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Do seu modo, as crianças acompanham aula de inglês Visitas a abrigos para idosos são uma das atividades dos voluntários Doze anos após o título histórico de 2000, heróis do ASA revelam os detalhes da conquista ornal J ornal J O ANO 19 NÚMERO 075 R$ 3,00 MACEIÓ, 7 DE OUTUBRO DE 2012 DOMINGO ASSINATURAS: 82 4009.1919 CLASSIFICADOS: 82 4009.1930 PUBLICIDADE: 82 4009.1961 PABX: 82 4009.1900 Uma banda de ‘legiãomaníacos’ conquista o seu espaço em AL VOTA ALAGOAS DESDE PEQUENO CARIDADE ESPORTES B1 Yvette Moura Yvette Moura Eduardo Leite/Estagiário Quem vive para fazer o bem Voluntários empregam seu tempo e experiência para fazer o bem sem olhar a quem. Essa atua- ção tem sido importante na vida de centenas de pessoas que preci- sam de um ombro amigo. Crianças são matriculadas em escolas de línguas A busca por uma segunda língua está colocando as crian- ças mais cedo nas escolas espe- cializadas. Os primeiros contatos com a língua estrangeira come- çam aos 2 anos, e aos 10 a criança já pode conversar em inglês. Em português, O Jornal conversou com professores e esses peque- nos alunos. SEGURO Seguro de vida garante a tran- quilidade da família em casos de morte ou invalidez parcial ou total em decorrência de ativi- dades de trabalho. Ele também protege o segurado e sua família ao oferecer indenização em caso de morte por causas naturais ou acidentais e também caso o segu- rado sofra algum acidente e fique com invalidez permanente total ou parcial. ÀS COMPRAS Consumidoras exigentes que, antes de tudo, gostam de comprar. Elas pesquisam, exami- nam peças, escolhem e só depois decidem comprar. Para atraí-las, a relação há muito deixou de ser apenas entre cliente e lojista. Agora, o que vale é a amizade. E, com um mercado promissor, cresce o número de lojas especia- lizadas em produtos femininos na capital alagoana. CANDIDATAS Aparticipaçãodemulherescandi- datas nas eleições deste ano subiu de 22%, em 2008, para 31%. NO BRASIL Mesário mais antigo do País recebe hoje homenagem Um bordado tradicional e bem típico de Alagoas A5 O FILÉ MINGUANTE.............................................................8/10 NOVA..................................................................15/10 CRESCENTE...........................................................22/10 CHEIA..................................................................29/10 01h45...................................0.7 07h58...................................1.5 14h00...................................0.8 20h26...................................1.5 FASES DA LUA MARÉS Eleição no Estado é a mais moderna do País A eleição em Alagoas deve ser a mais moderna e segura de todo o País. Assim como Sergipe, o Estado contará com urnas biomé- tricas em todos os municípios. O presidente do TRE/AL, desem- bargador Orlando Manso, afirma que as eleições deste ano devem ser as mais seguras e limpas da história de Alagoas. AL terá urnas biométricas em todos os municípios; presidente do TRE diz que eleições serão as mais seguras da história A2 A9 10 E11 Glória Pires está empolgada com a personagem Roberta em“Guerra dos Sexos” S O JORNALl MACEIÓ, 7 DE OUTUBRODE 2012 l DOMINGO www.mais.al l [email protected] 13 SalaVIP + TV Elisa Pinheiro comemora papel em “Malhação” 19 Igor Pereira Filé: tipicamente alagoano Igor Pereira Nide Lins O filé básico em tom verde para qualquer hora por Petrúcia As cores e olhar exótico do filé sobre A clássica leitura de Marcus Telles para o bordado de filé A12 A15 A19 A5

OJORNAL 07/10/2012

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Page 1: OJORNAL 07/10/2012

Do seu modo, as criançasacompanham aula de inglês

Visitas a abrigos para idosos são uma das atividades dos voluntários

Doze anos após o título histórico de 2000,heróis do ASA revelamos detalhes da conquista

ornalJ ornalJOAno 19 número 075 r$ 3,00Maceió, 7 de outubro de 2012 DoMingo

AssinAturAs: 82 4009.1919 ClAssifiCAdos:

82 4009.1930

PubliCidAde: 82 4009.1961

PAbx: 82 4009.1900

Uma banda de‘legiãomaníacos’conquista o seuespaço em AL

vota alagoas

desde pequeno

caridade

esportesB1

Yvet

te M

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Yvet

te M

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Edua

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agiá

rio

Quem vive para fazer o bemVoluntários empregam seu

tempo e experiência para fazer o bem sem olhar a quem. Essa atua-ção tem sido importante na vida

de centenas de pessoas que preci-sam de um ombro amigo.

Crianças sãomatriculadasem escolasde línguas

A busca por uma segunda língua está colocando as crian-ças mais cedo nas escolas espe-cializadas. Os primeiros contatos com a língua estrangeira come-çam aos 2 anos, e aos 10 a criança já pode conversar em inglês. Em português, O Jornal conversou com professores e esses peque-nos alunos.

SEGUROSeguro de vida garante a tran-

quilidade da família em casos de morte ou invalidez parcial ou total em decorrência de ativi-dades de trabalho. Ele também protege o segurado e sua família ao oferecer indenização em caso de morte por causas naturais ou acidentais e também caso o segu-rado sofra algum acidente e fique com invalidez permanente total ou parcial.

ÀS COMPRASConsumidoras exigentes

que, antes de tudo, gostam de comprar. Elas pesquisam, exami-nam peças, escolhem e só depois decidem comprar. Para atraí-las, a relação há muito deixou de ser apenas entre cliente e lojista. Agora, o que vale é a amizade. E, com um mercado promissor, cresce o número de lojas especia-lizadas em produtos femininos na capital alagoana.

CANDIDATASA participação de mulheres candi-

datas nas eleições deste ano subiu de 22%, em 2008, para 31%.

no brasil

Mesário maisantigo do Paísrecebe hojehomenagem

Um bordadotradicionale bem típicode Alagoas

a5

o filé

Minguante.............................................................8/10

nova..................................................................15/10

CresCente...........................................................22/10

Cheia..................................................................29/10

01h45...................................0.7

07h58...................................1.5

14h00...................................0.8

20h26...................................1.5

fAses dA luAMArés

Eleição no Estado é amais moderna do País

A eleição em Alagoas deve ser a mais moderna e segura de todo

o País. Assim como Sergipe, o Estado contará com urnas biomé-

tricas em todos os municípios. O presidente do TRE/AL, desem-

bargador Orlando Manso, afirma que as eleições deste ano devem

ser as mais seguras e limpas da história de Alagoas.

AL terá urnas biométricas em todos os municípios; presidente do TRE diz que eleições serão as mais seguras da história

a2

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Glória Pires está

empolgada com a

personagem Roberta

em“Guerra dos Sexos”SO JOrnal l Maceió, 7 de outubro de 2012 l DOmingO

www.mais.al l [email protected]

13

SalaVIP + TV

Elisa Pinheiro

comemora

papel em

“Malhação”19

Igor Pereira

Filé: tipicamente alagoano

Igor Pereira

Nide Lins

O filé básico

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Petrúcia

As cores e olhar

exótico do filé sobre

A clássica leitura

de Marcus Telles

para o bordado

de filé

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Votação será porurnas biométricasem todo o Estado, que terá a eleição mais moderna do País

José Á[email protected]

Hoje, a partir das 8 horas e até as 17 horas, 1.863.029 eleitores irão

às urnas nos 102 municípios alagoanos. Destes, a imensa maioria - 1.852.549, 99,4% do total de eleitores - votará atra-vés de urnas biométricas para escolherem prefeitos e verea-dores. Apenas 10.480 do total dos eleitores aptos não usará

o sistema, devido a fato-res como, por exemplo, deficiência física ou dificuldade na captação das impressões digitais. Com isso, Alagoas, ao lado de Sergipe, terá a eleição mais moderna do País. São os dois únicos Estados a contar com a biometria em todas as seções eleitorais.

A capital, Maceió, tem o maior colégio eleitoral: são 501.081 eleitores aptos a votar hoje, dos quais 494.420 (98,7%) usarão as urnas com iden-tificação biométrica. Arapi-raca vem em seguida, com um total de 119.280 eleitores, sendo 118.804 (99,6%) cadas-trados para o voto biométrico. O terceiro maior eleitorado

do Estado é Rio Largo: 45.832 eleitores, com 45.574 (99,4%) votando nas urnas biométricas. Depois vem Palmeira

dos Índios - 43.742 eleitores, com 43.602 (99,6%) recadas-trados biometricamente – e União dos Palmares - 37.279 eleitores, sendo 37.209 com as impressões digitais cadas-tradas.

Pindoba é o município com o menor número de eleitores: são 2.190 eleitores, dos quais 2.184 (99,7% do total) vão votar nas urnas biométricas. Ou seja, apenas seis pessoas na cidade não se identificarão pelas digitais para votar. O segundo menor eleitorado está em Mar Vermelho, com 2.924 eleitores.

Destes, 2.420 (99,8%) vão usar a biometria. Só quatro pessoas na cidade não poderão utilizar o sistema.

A imensa maioria desse eleitorado em Alagoas é de mulheres solteiras - 599.689 eleitoras (53% do total). Quando o parâmetro é faixa etária, a maioria do eleitorado é de jovens: 475.892 eleitores que tem entre 25 e 34 anos. E, neste caso, elas também domi-nam - são 257.477 mulheres.

Em relação ao grau de escolaridade, a maior parte do eleitorado alagoano - 506.010 – detém o ensino fundamen-tal incompleto. As mulheres também são maioria neste quesito, somando 260.271 eleitoras.

DiminuiuAs imagens de Marcelo Palmeira comprando eleitores em 2008 atingiram a imagem da campanha de Rui Palmeira. As pesquisas internas feitas nos últimos dias apontaram uma queda nas inten-ções de voto.

ExplicandoO vereador Marcelo Malta teve certa dor de cabeça depois que agentes da Polícia Federal realizaram uma fiscalização em um posto de combustível onde veículos que participariam de uma carreata dele eram abastecidos.

AumentoAs urnas não foram sequer abertas e já tem muita gente se movimen-tando para rediscutir a ampliação do número de vereadores em Maceió. Com seis coligações apontando claramente para derrotas nas urnas, o assunto vai voltar ao debate nos próximos dias.

Em queda

Hoje será um dia de desafio político para vereadora Heloísa Helena. Os mais otimistas apostam que ela terá a metade da votação anterior:

quando obteve mais 29 mil votos. Desgastada com a derrota na eleição para o Senado em 2010, ela deve cair muito na intenção de votos dos eleitores, devido ao mandato apagado na Câmara Municipal. Mesmo assim, o PSOL emplaca um vereador.

Um no outroO médico Jurandir Bóia é o candidato do chapão na votação de hoje. No entanto, o nome e a foto de Ronaldo Lessa apare-cem na urna eletrônica. Os votos não serão anulados.

Lei SecaOs juízes das quatro zonas eleitorais de Maceió decidiram por unanimi-dade não proibir a venda e consumo de bebidas alcoólicas neste dia das eleições. Para eles, é impossível fiscalizar e executar a ‘Lei Seca’.

Justiça

O desembargador Sebastião Costa Filho, presidente do Tribunal de Justiça, publicou uma resolução instituindo o serviço de perito, intérprete e tradutor para atuação em processos judiciais de natureza cível e crimi-nal em que a parte for beneficiária da justiça gratuita.

Arqu

ivo

Da Redaçã[email protected]

PautaGeral

Termômetro

O preço da cesta básica no mês

de setembro, que, de acordo com o Dieese, subiu em nove das 17 capitais brasileiras

pesquisadas.

O valor das contas de energia para os

consumidores finais, que devem sofrer uma redução média de 26%, segundo dados da

Abradee.

A2 O JOrnal l Maceió, 7 de outubro de 2012 l DOmingO

[email protected]ítica

Mais de 1,8 milhão vão, hoje, às urnas em AL

eleitores

Esses 1.863.029 eleito-res alagoanos vão escolher 102 entre os 308 candidatos a prefeito do Estado e 1.047 entre os 7.126 concorrentes a vereador para as câmaras dos municípios de Alagoas. Maior colégio eleitoral do Estado, Maceió também

conta com o maior número de candidatos a prefeito: são oito concorrentes. Para as 21 vagas da Câmara da capital, há 552 postulantes. Arapiraca só tem três candi-datos e prefeito e 170 para as 15 cadeiras de vereador do Legislativo municipal.

O município que está em segundo no número de candidatos a prefeito é Matriz do Camaragibe: são seis concorrentes. Para a Câmara, 90 nomes dispu-tam as 11 vagas de vereador do município. A cidade com o menor número de candi-

datos é Minador do Negrão: com a renúncia de uma das postulantes, a eleição será de candidata única. Lá, também tem o menor número de concorrentes à Câmara: 18, para nove vagas. Concorrên-cia de dois candidatos por vaga. J.a.

Esta será a primeira elei-ção na qual todos os eleitores do Estado de Alagoas votarão em urnas biométricas. E o que isso significa? De acordo com o site oficial do TSE, as urnas com o sistema possi-bilitam ao eleitor registrar seu voto após a identificação biométrica, isto é, depois do reconhecimento das impres-sões digitais do cidadão que foram previamente cadas-tradas no processo de reca-dastramento biométrico - quando também foi colhida a foto de cada eleitor.

Ao chegar hoje para a votação, após a apresenta-ção dos documentos pelo eleitor, a identidade dele será confirmada por meio do reconhecimento biométrico de sua impressão digital em um leitor acoplado à urna. A

urna é liberada para o voto depois que a digital confere com aquela que consta no banco de dados da Justiça Eleitoral. O leitor digital fica em poder do mesário da sessão.

Se o mesário tiver dúvidas com relação ao eleitor, ou se a sua digital não for reconhe-cida, aquele terá à sua dispo-sição a folha de votação com as fotos de todos os eleitores daquela seção, à qual poderá recorrer para confirmação da identidade.

Segundo o TSE o objetivo do sistema “é excluir a possi-bil idade de uma pessoa votar por outra, tornando inviável a fraude no proce-dimento de votação”.

“Esse s istema impr i-mirá às eleições brasileiras – marcadas pela extrema

confiabilidade na votação – um novo mecanismo de segurança, no que se refere à identificação do eleitor, já que não haverá dúvidas quanto à identidade de cada votante. Para se ter uma ideia do grau de segurança que será alcançado, basta lembrar que uma única digi-tal pode ser utilizada para reconhecer uma pessoa”, diz, ainda, o site oficial do Tribunal Superior Eleitoral.

“Acredito que teremos as eleições mais limpas de toda a história de Alagoas, com a biometria. Inibire-mos a possibilidade de elei-tores votarem por outros e algumas fraudes que acon-teciam dentro das seções eleitorais”, disse o presi-dente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembar-gador Orlando Manso, em entrevista a O Jornal (Veja mais na página a3).

São 308 candidatos a prefeito e 7.126 a vereador

Biometria: como é que funciona esse sistema?

Urnas biométricas foram usadas em 2008Esta não é a primeira vez

em que as urnas biométri-cas serão utilizadas. A nova tecnologia já foi utilizada nas eleições de 2008, nos municípios de Colorado do Oeste (RO), Fátima do Sul (MS) e São João Batista (SC) e nas eleições gerais de 2010, alcançando um total de 60 cidades em 23 Estados. Entre essas cidades, 11 foram de Alagoas: Rio Largo, Barra de Santo Antônio, Branquinha, Chã Preta, Igaci, Jarama-taia, Poço das Trincheiras, Quebrangulo, São Miguel dos Milagres, Coité do Nóia e Maribondo. Nestes muni-cípios, não foi preciso haver o recadastramento biomé-trico entre o ano passado

e este ano para o uso das urnas biométricas neste ano porque seus eleitores já esta-vam cadastrados.

Segundo o TSE, a implan-tação do sistema neste ano custou R$ 27,9 milhões para os cofres públicos. O sistema biométrico será usado em 229 municípios de 24 Esta-dos. Apenas nos Estados de Amazonas, Roraima e no Distrito Federal não foi houve recadastramento este ano. Nos demais Estados do país, há, pelo menos, um município que vai adotar o sistema de votação biomé-trico. A meta da Justiça Elei-toral é disponibilizar o novo sistema em todo o país a partir de 2018. Pelo sistema, a urna é liberada após o reconhecimento do eleitor pela digital

Quem será?Pindoba, Paulo Jacinto e Colônia de Leopoldina voltam a disputar o título de primeiro município a finalizar a contagem de votos. Em 2004 deu Pindoba; em 2006 e 2008 ficou com PJ e Colônia terminou em 30 minutos a apuração em 2010. Todas três cidades contam com poucos eleitores.

ExpectativaLuciano Barbosa pode enfrentar hoje sua primeira derrota eleitoral desde que saiu do PCdoB e foi para o PMDB. Rogério Teófilo cresceu com muito apoio dado pelo governo. No entanto, se Célia Rocha, que lidera as pesquisas, vencer em Arapiraca, o governa-dor Teotonio Vilela terá o maior desafeto de sua vida política.

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Carta marcadaMas Lessa não se conforma: “Pareceu coisa orquestrada e dirigida contra mim”, disse ele, ao se referir à impugnação da sua candidatura.

AntigoEm Alagoas, mais precisamente no município de Água Branca, está o candidato a prefeito mais antigo do País. Trata-se do candidato Roberto Torres, que foi prefeito de Água Branca eleito em 1966 pela extinta Arena – na época do governo militar.

TarefaQuando Roberto Torres foi prefeito de Água Branca, deu-se o “episódio de Pariconha”, quando o então governador Lamenha Filho foi impedido por um grupo de agricultores de discursar na inauguração de grupo escolar no antigo povoado (Pariconha).

Deserto fértilDescobriu-se depois que o “grupo de agricultores” pertencia à AP (Ação Popular), o movimento da Igreja Católica contra o governo militar.

FugaNo movimento político em Parico-nha – que na época era povoado de Água Branca – tinha vários “paulistas” – que, na verdade, se tratavam de ativistas políticos de esquerda que fugiram da repres-são em São Paulo.

DoisEntre os “paulistas” mais famosos que se esconderam da repressão política em Pariconha estavam o ex-deputado federal por Goiás, Aldo Arantes, e a ex-deputada federal pelo Pará, Socorro Gomes, ambos do PCdoB.

Passou batidoA polícia alagoana chegou a prender Aldo Arantes e trazê-lo para Maceió, mas sem saber que se tratava de um importante quadro da esquerda procurado em São Paulo.

Do votoO presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Orlando Manso, tornou a lembrar que esta é a primeira eleição em Alagoas com 100% do eleitorado no sistema de voto biométrico. Ou seja: é definitivamente impossível votar pelo defunto.

Da luzA Eletrobras Distribuição colocou 250 funcionários de prontidão para garantir toda energia – literalmente – na eleição. São 69 equipes distribuídas em todo o Estado, sendo que 15 delas são da “turma pesada”, ou seja, arranca e coloca postes no lugar.

Da foice e da hóstiaÉ de Alagoas o único padre-comunista e candidato a prefeito. Trata-se do Padre Eraldo, filiado ao PCdoB, que disputa a Prefeitura de Delmiro Gouveia.

É hoje

O desafio do novo prefeito é tornar Maceió mais acessível ao motorista e ao pedestre. Seja quem for que se eleger, o problema da acessibili-

dade deve ser a questão prioritária de governo – senão, o futuro prefeito ficará literalmente sem saída.A capital alagoana surgiu em torno de um engenho de açúcar e de uma capela, e circundada por verdadeiros charcos – daí os nomes dos bair-ros: Levada, Poço, Ponta Grossa, Ponta da Terra, Bebedouro, Prado...Cresceu desordenada com ruas e até avenidas que já não comportam mais tantos carros trafegando ao mesmo tempo, enquanto nos barran-cos a população segregada em favelas aguarda um prefeito que lhe torne a vida menos cruel.

Pensar

Edua

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Leite

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agiá

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Roberto [email protected]

Contexto

Expressas

Em todo o País, 465.414 candidatos a prefeitos e vereadores disputam a eleição. Desses, 2.152 tiveram a candidatura impugnada por serem “fichas sujas”.

O turista que quiser justificar a ausência na eleição dispõe este ano de postos de atendimento até na beira da praia.

Além de Maceió, com os postos no aeroporto e no terminal rodovi-ário, o Tribunal Regional Eleitoral instalou locais para a justificativa do eleitor na região litorânea.

Em Maragogi, no litoral norte, o turista pode justificar a ausência no Posto de Informações Turísticas e, em Marechal Deodoro, no litoral sul, na praia do Francês.

A3O JOrnal l Maceió, 7 de outubro de 2012 l DOmingO

[email protected]ítica

Impedido de se candidatar a prefeito, Ronaldo Lessa anunciou que vai pensar sobre o seu futuro político. “Eu sou engenheiro”, disse Lessa, mostrando que é profissional liberal e que pode sobreviver sem a política. “O futuro (político) a Deus pertence”, arrematou Lessa.

Como o senhor avalia o processo eleitoral deste ano em Alagoas?Acredito que o processo eleitoral, apesar de alguns incidentes pontuais no interior, ocorreu de forma tranquila, sem maiores preo-cupações. Acredito também que teremos as eleições mais limpas de toda a história de Alagoas, com a biometria. Inibiremos a possibilidade de eleitores votarem por outros e algumas fraudes que acon-teciam dentro das seções eleitorais. Alagoas, tenho certeza, servirá de referência para todo o Brasil, com um pleito digno de ser lembrado por muitos anos. Qual a sua maior preocu-pação neste pleito?A nossa preocupação inicial é garantir que o eleitor vote com segurança. Quando falo segurança, falo de urnas biométricas funcionando perfeitamente, garantindo a lisura do pleito. E falo também na possibilidade do eleitor votar com a consci-ência tranquila, sem sofrer pressão de candidato algum, podendo exercer sua cida-dania plena através do voto. Por isso, queremos garantir as forças policiais nas ruas, os juízes eleitorais conduzindo o pleito de forma enérgica e o afastamento de qualquer tipo de negatividade que objetive denegrir o processo eleitoral em Alagoas. Os juízes eleitorais do interior do Estado receberam sua visita empenhando apoio ao trabalho deles. Como surgiu esta ideia de fazer as visitas e qual a percus-são desse trabalho?A ideia surgiu quando come-çamos a escutar os relatos dos juízes eleitorais sobre a necessidade do envio de tropas federais para alguns municípios. Julgamos ser necessário, com as nossas visitas, mostrar a presença da Justiça Eleitoral nessas

cidades, para que a sociedade tenha ciência que não deve-mos nada a ninguém e que atuamos de forma imparcial. O eleitor não pode se sentir coibido ou coagido, isso é uma grande verdade. Avalia-mos que as visitas tiveram o resultado que esperamos, pois os juízes demonstraram uma maior tranquilidade após nossas conversas. As visitas servem para garantir aos juízes apoio irrestrito do Tribunal, inclusive para aqueles que poderiam estar com a segurança ameaçada por agir com rigor nas eleições?Felizmente, nenhum juiz eleitoral de Alagoas nos rela-tou ter se sentido ameaçado ou intimidado. Por isso eu disse, em todos os locais por onde passamos, que a visita objetiva demonstrar nosso apoio, e não a nossa solida-riedade. A segurança desses magistrados está garantida e estou certo que os mesmos atuarão com imparciali-dade e isenção, garantindo eleições seguras em todo o Estado. Desde o início do processo eleitoral, o senhor deixou claro que sua meta era garan-tir eleições limpas em Alagoas. Quais ações o senhor destaca que foram feitas nesse sentido?As primeiras ações foram iniciadas há muito tempo, quando aceitamos o desafio de recadastrar biometri-camente todo o eleitorado alagoano. Investimos muito em tecnologia e na capacita-ção dos técnicos e servidores da Justiça Eleitoral e, tenho certeza, o sucesso desse investimento aparecerá assim que a eleição acabar e tivermos a notícia que tudo deu certo. Com a biometria, teremos as eleições mais limpas do Brasil, com certeza! E serviremos de exemplo

para os demais Estados brasi-leiros que ainda não passa-ram por esse processo. Ações para garantir a segurança da população, como reuniões com as forças policiais e a publicação de portarias regu-lamentando várias ações, também devem ter destaque. Nossa preocupação, desde o início, é que o eleitor saia seguro de suas residências, com a consciência tranquila para escolher em que votar, exerça sua cidadania e volte pra casa em completa segu-rança. Quais os maiores desafios que o senhor encontrou para garantir as eleições limpas?O nosso maior desafio, com certeza, começou com o recadastramento biométrico. Essa foi uma tarefa difícil de cumprir, mas que, com o esforço conjunto de todos que fazem o TRE, consegui-mos vencer. Depois, adequar as urnas eletrônicas, reali-zando testes à exaustão até detectar possíveis erros, foi outro grande desafio. Nosso corpo técnico descobriu problemas nas urnas de 2008 que foram repassados para todos os demais regionais, demonstrando a excelência dos serviços que eles executa-ram diuturnamente durante todo o período eleitoral. A garantia da segurança também é outro desafio, mas confio no governador de Alagoas e em sua palavra que garantiu que a Polícia Militar supriria a carência de outras forças policiais e que as elei-ções transcorreriam dentro da maior tranquilidade. Como o senhor avalia a estrutura da segurança oferecida pelas forças policiais para este pleito? E a recusa da Assembleia, Tribunal de Contas, Prefeitura de Maceió entre outros em liberar os policiais das assesso-rias para reforçar a segu-rança durante a eleição?

Acredito que as forças policiais estarão atuando, conjuntamente, e garantindo a segurança da população alagoana. Sobre a liberação dos policiais das assessorias de órgãos públicos, avalio que a recusa foi um fato desprezível, pois cada policial que puder atuar nessa eleição será muito bem-vindo. Mas já determinamos a todos os órgãos que os seus militares se apresentem ao Comando da PM/AL e coloquem-se à disposição para atuar no próximo domingo. Queremos policiais nas ruas, trabalhando em prol da sociedade, e não fazendo segurança de candidatos ou autoridades. O senhor acredita que as urnas biométricas vão funcionar com perfeição em 100% do Estado?Não vou dizer que 100% das urnas irão funcionar perfei-tamente domingo. Falhas ocorrerão, certamente. Mas já estamos preparados e com grande quantidade de urnas de contingência, objetivando suprir as eventuais necessi-dades. E também com servi-dores especializados para atuar, em caráter de urgência, quando algum problema for detectado em qualquer zona eleitoral. Existe toda uma estrutura montada e acreditamos que seremos eficientes também nesse sentido.

Qual a previsão para concluir a apuração e apresentar o resultado do pleito?Acreditamos que o resultado do pleito será apresentado de quatro a cinco horas após o encerramento da vota-ção. Nesta eleição, todos os municípios terão pontos de transmissão dos resultados, uma grande inovação. Antes, os resultados partiam das sedes das zonas eleitorais, e no próximo domingo, tudo será mais rápido em todos os sentidos.

Entrevista l Orlando Manso l Presidente do TRE

“AL será referência para todo o País”Iracema [email protected]

O presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargador Orlando Monteiro Cavalcanti

Manso, coordena o processo eleitoral em Alagoas num momento crítico, em que o Estado é considerado o mais violento do País, segundo as estatísticas, e durante as eleições que costumam ser as mais acaloradas: as de prefeito e vereador.

Apesar do desafio, Manso vem buscando conduzir o período com equilíbrio, isenção e segurança. Em entrevista a O Jornal, ele destaca que estas devem ser “as eleições mais limpas de toda a histó-ria de Alagoas”.

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Além disso, 76 localidades contarão com o apoio logístico para o recebimento das urnas eleitorais e dos funcionários dos tribunais eleitorais. O vice--chefe de Operações Conjun-tas do Ministério da Defesa, general Celso José Tiago, infor-mou que o deslocamento dos equipamentos e servidores dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) tiveram início na última quarta-feira, em especial para localidades da região amazô-nica, cujo acesso somente é possível por lanchas ou heli-cópteros.

“Tudo foi planejado para que as eleições no próximo domingo transcorram sem qualquer incidente. Mas, se isso não for possível, teremos um aparato militar para atuar

em apoio à Justiça Eleitoral”, explicou o general Tiago.

A pedido do Tribunal Supe-rior Eleitoral (TSE), a Defesa manterá prontidão em bases aéreas de cinco capitais: Brasí-lia, Rio de Janeiro, Porto Velho, Belém e Manaus. Nessas cida-des, segundo o general Tiago, helicópteros e aviões pode-rão ser acionados a qualquer momento para o deslocamento de tropas ou qualquer emer-gência constatada pelo TSE.

PlanoA elaboração do plano de

segurança para as eleições municipais que acontecem neste final de semana vem sendo feita a partir da aprova-ção, pelos ministros do TSE, das localidades que contarão com

o apoio militar. Até a noite da última quinta-feira, quando a Corte fez a última sessão antes das eleições deste ano, o tribu-nal havia encaminhado para o Ministério da Defesa relação contendo 393 cidades.

Apenas na quinta-feira, os ministros incluíram mais 125 municípios, sendo 82 do Estado do Piauí, cujo TRE havia pedido apoio para 143 cidades. “Até o próximo domingo deve-remos receber mais pedidos por parte da Justiça Eleitoral”, explicou o general Tiago.

Ne s t a e l e i ç ã o h o u v e esquema especial de uso das Forças Armadas uma semana antes da votação e apuração. Por solicitação do TRE do Estado do Rio de Janeiro, os ministros do Tribunal Superior encaminharam para a presi-denta Dilma Rousseff, após acordo com o ministro da Defesa, Celso Amorim, pedido para o apoio no complexo de favelas da Maré e em bairros da zona oeste da capital flumi-nense. Após autorização, 3 mil militares do Exército e da Marinha foram destacados para apoiar os funcionários

da Justiça Eleitoral e assegurar a realização de atividades de campanha dos candidatos.

No domingo, haverá o emprego de 5,5 mil militares do Comando Militar do Leste (CML) e 1 mil do Corpo de Fuzi-leiros Navais. As tropas ficarão nos municípios do Rio, São Gonçalo, Magé, Itaboraí, Cabo Frio, Rio das Ostras, Macaé e Campos dos Goytacazes. “As tropas estarão nos locais de seções eleitorais das 8h às 17h para garantir o trabalho dos funcionários da Justiça Elei-toral, seja na fiscalização no perímetro da votação ou para apoiar qualquer tipo de ação que julgar necessária”, afirmou o general Tiago.

Para realizar a operação de garantia da lei e da ordem e apoio logístico à Justiça Elei-toral, o Ministério da Defesa apresentou orçamento de R$ 27,5 milhões para as eleições municipais. Os recursos são para despesas que vão desde o deslocamento militar até o emprego de aviões, helicóp-teros e lanchas. Até a última sexta-feira, o TSE havia repas-sado R$ 19,2 milhões à Defesa.

a4 O JOrnal l Maceió, 7 de outubro de 2012 l DOmingO

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Apoio logístico para o recebimento das urnas

O plano de segurança para garantir a lei e a ordem nas eleições

municipais de hoje prevê o emprego de 35 a 40 mil mili-tares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. O efetivo militar, que atuará em apoio à Justiça Eleitoral em 393 muni-cípios de 11 Estados, começou a ser mobilizado na manhã da última sexta-feira. Apenas o Estado do Rio de Janeiro

disporá de 6,5 mil militares para oito cidades. As informa-ções são do TSE.

Alagoas é um dos Estados que contam com o reforço do Exército na segurança das eleições em seus municípios. O Tribunal Superior Eleitoral havia aprovado, até a última sexta-feira, tropas federais para oito cidades de Alagoas: Boca da Mata, Paulo Jacinto, Batalha, Belo Monte, Jacaré dos Homens,

Chã Preta, Minador do Negrão, União dos Palmares, Limoeiro de Anadia e Barra de São Miguel. O motivo é o clima de tensão política nestas cidades.

Mais de 400 homens devem ser enviados a estas cidades, segundo informa-ções do comando do 59º Batalhão de Infantaria Moto-rizado (BIMtz). No caso de alguns desses municípios, o TSE chegou a negar os pedi-

dos, mas reconsiderou a deci-são, após pedido do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). No caso da maior parte dos pedi-dos, o Tribunal Superior Elei-toral rejeitou a requisição. O argumento foi o de que o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) apresentou um plano de segurança para as eleições, assegurando que poderia garantir a segurança dos pleitos nas cidades.

Forças Armadas terão 40 milna segurança do pleito

Segundo secretário doTribunal, expectativa éde que às 20h de hoje apuração encerre em 90% das cidades

da editoria de polÍ[email protected]

O secretário-geral do Tr ibunal Superior Eleitoral (TSE), Carlos

Henrique Perpétuo Braga, informou, na última sexta-feira, que a estimativa da Justiça Eleitoral é de que 100% dos prefeitos e vereadores eleitos de todo o País serão conhecidos até as 22h de hoje, dia da vota-ção.

De acordo com o secretá-rio, às 20h os eleitores sabe-rão o resultado em 90% das cidades, no caso de eleitos ou se haverá segundo turno. “Até

as 20h de domingo, teremos o resultado de 90% dos candi-datos a prefeito. A expectativa é de que às 22h tenhamos o resultado de todos os prefeitos e vereadores”, afirmou.

A votação ocorrerá das 8h às 17h do horário de Brasília. A apuração dos votos será iniciada apenas às 19h, do horário de Brasília, em razão do fuso horário do Acre. De acordo com Braga, não é possível iniciar a apuração

antes para não influen-ciar no pleito das cida-des onde a votação ainda não terminou.

ImPugnaçõesBraga comentou o

fato de que 678 candidatos foram barrados pela Lei da Ficha Limpa e destacou que mais recursos com pedidos de indeferimentos de registros podem chegar ao TSE. A dois dias da votação da eleição municipal, 2.152 dos 465.414

candidatos a prefeito e a vere-ador em todo o país têm o registro de candidatura ques-tionado no TSE com base na

Lei da Ficha Limpa. Eles aguardam decisão

do tribunal sobre se poderão assumir os cargos caso sejam

eleitos. Segundo Braga, nos casos de candidatos com registro indeferido, os nomes continuarão nas urnas, mas

os votos não serão compu-tados. Os partidos têm até meia-noite de sábado para apresentar outro nome para a disputa.

“Não haveria tempo hábil de trocar os nomes. Então, mesmo os impugnados, ainda que definitivamente, apare-cerão nas urnas”, informou. O secretário do TSE explicou que se a impugnação da candida-tura para prefeito for confir-mada em definitivo após as eleições, assumirá o cargo o segundo colocado.

Se o vencedor com registro cassado tiver obtido mais de 50% dos votos, serão realiza-das novas eleições.

No caso de vereador com registro cassado após das elei-ções, os votos serão redistri-buídos.

O partido do candidato ficha suja perderá coeficiente eleitoral, o que pode afetar as vagas da sigla na câmara municipal.

Braga explica que candidatos com registros indeferidos pela Justiça Eleitoral continuarão com nome e foto na urna

Resultado deve sair até as 22heleitos

Boca de urna é proibida em frente às seçõesO s e c re t á r i o d o TS E

lembrou que a propaganda eleitoral é permitida somente até a noite de sábado. Ou seja, não é permitida a propa-ganda em frente a seções eleitorais. “Boca de urna é proibida no dia das eleições. O eleitor deve ter consciência em quem votar com base na campanha eleitoral”, afirmou o juiz. Ele destacou ainda que os eleitores não poderão usar camisas com propagandas de candidatos no dia das eleições, apenas broches e bandeiras, ou seja, manifes-tações silenciosas de apoio.

seguRançaAinda de acordo com o

secretário, a violência nos municípios não é uma preo-cupação do TSE, uma vez que quase 400 cidades terão reforço de tropas federais. “Nos Estados cujos juízes sentiram problema de segu-rança foi pedido força fede-ral. Estão mobilizadas Forças Armadas, mas também Polí-cia Federal, Militar. A minis-tra-presidente fez reuniões com secretários de segu-rança. Fizemos preparação à altura da magnitude do evento”, disse.

Page 5: OJORNAL 07/10/2012

A5O JOrnal l Maceió, 7 de outubro de 2012 l DOmingO

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disputa pelo voto

Participação feminina entre candidatos é recorde este ano137.910 mulheres são candidatas este ano a prefeita, vereadora e vice-prefeita, um aumento de 31,9%

As eleições municipais deste domingo terão a maior participação

feminina entre candidatos da história brasileira. Este ano 137.910 mulheres estão aptas a concor-rer, frente aos 311.181 h o m e n s q u e v ã o disputar os cargos do pleito.

De acordo com dados do Tribunal Supe-rior Eleitoral, em 2008, a proporção de mulheres entre os candidatos a vereador, prefeito e vice-prefeito era de 22% – quando 81.251 disputa-ram as eleições – subindo para 31,9% neste ano.

Este número ganhou dimensão especialmente pelas candidatas ao cargo de vereador, que totalizam 133.377. Entre os motivos para o crescimento da participação

feminina na política estão as novas regras eleitorais aprova-das pelo Congresso Nacional, no ano de 2009.

Até então, os partidos deveriam reservar 30% das vagas de vereadores para mulheres, que poderiam ficar vazias. Com a nova redação da lei, a palavra ‘reservar’ se transformou em ‘preencher’. Desta forma, os 30% das candidaturas devem ser obri-

gatoriamente ocupa-das pelo sexo feminino.

A eleição ao Execu-tivo não prevê cota. Entre as pessoas que vão disputar uma vaga para prefeito, apenas

13% são do sexo feminino, ou seja, 1.908. Ainda assim o número aumentou em rela-ção a 2008, quando era de 11,12%. Para o cargo de vice--prefeito, participam 2.583 mulheres em 2012, represen-tando 17,2%.

Um grande exemplo para as pessoas do sexo femi-nino que buscam um cargo político, é Dilma Rousseff, a primeira mulher eleita presi-dente do Brasil.

Rondônia terá votação em cinco aldeiasascom/tRe-Ro

Em todo o Estado de Rondônia, cinco aldeias indí-genas estão habilitadas como local de votação, uma em Porto Velho (Aldeia Central - T. I. Karitiana), duas em Alta Floresta (Terra Indígena Rio Branco e Aldeia Cajuí) e outras duas em Guajará-Mirim (Posto Indígena Santo André – Rio Pacaas Novos e Posto Indí-gena Rio Negro Ocaia).

O Distrito de Surpresa, em Guajará, é a exceção, pois, embora não seja propria-

mente uma aldeia, as seções eleitorais ali instaladas aten-derão 889 índios.

Segundo a Justiça Elei-toral, o distrito foi escolhido como local de votação por ser um polo que atende mais de vinte tribos diferentes, além de oferecer melhores condi-ções físicas e possuir energia elétrica. Em Alta Floresta, os eleitores que votam na aldeia Cajuí residem em aldeias localizadas às margens do Rio Branco. As etnias mais comuns são Tupari, Makurapi e Aruá.

Mesário mais idoso do País será homenageadoRankBRasil

José Carlos Mello Rocha, que é o mesário mais idoso do país em atividade e atua em Curitiba (PR), será home-nageado no primeiro turno das eleições municipais, que acontecem neste domingo.

Pouco antes do início da votação (às 7h30), uma equipe do RankBrasil, inclusive o

diretor Luciano Cadari, vai até o Colégio Estadual Barão do Rio Branco, na seção 159, para entregar o troféu ao mesário, pela superação do próprio recorde brasileiro. A home-nagem foi autorizada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná.

Com 81 anos de idade e há 62 exercendo a função, o para-naense faz parte da história do país. Ele entrou para o Rank-Brasil pela primeira vez em 2010, com 79 anos e em 2012 pretende deixar de ser mesá-rio, não por falta de condi-ções físicas ou mentais, mas porque acredita que chegou a hora de parar.

Personalidade brasileira no que se refere a eleições, o recordista nasceu no muni-cípio paranaense de Jagua-riaíva e desde 1950 participa ativamente da democracia do Brasil, auxiliando eleitores durante as votações em quase 50 pleitos e também esco-lhendo os governantes.

José Carlos começou na função quando Getúlio Vargas foi eleito presidente da Repú-blica e em Curitiba atua desde o início da década de 60. Com o voto através de impressões digitais, ele terá presenciado as quatro fases eleitorais do país: urnas de madeira, de lona, eletrônicas e pelo sistema biométrico.

A experiência acumulada faz com que ele tenha muitas histórias curiosas para contar. Pela dedicação ao processo eleitoral, já recebeu diversos títulos importantes.

José Carlos atuou pela primeira vez como mesário na eleição de Getúlio Vargas

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João Lyra (Presidente), José Alfredo de Mendonça Nelson Ferreira

SuperintendenteSilvia [email protected]

Diretora ComercialEliane [email protected]

Editor-ExecutivoVoney [email protected]

Dia de festaEleição é a festa da democracia. E para

essa festa o principal convidado é o eleitor. Hoje elegeremos prefeitos,

vices e vereadores que vão nortear as decisões administrativas de 5.565 municípios espa-lhados no Brasil pelos próximos quatro anos. Muitos não acreditam e tentam desqualificar a política. Não reconhecem o resultado das nossas escolhas. É certo que existem muitos problemas, mas o mais importante é saber-mos que é só existe uma única maneira de mudar a realidade sem o uso da violência. É pela democracia com o voto que temos o direito de escolher quem irá nos representar.

O exercício da política começa na cidade, no território, em cada casa, rua e bairro, e é nas eleições municipais que temos a oportu-nidade de debater os temas que interferem diretamente no cotidiano de cada cidadão: saúde, educação, transporte, cultura, opor-tunidades de trabalho, desenvolvimento e políticas de convívio urbano. Nada, nem ninguém, poderá determinar a nossa vontade a não ser nós mesmos, com nossa liberdade de escolha e nosso discernimento.

Foram mais de três meses de propostas, reuniões, caminhadas e propaganda. Tudo para que o eleitor chegue em frente à urna, desta vez biométrica, e faça sua escolha. Teve gente que se informou, buscou conhe-cer o passado de cada um. Infelizmente, também teve eleitor que optou por vender o voto. Entrar em cadastros e negociar favo-res com candidatos corruptos que quase sempre desaparecem após o abrir das urnas. Esses sofrem com a falta dos serviços públi-cos e responsabilizam os que fazem a polí-tica, esquecendo o erro que cometeram no passado.

O voto consciente é o primeiro passo, mas não o último. Um primeiro passo muito importante para mudar nossa realidade. Vamos participar. Não vamos ficar de fora e deixar que outros decidam por nós. Não há pesquisa, nem propaganda, nem tendência nenhuma que vai nos enganar. A história da humanidade inteira e a de nosso país, parti-cularmente, mostra que o povo, no fim das contas, acaba acertando. Sempre. E vamos às urnas, vamos fazer a festa.

Datas & Fatos

Combate ao Afeganistão Em 07 de outubro de 2001, Estados Unidos une-se ao

Reino Unido e inicia o combate ao Afeganistão. A represália foi referente ao atentado de onze de setembro nos Estados Unidos no World Trade Center, em Nova York. As cidades escolhidas pelos norte-americanos foram: Kabul, Jalalabad e Kandahar.

1737 - Um furacão causa a morte de 300 mil pessoas no Golfo da Bengala.

1813 - Derrotado na Espanha o Exército de Napoleão. Tropas formadas por espanhóis, portugueses e ingleses inva-dem a França a mando do duque de Wellington.

1872 - Inicia um incêndio que dura dois dias e destrói 17.450 prédios em Chicago. Duzentas pessoas morreram.

1886 - Declarada a abolição da escravatura em Cuba. 1904 - Disputada a primeira corrida de automóveis, em

Westburg, Long Island, nos Estados Unidos. A vitória é do norte-americano George Heath.

1932 - Plínio Salgado lança um manifesto criando a Ação Integralista Brasileira, movimento fascista brasileiro.

1949 - Criada a República Democrática Alemã, a Alema-nha Oriental, com apoio soviético.

1950 - ONU autoriza a invasão da Coréia do Norte. 1956 - Estados Unidos abdicam de direitos no Marrocos.

1957 - Moscou anuncia criação de bomba poderosa. 1959 - Estados Unidos alertam China para risco de

guerra mundial. 1962 - Jânio Quadros perde eleição paulista. 1965 - Uruguai decreta estado de sítio. 1968 - Rio de Janeiro sedia reunião de bolsas de valores. 1969 - Estados Unidos e União Soviética propõem

projeto de desnuclearização. 1971 - Aos 19 anos, o brasileiro Mequinho vence o

Torneio Internacional de Xadrez, realizado na Iugoslávia. 1985 - Um comando palestino seqüestra o transatlântico

italiano Achille Lauro. Os seqüestradores se entregam dois dias depois.

1991 - Croácia e Eslovênia convertem-se em repúblicas independentes e separam-se da Iugoslávia.

1992 - O dirigente do grupo Sendero Luminoso Abimael Guzmán é condenado a prisão perpétua por um tribunal peruano.

1995 - O papa João Paulo II celebrou uma missa para 250 mil católicos em Nova York, nos Estados Unidos.

1997 - Telescópio Hubble descobre estrela mais brilhante.

2001 - Estados Unidos e Reino Unido iniciam ataques contra o Afeganistão, em represália aos atentados contra o World Trade Center, de Nova York com ataques a Kabul, Jala-labad e Kandahar.

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A6 O JOrnal l Maceió, 7 de outubro de 2012 l DOmingO

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“O país começou a se cansar do discurso belicoso, ofensivo e polarizador do governo”.

MARGARITA LóPEz MAyA, historiadora venezuelana, sobre a ascensão do candidato de

oposição nas eleições presidenciais de hoje no país, Henrique Capriles.

A defesa do meio ambiente, hoje imposição de ordem constitucio-

nal, é tarefa nobilitante do Parquet. Neste sentido, o Ministério Público, nos termos da definição contida no artigo 127 da constituição de 1988, é considerado “instituição perma-nente, essencial à função jurisdi-cional do estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis”.

Esta definição, que o delineia clara-mente como instituição voltada à repre-sentação judicial dos interesses sociais, veio consagrar uma vocação que levara o legislador, já em 1981 a inserir dentre suas atribuições na esfera civil à defesa do meio ambiente.

Com a edição da lei que instituiu a Política Nacional do Meio Ambiente, mudou o quadro da política do meio ambiente, ao instituir duas grandes inovações: a responsabilidade do polui-dor, independentemente da existência de culpa, e a atribuição do Ministério Público da faculdade de propor ações judiciais de natureza civil com o obje-tivo de reparar ou evitar danos ao meio ambiente.

A lei 7.347 de 1985, efetiva-se a possibilidade de intervenção do Minis-tério Público Federal ou Estadual na matéria, com a disciplina processual da ação civil pública e do inquérito civil. Este surge como procedimento adminis-trativo exclusivo do Ministério Público, que o instaura e preside, com a finali-dade de apurar a ocorrência de danos ambientais.

Por outro lado, pode também o promotor de justiça celebrar acordos extrajudiciais em matéria ambiental, com força de título executivo, de modo a

desafogar o já saturado aparelho judiciá-rio de uma pletora de processos.

Estas situações, mas que tudo, colo-cou o Brasil como um dos pioneiros no mundo de uma nova função do Ministé-rio Público, fazendo com que este órgão atingisse um nível como a instituição mais bem credenciada para a tutela dos interesses sociais, difusos e coletivos, na ordem civil. Tudo isto sem trazer prejuí-zos a sua tradicional área de atuação, a área criminal, inclusive na repressão aos crimes ecológicos.

Atualmente com a propositura de milhares de ações, vê-se que a tutela jurisdicional do meio ambiente deixou de ser uma questão meramente acadê-mica para converter-se em realidade de inegável alcance social.

Outro fato a citar é que o Minis-tério Público no polo passivo da ação defronta-se por várias vezes com o poderio econômico representado pelo grande capital, tanto nativo quanto multinacional; quando não, age até mesmo contra o próprio estado.

Esta é uma das razões pela qual a sociedade civil colocou em mãos do Ministério Público a titularidade ativa da ação civil pública ambiental.

O Ministério Público e a proteção ambiental

Pode também o promotor de Justiça celebrar acordos extrajudiciais emmatéria ambiental

Alder FloresAdvogado, químico, auditor ambiental e membro da Academia Maceioense de Letras e da Associação Alagoana de Imprensa

Vocês se lembram da casa de seus avós? Eu me lembro, e muito!

Chegar à casa de minha avó era a certeza de “bom atendimento”. Doces deliciosos, frutas no quintal, carinho gostoso e pronto! Esperava ansioso um retorno. Sempre foi assim. A importância dos avós na vida dos netos é tão grande quanto é a presença dos pais na vida dos filhos. Não me lembro de avós “coor-denando” a minha vida ou a vida de meus amigos. Os avós eram uma referência gostosa e não tinham obri-gações com os netos.

Essa questão é bem contemporânea. Avós ajudando, ou mesmo “criando” os netos, é bem típico de nossa sociedade atual. Também é bem contemporâneo ver avós novos, bem dispostos e com energia para “ajudar” a criar as crianças. Que delícia! Como os avós podem ajudar, né? Afinal, são experientes e nos passam muita confiança.

Hoje, é cada vez mais raro encontrar a casa da vovó de nossa época. Da minha, então, ficou na história, na lembrança. Como já disse, o mundo contemporâ-neo impõe um ritmo pesado, exigindo que todos trabalhem muito. Por isso, é frequente recorrermos aos avós para darem um apoio importante. E como é importante! Mas precisamos nos organi-zar quanto ao papel de cada um.

Os avós podem ajudar sim, mas não podem substituir os pais. Pelo menos nas condições normais. A função dos avós não pode ser a de educar os nossos filhos. Isso cabe aos pais. Os avós naturalmente relaxam na disciplina, pois se relacionam com os netos de forma mais tranquila do que se relacionaram com os filhos. A responsabilidade é outra. Não se trata de pensar que os avós deseducam os netos, mas não podem ser a referência de auto-ridade da família. Esse papel é dos pais,

não pode ser delegado a ninguém. São os pais que planejam as principais linhas educativas, os hábitos e os valores huma-nos que desejam transmitir aos filhos.

Como os avós têm um ritmo mais pousado e são naturalmente mais compreensíveis, é normal que os netos apelem para a sua intervenção, mas tudo com o essencial limite. Quem educa, disciplina e organiza as rotinas da família são os pais. Mas, isso não é razão para temores. Geralmente os avós não inter-ferem e não querem assumir grandes responsabilidades.

É importante que pais e avós não discutam sobre a educação das crian-ças na frente delas. Se surgir alguma divergência, é preciso solucioná-la longe das crianças. Não é sadio para elas ter que tomar partido na discussão. O que é preciso é a criança saber diferenciar os pais dos avós e saber que a autoridade reside nos pais. Só isso! No mais, deixem--se amar. Como é gostoso, como é saudá-vel, como é maravilhoso!

Por isso, se for possível, recorram aos avós para que os ajudem em algum ponto que não seja fundamental na educação de seus filhos. E, dedicados, darão aos netos o carinho e a atenção que tanto desejam.

Saibam que estamos juntos. Avós, pais e educadores são tudo de bom no mundo maravilhoso de nossas crianças. Como é gostoso curtir os avós!

Casa dos avós: compotas na cristaleira

Mas não podem ser a referência de autoridade da família

José Romero Nobre de CarvalhoProfessor e diretor-geral do SEB COC Maceió

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A7O JOrnal l Maceió, 7 de outubro de 2012 l DOmingO

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PLANOS DE SAÚDE

Senado discute formas de coibir abusos das operadorasProibição decomercializaçãode planos de 38operadoras serátema de audiência

AgêNciA SENADO

Com a ofensiva da Agên-cia Nacional de Saúde Suplementar (ANS)

contra os planos de saúde que descumprem prazos, que já resultou na suspensão de produtos de várias empresas, o Senado voltou a colocar o tema em destaque nas discus-sões da Casa.

Na última terça-feira, a ANS proibiu a comercializa-ção de 301 planos de saúde, administrados por 38 opera-doras, por descumprimento de prazos para atendimento médico, realização de exames e internações. Em julho, pela mesma razão, outros 268 planos já haviam sido suspensos. Novas avaliações serão feitas a cada três meses, segundo o diretor-presidente da ANS, Maurício Ceschin, e poderá haver mais suspen-sões.

O embate envolve os usuá-rios dos planos, que reclamam dos altos preços das mensa-lidades e da qualidade do serviço prestado, com longas filas de espera e negativas de

realização de procedimentos; os médicos, que se sentem injustiçados com os baixos honorários pagos por seus serviços; e os planos de saúde, que alegam não ter recursos para cobrir os custos, espe-cialmente com o atendimento aos idosos, e pedem até uma revisão do marco regulatório do setor.

As comissões de Assuntos Sociais (CAS) e de Direitos Humanos e Legislação Parti-cipativa (CDH) devem discu-tir, em audiência pública conjunta no dia 30 deste mês, as suspensões decretadas pela ANS, além da situação dos planos de saúde, cobran-ças abusivas e problemas no atendimento. A reunião deve contar com a participação de Maurício Ceschin.

Um dos proponentes da audiência, o senador Paulo Paim (PT-RS), lembra que, de 2001 a 2012, a variação acumu-lada do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 115,26%, enquanto o reajuste dos planos de saúde foi de 160,92%. A discrepân-cia, ressalta ele, causa preju-ízos para os trabalhadores e aposentados, que não têm reajustes salariais na mesma proporção.Segundo Paim, só no primeiro semestre deste ano foram registradas quase 8 mil reclamações contra opera-doras de planos de saúde.

Atentos à situação crítica da relação entre usuários e planos de saúde, os senadores vem apresentando uma série de propostas para regular seu relacionamento e diminuir a quantidade de queixas.

O PLS 165/2011, do sena-dor Lobão Filho (PMDB-MA), por exemplo, disciplina as relações entre operadoras de planos privados de assistên-cia à saúde e seus prestadores de serviços, especialmente os médicos. O texto busca, entre outros pontos, reduzir as possibilidades de descre-denciamento de prestadores

de serviço e de profissionais de saúde, quase sempre feito sem qualquer tipo de aviso, e aumentar o prazo neces-sário para a comunicação ao titular do plano afetado por alterações, sejam elas de prestadores de serviços ou de profissionais de saúde.

Além disso, o projeto vincula qualquer redução da rede de serviços de saúde, e não apenas da rede hospita-lar, à autorização expressa da ANS, mediante parâmetros definidos; e estabelece que o desligamento do profissio-nal de saúde pela operadora

deve ser obrigatoriamente motivado, justo e executado mediante processo admi-nistrativo, com garantia de direito à ampla defesa e ao contraditório, no intuito de evitar abusos prejudiciais ao profissional e aos beneficiá-rios. A matéria aguarda vota-ção na CAS.

Outro projeto em tramita-ção diz respeito ao pagamento realizado aos profissionais credenciados pelos planos de saúde. O PLS 380/2011, do senador Eduardo Amorim (PSC-SE), estabelece que os aumentos nas mensalidades

dos planos deverão represen-tar melhoria dos honorários pagos aos profissionais de saúde credenciados.

O substitutivo apresen-tado pelo relator na CAS, senador Cyro Miranda (PSDB--GO), determina a fixação de percentuais mínimos de reajuste não só para médi-cos, mas também para outros profissionais de saúde, como enfermeiros, psicólogos, fisio-terapeutas. O projeto também estabelece que a ANS esti-pule reajustes regulares para procedimentos e eventos cobertos pelas operadoras.

Estímulo a práticas alternativas vai para análise da Câmara

A instituição de princípios a serem respeitados pelos planos de saúde no atendi-mento aos usuários é objeto do PLS 475/2011, do senador Humberto Costa (PT-PE), que estabelece que os planos de saúde deverão respeitar a inte-gralidade das ações em saúde, de acordo com a segmentação contratada; a atenção multi-profissional; e a autonomia e a integridade física e moral das pessoas assistidas. O projeto exige ainda ações que promo-vam a saúde e previnam riscos e doenças e que evitem a estig-matização das pessoas assisti-das.

O projeto, já aprovado pela CAS, também recomenda o estímulo a práticas assisten-ciais alternativas à institu-cionalização na atenção aos transtornos mentais, bem como a utilização da epide-miologia para o monitora-mento da qualidade das ações e para a gestão em saúde e prevê até a garantia do direito das pessoas à informação sobre seu estado de saúde e o estímulo ao parto normal.

A proposição seguiu para exame da Câmara dos Depu-tados.

MODALIDADESA multiplicação dos planos

coletivos é outra preocupação dos parlamentares. Proposta do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) torna obrigatória a oferta das modalidades indi-vidual ou familiar nos plano de saúde (PLS 288/2012).

Segundo o senador, de acordo com dados da ANS, mais de 70% dos planos de saúde são planos empresa-riais.

‘AMAZONAS’

Navio-patrulha chega ao Rio de JaneiroccSM / MAriNhA

O Navio-Patrulha Oceâ-n i c o “A m a zo n a s”, projetado e constru-

ído para atender às necessida-des de fiscalização de extensas áreas marítimas, contribuirá com os demais navios da Marinha do Brasil na proteção da “Amazônia Azul”

Após atracar nas cidades de Natal (RN) e Salvador(BA), em setembro, vindo de uma viagem de cerca de um mês de trânsito pela Costa Africana, o Navio-Patrulha Oceânico

(NPaOc) “Amazonas” chegou ao Rio de Janeiro na sexta--feira, concluindo seu roteiro em direção ao Brasil, depois de incorporado à Marinha, no dia 29 de junho em Ports-mouth, no Reino Unido.

O navio, construído pela empresa BAE Systems Mari-time – Naval Ships, recebe o mesmo nome da classe em que se enquadra, “Amazonas”, que contará com mais dois de sua classe até 2013: NPaOc “Apa” e NPaOc “Araguari”, todos importantes rios brasi-leiros.

Médicos credenciados farão novo protestoEntre os dias 10 e 25 deste

mês, médicos de todo o país participarão de um protesto nacional contra o que consi-deram abusos cometidos pelos planos e seguros de saúde. Para marcar o início da mobilização, na próxima quarta-feira, os profissio-nais realizarão atos públicos, como assembleias, caminha-das e concentrações. A partir das decisões tomadas em assembleias locais, a categoria poderá suspender, por alguns dias, consultas e outros proce-dimentos eletivos por meio de guias dos convênios,

A mobilização é articu-lada por três entidades que representam a classe médica nacionalmente – Conselho Federal de Medicina, Associa-

ção Médica Brasileira e Fede-ração Nacional dos Médicos – e o cronograma da suspen-são dos atendimentos está sendo definido por comissões estaduais.

Um dos principais motivos da paralisação são os baixos repasses feitos pelas operado-ras aos médicos que integram as redes credenciadas. Além de reajuste nos honorários, os médicos pedem o fim do que acreditam ser uma interferên-cia antiética das operadoras na relação médico-paciente. Também reivindicam a inser-ção, nos contratos, de índices e periodicidade de reajustes – por meio da negociação cole-tiva pelas entidades médicas – e a fixação de outros critérios de contratualização.

Maurício Ceschin diz que

ANS poderá efetivar novas

suspensões de planos por

descumprimento de normas

Propostas sugerem regras para prestadores

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A8 O JOrnal l Maceió, 7 de outubro de 2012 l DOmingO

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VENEZUELA

Coalizão tenta pôr fim ao chavismo, que há 14 anos comandao país; presidente quer mais 6 anos

AFP

CARACAS - A oposição venezuelana, unida e revitalizada, aposta

tudo neste domingo para vencer Hugo Chávez, com um líder, Henrique Capriles Radonski, que se livrou da velha guarda e buscou casa por casa o voto das classes populares, sustento político do presidente.

“Nunca a oposição teve um candidato melhor. Capri-les fez uma campanha espe-tacular, de proximidade com as pessoas e mostrando força”, diz o presidente do instituto de pesquisas Datanálisis, Luis Vicente León.

Da mesma forma que Chávez fez em sua primeira e l e i ç ã o, e m 1 9 9 8 , e s t e ex-governador do segundo estado mais importante do país (Miranda) percorreu toda a Venezuela batendo

nas portas dos bairros mais pobres e realizando caminha-das junto a multidões espe-rançosas por uma mudança.

Apesar de se manter atrás nas pesquisas em rela-ção ao presidente - acusado pela oposição de utilizar os recursos públicos para fazer campanha - Capriles, de 40 anos, reduziu a brecha e poderá capitalizar o descon-tentamento acumulado em 14 anos de chavismo.

“Capriles tem essa capaci-dade de referir-se aos proble-mas concretos das pessoas, como educação e saúde. Sua mensagem é simples, mas propõe soluções e isso faz com que seja muito próximo ao cotidiano dos venezuela-nos”, assegura Teresa Alba-nes, presidente da comissão eleitoral da Mesa da Unidade Democrática (MUD), a coali-zão que o apoia.

Segundo analistas, esta posição de força é o resul-tado de um contínuo esforço da oposição para deixar para trás os erros cometidos no passado e para diferenciar--se dos velhos partidos, cujo desgaste abriu caminho para a eleição de Chávez em 1998.

Henrique Capriles tem apoio de 30 partidosCa p r i l e s , d o Pa r t i d o

Primeiro Justiça (social--cristão), faz parte de uma “liderança emergente, jovens que fizeram carreira política durante o chavismo”, afirma a historiadora Margarita López Maya.

“Sua figura está muito legi-timada porque trabalha com acordos assinados por mais de 30 partidos e foi, além disso, eleito nas primárias”, recorda.

Em 12 de fevereiro, a oposi-ção venezuelana celebrou pela primeira vez eleições primárias para designar seu candidato presidencial, nas quais vota-ram três milhões de cidadãos (16% do padrão eleitoral) e Capriles obteve 62% dos votos, contra 29% de seu adversário direto, Pablo Pérez, do AD.

O êxito se somou assim aos últimos gols marcados pela oposição frente ao oficialismo: o triunfo do “não” no refe-

rendo constitucional de 2007 proposto por Chávez, a vitória nos estados mais ricos e povo-ados nas regionais de 2008 e a obtenção do maior número de votos nas eleições parlamen-tares realizadas em 2010.

Mas López Maya enfatiza um último ponto que fez de Capriles a candidatura mais sólida para enfrentar Chávez, reeleito em 2006 com 62% dos votos, frente aos 27% de Manuel Rosales.

“O país começou a se cansar do discurso belicoso, ofensivo e polarizador do governo. Está cansado dos problemas de gestão, insegu-rança e desemprego. Isso se vê desde 2010, quando a oposi-ção pôde entrar pela primeira vez nos bairros pobres, porque seus habitantes, tradicional-mente apegados ao chavismo, queriam ouvir os novos candi-datos”, explicou.

Oposição unida contra Chávez

Capriles: liderança renovada e emergente é a arma da oposição para evitar mais 6 anos de mandato chavista

Limitações na imprensa e desafio econômico

O governo de Chávez tem sido criticado pela falta de transparência nos negócios de compra e venda de petró-leo. Além disso, membros do governo e autoridades oficiais são seguidamente acusados de corrupção. Há também críticas constantes dos políti-cos de oposição sobre a limita-ção do acesso à imprensa.

Como presidente, Chávez obrigou os canais de televisão a transmitirem seus pronun-ciamentos em qualquer horá-rio. A oposição reclamou que só teve três minutos por dia de propaganda política e, mesmo assim, paga.

Capriles também tem outros grandes desafios pela frente. Ao prometer um projeto de poder mais capi-talista rumo à prosperidade, ele enfrenta a acusação de ser uma “marionete” de multi-nacionais multimilionárias, especialmente de compa-nhias baseadas nos Estados Unidos. Para tanto, o candi-dato de oposição tem feito de tudo para se desgarrar de uma imagem amigável aos Estados Unidos. Ele não dá entrevis-tas em inglês, por exemplo, idioma no qual é fluente.

INCERTEZA Os venezuelanos têm

demonstrado temor sobre uma possível agitação civil frente aos resultados da elei-ção. Há um consenso de que uma vitória inquestionável de qualquer um dos lados será respeitada, mas uma disputa acirrada, voto a voto, poderia provocar confrontos, segundo analistas políticos.

Para eles, há setores das Forças Armadas que são mais leais a Chávez do que à instituição governamental e podem não aceitar uma cara nova no poder. E se Capri-les reivindicar a vitória, seus partidários vão exigir a trans-ferência total de poder. A elei-ção de hoje marca o fim da disputa eleitoral, mas o que virá a seguir ainda é motivo de incerteza.

BBC BrAsiL

De olho na reeleição, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, de 58 anos e há 14 no poder, aposta suas fichas em uma estratégia que pode representar um diferencial no pleito de hoje: os programas sociais.

Os projetos variam da construção de conjuntos habitacionais a mutirões de ajuda médica e de escolari-zação, atendendo a milhões de venezuelanos que não têm acesso a esses recursos.

Os programas são a prin-cipal aposta das políticas de Chávez desde que ele chegou ao poder em 1999, e podem, segundo analistas, ajudá-lo nas eleições presidenciais de 7 de outubro.

A promessa do “Coman-dante”, como o presidente é conhecido popularmente, para ganhar mais eleitores segue uma lógica simples: usar o dinheiro que a Vene-zuela recebe das vendas de petróleo para financiar a

permanência dos programas sociais.

“Esse é o primeiro governo que está usando tais recur-sos para solucionar proble-mas sociais e tirar pessoas da pobreza”, elogia Rafael Anto-linez, um economista pró--Chávez. “Havia uma classe rica que sempre governou a Venezuela. Isso acabou com a chegada de Chávez ao poder.”

APOIO POPULARA v e n e z u e l a n a E l s i

concorda. Orgulhosa do novo

apartamento para o qual se mudou com a família nos subúrbios da capital Cara-cas, ela não tem dúvida a quem deve agradecer. “Hugo Chávez”, afirma, sem titubear.

Elsi diz acreditar que o líder venezuelano será reeleito e espera continuar se benefi-ciando das políticas sociais de Chávez em um novo mandato de seis anos. Ela mora em Cacique Tiuna, um dos milha-res de conjuntos habitacio-nais construídos pelo governo chavista.

Até mesmo o candidato de oposição, Henrique Capriles, já afirmou que continuará as “missões” se eleito. Para especialistas, Capriles não tinha escolha senão apoiar o programa social do adversário político, para não perder elei-tores potenciais.

O rival de Chávez, no entanto, já reiterou por diver-

sas vezes que tocará os proje-tos de maneira mais “eficiente e efetiva”. A oposição também manifesta preocupação com a forma como o governo chavista administra a econo-mia da Venezuela. “O país tem aumentado a sua dependên-cia do petróleo”, diz a porta--voz da coalizão de oposição, Sara Levy. “Ao apostarmos

nossa fichas em apenas um produto, qualquer flutuação em seu preço nos deixa extre-mamente vulneráveis.”

Segundo Levy, o governo chavista falhou em desenvol-ver outros setores na Vene-zuela durante os últimos 14 anos. “Era preciso diversificar a economia”, defende a porta--voz da oposição.

Presidente aposta em programas sociais

Dependência excessiva do petróleo é criticada

O ‘Comandante’, como é conhecido Hugo Chávez , está há 14 anos no poder

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Globalização cria exigências cada vez maiores de qualificação profissional

Pedro [email protected]

A necessidade de adoção de uma segunda língua se torna cada vez mais importante, principalmente hoje, diante da globalização experimentada em todos os setores da ativi-dade humana. O fenômeno da globalização cria exigências cada vez maiores de qualifi-cação profissional. A disputa por uma vaga de emprego se torna cada vez mais acirrada e a importância do domínio de uma segunda língua pode se configura como elemento diferenciador nesse processo.

Neste caso o inglês é a língua chave para o mercado de trabalho. Quem tiver preten-sões de ascensão profissional e não adotar esse idioma, possi-velmente estará a um passo de ser excluído desse sistema globalizado e em consequên-cia do mercado de trabalho. Aprender inglês deixou de ser apenas uma necessidade e a língua hoje assume o papel

de oferecer o diferencial que vai dar reais garantias para o ingresso no mercado de traba-lho. Sendo assim, o domínio da língua comercial é uma forma eficiente de garantir acesso a muitas portas que eventu-almente podem se abrir na jornada profissional de qual-quer um.

O domínio do idioma não qualifica apenas para o mundo dos negócios. Quem pretende seguir uma carreira acadêmica ou cientifica terá no idioma um grande aliado. Artigos científi-cos e as inovações tecnoló-gicas, por exemplo, “falam” primeiro em inglês. Muitas das terminologias técnicas é no

idioma Inglês. As mais recen-tes descobertas do mundo científico são publicadas nesta língua. Não importa a origem de quem as produziu, se brasileiro ou chinês. Infere--se daí, portanto, que o idioma oferece vantagens para quem pretende seguir uma carreira acadêmica.

Se as mais recentes desco-bertas ou pesquisas, por exem-plo, de uma determinada área de atuação estiverem sendo realizado por pesquisado-res nos Estados Unidos ou na Inglaterra, o domínio da língua dará a oportunidade de apri-moramento para profissionais de qualquer nacionalidade.

CidadesA9O JOrnal l Maceió, 7 de outubro de 2012 l DOmingO

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Gabriela, de 7 anos, tem boa fluência no inglês; menina estuda desde os 3 em instituições de ensino da língua inglesa

Inglês e o mercado de trabalhosegunda língua

Mesmo nas empresas onde a exigência do domínio do inglês não é, em princípio, preponderante nas atividades diárias, muitas oportunida-des podem surgir para quem tem o devido conhecimento dessa língua. Pode ser uma promoção ou ainda uma oportunidade de um negó-cio internacional em que o funcionário, atuando como interlocutor, pode facilitar a concretização da proposta.

A professora Anatevka Guedes, gerente de uma escola de inglês na capital, destaca o caso de um empresário local que se queixava por ainda não ter a fluência no inglês neces-sário para ampliar os negócios.

A falta do idioma foi o impeditivo para que neste caso o rapaz pudesse seguir uma bri lhante carreira, segundo avaliou Anatevka. Para evitar futuras frustrações, a especialista recomenda que o aprendizado do Inglês deve ser buscado desde cedo. De preferência na infância. “Quanto mais cedo melhor e quanto mais exposição melhor: ouvir músicas e ver filmes sem legendas é uma boa alternativa para facilitar o contato com a língua”, explica.

Ela destaca que a meto-dologia adotada em sua insti-tuição de ensino permite que crianças aos nove, dez anos sejam fluentes em Inglês. A escola começa a receber os alunos a partir de dois anos de idade. O objetivo é oportuni-zar a máxima exposição com o idioma.

Os resultados do aprendi-zado de um idioma na infân-cia são, segundo a professora, surpreendentes. Ela disse ter testemunhado duas crian-ças, discutindo nos corredo-res da escola em Inglês, prova inconteste da eficiência do método. “A criança desde cedo

aprende não só a fluência no idioma, mas conhece como a língua deve ser usada”, afir-mou. No entanto, Anatevka faz uma ressalva. “É preciso saber Português para apren-der outra língua”.

Preocupada em ofere-cer à filha esse diferencial, a jornalista Valdete Calhei-ros mantém sua filha, desde os três anos nas instituição educacional gerida por Anate-vka Guedes. Gabriela Calaça Calheiros Braga Apolinário,

hoje com sete anos, já esta se aproximando de um bom nível de fluência na língua, segundo avaliou a jornalista. Ela destaca que a metodologia empregada facilita o aprendi-zado e lembra que nessa idade o processo de aprendizagem de outro idioma é mais fácil. “A criança está mais aberta ao aprendizado de outro idioma. Sem resistência linguística, se alfabetiza concomitante-mente em duas línguas”, afir-mou.

Calheiros destacou ainda que ao matricular sua filha em uma escola de Inglês vislum-brou para a garota uma melhor condição de ela se inserir no mercado de trabalho. A preo-cupação da jornalista em oferecer esse diferencial para a filha se justifica pela impor-

tância desse profissional para o mercado. Anatevka destaca o espaço que esse profis-sional tem em Alagoas para crescer na área educacional. “A maioria dos nossos profes-sores foram alunos da casa. O mercado não tem esse celeiro, a própria escola é quem forma seu corpo docente, identifi-cando os alunos que tenham aptidão para o ensino”. Ela lembrou ainda que a falta de pessoas capacitadas na língua inglesa em muitas empresas, principalmente na área de serviço, tem protagonizado algumas situações constran-gedoras. “Poucas empresas em Alagoas investem em seus funcionários para que apren-dam um segundo idioma. O resultado disso é que vemos com freqüência placas de hotéis e cardápios, por exem-plo, com erros”, afirmou. No entanto, a professora disse que aos poucos esse cenário deve mudar e que algumas empresas no Estado já perce-bem a importância de terem em seus quadros funcionários com conhecimentos nesse idioma. Outra questão que ela destaca como merecedora de atenção, tanto pelas empresas, quantos pelos profissionais e, também, pelos jovens que estão a caminho do mercado de trabalho, é a realização da Copa do mundo e das Olim-píadas. Segundo Anatevka Guedes, mesmo Alagoas não sendo palco de nenhum dos dois eventos, estes oferece-rão grandes possibilidades para quem tem o domínio do Inglês.

De acordo com os especia-listas, para o mundo dos negó-cios, o inglês é tão básico como saber ler e escrever. Dessa forma, quem busca aprender o idioma tendo como alvo o mercado de trabalho estará fazendo uma opção acertada.

O domínio de outro idioma facilita os negócios

Yvette Moura Eduardo Leite/Estagiário

Anatevka: “Aprendizado deve ser buscado desde cedo, ainda na infância”

“Ouvir músicas e ver filmes sem legendas é uma boa alternativa para facilitar o contato com a língua”

AnAtevkA GuedesProfessora de inglês

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Cidadesvoluntariado

Usuários de drogas, crianças, jovens e idosos são beneficia-dos com ações de humanização

lÁYra Santa [email protected]

“Fazer o bem, sem olhar a quem”. É com esse pensa-mento que voluntárias

têm feito a diferença na vida de centenas de pessoas caren-tes de bairros da periferia de Maceió. Moradores de rua, usuários de drogas, crianças, jovens e idosos são beneficia-dos com ações de humaniza-ção e solidariedade, muitas vezes que chegam para mudar a vida de quem precisa.

Foi pensando no próximo que a professora Tereza Mendonça começou suas ações sociais na comunidade do Tabuleiro Martins. Mora-dora do bairro há 15 anos, ela faz visitas constantes nas casas dos mais necessitados para conhecer a história de cada um e assim poder ajudá--los. “Como moradora da região me senti na obrigação de ajudar a todos que mais precisavam. Costumo percor-rer as casas mais simples e também sou procurada por eles, que sabem que sinto uma alegria enorme em poder ajudar”, conta.

Tereza Mendonça decidiu fazer trabalhos assistencialis-tas ainda pequena, quando se deparou com a situação de pobreza vivida por uma ex-empregada da casa de sua família. “Quando vi a forma que a Maria vivia em sua casa com dois filhos bebês, senti que quando fosse adulta precisaria fazer minha parte, para que outras Marias não viessem sofrer. Hoje, divido o pouco que tenho com essas pessoas e faço com todo amor porque sei o quanto elas preci-sam”, afirmou.

Em seu trabalho de assis-tência social, a professora costuma encaminhar os mais necessitados para consultas médicas, tratamento psico-lógico, além de doações de roupas, alimentos e até móveis

– quando consegue através da ajuda de amigos. “Muita gente que sabe do trabalho que eu faço costuma me ajudar. Tudo que faço é com recursos próprios e com base na boa vontade”, comentou. “Meu trabalho vai muito além da ajuda financeira. Tento estar presente com carinho, afeto e cuidado, dando orienta-ções e encaminhamentos que muitas vezes eles desconhe-cem para resolver pendências de aposentadoria a consultas médicas”.

Outra ação realizada por Tereza Mendonça é com as crianças e jovens da comuni-dade. “Sempre aos finais de semana, faço atividades para a juventude. Levo brincadeiras, arte e muito lazer para retirá-

-los das ruas e proporcionar diversão. Dessa maneira, esta-mos os afastando da crimi-nalidade”, relata. “É muito difícil ver pessoas morrendo e a droga está por toda parte. Além dessa ação, também ajudo as mães retirando os filhos dela das drogas e encaminhando para tratamento. Não consigo pensar que vidas são perdidas por essa situação”.

As visitas acontecem normalmente aos fins de semana. A pé, ela vai de casa em casa, para saber como as pessoas estão. “Ela é uma ótima amiga, que veio para melhorar a minha vida. Estive muito doente e a Tereza me encaminhou para cirurgia. Todos os dias ela vinha na minha casa fazer meus curati-

vos, e nunca ganhou nada por isso. Ela foi um anjo que veio para nos ajudar”, disse a dona de casa, Geralda Barbosa.

Sem apoio do Estado, Tereza Mendonça realiza todas as atividades por conta própria. “As vezes é difícil ser procurada, querer ajudar e não conseguir. Mas, tudo que faço é com amor e ajuda das pessoas. Estamos de portas abertas para quem quiser ser solidário e nos ajudar sempre. É muito bom fazer o bem ao próximo. A sensação é de alegria extrema, me sinto realizada”, completou.

Quem quiser ajudar Tereza Mendonça pode entrar em contato pelos telefones (82) 3324-3483 ou 8859-2718.

(Continua na página A14)

Vidas são mudadas graças à solidariedade

Tereza Mendonça

decidiu fazer

trabalhos

assistencialistas

ainda pequena

Voluntários têm feito a dife-

rença na vida de centenas de

pessoas carentes de bairros

da periferia de Maceió

Fotos: Yvette Moura

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Cidades

Ações de Mãe Neide dependem de apoio Independente de religiões,

raça ou cor da pele, ajudar faz parte da vida da ialorixá Maria Neide Martins, mais conhe-cida como Mãe Neide. Há 18 anos no Village Campestre II, ela tem feito através do Grupo União Espírita Santa Bárbara (Guesb) ações com crianças, jovens e mães carentes. Para ajudar o próximo, a religiosa transformou a casa de sua família, num grande centro de integração que tem mudado vidas.

“Resolvi fortalecer as ações no Village por ser o lugar onde eu morava e por ver que essas pessoas precisavam de ajuda. Hoje, temos a creche para crianças de 0 a 6 anos que atende aos filhos da comuni-dade, de mães que trabalham ou mesmo para tirá-los da rua; o projeto Lua Nova, que acolhe mães e gestantes usuários de drogas, no auxilio de sua recuperação; temos o coletivo coca-cola, que investe no trei-

namentos e cursos para inserir jovens no mercado de traba-lho, e as ações na Santa Fé, em União dos Palmares”, contou mãe Neide.

Muito emocionada, a ialo-rixá lembra que o apoio das famílias e dos amigos tem sido fundamental para que as ações sociais possam aconte-cer. “A família me ajuda muito. Eles me deixaram criar na nossa casa, esse espaço para ajudar o próximo. Depois que passei a realizar esse trabalho me senti mais fortalecida”, lembra. “Esse espaço é aberto a todas da comunidade. Acre-dito que se cada um fizesse sua parte, a situação seria dife-rente e passaríamos viver num mudo melhor. A ganância é tão grande, que muitas vezes o povo esquece a sensibilidade da vida”.

O trabalho na creché curimim, é um dos que mais emociona e enche de alegria a vida de mãe Neide. L.S.R.

Lar de idosos precisa de fraldas geriátricas e materiais de limpeza

Idosos, doentes e agora usuários de drogas, recebem cuidados especiais no Lar Santo Antônio de Pádua, no Village Campestre II. A obra de caridade, que tem à frente o frei José do Sagrado Coração de Jesus, já cuidou de cente-nas de alagoanos atuando há 15 anos, e passou a ser refe-rência na atenção e cuidados de quem precisa.

E o mais especial deste espaço é que tudo sobrevive com a doação e voluntário de pessoas.

“O nosso objetivo é ajudar moradores de ruas doentes, que ficam no Hospital Geral do Estado e quando recebem alta não têm para onde ir. Além, de estarmos cuidando agora de jovens envolvidos com drogas que estão conse-guindo, através da religião e cuidados aos próximos, se livrar desse vício. É um traba-lho feito com amor e volunta-riado”, conta o frei José.

Os cuidados no lar são divididos entre os 52 mora-dores do abrigo e os 15 jovens dependentes químicos. “Tudo começou na minha vida seguindo a missão de Deus. Sou de Penedo e vim seguindo a ordem francis-cana de construir uma Igreja no Village. Quando comecei a fazer foram surgindo os mora-dores do abrigo que preci-savam de cuidado. Aceitei minha missão e segui. Agora, o novo desafio foi acolher esses jovens, ajudando no tratamento contra depen-dência química e retornando ao convívio da família e socie-dade”, relata. L.S.R.

Dependentesquímicos cuidamde idosos no abrigo

Para se recuperar, os jovens que eram dependentes quími-cos seguem os doze passos dos Alcoólicos Anônimos com algumas modificações adap-tadas ao dia-a-dia da casa. “No AA eles têm que fazer o trabalho na roça, porém aqui não temos roça, e o trabalho passou a ser o cuidado com o outro. Eles nos ajudam no abrigo, cuidando dos mais idosos e aprendendo a valo-rizar a vida. Tem sido um trabalho gratificante, princi-palmente quando consegui-mos a recuperação”, afirmou.

Entre os internos está Luan de Almeida, de 22 anos. O rapaz já passou por oito inter-nações de tratamento e nunca conseguiu deixar o vício. Agora, ele tenta se recuperar com os cuidados do frei José.

“Aqui estou mais próximo de Deus. Já tentei deixar a droga outras vezes, mais a amizade fazia com que eu retornasse. Agora estou apren-dendo a me ajudar e principal-mente a ajudar ao próximo. Acredito que desta vez irei me recuperar”, falou.

Tudo no lar Santo Antô-nio de Pádua é conseguido pelo voluntariado e ajuda das pessoas. “Não temos convê-nio com nenhuma política e também não acho que seja preciso. Meus convênios são com Deus, que nunca deixou faltar nada aqui. Graças a caridade das pessoas, temos conseguindo fazer o nosso trabalho mudando a vida de muitos”, comentou frei José. L.S.R.

Com amor, respeito e dedicação, os voluntários do Lar Santo Antônio de Pádua fazem o que podem para diminuir a dor dos idosos e moradores de rua que são abandonados pela família. “Conheci o Lar através de um morador de rua que ajudei em Cruz das Almas e que foi trazido para cá. Ele se recu-perou e deixou o Lar quando curado. Já comigo, acabei me apaixonando pelo traba-lho do frei José e não consigo

mais deixar de ajudar”, afir-mou.

“Sempre que posso venho até aqui, ajudo com os idosos, levo no médico, faço curati-vos e recolho doações com a população. É um trabalho gratificante, que tem comple-tado a minha vida. Depois que iniciei essa ajuda, minha vida mudou”.

O abrigo está precisando com urgência de doações de fraldas geriátricas e materiais de limpeza, além de está arre-

cadando recursos para a cons-trução de uma ala, que deve atender pacientes soro posi-tivo. As pessoas que quiserem doar podem ir diretamente ao Lar Santo Antônio de Pádua, situado na Rua Padre Cícero, número 13A, Village Campes-tre II. Ou ainda, entrar em contato ainda através dos tele-fones 3378-7415 e 8818-3736. Para quem desejar ajudar e fazer doações em dinheiro, o lar tem a conta 5144-6 Banco do Brasil, agência 013-2. L.S.R.

Respeito e dedicação diminuem a dor do abandono

Guesb tem projeto em União dos PalmaresOutra ação da Guesb, que

tem sido realizada desde 2010, mudou a vida dos moradores da comunidade Santa Fé, em União dos Palmares, que viviam no antigo presídio desativado. Nas ações, mais de 150 jovens, foram alunos de cursos profis-sionalizantes, além de alfabeti-zação e formação afro-cultural mediante as oficinas de percus-são, dança afro e teatro.

“São várias ações para mudar a vida das pessoas e que sem dúvida fizeram a diferença na comunidade Santa Fé. Realizamos algumas reformas em pavilhões da comunidade, onde colocamos energia, cobrimos, pintamos, dando a oportunidade daque-las pessoas sentirem que são lembradas”, completa mãe Neide.

Para conseguir realizar grande parte das atividades do Guesb, além da parceria com o coletivo coca-cola, eles sobre-vivem da doação e das ajudas da comunidade. “Estamos programando uma campa-nha para recolher fundos para a compra de uma casa, onde iremos instalar o projeto Lua Nova com o intuito de aten-der novas mães. Será uma apresentação no teatro Linda Mascarenhas, que contará com a participação de atores da globo. Contamos que todos participem e ajudem”, convi-dou.

Quem tiver interesse em conhecer o projeto ou ajudar pode entrar em contato com Maria, pelos telefones (82) 3378-7383 ou 8827-0191. L.S.R.

Creche para crianças de 0 a 6 anos atende filhos de mães que trabalham fora

Mãe Neide desenvolve ações com crianças, jovens e mães carentes no VillageAtuando há 15 anos, Lar Santo Antônio de Pádua já cuidou de centenas de pessoas e é referência na atenção e cuidados

Fotos: Yvette Moura

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A15O JOrnal l Maceió, 7 de outubro de 2012 l DOmingO

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Incluir o seguro devida no planejamento financeiro garante a tranquilidade em caso de acidente

Valdete [email protected]

To d a s a s p e s s o a s , mesmo os trabalha-dores que ganham

um salário mínimo, podem contratar um seguro de vida e garantir a tranquilidade da família em casos de morte ou invalidez parcial ou total em decorrência de suas ativida-des laborais, como informou o corretor Gustavo Henri-que Olimpio da Silva, dire-tor da Humaitá Seguros e do Sindicato dos Corretores de Seguros, Capitalização, Previ-dência Privada e de Saúde, Empresas Corretoras de Seguros e Agentes de Seguros no Estado de Alagoas (Sincor- AL).

“Cada um dos cidadãos é forte candidato a usuário do seguro de vida. Basta estar vivo!”, disse ele, que traba-lha com seguros há 30 anos e afirmou que “antes a gente tinha que ir atrás de clien-tes. Felizmente, essa visão de mercado está mudando. O cliente já vem a nossa procu-rar sabendo mais ou menos o que quer ao contratar um seguro”.

De acordo com as infor-mações de Gustavo Henri-que, o seguro de vida protege o segurado e sua família ao oferecer indenização em caso de morte por causas natu-rais ou acidentais e também caso o segurado sofra algum acidente e fique com invalidez permanente total ou parcial, como nos casos de acidentes de trabalho – os ocorridos no exercício da atividade labo-

ral (acidente típico) ou no percurso de casa para o traba-lho e vice-versa (acidente de trajeto), podendo o trabalha-dor estar inserido tanto no mercado formal quanto infor-mal de trabalho. Já as doen-ças decorrentes do trabalho são os males adquiridos ou desencadeados em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente.

A diretora de Vigilância em Saúde do Trabalhador da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Gardênia Souza Freitas de Santana, explicou que os acidentes de traba-lho podem ser acidentes de trabalho fatal, acidentes de trabalho com mutilação e acidentes com exposição a material biológico. Nos casos de acidentes fatais, as vítimas são levadas a óbito imediata-mente ou mesmo posterior-mente, a qualquer momento, em um hospital ou não, e a causa básica, intermediária ou imediata da morte seja um de seus efeitos.

“Os acidentes de trabalho com mutilação, são os que resultam em lesões (poli-traumatismos, amputações, esmagamentos, traumatis-mos crânio-encefálico, fratura de coluna, lesão de medula espinhal, trauma com lesões viscerais, eletrocussão, asfixia, queimaduras, perda de cons-ciência e aborto) e em inter-nação hospitalar que poderá levar à redução temporária ou permanente da capacidade para o trabalho da pessoa acidentada”, acrescentou ela.

E quanto aos acidentes com exposição à material bioló-gico, esclareceu Gardênia de Santana, são assim considera-dos os que envolvem sangue e outros fluidos orgânicos. Eles acontecem, por exemplo, com os profissionais da área de saúde, durante o desenvolvi-

mento do seu trabalho, onde os mesmos estão expostos a materiais biológicos poten-cialmente contaminados, como o vírus HIV, o da hepatite B e o da hepatite C – agentes infecciosos mais comumente envolvidos.

AbrAngÊnciASegundo Gustavo Henri-

que, existem seguros para praticamente tudo. Como os relacionados aos automóveis e outros veículos, de vida, de saúde, aluguel, empresa-rial, residencial, transportes, condomínio, previdência,

capitalização, responsabili-dade civil e financiamentos.

“ E s p e c i f i c a m e n t e , o seguro de vida é muito abran-gente. Garante até mesmo ajuda no funeral. E, claro, deve ser feito justamente quando a pessoa está em perfeito estado de saúde”.

O empresár io Ramon Vinicius de Souza Barros contratou um seguro de vida há cerca de três meses. Ele contou que já tinha seguro de automóvel há muito tempo e, por ter confiança no corretor, aceitou, de primeira, fazer o seguro de vida.

“Viver é um perigo cons-tante. Não precisa sair de casa para estar exposto a riscos. Eles estão presente em todos os lugares. Em casa, no trabalho, na vida social. Nós nunca sabemos o que nos espera no dia seguinte, aliás, nem mesmo no dia em que estamos. Por isso, sou um fiel segurado. Também tenho seguro empresarial. Temos que deixar uma certa esta-bilidade para a família caso alguma coisa nos acontece repentinamente”, salientou.

A funcionária pública Lisiane Maria da Silva fez

um seguro de vida para ficar mais tranquila em relação ao futuro da mãe, caso algo lhe aconteça. “Viajo muito. Sou filha única e não posso nem pensar em deixar minha mãe desassistida caso eu passe por alguma situação que tenha que deixá-la desamparada”.

Para Lisiane, a credibili-dade no corretor foi funda-mental na hora de contratar o seguro.” Só vi vantagens. Todo mundo que preza alguém tem que deixá-lo amparado em todos os momentos. Inclu-sive, diante da possibilidade de um infortúnio”, frisou.

Gustavo Henrique diz que mercado está mudando e cliente hoje procura mais por profissionais para fazer um seguro de vida e já sabe o que quer contratar

Seguro para proteger a família

preCaução

Seguro garante

indenização à família

em caso de morte

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Desde o início do ano, cerca de 200 trabalhadores sofreram acidentes de trabalho grave com mutilação ou morreram. No mesmo período, o Estado registrou 568 acidentes com exposição a material biológico.

Os registros de acidentes de trabalho em Alagoas são da Sesau e incluem aconteci-mentos com material bioló-gico, intoxicações, Lesões por Esforço Repetitivo (LER), Distúrbios Osteo-Musculares Relacionados ao Trabalho (Dort), perda de audição, inci-dentes com animais peço-nhentos e dermatoses, entre outros.

Conforme a diretora de Vigilância em Saúde do Traba-lhador da Sesau, Gardênia Santana, o médico que traba-lha com saúde do trabalhador faz o nexo causal entre o traba-lho e o risco inerente que ele representa.

“É fato que dentro dos hospitais os riscos ocupacio-nais biológicos são inerentes à assistência à saúde. Dentro das unidades de saúde os riscos, podem ser físicos, químicos e ergonômicos, mas são diminuídos com o uso adequado dos equipamentos de proteção individual”, afir-mou Gardênia de Santana.

Ela mostrou a necessidade de as empresas adotarem uma política de prevenção de acidentes com motociclistas, porque muitas ocorrências desta natureza levam à morte ou a situações totalmente ou parcialmente incapacitantes.

“Os motoboys, moto táxis e moto fretes estão mais suscetíveis porque estão em permanente contato com a violência das ruas, latrocínios e os acidentes de trânsito. Entre os usuários de motos, há uma grande incidência de aciden-tes de trabalho no percurso residência-trabalho e traba-lho-residência. Enquanto trabalham ou fazem qualquer trajeto, os motociclistas não podem abrir mão dos Equi-pamentos de Proteção Indivi-

dual (os EPIs). Capacete é item obrigatório”, detalhou.

Os acidentes de trabalho passaram a fazer parte dos indicadores do Sistema de Informação de Agravos de Notificação em 2007. Naquele ano, ocorreram 52 aciden-tes com exposição a material biológico e cinco acidentes de trabalho grave com mutilação e morte no território alagoano.

Do total de acidentes com exposição a material biológico registrados em nosso Estado, já em 2012, 160 aconteceram com técnicos de enfermagem.

Os números acerca dos acidentes de trabalho são da Sesau e referentes a todas as classes de trabalhadores, homens e mulheres, indepen-dentemente de sua localiza-ção, urbana ou rural, de sua forma de inserção no mercado de trabalho, formal ou infor-mal, de seu vínculo empre-gatício, público ou privado, a s s a l a r i a d o, a u t ô n o m o, avulso, temporário, coopera-tivado, aprendiz, estagiário ou doméstico.

De acordo com o Bole-tim Estatístico da Previdên-cia Social, neste mês, no país, foram pagos mais de R$ 1 milhão em benefícios às víti-mas de acidentes de traba-lho, tanto em aposentadoria quanto auxílio-acidente. Os valores foram destinados a cerca de 1,2 mil pessoas – uma média de R$ 845,00 por traba-lhador.

O Sistema Único de Saúde (SUS) investiu, em Alagoas, R$ 1,8 milhão para cuidar de pessoas que se envolveram em acidentes com moto. O valor foi gasto no período de 2009 a julho de 2012. Os recur-sos foram destinados exclu-sivamente ao atendimento hospitalar, sem contar com os tratamentos pós-traumáticos.

Informações do Tribunal Superior do Trabalho (TST) indicam que os setores que mais registraram acidentes de trabalho em 2010, quando foi feito o último estudo, foram a

indústria e a construção civil, com mais de 59,9 mil e 54,6 mil casos, respectivamente. Em seguida, aparecem o comér-cio, os veículos automotores, e as atividades nas áreas da saúde, serviços sociais, trans-porte e armazenagem.

Gardênia de Santana, lembrou que os acidentes e doenças do trabalho resultam em custos sociais elevados para trabalhadores, família, empresa, Estado e sociedade.

“As ocorrências sobre acidente de trabalho são subnotificadas e a sua real

magnitude falta ser devida-mente conhecida. Apesar de esses casos serem passíveis de prevenção e da possibilidade existente de identificar a causa ou causas de os trabalhado-res adoecerem e inclusive morrem, associando seus indi-cadores aos ramos de atividade econômica e aos processos de trabalho, a fim de que possam ser feitas as devidas interven-ções das instituições compe-tentes, mediante a elaboração de estratégias de atuação nas áreas de promoção e preven-ção, controlando e enfren-tando, de forma integrada e eficiente, essas questões de saúde coletiva que têm rela-ção com o trabalho”, salientou Gardênia de Santana.

Ela acredita que tais subno-tificações acontecem devido à cultura de materialização e banalização desses cada

vez preocupantes acidentes e mazelas ligados às ocupa-ções e profissões, aos serviços remunerados ou assalaria-dos; ao desconhecimento da legislação; à resistência das empresas por imperativos econômicos e, por fim, ao medo dos trabalhadores em perder os empregos.

“Em algumas situações, o empregador é negligente e não usa ou faz uso incorreto dos equipamentos de proteção individual. O dever de notifi-car acidentes de trabalho é do serviço de saúde”, esclareceu.

Para efeito de notificação de acidente de trabalho, são considerados trabalhadores todos os homens e mulheres que exercem atividades para sustento próprio e/ou de seus dependentes, qualquer que seja sua forma de inserção no mercado de trabalho nos setores formais ou informais da economia. Estão incluídos nesse grupo os indivíduos que trabalharam ou trabalham como empregados assalaria-dos, trabalhadores domés-ticos avulsos, trabalhadores agrícolas, autônomos, servi-dores públicos, trabalhadores cooperativados e emprega-dores, particularmente os proprietários de micro e pequenas unidades de produ-ção.

Conforme ressaltou Gardê-nia, os números sobre aciden-tes de trabalho podem ser bem maiores e mascarados devido à subnotificação. “Isto porque nem todos os acidentes de trabalho são comunicados. Temos que minimizar este tipo de deficiência, de problema sério, que acontece em todo o País. Em Alagoas, especifi-camente, precisamos que os municípios estejam prepara-dos para traçar um perfil dos acidentes”, observou, salien-tando, ao mesmo tempo, ser a prevenção dos acidentes de trabalho e das doenças ocupa-cionais um desafio constante dos gestores no campo da saúde pública. V.C.

<No data from link>

Gardênia Santana diz que a Sesau está capacitando cidades para notificações

Eduardo Leite/Estagiário

Marco Antônio/Arquivo

[email protected]

A16 O JOrnal l Maceió, 7 de outubro de 2012 l DOmingO

Cidades

Capacitação busca evitar subnotificação

Na tentativa de diminuir as estatísticas relacionadas a acidentes de trabalho, o governo federal, por meio da Sesau, está capacitando cida-des alagoanas para notificar agravos e acidentes ligados a atividades laborais.

O objetivo é fazer com esses municípios sejam senti-nelas, ou seja, responsáveis por desenvolver políticas de promoção da saúde de forma a garantir o acesso do traba-lhador às ações integradas de vigilância e assistência.

Atualmente, são muni-cípios sentinelas no Estado Arapiraca, Campo Alegre, Coruripe, Delmiro Gouveia, Flexeiras, Joaquim Gomes, Maceió, Palmeira dos Índios, Pão de Açúcar, Passo de Camaragibe, Penedo, Porto Calvo, Santana do Ipanema,

São Luiz do Quitunde, São Miguel dos Campos, Teotônio Vilela, União dos Palmares e Viçosa.

No último dia 23 de agosto, a portaria nº 1.823, instituiu a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e Trabalhadora que visa à redução dos aciden-tes e doenças relacionadas ao trabalho, através de ações de promoção, reabilitação e vigi-lância na área de saúde. Suas diretrizes compreendem a atenção integral à saúde, a articulação intra e interseto-rial, a participação popular, o apoio a estudos e a capacita-ção de recursos humanos.

A técnica da Sesau garante que “as ações neste sentido estão mais fortalecidas desde a publicação da portaria porque antes não havia polí-tica formalizada”. V.C.

Índices de acidentes de trabalho assustam

“Nem todos os acidentes de trabalho são notificados, e isso acontece em municí-pios de Alagoas"

gArdêniA sAntAnADiretora de Vigilância em Saúde do Trabalhador

Acidentes de trabalho

também são

segurados

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Trabalho foi apre-sentado na 2ª Mostra Nacional de Práticas Exitosas em Psicolo-gia, em São Paulo

No final do mês de setem-bro, a psicóloga Silvia Muni-que Tojal representou Alagoas e o município de Limoeiro de Anadia na 2ª Mostra Nacional de Prática Exitosa em Psico-logia, realizada no Centro de Exposições do Anhembi em São Paulo.

O evento, que fez parte das comemorações alusivas aos 50 anos da Psicologia como profissão no Brasil, também representou um marco no processo de auto reconheci-mento da riqueza, grandeza e diversidade da atuação dos psicólogos brasileiros.

A psicóloga Silvia Tojal participou com expositora do projeto “Bullying na Escola: Aspectos físicos e psicoló-gicos”. O projeto foi desen-volvido pela profissional e toda sua equipe do Núcleo de Apoio à Saúde da Famí-lia (NASF) do município de Limoeiro de Anadia.

A programação do evento foi além da apresentação de

práticas profissionais. Houve espaço para que psicólogas e psicólogos debatessem seu trabalho e pudessem criar articulações para seguir forta-lecendo as diferentes áreas em

que atuam.A 2ª Mostra ainda foi um

grande espaço de intercâm-bio sobre as práticas que estão sendo construídas e validadas todos os dias pelas psicólogas e psicólogos de todo o Brasil.

Mais de vinte mil profissio-nais participaram do encon-tro

“Foi um evento único, de muita troca, encontros e elaboração de planos futuros. A Mostra trouxe o panorama dos 50 anos de regulamen-

tação da profissão no País e debateu as mais variadas

temáticas da área”, frisou a psicologa.

Curta

“Foi um evento único, de muita troca, encon-tros e elaboração de planos futuros"

silvia munique tojalPsicóloga

Municípiosa17O JOrnal l Maceió, 7 de outubro de 2012 l DOmingO

[email protected]

Sivulgação

Psicóloga expôs projeto “Bullyng na Escola: Aspectos físicos e psicológicos”

Psicóloga leva projeto a sP Bullying na Escola

I Cine Solidário em Palmeira dos Índios

Com o objetivo de discutir sobre a segurança alimen-

tar e nutr icional com profissionais da área e toda a sociedade civil, o Programa Mesa Brasil Sesc escolheu o cinema como ponto de partida para o assunto. Assim foi idealizado o Cine Solidá-rio, que terá sua primeira edição em Palmeira dos Índios.

A ação, que conta com o apoio da Secretaria de Assistência Social do muni-cípio, será realizada no dia 30 de outubro de 2012 às 18h, com a exibição gratuita do filme “Peraí, é nosso direito!”, dirigido por Renato Barbieri, na Sala de Vídeos do Sesc Ler. Na ocasião, o público receberá um kit lanche.

O filme trata da história de duas comunidades que

se organizaram para lutar por seus direitos. Entre 2004 e 2006 a Abrandh (Ação Brasileira para a Nutrição e Direitos Humanos), com o apoio da FAO (Fundo das Nações Unidas para a Alimentação), desenvol-veu dois projetos-piloto junto às comunidades de Sururu de Capote (Maceió--AL) e Vila Santo Afonso (Teresina-PI). O objetivo foi contribuir com o apode-ramento das comunidades e apoiar ações para exigir e monitoras a realização de seus Direitos Humanos, em especial o Direito Humano à Alimentação Adequada - DHAA.

Após a exibição, haverá um debate com a Coorde-nadora do Programa Mesa Brasil Sesc e Presidente do COSEAL AL (Conselho de Segurança Alimentar de Alagoas), Kaline Batista.

Mais de 300 famílias do Arranjo Produtivo da Coopera-tiva dos Produtores do Projeto Marituba (Coomarituba), em Penedo, serão beneficiadas diretamente com ações de um convênio firmado entre o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

Como parte da parceria, já foram adquiridas, por meio de licitação, 400 novilhas e vacas de primeira cria, da raça Giro-lando, para servir como matri-zes e impulsionar a pecuária de leite na região. Os animais estão sendo selecionados por técnicos e veterinários da Seagri e da Codevasf.

Para discutir o andamento do convênio, o secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, José Marinho Júnior, e o superin-tendente de Desenvolvimento Agropecuário, Hibernon Cavalcante, se reuniram, na última quarta-feira (3), com

representantes da Codevasf, da Coomarituba e da Coope-rativa Pindorama.

O convênio entre Seagri e Codevasf, cujo valor total chega a R$ 2.156.000,00, também prevê a aquisição de um caminhão com tanque isotérmico para transporte de leite, três tanques de resfria-mento de leite, tratores, patru-lha mecânica e equipamentos de informática, além de outros itens. “Quase todos esses equi-pamentos já foram adquiridos

e alguns estão em fase final de aquisição”, destacou o secretá-rio José Marinho Júnior.

“Eu acredito no coopera-tivismo e no associativismo, a exemplo do que já ocorre na Pindorama e na Coomarituba. Por isso, com apoio do gover-nador Teotonio Vilela, esta-mos com ações para fortalecer as cooperativas e associações no litoral norte, em Palmeira dos Índios, em Santana do Ipanema, em Penedo e outras regiões”, destacou o secretário.

Divulgação

Mais de 300 famílias da bacia leiteira do Marituba serão beneficiadas

Codevasf discute com produtoresconvênio

Na Marituba, os produ-tores serão capacitados, haverá um levantamento socioeconômico e assistên-cia técnica. A produção de leite já tem compra garantida pela Cooperativa Pindorama e pelo Governo do Estado, para inclusão no Programa do Leite, que repassa o produto a famílias em situação de vulnerabilidade alimentar e nutricional em todos os 102

municípios.“Esse projeto tem todas

as condições para se tornar sustentável, afinal, a região já possui uma pequena bacia leiteira e um dos itens princi-pais, que é a comercialização, já está garantido”, comentou o superintendente Hibernon Cavalcante. Segundo ele, o Nordeste é “a bola da vez” para as indústrias de laticí-nios. “Proporcionalmente, é

a região onde mais há cresci-mento na produção de leite. Isso prova que a atividade é sustentável, tem mercado e expectativa de crescimento”, salientou.

O convênio também tem o apoio do Sebrae/AL, da Prefei-tura de Penedo e da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desen-volvimento (AECID), que estuda a cadeia produtiva.

Comercialização da produção será garantida

Page 18: OJORNAL 07/10/2012

Na região do Agreste, apenas a cidade de Limo-eiro de Anadia teve o pedido de tropas federais aprovado pelo TSE. O município tem tradição de ânimos acirrados entre os candidatos durante o período eleitoral.

Na última semana, o juiz eleitoral daquele município, André Gêda, suspendeu a campanha eleitoral, como forma de evitar confronto entre as col igações. No último dia 29, correligioná-rios das coligações dos candi-datos Jorge Nivaldo (PSD) e James Marlan (PP) entraram em confronto no Distrito do Pé Leve.

Nos outros municípios da região, a tranquilidade será garantida por policiais mili-tares, inclusive Traipu, que tem histórico de violência nas eleições.

Além de Traipu, as cidades de Feira Grande, São Sebas-tião, Campo Grande, Lagoa da Canoa e mais outras dez que são cobertas pelo 3°Bata-lhão já receberam o reforço do militares desde ontem, quando fizeram o acompa-nhamento na instalação das urnas e vigilância durante todo o período da noite até às 7h da manhã de hoje.

As cidades do Agreste e outras que compõem a área de abrangência do Comando de Policiamento de Interior Área II vão receber mais um reforço. De acordo com o comandante do Comando do Interior, tenente-coro-

nel Neuton Bóia, o reforço maior estará hoje nas cida-des de Traipu, Taquarana, Paulo Jacinto, Maribondo, Estrela de Alagoas, Tanque D’arca, Jequiá da Praia, Coru-ripe, Campo Alegre, Boca da Mata, Viçosa, Atalaia, Belém, Campo Grande, Palmeira dos Índios, Penedo, Maribondo, Campo Alegre, Viçosa, entre outras.

Em algumas cidades, o reforço policial foi enviado no início da semana. Em Atalaia e Boca da Mata, foram cumpridos 23 mandados de prisão, busca e apreensão expedidos pelos juízes eleito-

rais. Em Boca da Mata, uma mulher foi presa em flagrante fazendo cadastro de eleitores.

Segundo Neuton Bóia, o efetivo total de reforço é 1.117 policiais. Além disso, um grupo com 100 policiais do Pelotão de Operações Especiais (Pelopes) estará de prontidão em Arapiraca para, em casos de necessi-dade extrema, serem envia-dos para algum município.

“ N ó s v a m o s t e r u m número maior de policiais nas cidades que já tem um histórico de disputas mais acirradas e com violência. Já nas outras cidades, caso

necessite de um reforço, será enviado. Teremos também um helicóptero, caso seja n e c e s s á r i o”, e x p l i c o u o tenente-coronel.

Durante o dia de hoje, a Polícia Militar vai atuar com policiamento a pé, motori-zado, montado e aéreo. As pessoas que forem presas cometendo algum crime eleitoral serão levadas para a sede da Polícia Federal, em Maceió. Nos casos dos crimes comuns, as ocorrências serão encaminhadas para a dele-gacias locais e, no caso de Arapiraca, para a Central de Polícia.

Policiais militares reforçam segurança em Arapiraca e nos outros municípios do Agreste do Estado

IZABELLE [email protected]

As cidades do interior do Estado amanhe-cem hoje com intensa

movimentação de eleitores e policiais devido a votação. Em algumas delas, a segu-rança será feita, além da Polícia Militar, por tropas federais.

No Agreste, apenas o muni-cípio de Limoeiro de Anadia recebeu o reforço dos solda-dos do Exército para garantir a tranquilidade das eleições. Em Arapiraca, segunda maior cidade do Estado, a segurança será garantida por cerca de 200 policiais militares, que inicia-ram as atividades na manhã de ontem.

As outras cidades do Agreste, que não tiveram o pedido de tropas federais aceito pelo Tribunal Supe-rior Eleitora (TSE), receberão reforço especial do 3° Bata-lhão de Polícia Militar e do Comando de Policiamento do Interior.

Eleição movimenta cidadesINTERIOR

ArapiracaA18 O JOrnal l Maceió, 7 de outubro de 2012 l DOmingO

[email protected]

Arquivo

Juiz acredita em eleições tranquilas A segurança em Arapiraca

será feita por cerca de 200 policiais militares. Desde a manhã de ontem, parte deles acompanhara o transporte e instalação das urnas eletrôni-cos nos locais de votação.

Der acordo com a asses-soria de comunicação do 3° Batalhão, pelo menos esta-rão em cada local de votação na cidade. Além disso, serão realizadas rondas em toda a cidade.

Aderbal Mariano, juiz elei-toral da 22° Zona, apesar de não ter histórico, a disputa na cidade está mais acirrada este ano. Entretanto, ele disse que acredita que as eleições serão tranqüilas e tudo dentro da normalidade.

Sobre os crimes eleitorais mais comuns durante o dia de hoje, o juiz informou que a maior quantidade de denun-cio é em relação a boca de urna e compra de voto. “Nós recebemos muitas denúncias, principalmente do período da manhã, quando o movimento

é mais intenso. Mas na maio-ria deles, os acusados não são encontrados no local ou a denúncia é falsa”, explicou.

Em relação aos locais de votação, alguns deles foram alterados no município. Segundo o chefe do Cartório Eleitoral da 22° Zona, Alberto Alencar, três mudanças foram feitas.

Os eleitores que votam na Escola Estadual Padre Jeffer-son de Carvalho, no bairro Guaribas, da seção 149 à 159, votarão na Escola Professor Benildo Barbosa de Medeiros, no bairro Primavera. Os elei-tores que votavam na Escola de Ensino Fundamental Lucio Gomes, localizada no Povo-ado Mocó, zona Rural, a partir de agora votam no Clube do Servidor, antigo Clube do SESI. A mudança ocorreu porque o antigo local foi desativado. Já os eleitores da Escola Esta-dual Arthur Ramos, localizada no bairro Cavaco, devido a reforma, votarão na Escola Estadual Dr. José Tava.

Policiamento ostensivo vai garantir segurança

Polícia Militar fará segurança

nos locais de votação e fazendo

rondas nas cidades

Page 19: OJORNAL 07/10/2012

A19O JOrnal l Maceió, 7 de outubro de 2012 l Domingo

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Mulheres

O irresistível charme de comprarCresce mercadoespecializado nogosto feminino para uma consumidora exigente e delicada

FlÁVIA [email protected]

Mulher gosta de comprar. A máxima nunca foi tão verda-deira e o varejo nunca enten-deu tão bem a mensagem. Prova disso é que o mercado especializado em artigos voltados para o público femi-nino está em franca expansão e apostando cada vez mais forte no poder de decisão da mulher e na vontade dela de estar sempre um passo à frente quando o assunto é moda, tendência ou simples-mente compras.

Mas, a aquisição vai além do simples consumo. O diag-nóstico de quem vive neste mercado não poupa pala-vras: comprar é uma espécie de “terapia”, uma questão de estimular a autoconfiança e, sobretudo, de demarcar um território. Hoje, esta nova consumidora controla 66% do que se compra ou vende em todo mundo e movimenta uma cifra equivalente a R$ 1,3 trilhão todos os anos, segundo dados do instituto de pesquisa Sophia Mind.

Continua na página A20

Carol: “A vaidade faz

parte do universo das

mulheres desde cedo;

é preciso entendê-la”

Lays Peixoto/Estagiária

Page 20: OJORNAL 07/10/2012

A20 O JOrnal l Maceió, 7 de outubro de 2012 l DOmingO

[email protected]

Vaidade e TPM também exigem compreensãoMas não só de flores vive

este mercado. Se por um lado trabalhar a vaidade femi-nina tem aspectos bastante favoráveis, centrar o foco em estratégias de venda para este segmento significa, sobretudo, aceitar desafios. O público feminino além de exigente, costuma deter mais informações sobre produtos e serviços do que os homens.

Além disso, as mulhe-res estão mais dispostas a pesquisar antes de concre-tizar a compra e se, insatis-feitas, trocam facilmente de marca. “Sem falar que a TPM é um fator bem considerá-vel na hora de lidar com esta consumidora. Os hormônios definitivamente influen-ciam na hora da escolha dos produtos”, avaliou a empre-sária Carol Freitas, da Santa Lolla.

Saber lidar com o compor-tamento de um consumidor que muda de acordo com o ciclo menstrual é apenas um dos desafios para quem ingressa neste mercado. Lidar com a vaidade também não

é fácil, embora haja quem defenda que se possa tirar partido disso. “A vaidade faz parte da vida da maioria das mulheres. E olhe que elas se tornam vaidosas desde cedo.

Não à toa, nós temos um espaço na nossa loja todo dedi-cado ao público mirim. Afinal, a gente “planta a sementinha” do consumo desde cedo”, diz Lis Nunes. F.B.

Participação financeira das mulheres não para de registrar crescimentoO poder de compra desta

consumidora pode também ser traçado diante do diag-nóstico apresentado pela Pesquisa Nacional por Amos-tra de Domicílios (Pnad), que apontou que participação financeira da mulher nas famílias brasileiras cresceu de 27% para 35%, durante os anos de 2001 a 2009.

Com este crescimento, cerca de 22 milhões de brasi-leiras se transformaram em chefes de família.

Diante deste cenário, não há o que questionar: o poder está com elas. E o mercado sabe disso, tanto que vem investindo em estratégias cada vez mais irresistíveis para seduzir este público de carac-terísticas tão peculiares.

Recém-ingressa no mundo empresarial, Lisiana Calheiros conhece bem as estratégias para convencer uma mulher a não resistir. Consumidora quase compulsiva assumida, a nova empresária é uma das que defendem que trabalhar com o público feminino é uma espécie de terapia para quem está dos dois lados do balcão. “Chega a um ponto que a gente deixa de tratar com cliente e passa a se relacionar com a amiga”, disse a dona da Glizz.

Mas o interesse comercial dessa amizade não fica escon-dido. Muito pelo contrário. A empresária reconhece o quanto uma mulher gosta de comprar, e o quanto este campo é fértil para bons

negócios. “Toda mulher gosta de desfilar com coisas que acabou de comprar. A sensa-ção de sair de uma loja, com uma sacola é muito boa”, brinca.

Ter o poder do cartão de crédito nas mãos e uma série de produtos irresistíveis à frente é um prato cheio para este público de características tão específicas. Ao contrário do homem, que usa mais a praticidade na hora de abrir a carteira, a mulher, segundo avaliação da empresária, costuma se apaixonar pelo que vai comprar. “O homem chega, pega duas ou três peças, compra e sai. A mulher avalia, prova, compra aos poucos. Depois volta na loja e acaba levando mais”. F.B.

Investir no mercado é ter retorno garantidoO perfil dessa consumi-

dora é traçado psicologica-mente por quem vende. E não à toa que este mercado é também dominado por empresárias. “Nós temos um dialeto muito nosso, coisas que só nós mulheres enten-demos. Além disso, sabemos respeitar o espaço da outra, as escolhas dos produtos. Sem falar que é uma delícia dar dicas e a atenção na dose certa. Tudo isso faz parte das estra-tégias para um atendimento

eficaz”, explica a empresária, Lis Nunes, dona da Boudoir Esmalteria.

“Além disso, nós amamos consumir. Gastamos com o necessário, mas também com o que só a gente acha essen-cial. Investir num negócio para mulher é sucesso garan-tido”, definiu.

Mas é preciso ter uma disposição incansável para atender a um público exigente e que gosta de ser tratado de forma personalizada. “A

palavra é inovação. Acredito que essa seja a principal dife-rença para um negócio para o público feminino. Mulher gosta daquilo que é novo, do está na moda. Aquilo que é desejado por outras mulhe-res. Então, procuramos buscar o que há de mais novo no mercado, investindo forte numa variedade de produtos inovadores, com alta tecnolo-gia, e com exclusividade para o nosso mercado”, ensina Lis Nunes. F.B.

Para Lisianna, relação com a cliente se transforma em amizade em alguns casos

Os acessórios são considerados tão importantes quantos as peças principais na hora de oferecer produtos às mulheres

Para atrair a consumidora moderna, os detalhes de cada peça, mesmo que de uma simples blusa, devem agradarPeças únicas, harmônicas, com requinte e sofisticação: características fundamentais nas exigências das consumidoras

Fotos: Lays Peixoto/Estagiária

Page 21: OJORNAL 07/10/2012

[email protected]

A21O JOrnal l Maceió, 7 de outubro de 2012 l DOmingO

Publicidade

Page 22: OJORNAL 07/10/2012

O JOrnal l Maceió, 7 de outubro de 2012 l DOmingO

Al é m d e re d u z i r a s chamadas ilhas de calor nos grandes centros

urbanos, pintar as coberturas de branco reduz o consumo de energia do empreendimento e a emissão de gás carbônico. O renomado Lawrence Berck-ley National Laboratory (CA, EUA) estima que para cada 100m² pintados de cores claras são compensadas dez toneladas de emissão de CO2 por ano.

Os telhados claros também contribuem para a economia de energia. Dados da Environ-mental Energy Technologies Division, dos Estados Unidos, mostram que os revestimen-tos brancos são capazes de refletir de 70% a 80% de ener-gia do sol e diminuem o gasto com ar condicionado em até 20%.

Desenvolvida pela Nano-tech do Brasil, empresa espe-cializada em tecnologias em revestimento térmico e acús-tico, a tecnologia em formato de tinta Nanothermic1 atende essa demanda. Pode ser apli-cada em telhados e coberturas para diminuir a temperatura de empreendimentos comer-ciais e residenciais.

Laudo do IPT, Instituto de Pesquisas Tecnológicas, atesta que o índice de refle-tância do sol do Nanothermic 1 (produto adequado para telhados) é de 90%, numa escala de até 100%. Isso repre-senta redução térmica de 30% no interior do ambiente. “Com isso, é possível reduzir de forma significativa o uso de ar condicionado”, explica José

Faria, diretor da Nanotech do Brasil.

Os benefícios das cober-turas claras, entretanto, só serão eficazes se a tecnolo-gia empregada também não agredir o meio ambiente e permitir fácil aplicação e manutenção. A maioria dos produtos disponíveis no mercado possui capacidade refletiva que se mantem por pouquíssimo tempo. Limpar e retocar a pintura dos telhados constantemente, além de causar transtorno ao proprietário, não é nada sustentável.

“Quando falamos em telhados claros devemos nos preocupar com a maté-ria prima utilizada para que, de fato, estejamos tomando uma atitude ecologicamente

correta”, diz. “Nossa proposta é inovar com foco sustentá-vel”, finaliza o diretor.

Nanothermic 1 – a base de água tem baixo teor de Composto Orgânicos Voláteis (COV ), não fera gases tóxi-cos (no caso de incêndio, por exemplo) e nem odores na hora de aplicar. É fácil de apli-car e tem durabilidade de até cinco anos.

Sobre a Nanotech do Brasil: fundada em 2006 desenvolve produtos na área de isola-mento térmico e acústico em forma de tinta. Todos os servi-ços são altamente customi-zados e zelam pela economia de recursos naturais, durabili-dade e inovações sem impac-tar o meio ambiente.

P r i n c i p a i s p r o d u t o s Nanothermic1: isolamento

térmico em formato de tinta que aplicado em superfícies traz redução térmica de até 30% no interior do ambiente, gerando economia de ener-gia durante toda a operação; Nanothermic3: revestimento térmico condutivo revesti-mento de múltiplas aplica-ções que atua na redução de temperatura, economia de energia, gerando um maior conforto para os ocupantes do empreendimento; Nano-sound: revestimento acús-tico isolamento acústico em ambientes, como escolas, igrejas, teatros e cinemas; Nanocril M10: imperme-abil izante acrí l ico para coberturas, reflete os raios solares, ideal para lajes, poço de elevador, marquises, caixa d’água, área de piso frio, etc.

Construção

Telhados claros reduzem a emissão de gás carbônico e também contribuem para a economia de energia no local

ImobiliárioA22

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Prêmio Master Ademi será em novembroPremiação é consi-derada a mais impor-tante para o ramoda construção civilde Alagoas

da redaçã[email protected]

Ter minou a fase de inscrição dos empre-endimentos que vão

concorrer ao Prêmio Máster 2012, o mais importante

do mercado imobiliário de Alagoas. Em 2011, partici-param 11 empresas com 23 empreendimentos. Este ano é esperado maior número de concorrentes.

O Prêmio Master é a prin-cipal categoria e dá nome à premiação. Esta é a 15ª versão e há consenso de que o Master tornou-se um fator de grande importância para a melhoria técnica, arquitetônica, entre outros aspectos, da construção civil de Alagoas. O presidente

da Ademi, Guilherme Melro destaca a influência do prêmio na maior qualificação de nosso segmento imobiliário.

O júri é formado por profissionais de entidades representativas, como CREA, IAB-Al, e outras, com reco-nhecimento pela sociedade. Além do Master, existem outros prêmios incluídos na Categoria “Destaque”: Resi-dencial Econômico; Resi-dencial até 90m²; Residencial > 90m² a 130m²; Residencial >

130m² a 180m²; Residencial > 180m²; Loteamento / Condo-mínio Horizontal; Comercial / Hoteleiro; Lançamento Residencial Econômico; Lançamento Residencial até 90m²; Lançamento Resi-dencial > 90m² até 130m²; Lançamento Residencial > 130m² até 180m²; Lança-mento Residencial > 180m²; Lançamento Loteamento / Condomínio Horizontal; Lançamento Comercial / Hoteleiro.

15ª edição

Tinta que diminui temperatura casa sustentável

O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço

(FGTS) atualizou o valor dos imóveis e as faixas de renda e reduziu a taxa de juros aos tomadores de crédito do FGTS para a compra de casas populares, informou em nota divulgada nesta quinta-feira o Ministério do Trabalho e

Emprego.No caso do valor dos

imóveis, o teto máximo que era de 170 mil reais para o Distrito Federal e as regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro passa a ser de 190 mil reais, por exemplo.

O Conselho do FGTS também atualizou o valor do subsídio a famílias de baixa

renda, com a renda familiar dos beneficiários ampliada de 3.100 para 3.275 reais, com o valor máximo a que eles têm direito passando de 23 mil para 25 mil reais.

Os conselheiros reduziram ainda os juros nos financia-mentos do programa Minha Casa, Minha Vida a famílias com renda de 3.275,01 e 5 mil

reais - a taxa caiu de 8,16 para 7,16 por cento ao ano.

Foram ainda alvo de redu-ção de juros as famílias com renda entre 2.325,01 reais e 2.455 reais, cuja taxa anual cai de 6 para 5 por cento, e renda entre 3.100,01 e 3.275 reais, que caiu para 6 por cento ao ano, acrescentou o comuni-cado do ministério.

FGTS baixa juros para créditoMoradia PoPular

Indústria prevê maior equilíbrio no mercado

Im p u l s i o n a d a p e l a demanda por moradia, obras públicas e estí-

mulo ao crédito, a indús-tria da construção cresceu acima da média nos últimos quatro anos. Mas, agora, emite sinais de desacelera-ção.

Para a Câmara Brasileira da Indústria da Constru-ção (CBIC) e a Associação das Pequenas e Médias Empresas da Construção Civil de São Paulo (Apemec) a queda tem relação com a crise financeira internacio-nal, que inibe investimen-tos. Além disso, há uma acomodação, após período de crescimento intenso.

A retração do setor da construção civil reflete--se em números. O último boletim do Sindicato da Habitação de São Paulo ( Se c ov i - S P ) , m e rc a d o considerado termômetro para o cenário nacional, mostrou recuo de 20% na venda de unidades e de 43% na quantidade de lança-mentos em julho deste ano, ante o mesmo mês de 2011.

A produção de asfalto registrada pela Agên-cia Nacional de Petróleo (ANP) – que ajuda a avaliar o desempenho das obras de infraestrutura – cres-ceu 2,5% no acumulado de janeiro a julho. Em 2010, o crescimento foi 53% comparado ao ano anterior.

A Sondagem da Indús-tria da Construção divul-gada em setembro pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que agosto foi o quarto mês consecutivo em que o indi-cador de atividade no setor ficou abaixo da linha divisó-ria dos 50 pontos. Está linha espelha o pessimismo ou otimismo dos empresários. O índice cravou 48,1 pontos na avaliação geral, e 46,4 na medida específica para pequenas empresas.

“No último semestre do ano passado e primeiro deste ano, houve depressão, uma queda significativa no ritmo de contratações de novas obras, admite Paulo Safady, presidente da CBIC. “Com a crise internacional, grandes incorporadoras recuaram [no investi-mento]. Estamos buscando

uma nova dinâmica para o setor, tratando com o governo”, acrescenta ele.

Segundo Safady, as alte-rações feitas pelo governo no Minha Casa, Minha Vida ao longo do ano - entre elas, redução do valor da pres-tação mensal e ampliação o subsídio da Caixa Econô-mica Federal – tornaram o programa de mais atrativo para o comprador e eleva-ram a atratividade para receber investimentos.

O presidente da CBIC diz que o setor da constru-ção tem boas expectativas em relação às estratégias para ampliar a infraestru-tura da malha ferroviária, aeroportos e portos.

O p r e s i d e n t e d a Apemec, Luiz Alberto de Araújo Costa, destaca que, além de ter sido impactado pela crise, o setor da cons-trução caminha para um equilíbrio após uma expan-são fora do comum. “No mercado de São Paulo, nos últimos cinco anos, houve alta de até 500% no preço do metro quadrado. Isso é fora dos padrões”, diz.

Segundo ele, esse cres-cimento acelerado trouxe dificuldades para o setor, entre elas a carência de mão de obra, principalmente especializada, e a de geren-ciamento. A Apemec estima um cenário de retração para 2013, com queda de 20% nas contratações.

A previsão do econo-mista Paulo Neves, da LCA Consultoria, é em sentido contrário. Ele acha que o próximo ano será de reto-mada do fôlego para o setor da construção. Diz que 2012 corre atípico, com muita cautela por parte de inves-tidores, que aguardam os desdobramentos da crise financeira.

Neves destaca que o potencial comprador de imóveis se mostra mais cuidadoso. “As pessoas relu-tam em assumir compro-missos de longo prazo”, comenta. Para ele, os inves-timentos, que tiveram ritmo tímido este ano, tendem a melhorar em 2013. “Muitos estímulos adotados em 2012 terão um efeito mais prático a partir do ano que vem.

Materiais

Inflação apresenta forte recuo no País

A inflação medida pelo Índice Nacional da Constru-ção Civil (Sinapi) apresentou forte recuo e fechou setembro em 0,25%. No mês anterior, a taxa chegou a 0,79%, segundo dados divulgados pelo Insti-tuto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O custo da construção, por metro quadrado no país, passou de R$ 845,10 em agosto para R$ 847,18, em setembro.

Os materiais de construção apresentaram inflação de 0,15% em setembro, abaixo do 0,38% de agosto, represen-tando R$ 449,99 do custo em setembro.

Já o custo da mão de obra subiu 0,35% e chegou a R$ 397,19 em setembro. Em agosto, a inflação foi 1,26%. O Sinapi acumula taxas de 4,64% no ano e de 5,55% nos últimos 12 meses.

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O s “discípu-

los” de palco d o f i l ó s o f o musical Renato Russo nem imagi-navam que ficariam sem seu ídolo quando o guitarrista Marcelo Teixeira deixava soar, no gravador de casa em Alagoas, a fita cassete Que País é Esse. Mal sabiam ambos que o primeiro se

despediria da música – e do mundo – algum tempo depois que o segundo se deliciava pela primeira vez com a poesia de Faroeste Caboclo. Russo faleceu em 1996. A ânsia de

consumo de Teixeira pelo legado sonoro do Legião urbana, dois anos antes, apenas come-

çava.Felipe Almeida, outro alagoano, já era segui-

dor fiel das composições e ideologias do grupo que revolucionou o Brasil e a Capital Federal. Conta ele que

sua lida na música já trazia as composições do ousado letrista de Brasília e de sua bem nascida prole de músicos

na ponta da língua - e no DNA do seu timbre, carregado em semelhanças com o do líder - desde o tempo em que lhes

rendia honras nos festivais de colégio. Com o baixista Eduardo Oliveira, o baterista Elvis Presley e o

tecladista Fábio Perciano há outras pitadas de “legiãomaníacos”. O que não os difere é que os cinco guardam “a sete chaves” a

obra completa da banda. Com e pós a partida de Renato: foram oito discos lançados até o Legião dar o adeus definitivo ao pop rock nacional. Os cinco vivem enfiados na música. Os cinco ouvem as canções do grupo em todo e qualquer lugar (no quarto, na sala,

no carro...). E os cinco costumam ficar frente a frente com as plateias, pelo menos cinco vezes ao ano, em tributos apote-

óticos ao Legião Urbana. Realizados, como quase toda investida das artes por aqui, de forma quase que cem

por cento independente. Tem sido assim desde que o embrião do

Voz Urbana começou a se formar, lá pelo início do novo

século, n o a n o

d e 2 0 0 2 . P r i m e i r o,

como Legio-nários e com

outra forma-ç ã o . Depois, com a opção

lúcida de saudar logo no nome o tom grave, marcante,

do vocal de Renato Russo. Se a preocupação dos meninos

alagoanos era compor as cenas musicais dos garotos brasilienses sem excessos, tudo na medida certa - ou seja, com fidelidade ao Legião de Russo, mas sem deixar de mão a personali-dade e a bagagem sonora próprias de cada um deles -, o semblante do público que os segue – por sinal, bem mesclado em gerações – vem dizendo que eles vêm dando conta do recado. E bem.

“Mesmo com poucas interferências nas composições, deixamos transparecer as tendências musicais de cada um de nós”, diz o guitarrista Marcelo. “Pessoas falam que chegam a ver a imagem do Renato em nossas apresentações”, completa o vocalista Felipe.

Sob a atmosfera gostosa do ano em que completam dez anos de homenagens ao acervo de Renato e dos preparativos para o X Tributo à Legião Urbana, já na noite do próximo dia 11, eles acei-taram o convite para uma “conversa de sofá” com o Caderno Dois. E revelaram tudo o que têm direito.

Do palco do Orákulo, onde tudo começou, aos bons momentos ao longo de uma década. Das preferências como assíduos ouvin-tes do Legião aos rituais pessoais que antecedem os shows. E, claro, como fãs e propagadores do som do grupo, sobre o sempre difícil momento de traçar o repertório, “que chega perto das noventa músicas, mas estamos caminhando para atingir todas”, contam.

Continua na página B3

Dois B1O JOrnal l Maceió, 7 de outubro de 2012 l Domingo

[email protected]

Há dez anos, um grupo de alagoanos

“legiãomaníacos” vem conquistando lugar especial no cenário

sonoro do Estado com uma missão bem

peculiar: interpretar a obra do filósofo

musical Renato Russo e de seus discípulos de palco, que revolu-cionaram o Brasil e a Capital Federal com

letras e pensamentos tão politizados quanto

ousados. Hoje, os cinco rapazes guar-dam a sete chaves um repertório que já chega a noventa

canções – dentre as inúmeras reunidas nos oito discos lançados até o Legião Urbana

dar o adeus definitivo ao pop rock nacional – em tributos apoteó-ticos, realizados aqui e em outras paragens do Nordeste. O Jornal propôs uma “conversa de sofá” com a banda, que revelou tudo o que

tem direito!

ELÔ BAÊ[email protected]

Somos a

VozUrbana!

Page 24: OJORNAL 07/10/2012

Dois Variedadeswww.mais.al

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B2 O JOrnal l Maceió, 7 de outubro de 2012 l Domingo

Um aspecto astral muito poderoso esta contribuindo para uma amplia-

ção de seus poderes intelectuais e de sua capacidade de progredir profis-sional e financeiramente. Tome novas decisões. Acredite em si. Seja otimista.

Possibilidades de lucro e sucesso no campo comercial. No terreno

amoroso, perfeita correspondência sentimental se a pessoa pertencer ao seu círculo familiar. Êxito técnico, intelectual, artístico e científico.

Dia em que poderá solicitar a colaboração de amigos e parentes

para resolver mais facilmente algum problema sério que tiver. Muito bom para tratar da documentação de seu casamento e de associações.

Um feliz encontro pode marcar o início de uma amizade mais proveitosa e

duradoura. Há prenúncios de notícias agradáveis que poderão sugerir a ideia de uma viagem. Conte com a ajuda de educadores e autoridades.

Demonstre firmeza, convicção e mais confiança em si, que conseguirá,

neste dia, influenciar pessoas impor-tantes ao seu progresso e prosperidade profissional e material. Contudo, evite precipitações.

Este dia, deverá favorecê-lo nos assuntos familiares e questões

financeiras ligadas com pessoas conhecidas. Procure ser previdente quanto aos demais assuntos porque o passado pode trazer alguma coisa que o aborrecerá.

Dia em que poderá obter lucros, no comércio de produtos químicos e

líquidos, de um modo geral. Pode tratar de assuntos relacionados com sua melhoria financeira e pedir favores.

Bom dia para iniciar negócios relacio-nados com a indústria, e proprieda-

des. Contudo, não deixe de olhar e zelar pelo bem de seus familiares e não fuja as suas responsabilidades e problemas. Bom às viagens.

Deverá evitar discussão, atritos e disputas com autoridades, com

pessoas de boa disposição e com seus inimigos declarados e rivais. Por outro lado, o dia promete êxito em novas associações e no trabalho.

Evite desavenças, questões e desarmonias na vida doméstica. Por

outro lado, terá sucesso nos negócios relacionados com minas, construção e com metais de um modo geral e será bem sucedido profissionalmente.

INSTITUTO OMAR CARDOSO

Áries20 março a 20 abril

Touro21 abril a 20 maio

Gêmeos21 maio a 20 junho

Câncer21 junho a 21 julho

Leão22 julho a 22 agosto

Virgem23 agosto a 22 setembro

Libra23 setembro a 22 outubro

Escorpião 23 outubro a 21 novembro

Sagitário 22 novembro a 21 dezembro

Capricórnio 22 dezembro a 20 janeiro

Aquário 21 janeiro a 20 fevereiro

Peixes 21 fevereiro a 20 março

WWW.OMARCARDOSO.COM.BRHoróscopo

Pessoas nascidas sob este signo terão possibilidades de sucesso de algum

modo. As influências positivas dos astros prometem êxito. Boa indicação para a vida sentimental a partir de amanhã.

Boa influência para cuidar dos seus interesses pessoais e assuntos

sentimentais. Uma pessoas influente procurará favorecê-lo. Saúde, amor, jogos, esportes e loteria sob excelentes fluxos.

Roteiro

Quarta

O cantor e compositor Chico César é atração do MPB Petrobras no próximo dia 10. O show de voz e violão tem como base o DVD “Aos vivos agora” e repertório que passeia pelas canções de “Aos Vivos” (1995) – seu primeiro álbum e por clássicos como “Mama África” e “À primeira vista” e acontece no Teatro Gustavo Leite (Centro Cultural e de Exposições de Maceió – Jara-guá), às 21h. Ingressos: R$ 10 (meia) e R$ 20 (inteira), à venda a partir do dia 8, na bilheteria do teatro. Mais informações: (82) 3031-2895/9803-1799.

QuintaO espetáculo “Retratos da Vida”, do Grupo de Teatro do TSI (Trabalho Social com Idosos), inicia sua temporada do mês de outubro com encenações gratuitas nas unidades do Sesc. A montagem, resul-tante do projeto “Vivências Cênicas com Idosos”, leva ao público reflexões, experiências e questionamentos acerca da velhice e do processo de envelhecimento através da expressão corporal, musicalidade, dança, imagens, memórias, citações poéticas e depoimen-tos. A agenda de encenações tem início no dia 11 deste mês, no Sesc-Arapiraca, às 15h, e segue nos dias 18 (Teatro Jofre Soares, às 19h) e 23 (auditório do Sesc-Poço, às 15h). Já em novembro, a peça subirá ao palco nos dias 7 (Sesc-Poço, às 15h), 21 (Sesc-Poço, às 14h) e 22 (Teatro Jofre Soares, às 19h).

em BreveNos dias 12 e 13 deste mês, às 20h, o espetáculo Frente e Verso (foto), da Salto Cia. de Dança, chega ao Teatro Deodoro. A companhia, dirigida pelas bailarinas Jeane Rocha e Isabelle Rocha, levarão à cena quatro coreo-grafias independentes, mas com variadas formas de relações interpessoais, com suas dualidades e comple-tudes. Ingressos: R$ 10 (meia) e R$ 20 (inteira), à venda na Jeane Rocha Academia de Dança e na bilheteria do teatro. Mais informações: (82) 3321-3056/9123-7749/9327-3543.

Page 25: OJORNAL 07/10/2012

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B3O JOrnal l Maceió, 7 de outubro de 2012 l Domingo

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instalaçãodo PC

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Pedro (?),o último

imperadorbrasileiro

Regiãocearenseda cidadede Crato

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léguas

Os doismaioresestados

brasileiros

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ascórbico

Prenomedo craqueargentino

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diuréticos(Med.)

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"Fúria deTitãs"

Que temengastespreciosos

(fem.)

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Que estáde acordocom a lei

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baixa dasociedade

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O númerocuja divi-são por 2é inexata

O quinto signo doZodíaco (Astrol.)

Estrutura passível de sofrer fraturas

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de Júpiter

Família(fig.)

Multidão(pop.)

Velho, eminglês

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ao fogoVasculhar

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(?)agitante:mal de

Parkinson

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PeruaÁrea de

plantas or-namentais

Boba;ingênuaMeta doalpinista

Governo(abrev.)

Letra que simbolizasono, na internet

Revista de humor dos EUA

3/mad — old. 6/neeson. 9/paralisia. 14/remasterização.

TVTv AlAgoAs - sBTCanal 5

06h00 - Aventura Selvagem 06h30 - Pesca Alternativa 07h30 - Brasil Caminhoneiro 08h00 - A Grande Ideia 08h30 - Vrum 09h00 - Chaves 11h00 - Domingo Legal 15h00 - Eliana 19h00 - Vamos Brincar De Forca Jequiti 19h40 - Sorteio Da Tele Sena 19h45 - Programa Silvio Santos 00h00 - De Frente Com Gabi 01h00 - O Mentalista / The Mentalist

Tv gAZETA - gloBoCanal 7

05h45 - Santa Missa 06h45 - Sagrado06h55 - Gazeta Rural 07h25 - Pequenas Empresas08h00 - Eleições 201208h05 - Globo Rural09h05 - Auto Esporte09h35 - Esporte Espetacular 12h30 - As Crônicas de Nárnia – Príncipe Caspian 14h55 - The Voice Brasil16h17 - Globo Notícia 16h21 - Domingão do Faustão 20h30 - Fantástico22h50 - Filme: Até o Limite da Honra ***01h05 - Sessão de Gala. Filme: Irmãos de Sangue 02h50 - Corujão

Tv PAJUÇARA - RECoRdCanal 11

05h45 - Bíblia em Foco06h00 - Nosso Tempo06h30 - Desenhos Bíblicos08h20 - Record Kids09h00 - Ponto de Luz10h00 - Alagoas da Sorte11h00 - Informativo Cesmac11h30 - Pajuçara 360º12h00 - Record Kids12h15 - Tudo É Possível15h00 - Top Model16h00 - Programa do Gugu20h30 - Domingo Espetacular23h15 - Repórter Record00h00 - Todo Mundo Odeia O Chris01h00 - Ponto de Luz

Tv EdUCATIvA - TvECanal 3

06h30 - Sustentáculos07h00 - Palavras de Vida08h00 - Santa Missa09h00 - Viola Minha Viola10h15 - O Brasil tem Disso11h15 - Senha Verde11h30 - JÁ Turma do Pererê 12h00 - ABZ do Ziraldo12h30 - Um Menino Muito Maluquinho13h00 - Castelo Rá-Tim-Bum13h30 - TV Piá14h00 - Anabel14h15 - Carrapatos e Catapultas14h30 - Meu Amigãozão14h45 - Cocoricó15h00 - Escola pra Cachorro15h15 - Tromba Trem15h30 - Senha Verde15h45 - Curta Criança 16h00 - Papo de Mãe17h00 - Programa Especial - Eleições 201221h00 - EsportVisão22h00 - Revista do Cinema22h30 - Soy Loco por Ti Cinema00h15 - Curta TV00h45 - DOC TV01h45 - EsportVisão02h45 - Curta os Curtas04h00 - Telecurso Tecendo o Saber04h30 - Telecurso Ensino Médio04h45 - Telecurso Ensino Fundamental05h00 - Telecurso Tec05h15 - Telecurso Profissionalizante05h30 - Salto para o Futuro

Tv mARNET - Canal 25

08h00 - Cinemar09h00 - Palavra Amiga10h00 - Big Sports11h00 - Cidade Aflita12h00 - Almoço C/ Notícia13h30 - Sobre Rodas14h00 - Momento Vip14h30 - Igreja El-Shaddai15h30 - Informe Cesmac16h00 - Info Ação Parlamentar16h30 - Programa Mix17h00 - Canal Legal18h00 - Programa do Caique18h30 - Palavra Amiga19h30 - Big Sports20h30 - Cidade Aflita21h30 - Almoço C/ Notícia23h00 - Sobre Rodas23h30 - Momento Vip00h00 - Igreja El-Shaddai01h00 - Informe Cesmac01h30 - Info Ação Parlamentar02h00 - Programa Mix02h30 - Canal Legal03h30 - Programa do Caique04h00 - Palavra Amiga05h00 - Big Sports06h00 - Cidade Aflita07h00 - Almoço C/ Notícia

Tributos a uma obra musical genial e com jeito próprioTributo é a forma das mais

elegantes de se reverenciar a memória de um artista. Musi-cal, sobretudo. Para as artes, o verbete cai como uma luva. Para o Voz Urbana, nem se fala.

Mas uma coisa é certa, a cada show de homenagem – com pelo menos duas horas de duração e, no mínimo, quarenta músicas afiadas pelo “gogó” de Felipe e pelo instrumental de seus músi-cos – percebe-se às seme-lhanças espontâneas na personalidade do quinteto com a performance do Legião.

O intuito não é imitar. Mas, pura e simplesmente, celebrar. Do jeito deles. Só. “Recebe-mos cumprimentos e agra-decimentos do público, que se emociona não com o Voz Urbana, mas com a mensa-gem que Renato deixou e que a gente passa adiante cada vez que subimos ao palco”, frisam.

E, com todo esse respeito ao legado de Russo, não têm sido poucos os bons momen-tos dos fiéis intérpretes do Legião Urbana (embora, nenhum deles tenha tido a chance, ainda, de cumpri-mentar pelo menos um daqueles brasilienses que encantaram o País com seus sinfônicos discursos).

Na primeira vez que apre-sentaram a Alagoas sua devo-ção à banda brasiliense... “Entramos no intervalo da banda principal, e foram tantos “bis” da plateia para tocarmos outra, e mais outra, até que alguém foi até a mesa de som e desligou tudo”, recorda o vocalista Felipe.

“E aquele grupo de fãs

que apareceu com cami-sas e faixas no meio de um montão de gente, no nosso primeiro show. Foi o ápice da Voz Urbana aquele fã clube”, lembra o guitarrista Marcelo, sem esquecer de outra passa-gem histórica na trajetória da banda: quando levaram seus instrumentos para o hall do Cine Sesi como convidados especialíssimos do lança-mento de um documentário sobre as bandas de Brasília. Focado, claro, no Legião. E com direito a um caloroso “muito obrigado” do diretor do curta, Vladimir Carvalho.

Mas, de todos os tributos

que já realizaram ao longo dos dez anos do quinteto, um chamam de “sagrado”: o do 11 de outubro. O dia da morte do gênial letrista Renato Russo. E de celebrar a “nossa saudade” – a dos cinco moços do grupo – e a dos fãs do Legião.

“É um dia sagrado para nós. Não abrimos mão de estar no palco, tocando e cantando”, dizem.

Por falar em gênio, o que pensa o Voz Urbana sobre o Russo brasileiro que revolu-cionou o “país tropical” com seu canto, ecoando a realidade político-social brasileira?

“Fo i u m d o s p o u c o s

compositores que agradaram a vertentes de todas as gera-ções: roqueiros, românticos, punks... Suas letras falavam de tudo, Aids, sexo, depres-são e amor. Isso foi o que fez o Legião Urbana ter essa proporção nos 1980 e até hoje. Suas músicas são atemporais. Encaixam-se perfeitamente à conjuntura política e social do nosso Brasil”, dizem.

Bom, com tantas reve-lações, vamos aguardar a décima edição do Tributo, que também contará com a presença do rock´and´roll anos 80 dos garotos da banda Adelaide, abrindo a noite com

o show Cássia “Rock” Eller. Uma forma de o Voz

Urbana também “tirar o chapéu” para a intimidade de Russo. Afinal, Cássia Eller era uma daquelas queridas “musas musicais” que cerca-ram a vida do ídolo. E.B.

Voz Urbana: fidelidade e entusiasmo à filosofia político-musical de Renato Russo há uma década

O show X Tributo à Legião Urbana acontecerá no próximo dia 11, às 22h30, no Orákulo Chopperia (Jaraguá). Mais informações: (82) 9902-9449.

Vá Lá:

Eduardo Leite/Estagiário

Page 26: OJORNAL 07/10/2012

B4 O JOrnal l Maceió, 7 de outubro de 2012 l DOmingO

[email protected]ão

AparecidaCatólicos celebram, este mês, a padroeira do Brasil: Nossa SenhoraAparecida. Este ano, a Igreja escolheu como tema “Com a Mãe Aparecidaacolhemos Jesus, Nossa Alegria”. Milhares de fiéis irão lotar aBasílica destinada à adoração da santa, em Aparecida (São Paulo), noPróximo dia 12. Em Alagoas, a comunidade de Nossa Senhora Apare-cida, promoverá sexta-feira uma procissão pelas principais ruas do Prado.

CantaA cantora gospel Fernanda Brum estará no dia 11 deste mês, em Maceió, participando do Canta Alagoas 2012, evento que reunirá centenas de pessoas no Ginásio do Sesi, no Trapiche. Participam ainda do evento Mariana Vala-dão, o pregador Luo e APC 16. O encontro é promovido pelo DJ Rodrigo Maker. Ingresso nas Livrarias Arca de Noé e Espaço Gospel. Mais informações: (82) 3033-2703.

PascomA Pastoral da Comunicação (Pascom), da Arquidiocese de Maceió, promove o “Curso de Comunicação na Liturgia”, com o tema “Comunicar bem para rezar melhor”, no dia 21 deste mês. A assessoria é do padre Agnaldo José, apresentador do programa “Você pode ser feliz”, na TV Século 21. O curso será ministrado no auditório da Igreja de Nossa senhora de Lourdes, no Jardim do Horto.

ERURA Diocese de Penedo sediará o III Encontro Regional UniversidadesRenovadas (ERUR), com o tema “Apascentais as minhas ovelhas” (Jo21;17) e o lema: Pela fé, confirmai vossa vocação e eleição, para amissão. (2 Pd 1;10-11). Promovido pelo Ministério UniversidadesRenovadas da Renovação Carismática Católica do Brasil, o eventoacontecerá na Universidade Federal de Alagoas. Na programação cons-tam mesas temáticas, workshops, missas, orações, adoração e noite cultural.

MixA juventude da Paróquia de São Vicente de Paulo, no Graciliano Ramos, Realizará, no próximo dia 14, o louvorzão, com a apresentação de DJs Mano e Írames Fernandes e das bandas Jeito Cristão, Trio Sorriso, Serafins e muito mais. O evento acontecerá no ginásio do Colégio Edson Monteiro, a partir das 16 horas. O ingresso custa R$ 10, mais um quilo de alimento não--perecível.

ArcanjosA comunidade evangélica do Village Campestre II está sendo convidada para prestigiar o lançamento da banda Arcanjos, da Assembleia de Deus. Será uma noite de louvor e adoração a Deus, e os organizadores estão contando com a participação, inclusive, de não evangélicos e simpatizantes. A banda estará se apresentando nos dias 13 e 14 deste mês. A AD fica na Rua Arnon de Mello, 195.

SeminárioA Fraternidade Espírita Semear promoverá, no dia 10 de novembro, o I seminário Amor e Conflitos em Tempos de Transição Planetária. O expo-sitor será o radialista, escritor e conferencista Carlos Pereira, de Pernam-buco. O seminário acontecerá na Secretaria Municipal de Educação, das 8h às 16h.

LiberdadeO próximo dia 27 será marcado pelo evento Grito de Liberdade, que promete movimentar os evangélicos da Serraria. O dia será marcado pelo clamor e resgate de vidas, onde um exército de homens e mulheres de Deus estarão reunidos para interceder pela população alagoana.O evento acontecerá no CBM, a partir das 19 horas, no Conjunto José Tenório. Participe!

Mônica [email protected]

PalavradeFé

“Não sobrecarregues os teus dias com preo-cupações desnecessárias, a fim de que não percas a oportunidade de viver com alegria”.

(André Luiz)

As raízes do Espiritismo no Brasil: uma análiseEm livro, sociólogo sugere relação entre a doutrina e as características da sociedade brasileira

RAFAEL CARIELLOFolha Online

Em “Os mortos e os vivos”, o sociólogo Regi-naldo Prandi oferece

ao leitor uma breve introdu-ção ao kardecismo, a “religião discreta” da classe média brasi-leira, e à umbanda, essa versão miscigenada e menos “letrada” do espiritismo no Brasil.

Ambas as crenças dizem muito do País, como nos mostra Prandi, com mão leve, em seu texto. O livro é publi-cado pela Três Estrelas, selo editorial do Grupo Folha.

O autor prefere sempre sugerir a estabelecer corres-pondências explícitas entre o

espiritismo e as características da sociedade brasileira.

Mas é impossível não perceber as disputas por status, o anseio da elite e das classes médias por “moder-nização”, as relações de classe e os preconceitos de cor na história contada por Prandi.

Apesar de se referir à crença imemorial em enti-dades invisíveis, o “espiri-tualismo” é, sobretudo, um fenômeno moderno.

Foi em meados do século 19, diz o autor, que a prática de comunicação com os espíritos se tornou moda na Europa e nos EUA. Muitos de seus praticantes acreditavam que seria possível recorrer à ciência para explicar essas relações mediúnicas.

Esse caráter moderno, cientificista, foi exaltado por Allan Kardec ao fundar o Espi-ritismo, que se valia também de outra ideia característica da modernidade, a de progresso,

associada às reencarnações dos espíritos.

A nova doutrina, de origem francesa, encontrou terreno fértil no Brasil. Único País onde veio a se constituir em religião completa e autônoma.

Talvez por seu caráter “modernizador”, a doutrina Espírita exerceu forte atra-ção sobre homens ilustres da sociedade carioca. O cronista João do Rio registrava entre seus seguidores, no início do século 20, membros das Forças Armadas, advogados, professores e jornalistas.

A escolaridade elevada é, ainda hoje, uma marca dos kardecistas. Mais de 30% deles têm curso superior completo – nível atingido por 9% dos católicos e por 4% dos evan-gélicos pentecostais.

Se o Espiritismo é uma prática da classe média, inclu-sive de muitos que se declaram católicos, a umbanda, surgida do encontro do kardecismo

com os rituais das religiões afro-brasileiras, é adotada, sobretudo, por pessoas da classe média baixa.

No kardecismo, a sabedo-ria de um espírito-guia é asso-ciada ao seu elevado grau de escolaridade.

Consta que a fundação da umbanda teria sido iniciativa de dissidentes de um grupo kardecista. Grupo esse que “rejeitava a presença de guias analfabetos negros e caboclos, porque os considerava espíri-tos inferiores”.

Assim como seus inte-grantes, os guias dessa nova religião brasileira passaram a ter origens mais abrangentes: indígenas ou caboclos; escra-vos ou pretos-velhos; boiadei-ros, nobres e ciganos.

Os mortos e os vivos acaba de chegar às livrarias brasi-leiras. Seu lançamento foi no último dia 5. Tem 116 páginas e pode ser adquirido ao preço de R$ 25.

Novo cronograma é aprovadoOs membros do Conse-

l h o Ep i s c o p a l d e Pastoral , Consep,

reunidos na tarde do último 26 de setembro, discutiram o processo de elaboração dos subsídios da Campanha da Fraternidade (CF), realizada pela CNBB anualmente, no

período da quaresma.O assessor da CF, padre

Luiz Carlos Dias, apresen-tou uma proposta de crono-grama. Com duração de um ano e meio, a proposta deverá promover uma melhor cola-boração dos regionais, asses-sores, pastorais e organismos

afins com o tema de cada edição. Dessa forma, todos os subsídios já poderão ser apre-sentados no mês de julho do ano anterior da campanha.

A proposta foi aprovada pelos bispos. Em relação à escolha do hino e do cartaz, serão realizados dois concur-

sos simultâneos, com a colabo-ração de comissões julgadoras específicas, mas com a deci-são final do Consep. Pelo novo cronograma, os interessados em participar destes concur-sos receberão mais subsídios para poder a elaboração das propostas de música e cartaz.

CAmpAnhA dA FRAtERnIdAdE

Sociólogo Reginaldo Prandi:

definição da crença imemo-

rial em entidades invisíveis

como um fenômeno moderno

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Page 29: OJORNAL 07/10/2012

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ASA mudoude patamar nofutebol brasileirona última décadaE

O JOrnal l Maceió, 7 de outubro de 2012 l Domingo www.mais.al l [email protected]

Esportes O Jornal

Alvinegro foi campeão em 2000 “mordido” com a comemoração antecipada do CSA

8 O JOrnal l Maceió, 7 de outubro de 2012 l Domingowww.mais.al l [email protected]

Esportes O Jornal

Memórias que o tempo não apagaNos 12 anos da conquista do Estadual de 2000 pelo ASA, O Jornal relembracomo tudo aconteceu

Torcedor pé-quente leva sorte ao ASA no momento decisivo Vinte e cinco anos mais

velhos que o professor Pereira, o bacharel em Direito Helder Pereira Lopes não sabe o que é sofrimento quando o assunto é torcer pelo ASA. Claro que ele já voltou pra casa chate-ado com uma ou outra derrota desde que começou a andar em estádio em 2000. Justa-mente. Helder, que hoje mora em Maceió, mas acompanha o time em quase todos os jogos em Arapiraca, é considerado torcedor pé-quente porque passou a freqüentar o Coaracy da Mata da Fonseca, estádio que o Alvinegro manda seus jogos, logo no ano do título.

“Eu tinha 15 anos, gostava de futebol e acompanhava o

ASA apenas pelo rádio. Meu pai nunca foi fanático por bola e, por conta disso, não freqüentava campos. Mas quando completei idade os 15 anos, disse que aquela era a hora para ver o Alvinegro de perto. Comprei o ingresso e fui ver o time vencer o São Domin-gos por 3x0. Daquele dia em diante, nunca mais larguei o ASA”, lembra Helder que, em 2009, esteve no Acre, quando o clube subiu para a Série B do Nacional.

Mas antes, a paixão pelo ASA o fez fincar pé, ‘desafiar’ o pai Severino Barboza Lopes, e o levar para o Rei Pelé, no último jogo da final contra o CSA.

“Meu pai não queria ir e

dizia que era muito perigoso para um jovem de 15 anos deixar Arapiraca, em ônibus fretado, para um jogo daquela importância em Maceió. Afinal, o fato de o nosso time ter revertido a vantagem do CSA acabou criando bem mais expectativa em torno do jogo. Insisti e ele acabou cedendo. Viemos para Maceió de carro e pudemos ver de perto a alegria de um título com um gol de um jogador que entrou para a história do clube, o Jaelson. Nem tinha camisa do ASA. Peguei uma preta e colei uma fita branca com o nome ASA”, conta o bacharel em Direito que, naturalmente, se consi-dera um torcedor privilegiado.

“Muita gente sofreu e outro morreu sem poder ver o ASA campeão. Eu comecei a ir ao estádio jovem e, no primeiro ano, pude ver o time levantar o caneco de campeão depois de tanto tempo na fila”, disse Helder, que afirma ser aquela conquista o marco histórico de um novo momento para o ASA.

“Embora o ASA tenha montado nos 47 anos de jejum grandes times, não chegava ao título. Vencer em 2000 fez com que o clube vivesse uma nova fase, abrindo espaço para as outras conquistas (2001, 2003, 2005, 2009 e 2011). A última década foi reservada somente para a consolidação do clube”, declara o torcedor que ainda

comenta o acesso do ASA à Série B em 2009.

Para ele, aquela conquista teve o caráter de consolidação da equipe, sendo a única no interior do Nordeste a integrar a Segunda Divisão Nacional. E o futuro?

“Pendo que o ASA Gigante precisa, como já está fazendo, se estruturar com construção de Centro de Treinamento e foco maior nas divisões de base. Mas entendo que é complicado manter um clube na Série B, com time de quali-dade, e pensar na estruturação extracampo. Mas acredito que a diretoria vai achar o cami-nho certo para isso”, finalizou Helder Lopes. L.M.

O sofrimento de 47 anos e a emoção da conquista do títuloLUCIANO [email protected]

Aos 52 anos, José Pereira Ne t o, o p r o f e s s o r Pereira, como é popu-

larmente conhecido, é um daqueles inúmeros torcedores alvinegros que experimen-taram o sabor amargo dos 47 anos sem soltar o grito de ‘é campeão’. Na sala onde coor-dena o curso de Direito de uma faculdade na capital, ele conversou com a reportagem de O Jornal. Para ele, que vai ao estádio acompanhar o ASA desde 1974, uma das imagens mais marcantes é a da bola viajando até a cabeça de Jael-son.

“Lembro que o Marqui-nhos bateu violentamente o escanteio na cabeça do Jaelson. Aquele gol mudou toda uma história de 47 anos de sofri-mento. Deixei a cadeira onde estava e fui me juntar ao povão do ASA para comandar o grito de campeão. Cheguei em casa

com um sabor de sangue na boca de tanto gritar. Mas não havia outra maneira, era muita emoção”, declara Pereira, lembrando que foi monitorado pela família, antes, durante e depois do jogo.

“Como todos lá em casa

sabiam o que significava aquela conquista para mim e para todos os arapiraquenses e que a saúde poderia faltar, fui proibido pela esposa e filho. Eles me disseram que eu não poderia ir porque o ASA não venceria e eles não queriam

que eu sofresse. Mas, lá por volta do meio-dia daquele domingo (o jogo foi às 17h), eles me liberaram para eu ir a campo com um sobrinho. Do Rei Pelé, liguei o tempo todo para dizer que estava tudo bem”, conta o torcedor.

Com os olhos e a memó-ria de quem acompanhou os recentes 60 anos recém--completados pelo ASA,o professor arrisca uma expli-cação para a longa espera por um título. Vale registrar que José Pereira foi o responsável, ao lado do jornalista Laute-nhay Perdigão, pelo reconhe-cimento, por parte da FAF, do título de 1953.

“Acredito que o ASA era perseguido, embora naque-les longos anos de espera foi representado por alguns times muitos frágeis, sem qualidade. Observo, agora, depois de tudo passado, que o clube foi perse-guido e havia muita falta de vontade dos que faziam o fute-bol alagoano. E isso, acredito, também porque já sentiam que, uma vez o ASA sendo campeão, acabaria com a hegemonia dos clubes da capi-tal, o que de fato aconteceu. Hoje, o ASA está na Série B e não deve absolutamente nada a ninguém”, diz.

José Pereira mostra

os documentos que

fizeram a Federação

Alagoana reconhecer

o título estadual do

ASA de 1953

Yvette Moura

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Salário mínimo era o teto do elenco do ASA em 1995Se comparados aos salá-

rios pagos a jogadores em grandes centros do País, os acordados hoje em dia no ASA – o teto pode chegar a R$ 15 mil na disputa da Série B – podem parecer insignifican-tes. Entretanto, eles estão bem acima do que o clube poderia honrar, por exemplo, em 1995, quando o professor Zezinho Nascimento estava à frente dos destinos da agremia-ção, que possuía um elenco formado apenas por jogadores de Arapiraca e região.

“As dificuldades eram enor-mes. A montagem do elenco só foi possível porque a prefeitura ajudava com dez salários míni-mos, algo em torno de R$ 1 mil, já que o salário daquela época era pouco mais de R$ 100,00. Além disso, tínhamos mais dois salários que a empresa Coringa nos passava e outro valor da Arável, uma conces-sionária de carros do muni-cípio. Era esse o orçamento do ASA em 1995. O dinheiro ajudava bastante, mas, com

tão pouco, o elenco era todo da região e todos os atletas recebiam somente um salário mínimo ou R$ 100,00 por mês”, lembra o ex-dirigente.

Apesar de obstáculos como esse, a agremiação encerrou o Estadual daquela temporada na 6ª posição. Melhor do que isso: ainda conseguiu vender três jogadores do time ao Porto

de Caruaru pela quantia de R$ 10 mil.

“Com o dinheiro da venda do Laécio, do Marquinhos Girau e do atacante Adeildo, paguei o aluguel da casa onde a concentração funcionava e honrei outros compromissos do dia a dia do ASA. Também emprestei outro atleta que se destacou naquele ano, o meia

Nem. Canhoto, tinha muita habilidade e chegou a jogar por outros clubes do País, como Juventude-RS. Fizemos um bom trabalho, mesmo com todas as dificuldades que possuíamos”, destaca Zezinho Nascimento.

Saudoso, ele não lamenta o que passou e diz que faria tudo outra vez, caso fosse preciso.

“Claro que hoje em dia, aos 75 anos, embora esteja com a saúde relativamente boa, acredito que não teria mais pique para dirigir um clube de futebol, mas estou sempre por aqui para ajudar se for preciso. Se fosse necessário, faria tudo de novo porque o ASA é um clube grande, de torcida apai-xonada, e um grande amor para todos nós”, assevera o professor de educação física aposentado. L.M.

7O JOrnal l Maceió, 7 de outubro de 2012 l DOmingO www.mais.al l [email protected]

Esportes O Jornal

Thiago Sampaio

Foto histórica do Museu dos Esportes que marca uma das conquistas mais importantes dos 60 anos do ASA

PôsterEm pé: Tutano (roupeiro); Gutemberg (preparador físico), Robson Gesiel, Flávio, Márcio Gaia, Jaelson, Fuscão, Cremildo (assistente técnico), Marquinhos e Raimundo (preparador de goleiros, já falecido);

Agachados: Cláudio; Marçal (massagista), Régis Cebola, Clayton, Serginho, Mateus, César, Jackson e Peta.

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Esportes O Jornal Um título para sem

prePersonagens da cam

panha histórica do ASA em 2000 revelam detalhes sobre

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staLUCIANO MILANO

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Passava dos 25 minutos da etapa final. Pelo lado esquerdo do campo, o lateral-esquerdo Marquinhos Girau cobra um escanteio com endereço certo: a cabeça do volante Jaelson, que marca o gol da vitória por 1x0 do ASA contra o CSA, que jogava por um empate para ser pentacampeão alago-ano. Em 7 de julho de 2000, uma cidade, apoiada por toda a região Agreste de Alagoas, arrancava da garganta o grito de campeão alagoano, preso por longos e sofridos 47 anos. O primeiro e único título até aquele domingo havia sido conquistado em 1953.

O jejum de títulos foi tão sério que o compositor Francis Hime introduziu na letra da música ‘E Se’, onde elenca coisas difíceis de acontecer, uma referência ao time: “... e se o oceano incendiar, e se o Arapiraca (o ASA era conhecido nacional-mente pelo nome da cidade) for campeão”, cantava ele. Além disso, em inúmeros bares da cidade, os comerciantes brincavam com os clientes que queriam tomar seu aperitivo e pagar depois: “Fiado só quando o ASA for campeão”.

Durante mais de 40 anos, bons times foram montados, mas dificuldades das mais diversas tiraram do Alvinegro o tradicional gesto de levantar o caneco por um Estadual. Passados 12 anos da data histórica e no ano em que o clube comemora 60 anos – o aniversário é celebrado em 25 de setembro –, O Jornal revive aquele título, contando um pouco da história de seus bastidores. Personagens como o presidente responsável pela conquista, o médico Luciano Machado, e o volante autor do gol, Jaelson, hoje ex-jogador e agora iniciando na carreira de treinador, relembram como tudo aconteceu.

Entre outras lembranças, Luciano Machado conta de que forma chegou, em 1999, ao comando do clube então cheio de dívidas e sem nem sequer um par de chuteiras para treinamentos e como foram feitas as montagens dos elencos daquele ano e em 2000. Além disso, ele revela ainda detalhes do embate que travou com a Federação Alagoana de Futebol (FAF) para que, pela primeira vez na história do futebol alagoano, o árbitro de uma final fosse de fora do Estado.

O ex-presidente e conselheiro do clube também lembra como conseguiu que a última partida da decisão do Estadual fosse disputada no Rei Pelé, e não no Mutange, como queriam os azulinos, que já comemoravam antecipadamente o título que seria o primeiro pentacampeonato do time. Para entender um pouco do que representou aquele título para o ASA e para a cidade de Arapiraca, O Jornal também ouviu o ex-presidente do time na década de 1990, o conhecido professor Zezinho Nascimento. Ele dirigiu o Alvinegro quando ninguém mais topou o desafio. Como um herói, assumiu a agremiação para que ela não deixasse de disputar o Alagoano e, por consequência, fosse rebaixada para a Segunda Divisão. Também ex-treinador e jogador do ASA, ele diz não se envergonhar de ter ido às ruas do município pedir alimentos para que os atletas pudessem fazer as refeições.

Nessa reportagem especial, o leitor verá como foi duro para a equipe conquistar um título após 47 anos na fila, além das dificuldades para garantir uma vaga hoje na Série B do futebol brasileiro.

Herói não se esquece do lance do gol

O tempo não apaga as lembranças. Herói do título, o volante

Jaelson Marcelino Alves, Jaelson, hoje com 37 anos, guarda na memória a campanha vitoriosa e o momento do gol. Como se fosse hoje, ele lembra, com os olhos brilhando, cada passo que deu desde que começou a atuar no clube, em 2000, até o momento em que enfiou a cabeça para, aos 25 minutos do segundo tempo, balançar as redes do goleiro Ailton Cruz, do CSA, e garantir o Campeonato Estadual.

Emocionado ao refazer o caminho que percorreu do seu campo de defesa até a área azulina, o jogador conversou com a reportagem de O Jornal por duas horas no modesto restaurante do Bida, em Igreja Nova, no interior alagoano, onde inicia sua vida de treinador profissional à frente do time que leva o nome da cidade. Jaelson encerrou a trajetória no Coruripe, que acabou rebaixado para a Segunda Divisão estadual. No Hulk, inclusive, ele jogou durante nove anos e teve três grandes títulos: dois na Primeira Divisão, com o bicampeonato em 2006 e 2007, e um pela Segundona, em 2003.

O dono da camisa 5 – que também esteve no bicampeonato do ASA em 2001 – diz que o gol do título foi ‘obra de Deus’. Para corro-borar com sua teoria, o ex-jogador revela, pela primeira vez, que sua irmã, Jailda, ligou para ele na concentração do time em Arapi-raca minutos antes da viagem para Maceió e contou ter sonhado com ele fazendo o gol que daria a conquista ao ASA. “Aquilo me acompanha até hoje. Não sei como pode ter acontecido”, conta.

Se ainda hoje o ex-volante não imagina como conseguiu o feito de balançar as redes e garantir o título, o mesmo aconteceu com seus companheiros de time, como o lateral à época Cebola.

“Depois que fiquei sabendo do sonho, tive dúvida se contava para algum companheiro. Em seguida, quando saíamos de Arapi-raca para Maceió, considerei que, se de fato minha irmã tivesse razão no sonho, ninguém acreditaria se eu contasse a previsão depois. Então, disse para Gedeon (zagueiro) e para o Cebola, que me pediu para não repetir aquela história porque, se o ASA só fosse campeão com um gol feito por mim, o clube estava perdido e continuaria sem conquistar um Estadual”, lembra Jaelson. L.M.

Estratégia jurídica para arrumar a casa e lutar pelas taças Quando assumiu o clube

naquele ano, Luciano Machado e a junta diretiva não encon-travam saída para viabilizar o ASA financeiramente e iniciar o processo de ‘arrumação da casa’. Dívidas trabalhistas, INSS e débitos no comércio de Arapi-raca com remédios, alimenta-ção e material de treino e jogo de outras gestões impediam qualquer tipo de relação com os credores. Segundo o médico, só com a Justiça, a agremiação tinha quase 200 ações sendo cobradas, com bloqueio de qualquer renda que pudesse entrar para o time.

“Era uma situação extre-mamente complicada e a junta diretiva fez algumas reuniões

para tentar achar um cami-nho. A primeira alternativa que achamos foi colocar o depar-tamento jurídico em ação para iniciar as negociações na Justiça, tentando desblo-quear o que poderia entrar de dinheiro para o ASA”, explica.

Com a tentativa de contor-nar a situação junto ao Poder Judiciário, a junta diretiva tentava tocar o barco para poder viabilizar o clube. “Na Justiça, com o juiz Severo (o então dirigente não lembra o sobrenome do magistrado), conseguimos que apenas 30% das rendas fossem para paga-mento de débitos. Isso já deu certa ajuda para começarmos a organização”, conta.

O presidente do título de 2000 lembra ainda que, naquele ano, a prefeitura do município deu seu primeiro patrocínio ao clube, que já possuía como antigos parcei-ros o Grupo Coringa e a Unimed da cidade, empresas que permanecem como patro-cinadoras até hoje. “Foi com a boa atuação do Departamento Jurídico do ASA que começa-mos a arrumar a casa, mesmo com as dificuldades persis-tindo. Fazer futebol não é algo fácil, sobretudo no interior de Alagoas, mas tivemos sucesso e fomos campeões”, recorda Luciano Machado.

Já o atual presidente-execu-tivo, José Oliveira Santos, o Zé

da Danco, disse que o título de 2000 foi um marco na história do clube. Para ele, a conquista fez a autoestima do clube e da torcida crescer e vê no traba-lho de Luciano Machado e do ex-presidente Paulo Tenório um trabalho que proporcio-nou a ele, hoje como respon-sável direto pelos destinos do clube, um embrião que ajudou o ASA a crescer. Mas ele, sempre com os ‘pés no chão’, disse que o título de 2000 foi muito importante, mas a vida seguiu e o ASA, com suas difi-culdades, precisa todos os dias se renovar e olhar para a frente porque o passado não garante o futuro do clube.

“Eu trabalhei com Luciano

Machado na década de 1990; ele como médico do ASA e eu na parte financeira. Eram tempos de fato muito difí-ceis. Em 2000, não estava na diretoria, porém acompanhei como torcedor tudo que foi feito naquele ano. Hoje como diretor, sei o que o Luciano e Paulo Tenório, nosso eterno presidente, passaram até o ASA ser campeão. A história é importante, o título é histó-rico, mas as dificuldades são enormes. Se não cuidarmos, as coisas desandam”, declarou Zé da Danco, que levou o clube à Série B em 2009 e também conquistou o vice-campeo-nato brasileiro da Série C, no mesmo ano. L.M.

Eduardo Leite/Estagiário

O JOrnal l Maceió, 7 de outubro de 2012 l DOmingO

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Esportes O Jornal

Realidade financeira do clube mudou na última década Hoje, o ASA vive dias dife-

rentes quando o assunto é recurso financeiro. Embora considerado clube de médio porte e com todas as dificul-dades inerentes a uma agre-miação destas bandas do País, as repetidas boas atuações dentro de campo – como o acesso à Série B e a participa-ção em cinco Copas do Brasil seguidas – fizeram com que o Alvinegro organizasse as finanças e atraísse patrocina-dores para ajudar no dia a dia.

Enquanto em 1994/1995 o então presidente-executivo administrou o clube com teto salarial de R$ 100 e chegou a sair às ruas para pedir alimento, atualmente a equipe conta com nove patrocinado-res que levam aos cofres em torno de R$ 250 mil por mês, além dos R$ 1.800 mensais de cota por participar do Brasi-leiro da Série B.

“O trabalho feito no ASA nos últimos anos é digno de para-béns. Muitos títulos Estaduais,

Copas do Brasil e hoje está na Série B e, porque não dizer, na elite do futebol brasileiro. A história do ASA mostra, porém, que nem sempre foi assim. Sou testemunha viva desses capítulos. Em 1995, ninguém queria assumir o clube e, como sócio-proprietário, fui ‘obri-gado’ a assumir a presidência, pois não poderia ver o time sendo punido com dois anos de suspensão caso não parti-cipasse do Estadual daquele ano”, lembra Zezinho Nasci-

mento, que continua ligado à agremiação, agora supervisio-nando as divisões de base.

Pernambucano radicado em Alagoas desde 1963, José Nascimento conhece bem essa parte da história. Há 49 anos, ele deixou Caruaru e foi contratado para defender o ASA. De lá para cá, consoli-dou suas raízes em Arapiraca, foi técnico do time e, como sócio-proprietário, fez o que ninguém queria: assumiu a presidência para que a equipe

não fosse punida pela não participação no Estadual.

“O ASA é assim: a gente entra em contato e é difícil deixá-lo. Aconteceu comigo. De jogador, passei pela presidência execu-tiva e fui técnico. Até fiquei longe uma época, mas voltei e super-visiono as divisões de base, que hoje têm mais condições que em outras épocas. É um bom caminho para revelar jogadores e criar renda para a instituição”, comenta o ex-dirigente alvine-gro. L.M.

Presidente chegou a pedir na cidade alimento para os atletasLUCIANO [email protected]

A abnegação de Zezinho Nascimento era tamanha que ele não media esforços para que a alimentação do grupo e da comissão técnica

não faltasse diariamente. Com orçamento apertado, ele visitava algumas empresas em Arapiraca para angariar alimentos como arroz, feijão e fubá, entre outros, para que os atletas fizessem pelo menos as três refeições diárias. Segundo

ele, não faltava o que comer, mas a demanda era grande e, quanto mais alimentos arma-zenados, maior a garantia.

“Não havia porque sentir vergonha de nada. A realidade do ASA era aquela. Não é que faltava o que comer, mas um

grupo com quase 20 pessoas demandava a necessidade de ter a maior quantidade de comida possível, porque eram, no mínimo, três refeições diárias e isso é caro. Então, além do dinheiro, o Coringa também nos fornecia certa

quantidade de alimentos. Mas a gente precisava ter mais e eu visitava alguns empresários e empresas em Arapiraca para que pudessem nos ajudar. Sempre era atendido”, relem-bra, sem constrangimento pela peregrinação.

CD azulino motivou os jogadores alvinegros “Nós nos fechamos de

verdade. Eu e Gedeon (um dos zagueiros) chegamos para jogadores como o Jackson, que gostava de uma cerveji-nha a mais, e dissemos que tínhamos uma obrigação com o ASA, com a torcida e que, se fôssemos campeões alagoa-nos, pagaríamos a farra para ele e os demais no domingo após a partida”, revela Jaelson. Concentrada na conquista, a equipe viajou para Maceió, onde enfrentou o CSA no meio da semana. Com a vitória em Arapiraca, um empate selaria o título azulino.

Certa de levantar o caneco, a diretoria do Azulão já havia contratado até um trio elétrico, reservado uma casa de shows para a festa e, na capital, circu-lava um CD com músicas alusivas ao pentacampeonato. Nesse particular, entram duas figuras que Jaelson considera fundamentais para o Alvinegro naquele momento: o dirigente Pereirinha e o atual presidente do Conselho Deliberativo do clube, Luiz Henrique Oliveira

Silva, o Quinho.“Naturalmente, saímos de

Arapiraca com a torcida e a imprensa incrédulas de que pudéssemos reverter a situa-ção. Na verdade, a vantagem do CSA era enorme. Mas o Pereirinha foi um dos caras

que não deixaram o grupo desanimar. Nos fechamos na concentração, e ele saía para comprar até cartão de crédito telefônico para ligarmos e falarmos com nossas famí-lias. E nos disse que, se o ASA fosse campeão no domingo, ele morreria feliz no outro

dia. Tudo isso foi nos conta-giando”, conta o ex-volante, pai de Jardel, Talles e Vitória, que nasceu justamente no ano do título do ASA.

O motivo não foi o prin-cipal para que o clube arapi-raquense virasse o jogo, mas, para Jaelson e os demais atletas alvinegros, a situação mexeu com os brios de todos dentro do vestiário do Rei Pelé.

“Chegamos ao Rei Pelé, e o campo estava lotado. O torcedor do ASA foi também, mas em menor número. No vestiário, apareceu o Quinho. Ele levou um gravador, um toca CD e colocou o disco do CSA, que tinha umas músicas com os caras comemorando o título, dizendo que iam ser penta em cima dos matu-tos. Depois que ouvimos, os olhos dos caras brilhavam. E o Quinho nos perguntando se a gente ia deixar aquilo aconte-cer. Entramos mordendo”, diz o ex-jogador.

Os alvinegros ignoraram a torcida e a força do adversário e venceram por 2x1.L.M.

CSA tinha imensa vantagem nas finais O Estadual daquele ano

foi disputado por um Turnão na primeira fase, com jogos de ida e volta, classificando--se quatro agremiações para o quadrangular da etapa seguinte. Caso o campeão do Turnão fosse o mesmo do quadrangular, levaria o título daquela temporada de forma direta. Com vencedores dife-rentes nas duas fases, o caneco seria decidido em mais três partidas. O CSA foi o melhor da primeira etapa e o ASA venceu a seguinte, forçando os jogos extras.

“Por pouco, não ficamos fora do quadrangular porque, na última rodada, tínhamos que vencer o Capela e torcer para o CRB empatar com o CSA no Mutange. Isso acon-teceu e nos classificamos. No quadrangular, jogávamos por um empate com eles em Maceió. Saímos perdendo, e o Jackson empatou em uma falta quase do meio de campo, o que nos deu o título da segunda fase. Se o CSA vencesse, já seria campeão alagoano direto”, relembra Jaelson.

C o m o c a m p e õ e s d o Turnão, o regulamento da competição dava aos azulinos o benefício de jogar duas parti-das em casa. Para se ter ideia da vantagem do CSA, além do direito de disputar os últimos jogos em Maceió, o time ainda jogava por três empates.

Empolgados com o resul-tado da segunda fase, o grupo se excedeu na bebedeira na noite da conquista, e isso pode ter sido fundamental para que o ASA perdesse por 3x1 na primeira partida da final, em Arapiraca, num domingo. Embora admita que também caiu na farra, Jaelson diz que não acredita que a comemora-ção tenha sido a causa do fute-bol ruim apresentado.

“Não jogamos bem, mas não acredito que beber foi o problema, pois todo mundo bebia. Houve excesso, admito. Mas não foi esse o problema”, recorda o jogador. Para o ex-volante, porém, a derrota no Coaracy da Mata Fonseca fez o time se fechar e acredi-tar que poderia ser campeão alagoano. L.M.

Volante clássico, Jaelson fez apenas dois gols no ano do título LUCIANO [email protected]

A d e s c o n f i a n ç a d e Cebola fazia sentido. “Naturalmente, não

era de fazer gol. Naquele ano, eu havia marcado na última partida do Turnão, justamente quando conse-guimos a classificação para o quadrangular. Porém, o sonho da minha irmã me intrigou bastante, e algo fe dizia que por trás daquela história havia um motivo”, continua o ex-jogador.

E ele tinha mesmo razão. Aos 25 da etapa final, o 0x0 ainda persistia. Aquele resul-

tado daria ao Azulão o título de pentacampeão alagoano. Um escanteio marcado pelo ex-árbitro Edilson Pereira de Carvalho (banido do futebol em 2005 depois de ser acusado de receber R$ 15 mil por jogo para manipular resultados no caso que ficou conhecido como Máfia do Apito) selou o destino de Jaelson e do ASA. Na área, ele diz que se sentia como um fantasma.

“Nós tínhamos perdido o Márcio Gaia (zagueiro), que foi expulso. Com dois homens de defesa, eu até arriscava subir para cabe-cear, já que tinha boa impul-são. Naquela situação, eu não

deveria ter ido ao ataque. Mas fui. Na confusão dentro da área – os jogadores do CSA reclamavam que não havia

sido escanteio –, o Marqui-nhos Girau correu para bater o escanteio. Enquanto a bola viajava, eu estranhava porque

ninguém me marcava, pare-cia que nenhum adversário me via dentro da área”, expõe.

E l e n a r r a q u e , n o momento, uma espécie de filme passou em sua cabeça. “Enquanto a bola chegava e eu me via sozinho, pensei na minha irmã e um filme da minha vida passou naque-les segundos, até que abri os olhos e cabeceei para fazer o gol do título. Depois disso, só me lembro que corri feito um louco, chorando e lembrando do que minha irmã havia dito”, narra Jaelson, que se emociona ao revisitar na memória um capítulo vito-rioso de sua vida. L.M.

2 x 1Foi o resultado da vitória do ASA sobreo CSA depois de os jogadores ouvirem a música do “penta”

Jaelson (segundo da esq. para dir.) comemora ao lado do amigo Cebola

Zezinho Nascimento

ajudou a mudar a

história do ASA

7Segundos

Arquivo/Walter Luís

Page 34: OJORNAL 07/10/2012

Em 1999 faltavam candidatos à presidência do Alvinegro O ASA foi presidido por

pelo menos 10 anos pelo diri-gente Paulo Tenório. Fale-cido no ano passado, Paulo da Coca, como era conhecido na cidade por ser empresário da multinacional em Arapi-raca, não conseguiu levar o Alvinegro a ser campeão sob seu comando. Entre as idas e vindas de Paulo à frente do clube arapiraquense, o ano de 1999 reservava para um médico ortopedista sergi-pano radicado em Arapiraca a responsabilidade de assumir a agremiação.

Trata-se de Luciano Soares Machado, 50 anos, que acei-tou o desafio de tocar um time sem recursos, cheio de dívidas e sem qualquer credibilidade

na praça. Conselheiro, presi-dente de honra e recém-saído do Cruzeiro de Arapiraca, onde trabalhou também como médico, ele conta que foi prati-camente obrigado a ocupar a presidência do Alvinegro.

“Lembro uma sequên-cia de presidentes do ASA, com Paulo Tenório em 1992 e 1993. Existe um hiato na minha cabeça de quem dirigiu o clube nos anos seguintes, mas sei que, em 1997 e 1998, uma junta diretiva formada por Marcos Jatobá e Juran-dir Vieira tocou a equipe. Em 1999, porém, ninguém quis, pois a dificuldade era enorme. Eu já havia me envolvido como médico do time e falta-vam apenas 12 dias para o

Estadual começar. O Nelson Filho (narrador esportivo, conselheiro do clube e torce-dor declarado) me procurou e disse que não havia outro nome, que tinha que ser eu. Como nunca pensei muito no que ia fazer, aceitei”, descreve ele, que conversou, em Arapi-raca, com a reportagem de O Jornal.

Foi ali que a história do título de 2000, conquistado com Machado à frente da agre-miação, teve seu início. Como se estivesse vivendo tudo de novo, com a mesma força e emoção pelas quais passou há 12 anos, ele conta também alguns bastidores que irão a público apenas agora nas páginas de O Jornal. L.M.

Um gol que valeu placa e reconhecimento ao volante JaelsonLUCIANO [email protected]

Jaelson é sempre lembrado pela torcida alvinegra quando chega o dia 7 de

julho, data da conquista do time arapiraquense. Por falar em homenagem, ele recebeu, na partida da agremiação contra o Paraná, pela Série B do ano passado, uma placa pelo gol marcado com a camisa do ASA.

“Amo o ASA. Todo 7 de julho, a torcida e o clube lembram de mim e me home-nageiam de alguma forma”. O amor que diz ter também é fruto do apoio que recebeu da direção alvinegra em 2000, quando, por ter ‘se empol-gado’ com o sucesso que fez no CRB em 1995, acabou ficando sem time. Jaelson expõe que foi ‘ressuscitado’ para o futebol pela equipe de Arapiraca. “Cheguei ao fundo do poço naquela época, mas o ASA me deu a mão e nunca vou esquecer o que fizeram por mim”.

Ainda por conta do gol do título, Jaelson fará um último jogo vestindo a camisa alvi-negra para oficializar o fim da carreira como atleta profis-

sional. A programação está sendo feita, mas ele quer mais: tem o sonho de jogar

pelo menos um minuto ainda na Série B deste ano, objetivo que ele revela com exclusivi-

dade para O Jornal.Mas, para entender a

importância do clube arapi-

raquense na vida de Jaelson, é necessário saber um pouco da história do ex-jogador.

5O JOrnal l Maceió, 7 de outubro de 2012 l DOmingO www.mais.al l [email protected]

Esportes O Jornal4 O JOrnal l Maceió, 7 de outubro de 2012 l DOmingOwww.mais.al l [email protected]

Esportes O Jornal

Jogador iniciou a carreira defendendo a camisa do CRBNatural de União dos

Palmares, Jaelson começou no futebol no juvenil do CRB, em 1992. Após iniciar como atacante – isso explica sua boa impulsão –, ele foi repro-vado na categoria, mas teve outra chance no mesmo ano, desta vez nos juniores.

“Depois de não ir bem como atacante na base, fui aproveitado como volante porque o auxiliar técnico

da época, Nilo Cabeleira, viu minha ficha e constatou que eu levava muito cartão, comprovando que minha posição era a de volante. Tudo foi muito rápido. Em 1995, joguei a Série B do Brasil como profissional do CRB. No ano seguinte, fui revelação do Estadual. Infelizmente, o sucesso me fez muito mal. Deixei de me empenhar nos treinamentos, passei a beber,

fumar e gastar dinheiro com festas. Resultado: o CRB disse que não tinha como me utili-zar na equipe, eu engordei e sofri bastante, tendo que pedir a muita gente uma oportunidade”, lamenta.

Em 1999, o treinador Ênio Oliveira o levou para o Corin-thians. Uma fratura na claví-cula, no entanto, o deixou fora por um ano.

“E m 2 0 0 0 , s e m s a l á -

rio, casado e com um filho pequeno, fui tentar de novo a sorte no Corinthians. Trei-nei e pedi uma chance, mas o pessoal se reuniu e decidiu que não havia espaço pra mim na equipe. Entendi, já que eu mesmo havia criado toda a situação. Porém, o Eduardo Neto (técnico da base do time da Via Expressa) me indicou para o ASA e me perguntou se eu topava jogar

em Arapiraca. Sem dinheiro, pedi ao meu amigo e padri-nho do meu filho para ligar do celular dele e falar com o então presidente do clube, o Luciano Machado. Conver-samos, pedi salário de R$ 2 mil, mas fechei por R$ 800 e muito feliz. Por isso, devo tudo que consegui ao ASA, que não me virou as costas naquele momento”, lembra Jaelson. L.M.

Jaelson exibe a placa

que recebeu da

diretoria do ASA

Izabelle TarginoBlog do Clyton Houly

CSA tentou mudar final para o Mutange Como contou o volante

Jaelson nesta reportagem, a final do Estadual de 2000 teve o CSA como campeão do Turnão e o ASA como vencedor do quadrangular. De acordo com o regulamento, o time azulino tinha vantagem de dois empates e ainda podia fazer os últimos dois jogos em Maceió, ambos previstos para o Mutange, campo do Azulão. Com a vitória por 3x1 em Arapiraca, a diretoria do clube da capital logo se apressou em dizer que jogaria as duas próximas partidas em qual-quer lugar, já que o título estava garantido.

A certeza da conquista fez com que o CSA mantivesse a partida para o Rei Pelé, onde a festa já havia sido prepa-rada. Contrariando as previ-sões, porém, o ASA venceu no Trapichão e forçou o terceiro jogo, que seria disputado no domingo. Luciano Machado conta que, na manhã seguinte

à vitória no Rei Pelé, foi surpre-endido com um telefonema do então presidente da Federação Alagoana de Futebol (FAF), Raimundo Tavares, infor-mando que o CSA decidira mudar o jogo para o Mutange. O ASA reagiu.

“Na verdade, ficamos sabendo que o técnico do CSA, o Binho, considerou que, jogando no Rei Pelé, o ASA teria mais chances por ter um elenco com média de idade mais baixa que a equipe dele. De repente, a postura da dire-toria do CSA de enfrentar o nosso time em qualquer lugar mudou. O Raimundo Tava-res me ligou comunicando a decisão de o último jogo ser no Mutange, onde não havia qual-quer condição de segurança para receber um jogo de final do Campeonato Alagoano”, relembra.

Prontamente, o depar-tamento jurídico do clube arapiraquense preparou um

mandado de segurança e ameaçou ir à Justiça caso a decisão fosse mantida pela FAF, onde, ainda na tarde do sábado anterior à final, foi realizada uma reunião para tratar a questão. O dirigente conta que os ânimos estavam acirrados durante o encontro.

“Por pouco, a diretoria do ASA não é agredida por membros de uma facção orga-nizada do CSA, que estavam do lado de fora da Federação aguardando a decisão. Dentro da sala do Raimundo Tavares, a conversa era bastante tensa. A pressão era grande, mas não abríamos mão de jogar no Rei Pelé. Não por outro motivo que não fosse a segurança dos nossos torcedores”, narra o médico.

Segundo ele, prevale-ceu o bom senso. “O governo do Estado à época e a polí-cia acabaram vendo dessa maneira, confirmando o jogo para o Rei Pelé”, diz. L.M.

Campeonato foi o 1º com arbitragem de fora CSA, ASA, Murici e Corin-

thians eram os times que disputavam, no quadrangu-lar, o Campeonato Alagoano de 2000. Um jogo entre CSA x Corinthians, no Rei Pelé, no entanto, mudou o rumo da competição a partir dali. Até aquela temporada, o regu-lamento não permitia que árbitros de fora apitassem finais ou jogos de quaisquer fases do Estadual. Mas a vitó-ria por 3x1 do Azulão em cima do Tricolor da Via Expressa foi a carta na manga para que ASA, Corinthians e Murici se reunissem e forçassem a alteração das regras, com um documento assinado prevendo a retirada dos três caso a FAF não permitisse, de forma inédita, que árbitros de outros lugares comandas-sem partidas decisivas em Alagoas.

“A arbitragem do jogo entre CSA x Corinthians, no Rei Pelé, foi confusa, p e rd i d a . O Co r i n t h i a n s

vencia a partida, mas o árbi-tro começou a se compli-car, expulsou dois do clube da Via Expressa e o CSA virou o jogo. Temendo pelas próximas arbitragens no quadrangular e na final, o ASA encabeçou a lista e se juntou a Murici e Corin-thians para exigir da FAF um ato administrativo autori-zando o pedido de arbitra-gem de fora para garantir que nenhuma pressão atra-palhasse o campeonato”, conta Luciano Machado.

Ele lembra que, como era natural, houve resis-tência quanto à alteração. “Inicialmente, a ideia não foi bem vista. Como estávamos dispostos a tudo, redigimos um documento avisando sobre a saída dos três clubes finalistas da competição caso a Federação não atendesse nosso pedido. A partir dali, os árbitros foram de outros estados e tudo correu dentro da normalidade”, expõe. L.M.

Dirigente Luciano Machado aceitou a missão de comandar o ASA em 2000

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Em 1999 faltavam candidatos à presidência do Alvinegro O ASA foi presidido por

pelo menos 10 anos pelo diri-gente Paulo Tenório. Fale-cido no ano passado, Paulo da Coca, como era conhecido na cidade por ser empresário da multinacional em Arapi-raca, não conseguiu levar o Alvinegro a ser campeão sob seu comando. Entre as idas e vindas de Paulo à frente do clube arapiraquense, o ano de 1999 reservava para um médico ortopedista sergi-pano radicado em Arapiraca a responsabilidade de assumir a agremiação.

Trata-se de Luciano Soares Machado, 50 anos, que acei-tou o desafio de tocar um time sem recursos, cheio de dívidas e sem qualquer credibilidade

na praça. Conselheiro, presi-dente de honra e recém-saído do Cruzeiro de Arapiraca, onde trabalhou também como médico, ele conta que foi prati-camente obrigado a ocupar a presidência do Alvinegro.

“Lembro uma sequên-cia de presidentes do ASA, com Paulo Tenório em 1992 e 1993. Existe um hiato na minha cabeça de quem dirigiu o clube nos anos seguintes, mas sei que, em 1997 e 1998, uma junta diretiva formada por Marcos Jatobá e Juran-dir Vieira tocou a equipe. Em 1999, porém, ninguém quis, pois a dificuldade era enorme. Eu já havia me envolvido como médico do time e falta-vam apenas 12 dias para o

Estadual começar. O Nelson Filho (narrador esportivo, conselheiro do clube e torce-dor declarado) me procurou e disse que não havia outro nome, que tinha que ser eu. Como nunca pensei muito no que ia fazer, aceitei”, descreve ele, que conversou, em Arapi-raca, com a reportagem de O Jornal.

Foi ali que a história do título de 2000, conquistado com Machado à frente da agre-miação, teve seu início. Como se estivesse vivendo tudo de novo, com a mesma força e emoção pelas quais passou há 12 anos, ele conta também alguns bastidores que irão a público apenas agora nas páginas de O Jornal. L.M.

Um gol que valeu placa e reconhecimento ao volante JaelsonLUCIANO [email protected]

Jaelson é sempre lembrado pela torcida alvinegra quando chega o dia 7 de

julho, data da conquista do time arapiraquense. Por falar em homenagem, ele recebeu, na partida da agremiação contra o Paraná, pela Série B do ano passado, uma placa pelo gol marcado com a camisa do ASA.

“Amo o ASA. Todo 7 de julho, a torcida e o clube lembram de mim e me home-nageiam de alguma forma”. O amor que diz ter também é fruto do apoio que recebeu da direção alvinegra em 2000, quando, por ter ‘se empol-gado’ com o sucesso que fez no CRB em 1995, acabou ficando sem time. Jaelson expõe que foi ‘ressuscitado’ para o futebol pela equipe de Arapiraca. “Cheguei ao fundo do poço naquela época, mas o ASA me deu a mão e nunca vou esquecer o que fizeram por mim”.

Ainda por conta do gol do título, Jaelson fará um último jogo vestindo a camisa alvi-negra para oficializar o fim da carreira como atleta profis-

sional. A programação está sendo feita, mas ele quer mais: tem o sonho de jogar

pelo menos um minuto ainda na Série B deste ano, objetivo que ele revela com exclusivi-

dade para O Jornal.Mas, para entender a

importância do clube arapi-

raquense na vida de Jaelson, é necessário saber um pouco da história do ex-jogador.

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Jogador iniciou a carreira defendendo a camisa do CRBNatural de União dos

Palmares, Jaelson começou no futebol no juvenil do CRB, em 1992. Após iniciar como atacante – isso explica sua boa impulsão –, ele foi repro-vado na categoria, mas teve outra chance no mesmo ano, desta vez nos juniores.

“Depois de não ir bem como atacante na base, fui aproveitado como volante porque o auxiliar técnico

da época, Nilo Cabeleira, viu minha ficha e constatou que eu levava muito cartão, comprovando que minha posição era a de volante. Tudo foi muito rápido. Em 1995, joguei a Série B do Brasil como profissional do CRB. No ano seguinte, fui revelação do Estadual. Infelizmente, o sucesso me fez muito mal. Deixei de me empenhar nos treinamentos, passei a beber,

fumar e gastar dinheiro com festas. Resultado: o CRB disse que não tinha como me utili-zar na equipe, eu engordei e sofri bastante, tendo que pedir a muita gente uma oportunidade”, lamenta.

Em 1999, o treinador Ênio Oliveira o levou para o Corin-thians. Uma fratura na claví-cula, no entanto, o deixou fora por um ano.

“E m 2 0 0 0 , s e m s a l á -

rio, casado e com um filho pequeno, fui tentar de novo a sorte no Corinthians. Trei-nei e pedi uma chance, mas o pessoal se reuniu e decidiu que não havia espaço pra mim na equipe. Entendi, já que eu mesmo havia criado toda a situação. Porém, o Eduardo Neto (técnico da base do time da Via Expressa) me indicou para o ASA e me perguntou se eu topava jogar

em Arapiraca. Sem dinheiro, pedi ao meu amigo e padri-nho do meu filho para ligar do celular dele e falar com o então presidente do clube, o Luciano Machado. Conver-samos, pedi salário de R$ 2 mil, mas fechei por R$ 800 e muito feliz. Por isso, devo tudo que consegui ao ASA, que não me virou as costas naquele momento”, lembra Jaelson. L.M.

Jaelson exibe a placa

que recebeu da

diretoria do ASA

Izabelle TarginoBlog do Clyton Houly

CSA tentou mudar final para o Mutange Como contou o volante

Jaelson nesta reportagem, a final do Estadual de 2000 teve o CSA como campeão do Turnão e o ASA como vencedor do quadrangular. De acordo com o regulamento, o time azulino tinha vantagem de dois empates e ainda podia fazer os últimos dois jogos em Maceió, ambos previstos para o Mutange, campo do Azulão. Com a vitória por 3x1 em Arapiraca, a diretoria do clube da capital logo se apressou em dizer que jogaria as duas próximas partidas em qual-quer lugar, já que o título estava garantido.

A certeza da conquista fez com que o CSA mantivesse a partida para o Rei Pelé, onde a festa já havia sido prepa-rada. Contrariando as previ-sões, porém, o ASA venceu no Trapichão e forçou o terceiro jogo, que seria disputado no domingo. Luciano Machado conta que, na manhã seguinte

à vitória no Rei Pelé, foi surpre-endido com um telefonema do então presidente da Federação Alagoana de Futebol (FAF), Raimundo Tavares, infor-mando que o CSA decidira mudar o jogo para o Mutange. O ASA reagiu.

“Na verdade, ficamos sabendo que o técnico do CSA, o Binho, considerou que, jogando no Rei Pelé, o ASA teria mais chances por ter um elenco com média de idade mais baixa que a equipe dele. De repente, a postura da dire-toria do CSA de enfrentar o nosso time em qualquer lugar mudou. O Raimundo Tava-res me ligou comunicando a decisão de o último jogo ser no Mutange, onde não havia qual-quer condição de segurança para receber um jogo de final do Campeonato Alagoano”, relembra.

Prontamente, o depar-tamento jurídico do clube arapiraquense preparou um

mandado de segurança e ameaçou ir à Justiça caso a decisão fosse mantida pela FAF, onde, ainda na tarde do sábado anterior à final, foi realizada uma reunião para tratar a questão. O dirigente conta que os ânimos estavam acirrados durante o encontro.

“Por pouco, a diretoria do ASA não é agredida por membros de uma facção orga-nizada do CSA, que estavam do lado de fora da Federação aguardando a decisão. Dentro da sala do Raimundo Tavares, a conversa era bastante tensa. A pressão era grande, mas não abríamos mão de jogar no Rei Pelé. Não por outro motivo que não fosse a segurança dos nossos torcedores”, narra o médico.

Segundo ele, prevale-ceu o bom senso. “O governo do Estado à época e a polí-cia acabaram vendo dessa maneira, confirmando o jogo para o Rei Pelé”, diz. L.M.

Campeonato foi o 1º com arbitragem de fora CSA, ASA, Murici e Corin-

thians eram os times que disputavam, no quadrangu-lar, o Campeonato Alagoano de 2000. Um jogo entre CSA x Corinthians, no Rei Pelé, no entanto, mudou o rumo da competição a partir dali. Até aquela temporada, o regu-lamento não permitia que árbitros de fora apitassem finais ou jogos de quaisquer fases do Estadual. Mas a vitó-ria por 3x1 do Azulão em cima do Tricolor da Via Expressa foi a carta na manga para que ASA, Corinthians e Murici se reunissem e forçassem a alteração das regras, com um documento assinado prevendo a retirada dos três caso a FAF não permitisse, de forma inédita, que árbitros de outros lugares comandas-sem partidas decisivas em Alagoas.

“A arbitragem do jogo entre CSA x Corinthians, no Rei Pelé, foi confusa, p e rd i d a . O Co r i n t h i a n s

vencia a partida, mas o árbi-tro começou a se compli-car, expulsou dois do clube da Via Expressa e o CSA virou o jogo. Temendo pelas próximas arbitragens no quadrangular e na final, o ASA encabeçou a lista e se juntou a Murici e Corin-thians para exigir da FAF um ato administrativo autori-zando o pedido de arbitra-gem de fora para garantir que nenhuma pressão atra-palhasse o campeonato”, conta Luciano Machado.

Ele lembra que, como era natural, houve resis-tência quanto à alteração. “Inicialmente, a ideia não foi bem vista. Como estávamos dispostos a tudo, redigimos um documento avisando sobre a saída dos três clubes finalistas da competição caso a Federação não atendesse nosso pedido. A partir dali, os árbitros foram de outros estados e tudo correu dentro da normalidade”, expõe. L.M.

Dirigente Luciano Machado aceitou a missão de comandar o ASA em 2000

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Esportes O Jornal

Realidade financeira do clube mudou na última década Hoje, o ASA vive dias dife-

rentes quando o assunto é recurso financeiro. Embora considerado clube de médio porte e com todas as dificul-dades inerentes a uma agre-miação destas bandas do País, as repetidas boas atuações dentro de campo – como o acesso à Série B e a participa-ção em cinco Copas do Brasil seguidas – fizeram com que o Alvinegro organizasse as finanças e atraísse patrocina-dores para ajudar no dia a dia.

Enquanto em 1994/1995 o então presidente-executivo administrou o clube com teto salarial de R$ 100 e chegou a sair às ruas para pedir alimento, atualmente a equipe conta com nove patrocinado-res que levam aos cofres em torno de R$ 250 mil por mês, além dos R$ 1.800 mensais de cota por participar do Brasi-leiro da Série B.

“O trabalho feito no ASA nos últimos anos é digno de para-béns. Muitos títulos Estaduais,

Copas do Brasil e hoje está na Série B e, porque não dizer, na elite do futebol brasileiro. A história do ASA mostra, porém, que nem sempre foi assim. Sou testemunha viva desses capítulos. Em 1995, ninguém queria assumir o clube e, como sócio-proprietário, fui ‘obri-gado’ a assumir a presidência, pois não poderia ver o time sendo punido com dois anos de suspensão caso não parti-cipasse do Estadual daquele ano”, lembra Zezinho Nasci-

mento, que continua ligado à agremiação, agora supervisio-nando as divisões de base.

Pernambucano radicado em Alagoas desde 1963, José Nascimento conhece bem essa parte da história. Há 49 anos, ele deixou Caruaru e foi contratado para defender o ASA. De lá para cá, consoli-dou suas raízes em Arapiraca, foi técnico do time e, como sócio-proprietário, fez o que ninguém queria: assumiu a presidência para que a equipe

não fosse punida pela não participação no Estadual.

“O ASA é assim: a gente entra em contato e é difícil deixá-lo. Aconteceu comigo. De jogador, passei pela presidência execu-tiva e fui técnico. Até fiquei longe uma época, mas voltei e super-visiono as divisões de base, que hoje têm mais condições que em outras épocas. É um bom caminho para revelar jogadores e criar renda para a instituição”, comenta o ex-dirigente alvine-gro. L.M.

Presidente chegou a pedir na cidade alimento para os atletasLUCIANO [email protected]

A abnegação de Zezinho Nascimento era tamanha que ele não media esforços para que a alimentação do grupo e da comissão técnica

não faltasse diariamente. Com orçamento apertado, ele visitava algumas empresas em Arapiraca para angariar alimentos como arroz, feijão e fubá, entre outros, para que os atletas fizessem pelo menos as três refeições diárias. Segundo

ele, não faltava o que comer, mas a demanda era grande e, quanto mais alimentos arma-zenados, maior a garantia.

“Não havia porque sentir vergonha de nada. A realidade do ASA era aquela. Não é que faltava o que comer, mas um

grupo com quase 20 pessoas demandava a necessidade de ter a maior quantidade de comida possível, porque eram, no mínimo, três refeições diárias e isso é caro. Então, além do dinheiro, o Coringa também nos fornecia certa

quantidade de alimentos. Mas a gente precisava ter mais e eu visitava alguns empresários e empresas em Arapiraca para que pudessem nos ajudar. Sempre era atendido”, relem-bra, sem constrangimento pela peregrinação.

CD azulino motivou os jogadores alvinegros “Nós nos fechamos de

verdade. Eu e Gedeon (um dos zagueiros) chegamos para jogadores como o Jackson, que gostava de uma cerveji-nha a mais, e dissemos que tínhamos uma obrigação com o ASA, com a torcida e que, se fôssemos campeões alagoa-nos, pagaríamos a farra para ele e os demais no domingo após a partida”, revela Jaelson. Concentrada na conquista, a equipe viajou para Maceió, onde enfrentou o CSA no meio da semana. Com a vitória em Arapiraca, um empate selaria o título azulino.

Certa de levantar o caneco, a diretoria do Azulão já havia contratado até um trio elétrico, reservado uma casa de shows para a festa e, na capital, circu-lava um CD com músicas alusivas ao pentacampeonato. Nesse particular, entram duas figuras que Jaelson considera fundamentais para o Alvinegro naquele momento: o dirigente Pereirinha e o atual presidente do Conselho Deliberativo do clube, Luiz Henrique Oliveira

Silva, o Quinho.“Naturalmente, saímos de

Arapiraca com a torcida e a imprensa incrédulas de que pudéssemos reverter a situa-ção. Na verdade, a vantagem do CSA era enorme. Mas o Pereirinha foi um dos caras

que não deixaram o grupo desanimar. Nos fechamos na concentração, e ele saía para comprar até cartão de crédito telefônico para ligarmos e falarmos com nossas famí-lias. E nos disse que, se o ASA fosse campeão no domingo, ele morreria feliz no outro

dia. Tudo isso foi nos conta-giando”, conta o ex-volante, pai de Jardel, Talles e Vitória, que nasceu justamente no ano do título do ASA.

O motivo não foi o prin-cipal para que o clube arapi-raquense virasse o jogo, mas, para Jaelson e os demais atletas alvinegros, a situação mexeu com os brios de todos dentro do vestiário do Rei Pelé.

“Chegamos ao Rei Pelé, e o campo estava lotado. O torcedor do ASA foi também, mas em menor número. No vestiário, apareceu o Quinho. Ele levou um gravador, um toca CD e colocou o disco do CSA, que tinha umas músicas com os caras comemorando o título, dizendo que iam ser penta em cima dos matu-tos. Depois que ouvimos, os olhos dos caras brilhavam. E o Quinho nos perguntando se a gente ia deixar aquilo aconte-cer. Entramos mordendo”, diz o ex-jogador.

Os alvinegros ignoraram a torcida e a força do adversário e venceram por 2x1.L.M.

CSA tinha imensa vantagem nas finais O Estadual daquele ano

foi disputado por um Turnão na primeira fase, com jogos de ida e volta, classificando--se quatro agremiações para o quadrangular da etapa seguinte. Caso o campeão do Turnão fosse o mesmo do quadrangular, levaria o título daquela temporada de forma direta. Com vencedores dife-rentes nas duas fases, o caneco seria decidido em mais três partidas. O CSA foi o melhor da primeira etapa e o ASA venceu a seguinte, forçando os jogos extras.

“Por pouco, não ficamos fora do quadrangular porque, na última rodada, tínhamos que vencer o Capela e torcer para o CRB empatar com o CSA no Mutange. Isso acon-teceu e nos classificamos. No quadrangular, jogávamos por um empate com eles em Maceió. Saímos perdendo, e o Jackson empatou em uma falta quase do meio de campo, o que nos deu o título da segunda fase. Se o CSA vencesse, já seria campeão alagoano direto”, relembra Jaelson.

C o m o c a m p e õ e s d o Turnão, o regulamento da competição dava aos azulinos o benefício de jogar duas parti-das em casa. Para se ter ideia da vantagem do CSA, além do direito de disputar os últimos jogos em Maceió, o time ainda jogava por três empates.

Empolgados com o resul-tado da segunda fase, o grupo se excedeu na bebedeira na noite da conquista, e isso pode ter sido fundamental para que o ASA perdesse por 3x1 na primeira partida da final, em Arapiraca, num domingo. Embora admita que também caiu na farra, Jaelson diz que não acredita que a comemora-ção tenha sido a causa do fute-bol ruim apresentado.

“Não jogamos bem, mas não acredito que beber foi o problema, pois todo mundo bebia. Houve excesso, admito. Mas não foi esse o problema”, recorda o jogador. Para o ex-volante, porém, a derrota no Coaracy da Mata Fonseca fez o time se fechar e acredi-tar que poderia ser campeão alagoano. L.M.

Volante clássico, Jaelson fez apenas dois gols no ano do título LUCIANO [email protected]

A d e s c o n f i a n ç a d e Cebola fazia sentido. “Naturalmente, não

era de fazer gol. Naquele ano, eu havia marcado na última partida do Turnão, justamente quando conse-guimos a classificação para o quadrangular. Porém, o sonho da minha irmã me intrigou bastante, e algo fe dizia que por trás daquela história havia um motivo”, continua o ex-jogador.

E ele tinha mesmo razão. Aos 25 da etapa final, o 0x0 ainda persistia. Aquele resul-

tado daria ao Azulão o título de pentacampeão alagoano. Um escanteio marcado pelo ex-árbitro Edilson Pereira de Carvalho (banido do futebol em 2005 depois de ser acusado de receber R$ 15 mil por jogo para manipular resultados no caso que ficou conhecido como Máfia do Apito) selou o destino de Jaelson e do ASA. Na área, ele diz que se sentia como um fantasma.

“Nós tínhamos perdido o Márcio Gaia (zagueiro), que foi expulso. Com dois homens de defesa, eu até arriscava subir para cabe-cear, já que tinha boa impul-são. Naquela situação, eu não

deveria ter ido ao ataque. Mas fui. Na confusão dentro da área – os jogadores do CSA reclamavam que não havia

sido escanteio –, o Marqui-nhos Girau correu para bater o escanteio. Enquanto a bola viajava, eu estranhava porque

ninguém me marcava, pare-cia que nenhum adversário me via dentro da área”, expõe.

E l e n a r r a q u e , n o momento, uma espécie de filme passou em sua cabeça. “Enquanto a bola chegava e eu me via sozinho, pensei na minha irmã e um filme da minha vida passou naque-les segundos, até que abri os olhos e cabeceei para fazer o gol do título. Depois disso, só me lembro que corri feito um louco, chorando e lembrando do que minha irmã havia dito”, narra Jaelson, que se emociona ao revisitar na memória um capítulo vito-rioso de sua vida. L.M.

2 x 1Foi o resultado da vitória do ASA sobreo CSA depois de os jogadores ouvirem a música do “penta”

Jaelson (segundo da esq. para dir.) comemora ao lado do amigo Cebola

Zezinho Nascimento

ajudou a mudar a

história do ASA

7Segundos

Arquivo/Walter Luís

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Salário mínimo era o teto do elenco do ASA em 1995Se comparados aos salá-

rios pagos a jogadores em grandes centros do País, os acordados hoje em dia no ASA – o teto pode chegar a R$ 15 mil na disputa da Série B – podem parecer insignifican-tes. Entretanto, eles estão bem acima do que o clube poderia honrar, por exemplo, em 1995, quando o professor Zezinho Nascimento estava à frente dos destinos da agremia-ção, que possuía um elenco formado apenas por jogadores de Arapiraca e região.

“As dificuldades eram enor-mes. A montagem do elenco só foi possível porque a prefeitura ajudava com dez salários míni-mos, algo em torno de R$ 1 mil, já que o salário daquela época era pouco mais de R$ 100,00. Além disso, tínhamos mais dois salários que a empresa Coringa nos passava e outro valor da Arável, uma conces-sionária de carros do muni-cípio. Era esse o orçamento do ASA em 1995. O dinheiro ajudava bastante, mas, com

tão pouco, o elenco era todo da região e todos os atletas recebiam somente um salário mínimo ou R$ 100,00 por mês”, lembra o ex-dirigente.

Apesar de obstáculos como esse, a agremiação encerrou o Estadual daquela temporada na 6ª posição. Melhor do que isso: ainda conseguiu vender três jogadores do time ao Porto

de Caruaru pela quantia de R$ 10 mil.

“Com o dinheiro da venda do Laécio, do Marquinhos Girau e do atacante Adeildo, paguei o aluguel da casa onde a concentração funcionava e honrei outros compromissos do dia a dia do ASA. Também emprestei outro atleta que se destacou naquele ano, o meia

Nem. Canhoto, tinha muita habilidade e chegou a jogar por outros clubes do País, como Juventude-RS. Fizemos um bom trabalho, mesmo com todas as dificuldades que possuíamos”, destaca Zezinho Nascimento.

Saudoso, ele não lamenta o que passou e diz que faria tudo outra vez, caso fosse preciso.

“Claro que hoje em dia, aos 75 anos, embora esteja com a saúde relativamente boa, acredito que não teria mais pique para dirigir um clube de futebol, mas estou sempre por aqui para ajudar se for preciso. Se fosse necessário, faria tudo de novo porque o ASA é um clube grande, de torcida apai-xonada, e um grande amor para todos nós”, assevera o professor de educação física aposentado. L.M.

7O JOrnal l Maceió, 7 de outubro de 2012 l DOmingO www.mais.al l [email protected]

Esportes O Jornal

Thiago Sampaio

Foto histórica do Museu dos Esportes que marca uma das conquistas mais importantes dos 60 anos do ASA

PôsterEm pé: Tutano (roupeiro); Gutemberg (preparador físico), Robson Gesiel, Flávio, Márcio Gaia, Jaelson, Fuscão, Cremildo (assistente técnico), Marquinhos e Raimundo (preparador de goleiros, já falecido);

Agachados: Cláudio; Marçal (massagista), Régis Cebola, Clayton, Serginho, Mateus, César, Jackson e Peta.

2 www.mais.al l [email protected]

Esportes O Jornal Um título para sem

prePersonagens da cam

panha histórica do ASA em 2000 revelam detalhes sobre

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staLUCIANO MILANO

[email protected]

Passava dos 25 minutos da etapa final. Pelo lado esquerdo do campo, o lateral-esquerdo Marquinhos Girau cobra um escanteio com endereço certo: a cabeça do volante Jaelson, que marca o gol da vitória por 1x0 do ASA contra o CSA, que jogava por um empate para ser pentacampeão alago-ano. Em 7 de julho de 2000, uma cidade, apoiada por toda a região Agreste de Alagoas, arrancava da garganta o grito de campeão alagoano, preso por longos e sofridos 47 anos. O primeiro e único título até aquele domingo havia sido conquistado em 1953.

O jejum de títulos foi tão sério que o compositor Francis Hime introduziu na letra da música ‘E Se’, onde elenca coisas difíceis de acontecer, uma referência ao time: “... e se o oceano incendiar, e se o Arapiraca (o ASA era conhecido nacional-mente pelo nome da cidade) for campeão”, cantava ele. Além disso, em inúmeros bares da cidade, os comerciantes brincavam com os clientes que queriam tomar seu aperitivo e pagar depois: “Fiado só quando o ASA for campeão”.

Durante mais de 40 anos, bons times foram montados, mas dificuldades das mais diversas tiraram do Alvinegro o tradicional gesto de levantar o caneco por um Estadual. Passados 12 anos da data histórica e no ano em que o clube comemora 60 anos – o aniversário é celebrado em 25 de setembro –, O Jornal revive aquele título, contando um pouco da história de seus bastidores. Personagens como o presidente responsável pela conquista, o médico Luciano Machado, e o volante autor do gol, Jaelson, hoje ex-jogador e agora iniciando na carreira de treinador, relembram como tudo aconteceu.

Entre outras lembranças, Luciano Machado conta de que forma chegou, em 1999, ao comando do clube então cheio de dívidas e sem nem sequer um par de chuteiras para treinamentos e como foram feitas as montagens dos elencos daquele ano e em 2000. Além disso, ele revela ainda detalhes do embate que travou com a Federação Alagoana de Futebol (FAF) para que, pela primeira vez na história do futebol alagoano, o árbitro de uma final fosse de fora do Estado.

O ex-presidente e conselheiro do clube também lembra como conseguiu que a última partida da decisão do Estadual fosse disputada no Rei Pelé, e não no Mutange, como queriam os azulinos, que já comemoravam antecipadamente o título que seria o primeiro pentacampeonato do time. Para entender um pouco do que representou aquele título para o ASA e para a cidade de Arapiraca, O Jornal também ouviu o ex-presidente do time na década de 1990, o conhecido professor Zezinho Nascimento. Ele dirigiu o Alvinegro quando ninguém mais topou o desafio. Como um herói, assumiu a agremiação para que ela não deixasse de disputar o Alagoano e, por consequência, fosse rebaixada para a Segunda Divisão. Também ex-treinador e jogador do ASA, ele diz não se envergonhar de ter ido às ruas do município pedir alimentos para que os atletas pudessem fazer as refeições.

Nessa reportagem especial, o leitor verá como foi duro para a equipe conquistar um título após 47 anos na fila, além das dificuldades para garantir uma vaga hoje na Série B do futebol brasileiro.

Herói não se esquece do lance do gol

O tempo não apaga as lembranças. Herói do título, o volante

Jaelson Marcelino Alves, Jaelson, hoje com 37 anos, guarda na memória a campanha vitoriosa e o momento do gol. Como se fosse hoje, ele lembra, com os olhos brilhando, cada passo que deu desde que começou a atuar no clube, em 2000, até o momento em que enfiou a cabeça para, aos 25 minutos do segundo tempo, balançar as redes do goleiro Ailton Cruz, do CSA, e garantir o Campeonato Estadual.

Emocionado ao refazer o caminho que percorreu do seu campo de defesa até a área azulina, o jogador conversou com a reportagem de O Jornal por duas horas no modesto restaurante do Bida, em Igreja Nova, no interior alagoano, onde inicia sua vida de treinador profissional à frente do time que leva o nome da cidade. Jaelson encerrou a trajetória no Coruripe, que acabou rebaixado para a Segunda Divisão estadual. No Hulk, inclusive, ele jogou durante nove anos e teve três grandes títulos: dois na Primeira Divisão, com o bicampeonato em 2006 e 2007, e um pela Segundona, em 2003.

O dono da camisa 5 – que também esteve no bicampeonato do ASA em 2001 – diz que o gol do título foi ‘obra de Deus’. Para corro-borar com sua teoria, o ex-jogador revela, pela primeira vez, que sua irmã, Jailda, ligou para ele na concentração do time em Arapi-raca minutos antes da viagem para Maceió e contou ter sonhado com ele fazendo o gol que daria a conquista ao ASA. “Aquilo me acompanha até hoje. Não sei como pode ter acontecido”, conta.

Se ainda hoje o ex-volante não imagina como conseguiu o feito de balançar as redes e garantir o título, o mesmo aconteceu com seus companheiros de time, como o lateral à época Cebola.

“Depois que fiquei sabendo do sonho, tive dúvida se contava para algum companheiro. Em seguida, quando saíamos de Arapi-raca para Maceió, considerei que, se de fato minha irmã tivesse razão no sonho, ninguém acreditaria se eu contasse a previsão depois. Então, disse para Gedeon (zagueiro) e para o Cebola, que me pediu para não repetir aquela história porque, se o ASA só fosse campeão com um gol feito por mim, o clube estava perdido e continuaria sem conquistar um Estadual”, lembra Jaelson. L.M.

Estratégia jurídica para arrumar a casa e lutar pelas taças Quando assumiu o clube

naquele ano, Luciano Machado e a junta diretiva não encon-travam saída para viabilizar o ASA financeiramente e iniciar o processo de ‘arrumação da casa’. Dívidas trabalhistas, INSS e débitos no comércio de Arapi-raca com remédios, alimenta-ção e material de treino e jogo de outras gestões impediam qualquer tipo de relação com os credores. Segundo o médico, só com a Justiça, a agremiação tinha quase 200 ações sendo cobradas, com bloqueio de qualquer renda que pudesse entrar para o time.

“Era uma situação extre-mamente complicada e a junta diretiva fez algumas reuniões

para tentar achar um cami-nho. A primeira alternativa que achamos foi colocar o depar-tamento jurídico em ação para iniciar as negociações na Justiça, tentando desblo-quear o que poderia entrar de dinheiro para o ASA”, explica.

Com a tentativa de contor-nar a situação junto ao Poder Judiciário, a junta diretiva tentava tocar o barco para poder viabilizar o clube. “Na Justiça, com o juiz Severo (o então dirigente não lembra o sobrenome do magistrado), conseguimos que apenas 30% das rendas fossem para paga-mento de débitos. Isso já deu certa ajuda para começarmos a organização”, conta.

O presidente do título de 2000 lembra ainda que, naquele ano, a prefeitura do município deu seu primeiro patrocínio ao clube, que já possuía como antigos parcei-ros o Grupo Coringa e a Unimed da cidade, empresas que permanecem como patro-cinadoras até hoje. “Foi com a boa atuação do Departamento Jurídico do ASA que começa-mos a arrumar a casa, mesmo com as dificuldades persis-tindo. Fazer futebol não é algo fácil, sobretudo no interior de Alagoas, mas tivemos sucesso e fomos campeões”, recorda Luciano Machado.

Já o atual presidente-execu-tivo, José Oliveira Santos, o Zé

da Danco, disse que o título de 2000 foi um marco na história do clube. Para ele, a conquista fez a autoestima do clube e da torcida crescer e vê no traba-lho de Luciano Machado e do ex-presidente Paulo Tenório um trabalho que proporcio-nou a ele, hoje como respon-sável direto pelos destinos do clube, um embrião que ajudou o ASA a crescer. Mas ele, sempre com os ‘pés no chão’, disse que o título de 2000 foi muito importante, mas a vida seguiu e o ASA, com suas difi-culdades, precisa todos os dias se renovar e olhar para a frente porque o passado não garante o futuro do clube.

“Eu trabalhei com Luciano

Machado na década de 1990; ele como médico do ASA e eu na parte financeira. Eram tempos de fato muito difí-ceis. Em 2000, não estava na diretoria, porém acompanhei como torcedor tudo que foi feito naquele ano. Hoje como diretor, sei o que o Luciano e Paulo Tenório, nosso eterno presidente, passaram até o ASA ser campeão. A história é importante, o título é histó-rico, mas as dificuldades são enormes. Se não cuidarmos, as coisas desandam”, declarou Zé da Danco, que levou o clube à Série B em 2009 e também conquistou o vice-campeo-nato brasileiro da Série C, no mesmo ano. L.M.

Eduardo Leite/Estagiário

O JOrnal l Maceió, 7 de outubro de 2012 l DOmingO

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ASA mudoude patamar nofutebol brasileirona última décadaE

O JOrnal l Maceió, 7 de outubro de 2012 l Domingo www.mais.al l [email protected]

Esportes O Jornal

Alvinegro foi campeão em 2000 “mordido” com a comemoração antecipada do CSA

8 O JOrnal l Maceió, 7 de outubro de 2012 l Domingowww.mais.al l [email protected]

Esportes O Jornal

Memórias que o tempo não apagaNos 12 anos da conquista do Estadual de 2000 pelo ASA, O Jornal relembracomo tudo aconteceu

Torcedor pé-quente leva sorte ao ASA no momento decisivo Vinte e cinco anos mais

velhos que o professor Pereira, o bacharel em Direito Helder Pereira Lopes não sabe o que é sofrimento quando o assunto é torcer pelo ASA. Claro que ele já voltou pra casa chate-ado com uma ou outra derrota desde que começou a andar em estádio em 2000. Justa-mente. Helder, que hoje mora em Maceió, mas acompanha o time em quase todos os jogos em Arapiraca, é considerado torcedor pé-quente porque passou a freqüentar o Coaracy da Mata da Fonseca, estádio que o Alvinegro manda seus jogos, logo no ano do título.

“Eu tinha 15 anos, gostava de futebol e acompanhava o

ASA apenas pelo rádio. Meu pai nunca foi fanático por bola e, por conta disso, não freqüentava campos. Mas quando completei idade os 15 anos, disse que aquela era a hora para ver o Alvinegro de perto. Comprei o ingresso e fui ver o time vencer o São Domin-gos por 3x0. Daquele dia em diante, nunca mais larguei o ASA”, lembra Helder que, em 2009, esteve no Acre, quando o clube subiu para a Série B do Nacional.

Mas antes, a paixão pelo ASA o fez fincar pé, ‘desafiar’ o pai Severino Barboza Lopes, e o levar para o Rei Pelé, no último jogo da final contra o CSA.

“Meu pai não queria ir e

dizia que era muito perigoso para um jovem de 15 anos deixar Arapiraca, em ônibus fretado, para um jogo daquela importância em Maceió. Afinal, o fato de o nosso time ter revertido a vantagem do CSA acabou criando bem mais expectativa em torno do jogo. Insisti e ele acabou cedendo. Viemos para Maceió de carro e pudemos ver de perto a alegria de um título com um gol de um jogador que entrou para a história do clube, o Jaelson. Nem tinha camisa do ASA. Peguei uma preta e colei uma fita branca com o nome ASA”, conta o bacharel em Direito que, naturalmente, se consi-dera um torcedor privilegiado.

“Muita gente sofreu e outro morreu sem poder ver o ASA campeão. Eu comecei a ir ao estádio jovem e, no primeiro ano, pude ver o time levantar o caneco de campeão depois de tanto tempo na fila”, disse Helder, que afirma ser aquela conquista o marco histórico de um novo momento para o ASA.

“Embora o ASA tenha montado nos 47 anos de jejum grandes times, não chegava ao título. Vencer em 2000 fez com que o clube vivesse uma nova fase, abrindo espaço para as outras conquistas (2001, 2003, 2005, 2009 e 2011). A última década foi reservada somente para a consolidação do clube”, declara o torcedor que ainda

comenta o acesso do ASA à Série B em 2009.

Para ele, aquela conquista teve o caráter de consolidação da equipe, sendo a única no interior do Nordeste a integrar a Segunda Divisão Nacional. E o futuro?

“Pendo que o ASA Gigante precisa, como já está fazendo, se estruturar com construção de Centro de Treinamento e foco maior nas divisões de base. Mas entendo que é complicado manter um clube na Série B, com time de quali-dade, e pensar na estruturação extracampo. Mas acredito que a diretoria vai achar o cami-nho certo para isso”, finalizou Helder Lopes. L.M.

O sofrimento de 47 anos e a emoção da conquista do títuloLUCIANO [email protected]

Aos 52 anos, José Pereira Ne t o, o p r o f e s s o r Pereira, como é popu-

larmente conhecido, é um daqueles inúmeros torcedores alvinegros que experimen-taram o sabor amargo dos 47 anos sem soltar o grito de ‘é campeão’. Na sala onde coor-dena o curso de Direito de uma faculdade na capital, ele conversou com a reportagem de O Jornal. Para ele, que vai ao estádio acompanhar o ASA desde 1974, uma das imagens mais marcantes é a da bola viajando até a cabeça de Jael-son.

“Lembro que o Marqui-nhos bateu violentamente o escanteio na cabeça do Jaelson. Aquele gol mudou toda uma história de 47 anos de sofri-mento. Deixei a cadeira onde estava e fui me juntar ao povão do ASA para comandar o grito de campeão. Cheguei em casa

com um sabor de sangue na boca de tanto gritar. Mas não havia outra maneira, era muita emoção”, declara Pereira, lembrando que foi monitorado pela família, antes, durante e depois do jogo.

“Como todos lá em casa

sabiam o que significava aquela conquista para mim e para todos os arapiraquenses e que a saúde poderia faltar, fui proibido pela esposa e filho. Eles me disseram que eu não poderia ir porque o ASA não venceria e eles não queriam

que eu sofresse. Mas, lá por volta do meio-dia daquele domingo (o jogo foi às 17h), eles me liberaram para eu ir a campo com um sobrinho. Do Rei Pelé, liguei o tempo todo para dizer que estava tudo bem”, conta o torcedor.

Com os olhos e a memó-ria de quem acompanhou os recentes 60 anos recém--completados pelo ASA,o professor arrisca uma expli-cação para a longa espera por um título. Vale registrar que José Pereira foi o responsável, ao lado do jornalista Laute-nhay Perdigão, pelo reconhe-cimento, por parte da FAF, do título de 1953.

“Acredito que o ASA era perseguido, embora naque-les longos anos de espera foi representado por alguns times muitos frágeis, sem qualidade. Observo, agora, depois de tudo passado, que o clube foi perse-guido e havia muita falta de vontade dos que faziam o fute-bol alagoano. E isso, acredito, também porque já sentiam que, uma vez o ASA sendo campeão, acabaria com a hegemonia dos clubes da capi-tal, o que de fato aconteceu. Hoje, o ASA está na Série B e não deve absolutamente nada a ninguém”, diz.

José Pereira mostra

os documentos que

fizeram a Federação

Alagoana reconhecer

o título estadual do

ASA de 1953

Yvette Moura

Page 39: OJORNAL 07/10/2012

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Glória Pires está empolgada com a personagem Roberta em“Guerra dos Sexos”S

O JOrnal l Maceió, 7 de outubro de 2012 l DOmingO www.mais.al l [email protected]

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SalaVIP + TV

Elisa Pinheiro comemora papel em “Malhação”

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Igor Pereira

Filé: tipicamente alagoano

Igor PereiraNide Lins

O filé básico

em tom

verde para

qualquer

hora por

Petrúcia

As cores e olhar

exótico do filé sobre

A clássica leitura

de Marcus Telles

para o bordado

de filé

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Arquivo

Fotos: Igor Pereira

2 O JOrnal l Maceió, 7 de outubro de 2012 l DOmingOwww.mais.al l [email protected]

Sala Vip

Inside Por Marcos Leão [email protected]

VIPS | Laura e Ronald Vasco compondo quadro marcante em noite de festa “glam”

CIRCUITO | O casal Sônia e João Sampaio, com Douglas Apratto, marcando pontos na elegância em celebração que marcou a semana In da capital

Hello, fashionista!Paulo Borges, o capo das semanas de moda do País - leiam-se São Paulo Fashion Week, Fashion Rio e Rio-à-Porter - já definiu os temas das próxi-mas edições do evento: ‘Garden Party” em SP e ‘Fashion Party’ no Rio. “É hora de fazer festa para marcar a passagem e traçar o novo”, diz Borges. A nova temporada começa com a SPFW, que acontece entre os dias 29 e 31 de outubro, no Parque Villa Lobos, e segue com o Fashion Rio, de 7 a 9 de novembro, e o Rio-à-Porter, salão de negócios do FR, de 6 a 9 de novembro, ambos no Píer Mauá.

Boa novaAos amantes do Red Bull, vem pintando uma novidade por aí. A ‘família’ do energético cresceu e ganhou três novos sabores: cranberry, blueberry e lime. A boa nova desembarcará pela cidade na próxima semana, inicialmente em alguns bares, restaurantes e baladas. Na sequência, ganhará as pratelei-ras do Pão de Açúcar Premium e só depois começa a ser vendido em todos os lugares. Já pode ir preparando a vodka...

Dose duplaPaulo Porto e Janine Bentes já estão a todo vapor com a Putz, novo espaço cultural de Maceió. A galeria será inaugurada em dezembro, começa em janeiro com uma programação de cursos que inclui oficina de desenho, oficina de ilustração para iniciantes, curso de longevidade e bem-estar, fotografia autoral, curso básico de fotografia, linguagem cinematográfica. Tem programação para todas as idades. Show!

Bons ventosMaceió terá uma loja de lingirie internacionalmente famosa. A primeira unidade da capital alagoana terá abre no dia 23 de novembro, no Stella Maris. A empresária Inês Fontes entra no mercado de moda íntima com a proposta de um conceito inovador: é a primeira marca brasileira que combina tamanhos de bojo e de costas para chegar a um modelo de sutiã perfeito para cada cliente, com numeração do 40 ao 50. Vamos aguardar?

CircuitoBoa nova na vida de Victor Calheiros. E não é sobre sua vida amorosa.... O moço irá assumir uma famosa marca de mobiliário de luxo na cidade. E o melhor? Ele pretende em março de 2013, tendo o bairro de Stella Maris como cenário. Quanto ao investimento, foi algo em torno de R$ 500 mil. Ou seja: boas energias nessa nova etapa.

SOCIETY | Em noite de fina estampa, Mamá Omena somando

pontos no quesito festa

DNA | Cleide Mero ladeada pelas suas lindíssimas herdeiras Christiane e Carol, comprovando que

beleza é algo da genética; elas abrilhantaram noite regada a champanhe e canapés

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3O JOrnal l Maceió, 7 de outubro de 2012 l DOmingO www.mais.al l [email protected]

SalaVIP + TVFotos: Igor Pereira

PointO feriadão de 12 de outubro vai ser movimentado em Porto de Galinhas. Tuca Fernandes, ex-vocalista da banda Jammil, traz o seu Harém do Tuca para o Muru Muru em pleno Dia das Crianças. A festinha conta ainda com show dos sertanejos Pablo e Manoel, Padang e No falo americano. E aí, vai encarar?

Burburi-nhoTem uma resi-dência no bairro da Ponta Verde que está dando o que falar. Por lá, anda um “entra e sai“ de poderosos homens de negócios, da política, moças de fino trato e até jogadores de futebol famosos. Inside, claro, descobriu: quem tem atraído este pessoal é o mineiro Francisco Gomes, que trouxe há poucos meses para cá um método que estudou por mais de 15 anos. A terapia de Equilíbrio Físico-Emocial (conhecido como T.E.F.E) que promete o realinhamento do corpo e da mente, chegando, assim, ao equilíbrio todo do ser. Hot!

PassarelaNem só de desfiles e famosos vive a São Paulo Fashion Week. Nesta edição, o estilista alagoano Lucas Barros estará em um lounge exclusivo fazendo negócios e vendendo seus produtos. A marca do moço AP401 terá vários lançamentos e promete ainda mais para 2013. O que será que vem por aí, hein?!

CalorNo que depender de Sabrina Marques e Cláudio Limeira, os verões serão ainda mais doces. Os dois irão lançar um antigo negócio de família, os sorvetes ‘Delicias’. A novidade está dando o que falar porque traz sabores como gianduia, limão siciliano, pistache e tiramissu, com quase 80% menos gordura do que os sorvetes comuns. Contando os dedos...

EM DUO | Neide e Ailton Freire somando alegria e

algo mais na festança de 15 anos da revista S.Mag

UNIÃO | Eduardo e Cybelle Souza Barros Correia felizes, ou melhor, celebrando o sucesso nos negó-cios e no amor em nosso lounge/redação em recente auê fashion

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Inside Por Marcos Leão [email protected]

ConexãoA união faz a força! Pois bem: em parceria com a Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços (Semics) e Secretaria da Cultura de Arapiraca, está sendo elaborada uma programação toda especial, durante este mês, para comemorar os cinco anos de atividades do Mercado de Artesanato Margarida Gonçalves. A celebração terá como tema: “Cinco anos de cultura e lazer. O evento trará os cantores e artistas da cidade. Boa!

PassarelaOlha só que bacana: a Prefeitura de Arapiraca, por meio da Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços, forma mais uma turma de costurei-ras no Centro de Capacitação Profissional. Tem mais: durante o evento, as participantes do curso tiveram a oportunidade de demonstrar suas habilidades em um desfile de moda, com peças confeccionadas ao estilo de cada uma das costureiras. Legal, né?!

ELAS | Amanda Bandeira e Mariana Perylo comemorando os bons momentos da vida

SOCIAIS | Marcela Queiroz e Leonardo Silveira felizes em noite a dois

SINTONIA | Isnard Neto e Camila evidenciando fina estampa em festerê dos bons

FESTEJO | Millena Campelo e Bruno viraram zoom para Inside, movimentando turma vipérrima em recente agito

PrateleiraEm tempo de Internet, a leitura continua sendo importante para formação de uma sociedade. Por isso, os alunos da Escola em Tempo Integral Dom Constantino Lüers, no bairro de Mangabeiras, receberam as ações do projeto “Leitura Viva”. Lançado em abril, por intermédio da Secretaria de Educação, o projeto de estímulo à leitura já mobilizou crianças e professores de creches de várias comunidades da área urbana e da zona rural da terra do fumo. Parabéns!

TarefaNão é porque o mandato de Luciano Barbosa está na reta final que ele vai cruzar os braços. Na noite da última quinta, o prefeito entregou aos moradores do bairro do Eldorado a Praça Cristo Redentor. A solenidade contou com a celebração de missa na Igreja Redentorista. Ponto positivo!

CéuA beleza natural do Lago Perucaba passa a ganhar mais iluminação com a luz da ciência do Planetário Municipal de Arapiraca e o Parque do Conhecimento. Na terça (2), o prefeito Luciano Barbosa e a secretária de Educação, Ana Valéria Peixoto, entregaram à população da city do fumo o maior Planetário Digital do Brasil juntamente com Cineteatro e o Brinca Ciência. Os arapiraquenses agradecem.

JuventudeAlô, jovem arapiraquense! A Secreta-ria de Assistência Social, como parte das ações do Projovem Adolescente, iniciou na segunda, 1, uma série de seminários nas comunidades atendidas pelo programa. Na progra-mação? Seminários, na comunidade de Brisa do Lago. O tema: “O lixo pode se transformar”, e teve como orientadora Viviana Lins. Boa!

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Balaio

Verão da GlizzA concept store Glizz, dos empresários Lisiana Calheiros e Gustavo Tenório, está com as araras recheadas de peças metalizadas. Sucesso nas passarelas brasileiras, os tons de dourado e prateado brilham nos cabides da Glizz. Calças, blusas, saias e cardigans aparecem em cores que são apostas certas para a estação mais gostosa do ano. “Garimpamos peças que serão ‘coringas’ no guarda-roupas de qualquer mulher no próximo verão. Tanto para o dia ou para a noite, os tons metalizados são ótimos para uma produção mais ousada”, conta a empresária. O verão 2013 da Glizz promete ser brilhante. É bom aproveitar!

Esmalte rosaPara comemorar o OUTUBRO ROSA - evento simbólico que lembra o combate ao câncer de mama no mundo inteiro -, a Boudoir Esmalteria ‘se veste de rosa’ e, a partir desta semana, pinta as unhas da equipe que compõe a concept store em tons de cor de rosa, durante todo o mês de outubro. Com 520 mil casos de câncer de mama registrados no Brasil em 2012, segundo dados do INCA (Instituto Nacio-nal de Câncer), a loja ressalta a importância de ingressar no combate a doença. “A Boudoir Esmalteria, com seu conceito de uma loja de luxo voltada para o público feminino, não poderia ficar de fora desta importante ação, que é lembrada nos quatro cantos do mundo e serve de alerta para o diagnóstico precoce do câncer de mama”, ressalta a empresaria Lis Nunes. Além disso, a loja montará um corner especial - com diversos tons de esmaltes rosa -, para incentivar as mulheres a vestir a bandeira da causa no combate ao câncer de mama. Boa iniciativa!

Couros vedetesOs metalizados realmente vieram com força no verão. Na Santa Lolla, marca de sapatos e bolsas que em Maceió é capitaneada pela

empresária Carol Freitas, pegou todas as refe-rências de cores como prata, dourado e cobre e colocou em sandálias, anabelas, sapatilhas

e rasteiras cheias de estilo. Algumas são totalmente metalizadas, em outras as cores

aparecem nos saltos. Aplicações de tachinhas e detalhes mimosos em strass conferem às peças feminilidade e sofisticação. A hora é

de abusar dos tons sem medo de errar. Fica a dica!

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Verão

Maia Piatti abre as portas da primeira brandstore em Maceió com novidades que remetem à história da marca

Expressão de inovação e criatividade em design, a Maia Piatti se lança agora

a uma experiência que, o tempo inteiro, esteve na mente das criadoras da marca: valorizar o legado da mãe, a arquiteta Zélia Maia Nobre, e fazer da casa onde viveram a infância – e onde será instalada a brandstore – uma experiência sensorial inesque-cível para os clientes da marca. O espaço criativo Maia Piatti foi inaugurado no dia último 4 de outubro.

No local sempre funcio-nou a fabricação dos produtos da marca e, além da loja, será também um espaço para expo-sições de produtos, atividades culturais (lançamentos de livros, palestras etc) e encontros com arquitetos e profissionais da área.

A loja põe em prática a brand experience, conceito que tem como proposta surpreender o

cliente através da interação dele com a marca e proporcionar a compreensão da marca. Por essa razão, tanto a história das criadoras quanto a história da casa farão parte dessa experi-ência contemporânea, a exem-plo de uma linha do tempo que conta a história da Maia Piatti e da casa.

Além da novidade do espaço, a Maia Piatti lança também novos produtos e põe na vitrine a coleção primavera--verão 2012/2013, América de Cores Latinas, que conquistou a imprensa nacional no mês passado, durante a Trend House.

A CASAA casa, de arquitetura

moderna, foi inaugurada em 1962 e saiu das pranchetas de Zélia Maia Nobre, uma arqui-teta que, embora nascida em Pernambuco, havia escolhido Maceió – em 1954 – para viver e criar os filhos. Fundadora do curso de Arquitetura da Univer-sidade Federal de Alagoas, Zélia pertencia ao grupo de profissio-nais que buscavam imprimir ares modernistas à edificação de casas e prédios públicos.

Única mulher numa turma de 53 homens do curso de Arqui-

tetura da Escola de Belas Artes de Pernambuco, Zélia sempre foi uma mulher à frente de seu tempo. Desde o início, comun-gava das idéias inovadoras da arquitetura moderna brasi-leira, como a adoção de formas geométricas e puras, construção sobre pilotis, uso de brises, inte-gração com o entorno através do uso do vidro e também do pilotis, assim como a integração com as outras artes plásticas, a exemplo de grandes painéis de azulejos e esculturas nos jardins.

Entre os elementos arquite-tônicos que fazem da casa uma joia da arquitetura moderna brasileira estão as formas geométricas com linhas puras; integração com o jardim através do uso de vidros; uso de concreto armado, telhamento escondido por platibandas e valorização dos artistas contemporâneos com uso de murais.

Inquieta, criativa e habili-dosa, a arquiteta concebeu a casa como um projeto completo, como era próprio da arquitetura moderna. Por isso, desenhou também portas, janelas, todo o mobiliário e até as cortinas, em tecidos com estampas geomé-tricas, em absoluta harmonia com sua criação.

RotaEspaço criativo Maia Piatti (brandstore)Rua Manoel Maia Nobre, 257, FarolFone: 3326-4106

A loja irá funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h e ao sábados, das 9h às 13h

Design e Memória As irmãs

Piatti

trazem a

história da

mãe Zélia

e da casa

para Maia

Piatti

Fotos: Igor Pereira

A casa de arquitetura

moderna foi inaugurada

em 1962 e saiu das

pranchetas de Zélia Maia

Nobre, que recebeu uma

justa homenagem das

filhas Ana e Rosa

Vinicius Maia Nobre e

Zélia Maia Nobre, uma

arquiteta referência

em Alagoas

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Inspirada no mês das crianças, Bruna Bert acaba de desenvolver sua mais nova linha de joias: a coleção Elo, cuidadosamente pensada para estreitar e fortalecer ainda mais os laços de família entre mãe e filha.

Composta por 30 peças, entre aneis, pulseiras e cola-res, a coleção, que foi toda desenvolvida em Prata, com detalhes de pérolas negras, de água doce e cultivadas, madre-pérolas, turquesas, espinélio negro, rubelitas e couro natu-ral, promete agradar mulhe-res de diferentes gerações. A linha Elo chega ao mercado com valores acessíveis e tem como características a leveza, o requinte e descontração.

Para o lançamento da cole-ção, a designer firmou uma parceria com a fotógrafa Gal Brandão e juntas, irão promo-ver um encontro na próxima terça, 09, a partir das 17h no Restaurante Wanchako. O momento será bastante diver-tido, com direito a muitas fotos, doces e, claro, joias com assinatura Bruna Bert.

7O JOrnal l Maceió, 7 de outubro de 2012 l DOmingO www.mais.al l [email protected]

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Menina

Elo, laços de família

Fotos: Igor Pereira

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8 O JOrnal l Maceió, 7 de outubro de 2012 l DOmingOwww.mais.al l [email protected]

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Moda Adentro

As tendências da semana de moda de Paris que já podem ser usadas no verão brasileiro

Fernando [email protected]

A semana da moda de Paris fechou a tempo-rada internacional do verão 2013 trazendo poucas novidades que vão ser usadas freneti-

camente nas ruas, porém, confirmando muitas das escolhas femininas que já vêm se arrastando por estações passadas e sido reforçadas nos desfiles de Nova York, Londres e Milão.

Apontando os caminhos para a próxima esta-ção, no verão brasileiro você não pode deixar de

usar a combinação top branco + calça preta. Esse duo é o look básico que apareceu em várias cole-ções de outras três cidades e confirmado em Paris. O babado faz o seu retorno – menos romântico e mais prático e futurista –, enquanto o xadrez, suavi-zado, persiste e se reinventa nas mãos de mestres como Dries Van Noten.

O branco se confirmou como a cor da tempo-rada, aparecendo em peças transparentes, em couro, em alfaiataria e em materiais sintéticos, contudo, a modelagem sportswear reinou absoluta. Com linhas geométricas imersas em uma cartela de cores – que flui com naturalidade do pastel a tons vibrantes de turquesa e neon – adotar o estilo será a regra de ouro para a mulher que quiser parecer moderna em meio à chuva de peplum e releituras da silhueta dos anos 1950 e 1960.

Verão esportivo em preto e branco

Domir DomaPedro Lourenço Alexis Mabille Balmain

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Chloe

Elie Saab 2

Heider AckermannHermes

Kenzo

Stella McCartney

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Capa

Filé: alagoaníssimo das lagoasO bordado tradicional das comunidades da região lagunar está passando pelo mapeamento para conquistar a Identidade Geográfica, que significa dizer para o mundo que o filé é nosso

Nide [email protected]

Para começar a trama do bordado de filé, o ponto de partida é a rede. São pequenos quadrados estica-

dos numa tela, para as artesãs preenche-rem com pontos de filé. As artesãs mais antigas faziam a rede com muito esmero, eram pequenos quadrados de até meio centímetro para a rendeira bordar perfeitamente.

Mas, com o passar do tempo, a tradi-ção foi perdendo lugar para a velocidade do mercado, e assim surgem as redes de quadrados largos, mais fáceis de fazer e bordar.

Trazer a tradição dos bordados menores para redes é um dos desafios do projeto Identificação Geográfica (IG), do Bordado do Filé da Região Mundaú/Manguaba.

O registro de Indicação Geográfica (IG) é conferido a produtos ou serviços que são característicos do seu local de origem, o que lhes atribui reputação, valor intrínseco e identidade própria, além de os distinguir em relação aos seus similares disponíveis no mercado. O Instituto Nacional de Propriedade Industrial - INPI é a instituição que concede o registro e emite o certificado.

O IG do bordado do filé é uma inicia-tiva do Sebrae de Alagoas, que começou,

em 2010, a fazer os primeiros levanta-mentos sobre atividade artesanal. Além de ter o viés importante na economia das cidades de Maceió, Coqueiro e Marechal Deodoro, o bordado entrou na passa-rela da moda. Estilistas como Fernando Perdigão (pioneiro na moda do filé), seguido de Marcus Telles e de Petrúcia Lopes, mostraram que com pontos de filé, é possível criar modelos clássicos, exóticos e básicos para usar no dia a dia ou em qualquer festa, como o vestido de noiva de Perdigão.

Para Cristina Moreira, analista do Sebrae, conquistar o IG do filé representa trazer para Alagoas o selo de qualidade, o padrão do saber fazer, e a valorização do bordado.

“Muita gente vive do bordado do filé; não temos o número exato, mas a estima-tiva é de que mais de mil famílias usem o artesanato para complementar a renda

da casa. No Pontal da Barra, que recebe visita dos turistas, vamos fazer um levan-tamento das lojas. Para o trabalho do IG, contamos com o apoio da Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvol-vimento Econômico”, disse Cristina.

Atualmente, quatro associações, com cerca de 38 artesãos de Maceió , Mare-chal Deodoro e Coqueiro Seco estão envolvidos no processo do IG. “Mas outros artesãos também podem aderir”, convida Cristina Moreira.

Segundo ela, os atuais participantes do processo irão compor o Instituto do Filé, para solicitar o registro ao Insti-tuto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), instituição que concede o regis-tro e emite o certificado.

No Brasil, o Vale dos Vinhetos tem o selo do IG, e a renda Irlandesa de Sergipe também segue o mesmo caminho para o registro.

O tema folclore traz as

cores mais tradicionais

do bordado filé

Vestido de noiva do

estilista Fernando

Perdigão

Igor Pereira

Nide Lin

s

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Folclore e água: dois temas de inspiraçãoPara o filé conquistar o regis-

tro de Identidade Geográfica (IG) é preciso antes arrumar a casa. Em outras palavras, apresentar padrão de quali-dade em itens que vão desde a rede na qual é feito o bordado, passando pelos tipos de filé e cor até o design. Essa missão ficou a cargo da design e artista plástica Maria Amélia.

“Estou como consultora do Sebrae, sempre enxerguei o filé como uma linda tradição das Alagoas, uma coisa nossa. O saber e fazer é passado de geração a geração. Da idosa às crianças, todos sabem bordar o filé. Nosso trabalho com a IG é agregar valor”, diz Amélia.

A primeira oficina de IG do filé teve como tema a rede, primeiro passo para bordar. “Em Coqueiro Seco todo mundo sabe fazer a rede. A maioria das artesãs compra de lá para

bordar o filé”, disse.Segundo Maria Amélia, os

quadrados da rede devem medir de 0,5cm até 1,5cm. “Quadrados grandes não produzem filé de qualidade. Optamos em seguir a tradição de quadrados peque-nos”, conta.

Para bordar a rede as mulhe-res usam agulha de madeira, produzida por apenas três pescadores de Coqueiro Seco. A agulha artesanal também teve de passar por mudanças para produzir quadrados menores.

O próximo passo foi cata-logar os pontos do filé, cerca de vinte e seis tipos, entre eles cerzido, casa de noca, bom gosto, arranhão, jasmim...

As cores também terão dois temas para inspirar os arte-sãos (no masculino, afinal, os homens também são rendei-ros), o folclore (colorido) e água (tons azuis e verdes, que reme-

tem às lagoas e aos mares).“São cores que estão presen-

tes no cotidiano das regiões das lagoas e dos mares das cidades de Maceió, Marechal e Coqueiro Seco. Com esses dois elementos os artesãos bordam os mostruá-rios que vão servir de referência para a IG”, explicou a design.

Até o tipo de linha para bordar a rede e o filé foi definido, para evitar linhas econômicas que em pouco tempo depõem contra a qualidade do bordado.

Com o registro de Identidade Geográfica, o filé das Alagoas vai traçar uma nova realidade do bordado que passa de mãe para filho, e hoje está presente na decoração e na moda expor-tada pelo Estado. Sua origem é europeia, mas a criatividade e a graça do saber e fazer de mulheres e homens das lagoas está conquistando as pessoas mundo afora. N.L.

O tema água e os tons

azuis e verdes retratam

as lagoas e os mares

Guilherme é um

dos integrantes

do grupo do

IG do filé; ele

aprendeu a

bordar com as

mulheres da

família

Petrúcia fez seu

primeiro desfile

de moda e se

inspira na lagoa

para bordar

Para Maria

Amélia, a rede

com quadrados

pequenos dá

mais qualidade

ao bordado

Cristina do Sebrae: a Identificação Geográfica agrega o valor ao bordado de filé

Igor Pereira

Igor Pereira

Nide

Lins

Nide Lins

Nide Lins

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SalaVIP + TV12 O JOrnal l Maceió, 7 de outubro de 2012 l DOmingOwww.mais.al l [email protected]

Bastidores do filé: artesã começa a fazer a rede encaixando a linha no dedo do pé; depois com agulha de madeira vai bordando os quadrados até formar a rede onde vão ser preenchidos com os pontos de filé

Maria Amélia com as bordadeiras de filé abrem a rede de bordar o filé

A presença do bordado filé é tão marcante em Alagoas que em Maragogi a

mesma técnica é usada para fazer o bordado com fios da folha da bananeira

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13O JOrnal l Maceió, 7 de outubro de 2012 l DOmingO www.mais.al l [email protected]

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TV

Tiro certeiroElisa Pinheiro comemora papel em “Malhação” após participar de um único episódio de “Louco Por Elas”

CAROLINE BORGESPOPTEVÊ

Trabalhos longos e contí-nuos costumam dar maior visibilidade para

os atores. Ao contrário do

que Elisa Pinheiro pensava, a série “Clandestinos – O Sonho Começou” não foi responsável pelo papel na atual temporada de “Malhação”. Mas sim a sua única participação na série “Louco por Elas”, que foi sufi-ciente para chamar a atenção da autora Glória Barreto. “Eu acho que depois buscaram mais sobre a minha carreira e viram ‘Clandestinos’. Nem tinha teste para esse papel, fiz só uma leitura porque já estava bastante encaminhado para ser eu mesma”, afirma. Na trama infantojuvenil, Elisa

vive uma romântica e tímida professora de Português,

Isabela, cujo maior sonho é se casar,

mas tem medo de se envolver.

“A persona-gem tem

muitos sonhos, mas não consegue realizá-los. Ela está sempre se sabotando. O medo é o maior inimigo dela”, explica.

Para buscar as referências para o papel, Elisa lembrou dos tempos de colégio e se inspirou em uma professora de Portu-guês que admirava bastante naquela época. “Por muita coincidência, eu sempre gostei da matéria. Talvez em grande parte por conta dela. Então, tentei me lembrar do modo como ela colocava as questões da Língua”, recorda a atriz, que já trabalhou em outras produ-ções voltadas para o público jovem como “Detetives do Prédio Azul”, no canal infantil Gloob. “Já a estética e a lingua-gem de ‘Clandestinos’ era bem voltada para essa galera de 20 e poucos anos”, ressalta.

A experiência no seriado de João Falcão foi o primeiro trabalho contínuo na tevê

de Elisa, que até então s ó t i n h a f e i t o

a l g u m a s

participações. Inspirado em produção teatral, o programa teve um cuidado e tempo bem distintos das preparações habituais de uma novela. “Nós mantivemos uma relação dife-rente com o produto. Como já tínhamos uma forte intimi-dade do teatro, nos sentimos mais seguro para levar para tevê”, aponta a atriz, que viu bastante de suas histórias pessoais na direção de João Falcão. “A série tinha uma relação bem próxima com o público”, acredita.

A carioca Elisa sempre teve uma relação muito íntima com o teatro. Desde criança, começou a fazer cursos livres de atuação na Casa de Cultura Laura Alvim, no Rio de Janeiro. Mas, na época do vestibular, ao ser reprovada no curso para Teatro, a atriz decidiu seguir a faculdade de Comunicação. Ao longo do curso, o incentivo de um amigo fez com que Elisa tentasse novamente o vestibu-lar e passou a estudar Teoria do Teatro na Unirio. “Foi um curso ótimo que me deu bastante cultura geral. Ao mesmo

tempo, passei a trabalhar mais como atriz

c o m u m

grupo da faculdade”, explica Elisa, que conseguiu compre-ender mais a dinâmica de contatos que o meio artístico exige. “Eu não conhecia as pessoas da área. Aos poucos fui me apresentando e me entur-mando”, lembra.

Elisa não considera sua virada do teatro para a tevê brusca. Aos poucos, a jovem carioca de 32 anos começou a se inserir no meio atra-vés de comerciais, séries no Multishow, como “Quase Anônimos”, e participações em filmes, como “Uma Profes-sora Muito Maluquinha”. “Eu não sofri um impacto grande e m n e n h u m m o m e n t o. Foram pequenas conquistas que deram uma motivação. É uma realidade que demora a ser reconhecida, mas que está dando certo. Posso confiar na escolha que fiz”, orgulha-se. A pouca expe-riência na tevê ainda gera uma certa insegurança para a atriz. Mas ela garante que não tem problemas para se assis-tir no vídeo. “Na tevê, a gente não tem muito tempo para se ver. Aprendi a me desape-gar para não ficar neurótica. Mas é sempre bom se ver antes para ter uma noção”,

pondera.

Luiza Dantas/CZN

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Personagem da Semana

Catalisador ambulanteEm “Balacobaco”, Bruno Ferrari busca referências do cotidiano para compor um vilão verossímil

GABRIEL SOBREIRAPOPTEVÊ

Bruno Ferrari defende q u e u m a t o r e s t á sempre trabalhando e

estudando, mesmo quando está fora dos estúdios. Para o intérprete do vilão Norberto, de “Balacobaco”, o seu ofício tem por objetivo a observação

e absorção da realidade e da ficção. Isso reflete diretamente no que os telespectadores veem em cena. “Se estou em casa vendo um filme isso para mim é trabalho”, explica ele, que utiliza a sétima arte como uma das diversas ferramentas de composição de seus perso-nagens.

Na história de Gisele Joras, Norberto é o típico “amigo da onça” do seu sócio Eduardo, vivido por Victor Pecoraro. Ele planeja um grande golpe contra o parceiro porque nunca se conformou em ter uma participação inferior na empresa de turismo ecológico,

em perder a namorada para o colega de trabalho e ainda ser obrigado a conviver com as duas realidades diariamente.

Para o ator, a maneira mais clara para deixar o persona-gem convincente é fazendo com que os objetivos dele

fiquem explícitos em suas ações. “Ninguém faz nada sem um objetivo. Procuro fundamentar esses objetivos para deixar o personagem o mais crível possível e para ele ter base para chegar onde precisa”, frisa.

Acostumado a viver moci-nhos, Bruno garante que está preparado para as mais dife-rentes reações do público. “Vou fazer o tom baixo uma hora e, em outra, vou ficar no meio. Mas uma hora acerto. Sou muito crítico com meu trabalho. É uma das únicas vaidades que tenho”, destaca, entre risos.

Entrevista l Bruno Ferrari l AtorVocê está distante da tevê desde “Bela, A Feia”, em 2009. Na época, interpretou um mocinho e, agora, volta como um vilão. Quais são os fatores preponderantes na hora de aceitar um novo trabalho?No começo de carreira a gente vai fazendo e as coisas é que vão aparecendo. Mas, aos poucos, você vai começando a buscar coisas que te interessam mais. Estava buscando isso, esse vilão. Estava procurando persona-gens diferentes daqueles que eu já tinha feito.

Você alourou seu cabelo para “Balacobaco”. Qual a importância do visual na composição do Norberto?É importantíssima. A ideia do cabelo foi do diretor Edson Spinello. Inicialmente, ele queria que eu pintasse o cabelo de branco para dar uma diferen-ciada. Aí fomos chegando em um tom e ele disse: “vamos deixar assim porque é bacana”. Além disso, revi filmes como “Hannibal” e “Cabo do Medo”, e acrescentei acessórios, como anéis, um isqueiro e uma bombinha de asma, que estão

me ajudando a completar esse papel.

Sua estreia na tevê acon-teceu em 2002, na novela “Sabor da Paixão”, da Globo. Com diversas produções no currículo, como “Celebri-dade”, “Malhação”, da Globo, “Cidadão Brasileiro” e “Luz do Sol”, da Record, entre outras, você se sente mais maduro e seguro para este personagem?Sempre aconteceu de o perso-nagem chegar no momento certo. O Norberto chegou no

momento em que ele devia vir. O primeiro personagem que eu fiz era pequenininho, tinha o conflito dele, era o que eu podia aguentar e era o meu espaço. Nunca peguei nenhum trabalho que me fizesse pensar: ‘Caramba, não vou conseguir fazer isso’.

Em 2008, você viveu um personagem dúbio, o Tomás de “Chamas da Vida”. Ele começou a trama flertando com a vilania, mas logo depois mudou de caráter e se mostrou mais

leve. Há espaço para essa alteração na sua inter-pretação do Norberto de “Balacobaco”?O Tomás de “Chamas da Vida” foi muito legal porque era um cara que inicialmente me disseram que era um vilão, mas no meio da novela entendi que ele era na verdade o filho da vilã. E aí comecei a trabalhar mais o humor dele, deixando ele mais gostoso e leve, foi uma novela muito feliz. Mas no caso do Norberto, não tem espaço para essa mudança, nem na minha concepção e nem na da autora.

ANIVERSÁRIOS DA SEMANA DE 7 A 12 DE OUTUBRO07/10 – André Luiz Miranda, 25 anos.

08/10 – Guilherme Karan, 55 anos, Karina Bacchi, 36 anos, Ildi Silva, 30 anos, e Ana

Carolina Dias, 25 anos.

10/10 – Miguel Falabella, 56 anos.

11/10 – Totia Meireles, 54 anos, Juliana Didone, 28 anos, e Daniel Zuckermann, 29 anos.

12/10 – Fulvio Stefanini, 73 anos, e Cláu-dia Abreu, 42 anos.

Pedro Paulo Figueiredo/CZN

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15O JOrnal l Maceió, 7 de outubro de 2012 l DOmingO www.mais.al l [email protected]

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Mapa da MinaAmanda Rolim

Confusão em família(RECORD, DOM/SEG, 0h45)Em “Todo Mundo Odeia O

Chris”, a conta de luz da família começa a aumentar e a pesar no orçamento. Julius decide investigar e fica obcecado em descobrir quem anda gastando tanta energia dentro de casa. Enquanto isso, Chris recebe uma lição diferente na escola. O menino tem de cuidar de um ovo de galinha como se ele fosse um bebê.

Política na tevê(SBT, DOM/SEG, 1h)Neste domingo, o SBT exibe

a cobertura completa das Elei-ções 2012. O programa vai mostrar tudo o que aconteceu durante o dia de votação, além de exibir as apurações dos votos recebidos pelos candidatos a vereadores e prefeitos no Brasil.

Confissões entre irmãos(RECORD, SEG, 0h15) Nesta segunda, o “Roberto

Justos +” terá como convidados os integrantes da dupla Edson e Hudson e as gêmeas do nado sincronizado, Bia e Branca. O programa vai falar sobre os benefícios e as dificuldades de

se trabalhar com irmãos. Os cantores sertanejos contam um pouco da sua trajetória artística e explicam o motivo da sepa-ração dos dois. Já as nadadoras falam como ser idênticas as ajuda na profissão.

Brigas de casal(GLOBO, TER, 22h20)Esta semana, em “Tapas &

Beijos”, Sueli e Fátima, vividas, respectivamente, por Andréa Beltrão e Fernanda Torres, continuam com seus casa-mentos em crise. Para salvar sua relação com Jorge, de Fabio Assunção, Sueli tenta de tudo, até fazer trabalhos religiosos no meio da rua. A vendedora só não esperava encontrar com sua rival Lucilene, vivida por Natá-lia Lage, de novo na boate La Conga. Já Fátima não consegue mais pagar o aluguel sozinha depois da mudança de Armane, encarnado por Vladimir Brichta, e aceita dividir o apartamento com o marido de novo.

Economia verde(TV BRASIL, QUA, 17h30)O “Nova Amazônia” desta

semana explica como está sendo desenvolvido o turismo

sustentável em uma das maio-res florestas do mundo. Além de como os moradores locais estão se adaptando a esse novo negó-cio e conseguindo aumentar a renda de suas famílias com a nova profissão.

Passado sujo(GLOBO, QUI, 22h20)Em “A Grande Família”, os

planos de Agostinho, interpre-tado por Pedro Cardoso, de virar vereador quase vão por água abaixo. A ex-mulher de Fontes, de Luis Fernando Guimarães, o idealizador da campanha do taxista, revela à mídia que o empresário faz negócios ilíci-tos na política. Mas o marido de Bebel, de Guta Stresser, não acredita na denúncia. Para piorar, vai acolher Fontes em sua casa, mesmo contra a vontade de sua família.

Outro filho (RECORD, SEX/SAB, 3h)No episódio “O Irmão”, de

“Supernatural”, Sam e Dean recebem uma ligação de um garoto chamado Adam à procura de John, o pai deles. Intrigados, os caçadores de seres sobrenaturais vão atrás

do garoto e descobrem que ele também é filho de John. Mas o que não esperavam é que Adam já estava morto e seu corpo estava sendo controlado por uma criatura chamada “ghoul”.

Especial das crianças(GLOBO, SAB, 14h40)Neste sábado, o “TV Xuxa”

exibe um especial de Dia das Crianças e terá Taylor Swift como convidada principal. A cantora recebe presentes da Rainha dos Baixinhos e toca seus maiores sucessos. O programa também conta com a participação da banda NXZero, os palhaços Atchim e Espirro e a “DJ” Mayra.

Música de qualidade (TV BRASIL, SAB, 18h)O “Segue O Som” recebe

o Hamilton de Holanda e seu quinteto para falar sobre “jazz”. No programa, o músico e sua banda tocam ritmos do choro ao “jazz”. Hamilton também conta sobre a sono-ridade da gaita e do bandolim, além de falar sobre suas maio-res influências: Armandinho e João Gilberto.

RaPidinhas

# No quadro “Medida Certa”, do “Fantástico”, Ronaldo joga tênis com Zeca Camargo para perder calorias. (Globo, dom, 20:45 h)

# Hilary Duff faz participação especial

como colega de quarto de Vanessa no

episódio “Dan De Fleurette”, de “Gossip

Girl”. (SBT, seg/ter, 2:15 h)

# Em “Maria Mercedes”, Dina diz para sua mãe que não permitirá que ela faça nenhum mal contra Maria. (SBT, ter, 16:15 h)

# O terceiro episódio de “Caçadores

de Alma” fala sobre o fotojornalismo.

(TVBrasil, qua, 23 h)

# Maria Fernanda proíbe Célia de encontrar Isabel, em “Gotinha de Amor”. (SBT, qui, 14:15 h)

# Sem querer, Natalie ajuda um ladrão

a roubar uma bicicleta de um labora-

tório biotécnico, em “Monk”. (Record,

sex, 0:15 h)

# O “Comentário Geral” fala sobre o poder da mídia, da espiritualidade e da política. (TVBrasil, sab, 22 h)

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Negócios

A vida em Ilhéus é a prova da influência política dos coronéis locais, cujas decisões repercutem na rotina de todos na região. Nesta semana, em “Gabriela”, um desses poderosos, Manoel da Onça (Mauro Mendonça), vai fazer valer sua voz e poder para conseguir o que quer: casar-se e ter sua mulher aceita pelo povo da cidade. Tudo iria bem se essa mulher não fosse Zarolha/Risoleta (Leona Cavalli). Todo mundo sabe que ela não esquece o amor pelo turco Nacib (Humberto Martins), mas mesmo assim o coronel vai seguir com essa história. Inconfor-mada com a felicidade do amado, Zarolha resolve provocá-lo ao acei-tar se casar com Manoel das Onças. Para que sua futura mulher seja rece-bida por todos, Manoel resolve pedir ajuda a Ramiro (Antônio Fagundes), mas não consegue. Irritado, Manoel decide apoiar politicamente o rival de Ramiro, Mundinho (Mateus Solano). Como última medida, o coronel recorre a Dorotéia (Laura Cardoso), o pilar da moral de Ilhéus. Inicialmente, ela se recusa a aceitar o enlace. Mas depois, estrategicamente, muda de ideia. Pelo visto, tudo na cidade acontece apenas graças a bons e influentes amigos. Até mesmo um casamento de interesses. (Gabriel Sobreira/PopTevê)

# Rômulo foge de Ilhéus.

# Coriolano descobre que Glória o trai.

Aspas“O risco do ator de se envol-

ver com seu par romântico é imenso”.

Bruno Mazzeo, que viveu o Tom Bastos de “Cheias de Charme”, confessando que, para ele, separar o que acon-tece na ficção da realidade é difícil (“glamurama.uol.com.br”).

“Eu defendo a Nina até o último fio de cabelo”.

Débora Falabella ao dizer que compreende as atitudes de sua protagonista de “Avenida Brasil”, que passou a novela inteira tentando se vingar de Carminha, vivida por Adriana Esteves (“contigo.com.br”).

“Não deixo de ser ator, mas tenho gostado mais de dirigir”.

Selton Mello, que acredita poder exercer mais sua criati-vidade trabalhando atrás das câmaras (programa “Marília Gabriela Entrevista”, do GNT).

“Acho que ele está orgu-lhoso, mas não vai dar o braço a torcer”.

Tiago Abravanel sobre o que seu avô, Silvio Santos, pensa de sua estreia na Globo, em “Salve Jorge” (“gente.ig.com.br”).

“Sempre estou bêbada quando transo pela primeira vez”.

Sabrina Sato, apresenta-dora do “Pânico na Band”, contando o que faz para driblar a timidez na “hora H” (“gente.ig.com.br”).

“Falo para os meus amigos que só gostam de loura: ‘Agora sou negra e loura, virei Kinder Ovo’”.

Roberta Rodrigues, que volta ao ar em “Salve Jorge”, sobre o novo visual com os cabelos louros e alisados para Maria Vanúbia, sua persona-gem na novela de Glória Perez

(“ego.com.br”).

“Gosto de fazer ensaios sensuais, mas não quero mostrar nada. Só ficaria nua por um personagem”.

Paloma Bernardi, a Rosân-gela de “Salve Jorge”, descar-tando qualquer possibilidade de posar para um ensaio nu (“ego.com.br”).

“Achei que era brincadeira”.Nanda Costa, sobre a

reação que teve ao receber um telefonema de Glória Perez a convidando para interpretar Morena, protagonista de “Salve Jorge” (“ego.com.br”).

“Em boca calada não entra mosca”.

José Loreto, o Darkson de “Avenida Brasil”, evitando falar do suposto romance com Débora Nascimento, a Téssa-lia da trama, namorada de seu personagem (“ego.com.br”).

“Estou me sentindo a tia da Suelen”.

Carolina Ferraz, refe-rindo-se à “periguete” de Isis Valverde em “Avenida Brasil”, sobre a mudança do figurino de Alexia. Desde que sua perso-nagem foi morar no Divino, a atriz passou a aparecer em cena vestindo roupas bem mais justas (“ego.com.br”).

“Era tudo que eu queria”.Lizandra Souto, a Amanda

de “Salve Jorge”, sobre voltar à tevê depois de 14 anos sem trabalhar como atriz.

“Uma mulher jogou uma garrafa de água em mim e me chamou de covarde. Eu fiquei sem reação alguma”.

Rodrigo Andrade recor-dando um episódio recente em que foi agredido em um estacionamento por conta de Berto, o vilão que interpreta em “Gabriela” (“contigo.com.br”).

“N ã o q u e ro e s c re v e r tomando remédios. Quero fazer minisséries”.

Lauro César Muniz, aos 75 anos, explicando o motivo de “Máscaras” ter sido sua última novela (“natelinha.uol.com.br”).

“Só me davam heróis românticos para fazer. Não agüentava mais ser o bonzi-nho”.

Murilo Rosa, cansado de fazer personagens do bem, comemorando o fato de voltar ao ar na pele de um vilão, o Élcio de “Salve Jorge” (“glamu-rama.uol.com.br”).

“Nunca tinha feito e encarei numa boa”.

Suzana Pires sobre as cenas de nu que protagoniza na pele de Glória, em “Gabriela” (“gente.ig.com.br”).

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A Semana das NovelasOs resumos dos capítulos de todas as novelas são de responsabilidade de cada emissora – Os capítulos que vão ao ar estão sujeitos a eventuais reedições.

MalhaçãoGlobo – 17h50

Segunda (08/10) - Dinho sente ciúme do beijo entre Gil e Lia. Fatinha mente sobre os pais não terem compa-recido ao colégio e o diretor acredita. Ju diz a Lia que quer conversar. Mario aparece de surpresa na casa de Alice e a beija. Dinho não gosta do vídeo que Orelha divulga em sua TV. Mathias pede para Rita convidar a mãe para apresen-tar o sarau. Lia pensa no beijo que rolou entre ela e Dinho. Lia anuncia que está procurando uma banda para tocar no Sarau com ela. Fatinha chega ao colégio com roupas diferentes.

Terça (09/10) - Marcela tentar alertar Fatinha sobre o comportamento da aluna. Ju conta para os amigos sobre a manifestação da CRAU – Comando dos Anarquistas Unidos. Lia fica repe-tindo para Gil que eles não estão namo-rando de verdade e o rapaz se irrita. Dinho questiona Gil sobre seu namoro com Lia. Durante a manifestação do CRAU, Bruno fica interessado em Rita e Fatinha se incomoda. Fatinha beija Orelha para que ele retire todos os seus vídeos da TV Orelha. Marcela flagra Gil grafitando com Lia.

Quarta (10/10) - Gil confessa a Marcela que é o grafiteiro misterioso e diz que Lia não tem culpa. Ela pede que ele conte a verdade para Mathias. Dinho reclama do vídeo que Nélio fez de Ju. Gil é suspenso do colégio. Bárbara não gosta de ver Alice e Mario juntos. Dinho confessa a Orelha que está divi-dido entre Lia e Ju. Lorenzo leva um fora de Marcela. Fatinha diz a Pilha que só dançará no sarau se Lia se juntar a ela. Lia e Pilha descobrem que Fatinha está noiva.

Quinta (11/10) - Lia espalha para todos que Fatinha está noiva. Lia sugere que Bruno apareça no sarau para ver Rita novamente. Lorenzo pede o divórcio para Raquel. Gil confessa para Marcela que gosta de Lia. Fatinha chega vestida de forma discreta no colégio e surpreende a todos com o seu compor-tamento. Bárbara esconde roupas ínti-mas embaixo do travesseiro de Mario. Alice encontra as roupas e se enfurece. Nélio encontra Ju na saída do colégio e Lia observa Dinho olhando para o casal.

Sexta (12/10) - Dinho implica com Nélio ao vê-lo em um clima român-tico com Ju. Mathias pede para Orelha filmar o sarau. Ju tenta conversar com Fatinha sobre Eriberto, mas ela muda de assunto. Leandro chega ao sarau e Isabela se anima. Rafael sente ciúme ao ver Morgana dançando com Fera. Bruno convida Rita para sair. Lia se surpreende com o show da Bando de Pirralhos. Eriberto diz a Robson que pedirá Fatinha em casamento. Pilha inicia sua apresen-tação com Lia. Fatinha decide subir ao palco quando Eriberto chega.

Lado a LadoGlobo – 18h15

Segunda (08/10) - Laura avisa a Jurema que Isabel saiu de sua casa e ela joga búzios para descobrir o paradeiro da moça. Edgar é frio com Guerra. Berenice fica intrigada com a visita de Laura. Edgar avisa a Laura que vai começar a advogar para sustentá-los. Isabel vê um recado de Laura no jornal e volta para a casa da amiga. Albertinho teme que sua irmã descubra seu envolvimento com Isabel. Bonifácio pede perdão a Edgar. Berenice vê Isabel procu-rando emprego e a destrata.

Terça (09/10) - Isabel enfrenta Bere-nice. Isabel cuida de Matilde ao percebê-la indisposta. Mario avisa que vai acabar com a companhia de teatro. Isabel conta para Laura que Afonso a destratou na rua. Constância teme que sua família entre em decadência. Quequé acompanha Neusinha na venda do colar de Diva. Albertinho questiona Isabel sobre sua amizade com Laura. Afonso acon-selha Zé Maria a esquecer Isabel de vez. Isabel garante que não contará quem é o pai de seu filho. Zé Maria convida Berenice para ir a sua casa.

Quarta (10/10) - Eulália convoca toda a família para um almoço. Diva paga parte das dívidas de Mario e diz a Neusinha que eles estrearão uma nova peça. Neusinha pede para atuar ao lado de Diva. Teresa avisa a Sandra que Eulália preparou uma armadi-lha para conseguir casá-la com o genro de Olímpia. Zé Maria ouve Berenice falando mal de Isabel para Jurema e fica furioso. Eulália mente para Olímpia e Teresa fica indignada. Isabel consegue o emprego de camareira.

Quinta (11/10) - Zé Maria pede para Jurema não contar para Isabel que foi ele quem indicou o trabalho no teatro. Matilde presenteia Isabel. Constância descobre que Isabel está grávida. Afonso fica comovido ao saber que sua filha está trabalhando no teatro. Jurema convida Zé Maria para ir ao teatro. Diva ajuda Isabel a enfrentar Afonso. Edgar fala para Laura que não pode mais confiar em Guerra. Afonso vai ao teatro falar com Isabel.

Sexta (12/10) - Afonso e Isabel fazem as pazes. Fernando pede que Edgar o ajude a defender a fábrica de um processo. Caniço aparece no Morro da Providência com roupas novas, deixando Jurema intri-gada. Margarida se preocupa por Bonifácio apoiar a revolta do povo contra o governo. Zé Maria segue a manifestação que o povo faz na rua. Teodoro confessa sua paixão por Alice e faz uma serenata. Zé Maria avisa a Jurema que o governo está usando a vacinação para exterminar a população pobre da cidade. Berenice beija Caniço.

Sábado (13/10) - Carlota presta queixa contra Teodoro. Praxedes sugere que Teodoro se case com Alice. Afonso visita Isabel. Caniço convence outros capo-eiristas a lutar contra a polícia. Guerra afirma a Zé Maria que inimigos do prefeito estão pagando pessoas para estimular a desordem na cidade. Laura tenta convencer Assunção a vacinar as pessoas que estão no Morro da Providência. Laura afirma a Edgar que vai descobrir se o filho que Isabel está esperando é seu sobrinho. Zé Maria pede para Jurema jogar búzios para ele.

Guerra dos SexosGlobo – 19h10

Segunda (08/10) - Charlô e Otávio discutem por causa de Olívia. Roberta suspende o fornecimento de roupas para a loja de Charlô. Analú diz ao pai que foi sequestrada por Nando. Frô reclama dos ciúmes de Ulisses. Carolina se lembra de quando namorou Zenon. Charlô fala para Juliana e Vânia que elas precisam apoiar Roberta. Otávio ajuda Nando a fugir de Felipe. Roberta fala para Nieta que Carolina foi ao casamento de Kiko.

Terça (09/10) - Manoela afirma a Fábio que encontrará provas de sua trai-ção. Roberta se impressiona com a forma física de Nando. Charlô explica para Juliana por que não se casou com Otávio. Kiko tem uma crise de ciúme por causa de Analú. Felipe diz a Fábio que colocará Nando na cadeia. Manoela pede para Juliana convencer Charlô a não chamar Fábio para trabalhar. Roberta se assusta com a manifestação de funcionários pedindo seu afastamento da presidência.

Quarta (10/10) - Roberta manda Veruska providenciar uma reunião com os funcionários da Positano. Olívia se preo-cupa quando Charlô e Otávio decidem tomar café da manhã juntos. Felipe e Vânia se encontram no apartamento dele. Charlô discute com Otávio por causa de Roberta, deixando Olívia apreensiva. Fábio se irrita ao ver Carolina em sua casa. Roberta decide falar com Agenor ao vê-lo conver-sando com Veruska. Charlô e Otávio se desentendem.

Quinta (11/10) - Olívia se irrita com a briga entre Charlô e Otávio. Nando pede para Lucilene levar um recado para Otávio. Juliana e Analú encontram Fábio e Ciça na lanchonete. Roberta vai à Charlo’s para investigar as vendas da loja. Ela desmaia em cima de Felipe. Carolina ouve Nenê pedir para Nieta guardar alguns pacotes para ele. Analú fica assustada por ter de falar com Charlô. Otávio é seguido por marginais em uma favela. Roberta desco-bre que seu cofre está vazio.

Sexta (12/10) - Veruska tenta convencer Roberta a desistir da presidên-cia da Positano. Otávio é abordado por Nando na favela. Charlô se impressiona com o jeito como Analú fala de Nando. Felipe estranha ao ver Juliana e Fábio conversando sem brigar. Ulisses acredita que Carolina esqueceu Zenon. Roberta fala para Veruska que venderá suas joias para pagar os funcionários. Otávio fica furioso ao chegar à loja e ver o que Charlô aprontou.

Sábado (13/10) - Charlô come-mora a vitória sobre Otávio. Veruska tenta convencer Roberta a desistir de vender as joias, mas ela não cede. Otávio tenta acabar com a liquidação na loja. Ulisses é gentil com Vânia. Charlô convence Analú a contar toda a verdade para o pai. Otávio se perde no caminho de casa. Semíramis avisa a Ulisses que Nando está apanhando e ele busca ajuda dos lutadores da academia. A polícia intercepta todos os envolvidos na confusão armada por Felipe. Analú foge com Nando.

RebeldeRecord – 20h

Segunda (08/10) - Lucy se disfarça para tentar fugir do país. Miguel pede a Binho que tome conta do quarto. Arturzinho expulsa Cilene do loft. Bob Nelson tenta se aproximar de Marcos Mion e dos rebeldes. Murilo e Maria continuam com o plano de ajudar Lucy. Binho conta toda a verdade de seu passado com Miguel para Pilar. Arturzinho conta a seu pai sobre o plano das cartas. Murilo entra no quarto de Miguel e procura os documentos de Lucy. Tatiana fica desconfiada ao saber que Jonas está tomando remédio para dor de cabeça. Maria tranca Binho no quarto.

Terça (09/10) - Miguel pede que Binho plante uma notícia falsa sobre Lucy. Pedro e Alice namoram no quarto. Murilo fica feliz ao conseguir mexer na conta de seu pai. Cris entrega flores a Tadeu na frente de Marcelo. Cilene tenta se desculpar com Artur. Márcia e Téo se animam ao ver Jonas com o cachorrinho. A avó de Tomás agarra Tadeu e o beija. Mariana e Aline assistem à cena e contam a Vitória que Ofélia está pegando Tadeu. Pilar fica cada vez mais desconfiada de Miguel. Dani desmaia de felicidade ao ser beijada por Pingo. Lucy pega um taxi e foge do Elite Way.

Quarta (10/10) - Tatiana briga com Tadeu ao saber que ele ficou com Ofélia. Pedro quer provocar Miguel e aproveita para beijar Alice. João pede ajuda a Diego sobre a primeira noite com Penélope. Roberta fica emocionada ao ouvir a conversa de Diego com João. Tomás diz aos rebeldes que eles deveriam conversar com Bob Nelson. Roberta e Alice se desentendem. Jonas fica inconformado ao saber que sua mudança de comportamento se deve ao remédio que tomou por engano. Bob Nélson mente para um jornalista que a banda Rebeldes vai acabar. Lucy faz uma gravação.

Quinta (11/10) - Miguel pede a Binho que ele dê um jeito em Araújo. Pedro diz a Binho que sabe de tudo. Téo dá um cachorrinho para Márcia. Cilene convida Tatiana e Cris para irem morar com ela. Pedro tenta distrair Alice para ir até o Elite Way se encontrar com Binho. Fátima trata bem um mendigo para enganar Carla. Binho conta toda verdade a Pedro, que fica surpreso. Miguel, Bob Nélson e Fátima se juntam para prejudicar os rebeldes. Pedro grava a conversa com Miguel como prova. Miguel dirige e persegue Pedro em alta velocidade. Pedro sofre um acidente de carro.

Sexta (12/10) - Miguel foge do local do acidente com os pertences de Pedro. Miguel pega o celular de Pedro e descobre que Lucy fez um vídeo para incriminá-lo. Téo diz a Binho que Pedro sumiu. Binho conta toda a verdade a Téo, que fica preocupado. Eva tenta acalmar Alice. Franco diz aos rebeldes que a polícia achou um rapaz com as características de Pedro e que ele foi enviado a um hospital. Pedro perde a memória e não reconhece Alice ao voltar do coma. Roberta e Diego fazem as pazes. Miguel descobre que Vitória está com a encomenda que Lucy enviou.

Avenida BrasilGlobo – 21h

Segunda (08/10) - Até o fecha-mento desta edição, a emissora não divul-gou o resumo do capítulo.

Terça (09/10) - Até o fechamento desta edição, a emissora não divulgou o resumo do capítulo.

Quarta (10/10) - Até o fechamento desta edição, a emissora não divulgou o resumo do capítulo.

Quinta (11/10) - Até o fechamento desta edição, a emissora não divulgou o resumo do capítulo.

Sexta (12/10) - Até o fechamento desta edição, a emissora não divulgou o resumo do capítulo.

Sábado (13/10) - Até o fechamento desta edição, a emissora não divulgou o resumo do capítulo.

CarrosselSBT – 18h30

Segunda (08/10) - Cirilo se apresenta para impressionar Maria Joaquina, mas dança sem jeito. O menino revela que foi Paulo quem deu a sugestão. Paulo diz na frente de todos que Cirilo faz tudo o que ele manda. Helena liga para os pais dele. Olívia diz que ela vai resolver este problema e manda a professora de volta para a sala. Ela liga para o pai do aluno e conta o que ele fez. Paulo e Cirilo discutem em sala. Depois de um sonho com Maria Joaquina, Cirilo revela a Jaime que não vai poder dançar na festa anual da escola.

Terça (09/10) - O mendigo Bituca aparece na Escola Mundial e pede para conversar com Helena sobre Cirilo. Ele revela para a professora que o menino está triste, pois não foi sorte-ado para dançar com Maria Joaquina. A aluna diz a Cirilo que poderia dançar com qualquer pessoa, menos ele. Antes de sair de casa, ele reza para conseguir dançar com a amada. O vestido de Laura rasga e Helena tenta consertar. A professora pergunta de Paulo a Roberto, que diz que o filho não vai participar da festa.

Quarta (10/10) - Roberto diz que Paulo está de castigo e, por isso, não vai participar da festa. Maria Joaquina diz a helena que ela tem de dançar, pois o vestido custou muito caro. Cirilo se oferece para ser o par dela, mas a menina não aceita. Helena diz que se ela quiser dançar, terá de ser com ele. Helena e os alunos se prepa-ram para subir ao palco. Maria Joaquina fica sozinha na sala. Suzana diz a Olívia que Helena não tem experiência com eventos. No meio da apresentação, Cirilo puxa Maria Joaquina e os dois começam a dançar juntos. A turma é ovacionada pelo público.

Quinta (11/10) - Até o fecha-mento desta edição, a emissora não divulgou o resumo do capítulo.

Sexta (12/10) - Até o fecha-mento desta edição, a emissora não divulgou o resumo do capítulo.

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Domingo 07/10

As Crônicas de Nárnia - Príncipe Caspian(Globo, 12h30)The Chronicles Of Narnia: Prince Caspian,

de Andrew Adamson. Com Ben Barnes, Georgie Henley e Skandar Keynes. EUA e Polonesa, 2008, cor, 150 min. A emissora não divulgou a classifi-cação etária.

Aventura – Um ano após a primeira aventura, os irmãos Lucy, Edmund, Susan e Peter retornam ao mundo de Nárnia. Lá se passaram 1300 anos desde a última visita. Durante a ausência dos irmãos, o lugar foi conquistado pelo rei Miraz, que governa sem misericórdia e que precisa ser afastado. Assim, eles reúnem os narnianos para mais uma batalha.

Até O Limite da Honra(Globo, 22h50)G.I. Jane, de Ridley Scott. Com Demi Moore,

Viggo Mortensen e Anne Bancroft. EUA, 1997, cor, 125 min. A emissora não divulgou a classificação etária.

Aventura – Após a pressão de uma senadora com ideias aparentemente feministas, uma oficial torna-se a única mulher em um grupo de elite da Marinha Americana e no treinamento terá de provar que pode suportar semanas de tortura física e emocional.

Irmãos de Sangue(Globo, 1h05)Leaves Of Grass, de Tim Blake Nelson. Com

Edward Norton, Keri Russell, Tim Blake Nelson. EUA, 2009, cor, 105 min. A emissora não divulgou a classificação etária.

Comédia – Professor de filosofia tem um irmão gêmeo que é produtor de maconha. Quando o irmão criminoso se envolve no assassinato de um traficante, acaba colocando o intelectual na jogada e complicando sua vida.

Segunda, 08/10

A Família do Futuro(Globo, 15h55)Meet The Robinsons, de Stephen J Anderson.

Elenco não informado. EUA, 2007, cor, 95 min. A emissora não divulgou a classificação etária.

Aventura – Lewis é um jovem responsável por invenções brilhantes e surpreendentes. Seu mais recente trabalho é o “scanner” de memória, uma máquina que o ajudará a encontrar sua mãe bioló-gica, o que permitirá que enfim tenha uma famí-lia. Porém, antes mesmo de utilizá-la, a máquina é roubada. Lewis recebe a visita do jovem miste-rioso Wilbur Robinson, que o leva a uma viagem no tempo. Já no futuro, Lewis conhece a família Robinson, que o ajudará.

Bolt – Super Cão(Globo, 22h20)Bolt, de Chris Williams / Byron Howard. Elenco

não informado. EUA, 2008, cor, 96 min. A emis-sora não divulgou a classificação etária.

Aventura – Bolt é um cachorro que é estrela de uma série de tevê e possui superpoderes. Sua companheira é a menininha Penny, com quem vive diversas aventuras. Só que Bolt não sabe que o mundo que o cerca é falso. Acredita que real-mente possui dons especiais. Quando, nas grava-ções de um dos episódios, Penny é sequestrada pelo vilão da série, Bolt vai atrás dela e descobre muito mais do que esperava.

Cidade Baixa(Globo, 2h15)Cidade Baixa, de Sérgio Machado. Com Lázaro

Ramos, Wagner Moura, Alice Braga. Brasil, 2005, cor, 98 min. A emissora não divulgou a classifica-ção etária.

Drama – Em Salvador, Déco e Naldinho ganham a vida fazendo fretes na zona portuária, até que conhecem a “stripper” Karina. Os dois se apaixonam por ela e vivem um triângulo amoroso marcado pelo ciúme. Os três se separam, mas não conseguem viver sozinhos.

Terça, 09/10

Xuxa em O Mistério de Feiurinha(Globo, 16h10)Xuxa em O Mistério de Feiurinha, de Tizuka

Yamasaki. Com Xuxa, Sasha Meneghel, Luciano Szafir. Brasil, 2009, cor, 91 min. A emissora não divulgou a classificação etária.

Infantil – Cinderela, Rapunzel, Branca de Neve, Chapeuzinho Vermelho e Bela estão pres-tes a completar bodas de prata com seus respec-tivos esposos. Porém, elas correm o risco de desaparecer, já que a princesa Feiurinha sumiu misteriosamente e ninguém mais se lembra de sua história. Para salvar o reino em que vivem, elas resolvem embarcar em uma jornada para encontrar Feiurinha.

Fúria de Titãs(SBT, 22h45) Clash of The Titans, de Louis Leterrier. Com

Sam Worthington, Ralph Fiennes e Liam Neeson. EUA, 2010, cor, 106 min. Classificação Etária: 14 anos.

Aventura – Perseu, um Deus criado como homem, perde toda sua família depois do ataque de Hades, um vingativo Deus da terra dos mortos. Para evitar a destruição da cidade de Argos e salvar a vida da princesa Andrômeda, Perseu parte em uma perigosa missão nas profunde-zas dos mundos proibidos para tentar derrotar Hades, antes que este consiga roubar o poder de Zeus e instalar o inferno na Terra.

Quarta, 10/10

A Fuga das Galinhas(Globo, 15h55 h) Chiken Run, de Peter Lord/Nick Park. Elenco

não informado. EUA, 2000, cor, 84 min. A emis-sora não divulgou a classificação etária.

Animação – Na década de 50, a galinha Ginger busca incessantemente um meio de escapar do fim trágico que seus donos reservaram para ela e seus semelhantes. Após várias tentativas frustra-das, surge na granja o galo Rocky, com uma ambi-ciosa promessa: ensinar as galinhas como voar.

Sexta, 12/10

Happy Feet: O Pinguim(SBT, 14h15)Happy Feet, de George Miller. Elenco não

informado. EUA, 2006, cor 108 min. Classificação Etária: Livre.

Animação – No mundo dos pinguins, cantar faz toda a diferença na hora do acasalamento. Mano é um pinguim que não tem esse dom e, por isso, sofre críticas. Infeliz com a sua situação, mas apaixonado por Gloria e pela dança, ele sai mundo afora em uma jornada onde conhece outra espé-cie de pinguins bem humorados e festeiros que o acolhem e valorizam seu sapateado maneiro.

Uma Noite no Museu(Globo, 15h40) Night At The Museum, de Shawn Levy. Com

Ben Stiller, Robin Williams e Dick Van Dyke. EUA, 2006, cor, 108 min. A emissora não divulgou a classificação etária.

Comédia – Pai divorciado decepciona o filho quando aceita o emprego de vigia noturno em um museu. O que ninguém suspeita é que um antigo artefato dá vida às peças do lugar, que incluem um dinossauro gigantesco e estátuas de vários personagens históricos. O pior é que alguém planeja roubar o objeto mágico justo na noite em que o pai leva o filho para visitar.

O Filho do Máscara (SBT, 16h15) Son of the Mask, de Lawrence Guterman.

Com Jamie Kennedy, Alan Cumming e Traylor Howarda. EUA, cor, 94 min. Classificação Etária: Livre.

Comédia – O cartunista Tim Avery está muito surpreso, pois será pai de um garotinho que tem os mesmos poderes da máscara de Loki: um objeto mítico que dá a quem usa os poderes de se transformar no que quiser. O problema é que o próprio Loki está à procura de sua máscara e, consequentemente, da família de Avery.

FilmesdaSemana

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Sala Vip

Em Foco

Baixa tensãoDepois de papel dramático em “Insen-sato Coração”, Glória Pires comemora personagem mais leve em “Guerra dos Sexos”

LUANA BORGESPOPTEVÊ

A carreira bem-sucedida de atriz que Gloria Pires cons-truiu na tevê é inquestio-

nável. Desde que estreou, aos cinco anos, em “A Pequena

Órfã”, exibida pela TV Excelsior em 1968,

vem acumulando papéis de desta-

que. Entre eles, a Marisa Matos d e “ D a n c i n ’ Days”, a Zuca de “Cabocla”, a Nice de “Anjo M a u ” e a s

gêmeas Ruth e Raquel de

“ Mu l h e -r e s d e

Areia”, entre outros. Na maior parte, são personagens mais densas ou dramáticas, como a Norma de “Insensato Coração”, que Gloria interpretou relativamente há pouco tempo, em 2011. Talvez por isso ela esteja tão empolgada por voltar ao ar em uma novela de comédia como “Guerra dos Sexos”, na pele de Roberta. “Tem um sabor diferente do que normalmente tem quando faço televisão. É mais leve, descon-traído. Com tantos anos de carreira e eu ainda estou fazendo uma coisa nova. É muito bom”, constata.

Justamente por ser um papel bem diferente e mais leve que a intensa Norma, Gloria precisou adaptar seu visual. A equipe de caracterização da novela escolheu um corte moderno e repicado, com algumas mechas em um tom acobreado. “A ideia era que surpre-endesse e que pudesse estar dentro de comédia. Principalmente depois da última novela em que fiquei 60 capítulos com aquela carinha judiada”, explica, referindo-se ao trabalho em “Insensato Cora-ção”. Na trama de Silvio de Abreu, Gloria interpreta uma mulher forte e trabalhadora que, depois da morte do marido, Vitório, de Carlos Alberto Riccelli, se vê obrigada a tocar os negócios da família sozi-nha. “O interessante é que tem torta na cara e, ao mesmo tempo, a morte do marido, então vai de um extremo ao outro. Mesmo nos momentos dramáticos, é um drama diferente, é em uma outra região, diferente do que eu estou habituada a fazer. É um exercício maravilhoso”, ressalta ela, que repete a parceria com Riccelli, com quem contracenou em “Vale Tudo”. “Foi muito rápido. Fizemos talvez dez cenas juntos,

mas foi muito bacana”, celebra.Como a proposta da novela

é não ser um repetição da versão original, Gloria, que não havia acompanhado “Guerra dos Sexos” em 1983, também não foi assistir a nenhuma cena para buscar referên-cias. Preferiu se concentrar no texto de Silvio de Abreu e na direção de Jorge Fernando. “Os personagens têm os mesmos nomes, mas coisas diferentes podem acontecer, não há um compromisso de repetir aquilo. Como a gente não sabe que cami-nhos serão tomados, tem uma coisa fresca, nova, que é ótima”, analisa ela, que ficou quase um mês em São Paulo para as primeiras gravações. O ritmo de trabalho, aliás, tem sido intenso desde então. Tudo porque o objetivo do diretor era estrear a trama com 24 capítulos fechados. Mas, mesmo com a pressão da meta estipulada, o clima nos bastidores é de descontração. “É um ambiente muito agradável, onde as pessoas se respeitam, têm prazer em estar juntas, riem. O Jorge Fernando mesmo faz palhaçada, brinca. Isso dá um outro tempero”, destaca.

O convite para viver a Roberta foi fe i to por Jorge Fer nando quando Gloria ainda estava termi-nando “Insensato Coração”. Ela até pensava em tirar férias. Mas, para a atriz, a oportunidade era irresistí-vel. Principalmente por se tratar de um folhetim que foi um sucesso nos anos 80 e por ser uma personagem interpretada anteriormente por Gloria Menezes. “O pacote foi irre-cusável. Também é a primeira vez que trabalho com Jorginho como diretor. Trabalhei com ele como ator, fazendo a novela ‘Água Viva’. Com Silvio de Abreu, só tinha feito ‘Belíssima’”, enumera. “As pessoas falam: ‘Mas você não para de traba-lhar’. São convites que eu não posso falar: ‘Não estou afim, vou tirar férias’. Não dá”, completa.

Luiza Dantas/CZN

Page 58: OJORNAL 07/10/2012

20 O JOrnal l Maceió, 7 de outubro de 2012 l DOmingOwww.mais.al l [email protected]

SalaVIP + TV

Box GiroRecapitulando3, 2, 1... Recapitulando. O fim de semana passou voando de tão movimentado que estava. Se você não conseguiu ver o que rolou por aqui, Box Giro conta agora. Para começar, a noite de sexta-feira foi de boa música, graças à festança ‘MPB Convidados’do Boteco Praia, tendo direito a participação pra lá de especial de Diogo Lima.

* Agitado também estava o Coconut com os tantas atrações exibidos por lá nos últimos dias. Ainda falando em badalação, os sábados de samba do Orákulo estão dando o que falar entre a ala vip da cidade. Lotação luxo!

* Quem também está com a agenda cheia é Henrique Novaes, que tem dois – bons – desafios pela frente. Aqui no Kanoa Beach, ele lançou a folia vipérrima “NE Day Party”, que só em novembro o festerê terá sua estreia, onde irá lotar de gente bela e vip os salões do Hotel Hitz Lagoa da Anta. Além disso, a promoção “Beleza é vida, promovida por este colunista já saiu o resultado das ganhadoras, e, claro, ficamos felizes com o sucesso desta promoção de celebração de um ano de vida da coluna Inside. Vem mais cosia bacana por aí.

Bjo-me-liga! @Marcos Leão

Erika Amorim

Nilson Kitara e Allyne Dayse

Priscila Marques e Moema Pereira

Mariana,Betânia Rocha e Vânia Moraes

Paulo Victor e Gabriela Henry

Maite Uhlmann e Cacau de Paula