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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 12 Domingo, 22.03.2015 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Foi desprezado e rejeitado pelos homens; homem de dores e experimentado nos sofrimentos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, foi des- prezado, e não lhe demos nenhuma importância. Verdadeiramente Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou sobre si as nossas dores; e nós o consideramos aflito, ferido por Deus e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões e esmagado por causa das nossas maldades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e por seus ferimentos fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair a maldade de todos nós sobre Ele. Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a boca; como um cordeiro que é levado para o matadouro, e como ovelha muda diante dos seus tosquiadores, Ele não abriu a boca. (Isaias 53.3-7) A Profecia

OJB Edição 12 - Ano 2015

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Na edição desta semana, através da capa, queremos levar você à uma reflexão a respeito do verdadeiro sentido da Páscoa, que já está próxima. Nas demais páginas trazemos como destaque a comemoração dos 107 anos do Colégio Batista Shepard e um artigo a respeito da valorização da mulher, que traz como base para discussão o livro / filme "Cinquenta Tons de Cinza".

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1o jornal batista – domingo, 22/03/15?????ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 12 Domingo, 22.03.2015R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Foi desprezado e rejeitado pelos homens; homem de dores e experimentado nos sofrimentos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, foi des-prezado, e não lhe demos nenhuma importância.

Verdadeiramente Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou sobre si as nossas dores; e nós o consideramos aflito, ferido por Deus e oprimido.

Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões e esmagado por causa das nossas maldades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e por seus ferimentos fomos sarados.

Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair a maldade de todos nós sobre Ele.

Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a boca; como um cordeiro que é levado para o matadouro, e como ovelha muda diante dos seus tosquiadores, Ele não abriu a boca. (Isaias 53.3-7)

A Profecia

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E D I T O R I A L

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEVanderlei Batista MarinsDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOPaloma Silva Furtado(Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ)

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INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

Cartas dos [email protected]

Foi assim que tudo começou...

Desejo parabenizar o pas-tor Adilson Nogueira de Re-zende, pastor da Igreja Batis-ta de Rio Novo do Sul - ES, pelo material publicado em O Jornal Batista, edição de 22/02/15.

Querido pastor, louvo a Deus por sua vida. Parabéns por ter me feito reviver os bons tempos da IBRS. Tive o privilégio de ser batizado nessa Igreja; acho que foi pelo pastor Mariano Dou-rada. Sou filho de Joel Fran-cisco Wandermuren, e neto

de Alfredo Francisco Wan-dermuren, que por muitos anos serviu a esta Igreja na qualidade de diácono, res-ponsável pela Congregação de Gruta, que se situava em sua fazenda.

Lembro-me muito bem dos terceiros domingos, ora da Ceia, ora de batismos. Hoje, decorridos 75 anos, pude recordar algo de minha in-fância. Muito obrigado, que Deus abençoe ricamente o seu ministério. Abraços.

Aurizé Lucas Wandermuren, membro da Igreja Batista Jardim das Oliveiras - SP

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome com-pleto, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser en-caminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

Joquebede: uma mulher de fé

Quero compar -tilhar a história de uma mulher de Deus, uma

mulher de valor chamada Joquebede. A história dessa personagem está registrada em Êxodo 2.1-10. Sugiro que você faça a leitura.

A Bíblia nos conta que Joquebede era descendente de Levi e nasceu na época em que os israelitas esta-vam cativos no Egito. Não bastasse a forma escravo-crata e desesperançosa que esse povo vivia, o rei lan-çou um decreto ordenando que todos os bebês do sexo masculino fossem mortos assim que nascessem. Nes-te tempo, Joquebede já ti-nha dois filhos e se deparou com mais uma gravidez. Com toda certeza, ela e o marido torceram para que nascesse uma menina, já que não havia ultrassom naquela época para saber qual era o sexo da criança. Para a surpresa da família, nasceu um menino forte, saudável e muito bonito. O que fazer agora?

Joquebede sabia que se Fa-raó soubesse do nascimento do seu filho, mataria-o, pois essa era a ordem. Então, por três meses ela decidiu que esconderia a criança e, pe-los versículos, ocorreu tudo bem nesse período. Porém, chegou um tempo em que era impossível continuar escondendo aquele bebê, que agora já estava maior e chorava mais alto. Foi nesse momento que essa mulher precisou tomar a decisão mais difícil - na minha opi-nião - da vida dela. Joquebe-de providenciou um cesto, cobriu-o da melhor forma para aquecer e proteger o menino e escolheu confiar exclusivamente em Deus. O cestinho seria apenas uma estratégia de cuidado e pro-teção para com o neném.

O menino então foi posto para flutuar nas ondas do rio Nilo, ao som do clamor dessa mulher para que Deus o protegesse. A irmã dele chamava-se Miriã, que acom-panhou de perto o cestinho flutuando pela beira do rio. Naquela mesma hora, a filha

do Faraó estava se banhando no rio com as suas servas e, quando viu o cestinho, sentiu o desejo de cuidar daquela criança. Como sabia que pre-cisaria de uma babá, Miriã, a irmã do menino, ofereceu-se para encontrar uma hebreia para criar a criança. Concor-dando, a princesa do Egito, sem saber, pôs novamente nos braços de Joquebede o filho que ela havia deixado no rio. Joquebede e Anrão criaram o menino, que re-cebeu o nome de Moisés, e disse: “Porque das águas o tenho tirado” (Ex 2.10).

Através dessa linda his-tória de fé em Deus quero ressaltar alguns pontos: pri-meiro, quando a situação pa-recer diferente do esperado é imprescindível ter calma e sabedoria para entender a orientação de Senhor; em segundo lugar, mesmo com Deus no controle, existe o momento da nossa ação – Oração significa orar e agir, conforme o direcionamento de Deus -, quando nossa postura diante do problema deve ser de coragem para

encará-lo. Em terceiro, a nossa fé e confiança no Deus Todo Poderoso e provedor de todas as coisas precisa falar mais alto do que as circunstâncias contrárias, mesmo que pareça ser o fim aos nossos olhos. E, por último, quando entregamos, de fato, alguma situação nas mãos de Deus e estamos dis-postos a ouvi-lo e obedecê--lo, a solução é boa, perfeita e agradável sempre, pois somente Cristo é o Deus do impossível e do melhor.

Não sei como você está, se está passando por algum momento difícil e de dúvidas quanto às decisões, mas co-loque seus anseios, seus pla-nos, suas dores, frustrações e questionamentos diante do altar do Senhor. Creia, Ele é fiel e está com ouvidos abertos e atentos para ouvir o seu clamor ou apenas as suas lágrimas, quando as palavras não saírem. Peça a Deus sensibilidade para en-tender as Suas orientações, e seja guiado para o futuro que o Senhor tem preparado para você. (PF)

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bilhete de sorocabaJULIO OLIVEIRA SANCHES

A obra da criação di-vina foi consumada com a formação da mulher. Bem dife-

rente dos demais elementos da criação, quando Deus falou e surgiram.

Deus formou Adão do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego da vida. No caso da mulher, Deus dedicou tempo especial para formá-la, usan-do a costela retirada de Adão. Há todo um processo e objeti-vo no trabalhão divino. Dedi-cação especial a um objetivo definido. A mulher foi criada para dar fim a solidão do ho-mem, para complementá-lo. Paulo observa esta verdade ao escrever que a mulher precisa do homem para se completar. Da mesma forma, o homem não é completo sem a mulher, como bem exemplifica I Coríntios 7.4. A não compreensão dessa verdade bíblica tem ofereci-do a satanás oportunidades para denegrir e transtornar o propósito de Deus.

Desde o momento em que Eva deu ouvidos ao “lenga--lenga” da serpente, a mulher tem pagado elevado preço em sofrimento para conquistar o seu lugar na sociedade. O pecado tornou o homem do-minador, frustrando o projeto inicial de Deus. O machismo dominante em todas as épocas é consequência do pecado. Em pecado o homem não con-segue compreender e aceitar o verdadeiro papel da mulher, como ser formado por Deus. O pecado levou o homem a olhar a mulher como objeto de desejo, não como alguém que lhe complementa.

O pecado brutalizou o ho-mem. Seu anseio por domi-nar e impor suas ações no mundo criado por Deus tem gerado a sociedade que te-mos hoje. A ordem dada por Deus para que o homem do-minasse o Universo foi dada antes da criação da mulher. Após a criação da mulher a ordem foi amá-la, como descreve Efésios 5.25. Deus não criou a mulher para ser dominada, tampouco para ser dominadora. Mas, para ser companheira do homem. Ajudadora no estabelecimen-to do projeto divino, onde prevalece a poesia e o amor.

A mulher, por sua vez ma-culada pelo pecado, passou a competir com o homem. Ad-quiriu os seus vícios. Deixou--se corromper. Permitiu tor-nar-se objeto de propaganda para saciar a mente corrom-pida do homem. Perdeu sua feminilidade. Na competição pela sobrevivência, a mulher não conseguiu se igualar ao homem, mas tornar-se escra-va dos desejos do macho. Ao frustrar o objetivo divino que a criou para ser companheira e ajudadora, a mulher passou a sofrer as consequências de suas decisões. Insatisfação com a vida; com a materni-dade. Hoje, com o horror a gerar filhos, e outros tantos fatores que a fazem infeliz. A violação estimulada pelo pecado tem gerado uma so-ciedade desequilibrada, ego-ísta e cruel. O machismo tão criticado na sociedade antiga reapareceu com mais força na modernidade. As leis que tentam proteger a mulher da agressividade masculina não

conseguem surtir os efei-tos desejados. Condena-se sempre a mulher, jamais o homem que a ajudou a prati-car e cooperou com o delito. Haja vista o tema aborto. Até mesmo entre os cristãos per-siste o sentimento de que a mulher é inferior ao homem. Nem inferior, nem superior no projeto divino; iguais aos olhos do Criador.

Jesus resgatou o verdadeiro papel da mulher. Nasceu de uma mulher, sem interferên-cia do homem. Defendeu a mulher “apanhada” em adultério da sanha masculi-na que desejava apedrejá-la. Conversou com uma mulher, considerada indigna pela sociedade e a religião do seu tempo, à beira do poço de Jacó. Apresentou-lhe com amor a água da vida que des-sedenta qualquer pecador, seja ele macho ou fêmea. Levou o apostolo Paulo a es-crever que perante Deus não há macho nem fêmea, como está escrito em Gálatas 3.28, mas, que todos somos um em Cristo.

Respeitar a dignidade femi-nina e aceitar o seu potencial de realização como ser cria-do por Deus é mais do que dever, é submeter-se ao que Deus estabeleceu. Como sal-vos, precisamos dizer não a toda violência que denigre o papel da mulher. As maiores violências contra a mulher são praticadas nos recessos dos lares. O texto de Paulo aos Efésios 5.28 há que ser praticado pelos esposos com gratidão e amor. Parabéns a todas as mulheres que ser-vem a Cristo com fidelidade.

Mulher, coroa da criação divina

Família: o ideal de Deus

para o ser humano

Marinaldo Lima, pastor da Igreja Batista em Sítio Novo – Olinda - PE

Família é célula mater da sociedade; A bênção de Deus para a humanidade. Mãe, pai, filhos, filhas no temor do Senhor; Irmãos e irmãs servindo ao Salvador. Lar abençoado na presença do Criador, Instruído a viver na paz, na sinceridade;A verdadeira mostra da fraternidade.

O projeto de Deus para o homem e a mulher.

Indicador de uma vida feliz e abençoada, De aconchego e abrigo ao final da jornada. E quando a noite chega, é na doce moradaA reunião de todos na oração compartilhada; Louvando ao Senhor e lendo a Bíblia amada.

Doce lar onde todos vivenciam o amorE professam a fé em Jesus Redentor.

Dedicam dízimos e ofertas perante o altar E ensinam que a Palavra de Deus é o Livro sem par. Usam dons e talentos na igreja e no lar; Somente ao Senhor estão sempre a louvar.

Para a igreja juntos vão cultuarAo Deus soberano, a quem querem servir. Realizam a obra, que é o Evangelho pregar; Ao serviço estão, cumprem a ordem do IR.

O ideal de Deus para o ser humano.

Ser membro de uma família na presença de DeusÉ compartilhar o prazer de viver com os seus, Realizando o projeto que Ele nos deu.

Homem e mulher casam para formaremUma família conforme o ideal de Deus. Macho e fêmea, foi assim que Ele criou. Amor com paixão e fidelidade; Nascem os filhos, são criados na fé; Ornamentos eles são, herança do Senhor.

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GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Por que Estêvão morre e a

adúltera, não?

reflexão

“E, pondo-se de joelhos, cla-mou com grande voz: Se-nhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu” (At 7.60).

Dois contextos de apedrejamento. Em um deles, em João 8.11 Jesus

impede a punição de uma mulher surpreendida em fla-grante adultério. No outro caso, Estêvão, homem “cheio do Espírito Santo”, foi apedre-jado: “Depois, ajoelhou-se e gritou com voz bem forte – Senhor, não condenes esta gente por causa deste pecado. E, depois que disse isso, ele morreu. E Saulo aprovou a morte de Estêvão” (At 7.60).

Viver ou morrer: ambas as realidades estão submissas aos planos de Deus. Há vi-das que glorificam a Deus.

E há mortes que exaltam o Senhor, mostrando o impacto final do Seu amor sobre todas as coisas e todas as pessoas.

Uma análise ampla da his-tória do cristianismo sugere que a gigantesca obra missio-nária e teológica do apóstolo Paulo teve muito a ver com o martírio de Estêvão. Lucas nos dá este indício, quando salientou: “E Saulo aprovou a morte de Estêvão”. Apro-vou e nunca esqueceu. A maneira heroica do viver e do morrer de Estêvão inco-modou Saulo até a estrada de Damasco, quando ele se entrega a Cristo e reconhece a fala de Jesus: “Não adianta você se revoltar contra Mim” (At 26.15). A morte de Estê-vão mexeu de tal maneira com Saulo, que ele se tornou Paulo, o apóstolo de todos nós, gentios.

Raul Marques, pastor - Santa Rita – PB

Eu logo aprendi desde que me converti que a vida cristã deve ser vi-vida à base do amor.

Não daquele sentimento pie-gas através do qual a maioria tenta passar a ideia fantasiosa e malfadada de que “amor é tapinha nas costas” ou “aper-to de mão”, ou ainda, através da vazia verbalização de jar-gões da cultura dita “evangé-lica”, que mais separam uns dos outros do que promovem a verdadeira comunhão dos santos em Cristo.

Já ouvi algumas dezenas de vezes os fariseus externando suas opiniões - destilando o seu próprio veneno - sobre a leveza e candura com que trato os que, por qualquer infelicidade, se encontram atolados na areia movediça do pecado. Felizmente, não é por eles que baseio a mi-nha fé e as minhas atitudes. Como alguém que é também absolutamente dependente da graça de Deus, coloco os meus olhos e coração na di-reção do Mestre, Jesus Cristo.

A disciplina não tem por objetivo a execração e a hu-milhação das pessoas, pois este fardo o próprio pecado já lhes impõe. Ao contrá-rio, ela busca corrigir, edifi-car, conscientizar e restaurar através, exclusivamente, do amor.

Vejamos, por exemplo, o caso particular de Pedro. Temperamento explosivo, cheio de atitudes impulsivas, apressado nas decisões e qua-se sempre sem a menor cons-ciência delas. Mesmo tendo ciência de toda esta proble-mática comportamental de Pedro, Jesus não hesitou em chamá-lo para seguir na ca-minhada. Pedro demonstrou em diversas ocasiões um completo despreparo para lidar nos relacionamentos interpessoais e, sobretudo, nos relacionamentos com Jesus. Não obstante, o Mestre continuava junto dele tratan-do a sua mente e coração, preparando-o para situações futuras que iriam requerer dele perspicácia, sabedoria e, claro, amor.

Muito próximo do retorno de Jesus para junto do Pai, após a sua ressurreição, Ele chamou a Pedro e, didati-camente, colocou-lhe sob disciplina, usando o método seguinte:

- “Simão, filho de João, você me ama mais do que a estes?”. Disse ele: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”. Disse-lhe Jesus: “Cui-de dos meus cordeiros!”. Novamente, Jesus disse-lhe: “Simão, filho de João, você me ama?”. Ele respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo!”. Disse-lhe Jesus: “Pastoreie as minhas ove-lhas!”. Pela terceira vez, Ele

lhe disse: “Simão, filho de João, você me ama?”. Pedro ficou magoado por Jesus lhe ter perguntado pela terceira vez “Você me ama?”, e lhe disse: “Senhor, tu sabes todas as coisas e sabes que eu te amo!”. Disse-lhe Jesus: “Cui-de das minhas ovelhas!” (Jo 21.15-17).

Jesus recomendou a Pedro que cuidasse dos Seus “cor-deiros” e fizesse o pastoreio das Suas “ovelhas”, isto é, o Mestre estava confiando ao Seu discípulo o mesmo amor que lhe dedicara.

A maioria, por ter um his-tórico de vida permeado de “castigos” domésticos, escolares e sociais, acredita que a verdadeira discipli-na é aquela que machuca, que produz marcas físicas e psicológicas. Jesus, ao contrário, mostra-nos que: 1) - Só amamos porque pri-meiro fomos amados; 2) - Só perdoamos porque fomos perdoados; 3) - Só somos restaurados porque Ele nos resgatou das trevas para a Sua maravilhosa Luz. A grande lição de discipli-na para nós, pecadores, é o confronto entre nós e a nossa malignidade; é o olhar dentro dos nossos pró-prios olhos e descobrirmos conscientemente as marcas danosas que ela produz; é, por fim, amarmo-nos a nós mesmos para que sejamos capazes de produzir o amor

Cleverson Pereira do Valle, colaborador de OJB

Quando lemos a história de José do Egito, somos desafiados a vi-

ver uma vida parecida com a dele. José era amado por seu pai, por outro lado, era odia-do por seus irmãos. E, certa ocasião, José foi vendido aos

Ismaelitas por eles, que, por sua vez, resolveram vender José para Potifar, comandan-te do Exército de Faraó.

José era íntegro, um jovem de caráter aprovado, tudo que ele colocava a mão era bem sucedido. Em Gênesis 39.8-10, lemos que o Senhor era com ele, e que a presença de Deus na vida dele fazia toda a diferença. Ao ser asse-

diado pela esposa de Potifar, por exemplo, José não cedeu a pressão, pelo contrário, ele fugiu.

A fuga de José não significa covardia, mas foi um ato de heroísmo. A Palavra de Deus recomenda fugir da aparên-cia do mal, fugir da prostitui-ção. José foi fiel a Deus, pois ele sabia que ao aceitar a proposta da mulher de Potifar

estaria pecando contra Deus. José foi provado e aprovado, ele venceu as dificuldades e, como resultado, foi colocado como governador de todo o Egito.

Vale a pena ser fiel a Deus. Não importa as circunstân-cias da vida, precisamos man-ter nossa fidelidade a Ele. Ser fiel a Deus é recomendação bíblica, não podemos viver

de forma infiel. Deus não dei-xa de ser assim, Ele sempre será fiel para conosco. Então, o que nós precisamos fazer é sermos fiéis a Ele também.

José é um exemplo de fide-lidade, exemplo de respeito aos pais, exemplo no trato com os seus irmãos. Lou-vamos a Deus pela vida de José, homem fiel a Deus a toda prova.

Disciplina: “Não por

força, mas pelo Espírito”

Fidelidade a Deus a toda prova

compassivo, compreensivo, sem interesses escusos, se-mente produzida pelo fruto do amor de Deus, da Videi-ra Verdadeira.

Não posso e não devo cuidar dos outros, senão do mesmo modo como o meu Senhor tem cuidado de mim: com o mais puro

amor. A violência espiritual é a mais ridícula de todas as torturas. Quem não tem pecados ou precisa de res-tauração, que atire a pri-meira pedra. Antes, porém, “Ouça o que o Espírito diz às Igrejas” - “Não por força e nem por violência, mas pelo Espírito” (Zc 4.6).

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vino implica providência para o sustento e a preservação da vida dos homens, de acordo com Atos 14.17; 17.25. Além disso, Deus intervém na natu-reza e na ordem dos fatos, por meio do que denominamos milagre, sempre de acordo com seus eternos propósitos e soberania.

A intervenção constante de Deus no mundo mostra-o como Salvador que procura sempre o bem-estar do homem pecador e se mostra juiz imparcial dian-te da injustiça e do pecado, segundo Romanos 1.16-18. Do mesmo modo, Deus não só in-terfere na história conforme os seus desígnios, como também se mostra “Senhor da história e do universo, que governa pelo seu poder, dispondo de todas as coisas, de acordo com o seu eterno propósito e graça” (DDCBB). Ao contrário do que ensina o teísmo aberto, Deus nunca é apanhado de surpresa por nenhum acontecimento, pois não só é onisciente como também é presciente.

O Deus em que cremos é aquele que, mesmo invisível, é real. Por isso, não necessi-tamos fazer imagens que o representam. “Com quem vo-cês compararão Deus? Como

poderão representá-lo?” (Is 40.18 - NVI).

O nosso Deus é incompa-rável: “‘Com quem vocês me vão comparar? Quem se as-semelha a mim?’, pergunta o Santo. Ergam os olhos e olhem para as alturas. Quem criou tudo isso? Aquele que põe em marcha cada estrela do seu exército celestial, e a todas chama pelo nome. Tão grande é o seu poder e tão imensa a sua força, que nenhuma de-las deixa de comparecer”(Is 40.26-27 - NVI).

Há muito o que dizer acer-ca do Deus em quem nós cremos. Podemos dizer, por exemplo, que Deus, às vezes, se oculta de nós sua face sem deixar de estar presente. “Por que escondes o teu rosto e esqueces o nosso sofri-mento e a nossa aflição?” (Sl 44.24 - NVI). Às vezes, nós, cristãos, também pergunta-mos como o salmista: “Até quando, Senhor? Para sempre te esconderás?” (Sl 89.46a).

A verdade é que o Deus das Escrituras, em quem con-fiamos, nos prova a fé. Quan-do parece esconder-se de nós, está mais perto do que supõe nossa imaginação. Por isso, a Ele toda a glória.

Roberto do Amaral Silva, pastor e professor do STBG, membro da Segunda Igreja Batista de Goiânia – GO

O Deus dos cristãos é o revelado nas Escrituras do An-tigo e do Novo

Testamento. Ele não é o mes-mo das demais religiões, mesmo as monoteístas, que admitem uma só divindade.

Portanto, é um erro afirmar que Deus é um só com vários nomes. Deus seria o mesmo Alah, conforme creem os mu-çulmanos, ou o Brahma, dos hinduístas ou o deus Baal dos antigos povos cananeus. To-davia, o Deus em que cremos e adoramos é o único Deus triúno, como cantamos em nosso cultos, “Santo! Santo! Santo! Nosso Deus triúno, é um só Deus, excelso Criador” (Hino 2 – HCC).

Em Deuteronômio, lemos: “Ouve, ó Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Se-nhor” (Dt 6.4). Aqui, enfatiza--se o monoteísmo (fé em um só Deus) contra o politeísmo (crença em vários deuses) das nações ao redor do povo hebreu e de outros povos. O monoteísmo é enfatizado

pelo próprio Senhor Deus a Isaías: “Eu sou o primeiro e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44.6). No Novo Testamento, em contraste com a fé na plurali-dade de deuses, Paulo escre-ve: “Todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem nós vivemos; e um só Se-nhor, Jesus Cristo, pelo qual existem todas as coisas, e por ele nós também” (I Co 8.6).

Como seria Deus? Jesus de-clarou à samaritana que “Deus é Espírito”. Mas como definir espírito? Só podemos dizer que espírito não é matéria, nem corpo (como ensinam os mórmons) ou parte do corpo.

E a Bíblia ensina que Deus é um Espírito pessoal, portan-to, uma pessoa, descartando o ensino panteísta da religio-sidade pós-moderna de que Deus é a própria natureza, traduzido na frase: “Deus é tudo e tudo é Deus”.

A fé cristã afirma, pelo con-trário, que Deus é eterno, imutável, infinito, pessoal e criador de todas as coisas, assim como o oleiro que dá origem ao vaso de barro.

Além disso, dizer que Deus é Criador é afirmar que ele

criou o universo a partir do nada: “Pela fé entendemos que o universo foi formado pela palavra de Deus, de modo que aquilo que se vê não foi feito do que é visível” (Hb 11.3 - NVI).

O Deus das Escrituras, além de declarar-se o Criador de tudo, diz também: “Eu, eu sou o Senhor, e fora de mim não há Salvador” (Is 43.11). Ou seja, o nosso Deus é o Criador e Salvador. E, por ser um Espírito pessoal, é rela-cional e a Ele podemos ir em oração, desabafando com ele nossos problemas, porque o Senhor se preocupa conosco, como está escrito em Salmos 55.22 e I Pedro 5.7.

Há muitos que dizem que Deus criou o universo e os seres vivos, deixando as coi-sas criadas à própria sorte das leis naturais já fixadas previamente, como ensina o deísmo. O deus dos deístas não faz milagres nem se re-vela aos homens. É um deus que nem deu mais notícia.

Mas o Deus em que os cris-tãos creem é o criador do uni-verso, que ainda sustenta todas as coisas pela palavra do seu poder, como está escrito em Hebreus 1.3. Esse sustento di-

Quem é o Deus dos cristãos?

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6 o jornal batista – domingo, 22/03/15 reflexão

Paulo Francis Jr., colaborador de OJB

Um lavrador idoso, generoso e muito trabalhador, tinha vários filhos, to-

dos preguiçosos e cheios de cobiça. Em seu leito de morte, disse-lhes que en-contrariam o seu tesouro se viessem a cavar em um lugar determinado de sua proprie-dade. Assim que o lavrador morreu, seus filhos correram para o campo, que escava-ram de ponta a ponta, com ânsia e desespero crescentes. Não encontraram o ouro no trecho indicado. Imaginan-do então que por ser muito generoso, o pai distribuíra seu ouro em vida, desistiram da busca. Por fim, pensaram que, já que a terra fora re-volvida, poderiam plantar ali algum cereal. Assim, planta-ram trigo, que cresceu e deu abundante safra. Eles vende-ram o produto da colheita e tiveram um ano de prospe-ridade. Ainda inconforma-dos, foram cavar de novo

procurando o tesouro no ano seguinte, mas sem resultado. Transcorridos alguns anos, eles acostumaram-se a seme-ar e colher, seguindo o curso das estações, algo que não tinham aprendido antes. Foi então que compreenderam a razão pela qual o seu pai usara aquele expediente para discipliná-los, e se converte-ram em lavradores honestos e contentes. Perceberam que possuíam riqueza suficiente. Não precisavam de tesouro escondido.

A Parábola dos Filhos Co-biçosos que inicia esta men-sagem é uma condensação extraída do Livro “Histórias dos Dervixes”, escrito por Idries Shah. O prefácio sus-tenta que “Aqueles que a repetem obterão mais do que sabem”. Do simples desejo, dentro de certa normalidade, somos acometidos por algo mais profundo. Tornamo-nos ambiciosos e, na sequência, somos despertados para a cobiça, que já é uma das maiores doenças do homem. Um escritor da Roma An-

Rodrigo Odney, pastor da Primeira Igreja Batista de Pompeia – SP

A Igreja de Cr is to é tanto invisível quanto visível (Mt 16.18; ITs 1). Per-

feita e imperfeita. É tanto a congregação de todos os salvos de todos os tempos que nasceram do Espírito (Jo 3.6), quanto uma comuni-dade local de pessoas que professam a fé em Cristo e foram batizadas (Mc 16.16) após a pública declaração da fé no exclusivo Salvador (II Tm 2.5-6).

Uma igreja local não é per-feita. Não porque Deus tenha falhado em redimir o seu povo, de forma alguma. A sua imperfeição se dá por causa do mal que ainda habita nos remidos (Rm 7.7-25). O salvo já é santo (Ef 1.1-4), mas ain-da não é. Já é justificado, mas ainda peca. A Obra de Cristo é perfeita e completa, mas a nossa obra de mortificação da carne é incompleta, está

por ser realizada em nosso dia a dia (Ef 4.17-5.21). Es-tamos em constante proces-so, buscamos a santificação (Hb 12.14), lutamos contra a carne e seus maus dese-jos que querem controlar o nosso coração (Gl 5.1-26). Sua imperfeição, dupla cau-sa. Convertidos e aderidos. Convertidos que buscam a santificação. Aderidos que, convencidos, não nasceram de novo e vivem uma espi-ritualidade exterior. Joio e o trigo (Mt 13.24-30;36-43).

A razão de sua imperfeição nos permite compreender o porquê que uma igreja local jamais deve desistir. Sua analogia com a própria natureza da vida cristã, a ba-talha de todo salvo, a busca por uma vida de mortificação dos prazeres e desejos da carne, do velho homem que ainda opera nos redimidos, nos faz compreender porque a Igreja jamais deve desistir (Fl 3.13,14).

Compreender esses fa-tos nos ajuda a entender

tiga, chamado Públio Siro, dizia: “A cobiça sonha com o que deseja, não com o que convém”. Estas palavras per-pétuas “fotografam” a huma-nidade de hoje. Quem não tem nenhuma condição de ter as coisas, quer ter de todo jeito. Algumas vezes, sem escrúpulos. Isso é tratado no filme “Conduta Criminosa”, que mostra o que acontece quando uma pessoa se apo-dera de um rascunho inédito de um livro e o publica como sendo seu. Tem tudo a ver com este texto.

Pode-se guerrear com o próximo ou pode-se guerrear dentro da própria família para adquirir aquilo que “não con-vém”, como afirmou Públio. Na minha infância, aqui em Presidente Venceslau – SP, recordo-me de que a maior cobiça que eu tive por anos a fio era por uma coisa bem simples: receber ou dar um telefonema. A primeira vez que atendi um telefone foi aos 12 anos. Achava bonito as pessoas falarem com um objeto colado à orelha e pró-

porque na história de cada igreja local há tantas lu-tas, desavenças e perdas. Momentos dos quais não temos do que nos orgulhar, mas deles aprender para não mais repeti-los, para que o nosso futuro seja mais nobre, mais excelente e exalte mais o nosso Deus.

Portanto, cônscios de nos-sa imperfeição inerente e dos descaminhos de nossa própria história local, que posturas devemos ter para que nosso futuro exalte cada vez mais ao nosso Deus e mais vidas sejam atraídas ao Senhor Jesus? Do que não podemos desistir?

Devemos ser uma igreja que jamais desiste da sã dou-trina - Conhecê-la, compre-endê-la e praticá-la deve ser a nossa marca. Que tempos difíceis os nossos (II Tm 4.3). O desprezo pela Sã Doutrina é latente. Templos são cheios para se ouvir profetadas (Mt 15.7-9), mas para ouvir a exposição fiel da Palavra de Deus o povo foge.

ximo à boca. Atualmente, os jovens cobiçam o automóvel mais caro e a moto mais po-tente do mercado. Telefones – celulares e similares - são comuns. As coisas mudaram, não é mesmo? As altas tecno-logias têm fomentado a co-biça de maneira nunca vista antes. Partindo deste relato, imagino o que passa agora pelas cabeças de crianças e adolescentes com a nova era da comunicação, que produz cobiçosos em escala indus-trial. É uma triste realidade.

Meu vizinho, outro dia, estava jogando futebol via videogame “Xbox 360” com um outro parente. O danado é que um estava aqui em Venceslau e o outro em Nova Mutum, no Mato Grosso, para lá de Cuiabá não sei quantos quilômetros. Tal objeto vem até com câme-ras fotográficas, flagrando a vibração e os pulos de cada um durante a partida. E con-versavam como se estives-sem na mesma sala, em um único lugar. Depois de sair de lá, fiquei pensando: essas

Devemos ser uma igreja que jamais desiste da Uni-dade - Jesus intercedeu por nossa unidade (Jo 17.20-23). Se não há amor entre nós, se não há respeito entre o povo de Deus, se não há perdão, misericórdia, compaixão, unidade na fé, na doutrina, a igreja jamais impactará o seu meio (Rm 12.9-21). A unida-de é condição inegociável para que os não salvos sejam atraídos a Jesus (At 2.47).

Devemos ser uma igreja que jamais desiste de fazer discípulos - Não estaremos aqui para sempre. Um dia partiremos. Um dia o Se-nhor nos recolherá. Quando este dia chegar não tere-mos mais o privilégio de fazer discípulos de Jesus (Mt 28.18-20). E o Senhor nos pedirá conta das opor-tunidades que Ele confiou a nós. O não salvo precisa ver em nós o testemunho de nossa fé em Cristo, para que à medida que vê, seja desafiado a crer em Cristo (Jo 4.28-42). E, crendo em

bobageiras fazem nascer co-biças no coração da gente. Recordei-me na hora de uma frase do líder pacifista india-no Gandhi: “Há o suficiente no mundo para todas as ne-cessidades humanas; não há o suficiente para a cobiça humana”. As pessoas não estão contentes com o que possuem.

Fomos criados por Deus e temos nossas vontades peculiares. No entanto, o principal alerta nesta mensa-gem é para que todos saibam controlar-se. A cobiça tem alto poder de destruição. A ambição desmedida pode nos transformar em ladrões sem que haja explicação para isso; deixa-nos estressados e depressivos por coisas tolas; faz-nos adulterar sem quais-quer justificativas; instiga-nos a fazer operações plásticas sem absolutamente nenhu-ma necessidade; assassinar alguém apenas por uma in-satisfação própria. Porque o outro tem e, nós, não. Repito: precisamos domar os nossos desejos. É mandamento.

Cristo, seja por nós discipu-lado (II Tm 2.2).

Devemos ser uma igreja que jamais desiste de nós - A Igreja de Cristo é sua noiva (Ef 5.32), é o seu corpo (I Co 12.12-27), é edifício (I Co 3.9) e família (Ef 3.14) de Deus. Jesus não desistiu de sua Igreja. É Ele quem a edi-fica. Nossa imperfeição nos leva a desistir, a viver fora da comunhão da igreja. Isso é satânico (Gl 1.6-8). Igreja não é individualismo, igreja é comunidade. Nenhum crente subsiste na fé ao isolar-se e viver para si (Hb 12.1-4).

Na história de uma igreja local pode haver deméritos. No entanto, basta refletir um pouco mais para verificar que toda vez que a igreja avançou, alcançou o não salvo e impac-tou positivamente a sua cida-de, essas posturas estiveram presentes. Prossigamos como povo de Deus que jamais desiste. Parafraseando Edwin Cole, “Igreja vencedora não é aquela que nunca falha, mas aquela que nunca desiste!”.

A fábrica de cobiças

Uma igreja local que jamais desiste

Page 7: OJB Edição 12 - Ano 2015

7o jornal batista – domingo, 22/03/15missões nacionais

Redação de Missões Nacionais

Nos dias 05, 06 e 07 de março aconte-ceu o I Congresso de Evangelismo e

Missões da América Central. Líderes de cinco países da região estiveram reunidos em Honduras para programação realizada pela União Batista Latino-americana (UBLA).

Missões Nacionais foi repre-sentada pelo pastor Fernando Brandão, diretor-executivo da JMN e também diretor de Evangelismo da UBLA e pas-

tor Fabrício Freitas, gerente executivo de Evangelismo da JMN. Eles levaram a visão da Igreja Multiplicadora para líderes representantes dos outros países, com objetivo de que toda América Central implemente esses princípios tão importantes para a Igreja de Cristo.

Em 2016, teremos a Trans Centro-americana nos seis países da América Central. Não deixe de orar pelo avan-ço evangelístico no continen-te Latino-americano, o qual anseia tanto pelo poder e amor de Deus.

Redação de Missões Nacionais

A Junta de Missões Nacionais, através do Projeto Radical Amazônia, apre-

sentou no início do mês de março 13 jovens vindos de todas as regiões do nosso Brasil. Eles serão treinados e enviados às comunidades ribeirinhas.

Os missionários coorde-nadores desse trabalho, pas-tor Donaldo e Marinalva, foram com a nova turma para o Centro de Formação Missionária da Amazônia (CFMA), onde já iniciaram o treinamento.

Contamos com suas ora-

ções e contribuições no sustento desse Projeto. Con-vidamos os Batistas brasilei-ros a adotarem um desses

jovens que ainda não tem sustento. Deus é maior e, juntos, ganharemos o Brasil para Cristo.

Missões Nacionais participa do I Congresso

de Evangelismo e Missões da América Central

Nova turma está iniciando seu treinamento para trabalhar nas comunidades ribeirinhas

Missionárias e alunas comemoraram a data especial com uma festa em agradecimento a Deus

Redação de Missões Nacionais

A Casa Rosa, Proje-to da Cristolândia no Distrito Federal, comemorou o pri-

meiro ano de trabalho. Para celebrar a data, foi realizada uma festa para alunas, volun-tárias e missionárias desse importante Projeto.

A Casa é um lugar para mulheres que estão no pro-cesso de recuperação contra a dependência química. O acompanhamento espiritual e as laborterapias também fa-zem parte das atividades que ajudam nessa recuperação.

Louvamos agradecidos a Deus pelo primeiro ano des-se Projeto de Missões Na-cionais.

Projeto Casa Rosa completa um ano de atividades no Distrito Federal

Projeto Radical Amazônia apresenta 9a turma para treinamento

Missões Nacionais comemora casamento

de jovem resgatado pela Cristolândia

Redação de Missões Nacionais

Louvamos ao nosso Deus por tudo o que tem feito nas Cristolân-dia em todo o Brasil.

Lodemir, ex-usuário de dro-gas, que vivia nas ruas de São Paulo, foi resgatado pela Cris-tolândia da cidade e transfor-mado pelo poder de Deus. Hoje, para honra e glória do Senhor, ele está restaurado e compartilha com os irmãos mais uma benção em sua vida, seu casamento com Eliene.

O jovem, que também tra-balha na Cristolândia, foi quem resgatou a Eliene das ruas da cracolândia. Esse é um exemplo da misericórdia

de nosso Deus por nós. Que o Senhor conceda toda felici-dade ao casal.

O jovem e sua esposa louvam a Deus por sua recuperação

Page 8: OJB Edição 12 - Ano 2015

8 o jornal batista – domingo, 22/03/15 notícias do brasil batista

Marcos José Rodrigues, seminarista da Igreja Batista Israel – Anápolis - GO

Com o tema “Plantar, Regar e Crescer”, foi realizado entre os dias 27 e 28 de fe-

vereiro e 01 de março o 30º aniversário da Igreja Batista Israel em Anápolis – GO. A programação ficou a cargo da comissão de programas especiais, liderada pela irmã Sandra Guimarães que, junto com toda a equipe, organizou magistralmente todos os deta-lhes do evento.

A referida Igreja é a sexta Igreja Batista organizada na cidade e foi fundada em 23 de fevereiro de 1985 pelos irmãos da Igreja Batista do Bairro Vila Santa Isabel, em Anápolis – GO - conhecida como Quarta igreja Batista. A jovem Igreja consta no rol de seus membros com boa parte das famílias que fundaram o trabalho, salvo os que o Senhor chamou para a eternidade.

O pastor Ozemar Mourão foi o pregador da conferência e, com muita propriedade e sa-bedoria do alto, exortou à Igreja e aos convidados a respeito da prática da Igreja Primitiva, con-forme divisa da conferência e texto bíblico em Atos 2.41-47.

Ivonete Edington Santos Corrales e Josi Batista, Primeira Igreja Batista de Santos - SP

A Primeira Igreja Batista de Santos - SP cele-brou nos dias 21 e 22 de fevereiro seus 112

anos de organização. Com o tema “Uma igreja relevante”, tivemos como oradores os pas-tores Vagner Vaelatti, da Igreja Batista Boas Novas; Genivaldo Andrade de Souza, presidente da CBESP, membro da Primeira Igreja BatistaItapema-Guarujá; e Jeremias Sales de Carvalho, executivo da AIBALP, membro da Igreja Batista Central de

Citando o tema do aniversário: “Plantar, Regar e Crescer”, o pastor Ozemar afirmou, dentre outras coisas, que só alcança-remos esse objetivo de forma saldável e bíblica através de cultos nos lares, de uma vida cheia do fruto do Espírito Santo e com santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.

O evento contou ainda com a presença e a participação de muitas igrejas e convidados,

São Vicente. Na parte musical fomos abençoados com a pre-sença dos cantores Eduardo & Silvana, que a todos cativaram com suas lindas vozes.

Por certo, não poderíamos contar em algumas linhas a história da Primeira Igreja Batis-ta de Santos. Há, aqui, apenas uma tentativa de fazê-lo partici-pante do nosso reconhecimen-to a Deus, o Senhor da Igreja, Aquele que, se “Abre uma porta, nada a fecha” (Ap 3.7).

Começava o terceiro ano do século 20, quando William Buck Bagby, graças a seu Ver-bo inspirado, olhou para o litoral do estado de São Paulo e viu o promissor campo mis-

cabe ressaltar a visita inusitada no culto do dia 28 da família de paquistaneses recém-chegados ao Brasil e que estão receben-do asilo no país por conta de intolerância e perseguição re-ligiosa por parte de grupos da religião oficial do seu país. Foi ouvido parte do testemunho da perseguição que essa família enfrentou em seu país e que vem ocorrendo no mundo Islâmico, promovida por gru-

sionário. Graças a Deus! Em 1903, a República era nova, a escravidão já não existia, o café colocava o Porto de Santos em um patamar de destaque no País e no mun-do. Mas, o pecado deixava a muitos cativos na escuridão. Contra isso, o Espírito de Deus moveu o coração de Bagby e mais seis crentes e, em 19 de fevereiro, às 19h, era orga-nizada a “Primeira Igreja de Cristo em Santos, denominada Batista”, passando, em 1942, a chamar-se Primeira Igreja Ba-tista de Santos, cujo primeiro endereço foi Av. Ana Costa, nº 5. Deus nos abençoou so-bremaneira (como ainda hoje

pos extremistas e que matam pessoas em nome da religião. Ouviu-se de suas bocas como o Senhor e os cristãos brasilei-ros foram bondosos para com ele e sua família, livrando-os da morte. O pastor Bahia (da Igreja Batista) foi o intérprete e traduziu toda a história e drama vivido por esta família, após grupos religiosos no Paquistão os acusarem falsamente de blasfêmia contra o alcorão. Foi

o faz) e com apenas seis meses de organização realizamos os primeiros batismos, celebrados no mar, na chamada “Praia de São Vicente”, fato que causou comoção na cidade. A Igreja ocupou vários endereços e, em 1921, adquiriu a proprie-dade da Praça José Bonifácio, nº 11, onde estamos até hoje. Milhares de vidas integraram o rol de membros de nossa Igre-ja. Muitos já na eternidade; ou-tros que se transferiram, dando continuidade ao trabalho das Congregações; ainda há as centenas que, atendendo ao chamado divino, integraram e integram os campos missioná-rios ou outras igrejas.

comovente e despertador estar frente-a-frente com alguém que recentemente sofreu na pele o que a Bíblia vem alertando sobre o final dos tempos: o surgimento de falsos mestres, perseguição e morte por conta do nome de Cristo.

Feliz Aniversário, Igreja Ba-tista Israel; vivendo todos os dias para a gloria de Deus. Ao Senhor toda a honra e toda a glória para sempre, amém.

Desde o dia 10 de novembro de 2013 temos o pastor Kielce Vidal Silva como pastor titu-lar de nossa Igreja - após um período como pastor interino -, que com muita sabedoria, tem usado os pastores que são membros da PIBS como au-xiliares no seu trabalho. Com muito amor, tem procurado valorizar todos os segmentos e faixas etárias da nossa Igreja.

Rogamos a Deus que nos ajude a prosseguir para o alvo, olhando para Aquele em quem, mesmo com o passar dos séculos, “Não há mudança, nem sombra de variação” (Tg 1.17b). A Deus toda a honra e toda a glória.

Primeira Igreja Batista de Santos - SP celebra 112 anos de organização

Igreja Batista Israel – GO comemora o seu 30o aniversário

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9o jornal batista – domingo, 22/03/15notícias do brasil batista

Walmir Vieira, diretor do Colégio Batista Shepard - RJ

No dia 05 de março de 2015, o Colégio Batista Shepard, lo-calizado na Tijuca,

no Rio de Janeiro - RJ, cele-brou 107 anos de existência, em momentos cívicos espe-ciais com os alunos durante todo o dia e um culto solene e confraternização à noite, com a presença de pais, alunos e funcionários. O coro formado pelos funcionários do Colégio cantou e o pregador foi o pas-tor Eraldo Sena Campos, várias vezes presidente e membro da Junta do Colégio.

No culto à noite, além do aniversário, celebramos a Deus por muitas bênçãos al-cançadas nos últimos anos, como a retomada do espaço do estacionamento, o cresci-mento numérico de alunos matriculados, as muitas me-

lhorias patrimoniais e peda-gógicas, as muitas vitórias nos tribunais, o pagamento de muitas dívidas - especialmente com processos judiciais traba-lhistas, cíveis e tributários - e a recuperação da imagem da instituição na comunidade e na denominação.

No dia 07 de março, as co-memorações do aniversário continuaram com a progra-mação denominada “Sábado Alegre”, com a presença da comunidade de pais e alunos em uma manhã festiva com oficinas pedagógicas, diversos brinquedos e brincadeiras e apresentações circenses.

Hoje, o Colégio vive um tempo de recuperação. Com os investimentos na melhoria e modernização do patrimônio e na qualidade pedagógica, o número de alunos - depois de dez anos de quedas suces-sivas - voltou a crescer. Dos 800 alunos a que chegou em

2010, o Colégio em 2015 alcançou 1.200 matrículas. Como consequência, a receita anual também tem crescido em cerca de R$ 1 milhão por ano e pode, além de pagar dívidas e melhorar o seu pa-trimônio que estava precário, também garantir o emprego dos seus 160 colaboradores, predominantemente evangéli-cos e batistas.

O Colégio conseguiu pra-ticamente resolver todos os processos trabalhistas e cíveis e está solucionando as dívidas tributárias originadas até 2010. Destinou muitos recursos nos pagamentos dessas pendências jurídicas, especialmente nos últimos quatro anos. Dos 93 processos trabalhistas existen-tes em 2010, hoje são apenas cinco, em fase final. Há três anos não tem tido novas ações trabalhistas, mesmo tendo que dispensar empregados em fun-ção da necessidade de reestru-

turação do seu quadro de pes-soal, pela maneira cristã com que o processo de demissão é conduzido. Das 35 ações cíveis em 2010, hoje são apenas seis, que estão em processo de paga-mento ou extinção.

Desde 2011 todos os encar-gos sociais e outros tributos (FGTS, INSS, PIS, IR, etc.) estão sendo recolhidos com regulari-dade. Com isso, o Colégio es-tancou o aumento nominal da dívida tributária e não gerou mais novos débitos. Além dis-so, sua dívida bancária, cujos juros costumam ser bem mais altos, hoje é inexpressiva e em fase final de quitação.

Com a adesão do Colégio ao programa de redução e parce-lamento das dívidas tributárias, promovido pelo governo Fe-deral, denominado de REFIS, e com os muitos pagamentos feitos ao longo dos quatro úl-timos anos, sua grande dívida tributária, relacionada a encar-

gos sociais não recolhidos no passado e acrescida de juros e multa, foi reduzida em cerca de 40% e parcelada em 180 meses (15 anos). Os recursos para o pagamento mensal dessa dívida vêm e virão dos alugueis de suas propriedades, pois é vital para o Colégio honrar os compromissos as-sumidos.

Ainda viveremos algum tem-po de lutas. Contudo, temos convicção de que se mantiver-mos nossa integridade diante de Deus e dos homens, se nos empenharmos para sermos um Colégio que busca oferecer um ensino de qualidade em ambiente pedagógico adequa-do e com um forte compro-misso com o testemunho e os valores cristãos, as bênçãos de Deus continuarão sobre nós, ajudando-nos a continuar cres-cendo em número de matrícu-las e em qualidade pedagógica e patrimonial.

Colégio Batista Shepard - RJ - celebra 107 anos vivendo

um tempo de recuperação

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10 o jornal batista – domingo, 22/03/15 notícias do brasil batista

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11o jornal batista – domingo, 22/03/15missões mundiais

André Bahia, pastor, missionário da JMM no Haiti

Foi em abril de 2012 que eu cheguei ao Haiti, junto com mi-nha esposa, a missio-

nária Verônica, e nossas fi-lhas, Jéssica e Sara. Aquele foi um ano de adaptações: aculturação, aprendizado do idioma, organização da casa, aquisição de veículo, matrícula das meninas em uma escola. Foi um ano de preparação para que em 2013 e 2014 nós tivéssemos as nossas primeiras experiências e realizássemos os primeiros experimentos missionários por um novo Haiti. Realiza-mos seminários, Verônica realizou capacitações de mis-sionários-educadores do Pepe (Programa socioeducativo) e de cuidadores e professo-res de escolas e orfanatos de outras agências missionárias brasileiras aqui no Haiti. Eu ainda tive o privilégio de rea-lizar o primeiro congresso de ministério infantil para líderes de várias igrejas da região me-tropolitana de Porto Príncipe, a capital.

Também tivemos a oportu-nidade de realizar o primeiro congresso de educação cristã,

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

Novos obreiros es-tão se preparando para ser voz de Deus às nações.

Começou no dia 24 de fe-vereiro a capacitação de 13 futuros missionários da JMM. A data foi marcada com uma aula inaugural ministrada pelo diretor-executivo de Missões Mundiais, pastor João Marcos Barreto Soares.

Após um breve momento inspirativo, no qual foram reci-tados o tema e a divisa e entoa-da a música oficial da Campa-nha 2015, o pastor Alexandre Peixoto, gerente de Missões, ressaltou que a JMM depo-sita uma grande expectativa sobre os novos obreiros. Ele enfatizou que essa é a terceira turma de treinamento seguida que será formada com foco em povos não alcançados.

Aos futuros missionários da JMM, o pastor João Marcos falou principalmente sobre a necessidade de chegar até os povos não alcançados, a fim de capacitar as pessoas que são evangelizadas a também

com a participação de direto-res e professores de escolas cristãs. Realizamos ainda o primeiro congresso de minis-tério esportivo, compartilhan-do uma nova visão aqui no Haiti, que é a utilização do esporte como ferramenta de evangelização e discipulado.

Outra área do nosso mi-nistério é o apoio às carava-nas voluntárias missionárias. Hoje são três os projetos fixos em nosso calendário anual: a Caravana Premier, que acon-tece já há dois anos, sempre em janeiro; a Caravana de Verão, também com duas edições já realizadas; o Tour of Hope, a Caravana da Es-perança, que acontece duas vezes por ano. Recebemos mais de 480 voluntários só através do Tour of Hope. As caravanas missionárias são projetos de curta duração que visam impactar as co-munidades onde atuamos, a médio e longo prazo.

No final de 2013, nós fo-mos desafiados a orientar e supervisionar a primeira turma do Projeto Radical Haiti. Foram enviados para o nosso campo dez jovens que sinalizaram o Reino de Deus em duas comunida-des de alta vulnerabilidade, na capital, durante um ano.

serem multiplicadoras do Evangelho.

Os alunos do curso de ca-pacitação missionária que-rem logo compartilhar o amor de Deus no campo usando seus dons, talentos e profissão.

Gleiciany dos Santos Barata é uma das integrantes da tur-ma de capacitação.

“Tenho grande expectativa de ser voz de Deus às na-ções”, disse Gleiciany, que é membro da Igreja Batista Missionária em Volta Redon-da – RJ.

Joselito e Daniele Ferreira, ambos membros da Igreja

Também nesses dois anos recebemos três profissionais cadastrados no Programa Voluntários Sem Fronteiras, uma pedagoga, uma dentista e uma futura advogada, que, através do que sabem fazer, evangelizaram comunidades.

A espinha dorsal do Pro-grama Por um Novo Haiti é o desenvolvimento integral de comunidades de alta vul-nerabilidade. Isso significa sinalizar o Reino de Deus nos lugares onde o Estado e a Igreja do Haiti não têm chegado. O nosso tripé é formar futuros formadores, discipuladores e empreen-dedores por um novo Haiti. Cooperamos para geração de autonomia e sustentabi-lidade dessas comunidades. Mais de 40% dos trabalhado-

Batista da Água Branca, em São Paulo -SP, esperam po-der servir a Deus no campo missionário usando suas pro-fissões.

“Sou farmacêutica e bio-química, e pretendo atuar na área de saúde ou ensino”, declara Daniele.

“Minha expectativa em ser voz de Deus é que o Senhor use meus conhecimentos para desenvolver a comu-nidade onde atuaremos”, explica o pastor Joselito.

Bruno e Dirlene Reboredo, da Igreja Batista Memorial no Mallet, no Rio de Janeiro - RJ, contaram que o chamado dos

res haitianos recebem apenas cerca de dois dólares por dia, sendo que 70% da população economicamente ativa atuam no mercado informal. Embora 52% da população declarem seguir o Evangelho, o sincre-tismo ainda é muito forte, e o nominalismo religioso obs-curece a ação da igreja como agência do Reino.

Em 2014, trabalhamos em duas comunidades. Uma de-las foi um acampamento de deslocados do terremoto que devastou o país em 2010, onde moravam 1.200 pesso-as. Durante os dez meses que estivemos com eles, sinaliza-mos o Reino de Deus através das ações de impacto do Tour of Hope, das capacitações, se-minários, cursos ministrados pelos jovens do Projeto Ra-

dois aconteceu quando eles ainda eram adolescentes.

“Deus nos chamou quando ainda éramos Embaixador e Mensageira do Rei. Hoje ve-mos Deus concretizando esse sonho”, afirmou Bruno, que é engenheiro químico. Dirlene atua como profissional na área de ensino e é formada em missiologia.

O casal Hanri e Raquel Pi-nheiro, da Primeira Igreja Ba-tista de Campo Grande – RJ, também faz parte da turma de vocacionados que está em treinamento na JMM. Os dois esperam poder compartilhar o amor de Deus usando suas

dical Haiti, fomentando uma nova cosmovisão bíblica, na qual submissos ao Evangelho de Cristo, eles próprios são os protagonistas do desenvol-vimento da sua comunidade.

Peço para que você ore por nossos próximos desafios: o segundo ciclo de seminários sobre missão integral e edu-cação transformadora; dez viagens pelo país; publicação da primeira edição do alma-naque Por um Novo Haiti; receberemos a segunda turma do Radical Haiti e ainda tere-mos a implantação da primeira unidade do Centro de Desen-volvimento Integral na capital.

A oração é, sem dúvidas, o instrumento de Deus para manter os missionários no campo e fazer avançar o Rei-no em todos os cantos desse planeta. Agradeço também pelas ofertas, pois a nossa família tem um sustento inte-gral. Nada nos tem faltado, e isso é Obra de Deus, através das mãos de todos os irmãos que participam do nosso mi-nistério. Quero deixar um de-safio: seja um voluntário do Projeto Por um Novo Haiti. Profissionais da saúde, edu-cação, esportes, artes. Use o seu chamado, a sua vocação como voz de Deus por um novo Haiti.

habilidades artísticas, como a música.

Vamos fazer a voz de Deus ecoar entre as nações. Faça uma parceria na ação mis-sionária com esses futuros obreiros da JMM. Além de treinamento, eles precisam de parceiros de oração e ofer-tas para seguirem mais rápido para o campo. Para saber como você pode interceder e contribuir com o ministério dessa nova turma, entre em contato conosco nos telefo-nes 2122-1901 / 2730-6800 (cidades com DDD 21) ou 0800-709-1900 (demais lo-calidades).

JMM aumenta força missionária com treinamento de novos obreiros

Por um novo Haiti

Pastor João Marcos fala aos futuros missionários da JMM durante aula inaugural

Treinamento dos futuros missionários da JMM começou em fevereiro

Família missionária está no Haiti desde 2012

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12 o jornal batista – domingo, 22/03/15 notícias do brasil batista

Jadison Oliveira da Matta, pastor da Igreja Batista Central de Sorocaba - SP

Festejando o seu 61º aniversário, a Igre-ja Batista Central de Sorocaba – SP (IBCS)

recebeu irmãos e amigos de diversos lugares durante os dias de conferências - de 20 a 22 de fevereiro. Com muita alegria, as celebrações ocorreram com inúmeras par-ticipações musicais e men-sagens impactantes trazidas pelo mensageiro convidado, pastor Luiz Cláudio Costa Ramos, da Primeira Igreja Batista em Itumbiara - GO.

Logo na noite de abertu-ra, ocasião em que a IBCS completou 61 anos de sua organização, após ouvirmos uma mensagem trazida pelo pastor Luiz Cláudio - “Três Passos Para a Vida Abenço-ada” - baseada no chamado de Abraão, destacado em Gê-nesis 12.1-8, fomos presente-ados com o envio da jovem Julli Almeida, de 17 anos, ao Seminário Bíblico Palavra da Vida, objetivando preparar-se para servir ao Senhor.

No segundo dia, a Igreja estava radiante. Depois de aguardar por cerca de dois anos a resposta do Senhor, a IBCS pode, finalmente, celebrar a chegada do seu novo pastor. Contamos com a participação de vários pas-

Levir Perea Merlo, pastor, presidente da Associação Batista do Agreste de Pernambuco

No dia 28 de fe-vereiro e 01 de março de 2015, as Igrejas Batis-

tas que compõem a Asso-ciação Batista do Agreste de Pernambuco, reunidas na sua 56ª Assembleia Ge-ral Anual na Igreja Batista Memorial em Caruaru - PE, escolheu as novas direto-rias de suas organizações e também a diretoria geral, que f icou ass im const i -tuída: Pastor Levir Perea Merlo, da Primeira Igre-ja Batista em Belo Jardim – PE (presidente); pastor

tores, em maravilhosa noite de celebração.

Inspirados pela mensagem oportunamente trazida pelo pastor Luiz Cláudio, que abordou o tema: “A armadura de um pastor segundo o co-ração de Deus”, baseada nos preparativos para a batalha entre Davi e Golias, descrita em I Samuel 17.31-40, e após um testemunho proferido pela irmã Cléa Digna - mãe

Fernando Roque, da Igre-ja Bat is ta Memorial em Caruaru (vice-presidente); Eron Bezerra, da Igreja Ba-tista Raiz em Belo Jardim

do pastor Jadison -, o pastor Jadison Oliveira da Matta leu o Termo de Posse e dirigiu--se à Igreja com uma breve mensagem de motivação, e encerrou sua participação cantando o cântico “Se Tua voz ouvir”, convidando to-dos à obediência a Deus. Em seguida ajoelhou-se para receber a bênção do Senhor.

O último dia foi de extre-ma importância na vida da

– PE (1º secretário); Mae-ly Leite, da Igreja Batista Memorial – Caruaru (2ª secretária) ; diácono Ed-naldo Pereira, da Primeira

IBCS. O Senhor mais uma vez usou o pastor Luiz Cláu-dio para tratar a família e feridas do passado. O cul-to final foi ainda mais ma-ravilhoso ao ver como as misericórdias do Senhor se derramaram, quando, após a mensagem, o Espírito Santo tocou o coração do pastor Jadison para fazer um apelo sobre o perdão. Diversas pessoas, quebrantadas, saí-

Igreja Batista em Caruaru (1º tesourei ro) ; Marcos Antonio, da Primeira Igreja Batista em Agrestina – PE (2º tesoureiro).

ram de seus lugares para dar e receber o perdão.

Louvamos a Deus porque uma nova história da graça de Deus se inicia na Igreja Batista Central de Sorocaba. Que o Senhor faça florescer o seu lindo jardim. Que o Senhor abençoe ao pastor Jadison, usando-o poderosa-mente na condução do Seu santo rebanho. A Deus toda honra e toda glória.

Pedimos as orações do povo de Deus para que o Evangelho possa continuar avançando no Agreste de Pernambuco.

Nova diretoria da Associação Batista do Agreste Pernambucano é eleita

Igreja Batista Central de Sorocaba - SP completa 61 anos

e empossa novo pastor

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13o jornal batista – domingo, 22/03/15notícias do brasil batista

Inêz Pereira Batista Pessôa, primeira secretária da Primeira Igreja Batista em Penápolis - SP

No dia 24 de janeiro de 2015, a Primei-ra Igreja Batista em Penápolis - SP vi-

veu uma noite de festa pela comemoração do Jubileu de Prata - 25 anos - de Ministério Pastoral de seu pastor Fernan-do Costa Fernandes, completa-dos no dia 20 de janeiro, dos quais 16 anos vive à frente da Igreja Penápolis, completados no dia 09 de janeiro de 2015.

O culto foi dirigido pelo ir-mão Gláucio Roberto Ribeiro, seminarista e presbítero da Igre-ja Batista Betel, em Glicério, Congregação da Igreja, que deu um testemunho maravilhoso de como chegou à Igreja, como foi recebido e de como sua vida está hoje. O ministério de lou-vor da Igreja Batista Betel, que é dirigida pelo irmão Gláucio, fez duas apresentações muito inspirativas.

O corpo diaconal da Igre-ja foi chamado à frente para prestar homenagem ao pastor Fernando, fazendo uso da pa-lavra o irmão Moisés Custódio de Freitas, presidente, com uma oração feita pelo diácono Rodrigo Rós.

Na ocasião, fizeram uso da palavra os pastores Alcidir Aparecido da Silva, repre-sentando a Associação das Igrejas Batistas da Noroeste / SP – AIBAN e a Subsecção da Ordem dos Pastores Batistas da Noroeste; Rodrigo Sonsino, como presidente do Conselho de Pastores e Obreiros de Pe-nápolis (COPEP); Everaldo de Matos, pastor da Igreja Evan-gélica Pentecostal Assembleia

Filomeno Meira Guimarães, pastor

A Primeira Igreja Ba-tista em Maetinga - BA esteve em festa entre os dias 06, 07

e 08 de março. A festividade teve como alvo homenagear o pastor Juvanil e Elza Batis-ta pelos dez anos de minis-tério nesta Igreja. O evento contou com a participação de várias igrejas e pastores, dentre eles: pastor Gilvan de Oliveira, da Segunda Igreja Batista Vitória da Conquista – BA; pastor Paulo Lino da Igreja Batista Sinai – Salva-dor – BA; pastor Ezequias Silvino de Matos e pastor

de Deus Ministério Madureira em Penápolis; Samarone Brito de Carvalho, da Primeira Igreja Batista em Castilho, ex-mem-bro e ex-seminarista da Igreja; Tito Bozolo Junior, da Primeira Igreja Batista em Getulina, ex-membro e ex-seminarista da Igreja e Daniel Seliprandy Fernandes, da Igreja Batista em Luiziânia - SP, filho do pastor Fernando Fernandes, também ex-membro e ex-seminarista da Igreja e que, junto com o pai, em dueto, apresentou a canção “Mãos no arado”, de Paulo Cesar, do Grupo Logos.

Além dos pastores citados, também esteve presente o pastor Sérgio Roberto Gomes, da Igreja Batista Água Viva em Cafelândia.

Foram apresentados três bre-ves vídeos. O primeiro, envia-do pelo pastor José Edmilson dos Santos Filho, da Igreja Evangélica Batista no Jardim Popular, ex-ovelha e ex-semi-narista no Jardim Popular que, junto com a esposa Solange e a filha Júlia, homenagearam o

Antonio José, da Vitoria da Conquista – BA.

Na sexta, dia 06, a pro-gramação teve como men-sageiro o pastor Gilvan de Oliveira e Quarteto Eloim, da Segunda Igreja Batista de Vitória da Conquista – BA, que abrilhantaram a festi-vidade.

No sábado e domingo, dias 07 e 08, para marcar o evento, a programação contou com a presença do pastor Adelson Brandão San-ta Cruz, da Primeira Igreja Batista de Itapetinga - BA, que com suas mensagens inspiradoras levou à Igreja, e aos demais, profundas re-flexões. Ao final, houve de-

nosso pastor; o segundo, da missionária Concita Sotero, que com sua sanfona home-nageou o nosso pastor can-tando o Hino 411 do Cantor Cristão; e o terceiro, montado pela Primeira Igreja Batista em Penápolis, com momentos e situações especiais da vida do pastor Fernando e seus 16 anos de pastorado entre nós.

O ministério de louvor da Primeira Igreja Batista em Pe-nápolis e o Ministério Vendo Vozes, grupo de membros da Igreja, surdos, liderados pela missionária Giselli Seliprandy Fernandes dos Santos, filha do pastor Fernando, sob a coordenação da irmã Luzimar Seliprandy Cardoso Fernan-des, esposa do nosso pastor, se apresentaram e a irmã Patrícia Martines Evangelista fez um solo, homenageando o pastor Fernando com a canção Grati-dão, do cantor PG.

Foi orador oficial da noite o pastor Ely Xavier de Barros, diretor do Centro Batista de Educação Serviço e Pesquisa,

dicação de vidas no altar do Senhor para serem consagra-das. Foram dias de renovo e refrigério para a Igreja e para o pastor Juvanil e esposa, que há mais de uma década têm dedicado suas vidas a serviço do Mestre na cidade de Maetinga e região.

Parabéns, pastor Juvanil e Elza. “Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria. Aqueles que levam a preciosa semente, andan-do e chorando, voltarão, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos” (Sl 126.5-6). Esses são os votos da Associação Batista do sudoeste da Bahia (ABASB).

em Araçatuba, onde o pastor Fernando é professor de Te-ologia Sistemática, Teologia Bíblica do Antigo e do Novo Testamento, de Sociologia Geral e da Religião e de Intro-dução à Filosofia desde 2005, e diretor-executivo da Asso-ciação das Igrejas Batista do Oeste Paulista que, baseado em ITimóteo 3.1-7, proclamou sábia e abençoada mensagem sobre as responsabilidades pastorais e sua conduta como homem de Deus, para que este se torne honrado e merecedor de homenagem como a que a PIB em Penápolis prestou ao seu pastor na ocasião.

Após a pregação foi entregue ao Pastor Fernando, pela irmã Inêz Pereira Batista Pessôa, primeira secretária da Igreja, uma placa de prata com os dizeres: “1ª Igreja Batista em Penápolis. Vem conosco e te faremos bem! Jubileu de prata 1990-2015. Ao amado pastor Fernando Costa Fernandes. O carinho e gratidão do rebanho pela vocação abnegada com

amor e zelo no exercício pas-toral por 25 anos, dos quais 16 nesta Igreja. Deus abençoe o seu ministério. No amor em Cristo. Penápolis, 24 de janeiro de 2015”. Na ocasião, a irmã leu o texto de Atos dos Apóstolos, um dos preferidos do pastor, que diz: “Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemu-nho do evangelho da graça de Deus” (At 20.24).

A irmã Gilda Campanhã Sa-bino Soler, membro da Igreja, ofereceu um presente ao pas-tor Fernando e esposa, irmã Luzimar.

O pastor Fernando agra-deceu a igreja, orando em canção, com o solo da música “Toque por mim” do pastor Paulo Cesar Brito.

Ao final, todos os presentes puderam participar da recep-ção onde foram servidas várias espécies de salgados, bolo e refrigerante.

Pastor Fernando Costa Fernandes comemora Jubileu de Prata Ministerial

Pastor Juvanil Batista completa 10 anos de ministério

Page 14: OJB Edição 12 - Ano 2015

14 o jornal batista – domingo, 22/03/15 ponto de vista

“Cultuai o Senhor com te-mor e regozijai-vos com tremor” (Sl 2.11).

Pai, a Tua Palavra nos ensina a cultuá-lO. Tu Te revelas a nós como Senhor, reves-

tido de glória e majestade na Pessoa de Cristo. Louvado seja sempre o Teu nome. Senhor, como Davi, mesmo que eu esteja em fuga, ensi-na-me a cultuar-Te, a servir--Te, a labutar para Ti por causa de Ti mesmo. Tu és o Jeová Jiré – o Senhor que provê motivado por Tua fi-delidade e por Teu amor. Tu és Deus, Aquele que existe

Na Bíbl ia temos apenas qua t ro evangelhos, mas, ao longo do tem-

po, criamos inúmeras com-preensões próprias do Evan-gelho que nada tem a ver com a doutrina e teologia da própria Bíblia e, assim, acabamos criando um quin-to evangelho. Vamos citar alguns exemplos.

Pedir, esperar e agradecer depois da resposta. Desde pequenos aprendemos que ao pedirmos algo para Deus temos de esperar a resposta e agradecer quando a resposta vier conforme nosso pedido. Mas o ensino do Novo Tes-tamento segue outra direção. Em Filipenses 4.6-7 temos a indicação de que não de-vemos estar ansiosos por nenhuma coisa, em vez disso devemos suplicar a Deus entregando aquilo sobre o qual não temos controle e de imediato agradecer a Deus. O texto diz “súplicas e ações de graças”, não há um inter-valo, mas uma sequência. Claro que vem a pergunta “E se a resposta de Deus for di-ferente do que desejarmos?”. Simplesmente é porque o que desejamos não coincide com o que Deus entende ser melhor para nós. Agradecer a Deus logo que fizermos a

em Si mesmo e não depende de ninguém para existir. Tu és o eixo de Si mesmo. Tu és o Grande Eu Sou, como está escrito em Êxodo 3.14. Tu és a nossa suficiência seja qual for a circunstância.

Aprendemos com Davi que devemos cul tuá- lO com temor e tremor, com reverência, com muita se-riedade, profundo respeito. Que devemos nos alegrar em Ti, estar contentes em toda e qualquer situação. Na verdade, a nossa alegria em Ti deve ser uma alegria reverente, piedosa e santa. Nosso amado Jeová, Senhor nosso, nos ajude a entender

nossa súplica indica confian-ça na resposta que Ele vier a nos dar, em vez reforçar nossa vontade. No Getsema-ni Jesus orou três vezes apre-sentando a sua súplica “Passa de mim esse cálice”, mas, no final, sempre afirmava “Faça--se a tua vontade”. Agindo assim, o versículo 7 (Fp 4.7) se cumpre.

Já vi crentes tentarem agra-dar a Deus por meio de ritu-ais, práticas devocionais, prá-ticas de obras, como que para alcançarem o seu favor - uma espécie de meritocracia e ne-gociata com Deus. Inclui-se aqui trabalhar na igreja como compensação de uma vida cristã não muito bem vivida. Isto é bem compatível com o espírito legalista que procura alcançar o favor de Deus ou evitar o seu castigo em troca de piedade, obras, etc. Em primeiro lugar, a piedade da qual Deus se agrada é a que é permeada de contentamento (I Tm 6.6). Mas, também, por mais que queiramos agradar a Deus com nossas obras não conseguiremos, pois elas são indignas (Is 59.2; 64.6). Penso que por trás dessa teologia popular esteja a crença católico-romana da penitência e a crença espírita da caridade que permeiam nossa cultura religiosa. Do

pela fé a Tua grandeza. Que sejamos obedientes em todo o tempo. Santos em todo o nosso procedimento, como diz I Pedro 1.16. Tu queres que sejamos Teus imitadores como filhos amados para andarmos em amor como Cristo nos amou e a Si mes-mo se entregou por nós a Ti como oferta e sacrifício com aroma suave, como descreve Efésios 5.1-2.

Na oração sincera, do co-ração, das entranhas fer-vilhando de amor por Ti, Tu estás presente e ouves as petições. Mas antes das petições, Senhor, desejamos adorar-Te na beleza da Tua

ponto de vista bíblico, entra aqui a graça de Deus (II Co 12) e o desejo de vivermos em alegria no relacionamen-to com Ele, tendo sede de orarmos, lermos a Bíblia, de-sejo pronfundo de servimos com nossos dons e talentos na Obra de Deus. O traba-lho na igreja, e nossas obras acabam sendo resultado de uma vida consagrada, em vez de produzir vida consagrada, pois se não fomos salvos por obras, não seremos agracia-dos pelas mesmas obras.

A salvação é a mensagem central da Bíblia. Temos aqui um tema muito complexo que já foi objeto de diversos artigos meus aqui nesta colu-na. Se colocamos a salvação como central temos de partir da queda para descrever a história humana, que, na realidade, se originou antes disso, antes da fundação do mundo. A Bíblia nos ensina que fomos criados para a glória de Deus. Claro que esta compreensão é um pou-co abstrata, então busquei sintetizar o “Viver para a glória de Deus” a partir dos dois grandes mandamentos (Mc 12.28): viver em amor, harmonia e comunhão com (1) Deus; (2) comigo mes-mo; (3) com o próximo; e, consequentemente, (4) com

santidade. Reconhecer que mesmo que sejamos infiéis, Tu permaneces fiel, pois não podes negar-Te a Ti mesmo como relata II Timóteo 2.13. O nosso coração aspira a co-munhão com o Senhor pela Revelação, por Tua Palavra e pela oração. Tu te agradas e não desprezas quando vês um coração quebrantado e contrito, de acordo com Salmos 51.17. É para este coração que Tu olhas com muito interesse.

Agradecemos-Te, precioso Jeová, por Tua provisão e proteção em Cristo Jesus. Como é bom podermos co-locar a nossa confiança em

a criação. Ao pecarmos em Adão, nos distanciamos des-tes alvos e ficamos destina-dos à condenação e vivermos longe da glória de Deus (Rm 3.23). Deus, por seu amor, providenciou um meio para consertar esta situação, que é a salvação. Ela não é um fim em si mesma, mas um meio para trazer-nos de volta ao plano original de Deus para nossa vida. Uma vez salvos, nossa vida deverá ser reposi-cionada para vivermos dentro daqueles quatro objetivos que citei acima. A mensagem central então, é o próprio Deus e o seu plano original da criação, a salvação é um meio (não um fim) para nos recuperar de volta para este plano. Então, tenho prefe-rido chamar a salvação de recuperação. Penso que isso aprofunda mais nossa com-preensão das Escrituras para além dos dois focos que ge-ralmente damos para a salva-ção – jurídico (Jesus pagou o preço de nossa condenação) e escatológico (para nos dar o céu no futuro) – dando ao cristão um papel fundamen-tal como sal da terra e luz do mundo (não sal da Nova Jerusalém e luz das ruas de ouro do céu), com signifi-cação profunda de sua vida como embaixador de Cristo

Ti, na Tua perfeita suficiên-cia. Nada, absolutamente nada, falta àqueles que Te buscam, Te amam e dese-jam fazer a Tua vontade. Davi testemunhou que o justo – aquele que foi jus-tificado pela fé na Obra de Cristo na cruz e na ressurrei-ção -, não fica desamparado e nem a sua descendência mendiga o pão, como está escrito em Salmos 37.25. Que aprendamos sempre a ser gratos a Ti pela tão gran-de salvação, pelo sustento e pela proteção. Recebas, Senhor, o nosso louvor por quem Tu és, Deus bendito eternamente.

não apenas para pregar que Ele salva, mas, também viver uma vida comprometida com os valores cristãos e bíblicos no dia-a-dia desde hoje. Aqui valorizaremos não apenas a cruz como centro da história, mas também a ressurreição (I Co 15; Rm 6). Além dis-so, a missão da igreja vai se aprofundar partindo não da oferta de uma apólice de seguro contra o incêndio do inferno, mas em buscar levar as pessoas a viverem para a glória de Deus, por isso mes-mo, há a necessidade da ação evangelizante e missionária como consequência, mas também da disponibilização do fortalecimento cristão da vida por meio da pregação, do ensino, aconselhamento, atendimento social (primeiro aos domésticos da fé, mas também a todos), etc. Con-quistamos assim, a missão integral da igreja.

Há outros itens que com-põem o quinto evangelho, mas estes já servem para de-monstrar que temos perdido a profundidade da mensagem bíblica indicando a neces-sidade de cuidarmos com muita seriedade o estudo profundo e amplo da Bíblia.

Aguardo a sua opinião. Escreva para: [email protected].

OBSErvATórIO BATISTALOURENÇO STELIO REGA

Orando nos Salmos (2)

Teologia do quinto evangelho

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15o jornal batista – domingo, 22/03/15ponto de vista

Dener Rodrigues Maia, pastor da Primeira Igreja Batista em São Vicente - SP

Ne s t e m ê s c o -m e m o r a n d o o Dia Internacio-na l da Mulher

- 08/03/2015 -, uma data importante para a humani-dade, um dia para valori-zarmos ainda mais as mu-lheres e refletir na Palavra de Deus, que traz para nós o perfil e os adjetivos cons-tituintes da mulher virtuosa.

Na contramão dessa in-tensão, surge um livro e seu respectivo filme que se constituem em uma forma sorrateira, dissimulada e vil de desvalorizar a mulher, reduzindo-a a um mero ob-jeto para satisfazer os capri-chos e os desejos doentios, violentos e egoístas do per-sonagem principal da trama: Cinquenta Tons de Cinza.

Com os argumentos de “uma atração irresistível”, uma paixão arrebatadora, por estar “desesperadamen-te atraída por ele”, Ana, a mulher em questão, é re-duzida a um simples objeto para a realização dos dese-jos excêntricos, violentos e machistas do personagem C. Grey.

Por trás desta trama que tem vendido milhões em livros e nas bilheterias do cinema, encontramos algu-mas sórdidas doutrinas que visam rebaixar e reduzir a imagem da mulher a meros objetos sexuais.

O filme foi lançado no Dia dos Namorados (Valentine’s

Day nos EUA: 14 de fe-vereiro). Os especialistas acreditam que este seja o filme mais bem sucedido financeiramente de todos os tempos - Cinquenta Tons de Cinza. O filme altamente controverso é baseado no livro de mesmo nome, com duas sequências igualmente populares. Os especialistas também consideram esse o pior livro de todos os tem-pos a entrar para a lista dos mais vendidos do New York Times. Além do tema re-pugnante, o estilo e a trama pobres fazem do livro uma verdadeira piada ao lado de verdadeiras obras de lite-ratura. Mas, os milhões de fãs em todo o mundo, e os milhões de dólares gerados não são piada.

Como pode um livro que todos consideram horrível se tornar um fenômeno fi-nanceiro? É simples: demô-nios da perversão.

A trama é sobre um em-presário rico que assedia uma jovem com baixa au-toestima. Ela é uma virgem que luta contra os sentimen-tos de rejeição de seu pai, e que tem necessidade de afe-to e romance. Ele a cerca de atenção, presentes luxuosos e dinheiro e, em troca, lhe pede que se submeta às suas mais depravadas fantasias sexuais, que incluem escra-vidão, tortura e violência sadomasoquista indizível. Ela está apaixonada por ele e, por isso, aceita. O livro descreve e exalta cada um desses momentos “pican-tes” em detalhes, arrastan-

do seus leitores para um tipo de inferno emocional. Depois de tais episódios sexuais, a mulher é deixada sangrando e tão machucada que mal consegue se mexer. Mas ela o “ama” e, no últi-mo livro da trilogia, ela se casa com ele.

Primeira doutrina de Cin-quenta Tons de Cinza: as mulheres devem encarar o abuso e a violência como algo nobre e corajoso. O autor tenta contrabalançar toda essa perversão com es-perança e fé, sugerindo que uma jovem pura tem um po-der de amar tão grande que é capaz de salvar um ho-mem de seu tormento. Mas qualquer assistente social ou psiquiatra concordaria que esse é um quadro típico de abuso: A mulher ama um homem que é perigoso. Ela tem baixa autoestima. Ele a domina, ameaça e manipu-la. Ela se sente desejada e importante, e tolera a vio-lência porque acredita que pode “salvá-lo”. Na vida real, muitas dessas histó-rias acabam em morte. Os boletins de ocorrência são provas disso.

Segunda doutrina: perver-são sexual é algo incrível. Cinquenta Tons de Cinza se tornou a nova fórmula de realização no casamento. As pessoas acreditam que pre-cisam experimentar formas cada vez mais excitantes e pervertidas de prazer se-xual para serem felizes, e quanto mais se aprofundam nessas experiências, mais os demônios da deprava-

ção invadem suas vidas e destroem suas famílias. É uma doutrina que glorifica a excitação sexual sem amor, sem carinho, sem dar, sem Deus - o egoísmo e a dor dão mais prazer. É inacre-ditável, mas até mesmo os cristãos estão se deixando levar por essa doutrina.

O diabo é o mestre do abuso físico e sexual, encon-trado em todos os níveis da sociedade. Seus efeitos são devastadores: da escravidão infantil na África Oriental ao tráfico humano nos paí-ses árabes; da indústria do sexo na Tailândia, Filipinas e América do Sul à moderna e sedutora indústria pornográ-fica da Califórnia; dos Países Baixos e Reino Unido aos lares onde casos horríveis de violência contra mulheres e crianças acontecem diaria-mente em todos os lugares, um principado agressivo e demoníaco tem orquestra-do toda essa dor. E agora que o filme Cinquenta Tons de Cinza já está vendendo milhões de bilhetes mesmo antes de sua estreia, esses mesmos demônios estão pre-parados para invadir as al-mas de milhões de pessoas.

Por isso, se você estiver pensando em ver esse filme, se você gostou do livro, e até mesmo tem permitido que seus filhos adolescen-tes leiam, lamento por isso. Você está contaminando a sua mente com a sujeira deste mundo e enchendo a mente pura, bem como as emoções de seus filhos com desejos demoníacos

que vão ficar com eles por toda a vida, a menos que eles lutem para quebrar es-sas maldições pela fé. Fora a contribuição que você está dando para patrocinar a indústria mundial de per-versão demoníaca. Você está ajudando criminosos a abusar de crianças e de pessoas inocentes em todo o mundo. Você está tornan-do a vida muito confortável para aqueles que vivem do sofrimento dos outros, gra-ças às suas compras e sua propaganda pessoal ao en-trar naquela sala de cinema, tolerando essas mentiras. Por favor, pense de maneira inteligente, e escolha com sabedoria.

“Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pes-coço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar. Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é inevi-tável que venham escânda-los, mas ai do homem pelo qual vem o escândalo” (Mt 18.6-7).

A Bíblia também nos exor-ta: Veja, neste texto, aqui-lo que deve ocupar nossos pensamentos: “Finalmente, irmãos, tudo o que for verda-deiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de lou-vor, pensem nessas coisas” (Fp 4.8).

Cinquenta Tons de Cinza: mulher objeto x mulher virtuosa

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