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Eleição em 14 estados já está definida Pesquisas também apontam para a vitória de Dilma ainda no primeiro turno Página A5 A cidade de Arapiraca vive duas situações diferentes na sua rede de educação básica. No município, sete escolas são do regime integral e estão muito bem estrutura- das. O restante precisa de melhorias e representa um desafio para manter o município como referência na educação para crianças. Páginas A21, A22 e A23 Exemplar de assinante CMYK Esportes R$ 2,00 L L JORNA O JORNA O Maceió, domingo, 5 de setembro de 2010 | Ano XVI | Nº 234 | www.ojornalweb.com | ALAGOAS www.ojornalweb.com ESPORTES SALA VIP DOIS Nas estatísticas do IBGE sobre homicídios de menores de 18 anos, Estado só perde para o Rio; em 2010, 158 meninos e meninas foram assassinados em Maceió e região Páginas A9, A10 e A11 AL é o segundo do País em assassinatos de adolescentes Andrea Moreira: fazendo arte há 30 anos TV Bruna Di Tu l l l l i i o o , , vive a Lílian e e m m Ribeirão do T T e e m m p p o o Chalé em Penedo será o Museu do Rio São Francisco CSA inicia mata-mata da Série D Os desafios da educação básica em Arapiraca Queimar pneus também faz mal à saúde O hábito de quei- mar pneus nos protes- tos não só prejudica o ir e vir das pessoas. Os males são graves à saúde e muita gente não atenta para o pro- blema. Página A18 Candidatos apostam na Internet As ferramentas ofe- recidas pela Internet são os mais novos ins- trumentos dos candi- datos alagoanos nas eleições gerais deste ano na disputa por votos. Página A2 Nas cidades das enchentes, campanha morna A campanha eleito- ral está morna em mu- nicípios alagoanos a- tingidos pelas fortes chuvas de junho. Pou- cas denúncias de crime eleitoral aparecem nas cidades. Páginas A3 e A4 Edmar joga hoje contra o Alecrim-RN

OJORNAL 05/09/2010

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Os desafios da educação básica em Arapiraca Nas cidades das enchentes, campanha morna CMYK Queimar pneus também faz mal à saúde Candidatos apostam na Internet CSA inicia mata-mata da Série D Nas estatísticas do IBGE sobre homicídios de menores de 18 anos, Estado só perde para o Rio; em 2010, 158 meninos e meninas foram assassinados em Maceió e região Páginas A9, A10 e A11 Chalé em Penedo será o Museu do Rio São Francisco Exemplar de assinante Página A18 Páginas A3 e A4

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Page 1: OJORNAL 05/09/2010

Eleição em 14 estados já está definidaPPeessqquuiissaass ttaammbbéémm aappoonnttaamm ppaarraa aa vviittóórriiaa ddee DDiillmmaa aaiinnddaa nnoo pprriimmeeiirroo ttuurrnnoo Página A5

Acidade de Arapiraca vive duas situações diferentes na sua rede de educação básica. No município, sete escolas são do regime integral e estão muito bem estrutura-das. O restante precisa de melhorias e representa um desafio para manter o município como referência na educação para crianças. Páginas A21, A22 e A23

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LLJORNAO JORNAOMaceió, domingo, 5 de setembro de 2010 || Ano XVI || Nº 234 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || ALAGOAS

www.ojornalweb.com

ESPORTES SALA VIP

DOIS

Nas estatísticas do IBGE sobre homicídios de menores de 18 anos, Estado só perde para o Rio;em 2010, 158 meninos e meninas foram assassinados em Maceió e região Páginas A9, A10 e A11

AL é o segundo do País em assassinatos de adolescentes

Andrea Moreira: fazendo arte

há 30 anos

TV

Bruna Di Tulllllllliiiioooo,,,, vive a Lílian eeeemmmm Ribeirão do TTTTeeeemmmmppppoooo

Chalé em Penedo

será o Museu

do Rio São

Francisco

CSA inicia mata-mata da Série D

Os desafios daeducação básicaem Arapiraca

Queimar pneustambém faz mal à saúde

O hábito de quei-mar pneus nos protes-tos não só prejudica oir e vir das pessoas. Osmales são graves àsaúde e muita gentenão atenta para o pro-blema.

Página A18

Candidatos apostam naInternet

As ferramentas ofe-recidas pela Internetsão os mais novos ins-trumentos dos candi-datos alagoanos naseleições gerais desteano na disputa porvotos.

Página A2

Nas cidadesdas enchentes,campanha morna

A campanha eleito-ral está morna em mu-nicípios alagoanos a-tingidos pelas forteschuvas de junho. Pou-cas denúncias de crimeeleitoral aparecem nascidades.

Páginas A3 e A4

Edmar joga hojecontra o Alecrim-RN

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JORNALO JORNALO

Domingo, 5 de setembro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

PolíticaPauta Geral

[email protected]

REFORMA

O vereador de Capela José Eduardo Almeida (PTB) entregou,em mãos, ao secretário de Estado de Educação, Rogério Teófilo,indicação de sua autoria aprovada na Câmara Municipal na qualsolicita que a Casa e o prefeito João de Paula (PP) adotem as me-didas necessárias para que a pasta estadual faça a reforma doGrupo Escolar Torquato Cabral, que integra a rede pública de en-sino do Estado. Na reunião entre o vereador e Teófilo, segundoAlmeida, ficou acertado que técnicos da secretaria estadual serãoencaminhados à escola para avaliar a possibilidade de realizar umaminirreforma na unidade de ensino até que seja aberto o proces-so licitatório para a reforma.

Na justificativa de sua indicação, o vereador aponta que o pré-dio da escola – a mais antiga do município – apresenta proble-mas na estrutura física. “Não admitimos este desprezo para nossaescola tão querida”, diz o documento, citando que muitas au-toridades já foram alunos da unidade educacional.

FISCALIZAÇÃO

Integrantes do Fórumde Combate à Corrupção(Focco) de Alagoas se reu-niram com o secretário deEstado da Educação e doEsporte, Rogério Teófilo,para discutir ações de par-ceria para o acompanha-mento do uso dos recursosfederais para as obras dereconstrução de escolasnos municípios afetadospelas chuvas. Uma das pri-meiras ações conjuntasserá a capacitação de con-selheiros do Fundo deManutenção eDesenvolvimento daEducação Básica e deValorização dosProfissionais da Educação(Fundeb), já que a MedidaProvisória 492, publicadapelo presidente Lula emjunho de 2010, prevê a par-ticipação dos conselhos nafiscalização do uso dos re-cursos.

CURSO

Em parceria com aEscola Judiciária Eleitoraldo Tribunal RegionalEleitoral (TRE), a EscolaSuperior do MinistérioPúblico Estadual (ESMP)realiza nos dias 13 e 14,das 8 horas às 18h30, ocurso presencial de aper-feiçoamento para magis-trados e membros doMinistério Público emDireito Eleitoral. O encon-tro será realizado no audi-tório da Escola Superior daMagistratura (Esmal), noFarol. As inscrições já estãoabertas e poderão ser fei-tas, até o dia 13, pela Inter-net através do [email protected]. Já osmembros do MinistérioPúblico deverão se inscre-ver no email [email protected] ouatravés do telefone 2122-3716, das 8 horas damanhã ás 13h30.

TAPA-BURACOS

Cinco pontos deMaceió estão sendo benefi-ciados esta semana com aOperação Tapa-buracos daPrefeitura. A SecretariaMunicipal deInfraestrutura eUrbanização (Seminfra)destinou equipes de traba-lho para a Ponta Verde,Conjunto Dubeaux Leão,Farol, Levada e JardimAcácia. O asfalto que é re-tirado das principaisavenidas é reutilizado napavimentação de ruas deconjuntos habitacionais ede outras vias da cidade.

PRAÇA CONECTADA

A Financiadora deEstudos e Projetos (Finep)do governo federal estáaceitando inscrições demunicípios de qualquerregião, porte ou populaçãopara serem voluntários doprojeto Praça Conectada. Oprojeto é desenvolvido emparceria com a NegerTecnologia e Sistemas - em-presa de base tecnológicaespecializada em telecomu-nicações para áreas rurais eregiões remotas - e visapromover a inclusão digitalpor meio de uma soluçãotecnológica de baixo custo.

DIRETAS

O vereador Luiz Pedro (PP) já anunciou: apoia paraa Assembleia Legislativa o nome do presidente daCâmara Municipal de Maceió, Dudu Holanda, can-didato pelo PMN.

No guia eleitoral de Alagoas, o clima está mais “quente”entre candidatos ao Senado: a disputa envolve ataques pesa-dos, das mais diversas formas.

E as ferramentas da Internet vêm sendo amplamenteutilizadas nas eleições deste ano. Não só a favor comotambém contra os candidatos a cargos eletivos...

ADIAMENTO

A homenagem que o presidente do Sindicato dosEmpregados de Hotelaria, José Renaldo, faria amanhãao prefeito Cícero Almeida (PP), em reconhecimento aosbons serviços prestados ao turismo pelo chefe doExecutivo municipal, foi adiada. A solenidade acontecena quarta-feira, às 9 horas, na sede da Prefeitura deMaceió.

VAGAS DE EMPREGO

O Sine divulgou na última quinta-feira que vai abririnscrições para 27 vagas de emprego para contrataçãopela Usina Santa Helena, no Estado do Mato Grosso. Aotodo são 10 vagas para mecânicos de tratores, 10 vagaspara mecânicos de máquinas pesadas, seis vagas paramecânicos de colhedoras de cana-de-açúcar e uma vagapara encarregados de moendas. Os interessados nasvagas, com disponibilidade para viajar ao Mato Grosso,devem comparecer a partir desta sexta-feira, das 8 horasàs 12 horas, no posto de atendimento do Sine Alagoas,no bairro de Jaraguá, em Maceió, munidos de currículo,para falar com a funcionária Ana Lucena, na Central deVagas.

“Tecnologia beneficia militância”Para Gil Castilho, que tam-

bém é diretora de relações pú-blicas da Associação Brasileirade Consultores Políticos(Abcop), este ano, a Internettem gerado efeitos muito maisrelevantes para disseminarações partidas de grupos mi-litantes, seja político-partidárioou movimentos sociais.

“A Rede Mundial deComputadores se reveloumuito eficiente como umaferramenta de mobilizaçãoda militância”, teoriza Cas-tilho. “A Internet tem surgi-do como a grande ferramen-ta para unificar os discursos,organizar grupos de debatee até mesmo organizar essasmilitâncias. É uma forma efi-ciente que esses grupos en-contraram de comunicação,com um efeito muito práticoe dinâmico”, frisa a especia-lista.

LEGISLAÇÃO - O advo-gado Gustavo Ferreira, espe-cialista em direito eleitoral, aler-ta que a Internet causa a falsasensação de ser um “território”totalmente livre, o que, segun-do ele, não é verdade.

“Temos a sensação de que aInternet seja um território total-mente livre. Mas não é bemassim. Este ano já estamos sobuma legislação mais específicapara as campanhas virtuais, eisso pode acarretar algumas pe-nalidades. É preciso prestar bas-tante atenção ao que está sendofeito na rede. O monitoramen-to na Internet é mais comple-xo, mas nem por isso os candi-datos poderão fazer o que qui-serem, há restrições”, afirmaFerreira.

De acordo com a Legisla-ção Eleitoral, a propagandaeleitoral paga ou gratuita fi-cará proibida na Internet para

sites oficiais, seja na esfera mu-nicipal ou federal, e indepen-dentemente de ter objetivoslucrativos. A pena para queminfringir a legislação é demulta de R$ 5 a R$ 30 mil, apli-cadas ao provedor e serviçode hospedagem da página.

Em alguns casos, a JustiçaEleitoral tem optado pela sus-pensão do acesso a todo con-teúdo na Internet por um pe-ríodo de 24 horas. Exemplodisso ocorreu em 2008, quan-do a candidata tucana à Pre-feitura de Maceió teve sua pá-gina na Internet retirada do ardurante 24 horas.

Até 2008, a Justiça Eleitoralpermitia apenas a construçãode sites com o domínio “.can”,mas, apesar da restrição, a leinão evitou que candidatos oucorreligionários utilizassemoutros recursos da rede, comoOrkut, por exemplo. (G.M.)

Eleições são “laboratório” parauso da Internet pelos candidatosUso da Internet na campanha deste ano é aposta dos que disputam o voto

Gilson Monteiro

Repórter

A liberaçãoda Internet paraas campanhaseleitorais deupartida a umacorrida pela uti-lização da novaf e r r a m e n t aentre os candi-

datos. Mas, segundo os especia-listas em marketing político, asimples manutenção de uma pá-gina na Rede Mundial deComputadores pode não surtirefeito algum para o candidato.

A publicitária e diretora derelações públicas da Asso-ciação Brasileira de Consul-tores Políticos (ABCOP), GilCastilho, traçou um diagnós-tico da utilização das novasferramentas da tecnologiapelos candidatos até o mo-mento, com exclusividadepara O JORNAL. Segundo aconsultora, a Internet só teráefeito se o candidato manti-ver uma plataforma comple-ta na rede, interagindo com oeleitor em redes sociais comoTwitter e Facebook. ParaCastilho, as eleições 2010 estãofuncionando como um verda-deiro “laboratório” de utiliza-ção dessas ferramentas.

“Não é apenas um opção,mas é fundamental essa intera-ção entre essas ferramentas.Apenas a página solta na Inter-net não passa de um panfletoeletrônico. O grande passo daInternet é o diálogo entre os can-didatos, a sociedade e o eleitor.E isso é possível por meio dasredes sociais como o Twitter,Orkut e Facebook. É preciso queo candidato esteja ali no dia adia, dialogando, respondendoaos questionamentos, mostran-do suas opiniões”, alerta a pu-blicitária, que também é mem-bro da Associação Latino-Ame-ricana de Consultores Políticos(Alacop).

Entre os candidatos que apa-recem na rede adotando o esti-lo sugerido pela especialista,utilizando as ferramentas darede em larga escala, aparecemJoão Lyra (PTB) e Célia Rocha(PTB), da Coligação “O Povono Governo”; Rui Palmeira(PSDB) e Carlos Alberto Canuto(PSC), da Coligação “FrentePelo Bem de Alagoas”; Maurí-cio Quintella Lessa (PR) e Pin-to de Luna (PT), da coligação“Frente Popular Por Alagoas”;entre outros

Gil Castilho acredita que ohorário eleitoral gratuito estásendo “amplificado” na Internet.“As eleições 2010, quando há apossibilidade de se utilizar ple-namente essas novas ferramen-tas, servirão na verdade de umverdadeiro laboratório. Veremosa força dessas novas ferramen-tas na comunicação com o elei-tor. Veremos quais variáveis in-fluenciam mais nesse universo.Uma questão que já percebemosé que a Internet amplificou o ho-rário eleitoral da TV. O cidadãoque não pode assistir na TV, de-pois vai na Internet ou para vê-lo em vídeos ou buscar informa-ções, opiniões referente à propa-ganda da TV”, afirma a publici-tária.

Trazendo sua “radiografia”da disputa eleitoral na Inter-net para o cenário alagoano, aespecialista afirma que o pesoda exclusão digital na utiliza-ção da Internet durante o pro-cesso eleitoral é relativo.

“Aexclusão digital tem umainfluência no fato de estadoscomo Alagoas ainda utilizarema ferramenta timidamente. Masem São Paulo há candidatosque não possuem página, ouperfil no twitter. Em todos os es-tados há candidatos que utili-zam maciçamente e outros quepraticamente ignoram a redeem suas campanhas”, observaGil Castilho.

João Lyra é um dos que apostam nas ferramentas da Internet na disputa por vaga na Câmara Federal

Em busca da reeleição, Maurício Quintella Lessa é um dos que mais utilizam a web em busca de votos

Rui Palmeira é outro que aposta na rede mundial de computadores na briga por vaga de deputado federal

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AA33Domingo, 5 de setembro de 2010 || e-mail: [email protected]

Política JORNALO JORNALO

Contexto

EXPRESSAS

Dos 900 convocados pela reserva técnica da PolíciaMilitar, 254 não apareceram. E dos 646 que se apre-sentaram, 45 foram reprovados nos exames físicos.

Diretores de escolas públicas se reúnem dia 9, com as en-tidades ligadas à agricultura familiar, para discutirem a apli-cação da Lei 11.947.

A Lei 11.947 determina que 30% da merenda esco-lar devem ser adquiridas da agricultura familiar. Areunião será no auditório do Sebrae, às 9 horas.

Dias 8 e 9, o Cesmac promove o ciclo de debates sobre acultura do algodão e do açúcar em Alagoas, a partir das 19horas, no auditório da Faculdade de Comunicação.

Roberto Vilanova - [email protected]

SANTA TERRA

Do ponto de vista da potencialidade do solo e do subsolo,Alagoas é mesmo um Estado bem aquinhoado pela natureza.

Vejamos: tem tanta água, que a predominância de lagoasdeu origem ao nome do Estado. E levou o músico norte-ameri-cano Bill Paul a citar Maceió entre as cidades brasileiras queele mais admirava pela beleza natural.

Mas, não é só isso: 20% do solo alagoano são formados deelementos “paleomesoreos” – que significa: produz gás, petróleoe turfa.

O Censo 2010 do IBGE vai revelar uma população que podesuperar 3,2 milhões de habitantes e, não por acaso, a revistaVeja prognosticou que Arapiraca será em breve uma metró-pole.

A questão crucial é que essa potencialidade não se traduzem riqueza para a maioria da população no volume, no pesoe na extensão que deveria.

Fica faltando um pedaço, e um pedaço grande.

MEDO

Até a sexta-feira, 3, oTribunal Regional Eleitoralcontabilizava 15 pedidospara tropas federais emigual número de municí-pios. O último pedido foiprotocolado pelo juizSóstenes Alex, deCoruripe.

DE FÉ

O advogado MarceloBrabo, que defende o can-didato a governadorRonaldo Lessa, não perdea confiança no julgamentodo recurso no TribunalSuperior Eleitoral. Para ele,existe sim a luz da espe-rança.

MENOS

O novo comandante daPolícia Militar, coronelDário César, vai trabalharem 2011 com R$ 45 mi-lhões de corte no orçamen-to da PM. Na Polícia Civil,o corte foi de R$ 4 milhões,de acordo com oOrçamento.

DELETE

O juiz Paulo Zacarias,da propaganda eleitoral,ainda não recebeu nenhu-ma denúncia sobre a pro-paganda na Internet. Essaé a primeira eleição com aInternet na condição deveículo de comunicação demassa.

ASSIM

O Ministério PúblicoEleitoral pediu a impug-nação da candidata TerezaFerro (PTB), porque oprocesso dela correu àrevelia. Tereza foi demitidado Departamento Nacionalde Obras Contra a Seca(DNOCS) por “lesar ocofre público e dilapidar opatrimônio”.

REVELIA

- “Ela (Tereza Ferro) se-quer se pronunciou naação movida peloMinistério PúblicoEleitoral” – explicou oprocurador eleitoralRodrigo Tenório, para lem-brar que funcionário demi-tido do serviço públiconão pode pleitear cargoeletivo por oito anos.

JORRA 1

São Miguel dos Campostem duas usinas e destila-rias, a fábrica de cimento etrês poços de gás e petróleoque jorram faz tempo.“Furado”, o maior deles,produz 425 mil metroscúbicos de gás natural pordia e 2.782 barris depetróleo/dia.

JORRA 2

Alagoas tem a maiorjazida de gás natural,dissociado do petróleo,do país! São 2 milhõesde metros cúbicos/dia,que viram 1,8 milhão demetros cúbicos de gásindustrial e 12 mil boti-jões de gás de cozinha,de 13 kg.

Ana Paula já tem, na ponta da língua, o nome de um de seus candidatos

Campanha eleitoral ainda é tímidanas cidades atingidas pelas cheiasO JORNAL foi a dois municípios que sofreram com as enchentes de junho

Gilson Monteiro

Repórter

Ainda sobos escombrosda tragédia, on-de um dia foi oterminal rodo-viário, um gru-po de mora-dores da cidadede Branquinhadebate suas pre-

ferências eleitorais, defendendoseus candidatos e atacando os“adversários”. Acena foi um dosraros momentos registrados pelareportagem de O JORNAL nacidade que fez lembrar o perío-do eleitoral. As velhas mazelasda pequena cidade da Zona daMata alagoana, potencializadaspela devastação das fortes chu-vas do mês de junho, parecemnão dar espaço para as “novaspromessas” dos candidatos, tam-pouco para a efervescência dascampanhas eleitorais, quecomeçam a surgir timidamentenesses municípios a menos detrinta dias do pleito.

“Nem parece que estamosem tempo de eleição. Não temcomício, nem entregam ‘papel’nas portas. Ninguém temaparecido nem para comprarvoto”, sentencia o funcionáriopúblico Geraldo Bezerra doNascimento, resumindo o ce-nário conferido por O JORNALno restante da cidade.

Com exceção de duas placascom propaganda de candidatosda região fincadas em um ter-reno onde funcionava a secre-

taria Municipal de Saúde, norestante da cidade não se vênem carro de som, nem murospichados ou correligionários dealgum candidato entregandoos famosos “santinhos”, comoacontece no restante do Estado.

“Eu mesmo não tenho can-didato ainda. Vou votar porqueé obrigatório, mas aqui não es-tamos preocupados com isso[eleições] não. O povo está pas-sando necessidade. Precisamosé de ajuda. Esse ano não tevecomício, nem carreata. Não temcampanha”, observa o agricul-tor José dos Santos.

RENDA EXTRA - Em meioao desemprego as campanhaseleitorais sempre foram ummeio de ganhar uma rendaextra. Seja entregando panfle-tos ou agitando bandeiras,muitos jovens acabam fazendodo período eleitoral uma espé-cie de “subemprego”.

“Na outra eleição deu praganhar dinheiro trabalhandonas campanhas, mas este ano jáprocurei, mas ninguém tá pe-gando ninguém pra trabalhar(sic)”, queixa-se o estudante edesempregado Fernando Silva.

O aposentado Francisco Al-

meida, que em eleições passadasrecrutou dezenas de pessoas paratrabalhar nas campanhas, diz queeste ano provavelmente só serãochamadas algumas pessoas paraatuar como fiscais dos partidosnas secções eleitorais. “Realmentea campanha está muito parada.Em outras eleições eu fazia oscadastros de quem ia trabalhar,e sempre tinha vaga para 50 ou60 pessoas que ganhavam umbom dinheiro. Mas este ano acampanha está muito morna eacho que só vão precisar no diada eleição mesmo para trabalharcomo fiscal”, conta.

Nomes de candidatos ainda são desconhecidos Com suas rotinas totalmen-

te modificadas pelo dia-a-diaimprovisado nas barracas daDefesa Civil, muitas famíliasde desabrigados ainda nãoprestaram muita atenção noscandidatos que disputam umavaga como seus legítimos re-presentantes à frente do gover-no do Estado, do país oumesmo na Assembleia Legis-lativa. Perguntados sobre emquem iriam votar, muitos mo-radores de Branquinha, desa-brigados ou não, demonstramestar um tanto alheios ao pro-cesso eleitoral. A maior partecita apenas o nome de um oudois candidatos que disputamos cargos majoritários. A maio-ria desconhece os candidatosao Senado, por exemplo.

“Sei que tem a candidataque o presidente Lula apóia eo outro que foi ministro”, disseo agricultor Jorge Vieira Silva,de 41 anos, referindo-se aoscandidatos à presidência daRepública Dilma Roussef, doPT, e José Serra do PSDB, aomesmo tempo em que ignora a

existência dos outros oito can-didatos. “Se tem mais aindanão me disseram”, ironiza.

A jovem Ana Paula Elói daSilva, de 19 anos, já tem naponta da língua o nome de umdos candidatos a quem vai darum dos setes votos aos quaistem direito no dia 3 de outubro.“Eu mesmo já sei que vou votarem [...]. O resto eu não conhe-ço ainda”, avisa a estudante,citando nome de um candida-to a deputado federal.

Perguntado em quem vota-ria para senador, o estudanteFernando Moreira disse queainda não tinha visto na TV,mas que já tava “pensando” emvotar para presidente daRepública. “Para senador nãoconheço ninguém não. Masagora vou vê quem é para vê seeu escolho um para votar. Aquia gente não vê propaganda, oscandidatos não vem aí fica com-plicado de saber em quemvamos votar”, disse o desem-pregado de 25 anos que desco-nhecia o direito a um segundovoto para o Senado. (G.M.)

Presença de políticos nas áreas causa polêmicaSeja durante ou após as

águas devastarem moradias evidas de milhares de famílias,a presença de candidatos nascidades castigadas pelas chu-vas ainda causa polêmica. Afragilidade dos desabrigados,seja financeira ou emocional,torna constrangedora a presen-ça daqueles que disputam ovoto nessas “comunidades delona” improvisadas.

A desempregada LenirMaria dos Santos, moradorade uma das centenas de bar-racas instaladas na cidade deBranquinha, prefere o assis-tencialismo mesmo que dema-gógico ao abandono a queestão submetidos após a en-chente. “Mesmo que eles [oscandidatos] tenham outra in-tenção, mesmo que seja porcausa das eleições, eu prefiroaqueles que vieram ajudar nahora do aperto, na hora da ne-cessidade. Nessas horas, o queimporta é uma mão amiga, al-guém que ajude”, desabafa.

“Os candidatos ficaram

com medo de aparecer pela si-tuação que estamos passando.Por aqui não tem passado nemcandidato, nem essas propa-gandas. Muitos candidatosapareceram no começo depoissumiram”, questiona a estu-dante Ana Paula Elói da Silva.

Para a Justiça Eleitoral, apresença dos candidatos nosmunicípios castigados pela en-chente não configura irregula-ridade, contanto que não exis-tam abusos.

“Acho que neste momentotoda ajuda é bem vinda. Inde-pendente de ser candidato, ébom que todos ajudem, até porum motivo de humanidade. Masclaro que se tivermos denúnciado uso dessa tragédia para anga-riar votos, de forma explícita, ha-vendo esse tipo de abuso inves-tigaremos, tomando as medidascabíveis e previstas na legisla-ção”, explica o presidente doTribunal Regional Eleitoral(TRE), desembargador EstácioLuiz Gama de Lima. (G.M.)

(Continua na página A4)

Fotos: Lula Castello Branco

Em Branquinha, cena rara: moradores da cidade destruída pelas enchentes discutem em que candidato votar

Lenir: “Nessas horas, o que importa é uma mão amiga, alguém que ajude”

TÁ BOMBANDO

O senador Fernando Collor (PTB), candidato a gover-nador, já tem 2,5 mil seguidores no Twitter.

PENSANDO BEM

Desabafo do candidato a governador, Ronaldo Lessa(PDT): “Não adianta eu vencer a eleição e perder lá naJustiça”.

PROPORCIONALMENTE

O Censo 2010 do IBGE vai revelar que o municípiode São Miguel dos Campos foi que mais cresceu em ter-mos de habitantes.

VOCÊ SABIA?

Alagoas produz 28 mil litros de gasolina por dia, quesão levados para a Bahia e ficam por lá mesmo.

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Uma das cidades mais atingidas pelas enchentes, Branquinha não tem queixas de crimes eleitorais registradas, conta a magistrada da 9ª Zona

DA ASSEMBLEIA

Campanha eleitoralafasta os deputadosAlexandre H. Lino

Repórter

No mês que passou, aAssembleia Legislativa conse-guiu realizar apenas cinco ses-sões. Agora em setembro a si-tuação não deve ser diferente.O resultado é reflexo da cam-panha para reeleição de 20 dos27 deputados estaduais, issosem contar que outros trêsnomes disputam uma vaga naCâmara Federal. Votações?Quase nada, já que nas pou-cas sessões que foram abertasem agosto faltou quórum re-gimental para votar. A MesaDiretora afirma que está cor-tando os salários dos faltosos,mas até agora ninguém recla-mou de cortes no pagamentomensal de R$ 9,6 mil.

O principal problema paraas ausências é a campanha, jáque os parlamentares passama semana viajando. Em relaçãoàs críticas devido ao excessode faltas, o presidente da Casa,deputado Fernando Toledo(PSDB), afirmou que estásendo feito um esforço coleti-vo para que os deputadoscompareçam. O motivo é aproximidade do envio, porparte do governo estadual, daLei Orçamentária Anual(LOA) para 2011, cujo prazo li-mite é 15 de setembro.Atualmente a média de com-

parecimento é de cinco depu-tados, quando o número mí-nimo para abertura das ses-sões é de nove.

Devido ao período eleito-ral, o regimento da Assem-bleia já flexibiliza o númerode sessões, reduzindo de trêspara dois o número de en-contros semanais. A respeitodo funcionamento da Casa, opresidente garantiu que nãohá nenhum atropelo na ges-tão. “Posso garantir que avida administrativa da As-sembleia Legislativa está nor-mal, está em dia. Não temosnenhum projeto de lei queimpeça o andamento do Es-tado”, afirmou.

Mesmo saindo em defesados deputados, o tucano sabeque o clima dentro do Legis-lativo estadual é unicamentede campanha, já que apenasDudu Albuquerque (PSDC),Fernando Gaia Duarte, JoséPedro da Aravel e CáthiaFreitas, todos do PMN, nãosão candidatos. Aexpectativados deputados, tanto da si-tuação, quanto da oposição, éque o quadro só se normali-ze na segunda quinzena deoutubro.

Isso se a disputa pelo go-verno estadual não chegar aosegundo turno - o que leva-ria para normalidade emmeados de novembro.

Campanhas “mornas” desestimulam crimes eleitorais nas localidadesGilson Monteiro

Repórter

Nos cartórios eleitorais dascidades atingidas pelas chuvasdo mês de junho, os juízesdizem que este ano pratica-mente não existem demandapor investigações de crimeseleitorais. Com as campanhasainda mornas, nessas cidadesos crimes eleitorais, tão inten-sos em pleitos anteriores, acon-tecem na mesma intensidade.

“Não temos tido denúnciasde nenhum tipo. As campanhasestão paradas, não tem climapara isso. Está tudo muito quie-to, muito tranqüilo. Até o mo-mento não recebi nenhum tipode queixa ou denúncia de qual-quer tipo de crime. Nada nemde maior ou de menor gravida-de”, afirma a juíza AídaCristina, da 9ª Zona Eleitoral,que abrange das cidades deBranquinha e Murici, dias antesde deixar o cargo sob licençamédica.

Em São José da Laje, o juizJosé Roberto Ramos contabili-za apenas duas reclamações,ambas motivas por som alto.“Eventualmente vemos algumcarro de som circulando compropaganda. Está tudo muitoparado, sem movimentação decampanha. Aqui em São Joséda Laje os candidatos ainda nãodespertaram para campanhana cidade. Está tudo tão para-do que até agora só recebi duasreclamações, mas mesmo assimpor causa de som alto em car-ros particulares, que estavam

com música de campanha.Apenas isso”, afirma o magis-trado.

Situação semelhante emQuebrangulo, uma das maisdevastadas. “Para dizer a ver-dade, não estamos vivencian-do uma campanha eleitoral.Não tem carro de som nas ruas,nem adesivos, nem bandeiras.Nem muito menos temos rece-bido denúncias de crimes elei-torais. Até agora não recebi ne-nhuma, está tudo realmentemuito parado”, comenta o juizJoão Paulo Martins.

Em União dos Palmares,um integrante do PoderJudiciário que não quis se iden-tificar disse que o clima de re-volta dos desabrigados é atéum risco para os candidatos.“Não tem clima para campa-nha. Os candidatos estão comdificuldade de dialogar, e digoaté que, se insistirem, é capazde muita gente que está revol-tada com a situação nos abrigosque podem até partir para aviolência”, adverte o servidor.

A coordenação do Mo-vimento de Combate à Cor-rupção Eleitoral (MCCE), quecomandou nacionalmente acriação da Lei da “FichaLimpa”, também calcula queas denúncias tem surgido emmenor volume nas cidadãs quesofreram com as enchentes.“Temos recebido denúncias detodo parte, mas realmente ob-servamos que nessas cidadeso número tem sido menor”,disse um dos coordenadoresdo movimento. (G.M.)

Risco de “derrame” de dinheiro às vésperasApesar de distantes da efer-

vescência das campanhas elei-torais, os desabrigados de al-gumas cidades já conhecem o“modus operandi” dos mauspolíticos. Muitos moradoresouvidos por O JORNAL dizemque a previsão é de que os caboseleitorais “encostem” nessasáreas na reta final do processoeleitoral, mais precisamente nofinal deste mês.

“Tem é muitos cabo eleito-ral na moita, com dinheiroguardado para vir aqui no finaldo mês, quando tiver maisperto do dia da votação. Na vés-pera da eleição vai ter é um der-rame de dinheiro”, fala com na-turalidade um desabrigado quenão quis dizer o nome, semsaber que denunciava um dosmais graves crimes eleitorais, acompra e venda do voto, puní-vel com multa e até quatro anosde prisão.

Dividindo uma das barra-cas com o esposo e cinco filhos,a dona de casa Maria LucieneTenório, reforça a denúncia dovizinho de barraca. Demons-trando uma consciência políti-ca incomum aos demais desa-brigados entrevistados, a donade casa afirma com veemênciaque jamais venderia seu voto.

“Até agora não veio nin-guém. Está todo mundo aquiindignado vivendo nessa situa-ção. Mas agora no final de se-tembro é que eles [os candida-tos] devem aparecer oferecen-do dinheiro. Mas eu mesmonão vendo meu voto. Eles vêm

agora, compra o voto da gente,e depois, como é que vai ser.Não vamos nem poder cobrarnada, pois eles já pagaram pornosso voto. Estou assistindo ohorário político na televisão,pois a gente tem que saber emquem vamos votar”, diz a donade casa em tom de discurso,aproveitando para reclamar dafalta de assistência aos desabri-gados.

“Está todo mundo indigna-do aqui, porque dizem que agente tem de tudo aqui, e o queagente recebe é um pão para

cada um, uma quentinha no al-moço e uma no jantar, e só. Ascoisas [donativos] chegam, masnão vêm para a gente não.Tenho crianças aqui que estãona escola e precisam se alimen-tar direito. Asituação está insu-portável”, queixa-se MariaLuciene.

SUSPEITAS - O Movimen-to de Combate à Corrup-çãoEleitoral confirma as suspeitasdos eleitores ouvidos por OJORNAL. Segundo a coorde-nação do Movimento no Esta-

do, a campanha estaria “supos-tamente” fria porque candida-tos estariam guardando dinhei-ro para comprar votos nas vés-peras do pleito.

“Esse clima de campanhafria é falsa. O que temos conhe-cimento é que os candidatosnão estão gastando com propa-ganda porque estão guardandoo dinheiro para comprar votosmaciçamente no dia da eleição.Por isso não gastam nem comum botão sequer”, alerta umdos coordenadores do movi-mento. (G.M.)

Na Câmara, “fenômeno” se repete

A Câmara Municipal deMaceió também está passan-do pelo mesmo problema.No mês passado, os verea-dores praticamente desapare-ceram do plenário e são maisencontrados em caminhadase carreatas do que nas ativi-dades legislativas. Essa se-mana que passou não houvenenhum encontro de verea-dores que não fosse fora doprédio. O regimento daCâmara também autoriza adiminuição do número desessões.

Um total de nove dos 21nomes estão na disputa. Sãocandidatos João Luiz (DEM),Dudu Holanda (PMN), Thay-se Guedes (PSC), Tereza Nel-ma (PSB) e Marcelo Gouveia(PRB) tentam ir para ALE.Rosinha da Adefal (PTdoB)disputa uma vaga na Câmarados Deputados. Heloísa Hele-na ao Senado e RicardoBarbosa à Assembleia Legis-lativa, ambos do PSOL; GalbaNovaes (PRB) é o vice na chapade Fernando Collor (PTB) aogoverno do Estado. (A.H.L.)

AA44 Domingo, 5 de setembro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Política JORNALO JORNALO

Na última quinta-feira, aComissão de Combate aos Cri-mes Eleitorais, formada por trêsjuízes do Tribunal RegionalEleitoral (TRE), realizaram si-multaneamente, em União dosPalmares e em São José da Laje,audiências públicas onde ori-entam a população sobre as for-mas de combate à corrupção.

A equipe, formada pelosjuízes Sandro Augusto dosSantos, Geraldo Amorim eLorena Vasconcelos Soutto-Mayor, decidiu iniciar a sériede audiências nas cidades daZona da Mata por consider-arem o receio de que a tragédiadeixe essas famílias mais vul-

neráveis à ação dos políticoscorruptos.

“A situação de fragilidadenessas cidades é grande, e issopode fazer com que esseseleitores se tornem vítimas demaus candidatos. Por isso re-solvemos dar o pontapé inicialdessas audiências públicas nes-sas duas cidades. Fiz palestraem União dos Palmares ondealertamos a população sobreas pessoas “generosas” queaparecem nessa época, compromessas, mas que na ver-dade está trazendo a cor-rupção”, afirma o juiz GeraldoAmorim, dizendo que durantea audiência pública alertou à

população sobre as penali-dades aplicadas não apenas aquem compra, mas ao eleitorque vende o voto.

“Demos destaque a questãode que o eleitor que vende outroca o voto por algum tipo debenefício também é enquadra-do pelo artigo 299 do códigopenal, podendo ser penalizadocom até quatro anos de reclu-são”, explica o magistrado.

As demais audiências pú-blicas serão em Arapiraca ePalmeira dos Índios no dia 9;em Santana do Ipanema eDelmiro Gouveia no dia 15 eencerrando no dia 23 nascidades de Penedo e Coruripe.

OAB - Os municípios casti-gados pela enchente tambémsão preocupação da Comissãode Combate à Corrupção Elei-toral da Ordem dos Advoga-dos do Brasil (OAB) em Ala-goas. “Temos realmente essaquestão do uso da tragédia paraangariar votos. Além de umcrime eleitoral, comprar ouvender o voto é sobretudo umcrime moral. Ao comprar votoso candidato está comprandotambém consciências”, critica apresidente da Comissão, RachelCabus, que também é a vice-presidente da seccional ala-goana da Ordem. (G.M.)

Justiça Eleitoral e OAB temem “compradores”

Uma das desabrigadas, Maria Luciene Tenório afirma, com veemência, que jamais venderia seu voto

Lula Castello Branco

Lula Castello Branco

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JORNALO JORNALO

Domingo, 5 de setembro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected] AA55

Situação está quase definida em 14 estadosUOL

Quatorze novos governa-dores podem ser definidos noprimeiro turno, seis confrontosestão indefinidos e outros setese inclinam para decisão no se-gundo turno. Um mês antesda votação de 3 de outubro, atendência indicada pelas pes-quisas de intenção de voto éde confronto quase resolvidonos maiores colégios eleitoraise reforço para as fileiras do pre-sidente Luiz Inácio Lula daSilva.

O levantamento do UOLEleições considerou as pesqui-sas Datafolha e Ibope divul-gadas até 2 de setembro. Osnúmeros indicam provável fimno primeiro turno nas dispu-tas com apenas dois candida-tos acima de 10% nas inten-ções de voto. A exceção é oPará, onde a indecisão se deveaos percentuais de quatro can-didatos menores, apesar de ne-nhum deles chegar aos 10%,de acordo com o Ibope.

Na região mais populosado país, a Sudeste, apenas SãoPaulo não sabe se a disputaacaba no primeiro turno, umavez que os apoiadores da pre-sidenciável Dilma Rousseff(PT) têm concentrado forçaspara evitar vitória do favoritoGeraldo Alckmin (PSDB) já em3 de outubro. No Rio deJaneiro, Sergio Cabral (PMDB)deve se reeleger. No EspíritoSanto, a provável vitória é deRenato Casagrande (PSB).

Mas a maior batalha eleito-ral do primeiro turno está emMinas Gerais, onde o gover-nador Antonio Anastasia(PSDB), sucessor de AécioNeves, emparelhou com o ex-ministro Hélio Costa. Sem ou-tros adversários fortes na dis-puta, um dos dois deve termi-nar o primeiro turno comovencedor. Dilma e o presiden-ciável tucano, José Serra, têminvestido tempo no segundomaior colégio eleitoral do país.

SUL E NORDESTE - NoSul, apenas o Paraná deve de-cidir já em 3 de outubro. BetoRicha (PSDB) leva vantagemsobre Osmar Dias (PDT) e asoma dos seus adversários atéagora não é o bastante para

viabilizar o segundo turno. ORio Grande do Sul se encami-nha para um segundo turnoentre Tarso Genro (PT) e JoséFogaça (PMDB). SantaCatarina promete um enfren-tamento entre Ângela Amin(PP) e Raimundo Colombo(DEM).

No Nordeste, quatro dis-putas se encaminham para de-cisão no primeiro turno. Todascom aliados de Lula e Dilma:Sergipe (Marcelo Deda/PT),Pernambuco (Eduardo Cam-pos/PSB), Paraíba (José Mara-nhão/PMDB) e Ceará (CidGomes/PSB). Em Alagoas, Fer-nando Collor (PTB), RonaldoLessa e o governador TeotônioVilela (PSDB) disputam parasaber quem chegará ao segun-do turno. No Piauí, os rivaissão Silvio Mendes (PSDB),Wilson Martins (PSB) e JoãoVicente Claudino (PTB).

Há também três disputascom claros favoritos, segundoDatafolha e Ibope, mas quepodem terminar apenas no se-gundo turno, por conta de can-didatos menores. Na Bahia,Jaques Wagner (PT) é o favo-rito contra Paulo Souto (DEM);no Maranhão, Roseana Sarney(PMDB) leva vantagem contraJackson Lago (PDT); e, no Rio

Grande do Norte, RosalbaCiarlini (DEM) é uma rara opo-sicionista à frente de um alia-do de Lula, Iberê Ferreira deSouza (PSB).

CENTRO-OESTE ENORTE - Apenas Mato Gros-so deve ter segundo turno noCentro-Oeste. Silval Barbosa(PMDB), aliado do ex-gover-nador Blairo Maggi (PR), épresença provável. WilsonSantos (PSDB) e Mauro Men-des (PSB) disputam a outravaga. No Mato Grosso do Sul,André Puccinelli (PMDB) temreeleição provável no confron-to com Zeca do PT.

No Distrito Federal, Ag-nelo Queiroz (PT) abre dis-tância sobre Joaquim Roriz(PSC) e, por falta de outrosrivais, pode definir já no pri-meiro turno. Para a oposição,o foco é a campanha emGoiás, onde Marconi Perillo(PSDB) definiria a disputacom Iris Rezende (PMDB) jáno primeiro turno se as elei-ções fossem hoje.

Na região Norte, o PT con-centra esforços para não per-der o governo do Pará para aoposição. A possibilidade deisso acontecer é grande, já queSimão Jatene (PSDB) está à

frente da governadora AnaJúlia Carepa (PT), e apenas amanutenção e crescimento decandidaturas com menos de6% das intenções de voto o im-pediriam de vencer já na pri-meira votação.

Há provável vencedor deprimeiro turno no Acre: TiãoViana (PT). Em outras dispu-tas que devem terminar em 3de outubro por falta de maisoponentes de peso, o Amazo-nas deve escolher entre o go-vernador Omar Aziz (PMN) eo ex-ministro Alfredo Nasci-mento (PR); Tocantins escolhe-rá entre a reeleição do gover-nador Carlos Gaguim (PMDB)e a recuperação de SiqueiraCampos (PSDB).

Em Rondônia, João Ca-hulla (PPS), Expedito Júnior(PSDB) e Confúcio Moura(PMDB) estão tecnicamenteempatados. Em Roraima, o go-vernador José de AnchietaJúnior (PSDB) e NeudoCampos (PP) estão parelhos.

No Amapá, a tendência éde um segundo turno entreLucas Barreto (PTB), JorgeAmanajás (PSDB) e PedroPaulo (PP). Mais atrás, CamiloCapiberibe (PSB) pode ajudara embolar a disputa nas pró-ximas semanas.

“Eleição se ganha na rua”, afirma Lula

O presidente Luiz InácioLula da Silva confirmou nasexta-feira que foi aborda-do pelo candidato do PSDBà Presidência da República,José Serra, sobre o vazamen-to de dados fiscais da filhado tucano, Verônica, em ja-neiro passado. Em visita àExpointer, uma das maioresfeiras agropecuárias daAmérica do Sul, na cidadegaúcha de Esteio, Lula criti-cou Serra e o PSDB pelo pe-dido de impugnação da can-didata do PT à Presidência,Dilma Rousseff.

“Acho que o Serra preci-sa saber uma coisa. Umaeleição a gente ganha con-vencendo os eleitores a votarna gente. Não é tentandoconvencer a Justiça Eleitorala impugnar a adversária.Isso já aconteceu em outrostempos de ditadura militar.Em tempos de democracia,o ‘seu’ Serra que vá para arua, que melhore a qualida-de do seu programa, quefaça propostas de coisas queele quer fazer pelo nossopaís, que apresente soluçõespara o crescimento indus-trial”, disse o presidente.

Lula minimizou o episó-dio de vazamento de dadosfiscais de filha de Serra, clas-sificando o fato como “se-cundário”. Disse que prefe-ria falar sobre a feira e sobreagricultura: “O resto é cam-panha política e os candida-tos que se preocupem”.

Questionado se havia

sido alertado sobre o episó-dio por Serra, Lula disse:“Não, ele não alertou. Ele sequeixou do que estava acon-tecendo com ele na internet.Como eu sou vítima dissohá muito tempo, sempreachei que a internet livretem coisas extraordinaria-mente sérias e tem coisas le-vianas”.

O presidente disse tam-bém que “não há nada de-mais” na internet sobre afilha de Serra. “Não temnada demais. Tem insinua-ções como tem contra o pre-sidente Lula, como tem con-tra a família do presidenteLula, como contra vocês, jor-nalistas, individualmente.Vivemos numa democraciae temos que aprender a res-peitar. Querer que eu cen-sure a internet, não é meupapel. E não vou censurar”,completou.

“Hoje, ele deve estar comdor de cabeça porque o PIBvai crescer acima daquiloque os mais pessimistas pre-viam que ia crescer. O Brasilvive um momento de ouro eeu não vou permitir que ne-nhuma ‘futrica’ menor - por-que não tem nenhuma acu-sação grave contra o Serraou contra qualquer coisa.Tem as coisas de internetcontra o Serra e contra todomundo. Então, o presidenteda República tem coisa maisséria para cuidar do que cui-dar das dores de cotovelodo Serra”.

Reversão do quadro é improvável

Ainda que Dilma tenhaum crescimento consideradoconstante, para Paulino édifícil prever o desenrolardas pesquisas, mas, segun-do ele, é improvável que oquadro se reverta até o dia3 de outubro. Há ainda, noentanto, um alento à esper-ança tucana de conseguirimpedir uma derrota deprimeira. “Em 2006, Lulatinha uma vantagem sobreAlckmin quando surgiu oescândalo dos aloprados (asuposta compra de um dos-siê contra Serra por petistasem SP), e o tucano con-seguiu tirar alguns votos elevou para o segundo

turno”, afirma.O ponto contra é a atual

popularidade do presidenteque, até então, não era tãoalta. “Hoje é mais difícil,porque Lula dá esse respal-do a sua candidata. E o votodela é o mais consolidado.Mas esse problema com aReceita Federal está toman-do conta das manchetes.Precisa ver se isso se refletenas próximas pesquisas”,aponta.

Já Claudio Couto é en-fático. “Serra só vai ganharse descobrirem que Dilmaestá envolvida na morte deEliza Samudio (ex-amantedo goleiro Bruno)”.

Dilma caminha para vitória em 1º turnoCanditada petista aposta em “luz própria”, enquanto tucano José Serra ainda tenta virada para ir ao 2º turno

UOL

Menos de 30 dias separamo futuro presidente do Brasilde sua consagração pelasurnas, e o desempenho doatual ocupante do cargo, atéagora apontado como decisivopara efetivar Dilma Rousseff(PT) como a primeira mulhera ocupar a Presidência, nãodeve mais ser o único fator aimpulsionar a ascensão da can-didata, que se delineia desdeo fim de maio. O adversárioJosé Serra (PSDB), por sua vez,enfrenta as dificuldades deuma campanha que agoraaposta em uma virada nasurnas, feito considerado im-provável diante da atual con-juntura.

Em quase três meses decampanha, em uma disputapolarizada entre as duas can-didaturas, Serra viu seu nomedeixar a dianteira e, hoje, lutapelo segundo turno. Já Dilmadespontou na garupa da altapopularidade de Luiz InácioLula da Silva, até aqui, a prin-cipal arma petista para se man-ter no poder. “Sempre queDilma apareceu junto a Lulade forma massiva, ela mudoude patamar. A aprovação re-corde de Lula é o pano defundo dessa eleição”, afirmaMauro Paulino, diretor-geral

do Datafolha.Segundo Paulino, a influên-

cia de Lula foi reforçada juntoao eleitor graças à televisão, omeio de comunicação maispresente na vida dos brasilei-ros, com o início da propagan-da eleitoral gratuita e da co-bertura dos candidatos pelostelejornais. “Chamamos dedisparada, mas é um cresci-mento contínuo, que até aquifoi constante em todos os se-tores. Dilma cresceu inclusivenos redutos tradicionais deSerra, como São Paulo e a re-gião Sul”, diz.

Avaliação semelhante temo cientista político ClaudioCouto, da FGV-SP. “É supernítida a subida da Dilma, masela é resultado de uma conti-nuidade, essa subida já vinhaacontecendo há muito tempo.A entrada da televisão na cam-panha acentua esse processo.E esse crescimento era previ-sível porque ela é a candidatade um governo extremamen-te popular, na figura do presi-dente Lula”, avalia.

A VIRADA - No dia 25 demaio, o Datafolha mostroupela primeira vez um empatetécnico entre os então pré-can-didatos. Em agosto, após o iní-cio da propaganda na TV, nãosó Dilma estava isolada nas

pesquisas, como a percepçãodo eleitor era a de que a can-didata seria eleita. Naquelemês, Dilma cresceu em todosos Estados, e Serra só manti-nha a liderança no Sul. A van-tagem passou a existir inclusi-ve no segundo maior colégioeleitoral do país, a MinasGerais daquele que recusou aoferta de vice do tucano, o as-pirante ao Senado AécioNeves.

Em uma estratégia definidapor petistas como errática,

Serra mudou o tom. Engrossouas críticas, sem atacar direta-mente Lula. E até mudou o slo-gan da campanha. “O Brasilpode mais” tornou-se “É a horada virada”. A aparição de Lulaem eventos públicos com Serrachegou a ser explorada pelasigla, sob a voz de um locutorque defendia: “Serra, a vivên-cia que a Dilma não tem”. O re-flexo nas pesquisas, porém,não veio.

“LUZ PRÓPRIA” - O prin-

cipal motivo, segundo Paulino,é o de que a imagem de Lula,por si só, não transmite votos.“Com o horário eleitoral gratui-to, Dilma ganhou voz e passoua ter uma identidade própria.Essa fase de associação a Lulaestá esgotada. Hoje, ela é con-siderada pelo eleitor como acandidata à Presidência, e nãomais a candidata do presiden-te. Ela já se afirma com umaluz própria”, avalia.

Tanto a presença maciça deLula não garante votos auto-

máticos, que seu candidato emSP, Aloisio Mercadante (PT),deve perder no primeiro turnopara Geraldo Alckmin (PSDB).O tucano, que junto de Serraprotagonizou um racha na siglado pleito de 2006, por sua vez,não fez questão de mostrar ocompanheiro de partido emsua campanha, permitindo aascensão de Dilma inclusiveonde o PSDB deve ter suamaior vitória.

A presença na televisãotambém se mostrou ineficazdesatrelada de outros fatores.A candidata Marina Silva frus-trou as expectativas do PV,que contava com um cresci-mento automático após asaparições de sua representan-te em cadeia nacional. A can-didata praticamente não osci-lou desde que as inserções ti-veram início.

Para Couto, soma-se a issoo que chama de “campanha ca-tastrófica”. “Seria difícil contera escalada de Dilma, mas aqueda de Serra se deve ao ca-ráter errático e ambivalentedessa campanha, inclusive comperda de votos do tucano paraa petista. É uma candidaturaque se apresenta ao mesmotempo como lulista e com umdiscurso de direita. É contradi-tório, difícil de o eleitor acredi-tar”, afirma.

Nacional

Dilma tem grandes chances de se tornar a primeira mulher na Presidência, enquanto José Serra vai “caindo”

Tião Viana mantém favoritismo no Acre, assim como Marcelo Deda, que busca reeleição em Sergipe

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JORNALO JORNALO

Domingo, 5 de setembro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

OpiniãoEm queda nas pesquisas, o presidenciável tuca-

no José Serra (PSDB) apela para uma tática queaponta para desconstrução das instituições de direi-to. Ao insistir nesse discurso, o candidato mostraque não tem escrúpulos em colocar sob suspeita acredibilidade do jogo político às vésperas de uma elei-ção presidencial.

O que estamos assistindo agora, com as tentati-vas tucanas de plantar escândalos e judicializar acampanha, é a uma gigantesca operação sem pers-pectiva. O candidato do PSDB e seus aliados do PPSe do DEM estão desenhando um autêntico golpe,para evitar que a sociedade possa comparar dois pro-jetos de país.

Há um rápido processo de cristianização (fenô-meno político de abandono dos aliados) do candida-to tucano. Aqui no Nordeste é um arraso: quem fezoposição a Lula nos últimos quatro anos desembarcado barco tucano para cuidar da própria sobrevivên-cia política. Nem mesmo em São Paulo, Estado queo elegeu senador, prefeito e governador, Serra voa emcéu de brigadeiro.

O repúdio não se dirige apenas contra sua me-

lancólica figura, mas ao estilo de governo posto emprática nos oito anos em que o neoliberalismo vigo-rou no País. Há algo de covarde na recusa de umacomparação retrospectiva, mas também há algo dedidático no exame das decisões de um ator político.Não querer encarar Dilma Rousseff como uma boacandidata é apenas um capítulo dessa farsa.

Quando se nega a comparar o governo a que per-tenceu com a atual gestão petista, Serra afirma “quenão faz política olhando para o retrovisor”. Certa-mente preferia que tudo fosse diferente, mas, no becosem saída em que se encontra, não é possível acertaro caminho com manobras abruptas. Seu trem emmarcha ré colidiria com os desastres da política eco-nômica de FHC, o padrinho a ser ocultado.

Serra, o “Zé que joga pesado”, não pode defendero passado sem deixar de fazer um elogio à rasteira dasoberania nacional. Por isso, dele só se pode esperara pregação golpista, o denuncismo como método. Oex-presidente da UNE jogou sua biografia no ralodas circunstâncias. Da soma dos fatores a que sesubmeteu, deixando de fora os nove, sobra rigorosa-mente nada.

Serra e sua tática

Ponto de vista

San

A Igreja pode nos ensinar, com a maior dasbenevolências, o que se deve fazer para que possa-mos levar uma vida condizente com os ensinamen-tos daquele que chamam de Senhor; mas a gente sóaprende se quiser. Não adianta ir ao templo, seajoelhar, cantar, rezar, juntar as mãozinhas, fecharos olhinhos, abraçar os irmãos, oferecer sua cota decontribuição para o crescimento da fé no mundo eaté garantir o perdão dos seus pecados, se, depoisdali, o negócio é soltar coices pra todo lado ouentão levantar a perninha e fazer xixi na cabeça dopróximo e, em seguida, sair abanando o rabinho.

De que adianta tudo isso? Simplesmente paraser um cristão de fachada. Se achamos que estamosfazemos tudo em prol do Santo Nome de Deus,pecamos mais do que aqueles que nunca rezaram oPai Nosso. É verdade. Conheço pessoas que pas-sam em frente à Igreja, qualquer uma, basta teruma cruz lá na cumeeira e achar que é uma Igreja,e danam-se a fazer gestos desconcertos sobre opeito como estivesse se benzendo. Hipocrisia.

Outro dia uma colega que estava comigo, pas-sando frente a uma Igreja, fez aquele traçado todosobre o peito. “Que é isso?”, perguntei. “Estou mebenzendo”, disse. “Isso foi uma cruz que vocêdesenhou no peito com a mão?”, insisti. “Claro”,respondeu ela. “Isso não foi uma cruz nem aquinem no inferno”, falei. Ela arregalou os olhou e fezos gestos novamente e disse que eu iria para oinferno por causa daquilo. Disse-lhe, com a maiorcalma do mundo: “Te encontro lá”.

Esse gesto de se benzer diante de uma igreja,de colocar terços, adesivos de santos (as), frases

sem sentidos e tantas coisas, principalmente emcarros, não tem sentido. Serve apenas pra mostraraos outros que você é uma pessoa de Deus, que écoerente, ajuda o próximo, serve ao irmão... Muitasvezes dá uma banana na cara de quem precisa, virao rosto, empina o nariz e se manda, quando nãopassa por uma poça de água formada pela chuva emolha o transeunte, ou simplesmente coloca ocarro por cima do coitado, tentando atingi-lo.

Coisa do ser humano. Cristãos profanos.Tem gente que adora repetir o nome de Deus

em vão. Você pratica qualquer ajuda pra ela e ela,toda santa, com a cara mais lisa do mundo: “Deuslhe pague”. Sou contra. Digo logo: “Deus não medeve nada; quem me deve é você e trate de um diame pagar”. Sabem qual é o problema? Tudo deruim colocam para o rapaz lá de cima tomar contaou pagar. Não concordo quando jogam o que nãopresta pra Deus, tipo: acontece uma coisa com o su-jeito e aí ele diz: “Entrego a Deus”. Por que? Porqueé um fraco, um covarde, um ser humano sem ex-pressão, pois basta ter força de vontade para resol-ver suas broncas sem entregar a quem quer seja,sem saber se Ele quer aquela bomba em suas mãos.

Depois, aos domingos, sai de casa, família den-tro do carro, e vão à missa. Dizem que vão rezar.Vão não. Dizem que vão se entregar a Jesus. Vãonão. Mas o que desgraça vão fazer lá, só eles sabeme isso é problema deles.

Pra mim, a Igreja é cada um de nós, e nossospecados serão perdoados, ou aumentados, median-te nossos atos.

O resto é com cada um.

“Deus não me deve nada; quem medeve é você e trate de um dia me pagar”

Laelson Moreira de OliveiraPoeta

Cristãos profanos

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Assinaturas em outros estados:Anual - R$ 560,00 / Semestral - R$ 280,00

Marcial LimaProfessor

Formasde ser

“A opinião doleitor nos

chamaà razão”

Ivaldo Gomes, de JoãoPessoa, escreve que tem “acom-panhado a contribuição destacoluna ao mastigar os proble-mas da cultura, em termos deplanejamento, execução, acom-panhamento e crítica”. Diz queessa atitude de pensar alto ecoletivamente ajuda a com-preender o processo na totalida-de, e lamenta que na Paraíbanão exista quem assuma essepapel: “Como seria bom setivéssemos alguns fazendo essareflexão”. Afirma que a culturaprecisa ser tratada como ummarco regulatório, para o desen-volvimento de nossa sanidademental, física e econômica. “Éum instrumento de democrati-zação, lastro de identidade, deformação de sociedades viáveis;sedimenta e dá sentido às coi-sas”.

Ato contínuo, comecei arelembrar as formas de relação,por mim testemunhadas, no quese refere ao poder frente à ges-tão pública da cultura. Mesmoem períodos de eleições livres,vi gestores impondo uma cultu-ra oficial; solapando, nos basti-dores, quaisquer outras formasque não fossem de seu interesseou dos que lhes emprestavamretaguarda. Nesses momentos,quase sempre, os amigos “desdecriancinhas”, ajustando-se aosdesejos e interesses dos quemandam, locupletam-se. Vi,também, o exercício da ideolo-gia da competência, com diri-gentes “que tudo sabiam” defi-nindo o que é necessário serlevado ao povo, “que nada sabe,para educá-lo, civilizá-lo, tirá-loda ignorância”. Aqui, sobressa-ia-se, não poucas vezes, o favorcomo critério de relações.

Em esferas mais amplas,durante anos, grassou o mantra“cultura é um bom negócio”.Era o neoliberalismo em largaescala, fazendo o Estado se exi-mir de seu papel de indutor depolíticas públicas, ampliando oespaço privado, deixando queos gerentes de marketing dasgrandes empresas, com recursospúblicos, favorecessem a divul-gação de suas marcas, sob oengodo da responsabilidadesocial. Vi, ainda, ensaios popu-listas reforçando vínculos pes-soais diretos, ao anular asmediações institucionais, sob omascaramento de uma manipu-lação que exaltava o “povo bome justo por vocação”, mas, coita-do, por explorado, precisava sercuidado. A cultura, messianica-mente, libertaria.

A mensagem de Ivaldo fazver que a opinião do leitor,quando elogiosa, não envaidece:soma, motiva. Já o pensamentodiscordante, dentro de umaspecto evolutivo, enriquece,chama à razão. No entanto,quando preso à critica compul-siva, inconsistente, às vezes mal-dosa, faculta ao criticado o direi-to de respeitar o momento dequem o tem, compreendendosuas limitações ou seu descon-tentamento diante da vida. Oarticulista se permite aguardar oreencontro, daquele que lheescreve, consigo mesmo; na cer-teza de que, o missivista, aorecompor-se, dar-se-á o direitode ser feliz.

Dentre os princípios do direito administrativo podemos citaro da supremacia do interesse público sobre o interesse privado, oda legalidade, o da finalidade, o da razoabilidade, da proporcio-nalidade, da impessoalidade, da publicidade, etc.

No entanto no meu modesto entender, um dos principaisprincípios é o chamado da motivação. Este principio implica paraa administração o dever de justificar seus atos, apontando-lhes osfundamentos de direito e de fato, assim como a correlação lógicaentre os eventos e situações que deu por existentes e a providên-cia tomada; sem isso, o ato é ilegítimo e invalidável pelo poderjudiciário.

Os atos administrativos que sejam emitidos pelos agentes emsentido contrário ao fixado pelos princípios do direito, desta feitaconfiguraram ato de improbidade administrativa, atraindo aoagente público remisso as sanções previstas na lei de improbida-de administrativa.

Esta situação alcança também a conduta os agentes públicosque atuam também na área ambiental, o que significa, caso des-respeitem em suas condutas, o conteúdo os princípios jurídicos,as agentes se sujeitarão às sanções fixadas para os atos de impro-bidade. Podemos, assim indicar a configuração, nesse caso daimprobidade administrativa ambiental.

Não é difícil desenvolver esta tese “a administração ambientalpode ser conceituada como uma parcela da administração públi-ca encarregada da efetivação da legislação ambiental e da aplica-ção das diretrizes estabelecidas através de uma decisão política”.Se é assim, seus agentes são essenciais para a realização da efetivatutela ambiental.

Os atos administrativos dos agentes ambientais, se deixaremde guardar sintonia com a ordem principiológica e com as nor-mas-regras, podem ser invalidados por intermédio da Lei8.429/92, já que a administração ambiental é apenas uma esferada administração pública e como tal subordinada também aosreferidos princípios e regras de proteção à lisura na atuação daadministração pública.

Administrar é aplicar a lei de oficio, então fortemente admi-nistrar os recursos ambientais é atentar para os princípios daadministração pública e ter a atenção com os princípios ambien-tais cristalizados pelo texto constitucional.

Se num caso concreto, um agente ambiental se omite e nãoadota as medidas aptas a impedir a degradação do meio ambien-te, estará, com solar clareza, incidindo na Lei 8.429/92, por ter seomitido ou deixado de praticar, indevidamente, ato de ofício, vio-lando com isso seus deveres de honestidade, imparcialidade,legalidade e lealdade às instituições, ou ainda incidirá também setiver recebido vantagem econômica de qualquer natureza, diretaou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou decla-ração a que seja obrigado.

Neste sentido, o uso anormal do poder na prática do atoadministrativo foi atribuído a tarefa de aplicar a lei para consecu-ção do bem comum. Para possibilitar a implementação de tal fun-ção ela foi dotada de poderes administrativos que ao contráriodos políticos, são instrumentais e não orgânicos.

Considerando que todo abuso de poder e ilegalidade, pelasua própria natureza, caracteriza-se sempre como ilegal, a autori-dade pública deve sempre atuar dentro dos princípios e dos estri-tos limites de sua competência, que é o poder legal atribuído aoagente público para a prática do ato administrativo.

Isto é o que ensina a lei.

Alder Flores

Alder Flores, advogado, químico, esp. em Direito,Engenharia e Gestão Ambiental, auditor Ambiental

“Subordinada também aosreferidos princípios e regrasde proteção à lisura”

Ato administrativoe o dever legal

Naquela rua estreita, revestida por um calçamento rústico, deparalelepípedos irregulares, ele residiu grande parte da sua vida.

As moradias simples, de meias paredes feitas de barro, sesobressaiam, às vezes, pelo colorido das suas pinturas mal caia-das e platibandas desiguais. Algumas alcançavam o lado opostoda rua, como se fossem magazines. Nos quintais, os moradoresconservavam pomares, hortas, galinheiros e até pocilgas. Eramimensos, enladeirados, nunca seguindo o estilo plano.

Menino bom, atencioso e despreocupado, entre idas e vindasnão se interessava pelo presente e muito menos pelo futuro.Talvez, por isto, tenha sido assediado por jovens da vizinhançaque a ele se igualavam. A verdade ou a mentira saía da sua bocaem palavras e frases que, frequentemente, se atropelavam. Filhoprimogênito, sempre se sobressaiu por sua inteligência, simpatiae outros dons que a natureza o contemplou.

Viveu entre fantasias, tanto quanto as edificou em toda suavida de galanteador que não iam e nem vinham, pela sua insigni-ficância e conteúdo.

Era na verdade um galã, ignorado pelos meios de comunica-ção que naquela época quase não tentavam descobrir valoresartísticos. Na verdade, pessoas iguais a ele conviviam com umpequenino acervo de oportunidades. Deste modo, muitos fenô-menos foram extraviados, perdidos e ignorados.

Eurico Macias tornou-se um deles e insistiu no seu labor denada ser, apenas fazer da vida uma gargalhada só. Para ele, valiaapenas o seu físico elegante, o porte de atleta, o ter o pão de cadadia, algum trapo a lhe cobrir o corpo e um colchão de capim paradormir e ver as estrelas passeando pelas frestas do telhado. Osgalanteios, no dia seguinte, seriam a continuação de ontem, ondese projetavam os seus dotes de moço encantador.

Assim vivendo, esqueceu que um futuro viria alquebrá-lo,não mais lhe sendo possível desenvolver os mesmos galanteios.Ser assediado pelas mesmas jovens, desfilar pelas ruas da cidadesimples do interior, ser admirado pelas moças que antes aguarda-vam a sua passagem, debruçadas nas janelas de postigo, que seabriam para oferecer ao sol uma razão de intensificar sua luz.

Mais uma vez, o tempo insistiu no seu modo implacável deconstruir e retirar de cada um as vantagens que seria a vida sema presença de transformações bruscas e inesperadas.

Afastei-me do seu convívio. Nunca mais as suas notícias far-tas de surpresas haviam chegado aos meus ouvidos. Mais umavez, o tempo passou como num sopro, quando tudo se esvai.

Encontrei-o, um dia, num percurso casual. Não nos reconhe-cemos, nem conseguimos fitar um ao outro, mas quis dizer-lheem meio a um amplexo amistoso que não valeram a pena os des-perdícios, o presente tão repleto de fantasias, porque o tempo nosoferece recompensas e castigos. A ele foi destinada a última parte.

Eurico Macias – Traçose cópias de um

desapontado jovem “O tempo nos oferecerecompensas e castigos”

Zélia Tenório de AraújoPedagoga

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Brasil ainda tem nove estados eo DF sem ouvidorias de políciaGovernos ainda relutam em dividir informações sobre processos disciplinaresAgência Brasil

RIO DE JANEIRO -Passados 15 anos da criaçãoda primeira ouvidoria de po-lícia no país, em São Paulo,nove estados e o Distrito Fe-deral ainda não contam comestruturas independentes parareceber queixas da populaçãocontra abusos na área de se-gurança. Entre as razões, estáo temor de governos estaduaisem dividir informações sobreprocessos disciplinares dascorregedorias com ouvidores,que na maior parte dos casossão civis e ligados aos direitoshumanos.

Aanálise é da coordenado-ra adjunta de Direitos Hu-manos e Segurança Pública daSecretaria de Direitos Hu-manos da Presidência da Re-pública, Alessandra GomesTeixeira da Costa. Ela partici-pou durante dois dias da 31ªReunião do Fórum Nacionalde Ouvidorias de Polícia, en-cerrada na sexta-feira, no Riode Janeiro, reunindo ouvido-res de diversos estados brasi-leiros.

“Existe uma grande resis-tência dos governos em insta-lar uma ouvidoria de polícia,por causa da transparência e

do controle sobre as corpora-ções que isso causa. Os ouvi-dores podem acabar incomo-dando os governos”, afirmouAlessandra Costa. Segundoela, uma das tarefas das ou-vidorias é acompanhar osprocessos disciplinares dascorregedorias. “Para se ter umbraço da sociedade civilatuando naquela corporação,que pode estar muito prote-gida e hermética”, explicou.

A corregedoria de SãoPaulo é considerada por elacomo a melhor do Brasil, porser a mais antiga e também porter mais recursos – como fun-cionários, equipamentos e au-tomóveis – e respaldo do go-verno estadual. Os demais es-tados que já implantaram cor-regedorias são: Amapá,Amazonas, Bahia, Ceará,Espírito Santo, Goiás, Ma-ranhão, Mato Grosso, MinasGerais, Pará, Paraíba, Pernam-buco, Rio de Janeiro, RioGrande do Norte, Rio Grandedo Sul e Santa Catarina.

Alessandra Costa adian-tou que mais dois estadosdevem implantar ouvidoriasainda este ano: Alagoas eSergipe. Mas ressaltou quenão basta ter um ouvidor, seo governo estadual não der

respaldo e condições de atua-ção. “Muitas ouvidorias estãosucateadas, estranguladaspelo estado, com muitas difi-culdades para o ouvidor con-seguir atuar. No Maranhão, oouvidor inclusive está noPrograma de Proteção deDefensores de Direitos Hu-manos, protegido, porque es-tava acompanhando um casosobre denúncia no sistema pe-nitenciário e a testemunha di-reta foi assassinada, apesar detodos os apelos de pedido de

custódia”, disse.Segundo a coordenadora,

para acessar as ouvidorias nosestados, a pessoa pode ligarpara os números (61) 2025-3116e 2025-9825, da Ouvidoria daSecretaria Especial dos DireitosHumanos, que será informa-da sobre a ouvidoria mais pró-xima de sua residência.Também é possível enviaremail para o endereço [email protected]. O nome dodenunciante é mantido em si-gilo.

REGISTRO CIVIL

País discute projeto decooperação com o Haiti

A Secretaria de DireitosHumanos da Presidênciada República (SDH/PR),por meio da Coordenaçãode Promoção do RegistroCivil de Nascimento, parti-cipa de uma série de reu-niões de trabalho em PortoPríncipe, no Haiti, a partirdeste domingo, para deli-near projeto de cooperaçãona área de combate ao índi-ce de subregistro civil denascimento.

“Estamos indo paralevar a experiência de coo-peração na área de RegistroCivil que estabelecemoscom Guiné Bissau”,explica a coorde-nadora-geral de Pro-moção do RegistroCivil de Nascimentoda SDH, BeatrizGarrido, que faz parteda missão brasileiraque ficará no Haiti atéa próxima sexta-feira.

No final de agos-to, uma equipe deGuiné Bissau visitouo Brasil para dar con-tinuidade à coopera-ção técnica na área dePromoção do Registro Civilde Nascimento, iniciada em2009. Além da coordenado-ra da SDH, a missão brasi-leira no Haiti inclui repre-sentantes do Ministério daJustiça.

O acesso à documenta-ção básica é um direito fun-damental para todos os ci-dadãos. A a certidão denascimento permite que setenha acesso a outros docu-mentos, a benefícios comoo Bolsa Família, ao atendi-mento em postos de saúde,entre outros direitos.

ÍNDICES - Em 2003, oíndice de sub-registro civilde nascimento era de18,9%; recuou para 12,2%em 2007 e caiu para 8,9%em 2008. As projeçõesapontam para a erradica-ção do índice de criançassem registro, o que signifi-ca acabar com o sub-reg-istro civil de nascimentopelos parâmetros estabele-cidos pela Organização dasNações Unidas.

Entre as ações estratégi-cas para garantir o acessoda população ao registro

civil de nascimentoestão os Mutirões eas Unidades Inter-ligadas.

Este ano, os mu-tirões acontecemnos 17 estados doNordeste e da Ama-zônia Legal. Para a-tingir as populaçõesmais distantes estãoem andamento1.550 mutirões paraa emissão de certi-

dão de nascimento, sendo850 no Nordeste e 700 naAmazônia Legal. Em 2009,foram emitidas 73 mil certi-dões de nascimento emaproximadamente mil muti-rões.

As Unidades Interli-gadas têm o objetivo de fa-cilitar o Registro Civil deNascimento, permitindoque a certidão seja emitidaainda na maternidade, sema necessidade de desloca-mento até o cartório. Desde2009, o governo iniciou ainstalação de Unidades In-terligadas nas maternida-des que realizam mais de300 partos por ano.

AA77Domindo, 5 de setembro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Nacional JORNALO JORNALO

CCOOMMOO FFUUNNCCIIOONNAA OO PPRROOGGRRAAMMAA

O Programa visa auxiliar a instauração da responsabilização democrática das

forças policiais brasileiras, particularmente no que concerne ao respeito pelos dire-

itos humanos e à redução do uso de métodos violentos na luta contra a criminali-

dade.

Para tanto, trabalha no aperfeiçoamento dos procedimentos de controle exter-

no sobre a violência policial, por meio do fortalecimento e da disseminação dos tra-

balhos das Ouvidorias de Polícia existentes nos Estados, bem como apóia iniciativas

de policiamento comunitário nos Estados do Rio de Janeiro e de São Paulo.

O programa é financiado pela União Europeia, com recursos no montante de

? 6.516.000,00. A UE também fornece Assistência Técnica ao Programa, por meio

de especialistas brasileiros e europeus. O Consórcio Europeu que realiza a assistên-

cia técnica ao projeto é formado pelo Instituto Nacional de Administração-INA, de

Portugal, CIVIPOL e GERN, da França e Fórum Europeu para Segurança Urbana-

FESUR.

O Programa é desenvolvido em parceria com a Secretaria Nacional de Segurança

Pública, do Ministério da Justiça (SENASP/MJ), e com as secretarias de Segurança

Pública e oOuvidorias de Polícia dos Estados.

Técnicos da

SDH se

reúnem

em Porto

Príncipe

SUPLEMENTOS ALIMENTARES

O Departamento de Medicina Translacional da Unifesp (Universidade

Federal de São Paulo) está recrutando voluntários para uma pesquisa

sobre os efeitos de suplementos alimentares - aminoácido L-arginina

- na pressão arterial pós-exercício em hipertensos.

Segundo a universidade, podem se candidatar às vagas homens

hipertensos com idade entre 30 e 55 anos, não fumantes, que não façam

uso de nenhum tipo de suplemento alimentar, sem problemas or-

topédicos e que não pratiquem exercícios físicos.

Os voluntários realizarão exames de sangue e avaliação física gra-

tuitamente, e devem ter disponibilidade na parte da manhã para a re-

alização dos testes.

Os interessados podem entrar em contato com Marcos Antonio do

Nascimento, entre 8h e 17h, no telefone 0XX/11/5084-6836, ramal 27 ou

pelo e-mail [email protected].

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Trabalhadores poderão assistir jogoReuters

SANTIAGO - Isoladosdo mundo, os 33 traba-lhadores poderão assistir aovivo, pela televisão, o próxi-mo jogo da seleção chilenade futebol contra a Ucrâniagraças a uma conexão devídeo que descerá a 700metros de profundidade.

Numa tentativa de aten-uar a espera de um resgateque deve demorar meses,o presidente do Chile,Sebastián Piñera, anunciouna sexta-feira a instalaçãode um sistema de vi-deoconferência que permi-tirá aos mineiros ver o jogoda seleção marcado paraterça-feira em Kiev às 14hno horário local.

No dia 22 de agosto, umaoperação liderada por umaequipe de socorro des-de a superfícieencontrou comvida 33 mineirosque se encon-tram presos emuma mina. Noentanto, os tra-balhos de resgatedevem demorarcerca de 90 dias.

“Eu confio,e estamos fa-zendo tudo oque for neces-sário para po-der compartil-har com eles,em corpo e alma, a festade Natal e de Ano Novo”,disse Piñera.

A transmissão do jogodo Chile sesoma a uma ini-ciativa prévia naqual os trabal-hadores damina de ouro ecobre receberamvídeos de estre-las do futebolcomo Pelé eMaradona, co-mo resposta aseu fanatismodeclarado poresse esporte.

Essas inicia-tivas têm como

objetivo manter física ementalmente sãos osmineiros, que estão pre-sos num refúgio a 700metros de profundidade.

JORNALO JORNALO

Domingo, 5 de setembro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected] AA88

InternacionalMineiros completam um mês soterradosOperação para resgatar 33 trabalhadores de mina de cobre no Chile centraliza atenção da mídia internacional

SANTIAGO - Os 33 mineiroschilenos completam neste do-mingo um mês no fundo de umamina de cobre no norte do Chile,a 700 metros de profundidade -vivendo uma longa noite no li-mite das condições humanas desobrevivência, em meio a umaoperação de resgate sem prece-dentes que atrai a atenção mun-dial. Os mineiros ficaram sob aterra depois de um desabamen-to que obstruiu o acesso à minaSan José na tarde de 5 de agos-to e, ao final de um mês, o grupoluta por sobreviver nas profun-didades da jazida, convivendocom a umidade e o calor extre-mo, na penumbra que se esten-derá por mais três ou quatro

meses, até o resgate.Em um mês sua história pas-

sou por momentos extremos: dadesolação e desesperança dosprimeiros 17 dias nos quais nãose sabia nada deles, a um trans-bordamento de alegria nacionalno domingo, 22 de agosto, quan-do foi confirmado que todos es-tavam vivos. Uma pequenamensagem escrita com tinta ver-melha e colocada no martelo deuma máquina perfuratriz fezsurgir a esperança: “Estamosbem no refúgio, os 33”, escre-veu um mineiro das profundi-dades.

“Isto veio hoje das entranhasda terra (...) é a mensagem denossos mineiros que nos dizem

estar vivos, juntos”, disse o pre-sidente Sebastián Piñera, ao lerem público a mensagem, quetrouxe muita alegria aos chile-nos, como se fosse uma vitóriaesportiva, e que foi celebradanas ruas. Apartir desse momen-to, a atenção da mídia passou ase centralizar na pequena jazidade cobre e ouro, em pleno deser-to de Atacama, desconhecidapara a maioria dos chilenos atéa data fatídica do desabamento.

Cada um dos 33 mineiros foiconvertido em personagem. Hádentro da mina um ex-jogador,um mineiro boliviano, o líderdo grupo, e até um improvisa-do apresentador televisivo, queatuou como animador nos ví-

deos gravados nas profundida-des que deram a volta aomundo. Conectados à superfíciepor pequenos dutos por ondelhes são enviados alimentos, re-médios, água e até entreteni-mento, dialogaram diretamentecom o presidente Piñera e foramcumprimentados pelo papaBento XVI, da Itália.

Receberam camisetas de fu-tebol assinadas por craques daseleção nacional; um milionáriodoou um cheque de US$ 10 mile centenas de pessoas lhes fize-ram chegar presentes. Suas fa-mílias, que permanecem em vi-gília num acampamento mon-tado ao ar livre, perto da jazida- que em um mês se transfor-

mou em verdadeira cidadelacom vida própria -, são imensa-mente reconhecidas e algumas jáparticiparam de programas daTV local.

O grupo bateu todos os re-cordes de sobrevivência no in-terior da mina. Cerca de cemengenheiros liderados pela es-tatal chilena Codelco trabalhamna operação de resgate. Para-lelamente, são analisados pla-nos alternativos com outras má-quinas, que serviriam de apoioe até poderiam acelerar o resga-te.

Mas, se os trabalhos de en-genharia são complexos, man-ter em ótimas condições os 33mineiros durante o tempo de

resgate representa um desafiosem precedentes. Especialistasda NASA, a agência espacialdos EUA, viajaram à mina SanJosé para assessorar a equipede médicos e psicólogos que tra-balham na manutenção das con-dições de saúde dos mineiros.Recomendaram recriar as con-dições de dia e noite no interiorda jazida e traçar objetivos paraeles.

Também aconselharam falarcom eles com franqueza sobreo longo período de resgate, massem lhes dar datas precisas, talcomo é feito com os astronau-tas em longas missões espaciais,embora trata-se aqui de sobre-viver sob a terra.

Perfuradora gigante cava túnel por onde os trabalhadores serão resgatados daqui a três ou quatro meses Através de um duto, os mineiros tiveram acesso a uma câmera de vídeo e enviaram imagens aos familiares

Seleçãochilena jogaterça-feira

em Kiev

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Ruth Vasconcelos diz que a violência foi banalizada na periferia

Momento é de banalização da morte

Ruth Vasconcelos é de opi-nião de que o discurso implan-tando pela polícia e pela im-prensa, de atribuir à maioriadas mortes ao envolvimentodos jovens com o tráfico de dro-gas, é um discurso perigoso.“As pessoas precisam a analisaressas mortes como um proble-ma grave. Se passamos a acre-ditar que se mata como formade higienização, passamos aaceitar que matar é um favorque se faz para a sociedade.Com isso gera uma banalizaçãoe perda de valor pela vida”,contou. “Essa situação acabaconduzindo para uma crisemoral e ética no campo do di-reito dos indivíduos. Se as ví-timas fossem jovens de classemédia alta, o apelo por Justiçae a cobrança para que a políciainvestigasse, punindo os cul-pados seria muito maior. Comonão é, acaba no afrouxamentodos valores”, explicou

Segundo a socióloga, essasensação de impunidade tam-bém é responsável pelo aumen-to da violência. “Aimpunidadegera incerteza. Com os culpadoslivres, o valor da vida se perde,se tornando comum matar.Neste momento, está existindoa desvalorização da vida e a ba-

nalização da morte. É preciso,urgente, repensar os valores”,colocou. “O problema da vio-lência é de todos. Existe umafrase de Luiz Eduardo Soaresque fala ‘Se não há segurançapara todos, não há para nin-guém’, isso é uma realidade.Temos que parar de pensar in-dividualmente e tratar essa si-tuação como um problema queenvolve toda a sociedade”.

A coordenadora do Nevealacredita que, com um esforçomutuo, essa situação pode serrevertida. “Como educadora euacredito no futuro. Hoje sei queo campo das expectativas posi-tivas tem diminuído, mas con-vivo bastante com jovens e sintoque eles estão dispostos a mudaressa realidade. O que falta nessemomento é uma sociedade queacolha a todos e que reconheçasua culpa. Cada um fazendo suaparte, as coisas podem ser dife-rentes um dia”, falou. “É preci-so haver ações mais incisivas ede prevenção. Eu acredito queesse trabalho, com a melhora naeducação, cultura, esporte, lazere saúde, pode mudar esse qua-dro. Jamais deixaria de acreditarnessa juventude que se forma eque será o futuro”. (L.S.R.)

Continua nas páginas A10 e A11

Execuções em proporções de guerra

O número alto de homicí-dios vitimando menores de 18anos é algo crescente e que vemse mantendo nos últimos anos.Em 2009, 33% das mortes queaconteceram no Estado vitima-ram fatalmente vítimas entre 12e 18 anos. “Esse número de ado-lescentes dizimados pode sercomparado a números de cená-rio de guerra. São dados que têmse mantido e que crescem a cadaano e traz a tona uma discussãosobre o que é ser jovem. A ju-ventude continua a mesma, comespírito aventureiro, porém a so-ciedade mudou”, afirmou a pro-fessora universitária e sociólo-go, Ruth Vasconcelos, que é coor-denadora do Núcleo de Estu-dos Sobre a Violência em Ala-goas (Neveal).

Num passado não tão dis-tante, a sociedade era mais hu-mana. Avida tinha mais valor.As pessoas tinham mais estru-tura familiar, religiosa, políticae cultural. “Se você mandasseseu filho para a casa de um co-leguinha, os pais dele tinhamautorização para tomar conta ese necessário brigar, como se acriança fosse o seu filho. Hojeem dia, não se tem mais essa li-berdade. É cada um por si.

Vivemos uma crise de valores,em todos os setores”, disse asocióloga. “Os pais, hoje emdia, têm excesso de zelo porsuas crianças. É uma proteçãoexcessiva. É preciso deixar queas nossas crianças vivam. Essasmortes não atingem a classealta, mas negros, homens e po-bres. Só que a violência estácada vez mais perto e não po-demos fechar os olhos para essasituação”, alertou a socióloga.

Ruth Vasconcelos explicouainda, que essa relação das mor-tes entre menores de 18 anoscom a classe mais pobre, estáligada ao caráter vulnerável queessa juventude vive. Sem falarna banalização da violência, quese tornou ainda mais comumnos bairros periféricos da capi-tal alagoana. “Existe uma de-sestruturação do próprio Esta-do, onde essa faixa social viveem vulnerabilidade. Para com-pletar, vivemos numa socieda-de capitalista, onde existe umapelo midiático que coloca paraa juventude que, para ser al-guém, tem que ser ter algo. Co-mo a maioria não consegue, em-barcam nas drogas como umrefúgio para suprir suas carên-cias”. (L.S.R.)

A breve e trágica vida dos alagoanosLáyra Santa RosaRepórter

Alagoas é o segundo Estadobrasileiro onde mais se registrahomicídios de adolescentes, se-gundo levantamento que veri-fica o índice de mortes de jo-vens nacionalmente. Só nos oitoprimeiros meses de 2010 forammarcados em Maceió e nas ci-dades vizinhas pelo grande ín-dice de mortes. Dados do Ins-tituto Médico Legal (IML) Es-tácio de Lima, registram 1.069

assassinatos no período, sendoque, 158 fizeram como vítimasmenores de 18 anos. Afaixa etá-ria de vítimas da violência temmudado e atingido a juventu-de que deveria está na escola,aproveitando a infância combrincadeiras e protegida pelasociedade.

Entre os jovens mortos esteano, 147 perderam a vida pordisparos de arma de fogo, seteforam vítimas de arma brancae quatro de espancamento. Amaioria do sexo masculino, to-

talizando 148 garotos.A maioria dos assas-sinatos aconteceu embairros da periferia deMaceió, na região doTabuleiro do Martins,Benedito Bentes, Ver-gel do Lago e Jacinti-nho. Nas cidades vizi-nhas da capital alagoa-na, a maioria das mor-tes registradas foi emCoruripe, Rio Largo eSão Miguel dos Cam-pos.

No último levan-tamento feito peloPrograma de Redu-ção da Violência Le-tal Contra Jovens eAdolescentes, quemede o Índice deHomicídios na Ado-lescência (IHA), Ala-goas aparece como osegundo estado bra-sileiro com maior ris-co de mortes na ado-lescência por arma

de fogo, ficando atrás ape-

nas do Rio de Janeiro. Maceióé o nono município brasileiroonde mais se perde vidas demenores de 18 anos.

Caso não seja feito algo ur-gente, essa mortandade de jo-vens pode aumentar ainda mais.Se a média se mantiver, nos pró-ximos dez anos, das 150 milcrianças que nascerem, 2% vãomorrer antes de completar 18anos, vítimas da violência.

Há 10 anos, se matava, porano no Estado, 360 pessoas. Hojeem oito meses o número é três

vezes maior: já são mais de milmortes, com um alvo em poten-cial: as crianças e os adolescen-tes.

O número alto de homicídioschega a ser comparado por pes-quisadores do Estado com os ín-dices de guerras mundiais, ondeos genocídios são coisas comuns.Assim como acontece nas bata-lhas travadas no Mundo, os cri-mes que vitimam crianças e ado-lescentes no Estado têm atingi-do principalmente as famílias debaixa renda.

JORNALO JORNALO

Domingo, 5 de setembro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

CidadesAA99

Com a média,em 10 anos,a cada 150

mil crianças,2% morrerão

antes damaioridade

Índice de Homicídios na Adolescência aponta o Estado como o segundo com maior risco de mortes de jovens por armas

Yvette Moura

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AA1100 Domingo, 5 de setembro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Cidades JORNALO JORNALO

Pedro Montenegro acredita que é necessário aproximar a polícia das comunidades em ações integradas

Gilberto Irineu: “Famílias menos abastadas são esquecidas pelo poder público e lembradas pelo tráfico”

Grupos de extermínio: “limpeza social”Para Pedro Montenegro, o

aumento no número de mor-tes, implica também na existên-cia de grupos organizados, es-pecialistas em extermínios. “Euacredito na existência de gru-pos de extermínios, que podemser ligados ao tráfico de drogasou formados de integrantes dasegurança pública, que fazemum trabalho de limpeza dasruas. Tiram de circulações osjovens que podem ou não, terenvolvimento com o tráfico. Éuma forma de acertar contas depossíveis criminosos. É umaforma de ter controle de aérease impor o respeito por parte daspessoas”, falou.

O secretário completou di-zendo que, se não houver umplanejamento e o Estado voltara tomar o controle das áreas, asituação vai ficar ainda pior. “Oproblema é que a nossa polícianão quer enxergar essa natura-lização do crime. É preciso terolhos estratégicos para evitarque essa situação piore. A vio-

lência está cada vez mais pertodas classes mais altas. Comoforma de sobrevivência, é pre-ciso investimento em políticasde prevenção”, completou.

O presidente da comissãode Direitos Humanos, da Or-dem dos Advogados do Brasil(OAB), seccional Alagoas, Gil-berto Irineu, também acreditaque são necessárias ações maisincisivas para mudar esse qua-dro. “O que falta para esses pré-adolescentes e adolescentes éoportunidade de mudança. Sehouvessem mais ações sociais,com a presença do governodentro das comunidades caren-tes a situação poderia ser dife-rente”, disse. “Infelizmente, asfamílias menos abastadas sãoesquecidas pelo Poder Públicoe lembradas pelos traficantes,que são hoje os maiores respon-sáveis pela violência no Estado.Com a assistência desses gruposcriminosos que acolhem, a ju-ventude acaba passando de ví-tima, para algoz e retornando a

ser vítima quando se perdemvidas”.

Irineu falou ainda, da neces-sidade de uma polícia maisativa nas investigações e de umapolítica de droga que modifi-que essa realidade. “A impuni-dade ainda é uma das principaisresponsáveis pelo aumentodessa violência que cresce, é ummotor para o criminoso. É pre-ciso uma polícia ativa e partici-pativa com a realidade das co-munidades, para mudar esseíndice que só cresce”, colocou.“Sem falar que a polícia preci-sa tratar todos os casos comigualdade. Punindo branco,preto, rico ou pobre. Hoje, essapolítica, principalmente a decombate às drogas, tem servidoapenas para criminalizar aindamais a classe pobre, protegen-do os mais abastados pelo fatode as famílias não quereremseus filhos envolvidos com essesubmundo e punindo quasesempre os pobres, negros e anal-fabetos”. (L.S.R.)

Faltam ações para as comunidadesA violência já fugiu do con-

trole dos órgãos de Defesa Sociale se tornou num problema decalamidade pública. É precisomedidas urgentes, para que osassassinatos sejam reduzidos.Segundo estudiosos da área desegurança, faltam políticas pú-blicas para que essa realidadeseja contornada.

De acordo com o secretárioMunicipal de Direitos Humanos,Segurança Comunitária e Ci-dadania (Semdisc) de Maceió,Pedro Montenegro, a situaçãochega, a cada dia, ao limite. “Nãopodemos dar uma explicaçãounitária para essa quantidade demortes que vitimam mais jovensa cada dia. O que precisamos étratar como um problema gene-ralizado, de uma cidade que nãocresceu, inchou. Faltam planeja-mentos e ações incisivas diretasnas comunidades”, disse. “Outracoisa que precisa ficar claro é ofato que violência é um proble-ma de todos, que precisa ser re-solvido com ações conjuntas.

Não adianta ter policiamento in-tensificado, ações ostensivas, sefaltam nas comunidades educa-ção, saúde, esporte, lazer. Essaspolíticas preventivas podemmudar essa realidade”, opinou.

Diante desse número alto deassassinatos de menoresde 18 anos, com mais decem vítimas em oitomeses, Pedro Montene-gro lançou algumas pro-postas para o ConselhoEstadual de Segurançaque, segundo ele, po-dem ajudar a minimi-zar esses dados. “É pre-ciso um sistema quecontrole a entrada dearmas de fogo no Esta-do. A maioria das víti-mas são mortas à tiros esequer, a nossa polícia sabe deonde vem essas armas. Era pre-ciso haver um combate drásti-co, tirando de circulação umagrande quantidade de armamen-tos irregulares”, explicou. “Outramedida que pode fazer alguma

diferença é aplicar o policiamen-to da reserva técnica nos bairrosmais violentes, como acontecenas áreas do território de paz. Éimportante aproximar polícia ecomunidade, passando mais se-

gurança para as pessoasque vivem e trabalhamnesses locais”.

Até a semana pas-sada, as propostas deMontenegro ainda nãotinham sido analisadaspelo Conselho Estadualde Segurança. “Sãoideias para serem dis-cutidas. Não quer dizerque isso vá resolvertodo o problema. É ne-cessário, ainda, a me-

lhora no atendimento desaúde; na educação, colocandoem sala de aula a maioria des-ses jovens; além da implanta-ção de atividades extra curri-culares como teatro, dança e es-portes, para que essa juventu-de se sinta integrada”, colocouo secretário. (L.S.R.)

Fotos: Yvette Moura

“Precisa

ficar claro

que a

violência

é um

problema

de todos”

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Dos 1.069 homicídios registrados até agosto de 2010, 158 foram de jovens com menos de 18 anos de idade As execuções de adolescentes cresce a cada dia: só no aso passado 33% das execuções foram de menores

Às famílias que têm seus jovens atingidos, resta-lhes a tentativa de limpar seus nomes e suas memóriasParte das execuções está ligada ao tráfico, que cresce em Maceió

Felipe Barbosa e Cristiano AssunçãoAinda entre os crimes

cometidos no último mêsde agosto, o duplo homi-cídio que tirou avida dos meno-res FelipeBarbosa dosSantos, 16 anos eC r i s t i a n oAssunção Silva,17, chocou osmoradores doConjunto SantosDumont, noTabuleiro doMartins. Nolocal a lei do si-lêncio impera eaqueles que searriscavam afalar sobre asmortes, diziam desconhe-

cer o real motivo para oscrimes.

No dia do en-terro dos jovens,o padrasto deFelipe, o opera-dor de máquinasRafael dosSantos Oliveira,falou que osdois eram meni-nos tranquilos enão tinham ini-mizades comninguém. “A fa-mília desconhe-ce os reais moti-vos para esse

crime. Eles erammeninos tranquilos, não

faziam parte de nenhumbando. Estavam apenas

num ponto de ônibus, se-guindo para assistir a umjogo de futebol”, falou.

A princípio, a famíliaacreditava que as mortesestavam relacionadas aofato de um dos garotosestar vestindo a camisa datorcida organizada do CSA.Mas, em depoimento, paraa Polícia Civil negaram ofato de os jovens serem in-tegrantes de torcidas orga-nizadas. O caso está sendoinvestigado pelo delegadoRonilson Medeiros, titulardo 10ª Distrito Policial, queadiantou, na semana pas-sada que irá pedir prorro-gação do prazo para con-clusão do inquérito, pormais trinta dias. (L.S.R.)

Bruno Mendes, Diego Henrique, Lucas Barbosa e José RicardoO sofrimento da mãe de Fe-

lipe Severo, se repete com as dasvítimas da chacina do CidadeSorriso II, no Benedito Bentes.Quase 20 dias após o crime, apolícia continua investigando,mas ainda não chegou a ne-nhum culpado. Entre as vítimas,três adolescentes e um adulto,encontrados mortos com tirosna cabeça e as mãos amarradasnuma área verde, próxima aolocal onde eles moravam.

Na tarde de sexta-feira, 13de agosto, os menores avisaramàs famílias que iam descer agrota chamada pelos moradoresda região de “Morro do Urubu”,para catar lenha. Ao ver BrunoMendes da Silva, 15 anos, Diego

Henrique da Silva e Lucas Bar-bosa da Silva, os dois de 14 anos,seguindo em direção a mata,José Ricardo da Silva, de 24, sepropôs para ir junto. Eles segui-ram e, após 24 horas, foram en-contrados mortos.

Adona de casa Erotides Bar-bosa, mãe de Lucas, lembra decada detalhe dos momentos queela e as outras mães ficaram aprocura dos filhos. “Quando foificando escuro e eles não chega-ram bateu o maior desespero.Fomos até a mata e nada deles.Só no outro dia foi que consegui-ram encontrar os corpos. No co-meço, quando disseram que ti-nham encontrado eles, achavaque estavam vivos. Me emocio-

nei de felicidade. Mas quandodesci até o local e vi aquela cena,senti a maior dor da minha vida.Foi terrível”, lembrou.

Com os olhos cheios de lá-grimas, a dona de casa falou docomportamento tranquilo dofilho. “Ele não era nenhum ban-dido, não tinha envolvimentocom drogas e nem com nenhumtipo de crime. Fazia parte dabanda de música do colégio eera estudioso. Os outros meni-nos que estavam com ele tam-bém eram do mesmo jeito”,disse. “O que fizeram foi umacrueldade sem tamanho. Nãoexiste nenhum motivo para essecrime. Agora vou vender minhacasa e sair daqui. Não tenho con-

dições de olhar para essa área,que fica em frente a minha casae não lembrar da desgraça queaconteceu”.

A mãe de Bruno, a dona decasa Maria Eliane da Conceição,também falou com emoção so-bre a perda do filho. “De vezem quando ele descia a grotapara pegar uns talos de madei-ra. Como aquela área era peri-gosa, pediu para os outros me-ninos irem juntos, inclusive oRicardo que era mais velho. Sóque não teve jeito”, lembrou.“As horas foram passando nasexta-feira, e nada de eles volta-rem. O desespero tomou contade todo mundo. Fizemos váriasbuscas, descendo e subindo a

grota. Foi um chororô danado,mas a notícia pior chegou.Perder um filho é uma dor quenão tem tamanho”.

O discurso de inocência dosfilhos e de uma morte sem razãoaparente é contada ainda pela fa-mília de José Ricardo. “Meufilho não foi morto por acertode contas, mas também não seiquem fez isso com ele. Estou te-merosa pela minha vida. A dorde ter perdido meu filho nãotem tamanho. Quero que os cul-pados sejam presos, mas estoucom muito medo. Estamostodos revoltados com esse crimee queremos respostas”, falou amãe da vítima, Josete JosefaLima Balbino. (L.S.R.)

Entre a dor e a perda, famílias tentam limpar o nome dos filhos mortosNuma tentativa de justificar

o aumento do número de mor-tes de crianças e adolescentes emMaceió, já se tornou comum queos órgãos de segurança públicacoloquem a culpa no envolvi-mento da maioria das vítimas

com o tráfico de drogas. Real-mente, alguns assassinatos têmligação, mas outros acontecempelos motivos mais banais, cei-fando a vida de inocentes.

Para as famílias que perdemseus jovens, resta apenas tentar

limpar essa imagem. É comum,quando acontecem esses crimes,os pais já chegarem afirmandoque os filhos são inocentes e nãotêm envolvimento nenhum como mundo das drogas, tão gran-de é a relação feita pela polícia e

pela própria imprensa. O assas-sino pode até ter envolvimentocom drogas, mas nem sempre avítima tinha.

Em agosto, o número de cha-cinas e execuções envolvendomenores de 18 anos foi um dos

maiores registrados no ano. Das158 mortes contabilizadas, de-zesseis aconteceram no oitavomês de 2010. Entre os crimes quechocaram a população uma cha-cina tirou a vida de quatro jo-vens, sendo três menores, no

Benedito Bentes, além de umduplo homicídio, envolvendogarotos de 17 anos, no SantosDumont. Até a última sexta-feira,as mortes continuavam sendoinvestigadas e nenhum envolvi-do tinha sido preso. (L.S.R.)

Felipe Severoda Silva

Madrugada de terça-feira, 24de agosto. O adolescente FelipeSevero da Silva, de 17anos, sai dacasa do tio onde havia passadouma noite, para procurar o primode 14 anos pelas ruas do Jacintinho.O que a família não esperava éque garoto não voltaria mais comvida. O menor foi morto com umtiro no tórax na Avenida CoronelParanhos, por outro adolescenteque fugiu do local e, até o final daúltima semana, não havia sido de-tido pela Polícia Civil.

Segundo o relato da famíliade Felipe, ele não tinha envolvi-mento com drogas, não gostavade farra e de bebidas. Tinha o com-portamento tranquilo e não era oalvo do assassino. “Ele só saiu decasa para procurar o primo. Estavadormindo quando o tio o chamoupara pedir ajuda. Ele era um me-nino bom, que não tinha inimiza-des. Não era envolvido com ne-nhum tipo de crime. Ele morreuinocente”, disse a mãe do menorque não quis se identificar.

O primo do Felipe estavanuma praça com um grupo deadolescentes, quando um delespuxou o revólver e atirou. Umadas balas atingiu a mão do me-nino de quatorze anos, transfi-xando e acertou o pulmão deFelipe. O adolescente foi socor-rido pelo Serviço de Atendimen-to Móvel de Urgência (Samu) atéo Hospital Geral do Estado(HGE), mas não resistiu aos fe-rimentos e morreu.

“O motivo da morte foi o maisbanal. O primo do Felipe empres-tou uma calça jeans ao assassinodo meu filho, que não gostou dacobrança. Disse que não ia devol-ver a calça, porque já estava comgente ‘grande’da área. Com raiva,atirou. Só que acertou a pessoa er-rada. Meu filho morreu por nada”,lamentou a mãe. “Ninguém sabea dor de perder um filho. Era meufilho único. Choro todos os dias,lembrando que ele poderia aindaestar comigo”. (L.S.R.)

Família

acreditava

que mortes

estavam

relacionadas

a brigas de

torcidas

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Em Murici faltam imóveis para alugar

Na vizinha Murici, a si-tuação não é muito diferen-te. No município, depoisque a sede quase foi levadapelas chuvas, os conselhei-ros dão expediente cada umem sua própria residência.

O presidente AlanTenório Novaes conta que omaior problema é a falta deimóveis para alugarna cidade. “Estamosfuncionando precaria-mente, cada conse-lheiro trabalhando emsua própria casa, oque não é correto, masé o possível no mo-mento. Estamos semcondições nenhumade trabalho. O traba-lho do Conselho éalgo muito sério paraser feito de forma tãoimprovisada”, recla-ma Tenório.

DEMANDA – Segundoos conselheiros, a convivên-cia coletiva das famílias embarracas improvisadas daDefesa Civil provocou umaumento no número de ocor-rências atendidas pelo órgão.

“As famílias passaram aconviver muito próximas, e

isso provoca brigas, desen-tendimentos, então muitasvezes temos crianças envol-vidas e prejudicadas, etemos que agir”, explica opresidente do ConselhoTutelar de Branquinha,Jeanderson Berto.

“Recentemente tivemosaté um caso de de-saparecimento quetivemos que nos ar-ticular com outrosConselhos Tutela-res, e nessas condi-ções fica quase im-possível trabalhar.Só podemos fazer obásico para nãodeixar de traba-lhar”, disse o con-selheiro.

Alan Tenório,do Conselho Tutelar de

Murici, concorda com o co-lega de trabalho. “Au-mentou e muito. Anteshavia dias que não tínha-mos nenhuma denúncia.Hoje temos pelo menos trêsou quatro denúncias rece-bidas por cada conselheiro.E justamente agora a gentefica sem condições de traba-lhar”, completou Tenório.(G.M.)

Conselhos Tutelares vivem no improvisoFaltam condições de trabalho para atender ao aumento da demanda nos municípios atingidos pelas enchentes

Gilson MonteiroRepórter

O atendimento dos Con-selhos Tutelares, que já eraprecário, ficou ainda pior nascidades atingidas pelas en-chentes ocorridas em junho.No município de Bran-quinha, o presidente da en-tidade, Jeanderson BertoCorreia vive a inusitada situ-ação de dar expediente em-baixo de uma árvore, pertodos escombros do prédioque abrigava o terminalrodoviário antes da inun-dação. Estacionado em suaprópria motocicleta, o con-selheiro aguarda paciente-mente por ocorrências comomaus tratos e desapareci-mento de menores. A situa-ção não é melhor nas cidadescastigadas pelas chuvas hátrês meses, mas os casosmais graves são em Bran-quinha e Murici, que estãosem sede.

A antiga sede do Con-selho Tutelar de Branquinha,que era alugada, foi inun-

dada e, em seguida, alugadapor uma família de desabri-gados. “Estou despachandoem minha própria moto,aqui mesmo. Passo o diaaqui nesta árvore, e quandoacontece alguma ocorrência,as pessoas ligam para mime eu vou atender. Está muitocomplicado e não temosprevisão de as coisas vol-tarem a funcionar normal-mente. Estamos trabalhandopela boa vontade, pois nãotemos as mínimas con-dições”, queixou-se Jeander-son, lamentando que, alémde não ter sede, toda a doc-umentação do Conselho foilevada pelas águas.

“Trago o Estatuto daCriança e do Adolescente aquinessa pasta, na garupa damoto, pois como não temossede, tenho que guardar ascoisas na casa dos conselheiros.Não restou praticamente nadados documentos. Ficamos semnenhuma notificação, e semprocessos de adoção que sãodocumentos importantes”,lamentou o conselheiro.

Lula Castello Branco

Nos abrigos, condições demoradia das famílias

aumentaram demandapara os conselhos

de Murici e Branquinha

A reportagem de O JOR-NALtentou falar com as prefei-turas de Murici e Branquinha,responsáveis pela estrutura fí-sica dos Conselhos Tutelares.Sem conseguir contato com osgestores, a reportagem levou oproblema da precariedade dosConselhos para o presidente doFórum Estadual de ConselhosTutelares, Edmilson Souza. EleFórum disse que, caso as novassedes não sejam providenciadasaté o próximo dia 15, a entida-de irá ingressar com uma repre-sentação no Ministério PúblicoEstadual pedindo providências.

“Temos vários problemasnas cidades atingidas pelas chu-vas, mas os casos mais gravessão Branquinha e Murici. Jáconversamos sobre essas difi-culdades, e vamos esperar até

o próximo dia 15 para as coisasse ajustarem, caso contrário, ire-mos entrar com uma represen-tação junto ao MinistérioPúblico pedindo providências.Nosso trabalho é muito sério enão podemos funcionar nessaprecariedade. Não é possívelum Conselho Tutelar funcionarsem uma sede. Isso comprome-te o trabalho dos profissionaisenvolvidos”, critica EdmilsonSouza.

“Em Murici só restaramduas paredes da sede, e emBranquinha o imóvel foi ape-nas inundado, mas a questão éque o prédio é alugado e o queficamos sabendo é que as pes-soas não gostam de alugarcasas à prefeitura porque atra-sam o pagamento. Mas emMurici a questão é a dificulda-

de de imóveis para alugar. Estámuito difícil a situação na cida-de, com poucos imóveis dispo-níveis. Demos esse prazo, poisde um jeito ou de outro asnovas sedes terão que ser pro-videnciadas”, explicou o presi-dente do Fórum.

Edmilson Souza argumen-tou que a necessidade de rees-truturação das sedes dos conse-lhos tutelares é urgente. “Aatua-ção precária de um ConselhoTutelar põe em risco todo umtrabalho que está sendo feito.Vale lembrar que nessas cida-des atingidas pelas enchentes,o número de ocorrências vemcrescendo, visto que a convivên-cia em conjuntos nas barracas émuito difícil. Queremos urgên-cia quanto a essas providências”,concluiu Souza. (G.M.)

“Havia dias

que não

tínhamos

atendimento;

hoje temos

três ou

quatro”

Fórum vai cobrar providências ao MPE

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Fumaça preta está carregada de agentes químicos poluidores e nocivos

Substâncias: de alergias até a morte

O corpo humano está susce-tível a sofrer de várias doençaspor causa das queimadas depneus. Os problemas podem va-riar de simples irritações na pelea casos mais graves de intoxica-ção, que podem chegar à morte.

Apenas o primeiro contatocom a toxina é suficiente paraas pessoas que não têm nenhumtipo de problemas respiratóriosdesencadearem alergias. Qual-quer indivíduo que esteja ina-lando a fumaça tóxica pode pro-vocar alergia respiratória, comorinite, tosses e espirros.

O quadro pode agravar se oindivíduo já for asmático, pro-duzindo uma crise, que provo-ca insuficiência respiratória.Segundo a pneumologistaFátima Alércio, qualquer pes-soa que fique exposta a esse tipode situação se tornará vítimado ar poluído. “As pessoas nemimaginam o quanto é tóxico àsaúde. Quem tem tendência àinsuficiência respiratória ficamais susceptível a ter infecções,a exemplo de gripes, viroses eaté a pneumonia”, alertouFátima Alécio.

Quanto mais próximasfiquem da fumaça, mais sensí-veis as pessoas tendem a ficar,porque a exposição é propor-

cional ao tempo. Ou seja, quan-to maior o tempo exposto aqualquer toxina, pior serão asconsequências para quem estápróximo à queimada. A polui-ção agride de todas as formas.Durante a combustão é libera-do monóxido de carbono quedesenvolve reações, como: ar-dência nos olhos, que podelevar a conjuntivite; e ardênciana garganta, podendo levar atosse e inflamações; além dasalergias na pele.

Se para toda ação existeuma reação, não é diferentecom o corpo do ser humano,que possui um mecanismo dedefesa para entrada das “par-tículas estranhas”. “Quando éinalada a fumaça tóxica, o pul-mão reage, porque uma subs-tância estranha e nociva estáentrando na via aérea. A rea-ção é para tentar expulsar o queo está agredido, provocandouma reação inflamatória, o queocasiona o ‘fechamento dospulmões’. Esse é o mecanismode defesa do pulmão, mas nãopode ficar por um longo perío-do, porque pode ocasionar umaparada respiratória. E as pes-soas alérgicas têm maior ten-dência a esse problema”, aler-tou a pneumologista. (F.A.)

Militares podem ter asma ocupacional

Há riscos também paraquem vai conter o fogo ateadodos pneus. Os policiais e bom-beiros que estão sempre pre-sentes em todo tipo de protes-to podem desenvolver a asmaocupacional, que é produzidapelo frequente contato com o arpoluído. “Já teve casos de mi-litares do Corpo de Bombeiroque morreram por intoxicaçãode monóxido de carbono, de-vido à exposição excessiva dospoluentes”, contou Fátima.

É um direito de cidadão res-pirar um ar puro, assegura apneumologista. “Existem outrasformas de protestar; não preci-sa poluir. Os manifestantes aca-bam prejudicando a saúde delesmesmos e das outras pessoas,além de contribuir para a polui-ção do meio ambiente”, comple-tou Fátima Alécio, afirmandoficar preocupada com a situa-ção dos seus pacientes diantedesse tipo de substância tóxica.

SEM-TERRA - Já paraquem faz da queima de pneuuma forma de reivindicar osseus direitos, essa toxina nãoé nada diante do que eleslutam. Segundo o coordena-dor estadual do Movimentode Libertação dos Sem-Terra,Márcio Antônio da Silva, aqueima de pneus é usadapara que eles não sejam agre-didos. “Essa é uma forma denos defendermos da reaçãodas pessoas, construímosuma barreira na pista contraos motoristas e contra a polí-cia”, alegou.

Apesar de saberem que li-bera uma substância tóxica,continuam utilizando a formade protesto. “Quando nósqueimamos pneus, são pou-cos, não representa nada emrelação aos outros poluentesque são liberados ao meioambiente”, argumenta Már-cio Silva.

Protestos agridem a fauna e a flora

Para o meio ambiente, aqueima se torna um poluentepoderoso que atinge agressiva-mente a fauna e a flora, pioran-do a qualidade do ar, das matase dos corpos hídricos. Segundoo diretor técnico do Instituto doMeio Ambiente (IMA), GustavoCarvalho, a saúde do meio am-biente é tão afetada quanto a doser humano, com o processo dequeima. “Acomposição do pneué derivada do petróleo. Se fizer-mos uma analogia, é como seestivéssemos queimando óleo”,explica.

Os danos ao ambiente, se-gundo explicou Carvalho,acontecem de forma que afuligem do pneu cobre a flora,o que prejudica a respiraçãodas plantas e dos animais.

O Ministério Público Esta-dual, em parceria com aPrefeitura de Maceió e com oIMA, vem realizando um mu-

tirão que tem o objetivo de ar-recadar pneus inservíveis nacapital alagoana. Só no perío-do de 22 de junho a 8 de julho,foram arrecadadas 80 toneladasde material, um total de 18 milpneus de carro de passeio.

Agora, as equipes da Su-perintendência de LimpezaUrbana de Maceió (Slum) per-correm as borracharias re-colhendo os pneus que não semutilização, para que sejam le-vados para a fábrica CimporBrasil, em São Miguel dosCampos, que produz cimento.Os pneus serão utilizados comocombustível, substituindo ocarvão. “Essa é uma ação quebusca a destinação adequadapara os pneus, que, na maioriadas vezes, são depositados emlixões e não têm uma decom-posição rápida, gerando outrosproblemas ambientas”, com-pletou Gustavo Carvalho. (F.A.)

O mal por trás dos protestosO hábito de queimar pneus traz danos, alguns irreversíveis, à saúde

Fabyane AlmeidaEstagiária*

Manifestações, protestos,atos públicos e reivindicações.Os transtornos do direito deuma classe que luta pelos seusobjetivos vão além do impedi-mento do tráfego. Muitas vezes,os gritos e as bandeiras vêmacompanhados da fumaça depneus queimados, usados parabloquear ruas e avenidas.

As ações usando a queimade pneus estão, cada vez mais,frequentes em Alagoas. No úl-timo dia 23, moradores daGrota Santa Helena, na Chã daJaqueira, realizaram um pro-testo e atearam fogo em pneussem imaginar que, por trásdessa ação, são causados danos

à saúde não só de quem está namanifestação, mas das pessoasque estão no entorno. A práti-ca causa, ainda, um prejuízo aomeio ambiente, já que liberagrande quantidade de subs-tâncias poluentes.

A queima de pneus é preju-dicial ao meio ambiente e aoser humano na mesma pro-porção. Por ser um derivadodo petróleo, as substâncias libe-radas na combustão são con-sideradas altamente tóxicas e,se inaladas com certa frequên-cia, tornam-se um risco para asaúde também de quem vaiconter a queima.

O pneu tem em sua com-posição orgânica hidrogênio,carbono e enxofre. Após aqueima, produz gás carbônico,

água e algumas substânciascancerígenas: hidrocarbonetospoliaromáticos, dioxinas ura-nos e ácido benzeno, além deóxido de enxofre, que é preju-dicial ao sistema respiratóriopor ser altamente tóxico.

Quando não há um ar-mazenamento correto dessespneus, pode ainda causar ou-tros riscos. Segundo o químicoMário Meneghetti, a queima deforma inadequada pode, ainda,contaminar o lençol freático. “Sehouver um acúmulo de pneusem grande quantidade numúnico lugar e acontecer um in-cêndio, essa queima, além degerar os gases, forma um óleoque, em contato com o lençolfreático, polui a água que irápara as residências”, alertou.

A fumaça negra é uma daspiores. Possui um material par-ticulado, um pó muito fino quepermanece no ar por um longoperíodo e, lentamente, vai sedepositando no ambiente. Porser um poluente altamente po-tente, também prejudica oefeito estufa e produz a chuvaácida.

“Conter o fogo que é pro-duzido pela combustão dospneus é extremamente difí-cil, o adequado seria usá-losna queima em caldeira in-dustrial como combustível naprodução de cimento, com autilização de filtros para re-duzir a emissão de poluentese minimizar o impacto ambi-ental” completou MárioMeneghetti.

Manifestantespodem ter reaçõesalérgicas e atéparada respiratória

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Garrafas de vidro e de cerâmica e resto de garrucha (pistola antiga) achados por banhistas no rio Manguaba

Anel achado no fundo do mar em Maragogi tem cerca de 350 anos

Ossada primária do séc. 19 encontrada nas escavações do Iphan

Balas de canhões da época das guerras de Portugal contra os invasores holandeses em Porto Calvo

Arqueologia pode resolver antigos enigmasAbomba e a botija tornaram-

se afinal o começo e o fim de ummesmo novelo: o passado histó-rico do litoral Norte de Alagoas,que é pólo de colonização denosso Estado e do próprio país.O arqueólogo Scott Allen, doNúcleo de Ensino e PesquisaArqueológica da UniversidadeFederal de Alagoas (Ufal), reali-zou com sua equipe diversas es-cavações de Maragogi até Uniãodos Palmares, passando porJaparatinga, Porto de Pedras ePorto Calvo. Ele receia falar doassunto para não criar sensacio-nalismo e não provocar uma cor-rida do ouro, afinal, arqueólo-gos trabalham com objetos en-contrados em diversas camadasque vão sendo formadas no soloao longo dos anos. Se começama mexer e a remexer a terra, ahistória perde o contexto e a lei-tura arqueológica torna-se, pra-ticamente, impossível.

“Não há material valioso,nunca encontrei botija nem qual-quer coisa de valor monetário.

Precisamos proteger esses sítiosarqueológicos”, disse o profes-sor Allen, que mapeou 19 sítiosarqueológicos para traçar a rotados escravos nos engenhos decana de açúcar na colonial PortoCalvo (que incluía Maragogi ePorto de Pedras) rumo à liberda-de na Serra da Barriga, em Uniãodos Palmares.

Acharam-se pedaços defaiança da Ironstone China (a an-tiga louça inglesa que imitava aancestral louçaria chinesa) e tron-cos de senzala. Fora as casas-grandes que resistiram ao apeloindustrial das grandes usinas deaçúcar. E coisas que a rapaziadaque gosta de mergulhar no RioManguaba, no antigo Porto dasBarcaças, em Porto Calvo, cos-tuma encontrar: vidros de perfu-me parisiense, garrafas de cham-panhe e garrafas de cerâmicacom o timbre de Cambridge(Inglaterra), moedas, correntes,cadeados e uma infinidade deobjetos de vidro, de ferro e debronze que são, provavelmente,

destroços de antigos navios por-tugueses, espanhóis e holande-ses.

Como a enferrujada garru-cha (espécie de pistola barata,com um tiro por cano, muito uti-lizada nos anos de 1730 a 1960)exibida pelo açougueiro Edmil-son da Silva, de 27 anos.“Quando baixa a maré, encontra-mos muita coisa sob a areia noleito do rio. Mas como não temmuseu em Porto Calvo, já deixeivários objetos no Museu dePadre Cícero, em Juazeiro doNorte (CE). Estão todos lá cata-logados”, contou Silva, dizendoque fez um anel para a namora-da de uma moeda que encon-trou no rio.

Um anel de bronze de cercade 350 anos foi achado no marde Maragogi, mas seu dono,que não quis se identificar, re-ceia entrar em conflito com oEstado. “Eu e mais dois ami-gos temos vários objetos, coi-sas de navio antigos que acha-mos em nosso mergulhos,

mas, por enquanto, está tudoguardado”, afirmou.

Outro aficcionado por obje-tos históricos encontrados no RioManguaba e em escavações portoda Porto Calvo, é o comercian-te Adelmo Monteiro. “Eu tinhaum restaurante e, vez por outra,um turista me perguntava sobrelugares históricos da cidade ecomo não havia, e nem há, nadaem Porto Calvo que registre oapogeu da Colônia, a não ser aigreja de 1610, comecei a correratrás dessas coisas”, contou odono da Lotérica DomingosFernandes Calabar.

Adelmo colecionou 19 balasde canhão e mais uma porçãode garrafas Ironstone China.Além de pequenos tijolos encon-trados em escavações feitas paraa construção do anexo do Hos-pital Municipal, localizado noAlto da Força, onde, segundo aHistória, havia um forte portu-guês. “Infelizmente, não há re-cursos para a criação de ummuseu”, lamentou. (J.B.)

Ossadas e artefato indígena são achados em igrejaO arquiteto do Instituto do

Patrimônio Histórico e ArtísticoNacional (Iphan), Sandro Gama,é o responsável pela recente re-cuperação e restauração da IgrejaMatriz de Porto Calvo, cuja con-clusão de edificação data de 1610(ano que aparece no frontispíciodo templo). Para esse trabalho,realizado no ano passado, ele dizque de imediato pensou na con-tratação de arqueólogos.

“O projeto da igreja precisa-va resolver problemas do edifí-cio e isso implicava em mexernas suas fundações. Aigreja cor-ria o risco de desabamento.Sabíamos que pessoas eram en-terradas ali. Nos anos 1980, jáhavia sido feito um trabalho derecuperação e muitos ossosforam encontrados e colocadosem uma única sala. Então, previa presença do arqueólogo nessetrabalho, acompanhando todo oprocesso de recuperação do edi-fício”, contou Gama.

O Iphan contratou os servi-ços do arqueólogo Scott Allen,que realmente encontrou váriasossadas e uma série de materiallítico (feito de pedra antiga). Aar-queóloga Karina Miranda, daequipe de Allen, explica que cadacamada do solo tem uma cor es-pecífica, identificando períodos

diferentes da História. “Quandoo solo é muito remexido, isso seperde. Mas encontramos ossa-das primárias, que não forammexidas. O cadáver estava ali dojeito que foi enterrado.”

Uma dessas ossadas primá-rias foi encontrada em frente àtorre sineira da igreja. De acordo

com a arqueóloga, a análise nãofoi confirmada, mas uma identi-ficação prévia remete a ossadaao século 19. “Ela foi encontradada forma como foi sepultada,sem desarticulação dos ossos.”

Parte do material lítico temorigem provável entre os indí-genas que habitaram Porto Calvo,

antes mesmo da Colônia. “É ummaterial muito antigo, o que nosleva a crer que a igreja foi cons-truída sobre um local onde hou-vera uma tribo indígena”, afir-ma Karina. Segundo ela, comonão havia ferro nessa época, osíndios construíam artefatos cor-tantes com a pedra. (J.B.)

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Municí iosp

Muito além das bombas da MarinhaEm todo o litoral norte do Estado, o passado é redescoberto em escavações e nos mergulhos dos banhistas

Jorge BarbozaRepórter

MARAGOGI - Em maiodeste ano, quando uma bombada época da 2ª. Guerra foi en-contrada em Maragogi poroperários que trabalhavam emuma obra de saneamento na

área urbana do município, acidade inteira acreditou estardiante de um tesouro de umpassado muito mais remoto.Os dois trabalhadores queacharam o artefato bélico, mes-mo desconfiando tratar-se dealgo perigoso, pegaram o mar-telo e chegaram mesmo a abrir

um buraco na mina flutuanteda Marinha.

Felizmente não explodiu – oque aconteceu depois, de formainduzida, detonada pelo esqua-drão antibomba do Batalhão deOperações Especiais da PolíciaMilitar (Bope). Mas até o mo-mento da explosão, uma mul-

tidão já havia se reunido emtorno do artefato e exigia que apolícia devolvesse à populaçãoa sua “botija de ouro”. O ope-rário Jadson José da Silva disseque, depois de passado o tu-multo, sentiu um frio na barri-ga pensando que a tal bola deferro de mais de um metro de

diâmetro podia ter explodidona mão dele.

Toda essa confusão tem umajustificativa: há sete anos, emoutra obra de saneamento daprefeitura, trabalhadores real-mente encontraram uma botija,cheia de moedas de prata e bron-ze do século 19. Ninguém ficou

rico com isso. E parte dessa pre-ciosidade histórica se perdeu, demãos em mãos, restando algu-mas moedas hoje sob a guardado atual secretário de Culturado município, Jadson Jacó. “Pos-so dizer que 10% ou 15% do quefoi achado ficou conosco”, afir-mou o secretário.

Larissa Fontes/Estagiária

Ufal

Fotos: Jorge Barboza

Material lítico reputado aos indígenas que habitaram o litoral norte descoberto na igreja de Porto Calvo

Ufal

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A20 Domingo, 5 de setembro de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: [email protected]

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89% estudam com limitações estruturaisO município de Arapiraca

conta hoje com sete escolas emtempo integral, que beneficiamcerca de quatro mil estudantesda rede pública. Um número pe-queno, se comparado ao total dealunos cadastrados pela Secreta-ria de Educação: 35 mil. Ou seja,pouco mais de 11% do alunadotêm acesso a atividades comoaulas de reforço, música, teatroe dança, enquanto 89% estudamem escolas com limitações es-truturais que impedem o desen-volvimento sociocultural.

“O modelo de jornada am-pliada demanda tempo e recur-sos para sua implantação. Apre-feitura está viabilizando a cons-trução de novas unidades, parabeneficiar mais estudantes. Noentanto, a execução exige plane-jamento. Em três anos, conse-guimos inaugurar sete institui-ções. Nenhuma outra cidade deAlagoas tem escolas que se-guem esse modelo. O númerode alunos beneficiados devecrescer nos próximos anos”, ex-plicou a secretária de Educaçãoe Esporte, Valéria Peixoto.

Conforme a secretária, as

primeiras escolas em tempo in-tegral do município foram im-plantadas em comunidadescom maior vulnerabilidade so-cial. ASecretaria de Educação eEsporte avaliou os índices deviolência dos bairros, o acessoa serviços considerados essen-ciais e a quantidade de habitan-tes de cada área, com base emdados da Polícia Militar e daSecretaria de Saúde. Peixoto afir-mou que esta é uma ação paracombater as estatísticas negati-vas das localidades.

“A dupla jornada tira dasruas a criança que antes estavavulnerável, ociosa. Na escola,elas aprendem noções de cida-dania e entendem que são capa-zes de fazer o que antes não po-diam. Aideia é potencializar ashabilidades de cada criança e,com isso, reduzir os índices ne-gativos de cada bairro. Aindanão temos dados oficiais, mas jápodemos observar resultadosdessa ação. O projeto eleva aauto-estima das comunidadesvulneráveis”, acrescentou Valé-ria Peixoto.

A secretária lembrou que,

nas unidades em tempo inte-gral, os pais dos estudantes tam-bém participam das atividadesextracurriculares. “Durante osfinais de semana, eles são con-vidados a participarem de ofi-cinas e cursos profissionalizan-tes. Aescola fica aberta para queeles também se sintam parte doprocesso. Outra atividade de-senvolvida pelos pais dos alu-nos é o cultivo da horta, que in-tegra o projeto ‘Educando coma Horta Escolar’, da Secretariade Agricultura”.

ADAPTAÇÃO - AdiretoraMaria de Oliveira, que trabalhana Escola Otávio Lourenço, nobairro Olho d’Água dos Cazu-zinhos, afirma que as escolasem tempo integral se tornarammotivo de “cobiça” na comu-nidade. “Alguns alunos estuda-ram em unidades que oferecemdupla jornada, mas tiveram quevoltar para a nossa escola. Areadaptação é difícil, porqueeles conhecem os dois opostosda educação pública aqui nomunicípio”, ressaltou. (E.A.)

Continua nas páginas A22 e A23

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Ara iracaAA2211

p

Escola Otávio Lourenço de Souza funciona de forma precária

Más condições de higiene em escola com jornada simples Em escolas em tempo integral, banheiros são revestidos

Unidade Zélia Barbosa Rocha é apontada como referência em AL

Diferenças entre modelos de educação básica são visíveisAcompanhamento rigoroso

dos alunos, incentivo à leitura,aulas de teatro, dança, música ecinco refeições diárias. Essas sãoapenas algumas das atividadesextracurriculares da Escola ZéliaBarboza Rocha, localizada nobairro Nova Esperança, em Ara-piraca. A unidade modelo foiinaugurada em 2007 e beneficia457 estudantes. O local conta comdez salas de aula, laboratório deinformática, biblioteca, teatro,quadra poliesportiva e refeitório.

“Ajornada tem início às 7h30,quando os alunos tomam o caféda manhã. Às 9h20, é a hora dolanche. Às 12h, é a vez do almo-ço. Às 15h, mais um lanche e,por fim, às 16h30, é a hora do

jantar. Durante o período da ma-nhã, as aulas acontecem normal-mente, como em toda escola. Àtarde, a cada 50 minutos, os es-tudantes desenvolvem uma ati-vidade, o que vai desde aulas dereforço a oficinas de artesanato”,explica a diretora Dijaci dosSantos.

Do outro lado da cidade, nobairro Olho d’Água dos Cazuzi-nhos, as crianças que cursam asprimeiras séries do ensino fun-damental são obrigadas a estu-dar em um salão, que funcionacomo anexo, por falta de espaçona Escola Otávio Lourenço Sou-za. No local, a direção da unida-de construiu uma parede que di-vide o espaço em duas salas de

aula improvisadas. Não há re-vestimento de piso, apenas ci-mento. Os banheiros tambémfuncionam de forma precária.

“A sede da escola conta comapenas duas salas de aula, por is-so que os alunos ficam aqui”,justifica a diretora Maria de Oli-veira. Ela acrescenta que a insti-tuição também não dispõe de re-feitório, de sala dos professores,nem de almoxarifado. “Os estu-dantes comem em pé mesmo. Euma pequena sala funcionacomo direção, secretaria e salados professores. Mas já existeprojeto para a construção de umanova unidade de ensino”, expôsa diretora.

Enquanto isso, na Escola Mu-

nicipal Zélia Barbosa Rocha, con-siderada referência, alunos do 1ºao 6º ano aprendem noções bá-sicas de agricultura em uma hor-ta, montada pelas secretarias deEducação, de Agricultura e deSaúde. Aproposta da horta é in-centivar a prática da agriculturafamiliar e utilizar as pequenasplantações como instrumento in-terdisciplinar. Com elas, os alu-nos aprendem formas geométri-cas, têm aulas práticas de ciên-cia e incrementam a merenda.

“O projeto ‘Educando com aHorta Escolar’ possibilita àscrianças uma forma de aprendi-zagem diferente da qual elesestão acostumados. É inovador,diferente, estimula a participa-

ção. Este é apenas um dos pro-jetos desenvolvidos aqui. Tam-bém incentivamos a leitura e aprodução de textos. Buscamosdespertar o interesse dos alunosatravés da interdisciplinaridade,que é indicada pelo Ministério daEducação”, afirma a diretoraDijaci dos Santos.

A professora Maria José dosSantos, que coordena a EscolaAna Bernardes Silveira, locali-zada na Serra dos Ferreiras, zonarural de Arapiraca, garante quetem projetos interdisciplinarespara desenvolver com 250 alunosda instituição, mas afirma que afalta de espaço e de estrutura im-possibilitam a execução dasideias. Segundo ela, a unidade

conta com apenas três salas deaula e um salão improvisado,que passou por reforma e rece-be alunos do turno vespertino.

“Trabalhar em escola públi-ca é sempre um desafio. Faltaestrutura para que as ideiassejam desenvolvidas. No casodas unidades em tempo integral,elas recebem equipamentos devídeo, televisores, profissionaispara cada tipo de atividade, alémdos professores que desempe-nham suas funções. Adiferençaentre a escola em tempo integrale com jornada simples é gritan-te. Apergunta é: os alunos saemda rede pública com a mesmacapacitação?”, questiona a pe-dagoga. (E.A.)

As duas faces da educação públicaEstrutura das escolas com jornada simples se opõe à qualidade das unidades em tempo integralEduardo Almeida

Repórter

A rapiraca é considerada referência em educação básicadesde 2007, quando foram implantadas as primeiras escolasem tempo integral no município. As instituições de ensino

oferecem dupla jornada, com atividades extracurriculares que favore-cem o desenvolvimento sociocultural dos estudantes. Nelas, os alunostêm acesso à música, à dança, ao teatro, à prática de atividades es-portivas e recebem cinco refeições diárias, sem sair da escola.

A rede municipal conta com sete unidades dessa modalidade, oque beneficia cerca de quatro mil alunos. No entanto, a maior partedos estudantes é obrigada a frequentar instituições com jornada sim-ples, que nem sempre apresentam estrutura adequada para a boaprática do ensino. A reportagem de O JORNAL mostra o abismoque existe entre os dois modelos de educação básica e os desafios aserem superados.

Os problemas encontrados vão desde a falta de estrutura física àsmás condições de higiene. O medo de quem trabalha em áreas con-sideradas violentas, a influência do ambiente na aprendizagem e asexplicações da Secretaria de Educação. Conheça, agora, os con-trastes da educação pública.

Fotos: Eduardo Almeida

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Escola Ana Bernardes Silveira já foi alvo de criminosos, que roubaram aparelho de TV e DVD, computadores e até merenda escolar

Maria dos Santos diz que homem foi assassinado nos fundos da escola Sala funciona como biblioteca improvisada na zona rural Escola Zélia Barbosa Rocha conta com moderna biblioteca

Professores tentam superar as limitaçõesSe falta estrutura nas chama-

das escolas regulares, sobra boavontade. É o que garante a dire-tora Maria de Oliveira, respon-sável pela Escola Otávio Louren-ço, localizada no bairro OlhoD’Água dos Cazuzinhos, emArapiraca. Ela garante que osprofessores da unidade supe-ram as limitações físicas com de-dicação e empenho. Para Olivei-ra, o comprometimento dos pro-fissionais da educação é tão im-portante quanto o ambiente emque acontecem às aulas.

“Nossa escola conta com ape-nas duas salas de aula, não tembiblioteca, refeitório, nem salados professores, diretoria ou al-moxarifado. Mas, nós contamoscom o trabalho de servidores queestão comprometidos com o de-senvolvimento de cada criançaque está matriculada aqui. Énossa obrigação exercer a pro-fissão com qualidade. Para su-

perar as dificuldades, nós usa-mos a criatividade. Improvisa-mos, mas conseguimos atingiro objetivo”, expôs a diretora.

Ela, no entanto, reconheceque a escola que dirige desenvol-ve de forma precária atividadesextracurriculares e que tambémfalta conforto aos estudantes. “Éinegável que nossa estrutura po-deria ser melhor. Uma área co-berta e duas salas de aula per-mitiriam ações complementa-res. A Secretaria de Educaçãotem projeto para reforma do pré-dio, mas nada saiu do papelainda”, completou, informandoque o projeto de ampliação exis-te há cerca de cinco anos.

A coordenadora Maria Josédos Santos explica que a direçãoda Escola Ana BernardesSilveira, localizada na Serra dosFerreira, aplica verbas repassa-das pela Secretaria de Educaçãode Arapiraca na compra de ma-

terial didático e outros instru-mentos utilizados em projetosinterdisciplinares. Apesar datentativa de suprir as carências,ela afirma que os recursos nãosão suficientes para atender aos250 alunos que estudam nos tur-nos matutino e vespertino.

“São repassados R$ 800 pormês, que devem ser aplicadosna compra de material didáticoe em pequenos reparos. O valor,entretanto, não é suficiente pararealizarmos aulas de dança, tea-tro ou música. Precisaríamos demais equipamentos. As escolasem tempo integral contam comverbas específicas, que são apli-cadas apenas na compra dessesmateriais. Nós temos que ge-renciar o dinheiro com cuida-do para não acabar antes doprazo”, observa Maria José.

Conforme a secretária deEducação do município, ValériaPeixoto, embora as escolas regu-

lares, que oferecem jornada sim-ples, apresentem problemas es-truturais, elas recebem recursossuficientes para a compra de ma-terial didático e aquisição de ins-trumentos utilizados em ativi-dades complementares. Peixotoafirma que a prefeitura tem pre-zado pela qualidade do ensino,mesmo em instituições que nãooferecem jornada ampliada.

“As diferenças existem, por-que as unidades que oferecemdupla jornada contam com mo-nitores para ministrar as ativida-des complementares, contamcom um espaço físico maior eoferecem cinco refeições diárias.Mas, a prefeitura disponibilizarecursos para a compra de ma-terial didático, que poderia seraplicado em atividades comple-mentares. Aproposta da institui-ção é formar cidadãos, com com-promisso e responsabilidade”,comentou a secretária. (E.A.)

Escolas da zona rural sofrem com violência

Além dos problemas estrutu-rais, as escolas da zona rural deArapiraca também enfrentam aviolência e a depredação dos pré-dios públicos. Nem mesmo a pre-sença de porteiros e vigilantes ésuficiente para inibir a ação decriminosos. Os alvos principaissão equipamentos eletrônicos,como computadores e aparelhosde TV e DVD. Mas, até a meren-da escolar é saqueada durante osfinais de semana, quando não hámovimento nas unidades que ofe-recem jornada simples.

“Roubaram computadores,aparelhos de TV, DVD, livros di-dáticos, material de escritório eaté a merenda escolar”, conta acoordenadora da Escola AnaBernardes Silveira, Maria Josédos Santos. “Mas a Polícia Militarconseguiu encontrar a TV den-tro de uma plantação de mandio-ca. Eles [criminosos] aproveitamos finais de semana para roubar.Como a segurança é frágil, a açãodeles é facilitada. A escola ficavulnerável, mesmo com vigilan-tes”, acrescenta.

Santos diz que a distânciaentre a escola e a comunidadeaumenta a sensação de insegu-rança. “É comum ouvirmos tirose já assassinaram uma pessoanos fundos da escola. Trabalha-mos com medo do que podeacontecer. No ano passado, umafuncionária teve uma motocicle-ta roubada enquanto dava aula.Os criminosos roubaram a esco-la e fugiram sem que nenhummorador da região percebesse aação. Por isso, colocamos gradese cadeados em todas as salas”.

A secretária de Educação deArapiraca, Valéria Peixoto, diz quetem conhecimento da violênciaque tem atingido escolas da zonarural do município, mas explica

que a pasta não tem como am-pliar a segurança nas instituições.Segundo ela, cada unidade de en-sino conta com um porteiro e umvigilante no período noturno efins de semana. Além disso, a pre-feitura mantém uma parceria coma Polícia Militar, com o objetivo deintensificar o patrulhamento.

“A violência é uma crescen-te em todo o Estado, em particu-lar no município, e as escolasestão sofrendo as consequênciasdesse aumento. Não é papel daSecretaria de Educação evitarque criminosos roubem os pré-dios públicos, é papel da PolíciaMilitar. O que nós podemos fazeré instalar grades de proteção,contratar vigilantes e firmar par-cerias. Isso nós temos feito, masainda não é suficiente para evi-tar ações criminosas”, explicou asecretária Valéria Peixoto.

Diferente do que acontece naEscola Ana Bernardes da Silveira,a Escola Zélia Barboza Rochanunca sofreu com a ação de cri-minosos. O prédio mantém umlaboratório de informática e contacom instrumentos musicais des-de a inauguração, em 2007, masnunca foi alvo de assaltantes. Adiretora da unidade, Dijaci dosSantos, acredita que um dos mo-tivos que contribuíram com esseíndice positivo é o envolvimen-to da comunidade, por meio deações integradas.

“Os moradores do bairro res-peitam a escola porque entendema importância dela para os alu-nos. Eles também se beneficiam daunidade e aprenderam a valorizartanto a instituição quanto os pro-fissionais. Nunca fomos rouba-dos, e espero não ter surpresa ne-gativa”, expôs Dijaci dos Santos,acrescentando que a unidade évigiada diuturnamente. (E.A.)

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Arapiraca JORNALO JORNALO

Fotos: Eduardo Almeida

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Valéria Peixoto diz que prefeitura já iniciou reformas nas escolas

“Ambiente influencia aprendizagem”Para a pedagoga Glaudênia

Almeida, o ambiente escolarpode contribuir de modo decisi-vo para a formação dos estudan-tes. Ela afirma que boas condi-ções para o estudo elevam a pro-dutividade dos alunos em salade aula e estimulam os professo-res. Porém, a pedagoga ressaltaque este não é o único, nem de-cisivo, agente que favorece aaprendizagem. De acordo comela, o grau de comprometimen-to dos profissionais também édeterminante para uma educa-ção de qualidade.

“Diversos fatores contribuempara a aprendizagem: o ambien-te escolar, as relações familiares,o nível de comprometimento dosprofissionais e até a alimentaçãooferecida às crianças. Tudo devecaminhar junto, em busca deequilíbrio. Não adianta oferecerboa estrutura, se os professores se

sentem desestimulados com ossalários e não proporcionam umensino de qualidade, assim comotambém o inverso não pode acon-tecer”, expôs a pedagoga.

Almeida explicou que os pro-fessores podem encontrar solu-ções criativas para desenvolveratividades interdisciplinares emsala de aula. “Nem sempre é ne-cessário espaço físico para que osalunos tenham acesso a aulas di-ferenciadas, com projetos multi-disciplinares. Um pouco de com-prometimento e criatividade di-minuiriam o abismo que separahoje as escolas em tempo integrale as unidades com jornada sim-ples”, acrescentou.

Conforme a diretora Maria deOliveira, da Escola Otávio Louren-ço de Souza, a falta de estruturatem sido decisiva na execução deprojetos multidisciplinares. “Apre-cariedade das nossas instalações

impedem que os professores de-senvolvam suas idéias. A escolaconta com apenas duas salas deaula, não há pátio, não há biblio-teca, não há laboratório de infor-mática. Quando usamos a criati-vidade, conseguimos executar osprojetos de forma precária”.

A diretora argumenta que aSecretaria de Educação e Esportepretende ampliar o espaço físi-co da unidade, o que vai possi-bilitar mais atividades extracur-riculares. Mas, até lá, afirmaMaria de Oliveira, a formaçãocontinuará deficitária e descon-forme, se comparada a que é ofe-recida aos alunos de escolas emtempo integral. “Se os estudan-tes têm a mesma formação? Não,é visível. Enquanto novas políti-cas públicas eficazes não foremdesenvolvidas, a educação emArapiraca continuará com duasfaces”, disse. (E.A.)

Secretaria admiteque há problemas

A Secretaria de Edu-cação e Esporte de Ara-piraca reconhece que es-colas da rede pública ne-cessitam de reparos. Po-rém, conforme a secretáriaValéria Peixoto, o crono-grama de reformas dasunidades só deve ser con-cluído nos próximos doisanos. Ela lembra que todosos prédios serão amplia-dos, com a construção denovas salas, e passarão aoferecer estrutura físicaadequada para receber osestudantes e para a práti-ca de atividades extracur-riculares.

“O município tem 58 es-colas e 21 creches públicas.É inevitável que existamproblemas, mas a secretariaestá disposta a corrigi-los etransformar as instituiçõesem modelos, como já acon-tece com as escolas emtempo integral. Os investi-mentos que estão sendofeitos agora são fruto deanos de paralisia, que estásendo corrigida. Mas énecessário tempo e plane-jamento para que as defi-ciências sejam reparadas”,afirmou a secretária deEducação e Esporte, ValériaPeixoto.

De acordo com ela, e-xiste projeto para implan-tação de novas escolas emtempo integral nas comu-nidades com maior vul-nerabilidade, como a dobairro Olho D’Água dosCazuzinhos. No entanto, omunicípio estaria captan-do recursos para viabilizara construção das unidades.“A comunidade de OlhoD’Água dos Cazuzinhosdeve ser beneficiada comum residencial, que vaicontemplar serviços essen-ciais, como escolas eunidades de saúde”, infor-mou.

A secretária ressaltouque, apesar das diferençasestruturais entre escolas emtempo integral e unidadescom jornada simples, a pro-posta da rede pública éproporcionar um ensinobásico de qualidade e for-mar cidadãos. Peixoto afir-mou que a Secretaria deEducação tem se empenha-

do nessec o m p r o -misso eproporcio-nado ca-pacitaçõespara pro-f e s s o r e sdas duasm o d a l i -d a d e s ,sem dis-t i n ç õ e s .Para tanto,

a prefeitura contacom um Centro deFormação de Professores.

“A proposta das uni-dades é oferecer um ensi-no básico de qualidade,sem distinções de classe so-cial ou comunidade. O pa-pel das escolas em tempointegral é o de comple-mentar essas atividadesque são desenvolvidas emtodas as escolas. Nessas in-stituições, as potenciali-dades dos alunos são tra-balhadas, o que não querdizer que os alunos que es-tudam em escolas com jor-nada simples estejam de-spreparados ou sejampreteridos”, explicou a se-cretária.

Para Peixoto, os estu-dantes da rede pública deArapiraca concluem a ed-ucação básica com amesma qualidade de ensi-no, embora com vivênciassócio-culturais distintas.“Na prática, todas as esco-las oferecem o mesmo pro-duto, mas as unidades emtempo integral viabilizamoutras potencialidades.Não acredito que o mu-nicípio ofereça formaçõesdistintas para alunos damesma rede de ensino.Não há distinção, embora ajornada ampliada sejamodelo”. (E.A.)

AA2233Domingo, 5 de setembro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Arapiraca JORNALO JORNALO

Secretária

garante

que todas

unidades

serão

reformadas

até 2012

Escolas em tempointegral contam com

salas de vídeo temáticas

Fotos: Eduardo Almeida

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A24 Domingo, 5 de setembro de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: [email protected]

Arapiraca JORNALO JORNALO

Por Aroldo MarquesE-mail: [email protected]

GrandMonde

Escritório ComedoriaSim, Fabio Rogério e Junior sócios proprietários do Escritório Botequim, Sadubão, agora

partem para mais um investimento com a breve abertura do Escritório Comedoria, que vai fun-cionar no centro de Arapiraca prestando serviço gastronômico à sociedade da metrópole do agres-te alagoano. Escritório Comedoria será um restaurante com a finalidade de alimentar com qua-lidade de vida as pessoas que vivem no grande centro de Arapiraca... Vamos aplaudir!!!

Wilys Alan é o Mister Alagoas NENo competitivo Concurso Mister Alagooas Nordeste, que aconteceu em Arapiraca no últi-

mo domingo dia 29 de agosto, o jovem universitário estudante de fisioterapia da FAL em Maceió,Wilys Alan natural de Santana de Ipanema foi eleito o homem mais bonito do Estado de Alagoas.Nossos cumprimentos e votos de sucesso!

Rose Carrel SemijóiasA empresária Rose Carrel colecionando sucesso de vendas de suas preciosas peças em se-

mijóias. Carrel anuncia que vai presentear seus clientes com cinco books do fotografo InternacionalAndré Fon em clima de lançamento de suas cobiçadas semijóias em breve dias. Vamos aguar-dar!

A Marca é Viva!Alem das já consagradas telas de LCD instaladas em diversos pontos estratégicos de nosso

estado, a Markaviva Tv inova mais uma vez e sai na frente com o primeiro projeto de telas emelevadores de prédios empresariais do estado, a empresa firmou no incio deste mês parceriaonde irá implantar monitores para comunicação digital dentro dos elevadores do Harmonycenter, conceituado centro medico da capital Alagoana, o projeto entrará em funcionamento atéo final deste mês e as cotas para divulgação de empresas neste novo produto da Markaviva Tvjá estão disponíveis. Entre em contato através do endereço - www.markaviva.com.br

Prêmio Homens de SucessoAs expressivas personalidades do mundo empresarial, político, artístico e civil de Arapiraca

e Alagoas receberão merecidamente, o Prêmio Homens de Sucesso - Troféu Imprensa Social emnoite de gala, na Casa de Festa Levino´s Hall´s no próximo dia 15 de setembro, senhores e jo-vens senhores serão honrados em fotos exposição, flash e troféus com direito degustação a cu-linária nacional e internacional numa noite de muito encanto... A musicalidade ficará por contada voz de Dona Flô e do talento de Nelsinho e Banda. Uma festa para elegantes convidados esua família. Aplausos

Panificadora Rio BrancoNeusvaldo Barbosa, sua esposa Jane, seus filhos e uma equipe de preparados funcionários

são responsáveis pelo sucesso e pela qualidade de vida gastronômica que a Panificadora RioBranco oferece a região metropolitana de Arapiraca, quem vem ao centrão de Arapiraca tem comoparada obrigatória a Panificadora Rio Branco, uma verdadeira vitrine de guloseimas, além desua eficiente lanchonete, tem um restaurante self service de alta qualidade e higiene, um topconveniência, é uma panificadora completa... Parabéns!

O empresário Jadielson Pessoa preparao lançamento do Residecial Espace

Staff de competentes funcionário daPanificadora Rio Branco em Arapiraca

Dr. Geraldo Magela Pirauá com sua es-posa Zélia, filhos e nora sempre pre-

sentes nos encontros sociais

O Colunista Harold e Rose Carrel nospreparativos para o Prêmio Homens de

Sucesso 2010

A credibilidade e união da Contrato Engenharia dos en-genheiros Guilherme Melro, João Teixeira e do empresárioVinicius Cansanção Filho, com a Ouro Verde Construtorados irmãos Genildo e Jadielson Pessoa mostrarão aos arapi-

raquenses no dia 10 de setembro, o início para o verdadei-ro crescimento vertical da construção civil da metrópole doagreste alagoano com a festa de lançamento das maquetes doempreendimento Residencial Espace, o novo sonho sendo

realizado em nossa cidade com 06 torres de 11 andares numprojeto de vanguarda que envolve conceito com parceriasarrojadas e de muita credibilidade no país. Assim o shownão vai acabar! A marca é a garantia!

Ouro Verde & Contrato

Espaço Gastro CulturalMais do que uma necessidade vital para

nós, o ato de se alimentar, vem a cada dia seaprimorando em comer bem e com maissaúde. A cozinha segue, ao longo dos anos, setransformando num cenário de arte e alqui-mia, e traz a cada instante uma explosão desabores e combinações quase perfeitas queaguçam ainda mais nosso deleite ao saborear-mos uma refeição.

Com este intuito de atualidades, experiên-cias, novidades e harmonia, que, com grandeprazer, nos propomos a trazer a cada sema-na, uma pequena contribuição do meio gas-tronômico, que acreditamos fazer somentecrescer o interesse na magia do mundo dos sa-bores.

Dentre receitas, temperos, dicas, curiosida-des, vinhos, tendências, harmonizações etc..,este espaço trará a partir de agora, um canaldireto entre você, e o mundo da AltaGastronomia.

Hoje trouxemos uma curiosidade sobreuma pérola da alta gastronomia: As trufas!

Trufa, em francês truffe, em italiano tartu-

fo, é o nome popular de um tuber, do gênerodos fungos.

As Trufas nascem sob a terra, a uns 20 ou30 centímetros de profundidade, próximas araízes de carvalhos e castanheiras, apresentamaspecto marmorizado e colorações escuras

(trufa negra) e um bege esbranquiçado (tru-fas brancas). Ainda não se descobriu uma ma-neira de cultivar trufas, por isso, a colheita eprocura dessas maravilhas da natureza, aindasão feitas através de cachorros ou porcos ades-trados. Estes animais passam por um longoprocesso de treinamento, pois a maior difi-culdade, é fazer com que os animais apósacharem as trufas, através do olfato apurado,são de não comê-las imediatamente.Apontando somente para o tartufáio, que équem revolve a terra e retira essa iguaria semdanificar sua forma original.

As mais cobiçadas trufas brancas vêm daItália, mais precisamente da pequena cidadede Alba, entre Milão e Turim. Já as trufas ne-gras, estas são originalmente francesas, da re-gião de Perigord. As trufas são mundialmen-te apreciadas pelos chefes de cozinha, e podemvariar entre 700 e 6000 dólares o quilo. Asbrancas apresentam aroma mais acentuado, ecomo as negras, podem perfumar harmonica-mente risotos, massas, molhos etc... Elas devemser fatiadas em lascas extremamente finas e ao

contrario das brancas, as trufas negras podemser lavadas em água.

Curiosidade: Uma trufa branca de 750 gra-mas foi leiloada na Itália por 100 mil dólares.No mais, com toda essa conversa de dar águana boca, boa semana e um bom apetite!

As trufas são mundialmente apreciadaspelos chefes de cozinhasFernando Baltazar

por Fernando Baltazar

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JORNALO JORNALO

Domingo, 5 de setembro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Economia

CIEE: entrada para o mercado de trabalhoAtravés do Centro Integrado Empresa-Escola, jovens são capacitados para os desafios da vida profissional Valdete CalheirosRepórter

Os estudantes MatheusHielson da Silva Félix, 17anos, e Maryah RossanaAraújo da Costa Ferreira, 18,são ainda muito jovens, masapesar da pouca idade, ambosjá estão no mercado de traba-lho há algum tempo. A inclu-são deve-se à Lei da Apren-dizagem que garante aos jo-vens uma oportunidade deentrada no mercado de traba-lho.

Um dos principais benefí-cios da legislação é contribuirpara o reconhecimento e a va-lorização dos direitos huma-nos e da cidadania, do desen-volvimento do jovem benefi-ciário como pessoa, mediantea aquisição de níveis crescen-tes de autonomia, de defini-ção dos próprios rumos, deexercício de seus direitos e desua liberdade.

No entanto, para muitasempresas, contratar aprendi-zes é algo além do cumpri-mento de uma lei. Significacontribuir para a inserção so-cial desses futuros trabalha-dores e exercitar a responsabi-lidade social no âmbito dasempresas, já que o desempre-go entre jovens é quase duasvezes maior do que para a po-pulação em geral.

Segundo a psicóloga e ins-trutora de aprendizagem doCentro de IntegraçãoEmpresa-Escola (CIEE) emAlagoas, Elizana OliveiraPeixoto, a Lei da Apren-

dizagem é boa’ para os jovenspor representar uma possibi-lidade de inserção no mundodo trabalho e bom para as em-presas por representar umaoportunidade de formar pro-fissionais, aproveitar talentose estar em sintonia com a Leida Aprendizagem.

“O programa se divide emdois módulos: um básico, queé comum a todas as forma-ções, e um específico, voltadopara a área de atuação dojovem na empresa. Atual-mente são oferecidos os cursosde comércio e varejo, ocupa-ções administrativas, práticasbancárias, telesserviços, logís-tica e turismo”.

O Brasil poderia ter cercade dois milhões de aprendi-zes no mercado de trabalho ea adesão à Lei da Apren-dizagem pode significar a di-ferença entre a esperança e odesalento, entre o emprego ea criminalidade. Trata-se deuma iniciativa apenas à espe-ra do total engajamento em-presarial. No entanto, muitasempresas não contratamaprendizes porque desconhe-cem a lei.

O CIEE atua no Brasil há45anos. Em Alagoas, recrutajovens para o mercado de tra-balho há 25anos. Há dois,abriu uma unidade emArapiraca. “Há quatro anosestamos trabalhando pela Leida Aprendizagem. Desdeentão, cerca de 240 jovens jáforam inseridos no mercadode trabalho. Outros 186 estãoem treinamento atualmente.

A experiência de contratar me-nores aprendizes para a em-presa é tão promissora que oíndice de aproveitamento, ouseja de efetivação, é de 90%”,comemora a instrutora deaprendizagem.

Ainda segundo ElizanaPeixoto, os demais 10% logoconseguem emprego em ou-tras empresas. O CIEE tem ca-dastradas 50 empresas entremicro, médias e de grandeportes que buscam parceriaspara a contratação de menoraprendiz.

“As empresas optam porjovens entre 16 e 18 anos, tantomeninos quanto meninas e

que estejam cursando o ensi-no médio”, relacionou. Depoisde contratados, os jovens sãoavaliados uma vez por sema-na.

Matheus Hielson e MaryahCosta são dois dos jovens es-tudantes e, agora, menoresaprendizes, recrutados peloCIEE. Ele trabalha há um anoe meio em uma empresa e diz,com muita convicção, estarpreparado para o mercado detrabalho.

“Estou investindo em mime na minha futura carreira pro-fissional que na verdade já co-meçou desde que eu me tor-nei menor aprendiz. Estou

aprendendo e ao mesmotempo exercendo a minha pos-tura diante do mercado de tra-balho. Quero fazer Direito eter uma postura profissional”,afirmou.

Há um ano e cinco mesesem uma empresa, a jovem es-tudante do curso de GestãoAmbiental do InstitutoFederal de Educação, Ciênciae Tecnologia de Alagoas (Ifal),está bastante entusiasmadacom a experiência.

Ela esperou seis mesesentre o dia que fez o cadastroe o dia que foi chamada.“Achei o tempo razoável. Temmuita gente com experiência

que passa anos e anos embusca de um novo emprego enão consegue. Diante do pro-cesso enriquecedor que estouvivendo não me imagino semesta experiência”, festejou.

Tanto Matheus quantoMaryah conseguem aplicar osalário mínimo que recebemem beneficio próprio,com-pram livros, investem em cur-sos para aperfeiçoar a carrei-ra e ainda ajudam com algu-mas despesas de casa.

Priorizar o processo edu-cacional é o primeiro passopara uma boa formação dojovem no mercado de traba-lho. Pelo menos é o que prevêa Lei de Aprendizagem queorganiza o labor dos adoles-centes e jovens, entre 14 e 24anos, no mercado de trabalho.

Trata-se de um contrato es-pecial de trabalho por tempodeterminado, de no máximo2 (dois) anos. A jornada de tra-balho é de 4 ou 6 horas diárias.A remuneração é de um salá-rio mínimo.

O aprendiz contratadotem direito a 13° salário e atodos os benefícios concedi-dos aos demais empregados,a exemplo do vale-transportepara o deslocamento residên-cia/atividades teóricas e prá-ticas. As férias devem coinci-dir com o período de fériasescolares, sendo vedado oparcelamento.

Apesar de todas as vanta-gens, ampliar as oportunida-des de trabalho para o jovemaprendiz ainda é um grandedesafio para o País.

JOVEM APRENDIZ

Das salas para o mercado de trabalho: no centro integrado, preparação e a descoberta de uma profissão

Yvette Moura

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AA2266 Domingo, 5 de setembro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Economia JORNALO JORNALO

Contrato de trabalho tem duração predefinidaO aprendiz deve exercer

função que lhe promova for-mação técnico-profissional me-tódica. Aempresa deve indicarum monitor, após consulta àentidade qualificada em forma-ção técnico-profissional metó-dica, que ficará responsável pelacoordenação de exercícios prá-ticos e acompanhamento dasatividades do aprendiz no esta-belecimento.

O contrato de aprendiza-gem extinguir-se-á no seu termoou quando o aprendiz comple-tar 24 anos, exceto para apren-dizes portadores de deficiên-cia, ou ainda antecipadamentenas seguintes hipóteses: desem-penho insuficiente ou inadap-tação do aprendiz; falta discipli-nar grave; ausência injustifica-da à escola que implique perda

do ano letivo e a pedido doaprendiz.

O aprendiz recebe seguro-desemprego quando tiver ocontrato rescindido antecipa-damente, sem justa causa edesde que preencha alguns re-quisitos legais, tais como: terrecebido salários de pessoa ju-rídica ou pessoa física a ela equi-parada, relativos a cada um dosseis meses imediatamente ante-riores à data da dispensa; tersido empregado de pessoa ju-rídica ou pessoa física a ela equi-parada ou ter exercido ativida-de legalmente reconhecidacomo autônoma, durante pelomenos 15 meses nos últimos 24meses; não estar em gozo dequalquer benefício previden-ciário de prestação continuada,previsto no Regulamento dos

Benefícios da PrevidênciaSocial, excetuado o auxílio-aci-dente e o auxílio suplementar;não estar em gozo do auxílio-desemprego; não possuir rendaprópria de qualquer naturezasuficiente a sua manutenção ea de sua família.

Se bem aplicado, o progra-ma de aprendizagem poderátrazer resultados importantespara a empresa e para o país,pois contribui para a formaçãode um bom profissional, me-lhora a auto-estima desses fun-cionários e ajuda a mudar a rea-lidade local e social.

O acompanhamento e aqualificação dos jovens, duran-te sua estada na empresa,fazem parte de um conjuntoque acaba beneficiando a todos.É preciso ter em mente que esta

qualificação deve ser continua-da.

O programa de aprendiza-gem é só o início; é uma opor-tunidade para que eles se sin-tam familiarizados com a áreade formação e possam deslan-char mais lá na frente. Portanto,as empresas brasileiras preci-sam superar a fase de imposi-ção legal; em sua maioria, asempresas só recrutam aprendi-zes quando são notificadas pelaDelegacia do Trabalho.

Isso indica falta de respon-sabilidade social, falta de com-prometimento com o desenvol-vimento sustentado de nossoPaís. Esses jovens aprendizesnão devem ser olhados comoum fardo, e sim como umaoportunidade de formar bonsprofissionais e sem vícios.

Limite de idade é tido como aspecto negativoDe acordo com algumas

empresas, o único aspecto ne-gativo é quanto à idade. Aidade máxima de 24 anos, paraum indivíduo se iniciar naaprendizagem, é tardia.

Amaioria das empresas queaderem ao programa procuracontratar jovens entre 16 e 18anos, porque entendem queesta é a fase em que eles estãomais vulneráveis à marginali-dade e, por isso, precisam ocu-par o seu tempo.

Com uma ação rígida dosórgãos competentes na fiscali-zação, associada à responsabi-lidade social crescente entre osempresários, muitos jovens in-gressarão no mercado de traba-lho e poderão prosseguir seusestudos.

Um exemplo dos reflexos

da fiscalização no crescimentode contratações é que, em 2006,o Ministério do Trabalho eEmprego bateu recorde de in-serção de jovens no mercadode trabalho sob ação fiscal;foram 44.049 adolescentes re-gistrados, contra 29.605, em2005.

Não se pode pensar nopleno desenvolvimento social eeconômico de um país sem in-vestir na juventude. Nesseponto, a Lei da Aprendizagemé uma das poucas e boas inicia-tivas.

Apesar das dificuldades, ocaminho a percorrer ainda élongo e depende da conscien-tização dos empresários paracontratar um aprendiz. Comisso, contribuirão ativamentepara a diminuição da evasão

escolar, da desigualdade sociale com a redução da violênciapraticada pelos jovens de 14 a24 anos, que no Brasil cresceuassustadoramente.

Além disso, estes jovenspodem tornar-se bons quadrosdentro da corporação, evoluin-do e moldando-se de acordocom a política da instituição,contribuindo com a lucrativi-dade e crescimento das em-presas que lhe deram oportu-nidade, e podem ajudar cor-porações de todos os portes aadequar-se às exigências dalei.

Para os jovens, trata-se demais uma possibilidade de es-colha. Para as empresas, um in-vestimento em futuros profis-sionais e uma oportunidade deser socialmente responsável.

Para a sociedade, uma formade apontar soluções.

Estes jovens beneficiáriossão contratados por empresascomo aprendizes, com um ofí-cio previsto na ClassificaçãoBrasileira de Ocupações doMinistério do Trabalho eEmprego, ao mesmo tempo emque devem estar matriculadosem cursos de qualificação pro-fissional, reconhecidas e comseus cursos validados peloCadastro Nacional de Apren-dizagem.

Apesar de todas as vanta-gens, o nível de adesão à legis-lação é baixo no Brasil.

Quem tiver interesse em setornar um menor aprendizpode procurar o CIEE pelo sitewww.ciee.org.br ou pelos tele-fones 3338-2650, 3338-2621.

Yvette Moura

No Brasil, de acordo comdados da Relação Anual deInformações Sociais (RAIS), doMinistério do Trabalho eEmprego, o número de jovensaprendizes está estimado emmais de 170 mil.

Uma realidade que aindaestá muito distante da metade contratação de 800 milaprendizes até o final de 2010,estabelecida há dois anos peloGoverno Federal. Esse númeronão saiu do campo das ideias.

O Ministério do Trabalho eEmprego calcula que se todasas empresas cumprissem omínimo de 5% de aprendizescontratados, conforme prevêa lei, o Brasil criaria mais de 1,2milhão de novas vagas. O de-sconhecimento sobre os dire-itos e deveres previstos pelalegislação é uma das primeirasbarreiras para a ampliação doprograma.

Apesar de existir há anos,esta visão pedagógica sobre oaprendiz ainda é uma novi-dade para muitas empresas,que preferem enxergar a leimuito mais como uma obri-gatoriedade do que um ato deresponsabilidade social.

Muitas delas desconhecema verdadeira função da lei.Pelas regras, todas as empre-sas de médio e grande portedevem empregar jovens de 14a 24 anos por meio de ContratoEspecial de Trabalho,numa proporção de 5%a 15% sobre o total deempregados, cujasfunções demandemformação profissional.

Para obter o bene-fício, é preciso que oaprendiz esteja matric-ulado na rede públicade ensino ou inscritoem programas deaprendizagem. Osórgãos da adminis-tração direta da União não sãoobrigados a ter aprendizes,isso porque para o provimen-to de cargos e empregos públi-cos, faz-se necessário ocumprimento do inciso II, doartigo 37 da ConstituiçãoFederal, ou seja, a realização deconcurso público. Dessaforma, ainda que voluntaria-mente, a administração públi-ca direta não pode contrataraprendizes, sob pena de nuli-dade.

No que tange aos órgãosda administração indireta (em-presas públicas e sociedadesde economia mista), oMinistério do Trabalho eEmprego firmou entendi-mento acerca da possibilidade,estabelecendo como condiçãoa realização da contratação pormeio de processo seletivo me-diante edital ou, indireta-mente, por meio de entidadessem fins lucrativos.

A validade do contrato deaprendizagem pressupõe an-otação na Carteira deTrabalho e Previdência Social,matrícula e freqüência doaprendiz à escola, caso nãohaja concluído o ensino fun-damental, e inscrição em pro-

grama de aprendizagem de-senvolvido sob a orientaçãode entidade qualificada emformação técnico-profissionalmetódica.

Por outro lado, as empre-sas contam como benefíciouma alíquota de apenas 2% deFundo de Garantia por Tempode Serviço (FGTS – alíquota75% inferior à contribuiçãonormal), dispensa de avisoprévio remunerado e isençãode multa rescisória. O recol-himento da contribuição aoInstituto Nacional do SeguroSocial (INSS) é obrigatório,sendo o aprendiz segurado-empregado.

Empresas registradas noSimples, que optarem por par-ticipar do programa de apren-dizagem, não tem acréscimona contribuição previdenciária.Observa-se que a Lei daAprendizagem permite umprocesso evolutivo dessesjovens, não apenas na qualifi-cação profissional, mas tam-bém como cidadãos.

As empresas, que têm aobrigatoriedade de contrataraprendizes, devem realizar ocálculo de cotas para verificaro número de adolescentes ejovens a serem contratados edefinir quais funções eles ocu-parão.

Assim, os cursos nos quaisos aprendizes serãomatriculados poderãoser definidos com an-tecedência. A contra-tação de aprendizespor empresas privadasdeve ser efetuada di-retamente pela empre-sa onde se realizará aaprendizagem.

Caso os ServiçosNacionais deAprendizagem ou asescolas Técnicas de

Educação não ofereçam cur-sos ou vagas suficientes paraatender à demanda dos esta-belecimentos, a contrataçãopoderá ser efetivada indireta-mente, por meio das entidadessem fins lucrativos, que ten-ham por objetivo a assistênciaao adolescente e a educaçãoprofissional, registradas noconselho Municipal dosDireitos da Criança e doAdolescente.

O Ministério do Trabalhoe Emprego, por intermédiodas SuperintendênciasRegionais de Trabalho eEmprego, vem realizando au-diências públicas com em-pregadores de vários setoressobre a Lei em tela, incenti-vando-os a cumpri-la, comotambém tem celebrado“Termos de CooperaçãoTécnica” com empresas degrande capilaridade, possi-bilitando a inserção de jovenscom “vulnerabilidade social”no mundo do trabalho.

Em dezembro de 2007 foipublicada a Portaria nº. 615que cria o “Cadastro Nacionalde Aprendizagem”, a qual es-tabelece diretrizes para os cur-sos e programas de apren-dizagem.

Jovens aprendizes já são 170 mil no País

Diversas atividades em sala de aula são desenvolvidas em clima de muita descontração e brincadeira, adequado aos jovens aprendizes

Toda

empresa, de

médio ou

grande

porte, deve

empregar

jovens de

até 24 anos

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Alexandre Sampaio e Waldir Santos: parceria para capacitar e abrir oportunidades ao setor de alimentação

BRADESCO

Mais dois milhões denovas contas neste ano

A mobilidade social urba-na, que vem alterando as con-dições de vida e o perfil dasclasses sociais no País, é umaoportunidade de crescimentoda economia que deve ser me-lhor observada pelas empresase também pelos bancos. A ob-servação é o do presidente exe-cutivo do Bradesco, Luiz CarlosTrabuco Cappi, que já projetaincremento de mais dois mi-lhões de contas correntes até ofim deste ano, numa média deseis mil clientes da classe “C”,a cada dia útil. Até junho pas-sado, o Bradesco registrou aabertura de um milhão denovas rubricas, o que elevou abase de clientes para 57,9 mi-lhões e 21,9 milhões de contas.

Com foco na manutenção jáconsagrada da política de vare-jo, que obedece a máxima de“fazer mais do menos e mais emelhor do que a concorrência”,o Bradesco aposta no empreen-dedorismo e crescimento das

micro e pequenas empresas eno incremento do mercado imo-biliário e de seguros, comoforma de manter a expansão.Atualmente, o banco opera comcarteira de crédito em torno deR$ 558 bilhões, respaldada porum patrimônio líquido de R$44,3 bilhões, e distribuída em41 mil pontos de atendimento.

Convidado da Associaçãodos Analistas e Profissionais deInvestimentos do Mercado deCapitais (Apimec) 2010, emFortaleza, Trabuco avalia que,apesar da desacelaração da eco-nomia mundial, o crédito noBrasil vai continuar em umalinha ascendente, inclusive oimobiliário que “vai apresentarcrescimento bem mais acelera-do do que nos últimos anos”.

Conforme explicou, existeuma demanda derivada domercado de consumo interno eo crescimento de outros ciclosprodutivos novos, a exemplodas cadeias produtivas de ali-

mentos, de papel e celulose ede óleo e gás, o que estaria ace-lerando a economia e levandoas empresas a demandaremmaiores investimentos no País.

FOCO - Além do mercadoimobiliário, aponta Trabuco, ofoco do Bradesco nos próximosmeses será continuar perseguin-do a política de um “banco depresença nacional”, com agên-cias bancárias, de empresas oupostais e demais corresponden-tes em todas as cidades brasilei-ras. “O Brasil tem pouco maisde quatro milhões de pequenase médias empresas, mas com aemergência das classes “D” e“E”, demandando novos pro-dutos e serviços, vai crescermuito o empreendedorismo daspessoas jurídicas e o foco doBradesco é o de apoiar muitoessas empresas, o que deve ele-var ainda mais a bancarização”,aposta o presidente executivodo Bradesco.

Pesquisas vão analisar setor no PaísUma das prioridades da

nova diretoria da Federaçãoserá a realização de pesqui-sas em parceria com a Feco-mercio para saber o tamanhoe a radiografia do setor naeconomia do País, como a em-pregabilidade na alimentaçãofora do lar e da hotelaria e oimpacto do PIB regional.

Os Investimentos para aCopa de 2014 devem somar R$20 bilhões e os setores da eco-nomia mais impactados serãoda construção civil, alimenta-ção fora do lar e hotelaria.

CAPACITAÇÃO - Outrapauta da Federação em Mace-ió foi fazer um balanço doprograma de Gestão Estraté-

gica Operacional e Financeiradas Empresas, elaborado emparceria com o Ministério doTurismo. Segundo o presiden-te, em Maceió já foram treina-dos 120 empresários e geren-tes de hotéis, pousadas, res-taurantes, bares e similares.Em todo País já foram quali-ficados cerca de 1.700 empre-sários

A meta principal do pro-grama é elevar a qualidadedos serviços prestados pelosempreendimentos do setor dehospedagem e alimentação, apartir da capacitação empre-sarial, gerencial e técnica. Aexpectativa da Federação éaumentar o volume de negó-cios, parcerias e investimen-

tos para o setor de turismo,hotelaria e gastronomia.

A proposta também visamelhorar a performance dasempresas no mercado; au-mentar a inserção do setornos projetos e ações de de-senvolvimento turístico e eco-nômico nos diversos estados,além de sensibilizar e agre-gar conhecimento aos empre-sários e profissionais queatuam no setor.

“Maceió tem um case desucesso, as entidades são in-tercaladas, promovem açõesconjuntas para crescer e com-petir no mercado com quali-dade. É um exemplo que deveser seguido”, afirmou Alexan-dre Sampaio.

Empresários focam a Copa do MundoPresidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação visita Maceió e debate as propostas da entidade

Nide LinsRepórter

Mesmo sem Maceió sercidade sede da Copa doMundo 2014 existe a espe-rança de que o turismo ala-goano seja beneficiado devi-do à proximidade com Recifee Salvador. Segundo estima-tiva do Ministério do Turis-mo (MTur), 600 mil turistasestrangeiros devem chegarao Brasil durante o mundial.Para abocanhar uma fatiadesse precioso mercado, osempresários já começaram ase articular.Na última terça-feira, o presidente da Fe-

deração Brasileira de Hos-pedagem e Alimentação,Alexandre Sampaio, reuniu-se com empresários de res-taurantes e hotel para apre-sentar as estratégias da enti-dade para o setor crescer e sepreparar para um dos maio-res eventos esportivos domundo.

Segundo Alexandre Sam-paio, os empresários devemcriar pacotes para os turistas.Mas, antes de montar estraté-gias, o presidente do Sindicatode Hotéis, Bares, Restaurantese Similares, Waldir Santos, in-formou que a capacitação damão de obra é a prioridade.

Alexandre Sampaio, elei-to recentemente para presi-dência da Federação, esta vi-sitando todos os sindicatos pa-tronais para apresentar as pro-postas da entidade para osquatro anos de mandato. Atu-almente a Federação agrega62 sindicatos.

“O Brasil vive um momen-to ímpar, vai promover doismega eventos esportivos quevão impulsionar o crescimen-to econômico do País. A faci-lidade de credito e a estabili-dade também vão impactaros setores da construção civil,alimentação fora do lar e ho-telaria”, disse.

AA2277Domingo, 5 de setembro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Economia JORNALO JORNALO

Nide Lins

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Os investidores do IloaCondo Resort já estão fazendoos cálculos sobre retorno finan-ceiro que terão quando este em-preendimento hoteleiro entrarem funcionamento.

Fazendo um cálculo rápi-do, se a média de ocupação das96 unidades atingir 62,5% comoprevê - por baixo - a VivendiEmpreendimentos, a diária pre-vista de 210 reais geraria umareceita de quase 4,6 mi-lhões/ano. Como 30% das diá-rias (a receita/ano prevista é de1,379 milhão) é depositada naconta do investidor, cada umembolsará nada menos que R$14.371,88 por ano. Comparandoeste montante com o valor doapartamento (R$ 119.500,00),teremos um retorno anual de

12%, melhor que poupança, tí-tulo de capitalização, fundosDI ou diversas ações de segun-da linha negociadas na Bolsade Valores.

E o que é melhor, sem preo-cupações quanto à manuten-ção do espaço e da mobília equanto aos dissabores de terum inquilino que atrasa alu-guéis, não zela pelo espaço eainda se recusa a deixar o imó-vel.

Além dessa garantia, o di-retor da Vivendi Empreendi-mentos Felipe Cavalcante des-tacou também que, ao contrá-rio dos sistemas tradicionais deflat e condo hotéis, onde o in-vestidor recebe uma participa-ção do resultado - após descon-tados receitas e despesas -, no

Iloa Condo Resort a participa-ção de 30% sobre a receita dasdiárias independerá se a unida-de foi ou não alugada, elimi-nando o risco de prejuízo e ga-rantindo rendimento todo mês.

O empreendimento será ad-ministrado pelo Grupo Solare,maior operadora hoteleira decapital nacional doNorte/Nordeste. Para tanto, oproprietário deverá colocar seuapartamento no pool hotelei-ro, deixando a busca por inqui-linos, as despesas com condo-mínio e IPTU sob responsabi-lidade da operadora.

Além disso, os custos commanutenção também serão porconta da operadora nos quatroprimeiros anos. Após esse pe-ríodo será cobrada uma taxa

de apenas 5% sobre o rendi-mento do proprietário para ma-nutenção e reposição de mó-veis e equipamentos.

Felipe Cavalcante realçouainda a valorização do em-preendimento, em função nãosó da duplicação da RodoviaAL 101, mas também por estarlocalizado entre o estaleiro EisaAlagoas, em Coruripe, e a novaplanta de PVC da Brasken, emMarechal Deodoro.

Além de ter uma receita se-gura, o proprietário pode des-frutar férias de até 14 dias emresorts espalhados por mais de100 países por meio do inter-câmbio de férias RCI e ter aces-so, com a família, ao maiorcomplexo de esporte e lazer deAlagoas: o Iloa Family Club.

JORNALO JORNALO

Domingo, 5 de setembro de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: [email protected]

ImobiliárioA28

Imóveis.com

EM FOCO

O presidente da Remax Brasil, RenatoTeixeira, esteve em Maceió esta semana paraprestigiar a inauguração da primeira franquiaalagoana da marca. A Remax é consideradaa maior rede de Franquias Imobiliárias emtransações no mundo, com mais de 7 milunidades e mais de 100 mil corretores inte-grados numa rede que permite a aquisiçãode empreendimentos em qualquer parte domundo.

Theodomiro Jr. [email protected]

PERGUNTA DO LEITORA leitora Clarice Anjo Wanderley nos pergunta se a

norma para isolamento acústico já está em vigor e se amesma aplica-se a todos empreendimentos imobiliários.O site EPTV.com responde a sua pergunta.

A Norma Brasileira de Desempenho de Edifícios, desenvol-vida pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), prevêque as novas construções de residências de até cinco pavimen-tos tenham isolamento acústico que garanta conforto para o mo-rador e seu vizinho. A norma, que determina limite 48 decibéis,vale também para casas geminadas.

Com a norma, a entidade pretende evitar desacordos entre vi-zinhos, muitas vezes provocados por pequenos ruídos, como saltode sapato, barulho de furadeiras ou até portas batendo e móveissendo arrastados.

A responsabilidade de obter o desempenho para atender aosníveis mínimos de conforto acústico estipulados pela norma vaiser de quem construir o imóvel. Confira algumas recomendaçõesda ABNT para isolamento acústico:

- A laje deve ter no mínimo 10 centímetros de espessura e tercamada isolante interna.

- As paredes divisórias entre os apartamentos devem ter es-pessura maior que 10 centímetros e ser intercaladas com mate-rial isolante.

- O piso também deve ser feito em duas camadas com inte-rior preenchido com material isolante.

- As portas tem que ser seladas com borracha isolante ou fei-tas de madeira maciça.

- As janelas tem que ser antirruído feitas com esquadrias es-peciais com vedação de borracha e vidros de no mínimo 4 milí-metros.

SOLUÇÃO OUSADA

O risco de faltar recursos para a casa própria estáforçando o governo a uma solução ousada: a emissãode títulos garantidos pelos próprios empréstimos daCaixa Econômica Federal, que só no primeiro semestrealcançaram R$ 33,5 bilhões. A meta é reforçar a institui-ção para novos financiamentos.

RECURSOS VIRÃO DE INVESTIDORES

Atento à escassez de fontes como a caderneta depoupança, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço(FGTS) e o próprio Tesouro Nacional, o Executivo fede-ral prepara uma operação de securitização (conversãodos contratos em papéis negociados no mercado) dasdívidas dos mutuários e, assim, injetar dinheiro novono mercado.

BAIXA RENDA EM ALTA

Os analistas chegaram à conclusão de que o mercadopara investidores de outros países, em empreendimen-tos imobiliários para a classe mais abastada, está satu-rado e que o nicho popular é altamente rentável paraentidades financeiras. Quem diria que a população demenor renda seria a vedete dos grandes investidoresinternacionais!

PRÓXIMA PLENÁRIA DO CRECI

O Creci-AL informa aos interessados em tirar suaCarteira de Identidade e Profissional de Corretor quehaverá Sessão Plenária no dia 14/09/2010 e que as ins-crições podem ser realizadas até esta segunda-feira(06).

DOCUMENTOS ESTÃO PRONTOS

O Creci-AL informar ainda que as carteiras aprova-das na última Plenária do órgão já estão disponíveis nasede da entidade.

JOR

NA

L

A Vivendi Empreendimen-tos, do empresário Felipe Ca-valcante, deu o passo inicialpara a comercialização de maisuma etapa do megaprojetoIloaA Vida e Família, comple-xo residencial, hoteleiro e delazer, que está em franca cons-trução no balneário da Barrade São Miguel, cidade do Li-toral Sul alagoano, distante ape-nas 25 km da capital alagoana.

O empreendimento emquestão é o Condo Resort, pro-duto destinado exclusivamen-te para investidores que que-rem distância dos altos e baixosda bolsa de valores, mas tam-bém não querem permanecerna renda fixa, que traz dividen-dos pouco atraentes.

“O Iloa Condo Resort é vol-tado para investidores que pro-curam baixo risco, alta renta-bilidade, valorização e como-didade. Ao todo, serão 96 uni-dades, entre 31,54 e 35,76 m², to-talmente configuradas comoquarto hoteleiro e que estarãoà disposição dos turistas e pro-fissionais em viagem de traba-lho que buscarem estadia numhotel resort com padrão inter-nacional”, explicou o diretorda Vivendi Empreendimentos,Felipe Cavalcante.

O executivo falou para umseleto grupo de corretores reu-nidos para um jantar comemo-rativo no recém reformado res-taurante New Hakata.

Ainda conforme o diretor

da Vivendi, Felipe Cavalcante,o empreendimento foi projeta-do para dar segurança e tran-qüilidade aos pequenos inves-tidores.

“O Iloa Condo Resort temuma rentabilidade prevista de12% ao ano a uma taxa de ocu-pação média de 62,5%. Esse re-torno, entretanto, pode chegara 13,47%, se a taxa de ocupaçãochegar a 70%, ou ficar nos9,62%, se a ocupação cair para50%. Mas, para dar segurançaao investidor, vamos garantir6% de rentabilidade durante osdois primeiros anos”, disse Ca-valcante.

Questionado se essa garan-tia era viável financeiramente,Cavalcante disse que sim e que

fez várias projeções tendo comobase dados estatísticos do setor.Considerando os números daSecretaria Estadual de Turismo,que registrou em 2009 ocupa-ção média dos hotéis em Ala-goas na faixa dos 70,90%, dápara perceber que o retorno fi-nanceiro para os investidoresserá mais alto que os 12% pre-vistos.

Mesmo considerando osdados mais conservadores, co-mo os do Forum das Opera-doras Hoteleiras do Brasil, queregistrou 62,94% em 2009, opercentual de retorno ainda éum pouco maior que os 62,5%médios previsto nos cálculosde Cavalcante e corresponde aum retorno de 12% ao ano.

Quartos do Condo Resortforam projetados para osegmento hoteleiro, uma vezque o empreendimento destina-se, não a famílias,mas a investidores interes-sados em obter alto retorno financeiro com baixo risco

Investidores do Iloa Resort devemembolsar mais de R$ 14 mil por ano

Condo Resort garante 6%de rendimento mínimoPrevisão é de retorno superior a 12%; obras já tiveram início

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JORNALO LO

DoisJORNA

BB11Domingo, 5 de setembro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || ee--mmaaiill:: ccuullttuurraa@@oojjoorrnnaall--aall..ccoomm..bbrr Confira as promoçõesna Revista da TV

29cb01_COR_NOVA

Casa da gente ribeirinha

Alessandra VieiraEditora de CulturaElô BaêtaRepórterMaryland WanderleyColaboradora

Seguindo o rio São Francisco, logo

após Piaçabuçu, o olhar do visitan-

te mira um dos maiores tesouros

arquitetônicos do Brasil: Penedo.

Através dos seus casarões, a cidade

ribeirinha transpira tradição, cul-

tura e história. Um desses prédios é o Chalé dos

Loureiros, representante do estilo eclético datado

do final do século XIX. Visto por pesquisadores

como um marco histórico do desenvolvimento ur-

bano da cidade de Penedo, o imóvel, que um dia

recebeu Getúlio Vargas, prepara-se agora para

abrigar o Museu do Rio São Francisco, primeiro

do Nordeste a se tornar federal.

Continua nas páginas B2, B3, B7 e B8.

Chalé dos Loureiros, um dosmais belos representantes daarquitetura penedense, passapor reformas para se tornar oMuseu do Rio São Francisco,primeiro federal do Nordeste

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JORNALO JORNALOVariedadesDomingo, 5 de setembro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected] BB22

Casa da gente ribeirinhaContinuação da página B1

Ochalé, que se tornaráuma espécie de casada memória dePenedo, foi construí-do, segundo relatoshistóricos, pelo sr. J.

A. Loureiro, que teria explorado a in-fluência francesa e detalhes de edifi-cação do fim do Século XIX e iníciodo Século XX. Por reconhecer a impor-tância histórica do imóvel, a FundaçãoCasa do Penedo - autora do projetoque cria o museu - vem batalhandopara resgatar a sua beleza original.

O projeto arquitetônico foi apro-vado pelo Instituto do PatrimônioHistórico e Artístico Nacional (Iphan)."Penedo reivindica para o Museu doSão Francisco, que funcionará nochalé que faz parte da Casa doPenedo, o privilégio de ser o primei-ro museu federal do Nordeste", des-tacou o presidente da Casa doPenedo, Francisco Sales.

De acordo com ele, a Casa doPenedo é uma instituição de interes-se público, reconhecida pelo governofederal, fundada em 1992.

O museu contará a história dohomem do rio São Francisco, umavez que o chalé terá salas de exposi-ções culturais permanentes, onde seráexposto o cotidiano do homem ribei-rinho, tornando-se, a partir de então,um ponto de pesquisa para estudan-tes, professores, curiosos e estudio-sos das mais variadas áreas do saber.

O Museu do Rio São Franciscoserá o primeiro de Alagoas a receberum sobreforro em fibra de vidro comaditivo anti-chamas e antirraios ul-travioletas, tornando o imóvel imper-meável e garantindo a conservaçãodo material do acervo.

Por ser bibliográfico e compostopor materiais orgânicos, o imóvel nãopode receber água, justifica o arqui-teto Renato Leal, consultor deRestauração da empresa Concreta-Tecnologia em Engenharia, vencedo-ra da licitação para a execução daobra. Segundo ele, na RegiãoNordeste, apenas os museus da Bahiae de Pernambuco, contam com essatecnologia. As obras de restauro dochalé foram iniciadas em fevereiro,orçadas em R$ 8 milhões.

O Banco Nacional deDesenvolvimento Econômico e Social(BNDES) acordou, com apoio finan-ceiro na ordem de R$ 1,5 milhão, re-cursos que já estão sendo aplicados naprimeira etapa da obra, ou seja, narecuperação estrutural do imóvel.

Em julho deste ano, técnicos e di-retores do bando inspecionaram aobra, que está contando com reforçoem estrutura metálica.

O prédio tem aspecto residenciale, com a restauração, ganhará carac-terísticas de museu e arquiteturaadaptada ao Século XXI. "Terá tecno-logia embutida em uma adequaçãode casa do Século XIX às necessida-des de um museu do Século XXI",destacou Leal. Segundo ele, enquan-to residência, poucas pessoas circula-vam no imóvel, com piso feito parasuportar carga de 150 quilos pormetro quadrado.

Continua na B3

"Penedo

reivindica para

o Museu do

São Francisco,

que funcionará

no chalé que faz

parte da Casa

do Penedo, o

privilégio de ser

o primeiro

museu federal

do Nordeste"

presidente da

Casa do Penedo,

Francisco Sales

Museu abrigará a históriado homem do Velho Chico

Projeto arquitetônico do imóvel foi orçado em R$ 8 milhões e aprovado pelo Iphan; com asobras, iniciadas em fevereiro deste ano, prédio será restaurado com tecnologias do século 21

Page 31: OJORNAL 05/09/2010

07h00 - Info10h30 - Brasil Caminhoneiro11h00 - Info12h00 - Que Dureza12h30 - Liga dos Campeões Magazine13h00 - Band Esporte Clube15h30 - Campeonato Brasileiro18h00 - Terceiro Tempo19h30 - O Formigueiro 21h00 - Domingo no Cinema

- Corações Apaixonados23h15 - Busão do Brasil23h30 - Canal Livre00h30 - Mundo Fashion01h00 - Show Business01h50 - Cine Band

- Taxi Driver04h00 - Vida Vitoriosa

Variedades

TTVV AABBEERRTTAAEDUCATIVA Canal 3

01h15 - IURD05h25 - Bíblia em Foco05h55 - Desenhos Bíblicos 06h45 - Nosso Tempo 07h15 - Desenhos Bíblicos08h00 - Record Kiks09h00 - Ponto de Luz10h00 - Alagoas da Sorte

11h00 - Informativo Cesmac11h30 - Conexão 12h00 - Tudo é Possível16h00 - Programa do Gugu 20h00 - Domingo Espetacular00h00 - Serie: Heroes (HD)01h15 - IURD

TV GAZETA

05h40 - Santa Missa 06h40 - Sagrado06h50 - Gazeta Rural 07h20 - Pequenas Empresas07h55 - Globo Rural09h00 - Auto Esporte09h30 - Esporte Espetacular 12h30 - Aventuras do Didi13h05 - Os Caras de Pau13h50 - Temperatura Máxima

- Doze é Demais 2

15h41 - Globo Notícia 15h44 - Futebol 2010

- Campeonato Brasileiro:Guaraní x Fluminense

18h00 - Domingão do Faustão20h45 - Fantástico23h15 - Hipertensão 00h10 - Domingo Maior

- A Liga Extraordinária02h05 - Sessão de Gala

- Fazendo História

Canal 7 TV BANDEIRANTES Canal 38

TV ALAGOASA emissora não forneceu sua programação.

Canal 5

TV PAJUÇARA Canal 11

06h00 - Via Legal06h30 - Brasil Eleitor07h00 - Palavras de Vida08h00 - Santa Missa09h00 - Viola Minha Viola10h00 - A Turma do Pererê10h30 - Esquadrão Sobre Rodas11h00 - Castelo Rá-Tim-Bum11h30 - Janela Janelinha12h00 - ABZ do Ziraldo12h45 - Curta Criança13h00 - Um Menino Muito Maluquinho13h30 - Catalendas14h00 - Dango Balango

14h30 - TV Piá15h00 - Stadium16h00 - A'Uwê17h00 - Ver TV18h00 - De Lá pra Cá18h30 - Cara e Coroa19h00 - Papo de Mãe20h00 - Conexão Roberto D'Ávila21h00 - EsportVisão22h30 - Nova África23h00 - Cine Ibermédia00h45 - A Grande Música01h45 - DOC TV02h45 - Curta Brasil

JORNALO JORNALO

BB33Domingo, 5 de setembro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Outro aspectorelevante dasobras, de acor-do com Leal,diz respeito àdivisão dos cô-

modos, que estão sendo adap-tados para o novo uso."Estamos introduzindo doiselevadores para paraplégicosporque, pelas característicasdo imóvel, não há como sairdo subsolo para o sótão outérreo sem o uso deles", re-forçou. Tornar o imóvel mod-erno, resgatando a riqueza ebeleza de detalhes nobres deuma época passada, é o de-safio da equipe de engen-heiros, arquitetos e técnicosque, há seis meses, trabalhamna restauração do museu.

"Foram feitas prospecçõesestratigráficas para identificara cor original do imóvel.Pesquisamos as diversas ca-madas de tinta das fachadas,da última para a primeira, eencontramos sob várias delas,em um cômodo e na circulação(corredor), oito medalhões compaisagens européias, provavel-mente feitas pelo pintor ital-iano Breda", destacou o ar-quiteto. Outras relíquias foramencontradas no corredor - dopiso ao teto - em forma de pin-turas de pássaros e flores, queserão restaurados.

"Descobrimos ainda sob ascamadas de tintas, pintura defingimento, ou seja, um mate-rial imitando mármore", disseLeal, assegurando que a arteserá resgatada. Com relaçãoao telhado do museu, segun-do o arquiteto, era feito em ci-mento amianto, semelhante àardósia, e na restauração serãoutilizadas placas de fibras decimento não-cancerígeno, de-volvendo a mesma aparênciade quando foi fundado.

A engenheira Fátima Melo,responsável pelo acompan-hamento e pela fiscalização daobra, aleertou que, caso essa

primeira etapa não fosse exe-cutada antes das fortes chuvasque caíram este ano emAlagoas, o imóvel teria caído,devido à precária estruturafísicaa. "Foram necessáriosquatro mil metros de madeirapara o escoramento da estru-tura física".

A segunda etapa da obra,prevista para ser iniciada emoutubro, incluirá a restauraçãode pisos, esquadrias, revesti-mentos, instalações hidráuli-cas e elétricas (com equipa-mentos de luz do primeiromundo), sistema de proteçãocontra descargas atmosféric-as, entre outros trabalhos rel-evantes. O construtor do Chalédos Loureiros, o engenheirosanitarista José Loureiro, pro-jetou a casa preservando aquestão sanitária e foi oprimeiro a morar nela. O in-terior do imóvel ganhará devolta as cores pastéis com nu-anças de verde e azul e a facha-da, vermelho ocre (tipo fer-rugem) e bege.

Célia Corsino é a respon-sável pelo projeto museográ-fico, que será instalado no ed-ifício após a execução doProjeto de Restauro, o qualcontou com a consultoria dasarquitetas Josemary Ferrare eAdriana Guimarães, daUniversidade Federal deAlagoas (Ufal), e autoria doarquiteto Gilvan Rodrigues.No anexo, que será o Centrode Referência do Museu, fun-cionará a biblioteca e o arqui-vo que, atualmente, se encon-tram precariamente guarda-dos na sede da Casa doPenedo. Após a restauraçãocompleta do chalé, a popu-lação local e os visitantes deAlagoas e do País terão ummotivo a mais para conheceros casarões e a história da ricaPenedo, uma das cidades maisantigas e parte importante dopatrimônio cultural do Brasil.

Continua na B7

Casa da gente ribeirinhaContinuação da página B2

“Após a

restauração

completa do

chalé, a

população local

e os visitantes

de Alagoas e do

País terão um

motivo a mais

para conhecer

os casarões e a

história da rica

Penedo”

Obras tornarão o prédio moderno

Restauro dochalé irá primarpela riqueza de detalhes epela nobreza do passado

Casarão passará pelasegunda etapados serviçosem outubro

Page 32: OJORNAL 05/09/2010

Amélia Costa Fernandes

Depoimento do Grupo de Registro da Memória Alagoana

Nasci em Murici, Alagoas, mas fui levada para São Luiz do Quitunde aosvinte dias de idade, e até treze anos morava em São Luiz, na fazenda Paraísoonde meu pai tinha barracão. Perdi minha mãe aos treze anos; vim morar aquiem Maceió; foi um momento difícil da minha vida, complicado, porque eutinha dois irmãos - um é portador da síndrome de down - e tive de assumir aresponsabilidade com ambos. Oito meses depois, meu pai casou e mudou paraSurubim em Pernambuco, e nós ficamos aqui em Maceió, três adolescentes e eucom a responsabilidade maior de educar, tomar conta, principalmente de umirmão que era portador de necessidade especial.

JORNALO JORNALO

BB44

Es açop

Quem vê o físico frágil, pode enganar-se, pois, na realidade,está diante de uma brava mulher, sem dúvida uma das maisimportantes do nosso Estado, com um liderança forte e sutil, ins-talada dentro do universo praticamente masculino do sindicalis-mo. É uma mulher meiga e politicamente sagaz, ideologicamen-te demarcada pela ideia de que o sindicato para servir à catego-ria, deve participar da vida da sociedade, no que defende a ideiade um sindicalismo cidadão. Sem qualquer dúvida, a história iráperguntar sobre esta mulher que democraticamente participouda vida de sua sociedade e dos recentes embates da vida políticaalagoana.

Alagoas tem brilhantes mulheres militando nos mais diversosaspectos de sua vida política. Amélia é uma delas e escolheu amilitância sindical como forma de servir à sociedade, dentro deum aprendizado que veio do movimento estudantil e se aprimo-rou nas lutas em defesa da categoria, dedicando-se, também, aoPartido dos Trabalhadores.

Sempre tive muita admiração por ela e é um honra ser parcei-ro do Sindicato na sua Presidência, no desenvolvimento do

Projeto de Resgate da Memória do Sindicato dos Urbanitários deAlagoas, quando, dentro de diversas ações, está sendo montadoum Centro de Documentação da Vida Sindical, uma Revistacomemorativa dos 67 anos da fundação, bem como um vídeofalando sobre os principais momentos vividos pela entidade,além da organização do acervo fotográfico, vídeos... Améliaingressou no Sindicato no ano de 1996 e assumiu a Presidênciaem 2008. Ingressou praticamente no ano em que se deu o que ossindicalistas chamam de virada. Atualmente, o Sindicato filia emtorno de 90% da categoria.

Espaço através de Amélia, presta uma homenagem direta àsmulheres em geral desta nossa Alagoas e, em particular, àsmulheres trabalhadoras. Ela é sinônimo de dignidade pessoal e,portanto, uma de nossas riquezas. Alagoas é uma terra com umnúmero imenso de pessoas boas, o que chega a rimar. Amélia éuma delas, uma de muitas que ralaram na vida, mas jamais seesqueceu da grande missão de ler o mundo e procurar servir.Este seu depoimento foi dado ao Grupo de Registro da MemóriaAlagoana, parceiro de Espaço e do Grupo Agenda de Alagoas.

Sávio de Almeida

UUMMAASS PPOOUUCCAASS PPAALLAAVVRRAASS

Uma brilhante sindicalista

Domingo, 5 de setembro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: ojo

O começo de participação

Conheci muita gente de fora, experiências novas, e aminha vontade de participar desses espaços coletivos bus-cando a justiça social começava a crescer dentro de mim.Terminei o curso, e encerrei a minha participação lá naFundação Teotônio Vilela. Voltei para a empresa em 1995. Edesta vez eu consegui ficar trabalhando só meio expediente,no atendimento ao público, porque na CASAL tinha algunssetores que, no atendimento ao público, a carga horária era deseis horas diárias. E eu tentando conciliar a minha vidaprofissional na empresa com a minha vida profissional nocurso que eu estava concluindo que eu estava querendo tam-bém atuar na educação física. Comecei a trabalhar com edu-cação física em meio horário e no outro horário eu davaminha carga na empresa.

Então já no final de 1995, recebi telefonema do JoaquimBrito que era Presidente do Sindicato dos Urbanitários convi-dando para participar de chapa que ele estava encabeçando,mas precisava de pessoas inclusive cumprir a cota de mul-heres, a cota de gênero, que é uma política afirmativa que hojeestá muito presente no movimento sindical. Receberam infor-mações de que em alguns eventos da CASAL eu falava muito,me expressava, e entenderam que eu tinha o perfil para serpreparada para o movimento sindical.

Eles insistiram, e eu aceitei ficar na direção colegiada. Na

segunda gestão, passei três anos como diretora dfazendo a ponte entre a direção executiva do sindicbase. Essa foi a segunda gestão de Joaquim Brito, e eleição já com Marcelo Florêncio na cabeça e aí passei como diretora liberada. Assumi a secretaria de formasindicato por duas gestões, atuei também na secretaripor duas gestões, até o grupo entender que precisava dpara assumir a presidência do sindicato que é o cargo ocupo hoje no Sindicato dos Urbanitários.

A participação sindical

Quando entrei no sindicato, mesmo como diretora nerada, participava muito dos eventos formativos da lembro que no primeiro curso de formação da CUT, oencontrei, conheci a companheira Margareth e a compaEdna que foram as duas pessoas que me estimularama continuar no movimento, a capacitar-me. E nessadades formativas da Central, uma das questões que setia muito era gênero e o desafio da participação da nos espaços públicos, no movimento sindical.

O que fazer como trabalhar uma política que valoriparticipação dessas mulheres? Foi a partir daí que mefiquei, comecei a estudar e participar de eventos, foi q

Um pequeno depoimento sob

Senti desde cedo a necessidade debuscar a autonomia financeira, de terum caminho na vida; e foi quando fiza opção de procurar emprego, porquenós passávamos dificuldade financei-ra e eu sentia dificuldade para conci-liar a vida de estudante com a de mãe,responsável pela família, pelos meusdois irmãos, mas aí, graças a Deus, aosdezesseis anos de idade eu consegui oprimeiro emprego e fiquei trabalhan-do como recepcionista num salão debeleza. Trabalhava de segunda a sába-do para ganhar um salário mínimo;era pesado, e, quando chegava emcasa, tinha que tomar conta da casa edos irmãos.

Eu acredito que essa experiênciadesde cedo me fortaleceu e me deumuita força para lutar pela vida, lutarpor uma melhor qualidade de vida eesse sentimento se ampliou dentro demim: a minha necessidade era de lutarpor uma sociedade mais justa, e foi apartir desse sentimento que desperteipara fazer o movimento estudantil e,em seguida, movimento sindical,movimento social.

O TRABALHO - Eu passei no ves-tibular em 83, para fazer o curso deeducação física. E, aí, foi uma decisãona minha vida: universidade ou conti-nuar trabalhando no salão para gan-har salário mínimo. Fiz a opção pelauniversidade. Meu pai mandavapouco dinheiro para gente sobreviver,tinha uma renda que era do meuirmão especial, dada pelo GovernoFederal, e eu passei a vender Avonpara poder ter um complemento derenda e condição de estudar. Aomesmo tempo, tive de conciliar com avida doméstica, a responsabilidadeque eu tinha com os irmãos. Entrei nauniversidade em 1983, no segundoperíodo; quando foi em 88 passei numconcurso público.

Eu tinha o sonho de entrar na uni-versidade e também me preparar paraum concurso público. E aí eu fiz o con-curso da CASAL, Companhia deAbastecimento de Água, e em 88 -

para minha surpresa, pois nem espe-rava mais ser chamada - chegou umtelegrama me convocando para ACASAL. Passei a ter outra porta, queseria o emprego e uma certa estabili-dade: o emprego na CASAL, concur-sado. E aí foi outro dilema: terminar afaculdade ou trabalhar. Fiz a opção detrancar a matrícula temporariamente,fui trabalhar na CASAL e fiquei ten-tando liberação para estudar. Mas aí aCASAL só liberaria qualquer servidordepois de dois anos eu queria tirarlicença sem vencimento para concluirmeus estudos. Quando eu estava nauniversidade, conheci umas pessoasque me convidaram para participardos jogos universitários brasileiro, queiriam acontecer aqui em Maceió; ocoordenador me abriu um espaço e fuitrabalhar para ganhar algum dinheiro,na parte administrativa.

E lá nesse JUBS, que foi lá noCEPA, eu conheci um grupo de pes-soas que ia trabalhar na primeira cam-panha de um candidato ao SenadoPerguntaram se eu gostaria de partici-par, trabalhar, ganhar dinheiro, euprecisando de dinheiro, então, vamoslá! E fui, e fiquei trabalhando na cam-panha como secretária. Nessa ocasião,conheci algumas pessoas influentes,algumas pessoas da assessoria do can-didato ao Senado, não tinha nenhumaconvicção política, não tinha nemideia de projeto político e precisavaganhar dinheiro. Depois eu continueitrabalhando na Casal.

Consegui uma licença sem venci-mento, com ônus, para a FundaçãoTeotônio Vilela; fui trabalhar naFundação, um horário, para poderconcluir meus estudos. E foi a partirdessa volta à universidade que ini-ciei no movimento estudantil.Comecei a fazer parte e a atuar nocentro acadêmico de educação físi-ca, e foi justamente nessa segundaetapa da universidade que desperteipara uma consciência crítica, e foi apartir daí que eu iniciei a minhavida no movimento social e nomovimento político.

A busca por um caminho

Page 33: OJORNAL 05/09/2010

[email protected]

O que faz AméliaAmélia Fernandes Costa é Presidente do Sindicato

dos Urbanitários de Alagoas

e base,cato e a

aí veioa atuar

ação doia geralde mimque eu

não lib-CUT, e

onde euanheira

m muitoas ativi-e discu-mulher

izasse ae identi-quando

eu me inseri no movimento de mulheres. Comecei a ques-tionar porque tão poucas mulheres participam do movimen-to sindical, dos movimentos sociais, do movimento político-partidário, e foi quando aprendi que a mulher é construídapara atuar no espaço privado, para ser mãe, doméstica,cuidar do marido.

A minha ligação partidária como militante aconteceu den-tro do Partido dos Trabalhadores, depois que iniciei a minhaparticipação no movimento sindical. A maioria da direção dosindicato tinha ligação com o PT. E foi a partir daí, que inicieio debate dentro do partido, mas antes, ainda no movimentoestudantil, tive a experiência de conhecer os confrontos políti-cos que existiam entre PT e PC do B no movimento estudan-til e isso me deixava indignada na época, “Como é que os par-tidos ficam brigando entre si, ao invés de se unirem paradefender interesses maiores”. Então eu despertava para comofunciona a dinâmica dos partidos políticos. E foi quando eucheguei no sindicato e iniciei a minha discussão nos fóruns doPT, e me identifiquei também com o projeto do PT me filiei.Hoje sou da direção estadual. O Partido tem uma linha políti-ca de democracia, tem uma linha de busca por justiça social,e a democracia interna também me fez entender que era umespaço plural, tem a liberdade de expressão, não tem a cen-tralização do poder, inclusive tendências, forças políticas quetinham a condição de se expressarem e defenderem con-cepções diferentes e isso formava o todo. O que dá umabeleza ao PT é essa democracia interna que existe.

Senti desde cedo a necessidade de buscar a autono-mia financeira, de ter um caminho na vida; e foi quan-

do fiz a opção de procurar emprego, porque nóspassávamos dificuldade financeira e eu sentia dificul-dade para conciliar a vida de estudante com a de mãe,responsável pela família, pelos meus dois irmãos, mas

aí, graças a Deus, aos dezesseis anos de idade euconsegui o primeiro emprego e fiquei trabalhando

como recepcionista num salão de beleza. Trabalhavade segunda a sábado para ganhar um salário mínimo;era pesado, e, quando chegava em casa, tinha que

tomar conta da casa e dos irmãos.

bre a vida

Aqui em Alagoas é positiva a atuaçãoe o crescimento da Central Única dosTrabalhadores, a CUT Alagoas deu umsalto de qualidade, vem fazendo um tra-balho de interiorizar a sua atuação, deaumentar a sua base filiada, a sua basede filiação através dos sindicatos munici-pais, do setor rural, que é outro segui-mento a precisar de atenção. Nós enten-demos que o setor rural - a agricultura éo futuro desse país - precisa ser valoriza-do, os trabalhadores precisam ser valori-zados, então um dos pontos positivosem Alagoas é a atuação da Central Únicados Trabalhadores, a visibilidade que aCUT Alagoas hoje tem não só em defesada classe trabalhadora, mas também dasua atuação via movimentos sociais, embusca de uma Alagoas mais justa.

Outro ponto que vejo como impor-tante, é que temos uma militância quevêm se preparando, outra que está pre-parada para um embate, alguns sindica-tos com um destaque maior do que out-ros, é claro, mas temos pessoas com his-tória de luta, com acúmulo de conteúdoimportante para se projetar e representar- nesses espaços de poder que eu faleianteriormente - os interesses da classetrabalhadora. Apesar de termos tambémcomo desafio a renovação dos quadros, apreparação, formação e capacitação depessoas para continuar, dando seqüênciaa esse projeto.

Quando eu entrei no movimento sin-dical, pelo menos na minha entidade,acredito que a militância cresceu; naépoca a conjuntura era totalmente favo-rável para conquista, porque com a infla-ção alta, os reajustes salariais eram decinqüenta por cento, então isso dava aimpressão de que as pessoas estavamtendo uma conquista muito grande, eque na verdade eram conquistas impor-tantes, mas quando você olhava a infla-ção, ela praticamente corroia as conquis-tas que nós tínhamos através do movi-mento sindical. Ao longo do tempo, ocontexto político, econômico foi mudan-do e as pessoas - cobravam, penso quecobram ainda -, acham que os reajustes

atuais são pequenos, e aí é quando osmovimentos sindicais e os sindicatossentiram a necessidade de iniciar o deba-te sobre o sindicato cidadão, pois os sin-dicatos não poderiam viver só do senti-mento corporativo e dos acordos coleti-vos, mas que precisavam defender aqualidade de vida, a qualidade do salá-rio, mas também defender a qualidadede vida da classe trabalhadora e que é asociedade.

É a partir daí que se inicia o papel dossindicatos, mudou a conjuntura, e omovimento, vai continuar da mesmaforma? E aí vieram desafios como tercei-rização, privatização, e os sindicatoscomeçaram a participar desse debatemais amplo. Houve um crescimentosubstancial de conteúdo político, porqueo sentimento do corporativismo vem sediluindo junto a uma política maior. Euacho que é basicamente isso, mas vemcrescendo o movimento sindical, passoupor várias fases inclusive com problemasde identidade. Quando nós elegemos oPresidente Lula que foi sindicalista, osindicalismo brasileiro passou por umacrise de identidade. E não sabia se defen-dia o governo ou se defendia os trabalha-dores; isso se confundiu na cabeça demuitos sindicalistas...

Também, alguns foram alocados paraatuar na estrutura do governo, deixandoum vácuo dentro do movimento sindi-cal, mas com o tempo o debate foi seampliando e se percebeu que o movi-mento tinha que se manter mais forte doque nunca, porque existia uma disputade projeto, e essa disputa merecia que omovimento sindical se organizasseainda mais para defender, pressionar ogoverno que não era um governo do PTou um governo do sindicalista Lula, masum governo de coalizão, que tinha dis-putas de interesse e que o movimentosindical tinha um papel importantenesse processo.

Eu acho que um dos setores fortes emAlagoas é o do Sindicato dosUrbanitários, uma referência a nívelnacional. Outro seguimento que vem

demonstrando muita resistência e capa-cidade de luta é o setor da educação, oSINTEAL, uma base grande e importan-tíssima nesse processo de transformaçãosocial. Outro setor que também vem sedestacando é o da saúde, com propostasnão só corporativas, mas para melhorara saúde. Eu poderia ser injusta e citaralgumas entidades que... Mas o movi-mento rural, através de algumas ações, omovimento rural também vem se desta-cando, inclusive a nível nacional, comdebates importantes, as mulheres, prin-cipalmente as mulheres atuando, efazendo a diferença, marcando espaço,no movimento sindical de Alagoas. Eoutro movimento que vem crescendomuito é o segmento municipal. Existeuma Federação Nacional dos servidoresmunicipais, e aqui em Alagoas também,através da CUT o setor vem sendo orga-nizado e vem dando uma contribuiçãoimportante no movimento sindical ala-goano.

Eu vejo que aconteceram váriosmomentos de desafios e que afetaram aorganização sindical em Alagoas. Masum momento que tem marcado inclusi-ve os trabalhadores e despertou asbases para ir para as ruas, foi o início dogoverno Teotônio Vilela, o governo doPSDB. Nós percebemos que existe umprojeto totalmente diferente de outrosprojetos, é totalmente neoliberal, quenão valoriza trabalhadores e trabalha-doras, que não garante direitos de tra-balhadores e trabalhadoras, então euacho que um impacto muito grandeaconteceu no primeiro ano, primeirosemestre da gestão desse governo atual,que aí foi praticamente uma desorgani-zação mesmo no sentido de retirardireitos, não atender a reivindicações,mas por um lado o sindicalismo alagoa-no se organizou politicamente, para irpara rua, para cobrar seus direitos,então teve esse desafio no início dogoverno Teotônio Vilela. O resto é con-tinuar a luta. O sindicato é da sociedadecivil e deve buscar a liberdade juntocom a população em geral.

Um pequeno balanço

Voltando à vida sindical e pensandonos problemas que se enfrenta - emAlagoas especificamente -, a maior difi-culdade é a falta de unidade entre asentidades sindicais; a força política émaior quando as entidades se unempor um só objetivo. Acredito que omovimento precisa amadurecer no sen-tido da solidariedade. Existe aindamuito corporativismo e precisa ser feitoesse debate dentro do movimento, ostrabalhadores e trabalhadoras precisamdespertar para o papel cidadão de umapolítica que envolva a sociedade comoum todo.

E uma outra consciência que a genteprecisa desenvolver, nesse processo detransformação e que o movimento sin-dical já vem debatendo e discutindo, éa da necessidade dos trabalhadoresparticiparem dos espaços de decisãopolítica. Os espaços de poder, porquetudo, a vida do cidadão e da cidadã, dotrabalhador e da trabalhadora, depen-de de quem está representando a socie-dade no parlamento, nas câmarasmunicipais, nos governos estaduais eno governo federal. Então os trabalha-dores precisam se envolver mais nessemovimento, para identificarem quais

são os projetos que realmente defen-dem a classe trabalhadora e a sociedadecomo um todo.

Acho que esse debate precisa serfortalecido dentro do movimento sindi-cal com a base, discutir a importânciade se envolver nas épocas de eleição, daimportância de discutir perfil dos can-didatos. Essa transformação de cons-ciência da base como um todo, porquese a base tivesse essa consciência, agente não teria o parlamento que nóstemos hoje, conservador, e que vai deencontro aos interesses da classe traba-lhadora e da sociedade também.

Sindicato e sociedade

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Em Breve

Em Cartaz

SábadoDivulgação

[email protected]

Roteiro Artes plásticas Música Teatro Dança Cinema Literatura Artesanato

Amanhã

�� A banda paulistana Labirinto vai se apresentar no Teatro de Arena Sérgio Cardoso (anexo ao Teatro Deodoro) com o showAnátema, a partir das 20h. A banda tem um alagoano em sua formação: Joaquim Prado, na guitarra. Ingresso: R$ 5. Maisinformações: (82) 3315-5665.

�� Wado (foto) e DJ Barão são as atrações do Orákulo (Jaraguá) no dia 11 de setembro, às 23h. Ingresso: R$ 17. Mais informações:www.wado.com.br/http://www.myspace.com/curumin.

��O Oi Blues by Night, maior projeto itinerante de blues do Brasil vai percorrer seis capitais brasileiras. Em outubro, no dia 23,o projeto chega a Maceió com o show de Celso Blues Boy – único bluesman nacional que participou de shows de BB King– lenda internacional do gênero. O show de Celso Blues Boy acontecerá no mesmo cenário que recebeu os músicos do anopassado, o bar Lopana, à beira mar. No formato do Oi Blues, além do público poder conhecer músicos consagrados, os ar-tistas regionais têm a oportunidade de tocar junto com grandes nomes do cenário nacional e internacional.

��No próximo dia 15 de setembro, o Grupo Desafio vai mostrar todo o seu ritmo no show de aniversário da Rádio 96 FM e,aproveitando a festa, lançar o seu 1º DVD. No palco, João Paulo, Rafael e os demais integrantes vão animar o público can-tando os seus sucessos.

��O Concurso Aurélio Buarque de Holanda, uma iniciativa da Fundação Pierre Chalita e da Academia de Letras e Artes doNordeste (Alane), vai premiar artistas plásticos (pintura, desenho, gravura ou instalação), residentes em Alagoas. Serãooferecidos três prêmios para os melhores trabalhos, escolhidos por uma comissão julgadora: 1º lugar, R$ 3.000 (patro-cinado pela Braskem); 2º lugar, R$ 1.000 (patrocínio Fundação Pierre Chalita); e 3º lugar, R$ 500 (patrocinado pelaAcademia de Letras e Artes do Nordeste – AL). Será sorteado entre os demais inscritos um prêmio-participação no valorde R$ 400. A mostra será inaugurada no dia 31 deste mês, às 17h30, no Museu de Arte da Fundação Pierre Chalita.

��A dupla gaúcha Kleiton e Kledir vem com o showAutoretrato, no dia 29 de setembro, às 20h30, no TeatroGustavo Leite (Jaraguá). Abertura musical com o cantorFranklin Manú e Miram Aby´S (violoncelo). Ingressos:R$ 40 (platéia - inteira); R$ 20 (platéia - meia – estudante- melhor idade); R$ 30 (mezanino - inteira); R$ 15 (meza-nino – meia - estudante - melhor idade), à partir do dia20 deste mês, na Cia das Havaianas (Maceió Shopping).Mais informações: (82) 9979-5959 / 3235-4280.

��Um dos maiores sucessos do teatro infantil deste ano noBrasil terá curta temporada em Maceió. O mundo encan-tado de Peter Pan chega ao Teatro Gustavo Leite, de 1º a3 de outubro. O espetáculo é um projeto dos mesmos rea-lizadores de Pinocchio, A Bela e A Fera e O Mágico deOz, três produções de grande sucesso no País e no Exterior.Ingressos: disponíveis em breve no stand Sue Chamusca(Maceió Shopping). Mais informações: (82) 3235-5301 /9925-7299.

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29cb07_PB_NOVA

Casa da gente ribeirinhaContinuação da página B3

“Pelas mãos do

engenheiro J. A.

Loureiro foi em

uma via aberta

no sítio Monte

Alegre, a

simplória Rua

da Aurora,

onde o Chalé

dos Loureiros

decidiu se

instalar”

Era o final do SéculoXIX quando a pop-ulação da históricaPenedo assistia aonascimento demais um belo ex-

emplar arquitetônico. Pelasmãos do engenheiro J. A.Loureiro foi em uma via aber-ta no sítio Monte Alegre, a sim-plória Rua da Aurora, onde oChalé dos Loureiros decidiu seinstalar. Mas a elegante edifi-cação - com as suas portas defrente para o rio São Franciscoe o Morro do Aracaré - nãolevou apenas beleza para obucólico local. Surpreendeu.Encantou. Com toda a suaelegância e imponência, não de-morou muito para transformaro local onde foi erguida na prin-cipal via da cidade. Para abriros olhos de muitos para por láse instalar; de nomes influentesa famílias tradicionais. Para

tornar o humilde monte o en-dereço mais cobiçado peloshomens de fortuna e por outrospalacetes, que não resistiam emdeixar o centro ribeirinho parapor lá ficar.

Mas o que havia por trás domoderno e formal chalé paratamanha acorrida de novos eabastados moradores e de im-ponentes moradias para pertodele no passado e para o seubrilhantismo tamanho ao pontode ser considerado um prédiode vanguarda no País?

Para estudiosos comoLuciano Pateta, o seu ecletismoarquitetônico - a culturareinante entre os amantes doconforto, do progresso, dasnovidades...; os burgueses - foium dos principais deles, atiçan-do o olhar de muitos pene-denses para edificações artisti-camente bem construídas, mod-ernizando a cidade, interligan-

do-a com os mais avançadostermos construtivos mundiais.

A residência dos Loureirosenquadrou-se com folga e sin-tonia em todo esse contexto, ex-ibindo exemplares laterais ex-clusivos laterais e articuladospara os serviços de copa, coz-inha e despensa, revestidos emazulejo, com motivos decora-tivos diferenciados.

Era generosamente bemsuprido de armários e de out-ros detalhes. que não abriammão de primar pela funcional-idade exemplar dos seus es-paços, que se afirmavam emvoga pela "moda" do momen-to. Sem esquecer a sua formal-idade, marcada por um telha-do chamativamente inclinado,coberto com telhas em lâminasde pedra, um peculiar portãode ferro, tantos e tantos detal-hes visíveis e admiráveis.

Como uma elegante mora-

dia, o histórico casarão jamaisse furtou de destacados recur-sos estruturais e artísticos, fazen-do jus magistralmente ao seupadrão chalé, com acabamentoromântico, remontando aos quenele entrassem a sensação deestarem em uma típica habitaçãorural montanhesa européia, comentrada lateral por alpendresvoltados para jardins, ostentan-do colunas em ferro fundido, re-portando-se ao classicismo...

O seu interior também eraum resguardo de relíquias, compeças de ferro reinando sober-anas, facilmente adquiridas àépoca na própria Penedo, cujocomércio vivenciava um grandedesenvolvimento, fruto da aber-tura internacional da naveg-ação, facilitando as idas e vin-das de mercadorias proce-dentes do interior para aEuropa e a América.

Continua na B8

Chalé dos Loureiros: o lar dos imponentes

Mansão foi palco de marcantesacontecimentos sociais, atraindo nomes ilustres e abastadas famílias penedenses

Local da construção dochalé tornou-se reduto

cobiçado por homensafortunados,

intensificando o surgimento de

elegantes palacetes

Casa foi construída na simplória Rua da Aurora, uma viela aberta no bucólico sítio Monte Alegre

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Casa da gente ribeirinhaContinuação da página B7

“Palco de

grandes

acontecimentos,

de nobres

famílias, que

agora se prepara

para guardar

mais e mais

memórias; dessa

vez, de um

povo”

Embora tenha se no-tabilizado com onome de apenasuma família, osLoureiros, o ele-gante chalé tam-

bém abrigou a intimidade demuitos homens de muitas poss-es. Lá viveram Manuel Vieirade Figueiredo, FernandoPeixoto, os familiares de LídioCarvalho, os Sales...

Um casarão. Muitas lem-branças. Como o relato saudosoda filha de Peixoto, ZuricaPeixoto. "Aquela casa era ver-dadeiramente magnífica,própria para os grandes even-tos. Quando era menina, deapenas um ou dois anos deidade, houve em Penedo umimportante acontecimento re-alizado no chalé. Um suntuoso

´Bal Masquéé´ (baile de más-caras), organizado por meu pai,por parentes e amigos, que foia sensação do ano. Toda a so-ciedade penedense compare-ceu".

Quando foi o reduto dosPeixotos ou do seuFernandinho, como era carin-hosamente chamado, gozavade privilegiada posição emmeio às habitações daquelestempos. Com a visão ampla doVelho Chico a sua frente e osfundos ainda privilegiados coma vista do rio, era o cenário paramuitas comemorações no seusalão de festas, para muitas vis-itas, para muitos hóspedes, dosmais ilustres, honrosamente re-cebidos.

Em carta endereçada ao dr.Francisco Salles, a antiga

moradora Zulmira GalvãoPeixoto cita alguns deles: ajovem Nicaula Fernandes Lima,filha do então governador deAlagoas Fernandes Lima; orenomado advogado Guedesde Miranda, o poeta e inter-ventor de Alagoas, Afonso deCarvalho; o revolucionáriocoronel Aluísio de Moura e opresidente Getúlio Vargas."Nossa casa, prazerosamentecedida, teve a primazia de re-ceber o dr. Getúlio, que ali des-cansou, chegando a fazer abarba em uma das varandas.Durante muito tempoguardamos como lembrança acadeira de vime onde o presi-dente sentou", escreveuZulmira.

Por lá também viveram fig-uras estrangeiras, como a per-

ceptora irlandesa e professorade inglês miss MargaretRedmond Doyle - que afirma-va ser descendente do escritorSir Arthur Conan Doyle -, vindado Rio de Janeiro a pedido deFernando Peixoto para ajudarna educação dos seus filhos;missão que desempenhou nochalé por cerca de seis anos.

Narrativas que não deixamdúvidas dos "muitos dias fe-lizes vividos na “linda, festivae alegre mansão” dos Loureiros,dos Fonsecas, dos Sales, dospenedenses. Palco de grandesacontecimentos, de nobresfamílias e que agora se preparapara guardar mais e mais rem-iniscências; dessa vez, de umpovo, de uma gente, dos ribeir-inhos, da bela Penedo, comouma bela casa de memória.

Casarão foi abrigo de nobres famílias e suntuosas festas

Os Peixotos viveram na mansão por mais de vinte anos; família preservava hábitos burgueses, como promoção de eventos e recepção a ilustres

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Page 41: OJORNAL 05/09/2010

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EsportesEsportesEsportesJORNALO LO JORNA

Domingo, 5 de setembro de 2010 | wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm | e-mail: [email protected]

Fotos: Marco Antônio

A hora da verdadeDupla CRB e CSA tem hoje compromissos decisivos pelas séries C e D do Brasileiro

Páginas 3, 4 e 5

Page 42: OJORNAL 05/09/2010

22

JORNALO LO JORNAEsportesDomingo, 5 de setembro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

BateProntoVictor Mélo - [email protected]

MUNDIAL DE BASQUETE EM FOCO

Uma das principais atrações esportivas do mês é o Mundialde Basquete, que está sendo realizado na Turquia. A competiçãoé disputada a cada quatro anos e tem como atual campeã a Espanha.

A seleção brasileira passou por um processo de reformulação.Depois de sucessivos fracassos, a Confederação resolveu apostarno técnico argentino Rúben Magnano, que ajudou a montar a basecampioníssima de seu país.

Na primeira fase, a seleção oscilou. Venceu os dois primeirosjogos, contra Irã e Tunísia, com relativa facilidade e empolgou atorcida na derrota para os poderosos norte-americanos por apenasdois pontos de diferença. A qualidade do basquete apresentadopelo Brasil nessa partida aumentou as expectativas em relação aotime, mas, no dia seguinte, a derrota por 80 x 77 para a Eslovêniadiminuiu um pouco a confiança dos próprios jogadores.

O Brasil garantiu a classificação para as oitavas de final naúltima quinta, vencendo a Croácia por 92 x 74, e pega na próxi-ma terça-feira a Argentina, campeã olímpica de 2004 e que se or-gulha de ter a equipe mais temida do Continente. A turma deMagnano vai ser devidamente testada nessa partida eliminató-ria. O armador Leandrinho e o ala Marcelinho Machado são asgrandes esperanças do Brasil de buscar o tricampeonato mundial.“Vai ser um grande jogo. São dois rivais eternos. Na última vezem que nos enfrentamos em competições oficiais, ganhamos. Foina Copa América. Agora é partir para cima e ficar entre os oito”,comentou Marcelinho.

Os argentinos foram campeões da competição apenas em 1950e confiam no talento do excelente Luis Scola, melhor jogador doMundial até agora, para fazer a diferença no clássico. Quem gostade basquete não pode perder esse duelo, marcado para as 15h de terça.

DOR

O pivô AndersonVarejão foi poupado dostrês primeiros jogos da sele-ção por causa de uma lesãono tornozelo. O jogador en-trou em quadra nas outrasdisputas da fase de classifi-cação, mas ainda precisaconviver com a dor e a faltade ritmo. Nesse confrontocom a Argentina, sua pre-sença vai ser muito impor-tante para o encaixe do jogobrasileiro.

HISTÓRICO

A antiga Iugoslávia foi opaís que conquistou mais tí-tulos mundiais de basquete.Foram cinco troféus levan-tados por eles, em 1970,1978, 1990, 1998 e 2002. OsEUA estão em segundolugar, com o ouro de 1954,1986 e 1994. A antiga UniãoSoviética também conquis-tou três vezes a competição,e o Brasil aparece em quartolugar, com os títulos de1959 e 1963.

CRB e CSA começam a traçar hoje seu caminho parao resto da temporada. Fica até difícil saber qual partidavai ser mais decisiva, já que o Galo joga pela sobrevivên-cia na Série C contra o Alecrim, e o Azulão inicia o mata-mata da Série D diante do Sampaio Corrêa.

O empate hoje vai ser comemorado pelos jogadores do CSA.No CRB, esse resultado seria terrível para as pretensões do timede chegar à segunda fase.

CURTO-CIRCUITO

Uma derrota inesquecível em 2003Amais emblemática das der-

rotas aconteceu em 2003, na ci-dade portorriquenha de SanJuan. Com três vitórias em qua-tro jogos, a seleção brasileira che-gou para o confronto com aArgentina em alta. A equipe li-derou boa parte do jogo, masperdeu-se nos instantes finais eacabou derrotada por 76 x 74.

O resultado abalou de talforma a seleção que a equipe nãose encontrou mais no torneio –depois daquele jogo, perdeu

para Canadá, Porto Rico eMéxico, deixando a classificaçãopara os Jogos escapar.

Em 2007, Brasil e Argentinafizeram a semifinal do Pré-Olímpico das Américas, em LasVegas. Nova derrota, desta vezpor 91 x 80, forçou a seleção bra-sileira a disputar uma vaga noconcorrido Pré-Olímpico Mun-dial, e mais uma vez a equipeficou fora da Olimpíada.

Mesmo em 1999, quando asduas seleções enfrentaram-se já

sem chances de classificação, osargentinos venceram. E maisuma vez, nos detalhes, por dife-rença pequena: 79 x 77.

Ahistória de derrotas recen-tes tem como grande exceção avitória brasileira na CopaAmérica de 2009, que serviutambém como Pré-Mundial. Nocaminho rumo ao título do tor-neio, a seleção bateu os argenti-nos por 76 x 67. No entanto, osargentinos não levaram suaforça máxima.

Aseleção brasileira tem mo-tivos para estar otimista diantedo confronto com a Argentina,na terça-feira, às 15h, pelas oita-vas de final do Mundial mascu-lino de basquete. Afinal, o Brasiltem mostrado evolução, fez bonsjogos contra Estados Unidos eCroácia e tem um técnico consa-grado: Rúben Magnano, um ar-gentino que conhece muito bemo adversário.

Mas o otimismo dos jogado-res e da torcida esbarra em nú-meros que colocam o Brasil comoazarão no confronto. AArgentinaé responsável por boa parte dosfracassos recentes do basquetenacional. Na atual geração, as vi-tórias são raras, e sempre em tor-neios de segunda linha.

Os dois últimos encontrosem Mundiais terminaram com

vitória argentina. Em 2002, 78 x67 nas quartas de final. O resul-tado em Indianápolis eliminouo Brasil da competição; aArgentina foi vice-campeã.

Quatro anos antes, em 1998,o Brasil já havia sido derrotadopelos arquirrivais: 86 x 76 na se-gunda fase de grupos doMundial da Grécia. No fim, osargentinos foram oitavos e osbrasileiros ficaram em décimolugar.

A partida da próxima terça-feira será a quinta entre as duasseleções em Mundiais. Antes dasduas derrotas recentes, o Brasilvenceu por 74 x 66 no GrupoFinal em 1967, e foi derrotadoem 1950, também no GrupoFinal, em 1950 – jogando emcasa, os argentinos foram cam-peões naquele ano.

Em Olimpíadas, o único en-contro entre as duas seleções sul-americanas aconteceu em 1952,nos Jogos de Helsinque. Os ar-gentinos, então campeões mun-diais, venceram com facilidade,por 72 x 56.

Apesar das derrotas nos anos50, é mesmo nos últimos anosque a “freguesia” brasileira seconfirmou. Além dos Mundiais,os argentinos foram carrascosbrasileiros também no TorneioPré-Olímpico – o grande dramado basquete do país nos últimosanos.

A seleção brasileira não dis-puta os Jogos Olímpicos desde1996, quando foi sexta colocadaem Atlanta. Desde então, foramtrês fracassos ao tentar a classi-ficação. E em todos eles, houvederrotas para os argentinos.

Vamos virar o jogo Contra a Argentina, seleção de basquete luta

para espantar freguesia recente

Marcelinho Machado é um dos principais jogadoresda seleção brasileira

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33Domingo, 5 de setembro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

JORNALO LO JORNAEsportes

O meio-campista Marco Antônio vai substituir Everlan na equipe do CSA; o meia continua machucado

CAMPINAS

ASA volta ajogar terçapela Série B

O Após enfrentar oDuque de Caxias, ontem,em Arapiraca, jogo da 19ªe última rodada dos jogosde ida, o ASA já viaja namanhã de amanhã paraCampinas, no interiorpaulista, onde na próxi-ma terça-feira, às 21h, en-cara o time da Ponte Preta,no estádio Moisés Lu-carelli.

Apartida fará parte daprimeira rodada do retur-no da Série B. Alvinegro ea Macaca estrearam naSegunda Divisão com umempate por 1x1 emArapiraca, no dia 7 demaio. Para o confronto doinício da semana, a expec-tativa do técnico Vica e datorcida arapiraquense éque o lateral-direitoMarcos Tamandaré tenhacondição de jogo.

Com um problema nojoelho, ele fez sua últimapartida vestindo a camisaalvinegra ainda contra oNáutico, na 8ª rodada, nodia 13 de julho. De lá paracá, o jogador vem em tra-tamento intensivo noDepartamento Médico doclube, foi liberado paravoltar a correr e executartrabalhos com bola, forçae movimentação, mas nãofoi relacionado para o jogode ontem contra o Duquede Caxias.

Em entrevista à im-prensa, Tamandaré che-gou a dizer que natural-mente sente falta de ritmode jogo, mas se o Vica por-ventura optasse por elecontra o time carioca, es-taria à disposição, só nãogarantia atuar os 90 mi-nutos. Porém, de acordocom Vice, só atua quemestiver em plenas condi-ções, o que não ocorreucom o lateral-direito.(L.M.)

Azulão tem quatro desfalquesPara o início da decisão desta

tarde, Lino terá quatro desfal-ques e poderá promover a es-treia de dois jogadores no ata-que. Por problemas de contusão,não viajaram na manhã da últi-ma sexta-feira para São Luiz ozagueiro Anderson La Bamba eos meio-campistas Everlan,Chiquinho e Wilson, todos entre-gues ao Departamento Médicoazulino. Everlan sofreu uma en-torse no tornozelo e já está forada equipe há mais de três sema-nas. Além disso, o jogador tam-

bém se recupera de fratura nodedo da mão e permaneceu emMaceió. Já La Bamba e Wilson so-frem com problemas crônicos etambém seguem em recupera-ção: o zagueiro teve uma pubal-gia diagnosticada pelo DM azu-lino, enquanto que o meia-ata-cante tem uma tendinite no joe-lho que o incomoda e o impos-sibilita de atuar em todos osjogos. Enquanto perde jogado-res importantes, Lino ganhouduas opções para o ataque: osjogadores Paulinho Macaíba e

Rafael chegaram na semana pas-sada e já tiveram suas condiçõesregularizadas para a partida.

SAMPAIO - RodrigoRamos, Edson, Paulo Paraíba,Sílvio e Deca; Eloir, Cleitinho,Diones e Léo; Célio Codó e JoãoNeto.

CSA - Anderson; Diogo(Celso), Sinval, Nado e Paulinho;Anderson, Lau, Serginho eMarco Antônio; Catanha e Pau-linho Macaíba.

Luciano Milano

Repórter

O CSA entra em campo natarde de hoje para continuar per-seguindo o objetivo ascender àSérie C em 2011. Fora de casa, masnão longe da sua torcida, que pro-mete comparecer ao estádioNhozinho Santos, em São Luís doMaranhão, o Azulão do Mutangeenfrenta logo mais, às 17h, oSampaio Corrêa, na capital mara-nhense. Dono da segunda melhorcampanha na fase de classificaçãoda Série D, o CSA sabe que a par-tida de hoje é importante para aspretensões do clube em seguirfirme na Quarta Divisão. No pró-ximo domingo, CSA e Sampaiovoltam a se enfrentar em Maceió.

Dessa forma, o objetivo é nãoperder e, se perder, tentar marcargol na casa do adversário. Isso por-que o regulamento da Série Dprevê que gol fora de casa é van-tagem em caso de empate.

Por exemplo: um empate por1x1 em São Luís pode dar a vagaao CSAcaso empate mais uma vezem Maceió, só que sem gols. Umaderrota por 2x1 no Maranhão dáao Azulão a possibilidade de podervencer por placar mínimo de umgol no Trapichão.

E o retrospecto do CSA foracasa até agora é perfeito: na pri-meira fase, jogou três vezes e ven-ceu na estreia o Santa Cruz (1x0),depois bateu Potiguar deMossoró (4x3) e derrotou oConfiança (2x1). A boa campa-nha longe de Maceió agrada aotécnico Lino, mas ele pede que ogrupo mantenha a pegada e con-tinue concentrado para não sersurpreendido.

"O que fizemos na primeira fasefoi bom, mas já é passado, pelomenos agora. Digo aos atletas quese não mantivermos a mesma con-centração e pegada agora, na se-gunda fase, nada do que foi feitoantes valerá porque estaremos des-classificados. Por isso, vamos paraSão Luís com o intuito de repetiras boas atuações fora de Maceió esair de lá com um resultado posi-tivo", declarou Lino.

Prova de fogoCSA inicia hoje o mata-mata da Série D contra o Sampaio Corrêa

Marco Antônio

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JORNALO LO JORNAEsportesDomingo, 5 de setembro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Victor Mélo

Editor de Esportes

O trabalho da temporadano CRB está em jogo. Desde oprimeiro dia de treinamentodo ano, a diretoria, a torcida eos jogadores só falam na tenta-tiva de retorno à Série B doBrasileiro. O tempo passou, al-gumas reformulações no elen-co foram feitas, e nesta tarde oGalo está diante de seu maiordesafio.

Não precisa buscar cálcu-los complexos para entender aimportância da partida contrao Alecrim, às 16h, no EstádioRei Pelé. O CRB está rigorosa-mente no meio da tabela doGrupo B da Terceira Divisão.Em cinco partidas, o Galo ven-ceu duas, empatou uma e per-deu duas. Hoje, o seu destinona competição começa a ser tra-çado.

Uma derrota para o vice-líder da chave, com nove pon-tos, vai praticamente represen-tar o fim do sonho de lutarneste ano pela Série B e, de que-bra, vai colocar o time numasituação delicada em relaçãoao risco de rebaixamento. O

empate mantém vivas as espe-ranças de classificação, aindaque remotas, mas a vitória vaiimpulsionar os jogadores e dei-xar o clube na segunda coloca-ção, com excelentes chances depassar de fase.

"Não tem mais o que traba-lhar para esse jogo. Estamos fo-cados nele há 15 dias, e chegoua hora de colocarmos tudo oque sabemos em prática. Fal-tam cinco partidas para tornar-mos o milagre da classificaçãopara a Série B possível, mas,para isso, precisamos contarcom a força de nossos jogado-res e nossa torcida. Essa parti-da contra o Alecrim é altamen-te decisiva, e estamos prontospara encarar nossa responsa-bilidade", discursou o técnicoEdson Ferreira, que assumiu oCRB na partida contra oCampinense e conquistou umavitória fora de casa.

"Quando cheguei, a situa-ção era bem mais difícil. Quaseninguém acreditava que pode-ríamos vencer o Campinensefora de casa, e, graças a Deus,conquistamos os três pontos.Agora, não podemos perder oembalo", emendou.

É agora ou nuncaCRB precisa vencer hoje o Alecrim para entrar no G2 e aumentar suas chances de classificação

O técnico Edson Ferreira vai promover algumas mudanças na equipe titular do Clube de Regatas Brasil

Os 15 dias de preparação doCRB para o jogo de hoje com oAlecrim poderiam ter sido maisproveitosos. Vários problemasfora do campo atrapalharam ostreinamentos e tiraram o focodos atletas da partida.

O primeiro deles foi o atra-so no salário do mês de julho e,em segundo lugar, a greve deadvertência dos atletas. A dire-toria pagou, mas resolveu sacu-dir o elenco com dispensas. Nototal, sete atletas foram desliga-dos do clube, com destaque parao zagueiro Toninho, que eracapitão do time e acabou setransferindo para o CSA. No em-balo, foram embora os zagueirosRenan e Jaonir, os laterais Yure

e Fernando Bahia, o meiaWendell e o atacante NinoGuerreiro. Isso, sem contar osdois atletas que pediram desliga-mento: o volante André Silva eo lateral-direito Amaral. Sãonove jogadores a menos nogrupo em relação ao jogo diantedo Campinense.

Mas os dirigentes tambémresolveram buscar reforços nomercado. Já chegaram ao clubee estão à disposição do técnicoEdson Ferreira para a partida dehoje o zagueiro Alexandre (ex-Centro Limoeirense), o lateral-di-reito Ricardinho (ex-ASA eCentro Limoeirense), o meiaJoílson (ex-Corinthians-AL) e olateral-esquerdo Rafinha (reve-

lado pelo clube e que estava noIpatinga).

Para completar a série de ob-stáculos na preparação, o ata-cante Júnior Amorim não gostoude ser substituído no treino daúltima quarta-feira, jogou o co-lete no chão, se desentendeucom o treinador e é outro quepode deixar a Pajuçara.

ÔNIBUS - Outra dor decabeça que a diretoria do CRBteve durante a última semanafoi a ameaça de greve dos mo-toristas e cobradores. Houveuma paralisação de advertên-cia no último domingo, du-rante as partidas São Do-mingos x Sete de Setembro e

CSA x São Luiz, mas o proble-ma foi, em parte, resolvido, enão vai faltar ônibus nestatarde. Mas o aviso já foi dado:

se houver qualquer ato de van-dalismo dentro dos coletivos, agreve vai voltar já no próximojogo. (V.M.)

Período de treinamentos na Pajuçara foi turbulento

GGUUIIAA DDOO TTOORRCCEEDDOORR

X

Quando: hojeOnde: Estádio Rei PeléHora: às 16h

CCRRBB - Juninho; Ricardinho, Leandro,Alexandre e Dio; Glaydson, Jonathan, Lê(Eder ou Júnior Amorim) e Ewerton; LucianoDias e Edmar. Técnico: Edson Ferreira.

AALLEECCRRIIMM -- Jair; Ângelo, Fabiano, Maceióe Wescley; Hércules, Nivaldo, João Paulo(Silas) e Daniel; André Cassaco(Julio César)e Helinho. Técnico: Ferdinando Teixeira.

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55Domingo, 5 de setembro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

JORNALO LO JORNAEsportes

Fotos: Marco Antônio

Adversário está invicto na Série C O Alecrim comemorou

muito a vitória sobre o CRB nafase dos jogos de ida destaSérie C. O time potiguar che-gou a estar perdendo para oGalo por 2 x 1 no segundotempo da partida disputadaem Natal, mas se recuperou evirou para 3 x 2. Os jogadoresconsideram essa uma das jor-nadas mais importantes doclube na competição.

Apesar de não ter muita tra-dição, o Alecrim faz uma exce-lente campanha no Grupo B.Com nove pontos conquista-dos, o time depende apenas desuas forças para chegar à se-gunda fase. Para isso, um dosjogos-chave é esse com o CRB.O Galo é um adversário dire-to da equipe potiguar e, porisso, o técnico FerndinandoTeixeira (ex-CSA) deve armaruma retranca para a partida dehoje. Sua equipe tem comoprincipal característica a pega-da, e os jogadores do CRB jásabem que não vão ter muito

espaço para criar."É um adversário extrema-

mente competitivo. Já conver-sei com os nossos jogadoressobre a qualidade do Alecrim,e eles sabem que precisamestar ligados durante os 90 mi-nutos para não sermos sur-preendidos em contra-ataquesrápidos", observou o técnicoEdson Ferreira.

Depois de enfrentar o CRB,o Alecrim ainda joga fora decasa contra o Campinense, eencerra sua participação nafase de classificação em Natal,diante do Salgueiro.

TIME - De acordo com oassessor de imprensa doAlecrim, Gabriel Peres, a equi-pe está indefinida para o jogode hoje. "O zagueiro MárcioBlot é dúvida, por estar emfase final de recuperação deuma tendinite no joelho. Quemvem atuando em seu lugar é ozagueiro Maceió. O lateral-es-querdo Nego sofreu uma pan-

cada no rosto no jogo contra oABC e está praticamente fora.Glaybon está se recuperandode uma lesão na coxa e, ape-sar de treinar, pode não ir parao jogo. Assim, Wescley foi tes-tado na posição no último co-letivo", informou Gabriel.

Suspenso, o volante Mar-celinho deve ser substituídopor João Paulo ou Silas. "O pri-meiro em caso de uma forma-ção mais defensiva; o segundopara o time jogar mais avança-do", explicou o assessor. O ata-cante André Cassaco tambémse recupera de um pisão notornozelo e não vem treinan-do. Se não puder atuar, JúlioCésar será a opção deFerdinando.

CAMPANHA - Em cincojogos, o Alecrim venceu doise empatou três. Nas partidasem que não teve mando decampo, empatou duas vezes,com o ABC e o Salgueiro.(V.M.)

TTAABBEELLAA DDOOBBRRAASSIILLEEIIRROO

SSÉÉRRIIEE CC

PPGG -- ppoonnttooss ggaannhhooss;; JJ -- jjooggooss;; VV -- vviittóórriiaass;; EE -- eemmppaatteess;; DD -- ddeerrrroottaass;;GGPP -- ggoollss pprróó;; GGCC -- ggoollss ccoonnttrraa;; SSGG -- ssaallddoo ddee ggoollss..

GGRRUUPPOO AA PP JJ VV EE DD GGPP GGCC SS %%1º Paysandu 11 6 3 2 1 13 6 7 61%2º Fortaleza 10 6 2 4 0 7 5 2 55%3º Águia 8 5 2 2 1 7 4 3 53%4º São Raimundo 3 6 0 3 3 8 12 -4 16%5º Rio Branco-AC 3 5 0 3 2 6 14 -8 20%

GGRRUUPPOO BB PP JJ VV EE DD GGPP GGCC SS %%1º ABC 11 6 3 2 1 11 5 6 61%2º Alecrim 9 5 2 3 0 8 6 2 59%3º CRB 7 5 2 1 2 7 7 0 46%4º Campinense 6 6 2 0 4 5 6 -1 33%5º Salgueiro 5 6 1 2 3 6 12 -6 27%

GGRRUUPPOO CC PP JJ VV EE DD GGPP GGCC SS %%1º Macaé 10 5 3 1 1 9 4 5 66%2º Luverdense 9 6 2 3 1 8 6 2 50%3º Ituiutaba 8 5 2 2 1 4 2 2 53%4º Marília 5 6 1 2 3 6 10 -4 27%5º Gama 4 6 0 4 2 4 9 -5 22%

GGRRUUPPOO DD PP JJ VV EE DD GGPP GGCC SS %%1º Chapecoense 10 6 3 1 2 7 6 1 55%2º Caxias 8 5 2 2 1 5 4 1 53%3º Brasil-RS 8 6 2 2 2 4 5 -1 44%4º Criciúma 7 5 2 1 2 5 3 2 46%5º Juventude 4 6 0 4 2 3 6 -3 22%

CRB depende apenas de suas forças para passar de fase no Campeonato Brasileiro da Terceira Divisão

O técnico Edson Ferreiraresolveu fazer mistério para ojogo decisivo contra o Alecrim.Primeiro, ele trabalhou o timeno 4-3-3, mas fez uma mudan-ça no coletivo da última quar-ta-feira e aumentou o suspen-se sobre a equipe. O atacanteJúnior Amorim foi sacado dotime no treinamento para aentrada do meio-campistaEder. A alteração teve comoobjetivo dar mais equilíbrio aoGalo, que começou o trabalhocom três atacantes e um meia-armador, Ewerton.

Com a entrada de Eder,Edson tentou dar um poucomais de segurança à zaga, quejá deve contar com a estreiade Alexandre, mas existe umagrande possibilidade de omeio-campista ser substituí-do por Lê. Certos mesmo nosetor estão Glaydson e Jo-nathan. Na lateral-direita, o

treinador perdeu André Cu-nha, suspenso, e testou Ama-ral como substituto. Mas o jo-gador também pediu dispen-sa, e o técnico precisou lançarmão do recém-contratadoRicardinho. Completando adefesa, Leandro está confir-mado, e Dio segue na lateral-esquerda. No ataque, LucianoDias e Edmar participaramdos treinos entre os titulares edevem ser escalados nestatarde.

RETORNO - O meiaEwerton sofreu uma lesão notornozelo na primeira partidada fase de classificação contrao Alecrim, ficou no banco dereservas diante do Cam-pinense, mas volta ao time ti-tular para o duelo de hoje.Habilidoso, o jogador é umdos destaques do Galo nestaSérie C. (V.M.)

Edson Ferreira ainda esconde o jogo

Atualizada antes do jogo de ontem

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BBRRAASSIILLEEIIRRÃÃOO

EEqquuiippee PPGG JJ VV EE DD GGPP GGCC SSGG %%1º Fluminense 38 18 11 5 2 31 14 17 70%2º Corinthians 34 17 10 4 3 29 18 11 67%3º Santos 30 17 9 3 5 29 22 7 59%4º Botafogo 30 18 8 6 4 28 18 10 56%5º Internacional 28 17 8 4 5 22 19 3 55%6º Cruzeiro 28 18 7 7 4 19 15 4 52%7º Ceará 25 18 6 7 5 15 13 2 46%8º Atlético-PR 24 18 7 3 8 22 28 -6 44%9º Palmeiras 24 18 5 9 4 19 19 0 44%10º Avaí 23 18 6 5 7 28 28 0 43%11º Vasco 23 17 5 8 4 17 18 -1 45%12º Guarani 23 18 5 8 5 20 23 -3 43%13º São Paulo 22 18 5 7 6 22 23 -1 41%14º Vitória 22 18 5 7 6 21 22 -1 41%15º Flamengo 21 18 5 6 7 14 15 -1 39%16º Grêmio 19 18 4 7 7 21 24 -3 35%17º Atlético-MG 17 18 5 2 11 21 31 -10 31%18º G.Prudente 16 18 4 7 7 19 23 -4 35%19º Atlético-GO 14 18 3 5 10 18 25 -7 26%20º Goiás 13 18 3 4 11 15 32 -17 24%

ATUALIZADA ANTES DOS JOGOS DE ONTEM

FÓRMULA 1 – CLASSIFICAÇÃO

PPoossiiççããoo PPiilloottoo EEqquuiippee PPoonnttooss01 Lewis Hamilton» McLaren» 18202 Mark Webber» Red Bull» 17903 Sebastian Vettel» Red Bull» 15104 Jenson Button» McLaren» 14705 Fernando Alonso» Ferrari» 14106 Felipe Massa» Ferrari» 10907 Robert Kubica» Renault» 10408 Nico Rosberg» Mercedes» 10209 Adrian Sutil» Force India» 4510 Michael Schumacher» Mercedes» 4411 Rubens Barrichello» Williams» 3012 Kamui Kobayashi» BMW Sauber» 2113 Vitaly Petrov» Renault» 1914 Vitantonio Liuzzi» Force India» 1315 Nico Hulkenberg» Williams» 1016 Sebastien Buemi» Toro Rosso» 717 Pedro de la Rosa» BMW Sauber» 618 Jaime Alguersuari» Toro Rosso» 319 Heikki Kovalainen» Lotus Racing» 020 Karun Chandhok» HRT» 021 Lucas di Grassi» Virgin» 022 Jarno Trulli» Lotus Racing» 023 Timo Glock» Virgin» 024 Bruno Senna» HRT» 025 Sakon Yamamoto» HRT» 0

Guia do torcedor HojeCCaammppeeoonnaattoo BBrraassiilleeiirroo16h00 - Avaí x Atlético-PR16h00 - Palmeiras x Cruzeiro16h00 - Guarani x Fluminense16h00 - Flamengo x Santos18h30 - Atlético-MG x São Paulo18h30 - Atlético-GO x Vitória18h30 - Internacional x Grêmio Prudente

CCaammppeeoonnaattoo BBrraassiilleeiirroo -- SSéérriiee CC16h00 - CRB x Alecrim16h00 - Juventude x Chapecoense16h00 - Criciúma x Caxias17h00 - Paysandu-PA x São Raimundo-PA17h00 - ABC x Campinense-PB19h00 - Rio Branco-AC x Águia deMarabá

CCaammppeeoonnaattoo BBrraassiilleeiirroo -- SSéérriiee DD15h00 - Iraty x Joinville16h00 - Santa Cruz-PE x Guarany-CE16h00 - Fluminense-BA x Brasília16h00 - Operário x Metropolitano-SC17h00 - América-AM x Mixto17h00 - Sampaio Correa-MA x CSA19h00 - Vila Aurora x Remo

CCaammppeeoonnaattoo AArrggeennttiinnoo -- AAppeerrttuurraa14h10 - Quilmes x Huracán16h15 - Gimnasia y Esgrima x Lanús19h30 - Banfield x Tigre20h20 - Vélez Sarsfield x River Plate

Terça-feiraCCaammppeeoonnaattoo BBrraassiilleeiirroo -- SSéérriiee BB16h10 - Ponte Preta x ASA16h10 - Santo André x Icasa16h10 - Vila Nova-GO x Portuguesa16h10 - Sport x Brasiliense-DF18h30 - Bragantino x América-MG18h30 - Ipatinga-MG x Paraná Clube18h30 - América-RN x Bahia18h30 - Duque de Caxias x Guaratinguetá21h00 - Figueirense x São Caetano21h00 - Coritiba x Náutico

CCooppaa SSuull--AAmmeerriiccaannaa19h30 - Guaraní (PAR) x Unión San Felipe22h45 - Atlético Huila x San José

EElliimmiinnaattóórriiaass ddaa EEuurrooccooppaa12h00 - Rússia x Eslováquia14h00 - Geórgia x Israel14h30 - Belarus x Romênia14h30 - Malta x Letônia14h30 - Bulgária x Montenegro15h00 - Turquia x Bélgica

15h00 - Macedônia x Armênia15h00 - Suécia x San Marino15h15 - Albânia x Luxemburgo15h15 - Dinamarca x Islândia15h15 - Rep. Tcheca x Lituânia15h30 - Áustria x Cazaquistão15h30 - Sérvia x Eslovênia15h30 - Holanda x Finlândia15h30 - Hungria x Moldova15h30 - Croácia x Grécia15h30 - Noruega x Portugal15h45 - Alemanha x Azerbaijão15h45 - Irlanda x Andorra15h45 - Suíça x Inglaterra15h50 - Itália x Ilhas Faroe16h00 - Bósnia-Herzegóvina x França16h00 - Escócia x Liechtenstein

Quarta-feiraCCaammppeeoonnaattoo BBrraassiilleeiirroo19h30 - Fluminense x Ceará19h30 - Cruzeiro x Internacional19h30 - Grêmio x Atlético-GO19h30 - Goiás x Guarani22h00 - São Paulo x Flamengo22h00 - Vitória x Palmeiras22h00 - Atlético-PR x Corinthians

CCooppaa SSuull--AAmmeerriiccaannaa22h00 - Universitario de Sucre x CerroPorteño23h00 - Independiente Santa Fe xCaracas

RReeccooppaa SSuull--AAmmeerriiccaannaa20h15 - Estudiantes x LDU

Quinta-feiraCCaammppeeoonnaattoo BBrraassiilleeiirroo21h00 - Santos x Botafogo21h00 - Vasco x Atlético-MG21h00 - Grêmio Prudente x Avaí

CCooppaa SSuull--AAmmeerriiccaannaa19h30 - Argentinos Juniors x Indepen-diente

Sexta-feiraCCaammppeeoonnaattoo BBrraassiilleeiirroo -- SSéérriiee BB21h00 - Náutico x Duque de Caxias21h00 - Paraná Clube x Ponte Preta21h00 - ASA x Bragantino

CCaammppeeoonnaattoo AArrggeennttiinnoo -- AAppeerrttuurraa19h10 - Tigre x Gimnasia y Esgrima21h15 - Colón x All Boys

CCaammppeeoonnaattoo AAlleemmããoo15h30 - Mainz x Kaiserslautern

AGENDA

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JORNALO LO JORNAEsportesDomingo, 5 de setembro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Page 47: OJORNAL 05/09/2010

O atacante Deivid, doFlamengo, participou de jogo-treino contra o Sendas, quinta-feira, e mostrou que está comvontade de ajudar a equipehoje, às 16h, contra o Santos,no Maracanã. O Rubro-Negro,que atuou com os jogadoresreservas, venceu a atividadepor 2 x 1, mas o camisa 99 nãomarcou nenhum gol. Na ver-dade, a vitória foi garantidapor Cristian Borja e GuilhermeCamacho, porém, Deivid ap-resentou-se a todo momentoe se movimentou bastante.

“Fazer físico é uma coisacompletamente diferente dejogar. Quero jogar e ajudar ogrupo para que possamos sairdo Maracanã vencedores”,disse Deivid, após o treino.

O jogador sabe que é vistocomo salvador da pátria, dadaa escassez de gols do ataquerubro-negro, e, mais uma vez,se disse pronto para encarar anova responsabilidade.

“Desde o acerto, estouacompanhando o que acon-tece no time do Flamengo. Seidesta situação de ser o salva-dor pelo fato de o Adriano ter

feito grandes jogos e gols, ede ter conquistado oBrasileiro. De uma certaforma, são boas essas cobran-ças e essa responsabilidade,e o jogador de futebol tem deestar pronto para isso. Estoupronto para poder estrear efazer bons jogos - completou.

Flamengo e Santos se en-frentam no Maracanã no úl-timo jogo antes do fechamen-to do estádio para as obrasda Copa do Mundo de 2014.

NEYMAR - Depois deemplacar a quinta vitória con-secutiva, o técnico Dorival

Júnior ganhou um problemapara a partida contra oFlamengo: não poderá contarcom Neymar, suspenso peloterceiro cartão amarelo.

Segundo o treinador, oSantos precisará de uma rea-daptação sem a Joia, funda-mental para a equipe nestatemporada. “Todo o grande jo-gador acrescenta, principal-mente com a ausência dos quejá saíram. Vejo que a equipesabe jogar, teremos que buscaruma adaptação rápida porquenão temos o Neymar.Precisarem os entender, algunsmomentos contaremos comele, outros não”, disse.

Dorival ainda não cogitouos possíveis substitutos parao camisa 11, mas admitiu queo atacante Marcel, autor do se-gundo gol santista, está nopáreo. “As vagas estão sempreem aberto, pois titularidadeem uma equipe de futebol émomentânea. Tem um jogadorque estava parado (Keirrison)e o Marcel que precisa de umasequência. Os que derem umaresposta direta vão se definin-do”, disse.

Quero jogar!Atacante Deivid pode ser a novidade do Flamengo no clássico de hoje com o Santos

77Domingo, 5 de setembro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

JORNALO LO JORNAEsportes

O atacante Deivid foi o principal reforço do Fla deste semestre

PACAEMBU

Palmeirasvai recebero Cruzeiro

O empate com oFluminense por 1 x 1, con-quistado nos minutos fi-nais da partida no Maca-ranã, deu aos jogadores doPalmeiras uma nova sensa-ção. Ao invés de se senti-rem incomodados com asituação da equipe noCampeonato Brasileiro, otime agora tem um fortesentimento de esperança,de que a regularidade tãoalmejada, enfim, está maisperto. Hoje, o Verdãoduela com o Cruzeiro, às16h, no Pacaembu.

“Nossa confiança cres-ceu e esse negócio de irre-gularidade ficou para trás.Todo o time tem feito umbom papel e estamos maisconfiantes, principalmentena defesa. Todos os joga-dores têm marcado bem,desde o ataque, e por issonão estamos sofrendo mui-tos perigos”, disse o za-gueiro Maurício Ramos.

O Palmeiras tem 24pontos. A equipe se pre-para para o reencontrocom a torcida, depois daderrota por 3 x 0 para oAtlético-GO no Pacaembu,há três rodadas. Depois deconquistarem quatro pon-tos em jogos fora de casa– o time ainda venceu oAtlético-MG no Ipatingão– , os jogadores queremmanter o ritmo contra oCruzeiro, adversário direi-to por uma vaga no G-4 –tem 28 pontos.

“Devagar nós vemosque o time está melhoran-do. Continuamos commuitos defeitos, mas a per-sonalidade e a sequênciados últimos jogos nosdeixa mais animados. Nãopodemos mudar a carac-terística. Com o time aber-to, como ocorreu diante doAtlético-GO, será compli-cado. É tentar achar umpadrão de jogo, coisa queo Felipão está tentandoneste momento”, afirmouo goleiro Marcos.

Alexandre Loureiro / VIPCOMM

FLUMINENSE

Muricy praticamente descartavolta de Fred contra o Guarani

A torcida do Flu-minense deve ter que es-perar um pouco mais paraver o retorno de Fred. Emcoletiva após o treino desexta-feira, o técnicoMuricy Ramalho confir-mou que a escalação do ca-misa 9 para o jogo contra oGuarani, hoje, às 16h, emCampinas, é improvável.

Na manhã de sexta,

Fred ficou outra vez defora do treinamento nasLaranjeiras, onde realizouapenas trabalho físico napiscina. “É difícil, mas nãoestá descartado. O Fred so-freu uma lesão grave e estáhá muito tempo sem jogar.Ele tem trabalhado muitoduro para recuperar aforma física, portanto,temos que ter um pouco de

paciência”, comentou o téc-nico tricolor.

Fred está afastado dosgramados desde o dia 25de julho, quando sofreuum estiramento na pantur-rilha esquerda, no empateem 1 x 1 com o Botafogo,no Engenhão. Enquantoisso, seu substituto para aposição, Washington, nãotem sido unanimidade

dentro da torcida tricolor.No entanto, Muricy diz

que não há motivos parapressa. E prefere esperar atéque o artilheiro esteja 100 %para poder voltar à equipe.“Como ainda tem muitocampeonato pela frente, apreocupação é dar base físi-ca para o Fred, para que elepossa suportar o restante datemporada”.

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