Upload
femy-fernandes
View
215
Download
2
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Escrever por prazer esteve na base deste pequeno livrinho de histórias.
Citation preview
Oficina de escrita
4º Ano
Escola B.2,3 do Pinhão
A n o l e t i v o 2 0 1 1 / 1 2
A inveja da vassoura
No armário da cozinha da casa da Dona Anabela
viviam uma vassoura e um aspirador.
A Dona Anabela tratava-os muito bem, mas tinha uma
preferência enorme pelo aspirador. Era rápido e limpava
todos os recantos da casa.
Um dia, a vassoura dirigiu-se ao aspirador e disse a
chorar:
- Estou cansada! Cansada de não me utilizarem, a Dona
Anabela não gosta de mim, aliás, ninguém gosta de
mim!
- Claro que ninguém te utiliza, eu sou melhor do que
tu!
- Mas olha que eu já fui muito útil às donas de casa!
Quando não havia eletricidade era eu quem limpava as
casas de cima a baixo, e ao fim coitadinha de mim!
- Pois, mas agora até tens teias de aranha!
A Dona Anabela ouvindo esta conversa, comovida,
prometeu a si mesma nunca
mais ignorar a vassoura.
A Pantera Negra
Sou uma pantera negra que vivia numa selva africana.
Certo dia, estava eu a dormir, numa tarde quente de
verão, quando senti um barulho.
Vi que estava dentro de uma carrinha espaçosa, pouco
confortável e com uma cor azul esquisita. A partir desse
momento, comecei a ficar assustada.
Passadas duas horas, percebi que tinha chegado a um
jardim zoológico português, em Vila Nova de Gaia. Havia
lá muitas pessoas! Pareceu-me ser muito mais
interessante do que a vida que eu levava em África.
Olhei para trás e vi uma família de panteras negras. A
seguir, o macho disse-me:
-Bem -vindo à família. rapazinho!
-Muito obrigado! Estou muito feliz por vos ter com
família. Em África não tinha família nenhuma!-disse eu,
muito entusiasmado.
A partir desse dia, comecei uma nova vida com uma
nova família e nunca mais me separei dela.
O caderno
Olá, eu sou um caderno branco com uma bela capa azul.
Certo dia, estava numa loja com os meus irmãos, a dormir uma
soneca, quando um homem me agarrou e me levou para uma
secretária. Passado algum tempo, o homem abriu-me e
começou-me a fazer cócegas com um lápis e com uma
borracha.
Eu fiquei muito chateado e decidi fugir. Quando estava a
tentar sair da secretária, caí num caixote do lixo fedorento.
Fiquei tao aterrorizado que desmaiei!
Quando acordei, estava numa caixa com muitos outros
cadernos, que não pareciam muito novos, mas eram
simpáticos. Eu, com alívio, disse:
-Olá, meus senhores, podem dizer-me como saio daqui?
-Claro, é só dares um grande salto.
-Obrigado.
Fiz o que eles disseram e resultou. Quando dei conta, estava no
armazém da minha loja onde estava a minha família.
Enfim, foi uma aventura! Espero que me tratem melhor
Uma lição de vida.
Um dia, três rapazes chiquérrimos encontraram-se no centro
comercial. O João Miguel, um desses rapazes, disse:
-Nós temos uma casa com jacúzi, televisor, sofás confortáveis e
de marca. Além disso, temos empregadas.
A Teresa, a amiga dos rapazes chiquérrimos, disse:
-João, Guilherme, Pedro, o que interessa não é o luxo ou o
conforto, é o amor e o carinho que existe dentro dela.
-Mas nós dizemos mentiras uns aos outros, e, por vezes,
andamos à luta.
-Sabem, há uma música que diz assim: quanto mais são as
mentiras, menos cremos na verdade, e andar à luta, isso não se
faz aos amigos. E tu, João Miguel, que és o líder do grupo, não
mandes no mundo, há pessoas mais importantes do que tu! -
exclamou a Teresa.
-Sabem uma coisa? Ser
chique não é gabar-se pela
casa, pelas roupas, pelo
dinheiro que temos, mas
sim por sermos pessoas
solidárias, carinhosas,
generosas,
verdadeiras…Isso sim, é ser verdadeiramente chique, viver bem
com ele e com os outros.
“ Uma história”
Era uma vez uma cobra grande, verde com riscas amarelas e
tinha uma língua afiada.
Ela ia viajar, por isso, levava uma mala castanha, onde
guardava um chapéu azul, um lenço amarelo e uns óculos de
sol. Enfim, a cobra era vaidosa…
A cobra ao ver uma quinta, disse:
-Uma quinta! Vou passar aqui as minhas férias!
Quando a cobra entrou pelo portão da quinta viu um leão e
um cabrito.
O cabrito andava a comer erva e, de tanto comer, não
conseguia correr.
O leão, de tanto correr, estava deitado a dormir.
A cobra abriu a mala e tirou o chapéu, o lenço e os óculos.
Pôs o lenço no chão, mas pôs os óculos de sol e o chapéu na
cabeça.
O leão, mal viu a cobra, saltou-lhe.
A cobra gritou:
-Socorro, socorro, está a magoar-me!
De repente, o leão engoliu a pobre cobra, porque a fome
era muito.
O cabrito, ao ver esta triste cena, fugiu a sete patas.
Foi um final infeliz!
O leão mandão
Numa floresta bem tranquila, viviam uma cobra, um
leão e um cabrito.
A cobra era verde e às pintas azuis, o cabrito era muito
esperto e o leão era castanho claro e com uma grande
juba.-Ah! Esqueci-me de dizer que a cobra também tinha
“uns dentes” mortíferos.
- Olá, senhor leão, como vai sua excelentíssima
alteza?
-Bem- Respondeu o altíssimo rei.
-Onde se encontra aquele delicioso cabrito
desprotegido?
Ouvindo isto, o cabrito grita de cima de uma árvore:
-Ah! Tenho um grande e feroz leão atrás de mim!
-Apanha-o – gritou o leão à cobra.
Depois a cobra chegou ao pé do seu líder, gaguejando:
-De…desculpe, meu rei, o cabrito deu-me um valente
murro com aquele casco.
-Eu quero aquele cabrito!- Sentenciou o rei, furiosíssimo.
E foi assim que a cobra aprendeu uma valente lição, que
não é preciso ter bons dentes para se defender.
FIM