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1 Oficina de Cante Alentejano com Celina da Piedade www.celinadapiedade.com PINGUINHA DE ÁGUA Fui à fonte beber água Achei um raminho verde Quem o perdeu tinha amores|BIS Quem o achou tinha sede Dá-me uma pinguinha de água Dessa que eu oiço correr Entre pedras e pedrinhas|BIS Alguma gota há-de haver Alguma gota há-de haver Quero molhar a garganta Quero cantar como a rola|BIS Como a rola ninguém canta A água da fonte corre Limpa, clara, fresca e pura Assim correm os meus olhos|BIS Para a tua formosura Se fores ao Alentejo Não bebas em Castro Verde As fontes cheiram a rosas|BIS E a água não mata a sede Daqui até à malhada Lindos beijos lhe vou dando Já cá levo a minha noiva|BIS Já me posso ir andando

Oficina de Cante- letras / Cante Workshop- lyrics

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Algumas modas cantadas nas minhas oficinas/ Some lyrics for my Cante Workshopsby Celina da Piedade

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Page 1: Oficina de Cante- letras / Cante Workshop- lyrics

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Oficina de Cante

Alentejano

com Celina da Piedade

www.celinadapiedade.com

 

 

 

 

 

 

 

 

PINGUINHA DE ÁGUA 

Fui à fonte beber água 

Achei um raminho verde 

Quem o perdeu tinha amores|BIS 

Quem o achou tinha sede 

 

Dá­me uma pinguinha de água 

Dessa que eu oiço correr 

Entre pedras e pedrinhas|BIS 

Alguma gota há­de haver 

 

Alguma gota há­de haver 

Quero molhar a garganta 

Quero cantar como a rola|BIS 

Como a rola ninguém canta 

 

A água da fonte corre 

Limpa, clara, fresca e pura 

Assim correm os meus olhos|BIS 

Para a tua formosura 

 

Se fores ao Alentejo 

Não bebas em Castro Verde 

As fontes cheiram a rosas|BIS 

E a água não mata a sede 

 

Daqui até à malhada 

Lindos beijos lhe vou dando 

Já cá levo a minha noiva|BIS 

Já me posso ir andando 

 

 

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ANDORINHA  

  Andorinha, no ar andou  

Caiu no laço logo lá ficou |BIS  

  

Dá­me um abraço   

com desembaraço  

Andorinha nova  

Já caiu no laço  

  

Dá­me outro abraço  

Com todo o jeitinho  

Andorinha nova  

Já não vai ao ninho  

  

Dá­me outro abraço  

Com todo o valor  

Andorinha nova  

Já não tem amor  

  

Os alegres passarinhos  

Já têm novo cantar |BIS  

Aprenderam só de ouvir  

Sem ninguém os ensinar |BIS  

  

 

Se eu soubesse que voando  

Alcançava os teus carinhos |BIS  

Mandava fazer umas asas  

Das penas dos passarinhos |BIS  

___________________________________  

 ERVA CIDREIRA  

Ó erva cidreira  

Que estás no Alpendre 

Quanto mais se rega  

Mais a folha pende 

 

Mais a folha pende 

Mais a rosa cheira 

Que estás no alpendre 

Ó erva cidreira 

 

O amor que eu tenho  

É uma rosa bela 

E cheira tão bem 

Que eu só gosto dela 

 

Algum dia eu era  

Agora já não 

Da tua roseira 

O melhor botão 

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A LARANJA DA CHINA   

     

Olha a laranja da China   

Criada no arvoredo   

Não te ponhas à esquina   

Que eu passo e não tenho  

medo   

   

Que eu passo e não tenho  

medo   

Que eu passo e não faço mal   

Olha a laranja da China   

Criada no laranjal   

 

Laranjeira do pé d’oiro   

Que dá laranja de prata   

Tomar amores não me custa   

Deixá‐los é que me mata   

   

A laranja nasceu verde   

O sol a côr lhe deu   

Meu coração nasceu livre   

E o teu é que me prendeu   

   

 

 

O QUE LEVAS NA GARRAFINHA   

   

O que levas na garrafinha   

O que levas que tão bem cheira?   

Saudades do meu amor   

Que abala segunda‐feira   

   

Que abala segunda‐feira   

segunda‐feira à tardinha   

Que levas que tão bem cheira   

Que levas na garrafinha   

   

Tenho pena lindo amor 

tenho pena   

Tenho pena lindo amor, tenho dó  Tenho pena de não ir à fonte   

Num carro de uma roda só   

   

Num carro de uma roda só   

Num carro de uma roda  

pequenina   

Tenho pena lindo amor 

tenho pena   

E a pena não é só minha   

 

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Ó ANA, Ó ANA, Ó ANA 

 

Ó Ana, ó Ana, ó Ana 

Dá um jeitinho à cintura 

Lá na tua terra ó Ana 

Nem a tua mãe te atura 

 

Nem a tua mãe te atura 

Nem o São Bartolomeu 

Ó Ana, ó Ana, ó Ana 

Tu és minha e eu sou teu 

 

Tu és minha e eu sou teu 

Eu sou teu e tu és minha 

Ó Ana, ó Ana, ó Ana 

Dá lá mais uma voltinha 

 

Pus‐me a contar às avessas 

Uma pedra de coluna  |BIS 

Nove, oito , sete e seis 

Cinco, quatro, três, dois, um |BIS 

 

 

 

 

Quando eu tinha não dava 

Agora tenho e não dou |BIS 

Vai pedir a quem não tem 

Que eu em não tendo te dou |BIS 

 

Se eu tivesse a liberdade 

Que o sol e a lua têm|BIS 

Entrava na tua casa 

Sem licensa de ninguém |BIS 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIMOEIRO   

   

O sol é que alegra o dia   

Pela manhã quando nasce   

Ai de nós o que seria   

Se o sol um dia faltasse   

  

Tenho no quintal um limoeiro   

Junto ao canteiro da hortelã   

Ele dá limões o ano inteiro   

Eu em troca rego­o todas as  

manhãs   

   

Eu em troca rego­o todas as  

manhãs   

Isto é, se não chover primeiro   

Junto ao canteiro da hortelã   

Tenho no quintal o limoeiro   

   

Alentejo não tem sombra   

Senão a que vem do céu   

Assenta‐te aqui amori   

À sombra do meu chapéu   

   

  

MODA DA PASSARADA   

   

Maria, pois tu não vês     

O passarinho na lenha   

As asas a dar, a dar   

O biquinho venha, venha   

 

 Quais, quais   

Oliveiras, Olivais   

Pintassilgos, rouxinóis   

Caracóis, bichos móis   

Morcegos, pássaros negros   

Carambolas, galinholas   

Perdizes, codornizes   

Cartaxos e pardais   

E cucos milharucos   

Cada vez há mais     Não penses por eu cantar 

Que a vida alegre me corre 

Eu sou como o passarinho  Tanto canta até que morre 

 

 

   

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MODA DO ASSOBIO    

   

Não é tarde nem é cedo   

Vieste mesmo  em boa hora |BIS 

Meu pai já está deitado   

Minha mãe deitou‐se agora |BIS 

   

Eu ìa pela rua quando ouvi:  

psst psst |BIS   

E logo respondi:  (assobio) |BIS   

   

Fui um dia passear    

com um cestinho no braço |BIS   

Encontrei o meu amor   

Ai Jesus daqui não passo |BIS 

   

Tanta parra, tanta uva   

Tanta silva, tanta amora |BIS   

Tanta menina bonita   

E o meu pai sem uma nora |BIS 

 

 

 

 

 

MACELA 

 ó olhos para que olham 

se não dão terreno olhado |BIS 

O amor que eu mais adoro 

Esta de mim tão desviado |BIS 

 

Lá nos campos verdes campos 

Eu fui apanhar macela |BIS 

daquela mais miudinha 

daquela mais amarela |BIS 

 

daquela mais amarela 

daquela mais miudinha |BIS 

la nos campos verdes campos 

a macela macelinha |BIS 

 

Não há cravo como o branco 

Que até no cheirar é doce |BIS 

Nem amor como o primeiro 

Se ele fingido não fosse |BIS 

 

 

 

 

 

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LIRIO ROXO 

 

Meu lirio roxo do campo  

Criado na primavera 

Desejavamos saber, ai, ai 

A tua intencão qual era 

 

A tua intenção qual era 

Qual era o teu proceder 

Meu lirio roxo do campo, ai, ai 

Se eu te pudesse colher 

 

Desejava, desejava 

Ninguém sabe o que eu desejo 

Desejava lindo amor 

Em teu rosto dar –te um beijo 

 

Toda a vida sou pastor 

Toda a vida guardei gado 

Tenho uma cova no peito, ai, ai 

De me encostar ao cajado 

 

 

 

 

QUERO IR PARA O ALTINHO 

 

Quero ir para o altinho 

Que eu daqui não vejo bem 

Quero ver do meu amor 

Se ele adora mais alguém 

 

Se ele adora mais alguém  

Se ele me ama a mim sozinho 

Que eu daqui não vejo bem 

Quero ir para  o altinho 

 

E a alegria de uma mãe 

É uma filha solteira 

Casa a filha, ela vai‐se embora 

Vai‐se a rosa da roseira 

 

Algum dia eu cantando  

Ria‐se o céu, ria a terra 

Agora já todos choram 

Já eu não serei quem era 

 

 

 

 

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PÊRA VERDE 

 

Deste­me uma pêra verde 

Estava a meio de amadurar 

Pêra verde minha verde pêra 

Não me venhas enganar 

 

Não me venhas enganar 

A mim não me enganas não 

Pêra verde minha verde pêra 

Amor do meu coração 

 

 

O amor quando se perde 

É como a nódoa da amora 

Só com outra amora verde 

A nódoa se vai embora  

 

 

Pediste‐me uma laranja 

Meu pai não tem laranjal 

Se queres um limão doce 

Vai à porta do meu quintal 

 

 

         

Oficina de Cante

Alentejano

com Celina da Piedade

www.celinadapiedade.com