PRêMIO VEGA AMbIEnTAl

SOlVí nA FITAbES

Em julho a Regional Sul lançou em Novo Hamburgo o Prêmio Vega Ambiental de Jornalismo 2007, destinado a jornalistas que con-tribuam para a discussão de temas como preservação, recuperação da natureza e desenvolvimento eco-sustentável. Seis categorias serão premiadas: jornal, revista, fotogra-fia, radiojornalismo, telejornalismo e webjornalismo, subdividas em Profissional e Acadêmico. As ins-crições vão até 28 de setembro, e a cerimônia de premiação acontecerá no dia 30 de outubro.

No dia 12 de julho cerca de 50 colaboradores da Solví e das empresas do grupo participaram de um workshop sobre saneamento. O objetivo foi ampliar a cultura de todos acerca desta área, cada vez mais importante dentro do grupo. Vários palestrantes convidados abordaram aspectos jurídicos, institucionais, técnicos, financeiros e de crédito ligados aos serviços de saneamento. A Diretoria de Saneamento já prepara também workshops específicos para os vários departamentos, nos quais aprofundará os conteúdos.

PRêMIO PARA ESCOlASEm 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, a Essencis MG lançou o Prêmio de Cultura Ambiental, envolvendo 4.500 estudantes de três escolas públicas situadas no entorno do CTR-Betim. Ao longo de seis etapas, até outubro de 2008, elas desenvolverão ações, produzirão fotografias, textos literários, grafite, pinturas e músicas, sempre tendo como tema o Meio Ambiente. Os autores das obras escolhidas em cada etapa serão premiados, e a escola que acumular mais pontos ganha um datashow. O programa é uma parceria com as escolas e as secretarias de Meio Ambiente e de Educação.

PROGRAMA lIdERAREm julho e agosto foram realizados o 7° e 8° encontros do Programa Liderar. A primeira turma, formada por 40 colaboradores com perfil de liderança, cursa até novembro o Módulo Intermediário. O programa, que tem como mentor o consul-tor César Souza e é coordenado pelo gerente de RH da Solví, Carlos Balote, irá até agosto de 2008, com reuniões mensais e atividades como palestras, workshops, visitas técnicas a outras empresas, dinâmicas, etc. A experiência do Liderar também foi apresentada durante o CONARH 2007, para um público de cerca de 500 pessoas.

Desde fevereiro os varredores da Vega São Leopoldo contam com uma nova ferramenta de trabalho: os so-pradores. Fabricados pela Stihl, esses equipamentos sopram 890m³ de ar por hora e exigem menos esforço na limpeza de grandes áreas como ruas, parques e locais pavimentados, sub-stituindo as antigas vassouras com mais rapidez e qualidade.

SOPRAdORES EM AçãONo dia 7 de julho, ao mesmo tempo em que acontecia o Live Earth, iniciativa mundial para conscientizar as populações sobre as questões ambientais, mais de duas mil pessoas participaram, em Canoas, de 13 horas de atividades coordenadas pela Vega com o apoio da Prefeitura. Entre elas a exibição do documentário Uma Verdade Inconveniente, de Al Gore, e a visita de alunos de escolas municipais ao Aterro Sanitário Canoas. Os copos utilizados no evento foram reutilizados para plantar sementes no novo Viveiro de Mudas da Vega, que integrará o projeto de revitalização da mata degradada do Rio dos Sinos.

lIVE EARTh

FERNANDA CURCIO

ARQUIVO INSTITUCIONAL SOLVI

NotaS

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Flagrante do beijo entre pássaro e flor de eritrina-candelabro, próximo ao viveiro de mudas de Caieiras

Foto: Marcello Vitorino/Fullpress

A Solví é uma holding controladora de empresas de reconhecida competência que atuam nos segmentos de resíduos, saneamento e valorização energética, presentes em todas as regiões do Brasil e no Peru. A Solví baseia suas ações no desenvolvimento sustentável e trabalha para manter um compromisso primordial: oferecer soluções para a vida, com serviços integrados, diferenciados e inovadores, capazes de contribuir para a preservação dos recursos essenciais e para o bem-estar das comunidades onde atua.

Instituto SolvíRua Bela Cintra, 967 - 10º andar01415-000 - São Paulo - SPPABX: (11) 3124-3500e-mail: [email protected]

Águas do Amazonas S.A.Rua do Bombeamento, 01 - Compensa69029-160 - Manaus - AMFone: (92) 3627-5515 - Fax: (92) 3627-5520e-mail: [email protected]

Essencis Soluções Ambientais S.A.Alameda Vicente Pinzon, 173 - 7º AndarVila Olímpia - 04547-130 - São Paulo - SPFone: (11) 3016-4520 - Fax: (11) 3016-4551e-mail: [email protected]

GRI Gerenciamento de Resíduos IndustriaisRua Presidente Costa Pinto, 33Mooca - 03108-030 - São Paulo - SPFone: (11) 6165-3500 - Fax: (11) 6165-3741e-mail: [email protected]

Koleta Ambiental S.A.Rua Presidente Costa Pinto, 33Mooca - 03108-030 - São Paulo - SPFone: (11) 6165-3715 - Fax: (11) 6165 3656e-mail: [email protected]

Solví Valorização EnergéticaRua Bela Cintra, 967 - 10º andar01415-000 - São Paulo - SPPABX: (11) 3124-3500e-mail: [email protected]

Vega Engenharia Ambiental S.A.Rua Presidente Costa Pinto, 3303108-030 - Mooca - São Paulo - SPFone: (11) 6165-3500 - Fax: (11) 6165-3703e-mail: [email protected]

Vega Upaca Sociedad Anónima - RelimaAv. Tomas Marsano, 432Surquillo - Lima 34 - PeruFone: (511) 618-5400 - Fax: (511) 618-5429e-mail: [email protected]

Rua Bela Cintra, 967 - 10º andar01415-000 - São Paulo - SPPABX: (11) 3124-3500e-mail: [email protected]

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