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OFICINA LITERÁRIA AULA 1 CURSO DE LETRAS - PROF. Me. CLÁUDIA SOARES Rio de Janeiro, 21 de outubro de 2011

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OFICINA LITERÁRIA AULA 1

CURSO DE LETRAS - PROF. Me. CLÁUDIA SOARES

Rio de Janeiro, 21 de outubro de 2011

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O que é Literatura?

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O que é Literatura ? Conceito

ETAPAS

O QUE É LITERATURA ?

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ETAPAS CONCEITOS e RELAÇÕES:

CONSTRUÇÃO• Conotação e Denotação;

• Texto literário e Não Literário;

• Literatura e a História;

• Palavra;

•Relações Dialógicas e

•Relação texto, autor e leitor.

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DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃOC. F. TÍTULO II

Dos Direitos e Garantias FundamentaisCAPÍTULO I

DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOSArt. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer

natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à

igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos

termos desta Constituição;II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa

senão em virtude de lei; (...)IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o

anonimato;(...)IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e

de comunicação, independentemente de censura ou licença;X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem

das pessoas, (...)

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OnomatopéiaSignificado de Onomatopéias.f. Vocábulo que procura imitar determinados sons ou ruídos naturais. Não é uma reprodução fiel do som ou ruído, mas sua interpretação aproximada com os sons existentes em uma língua. Geralmente, é um monossílabo repetido, com alteração vocálica ou não. O "fru-fru" de um vestido, o "zum-zum" da abelha e o "tic-tac" do relógio são exemplos de onomatopéia. O termo vem de duas palavras gregas que significam criar um nome.

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Esse negro corcel, cujas passadas Escuto em sonhos, quando a sombra desce, E, passando a galope, me aparece Da noite nas fantásticas estradas, 

Donde vem ele? Que regiões sagradas E terríveis cruzou, que assim parece Tenebroso e sublime, e lhe estremece Não sei que horror nas crinas agitadas? 

Um cavaleiro de expressão potente, Formidável, mas plácido, no porte, Vestido de armadura reluzente, 

Cavalga a fera estranha sem temor: E o corcel negro diz: "Eu sou a morte!" Responde o cavaleiro: "Eu sou o Amor!" 

Mors – Amor (Antero de Quental)

1842-1891

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Lua cheia

Boião de leite que a noite leva com mãos de treva, pra não sei quem beber. E, que, embora levado muito devagarinho, vai derramando pingos brancos pelo caminho.

CASSIANO RICARDO. Poesias completas. Rio de Janeiro, J. Olympio, 1957. p. 135.)

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A conotação remete para as idéias e as associações que se acrescentam ao sentido original de uma palavra ou expressão, para completá-las ou precisar a sua correta aplicação num dado contexto. Por outras palavras, tudo aquilo que podemos atribuir a uma palavra para além do seu sentido imediato e dentro de certa lógica discursiva entra no domínio da conotação – SENTIDO FIGURADO. A denotação é aquilo a que uma palavra ou expressão se aplica no seu texto. Normalmente, opõe-se à conotação. a palavra é utilizada com seu sentido comum (o que aparece no dicionário) dizemos que foi empregada denotativamente – SENTIDO LITERAL.

 

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Linguagem Informativa - objetiva, apresentando dados precisos como, por exemplo, datas e nome de escritores. Trata-se de uma linguagem direta e impessoal. Não há nenhum tipo de exploração de imagens ou figuras de linguagem.

Linguagem Subjetiva - multiplicidade de significações, opondo-se a linguagem informativa..

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DENOTAÇÃO - É a linguagem informativa, comum a todos. Tem por objetivo expressar um conhecimento prático, científico. Neste tipo de linguagem, as palavras são sempre empregadas em sentido real.

CONOTAÇÃO - É a linguagem afetiva, individual e subjetiva. Tem por objetivo a apreciação estética. Apresenta o uso da palavra no seu sentido figurado ou poético.

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Texto literário e Não LiterárioS. Mateus, 10 de Setembro de 2002Meu caro Hugulino:Bem sei que é mais moderno enviar um e-mail, mas nem tu tensInternet, nem eu perdi a mania de escrever cartas. E, depois, tempo é oque não me falta.Indo directamente ao que interessa: a festa é no dia 5 de Outubro,na casa das tulipas como da outra vez. Presentes, entre outras vãoestar a Pezinhos-de-lã, a Lô Proveta, a Sidónia dos caracóis e, claroestá, aquela por quem tanto suspiras. É preciso enviar-te um convite?Há actividades surpresa, e eu hei-de descobrir onde o meu avôguarda a chave da despensa. O resto ficará, como sempre, dependenteda imaginação de cada um.E pronto. Sei que não és de muitas leituras. Fico-me por aqui,embora isto pareça mais um telegrama do que uma carta.Um grande abraço do sempre teu amigo,JoaquimP.S.:Traz aquela tua vizinha morena.

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Chegam cartas. Chegam pedaços do meu país.Chegam vozes. Chega um silêncio que me diz as revoltas as lágrimas oscansaços.Chegam palavras que me apertam nos seus braços.Chegam notícias do meu país.………Chegam palavras com guitarras de Lisboa.Chegam palavras que me sentam a sua mesa para falar das nossas coisas: trigoe tristeza. Trevo e sal.Chegam palavras que me trazem vinho e broa.Chegam palavras que me trazem Portugal.

CORREIO - Manuel Alegre

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Débora Falabella engata namoro com Daniel Alvim11/02/2011 15h00 • Thiago Manholer

Separada do músico Chuck Hipólito desde o fim do ano de 2010, a atriz Débora Falabellaparece ter engatado um romance sério com o ator Daniel Alvim, ex-namorado das atrizesPaula Burlamaqui e Mel Lisboa. Segundo a colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo, amigos garantiram que o clima entre eles é de total paixão.Atualmente, Débora faz parte do elenco da novela das sete Ti-ti-ti, da Globo.

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Tanto do meu estado me acho incerto,Que em vivo ardor tremendo estou de frio;Sem causa, juntamente choro e rio,O mundo todo abarco e nada aperto.

É tudo quanto sinto, um desconcerto; Da alma um fogo me sai, da vista um rio;Agora espero, agora desconfio,Agora desvario, agora acerto.

Estando em terra, chego ao céu voando, Numa hora acho mil anos, e é de jeitoQue em mil anos não posso achar uma hora.

Se me pergunta alguém por que assim andoRespondo que não sei; porém suspeitoQue só porque vos vi, minha senhora.

Luís de Camões

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O texto não literário é informativo, objetivo. Ele apresenta uma linguagem denotativa, direta e impessoal. Está preso à realidade, a algo que pode ser comprovado como verdade. A nossa comunicação de todos os dias, ou seja, a nossa fala do cotidiano, com nossos amigos, com nossa família ou no nosso trabalho, é um exemplo de texto não literário. São textos que visam, apenas, a informação e a ação.

O Texto Literário distingue-se, nomeadamente, pelo facto de transformar a realidade, servindo-se dela como modelo para a arquitectar mundos “fantásticos”, que só existem textualmente e que se estabelecem através da metáfora, da caricatura, da alegoria e pela verosimelhança. Residindo aqui a ficcionalidade patente no Texto Literário. Este é o elemento que mais o diferença do Texto Não Literário

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TEXTO LITERÁRIO- TEM FUNÇÃO ESTÉTICA- SUA RELEVÂNCIA SE DÁ NO PLANO DA EXPRESSÃO; NÃO IMPORTA APENAS O QUE SE DIZ, MAS COMO SE DIZ- É INTANGÍVEL, ISTO É, NÃO PODE TER SEUS TERMOS SUBSTITUÍDOS OU SUA ORDEM ALTERADA; ELE É INTOCÁVEL, NÃO PERMITINDO SEQUER SER RESUMIDO- É CONOTATIVO, OU SEJA, CRIA SIGNIFICADOS NOVOS- SUA LINGUAGEM É PLURISSIGNIFICATIVA, ISTO É, BUSCA REMETER A VÁRIOS SIGNIFICADOS PARA OS TERMOS QUE USA

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TEXTO NÃO-LITERÁRIO- TEM FUNÇÃO UTILITÁRIA- SUA RELEVÂNCIA SE DÁ NO PLANO DA MENSAGEM- PODE SER RESUMIDO, SEM PREJUÍZO DE SEU CONTEÚDO OU PLANO DE EXPRESSÃO- É DENOTATIVO, OU SEJA, REFERENCIAL, ASPIRANDO A SER O MAIS INFORMATIVO POSSÍVEL- SUA LINGUAGEM BUSCA TRANSMITIR UM ÚNICO SIGNIFICADO PARA OS TERMOS QUE EMPREGA

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TEXTO LITERÁRIO

FALANTE

ESCRITOR

OUVINTE

LEITOR

DISCURSO

RELAÇÕES DIALÓGICAS

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Seleção e Combinação:

Processo de escolha, no qual as opções assumidas delineiam os valores, a ideologia que preside a produção de discurso. Por isso, é fundamental o leitor perceber, no texto, quem fala e para quem fala. Ao produzir um texto, o autor escolhe e combina o que vai escrever. Aquilo que ele pretende dizer é o que vai estar inserido na voz do narrador. Dessa forma, o texto expõe as opções assumidas e encobre as rejeitadas.

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DISCURSO LITERÁRIO

DISCURSO HISTÓRICOX

A HISTÓRIA é a vida de cada um de nós. Todos os dias escrevemos a história com nossos atos e valores.A LITERATURA se apropria desses atos e valores que formam as sociedades de diferentes épocas para dar vida às personagens dentro dos mais diversos contextos. Por isso, a LITERATURA, considerada, por muitos, como arte da palavra, pode ser conceituada como um tipo de discurso que tenta dar conta da história.

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Assim como a música, a pintura e a dança, a Literatura é considerada uma arte. Através dela temos contato com um conjunto de experiências vividas pelo homem sem que seja preciso vivê-las. 

A Literatura é um instrumento de comunicação, pois transmite os conhecimentos e a cultura de uma comunidade. O texto literário nos permite identificar as marcas do momento em que foi escrito.

As obras literárias nos ajudam a compreender nós mesmos, as mudanças do comportamento do homem ao longo dos séculos, e a partir dos exemplos, refletir sobre nós mesmos. 

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Ao final dessa aula:

1. Aprendemos a diferença entre texto literário e não literário;2. Conhecemos as características do texto literário;3. Reconhecemos a literatura como um tipo de discurso.4. Entendemos a relação autor – texto – leitor.