12
Jornal de OLEIROS www.jornaldeoleiros.com · Ano 2, Nº16, Maio/Junho de 2011 Preço: 0,01€ (inclui IVA) Edição Bimestral INFLUENTE NA REGIÃO DO PINHAL INTERIOR SUL, BEIRA INTERIOR SUL E COVA DA BEIRA Director Paulino B. Fernandes PÁGINA 2 PÁGINA 8 PÁGINA 5 PÁGINA 11 PÁGINA 12 PÁGINA 9 CONSTRUÇÃO CIVIL - Alvará 22 434 Terrenos, apartamentos e moradias Telefone 272682454 - Fax 272682235 Telemóveis: 966092649 e 964785156 email: [email protected] LEGISLATIVAS A 5 DE JUNHO CABEÇAS DE LISTA NO DISTRITO DE CASTELO BRANCO Editorial Restaurante "Olhar o Zêzere" inaugurado pelos Presidentes da Câmara de Oleiros e Presidente da Junta de Álvaro José Socrates PS PSD CDS CDU BE Costa Neves Maria Celeste Capelo Vitor Reis Silva Fernando Luis Proença PÁGINA 10 Festival Gastronómico atraiu centenas a Oleiros Das rochas nasceu a história das florestas "A.R.C.Oleiros" Finalista da Taça de Honra O “Book” Fantástico Freguesia de Amieira renasce para uma melhor qualidade de vida

OLEIROS Ano 2, Nº16, Maio/Junho de ... · 2 Jornal de OLEiROS 2011 MaiO/JUnHO Uma nova edição do Jornal de Oleiros está já nas mãos dos nossos leitores e Amigos, pro-curando

Embed Size (px)

Citation preview

Jornal deOLEIROSwww.jornaldeoleiros.com · Ano 2, Nº16, Maio/Junho de 2011 • Preço: 0,01€ (inclui IVA) • Edição Bimestral

InfLuEntE na REgIãO dO PInhaL IntERIOR SuL, BEIRa IntERIOR SuL E COva da BEIRa

DirectorPaulino B. Fernandes

Página 2

Página 8

Página 5

Página 11

Página 12

Página 9

CONSTRUÇÃO CIVIL - Alvará 22 434Terrenos, apartamentos e moradias

Telefone 272682454 - Fax 272682235Telemóveis: 966092649 e 964785156

email: [email protected]

LEgISLatIvaS a 5 dE JunhOCaBEÇaS dE LISta nO dIStRItO

dE CaStELO BRanCOEditorial

Restaurante "Olhar o Zêzere" inaugurado pelos Presidentes da

Câmara de Oleiros e Presidente da Junta de Álvaro

José SocratesPS PSD CDS CDU BE

Costa Neves Maria Celeste Capelo

Vitor Reis Silva Fernando Luis Proença

Página 10

Festival Gastronómico atraiu centenas a Oleiros

Das rochas nasceu a história das florestas

"A.R.C.Oleiros" Finalista da Taça de Honra

O “Book” Fantástico

Freguesia de Amieira renasce para uma melhor qualidade de vida

2 Jornal de OLEiROS 2011 MaiO/JUnHO

Uma nova edição do Jornal de Oleiros está já nas mãos dos nossos leitores e Amigos, pro-curando como sempre, defen-der e divulgar a região.

Esta edição é bem a prova deste objectivo que vamos conseguindo dia-a-dia, me-lhorada ainda na imagem por uma nova equipa de pagina-ção profissional verdadeira-mente e consciente das suas responsabilidades no produ-to final a apresentar.

É uma edição especial que revela também um conjunto de Oleirenses que decidiram juntar-se ao Jornal e, em conjunto aju-dar a que este se perpetue.

A estes nomes hoje revela-dos, em breve outros se junta-rão estamos seguros.

Estamos a fazer esta edição no momento em que a “Troi-ka” do FMI, BCE e EU se pre-param para anunciar as duras medidas que vão ser imple-mentadas em Portugal visan-do a salvaguarda do país e a “bancarrota” que é uma rea-lidade, poder ser contornada com pesados sacrifícios de to-dos (de todos, espera-se).

Não é pois um bom mo-mento para Portugal.

Mas é também um momen-

to de ter esperança. Esperança em novas políti-

cas, novas práticas.A ambição de salvar Por-

tugal terá de ser acompanha-da por medidas que visem o justo equilíbrio e superação de necessidades, sendo cha-mados (esperamos…) os mais favorecidos a contribuir na medida das suas capacidades para com os mais desfavore-cidos.

O actual Governo deixou Portugal chegar ao precipício e, mesmo, permitir o início da que-da no mesmo.

Não foi clarividente.Os Portugueses não foram

informados correcta e atempa-damente, por isso não merecem confiança.

Esperamos que em 5 de Junho, dia das Eleições Le-gislativas em Portugal, os Por-tugueses estejam conscientes da necessidade de mudança e permitam uma oportunidade a quem pode ainda ajudar a resolver o problema.

Estejamos preparados para a dura realidade, mas desper-tos para as soluções que exis-tem e devem ser aplicadas. n

Director

RURALIDADES

aSSInatuRaSO Jornal de Oleiros, como todos os portugueses, procura ajustar-

se à realidade para sobreviver.“Um passo atrás” para dar “dois à frente”, um dia...Alteramos este ano a nossa periodicidade nas edições em papel,

passando a sair em meses alternados.Ao mesmo tempo apostamos ainda mais no Online, hoje forte-

mente lido na região e em todo o mundo, caminhando para se tornar num jornal de referência. Os dados regulares que o Google nos for-nece, são elucidativos do sucesso que construímos.

Esta decisão tem implicação no custo das assinaturas futuras e nas actuais.

Assim, os nossos Leitores que já pagaram a renovação de 2011, verão o período alargar-se, compensando as edições que não faremos.

Os novos preços são: Portugal Continental e Ilhas 10€, Europa 20€ e resto do mundo 30€.

Agradecemos a Vossa compreensão e agradecemos que nas renova-ções ainda não efectuadas, tenham o novo preço em atenção.

Indo ainda ao encontro dos nossos leitores na região, conhece-dores das dificuldades, deixamos de exigir qualquer pagamento pelo jornal, passando a ser oferecido nas bancas habituais e postos públicos onde o jornal é consultado.n

Direcção

O Seu Jornal de Oleiros à distância de um CLICClic em: www.jornaldeoleiros.comAcompanhe-nos diáriamente e promova junto de AmigosEscreva-nos também para:

[email protected]

No Centro de Ecologia Aplicada Professor Baeta Neves, situado no Instituto Superior de Agronomia de Lisboa, encontra-se exposto, com grande destaque, um artigo de re-levante interesse que chama logo a atenção de quem entra no Centro. Da autoria do próprio Professor Baeta Neves, com o título “A propósito da Mata de Álvaro”, nele se faz menção ao coberto vegetal herbáceo situado das imediações da conhecida Fonte da Mata, em alusão à importância que a Mata d´Álvaro sempre teve.

O artigo foi escrito para o jornal “A Comarca de Arganil”, no ano de 1983 e fala da riqueza florestal do centro do país, em especial entre Pampi-lhosa da Serra e Oleiros. Nele é evi-denciado o interesse excepcional que tinha a Mata de Álvaro, nomeada-

mente como amostra caracterizadora de vegetação espontânea.

Lia-se no artigo que “possui esta região do Centro, nesta zona mon-tanhosa dominada pelas zonas que ficam aquém e além do Zêzere, três núcleos de vegetação florestal de na-tureza climácica com um interesse excepcional: as Matas da Margaça, do Sobral e de Álvaro”

Segundo o que o investigador de-fendia na altura: “a divulgação da Liga para a Protecção da Natureza de quanto ainda existe em Portugal de vegetação espontânea, de fauna e de formações de natureza geológica que importa defender de maior de-gradação, foi demasiado modesta. Daí o desconhecimento generalizado da existência e do valor excepcional da Mata de Álvaro (…)”.

Nunca é demais reflectirmos e ter-mos em atenção a variabilidade exis-tente num território que muitos já consideraram de excepção pelo seu valor científico e pelo interesse da Silvicultura em poder dispor dessa fonte para recolher algumas infor-mações de natureza fitogeográfica e fitossociológica.

Hoje em dia, no local onde se in-seria a Mata de Álvaro, tal e qual o Professor Baeta Neves a conheceu, situa-se um parque eólico com 18 aerogeradores. São estes os ventos de mudança, mas nunca devemos es-quecer todo um património biofísico que há muito nos honra. n

Inês MartinsEngenheira Agrónoma

a propósito da Mata de Álvaro…

"Várias pessoas me solicitaram que colaborasse com o Jornal de Oleiros. Agradeço a consideração, que é coi-sa que não abunda nos tempos que correm.

O meu propósito é partilhar opi-niões. Darei as minhas, usando a liberdade e a correcção, outras duas coisas tão boas e que, por vezes, tão mal usamos".

Gostaria que não se misturassem cores nestas linhas. Apenas o branco e o preto. O branco das ideias claras e limpas e o preto das letras com que as transmito.

Em Oleiros funciona uma excelente pirotecnia. Não é por acaso. Alguém a iniciou e a desenvolveu e outros a têm tornado cada vez melhor.

No concelho de Oleiros há duas ou três unidades industriais interessan-tes, ligadas à transformação de ma-deiras. Também não é por acaso. Al-guém as criou e as mantém activas.

Há ainda uma fábrica alemã, que emprega bastantes operárias. Não foi com certeza por acaso que aqui se instalou e se mantém há muitos anos. Alguém lutou para a captar e para a expandir.

Temos em Oleiros um parque desportivo invejável. Num raio de poucas centenas de metros, estão o estádio relvado, o pavilhão gimno-desportivo, as piscinas, o ginásio, um circuito de manutenção, um campo de ténis e um polidesportivo. Não é por acaso. Alguém idealizou, deci-diu, projectou e construiu tudo isto.

Nas últimas duas décadas, perde-mos centenas de alunos e fecharam mais de trinta escolas no concelho de Oleiros. Em nove das doze fregue-sias, já não funciona qualquer escola. Foi por acaso?

Nos anos mais recentes, quantos casais novos aqui se instalaram? E quantos estão a pensar fazê-lo? Será por acaso?

Quantos funerais se realizaram durante o ano de 2010 no nosso con-celho? E quantos bebés nasceram? É por acaso?

Tudo o que temos de bom e de mau, tudo o que é bem ou mal feito, tudo o que acontece, ou quase tudo, não é por acaso. É sim, na minha opi-nião, pelo mérito ou demérito das pessoas.

Não quero culpar ninguém pelos aspectos negativos. Neste campo, de apontar para os outros, somos todos muito bons. Culpado sou eu e acho que somos todos nós.

Não quero é ser culpado por não dizer o que penso. Já que me dão este espaço, aproveito para partilhar al-gumas das minhas preocupações.

Falar das coisas, ouvir os outros, analisar e perceber, assumir que nem tudo está bem, devem ser as primei-ras atitudes de quem tem vontade de mudar.

Há uns meses atrás, o senhor Presi-dente da República mostrou, e bem, preocupação pela baixa natalidade em Portugal. É reconhecida a atrac-ção pela cidade e, no caso português,

pelo litoral. É sabido que o interior está a desertificar-se a olhos vistos. Tudo isto é verdade. Mas também é verdade que o concelho de Oleiros, não sendo o pior de todos, tem per-dido imensa população para Castelo Branco, para o litoral e para o estran-geiro.

Se esta tendência se mantiver, como será daqui a dez ou vinte anos?

Quantos alunos terão as nossas es-colas?

Quantas novas famílias aqui se te-rão instalado?

Que serviços estarão a funcionar?Quantas novas empresas haverá?E quantos novos postos de traba-

lho?Continuaremos a ver partir os no-

vos e a lamentar esta "sina"?Estou a ser pessimista?Oxalá!Se o caro leitor chegou ao fim deste

escrito, já valeu a pena.Se o tiver levado a reflectir sobre

coisas sérias da nossa terra, ainda melhor.

Fernando DiasProfessor

O branco e o pretoEDITORIAL

Jornal de OLEiROS 32011 MaiO/JUnHO

EnTREvISTA

Foi com a maior das disponibilidades que este nosso amigo aceitou falar da sua vida enquanto artista e homem. A sua simplicidade, alegria e capacidade de “dar baile” às pessoas mereceu da nossa parte a escolha para ser o entrevistado. Um artista a merecer este lugar de destaque.

Com que idade começaste a tocar?Miguel Agostinho (MA) - O meu

pai comprou-me um acordeão quan-do eu tinha 4 ou 5 anos. Foi por essa altura que comecei a tocar as primei-ras notas.

Teu pai foi decisivo na influência? Foi ele que te ensinou?

(MA) - Foi decisivo na influência sim, mas nunca me quis ensinar mui-ta coisa. Como ele próprio aprendeu a tocar de ouvido e sem a orientação de nenhum mestre, não queria transmi-tir-me nenhum dos seus “vícios” na maneira de tocar. Também influentes foram o meu tio José Marques (actual acordeonista do Ranho folclórico de Oleiros) e o meu falecido avô Antó-nio Agostinho.

Lembras-te quando foi o teu pri-meiro espectáculo “a sério”?

(MA) - Foi um casamento em Olei-ros, no salão dos Bombeiros Voluntá-rios.

Muita gente considera-te o “Quim Barreiros” desta região alargada, sentes que o teu estilo está próxi-mo?

(MA) - Sim. O Quim Barreiros, como amigo pessoal e da família, teve desde sempre uma enorme in-fluência em mim e na minha maneira de actuar. Dá-me imensos conselhos nesse sentido.

Tens consciência que, quando ac-tuas, está em palco uma simbiose de forte simpatia natural tua, com uma execução de boa música popular….

(MA) - Para ser sincero não penso muito nisso. Acima de tudo tento ser o mais natural e profissional possível. Quem me conhece fora dos palcos sabe que sou mesmo assim.

Já actuaste em todos os concelhos nossos vizinhos, em que outros lo-cais o fizeste?

(MA) - 95% das minhas festas são a menos de 01h30 de casa. Passo por diversos palcos de Norte a Sul e só não vou com mais frequência porque tenho sempre bastantes convites na nossa região e dou sempre prioridade

à nossa gente porque foram eles que, no início, me deram a mão. Recebo também com regularidade convites para actuar do estrangeiro, alguns do próprio Quim Barreiros, mas não posso ir pela mesma razão.

Tens uma média de quantos es-pectáculos anuais?

(MA) - Não sei ao certo, no ano inteiro costumo parar 4 ou 5 fins-de-semana.

Já compuseste marchas para as Mougueiras, para a Cardosa e para a Casa do Benfica de Oleiros, esta com letra do prof. Fernando Dias. Mas os teus espectáculos são músicas de sucesso nacional ou tradicionais de Norte a sul do país. A criação de música própria não te atrai ou este modelo resulta sempre mais?

(MA) - Tenho as minhas composi-ções, mas as músicas mais conheci-das resultam sempre melhor!

Em termos de gravação já tens CDs e DVDs. Tens novidades pro-ximamente?

(MA) - Tenho um trabalho na calha há já algum tempo, talvez o lança-mento esteja para breve!

Já faltou a luz quando actuavas em palcos. Que outra coisa en-graçada ou anómala já aconteceu contigo?

(MA) - A situação mais caricata que já me aconteceu foi no Estreito quando o camião do conjunto, ao fazer uma manobra, quase derru-bou o palco onde eu estava em ple-na actuação!!!

Que tipo de música gostas mais de ouvir no youtube, CD ou DVD?

(MA) - Gosto de tudo o que seja tocado com dignidade mas os esti-los musicais que mais aprecio são o electrónico, o latino, o rock, o tra-dicional e o pop.

Miguel… e artistas?(MA) - Os que mais admiro são,

sem dúvida, o Jean-Michel Jarre, o Julio Iglesias e o Sting e… claro,

tenho um carinho especial pelo Quim Barreiros!

Tens página no Facebook e comunicas com muitos amigos de grupos de amigos. Algumas, curiosamente, quando anuncias-te com “muita graça” que o teu vinho se tinha estragado. Nessa altura houve mesmo quem se dis-ponibilizasse para te dar metade do vinho que o pai tinha tido. Sentes-te feliz com toda esta ju-ventude dos 15 aos 90 anos a gos-tarem de ti e das tuas actuações?

(MA) - É um enorme orgulho para mim ter um leque tão vasto de seguidores e amigos. É muito bom ver pessoas que valorizam a dedica-ção que tenho ao meu trabalho e que gostam da minha maneira de ser. n

Luís Mateus

Miguel agostinho, o artista, o homem

Miguel, pai e avô (falecido) - uma família de “tocadores”

Foto do artista da Cardosa (Oleiros) quando era ainda muito jovem mas cedo singrou pelo mundo artístico e, hoje, é o que todos conhecemos.

Data do nascimento? 8 de Outubro de 1977Casado? SimFilhos? Uma filha.Avós vivos? Avós maternos.Onde vives? Castelo BrancoÉs religioso? Sim.Foste bom aluno? Nunca gostei de es-tudar!Habilitações literárias? 12º ano e Con-servatório.Qual é o teu sonho? Ser feliz e fazer os outros felizesClube? SL BenficaMelhor doce? Mousse de caféCafé ou descafeinado? CaféMelhor bebida? Vinho tintoNesta zona com pratos regionais carac-terísticos: cabrito, cabrito estonado ou maranho?

Maranho.Há extraterrestres? Há, costumam apa-recer por alturas do vinho novo!!Como passar um bom momento? Com quem nos sentimos bem És caçador? NãoOs problemas mundiais que atravessa-mos tocam-te interiormente?Sigo sempre com atenção tudo o que se vai passado no mundo mas de to-dos os problemas o que mais me afli-ge é sem qualquer dúvida a pobreza.Queres aproveitar este momento para deixares uma mensagem para todos os leitores, fãs e amigos?Sim, quero. Agradeço a todos a simpatia e o apoio que me têm dado. Afinal, é por vocês que faço o que faço e é por vossa causa que continuo nesta vida. Obriga-do a todos e até breve!

Um artista que toca maravilhosamente, mas confessa não ser artista a dançar.Aceitou responder a uma série de perguntas, para respostas curtas e que são as seguintes:

Continuando numa senda de ligação à sociedade de Olei-ros, o Fundador e Director do Jornal de Oleiros decidiu abrir o Título aos Amigos e, nes-te momento, manifestaram a intenção de aderir e adquirir partes do mesmo, os seguin-tes Amigos que confirmarão em definitivo até dia 6 de Maio(alguns já confirmaram):

Paulino B. Fernandes, José António Martins Garcia Silva, António Lopes Graça, Antó-nio da Silva Martins Fernan-des, Vitor Antunes, Augusto de Matos, J. Silvério Mateus, Fernanda Esteves C. Ramos, Vânia Ramos, Soraia Tomaz, Ana Neves Martins, Manuela Marques, Isabel Maria de Oli-veira Gonçalves, Maria Alda Barata Salgueiro, Francisco Mateus, Luis Mateus, Miguel Marques, Maria da Concei-ção Rocha, António Mendes, Gracindo Veríssimo, Joaquim Félix, Manuel da Cunha, Ana-bela Rodrigues, Ana Maria, Fernando Carvalho. É prová-vel que esta relação venha a ser ampliada.

Estão assim a construir-se novas bases para uma maior afirmação e preponderância na região onde nos inserimos, de-fendemos e promovemos. n

Director

JORnaL dE OLEIROS afIRMa POSIÇãO JuntO dOS OLEIREnSES

Apoie os BomBeiros de oleiros

Faça-se sócio

4 Jornal de OLEiROS 2011 MaiO/JUnHO

Cheguei, como sempre, atrasada à Escola Superior de Educação de Coimbra, no primeiro dia de praxe e o cenário foi: centenas de caloiros sentados nas escadas da porta da Es-cola curiosos com o decorrer do dia.

Envergonhada e com um nervoso miudinho pelo tão esperado dia de praxe entrei a sorrir e de “quatro” (posição preferida dos caloiros).

Na verdade, a Recepção ao Caloiro, para mim, passou a correr. Foi uma semana inesquecível e que quando recordo sinto umas saudades indes-critíveis. Desde entrar nos Claustros e ouvir os doutores “MÃOS NOS ORGULHOS E SAI UM GLÓRIA À ESEC”. Todos cantávamos, todos pu-lávamos, todos riamos, todos fomos e somos felizes! Criámos músicas para os cursos, nomeadamente, a do meu primeiro curso, “Mas qual será? Mas qual será? O melhor curso da ESEC? É C.O, C.O É C.O, C.O”, dançámos, fomos leiloados, andámos com ore-lhas de “burros” e pintados, tivemos praxes todos os dias, às quais não fui de manhã, porque à noite havia festas e convívios com os doutores e com os caloiros para nos conhecermos. Não fosse Coimbra ser Coimbra.

É, é mesmo isso! A praxe na ESEC é de integração, não de humilhação. E é por isto que me orgulho tanto de ser caloira e sei que este vai ser o me-lhor ano da minha vida.

Tenho saudades de quando estáva-mos todos a ser praxados pela Real Tertúlia Bubones (Comissão de Pra-xe) e gritávamos, por exemplo, “Bom dia, excelentíssimo Mocho Real”. Das conversas do Mocho Real com os caloiros. Do carinho. Da missa do Caloiro. Do medo inicial. De ouvir a K&Batuna cantar só para nós a “Ba-lada da Saudade” e no final fazer o grito académico. De me arrepiar com a música. De sentir a água do Mon-dego no cortejo da latada. Tantos momentos. De escolher o meu padri-nho e a minha madrinha de baptis-mo e conhecer o resto da família de praxe. Deles me mandarem rebolar nas escadas da Escola, de estarem a molhar-me com mangueiras, a salta-rem nas poças de água e eu a rir-me às gargalhadas e a explodir de ale-gria. Tenho os melhores padrinhos do Mundo, confesso! Parece que foi ontem que aqui cheguei.

Desde que vim para Coimbra e en-trei na ESEC que mudei muito a mi-

nha maneira de ver as coisas. De ler a vida. De ler o que acontece. De ler o que passou e o que vai passar. Fiquei com uma visão diferente de muitos assuntos. Antes, dava importância a aparências. As posturas. Mesmo com alguma consciência nunca tive tan-ta como a que tenho agora de que a diferença é positiva. Que os diversos ideais são construtivos. Que a mu-dança é das coisas mais gratificantes que pode acontecer.

Agradeço, de coração, tudo o que tenho vivido. Não é fácil partilhar este turbilhão de sentimentos que Coimbra suscitou em mim. Contudo, posso dizer que a Vida Académica é a melhor coisa pela qual alguém pode passar. Quando me perguntam “Soraia estás a gostar de Coimbra?”, eu solto, de imediato, um sorriso, os meus olhos brilham e mil palavras me vêm à cabeça. Tive sorte, é um facto. Mas quem puder aproveitar bem o ano de caloiro e a entrada na Faculdade, que o faça. Gerindo tudo, nada é impossível. Dá para sair, criar novos laços, fortalecer laços que fica-ram para trás, ser feliz. E crescer! ■

Soraia TomazEmail: [email protected]

vida académica!

O FAROL

Escrever é, para o autor destas li-nhas, um motivo de prazer. Escrever para o Jornal de Oleiros é um prazer redobrado, na medida em que pos-sa constituir um contributo, embora modesto para alargar conhecimentos e facultar informações e opiniões úteis para a comunidade de leitores do Jornal.

Nos tempos que correm, o país tem sido palco de factos e aconte-cimentos, infelizmente negativos, cujos comentários dariam decerto para encher uma edição do Jornal de Oleiros. Felizmente, o nosso jornal tem um conjunto de colaboradores de bom nível, cujas matérias justifi-cam muito mais o espaço que seria ocupado por essa chuva de comen-tários. Por tal motivo, ficar-nos-emos pelo espaço habitualmente ocupado pelo Farol.

Nos últimos dias chamaram a nos-sa atenção as entrevistas concedidas por duas figuras nacionais a órgãos de comunicação, e, nomeadamente, passagens dessas entrevistas, que constituirão o motor de arranque para a presente crónica.

Política“ Precisávamos de um homem com a

inteligência e honestidade de Salazar” afirmou Otelo Saraiva de Carvalho.

Vindo da personalidade mais em-blemática do movimento dos capi-tães, a frase poderá ser, no mínimo, controversa, como é também o seu autor.

Parece-nos contudo, que Otelo usou estas palavras para lamentar o estado de mediocridade dos ac-

tuais políticos nacionais e não como forma de elogio ao antigo primeiro-ministro.

As causas da mediocridade a que se refere Otelo estão bem retratadas nas palavras do escritor-jornalista italiano Tiziano Terzani, no seu li-vro” Disse-me um adivinho”, que passamos a citar:

“ A política, mais do que qualquer ou-tro sector da sociedade, está entregue a medíocres, graças precisamente à demo-cracia, que hoje se tornou uma aberra-ção da ideia original, nascida na antiga Atenas (Grécia), quando o que estava em causa era votar se se devia declarar guerra a Esparta ou não, e depois ir mesmo combater.

Hoje, para a maioria, democracia significa ir, de quatro em quatro, ou de cinco em cinco anos, pôr uma cruz num papel e eleger alguém que, justamente por ter de agradar a muitos, tem neces-sariamente de ser mediano, medíocre e banal, como o são todas as maiorias. Se alguma vez existisse uma pessoa excepcional, alguém com ideias fora do comum, com um projecto que não fosse apenas o de convencer toda a gente com promessas de felicidade, essa pessoa nunca seria eleita.”

No caso português, e uma vez que os partidos se apoderaram de tudo o que é Estado, a mediocridade alastra a todos as áreas que têm qualquer tipo de ligação com a Administração Pública, com os resultados catastró-ficos que os portugueses estão e vi-rão a sentir nas suas vidas, porque o poder foi tomado por parolos que vivem deslumbrados com as mor-domias desse poder ao qual nunca pensaram aceder.

Reduzir a democracia à tal cru-zinha no papel é perigoso e pode abrir as portas a formas de poder indesejáveis.

Economia“ A falta de qualificação dos empre-

sários portugueses é o maior estrangu-lamento à competitividade nacional” (Alfredo Bruto da Costa)1.

Os empresários, ou melhor, os pa-trões portugueses não reconhecem essa falta de preparação e pensam que a produtividade melhora faci-litando os despedimentos. Fizemos a distinção entre empresários e pa-trões, porque empresários não te-mos muitos, o que temos são patrões que gostariam de ter empresas sem pagar salários.

Empresários são aqueles que têm um projecto e que dinamizam os seus colaboradores para objectivos, proporcionando-lhes as melhores condições para tal, partilhando com eles os êxitos e inexitos desses pro-jectos. Pessoas dessas temos poucas em Portugal, temos um Belmiro de Azevedo, um Alexandre Soares dos Santos ou um Rui Nabeiro, pouco mais , se não me engano.

Quantas vezes as falhas de com-petitividade e a inviabilidade das empresas se deve aos fracos pa-trões que têm?

A facilidade em despedir em nada beneficia a economia, antes pelo con-trário, o desemprego fará reduzir o consumo e aumentar os encargos sociais do Estado, se este se compor-tar como uma pessoa de bem.

Para melhorar a produtividade,

melhor seria que se acabasse com as tolerâncias de ponto, as pontes e parte dos inúmeros feriados que en-xameiam os nossos calendários

Politiquices A campanha eleitoral, que come-

çou no dia em que o cidadão Pinto de Sousa, de nome artístico José Só-crates e senha engenheiro, foi a Bru-xelas entregar às escondidas o chama-do PEC IV.

Daí para cá o espectáculo dado pelos dois maiores partidos tem sido pouco mais que deprimente.

As acusações mútuas, a des-responsabilização pelo estado de enxovalho e descrédito a que Por-tugal foi conduzido por actos de governação irresponsáveis, são o dia-a-dia das aparições nos meios de comunicação.

Faz-se politica ao mais baixo nível, procurando apenas motivos, e tudo serve, para denegrir o adversário. Assim não vamos a lado nenhum.

Entretanto, a equipa que está estudar as condições em que será concedida a esmola de que o país necessita para funcionar, continua a trabalhar, isto enquanto o país pára cerca de uma semana para ir a ba-nhos, simplesmente ridículo.

Os meios de comunicação envolve-ram-se numa espécie de toto-resgate, tentando adivinhar as condições do empréstimo. Lendo as manchetes dos jornais, damos graças a Deus por os jornalistas não fazerem parte da equipa que o vai negociar.

Uma prova da extrema mediocri-dade da classe política foi dada esta

semana pelo ex-deputado Lelo, ao chamar foleiro ao Presidente da Re-pública. Venham lá as mais esfarra-padas desculpas que vierem, trata-se de um acto grosseiro que atesta a falta de educação do Lelo, aliás já autor de outras cenas pouco recomendáveis.

Finalmente uma referência ao Se-nhor Presidente da República.

O Professor Cavaco Silva adoptou a moda de comunicar através do fa-cebook. Senhor Presidente, o Senhor, como Presidente de todos os portu-gueses deve ter em conta que nem to-dos têm acesso ou se interessam por esses meios de comunicação. Prova-velmente, a maioria dos portugueses que lhe confiou o seu voto nem se-quer tem um Magalhães em casa.

A Presidência da Republica é a mais importante instituição do es-tado português, e o que dela emana não deve ser assim “despejado”, pas-se a expressão, numa qualquer rede social, que serve de suporte a todo o tipo de actividades.

Além disso, a adopção desta práti-ca poderá ser erradamente entendida como um esconder da cara.

Senhor Presidente, o senhor é uma pessoa frontal. O que tiver a dizer aos portugueses diga-o cara a cara, atra-vés de meios acessíveis à maioria, o país agradecer-lhe-á.

Até breve. ■

1 Licenciado em Engenharia Civil e Doutorado (Ph.D.) pela Universidade de Bath, Reino Uni-do, ocupou o cargo de Ministro da Coordena-ção Social e dos Assuntos Sociais no V Governo Constitucional ...

Política, Economia, e… politiquices.António Graça

–Cabeleireiro–ManiCure–PediCure––dePilação–unhas de Gel–

Praça da República - Oleiroswww..gloss-cabeleireico.com

Telefone 272 682 50

Jornal de OLEiROS 52011 MaiO/JUnHO

Aquilo que se temia ser necessário, mas que já quase toda a gente tinha por inevitável, finalmente aconteceu.

Eles aí estão!!! Não sendo a primeira vez que o

FMI tem de intervir em Portugal, todos recordamos as consequências que daí advieram. Não se trata pro-priamente de uma desgraça, como proclamam os mais pessimistas, mas também não é, seguramente, uma “pera doce” que possa ou deva fazer parte do nosso quotidiano.

Os despedimentos anunciam-se, os cortes nos salários e pensões são uma certeza e o cinto de todos nós vai seguramente ter de ser apertado por tempo imprevisível.

Quando me refiro a todos nós, é bom que se entenda que me reporto, apenas e só, à enorme maioria da po-pulação. Em tempos difíceis, houve e haverá sempre quem se “previna” e consiga escapar incólume ao aperto do cinto. Sempre, ou quase sempre, os próprios que geraram a crise ou para ela contribuíram e os que dela se vão alimentando.

Em termos de responsabilidade política ninguém pode, neste país e relativamente à situação a que che-gámos, limpar a água do capote ou lavar as mãos como Pilatos.

No que toca ao Governo, por inap-tidão e não só, acabou por conduzir o país a este beco sem saída. Diaria-mente nos impingiram que tudo es-tava sob controlo e que as finanças públicas tinham saúde para dar e vender. Á última da hora, como se tal não bastasse, pretenderam fazer-nos crer que a crise a que chegámos ape-nas adveio da na aprovação do últi-mo PEC na Assembleia da República. Por outras palavras, teriam consegui-do resolver em dia e meio o que em anos provaram não ser capazes.

No que respeita á Presidência da República optou, no auge da crise política, por um silêncio compro-metedor, se não comprometido, justificando não ter tido tempo para intervir. Justificações deste tipo não colhem e muito menos convencem. O país esperava e tinha direito a uma intervenção do Chefe de Esta-

do numa altura tão decisiva quanto aquela, sem que algo tivesse sido dito ou feito que obrigasse a uma séria re-flexão e ponderação.

Por outro lado, esta recente “moda” de o Presidente da Repú-blica comunicar com o país ou a ela se dirigir através do Facebook não é meio nem forma. Quantos, do total da população portuguesa acedem às redes sociais?

Fica-nos, por último, a oposição. Com razão ou sem ela, abraçou rapi-damente e em força a oportunidade de fazer cair o Governo. Parece-me, no entanto, que aquilo que deveria funcionar apenas como um meio, constituiu um fim em si mesmo.

O derrube de um governo, en-quanto meio, implica, no âmbito de uma política séria e responsável, ter alternativas certas, sólidas e seguras que permitam não apenas a sua subs-tituição mas, sobretudo, uma mu-dança de rumo político que garanta a prossecução do interesse nacional. No actual contexto, nos moldes em que tudo se desenrolou e continua a

desenvolver-se, não me parece que tal finalidade tenha sido acautelada.

Apenas por ingenuidade pode acreditar-se que nas próximas elei-ções algum partido venha a conse-guir maioria absoluta. Tendo isto em conta, é absolutamente imprescindí-vel que as diversas forças políticas se entendam e estabeleçam consensos de molde a que o próximo governo, seja qual for a sua constituição, tenha uma base de apoio alargada que per-mita a adopção de medidas essen-ciais para salvar o país.

O bom senso aconselharia que as-sim fosse. Mas parece que não…

Numa altura em que todos somos poucos para transportar a pesada “carroça” que nos arranjaram, cada burro teima em puxar para seu lado.

Parecemos estar já em plena cam-panha eleitoral, com a fasquia dos insultos a subir dia após dia, numa “peixeirada” que em nada abona a nosso favor, particularmente numa altura em que os nossos futuros cre-dores estudam a viabilidade do em-préstimo que necessitamos.

Quase nos apetece gritar: “Oh ho-mens, deixem-nos ir embora e discu-tam a seguir.”

O interesse nacional parece ter sido relegado para segundo plano e o que importa, isso sim, é ganhar as elei-ções a qualquer preço.

Sem sabermos ao certo se havemos de rir ou chorar, tomamos conheci-mento de que o P.S.D. coloca Fernan-do Nobre como cabeça de lista pelo círculo de Lisboa, já com intenções de o indigitar pera presidente da As-sembleia da República, e o P.S, não querendo ficar-se atrás, mete Basílio Horta a encabeçar o círculo de Leiria.

Tiros nos pés, mas enfim…Já agora, para tudo cair como ouro

sobre azul, só faltou Freitas do Ama-ral ser convidado pelo P.C. para enca-beçar a lista de um qualquer círculo eleitoral.

O juízo perdeu-se e a dignidade deixa dúvidas. Que bela imagem des-te país estamos a mostrar ao mundo.

Salve-se quem puder!!! ■

António Romão de Matos

Já não há pachorra

Amieira é de momento um marco a salientar na presidência de Francis-co António.

"Do pouco, é possível fazer muito".Aos olhos de quem vê ( fômos ver),

dá ânimo o seu empenhamento no desenvolvimento e nas obras em curso.

Realço a requalificação geral da escola primária, e renasce dia-a-dia uma churrasqueira para toda uma comunidade.

No plano nos acessos ás habita-ções, no caso geral da freguesia o seu calcetamento, é de realçar a Abitur-reira, onde o seu recinto de festas foi remodelado ao pormenor.

Na Urraca com diversas zonas de caminhos, entre os quais um com-posto por degraus numa passagem que se encontrava sem qualidade nem segurança.

Em Sendinho da Senhora e seus lugarejos tais como na Ribeira de Sendinho, as residências que foram beneficiadas com grandes melhorias

em calçada em seu redor.A Amieira está na ordem do dia

em progresso.Presidente Francisco António,

aguarda oportunidade para lançar uma obra que está pensada e projec-tada e virá dentro em pouco a con-cretizar-se, ou seja, o pontão sobre o ribeiro, da Ribeira do Mosqueiro, que muito o mobiliza, incluindo o calcetamento ao redor da habitação junto desta obra que terá inicio no mês de Julho.

O Fontanário de Sendinho da Senhora verá em breve a requalifi-cação.

" Francisco António, um Presidente empenhado, pede serenidade e com-preensão a toda a comunidade, pois está atento ás situações, mas en-tende que o momento actual em que vivemos é difícil, e todos devemos entender e como tal , aguardar todos por melhores dias" - é mensagem de confiança que deixa. Pela nossa parte continuaremos a acompanhar. ■

freguesia de amieira renasce para uma melhor qualidade de vida

Caminho em degraus na Urraca

ChurrasqueiraEscola primária em requalificação no momento actual

Recinto festas Abitureira

O turismo é hoje apresentado como uma oportunidade pela ge-neralidade das regiões do País. Não há local que não invoque as suas qualidades extraordinárias no sentido de chamar a atenção do potencial turista e desviá-lo de destinos concorrentes.

Valoriza-se a gastronomia, os pro-dutos regionais, o contacto com a na-tureza, os mais diversos itinerários temáticos, o alojamento em espaço rural, as experiências de educação e vivência ambiental, entre outros.

Contudo, as visitas esporádicas não resolvem, só por si, os proble-mas sócio-económicos das regiões. Este tipo de turismo deverá funcio-

nar numa lógica de complementa-ridade com outras actividades, de potencial relevante na região, capa-zes de, em conjunto, promoverem o seu desenvolvimento sustentado.

Este contexto de sustentabilidade pressupõe, por isso, a existência de estratégias realistas de desenvolvi-mento, onde a fixação das popula-ções seja um factor determinante a considerar.

No caso concreto do concelho de Oleiros, por via da sua integração no “Geopark Naturtejo”, constata-se que a Câmara Municipal tem sido promotora de diversos even-tos que têm incentivado a vinda de muitos visitantes/excursionistas.

Com efeito, a Feira do Pinhal, as se-manas gastronómicas, os diversos itinerários realizados, entre outras iniciativas, têm sido determinantes para a divulgação da região e das suas potencialidades. O facto de se tratar de eventos já consolidados, pela sua concretização reiterada, é um aspecto muito relevante.

No entanto, na perspectiva atrás referida, não é visível a existência de actividades complementares re-levantes, passíveis de possibilitar o tal desenvolvimento sustentado.

Produtos, de cariz eminentemen-te regional e profusamente divul-gados, como o medronho, a casta-nha, o cabrito estonado, o maranho

e o vinho “calum” não têm uma marca. Não é possível encontrar no mercado ou nos restaurantes locais produtos D.O.P. (Denominação de Origem Protegida) ou D.O.C. (De-nominação de Origem Controlada), que permitam diferenciá-los, que confiram a sua identidade e genui-dade. A honrosa excepção do me-donho “Silvapa” apenas confirma a regra. Produtos como o mel, o azei-te, as plantas aromáticas, o queijo, os enchidos, a doçaria e o artesana-to têm também potencial suficiente e passível de serem certificados.

O desenvolvimento destas activi-dades complementares, produzin-do, de forma consistente, produtos

de “marca” que pudessem ser co-locados à disposição dos mercados local, nacional e até internacional (o mercado global está hoje bas-tante facilitado…), seria um com-plemento muito importante para a afirmação e consolidação do concelho como destino turístico. E tirar-se-ia assim maior proveito do meritório trabalho de divulgação realizado pela Câmara.

Estas actividades são hoje consi-deradas boas oportunidades para gerar emprego e fixar pessoas nas regiões, dando também uso aos terrenos agrícolas agora abando-nados. Será mesmo assim? ■

Fernando Carvalho

Oleiros e o turismo

6 Jornal de OLEiROS 2011 MaiO/JUnHO

No passado Domingo, 24 de Abril de 2011, pelas 21:30 horas, realizou-se na Casa da Cultura de Oleiros a cerimónia “Co-memorações do 25 de Abril”, numa iniciativa da Juventude Socialista de Oleiros para re-lembrar e relatar acontecimen-tos que levaram à “Revolução dos Cravos”. A celebração con-tou com a presença do Director do “Jornal de Oleiros”, Paulino B. Fernandes, o qual enrique-ceu a cerimónia com o seu tes-temunho histórico sobre os fac-tos que se viviam na época.

Para além do Director deste Jornal e do periódico “Povo de Portugal”, foram também

oradores: Anselmo Gonçalves, Mestre em Geografia Física e Estudos Ambien-tais e António Nu-nes, ex-combatente da Guerra do Ul-tramar. Participou ainda nesta celebra-ção um grupo, inti-tulado Contemporâ-neos da Vila, o qual ao longo do festejo cantou músicas alusivas a este tempo, com acompanhamento do público presente. A iniciativa contou com o apoio do Municí-pio de Oleiros que cedeu o au-ditório municipal para o efeito.

João Tomaz (na foto), o or-ganizador está de parabéns e esteve acompanhado pelo Secretário-Geral da JS e Presi-dente da Distrital de Castelo Branco. ■

Junta de Freguesia do Estreito

Sobre Seguros, Mediação de Seguros, LdaPortela, nº 6, 6160-401 Oleirosemail: [email protected]

Telefone 272 682 090 - Fax 272 682 088

e-mail: [email protected].: 272 107 999

Agora com pagamento de facturas domésticas e carregamento de telemóveis

Carne de qualidadePraça do Município . Oleiros

Telefone 962567362

Sua Família, participa o seu fa-lecimento no passado dia 30 de Abril e agradece muito reconheci-damente todo o carinho e amizade recebidos neste momento de dor, bem como a todas as pessoas que de qualquer outra forma manifes-taram o seu pesar.

Repousa no Cemitério do Mos-teiro - Oleiros.

Fernando Luisex-Presidente da

Câmara de Oleiros

Participação de Falecimento

Jornal de Oleiros participa nas comemorações do

25 de abril

Realiza – se no próximo dia 12 de Maio, com inicio marcado para as 9.30,na Casa de Cultura e Espectácu-los da Sertã, o seminário intitulado “Turismo Acessível – Um turismo para todos”, inserida no âmbito da Prova de Aptidão Profissional da aluna Susana Simão, do Curso Profissional de Téc-nico de Turismo Ambiental e Rural da ETPS (Escola Tecnológica e Profissio-nal da Sertã). Composto por 4 painéis, a organização desta iniciativa tem como objectivo chamar a atenção para a importância da remoção de barrei-ras e do desenvolvimento de activi-dades turísticas acessíveis, de modo a contribuir para o desenvolvimento de um Turismo para Todos. Contará com a presença de instituições tais como a Câmara Municipal da Lousã, da Esco-la Superior Agrária de Coimbra e da Escola Tecnológica e Profissional da Sertã que irão debater algumas opini-ões sobre este tema, ainda pouco de-senvolvido em Portugal. ■

Seminário sobre turismo acessível na Sertã

Jornal de OLEiROS 72011 MaiO/JUnHO

Contabilidade . Salários . IRS/IRC . PocalRua Cabo da Devesa, 6160-412 Oleiros

email: [email protected] • Telefone 272 682 795

BaR CaLadO: [email protected]. nac. 238, alverca, Oleiros

telefone 936 355 742 (frente à zona indústrial)

Todos sabem que é urgente mu-dar as mentalidades para poder-mos sobreviver aos novos desafios do séc. XXI. Abdicar de hábitos enraizados que têm por suporte o facilitismo e o comodismo, não é propriamente tarefa a realizar de um dia para o outro. Contudo, apercebemo-nos diariamente da prioridade deste objectivo: Equili-brar o planeta e fazer um exame de consciência em termos de conduta futura.

Após a Revolução Industrial do séc. XIX e principalmente depois da 2ª Guerra Mundial, a humani-dade viveu o séc. XX deslumbrada com as expectativas de conforto e bem -estar que os novos tempos proporcionavam e que as institui-ções aliciavam. Seguiu-se um ciclo de vida, em crescendo, em que as classes médias sobressaíram com o domínio do poder económico ma-nipulando, desta forma, as fontes de produção e, consequentemente, os sectores das finanças e da eco-nomia. Em contrapartida surge também, em crescendo, sobretudo nas populações rurais, um desfa-vorecimento aviltante cuja alter-nativa acabou por ser a emigração para as cidades ou para o estran-geiro, onde poderiam melhorar as sua condições de vida. Ficaram, assim, os campos despovoados e sem produtividade agrícola à mer-cê dos danos causados pelo aban-dono.

Viveu-se então, a partir 2ª me-tade do século XX, com o fascínio pelo citadino, pelo poder do di-nheiro e dos bens materiais que ele proporcionava. Com o aumento demográfico foi forçoso produzir mais para alimentar mais gente e ao mesmo tempo criar as condições de bem-estar a que todos por direi-to aspiram; entra-se, assim, numa competição desenfreada em que o respeito e os valores tradicionais familiares e urbanos são postos em causa; desencadeiam-se conflitos pelas mais variadas razões ,cuja razão primordial é o dinheiro e o poder. Só que o dinheiro e o poder não são para todos!.... Quantos dos bem sucedidos não tiveram que vender a alma ao diabo para atin-giram os seus objectivos?

Alucinado, o século XX termi-nou os seus dias deprimido e até já moribundo!

Entrou-se no século XXI com um sentimento de desespero e de desconforto espiritual manifesta-do nas inúmeras doenças do foro mental e emocional que atingem a maioria das populações. Porquê? Porque o Homem não consegue vi-

ver desumanizado. O dinheiro não é tudo, o conforto é bom mas não chega. A humanização tem subja-cente o amor e o respeito da pes-soa por si própria que são a base da dignidade, da tranquilidade da harmonia e da ética. Sem estes predicados não se pode ser feliz! É então necessário que o homem do século XXI repense urgentemente a sua vida para não perder o cami-nho que lhe foi predestinado. Só assim conseguirá sobreviver com a necessária paz de espírito e sentido de felicidade.

A Drª Teresa Patrício Gouveia, afirmou recentemente num coló-quio: «…É a diversidade e a coo-peração e não a competição, que determinam a sobrevivência e a capacidade evolutiva dos seres vivos. São esses conceitos que fa-vorecem o sucesso das espécies…»

É de facto a união de esforços no sentido mais abrangente que pode-rá inverter o estado desarmonioso a que chegaram as consciências e, em consequência, a vida deplorá-vel no nosso planeta.

Eu acredito que as próximas ge-rações vão trazer a esperança de um novo Mundo, porque sabem que é preciso voltar atrás para re-pensar o futuro.

No caso de Portugal, e mais con-cretamente no caso da Beira Inte-rior, existe uma vontade inabalável na gente jovem (embora já nascida na cidade), em conhecer as aldeias dos seus antepassados e valorizar a sua memória. Começam por ela-borar levantamentos genealógicos das suas famílias, depois desejam conhecer «in loco», os lugares men-cionados nos assentos de baptismo e também relacionar as pessoas re-feridas nesses documentos. É entu-siasmante ouvi-los fazer perguntas aos mais velhos desejando saber

como era dantes! Talvez em «em busca do tempo perdido….» .

É minha convicção de que o ma-terialismo do séc. XX ver-se-á equi-librado no séc. XXI com uma boa dose de bom senso e de espirituali-dade. Não é preciso voltar à Idade Média, mas sim tomar em linha de conta os inequívocos conhecimen-tos adquiridos sobre a natureza e o homem na sua diversidade e com-plexidade, e aplicá-los numa coo-peração racionalizada, «ninguém sozinho, nem todos em tudo».

Em suma, o homem está cansa-do de correr em busca de um bem -estar feito de utopias. Saturado de conflitos e de situações compro-metedoras, acabou por encontrar paraísos artificiais que só fazem sentido em mentes alienadas.

Estou confiante de que as ge-rações vindouras terão um papel bem diferente do das gerações an-teriores, e o seu país virá a orgu-lhar-se de os ter como cidadãos. ■

A. de Vilar dos Condesemail: [email protected]

Ó gente da minha terra!

8 Jornal de OLEiROS 2011 MaiO/JUnHO

Feitas as contas das transacções dos dinheiros na União Europeia (EU) há 12 países a pagar para a Europa e 15 a receber. Todos os pa-íses pagam para a EU mas também todos os países recebem apoios es-truturais dos fundos da EU. Feitas as contas das entradas e saídas resta um líquido negativo para 12 Estados e um líquido positivo para os restan-tes 15 Estados.

Países pagadoresSegundo os dados da Comissão

Europeia relativos a 2008, a Alema-nha, foi quem, pagou mais para a EU, tendo transferido 8.774 milhões de euros; a Itália transferiu 4.101 milhões de €, a França 3.843 milhões de €, os Países Baixos 2.678 de €, Suécia 1,453 de €, A Grã-Bretanha 844 milhões de €, a Bélgica 721milhoes de €, a Dina-marca 543 milhões de €, Áustria 356

milhões de €, Finlândia 319 milhões de €, Luxemburgo 22 milhões de € e o Chipre 18 milhões de €.

Países recebedoresOs países que tiveram um saldo lí-

quido positivo com as transferências de euros da EU foram: Grécia 6.280 milhões de €, Polónia 4.442 milhões de €, Espanha 2.813 milhões de €, Portugal 2.695 milhões de €, Romé-nia 1.581 milhões de €, República Checa 1.178 milhões de €, Hungria 1.112 milhões de €, Lituânia 843 mi-lhões de €, Eslováquia 726 milhões de €, Bulgária 670 milhões de €, Ir-landa 566 milhões de €, Letónia 407 milhões de €, Estónia 227 milhões de €, Eslovénia 114 milhões de €, Malta 30 milhões de €.

Naturalmente que, nestes dados estatísticos, não se encontram cifra-das as vantagens dos países tecno-

logicamente fortes nem as desvan-tagens que os países periféricos têm por não poderem concorrer a nível de produtos com as firmas interna-cionais que ao abrigo do direito da EU têm entrada livre nos mercados nacionais. Um outro problema ac-tualmente insolúvel, é o facto de os países de economia fraca, que per-tencem à Zona Euro, não poderem desvalorizar a moeda para se de-fenderam e poderem apresentar, no mercado, os seus produtos a preços concorrentes com os países fortes. Uma europa com diferentes econo-mias ao possuir uma moeda comum favorece as economias fortes. Por outro lado uma prática financeira baseada na especulação atinge lu-cros exorbitantes à custa dos mais fracos. Tudo isto, aliado à incompe-tência governativa, levou Portugal quase à falência, pondo-o nas mãos

dos tubarões mundiais do mercado financeiro.

A EU e o FMI, com o pretexto de ajuda destroem a nação pondo-a nas mãos de interesses globalistas (glo-balistas e não globais porque fruto duma ideologia e não duma organi-zação basilar) que querem destruir os biótopos culturais e sociais natu-rais e assim destruir a identidade de povos. Esta úlcera já está a atingir a alma da nação portuguesa. Imper-ceptivelmente já se expressa em vo-zes que abordam o tema duma sub-jugação a Espanha ou outras ideias peregrinas, que a crise alimenta proficuamente. “Em casa sem pão, todos ralham e ninguém tem razão”. O medo e a fome são a grande opor-tunidade para os abutres.

Neste momento difícil para o povo português é trágico assistir-se a uma discussão pública em gran-

de parte ingénua e à margem dos problemas e da responsabilidade. Grande parte da discussão tende a branquear a situação e a desculpar os governantes. A desinformação também é formação!

O globalismo que integra inte-resses ideológicos e económicos está empenhado em desenraizar o Homem da nação e da cultura na-cional (em destruir a identidade). A crise conduz à desorientação e esta favorece os golpistas interes-sados em destruir as democracias locais para assim justificarem um dirigismo anónimo e centralista! Encontramo-nos todos a caminho duma ditadura doce! ■

António da Cunha Duarte [email protected]

Quem paga e quem recebe na União Europeia

O Busílis da união EuropeiaAntónio Justo

Circula entre os cibernautas um e-mail curioso e que há poucos dias veio preencher a minha caixa de cor-reio electrónico e intitula-se “Book”. Sem esperança alguma de encontrar algo realmente interessante, predis-pus-me a abri-lo displicentemente, para passar o tempo, na certeza que iria remetê-lo para o caixote do lixo. Qual não foi a surpresa quando me deparei com algo deveras original. Tratava-se de um pequeno filme, no qual um orador simpático apresen-tava, ironicamente, uma ferramenta brilhante, intemporal e totalmente re-volucionária que proporciona conhe-cimento, há séculos, é fácil de usar e dura, dura, dura. O livro, claro está! Esse objecto que fará parte da vida da criança que habita em cada um de nós, adultos. E que forma tão intensa e inteligente de promover o livro e a leitura naquele filme tão curtinho, porém tão apelativo.

O orador apresenta o livro como a «Experiência Book», um nome al-tissonante e magnificente, como cai bem em tudo no nosso país, pois quanto mais pomposo melhor, visto que se a apresentação por acaso se chamasse «Experiência Livro», não teria o mesmo efeito nem a mesma re-ceptividade. Mas, valha-nos o estran-geirismo e está safo o livro! É como se «Experiência Book» se aproximasse de um Carlos da Maia e «Experiên-cia Livro» um Dâmaso Salcede, uma verdadeira caricatura, tão ao gosto da

grandiosa ironia e excelência de Eça de Queirós.

Voltando ao videozinho, este con-tinua a referir-se ao «Book» como a «rotura tecnológica», salientando todos os aspectos fantásticos que o li-vro possui como se de uma tecnolo-gia deveras revolucionária se tratasse: prossegue o orador afirmando que «é compacto e portátil», «pode ser usa-do em qualquer lugar e o tempo que se quiser», «o Book não necessita de ser reiniciado», «possui dispositivo mãos livres» (referindo-se, então, ao tradicional suporte para colocar o li-vro), «respeita as normas ambientais, pois é totalmente reciclável» e entre muitas outras coisas «para desfru-tar plenamente dele, basta um dedo para passar as páginas carregadas de infindável prazer».

Como é possível que uma gran-de parte das pessoas tenha aderi-do em massa às novas tecnologias, facilitadoras do trabalho, da vida em sociedade, do lazer, etc e esta, extraordinária, tenha escapado à maior parte das gentes? Queixar-se-ão, pois, pelo valor monetário que é preciso aplicar para adquirir livros, contudo é completamente incompreensível como a preferên-cia em termos de gostos e gastos vá, por exemplo, para um telemóvel de última geração que até se muda em poucos meses de utilização porque fica rapidamente ultrapassado e dé-modé e fique excluído o livro, que

já foi, sem dúvida alguma, a grande nova tecnologia e acompanhou uma parte da era humana e permitiu re-gistar, gravar, adquirir conhecimen-to e torná-lo material impresso.

Muitas vezes em conversas infor-mais do quotidiano, de circunstância, nos deparamos com afirmações que relacionam a dificuldade do Homem em viver um dia da sua vida sem as tecnologias ou os instrumentos que consideramos já tão indispensáveis e que nos deixam atrapalhados quan-do por qualquer motivo eles nos fa-lham: a televisão, o computador, a rádio. Digo eu: é difícil imaginar-mos a nossa vida sem o conjunto do material impresso. Este mate-rial deu forma ao nosso mundo e a capacidade de manipular esses elementos impressos – desde os mais simples aos mais complexos – constitui uma competência que denominamos de literacia.

Se desde pequenos lidarmos com este tipo de material impresso, com a frequência necessária, que nos permita explorá-lo, estamos pois a investir no desenvolvimento posterior, mobilizando um conjun-to de conhecimentos fundamentais para a aprendizagem da leitura e da escrita. Serão estas aquisições literácitas (“Literacia Emergente” e contextos Educativos, Paulo Fer-nandes, disponível no sítio O Meu Brinquedo É Um Livro) que ditarão o nosso futuro, enquanto jovens,

no percurso escolar, determinando a qualidade de muitas aprendiza-gens. Assim, desde muito cedo, as crianças devem ter contacto com o livro, explorando-o como o objecto que é, mas aprendendo a perceber e a reconhecer o seu valor, através de experiências de leitura, individuais ou em grupo e fundamentalmen-te em família, como aquele tipo de experiências, que deviam ser já uma tradição habitual no nosso país, como: o papá e/ou a mamã contam uma história, a leitura conjunta de contos, narrativas e outros géneros, adaptados, como é óbvio, à idade de cada leitor. A criança tornar-se-á um leitor em potência, visto que, quan-do os adultos lêem na presença dos mais novos ou lêem para eles, tor-nam visível o processo Leitor, isto é, evidenciam um comportamento mo-delo que as crianças têm tendência a imitar. Evidentemente há crianças que não necessitam de tanta evidên-cia ou frequência destes comporta-mentos e experiências motivadoras, já que por si mesmas, pela sua per-sonalidade apresentam o gosto e o prazer pela leitura e essas procuram já experiências de leitura individual e ávida a partir do momento que a dominam. Contudo é fundamental que se siga à risca aquele adágio, de pequenino se torce o pepino e como água mole em pedra dura, tanto dá até que fura, será, naturalmente, no seio familiar e na formação dos pais e

sensibilização dos agentes políticos locais para o desenvolvimento de estratégias de actuação para o desen-volvimento literácito que se revelará a grande pérola do Plano Nacional de Leitura e o problema dos índices de literacia em Portugal.

Embora a família e o poder polí-tico tenham um papel crucial nes-ta matéria, cabe aos educadores/professores manifestarem também os comportamentos que revelam a intencionalidade literácita, propor-cionando momentos de puro pra-zer com os livros e partilhando com os discentes as suas experiências de leitura, para servirem como mode-los, pois, na minha modesta opi-nião, demonstrar prazer na leitura, partilhá-la, relacionando-a com o quotidiano e as vivências de cada um, são aspectos importantíssimos que cativam os mais pequenos para que depois possam perceber a im-portância cultural, a riqueza literá-ria, o interesse das diferentes tipo-logias textuais, e a universalidade do seu conteúdo, enfim aquilo que os livros efectivamente têm no seu âmago, a sua essência. Nós, bons lei-tores, temos o dever de orientar os mais jovens para a conclusão a que sozinhos devem chegar: um livro é uma fonte de prazer e o Shangri-La do conhecimento. ■

Professora Manuela Marques

DE “OLHO” nA EDUCAçãO

Haverá mais alguma outra razão para a existência do Livro - esse “Book” fantástico – que não a única de gerar prazer em quem o lê ou

partilha a sua leitura?

O “Book” fantástico

Manuela Marques

Jornal de OLEiROS 92011 MaiO/JUnHO

Não há dúvida que, em Oleiros, existe hoje uma nova dinâmica que se expressa nas mais diversas e im-portantes iniciativas, quer elas sejam da responsabilidade das autarquias locais, quer sejam com a sua partici-pação mas realizadas por grupos, as-sociações, escolas ou clubes desporti-vos. Escamotear esta realidade é não saber – ou não querer - comparar as dinâmicas de anos anteriores com a que está aí bem vincada e assumida.

A divulgação deste dinamismo, desta afirmação, não deixa de ser um alto grito de afirmação peran-te o país, anunciando que, embora sejamos poucos, temos uma alma e garra superior a muitos outros.

Soubemos todos, nesta região, acordar atempadamente para o mundo da informação. Fazemo-lo através da internet, dos meios da comunicação social, de forma insti-tucional e com muitos voluntários a colaborar (jornais, sites, blogues, livros). Hoje estamos no mundo e não só no país, com realizações que vão, paulatinamente, mostrando, a todos, o encanto destas terras e a forma ímpar de sabermos receber quantos nos visitam, faltando-nos

somente um dos suportes princi-pais que é a possibilidade de po-derem ser acomodados dignamen-te durante dias ou semanas nesta Vila.

Mas enquanto oferta do núme-ro de camas em empreendimen-tos turísticos, muito se avançou já. O turismo rural que temos é de muita qualidade e os trabalhos do novo “hotel Santa Margarida” - à luz da nova legislação este em-preendimento turístico passará a designar-se por hotel - continuam a muito bom ritmo faltando pou-co mais do que o recheio interno de todo o equipamento, economi-camente substancial. Mas que era esta (ou outra) unidade que fal-tava em Oleiros ninguém duvida e a Câmara avançou e fez muito bem. A viabilidade futura, é coisa que a autarquia deve estar atenta, evidentemente, encontrará uma solução.

Falei propositadamente desta obra emblemática, mas é bom con-siderar também outras que, falan-do só na Vila, se desenvolvem com muito significado: a construção do novo edifício para a Junta de Fre-

guesia; a nova sede para a Filarmó-nica Oleirense, as obras de embe-lezamento do edifício da Câmara Municipal, são exemplos bem visí-veis e em bom ritmo de construção bem como uma casa que, ao que me afirmaram, se destina a jogos tradicionais e que ficará junto aos jardim de crianças nos Cancinos.

É claro que não é minha intenção neste pequeno “escrito” enumerar outras obras que, eventualmente, a Câmara ou Juntas de Freguesia estejam a fazer, mas o propósito

é chamar a atenção para a aposta assumida neste género de constru-ções. Mas obras de melhoramento e embelezamento também decor-rem nas piscinas fluviais do Açude Pinto que, pelo que vimos vêm ofe-recer mais e melhores condições às pessoas que queiram, neste local, conviver.

Falta juntar a todas estas realida-des, na área dos melhoramentos, a força impulsionadora da nossa Ju-ventude que, hoje, realiza e pratica vários tipos de eventos. É claro que

não os posso aqui enumerar todos – porque são muitos e variados – mas quem realiza e/ou pratica despor-to em várias categorias, diversão, cultura e recreio, como eles, está a contribuir para esta imagem que me levou a abordar esta questão. Já reparou na “nossa” digna Banda, enorme e com execuções musicais “bem afinadas”? E os Ranchos Fol-clóricos? E os Bombeiros Voluntá-rios? E os Clubes de futebol? E a Casa do Benfica com modalidades de dança e equipas de Futsal e tan-tas outras realidades a que, jovens e menos jovens se dedicam mere-cendo, sem dúvida, toda a nossa estima e aplauso. Exposições qua-se contínuas. Filmes semanais na casa da cultura e outras actividades (como a leitura de contos para os mais jovens), internet ao serviço de todos e os nossos professores, alu-nos e funcionários que colocam a escola Padre António de Andrade como ex-libris da formação, conhe-cimento e aquisição de valores?

Parece que os oleirenses não de-ram as mãos, mas os braços, de modo a catapultar o concelho para o lugar que mais desejamos. Mas todos! ■

LOCAL: OLEIROS E A SUA DInâmICA

FREGUESIAS DE OLEIROS

Oleiros merece ser visto, não à lupa, mas com sentido de

apreciação e valorização

Edifício em construção para a nova sede da Filarmónica

Restaurante "Olhar o Zêzere" inaugurado pelos Presidentes da Câmara de

Oleiros e Presidente da Junta de Álvaro

O Agrupamento de Escolas Padre António de Andrade em parceria com a Câmara Municipal de Oleiros e o Grupo teatral Viv’Arte vai pro-mover uma Feira Renascentista que visa retratar a época de quinhentos num acontecimento de recriação histórica da atribuição do Foral Ma-nuelino à Vila de Oleiros.

Todo o Agrupamento está en-

volvido na organização do evento que decorrerá nos dias 18 e 19 de Junho, na vila de Oleiros, no centro histórico da mesma, e que pretende recriar a sociedade de então com os seus usos e costumes, com todos os intervenientes vestidos a trajes da época, manufacturados pelos pais, professores, funcionários e alunos do Agrupamento. O grupo Viv’Arte

animará os dias da feira com acti-vidades preparadas com os alunos e alguns docentes de modo a que a animação não falte, com cortejos régios e danças e justas de milícias e muitas outras andanças. Não falta-rão as tradicionais tabernas do bur-go com os petiscos da época e muito bufarinheiro e mercador à espera dos visitantes e compradores. ■

feira Renascentista em Oleiros

Luís Mateus

Inaugurado na bela região de Álvaro, o "Olhar o Zêzere" é um restaurante moderno, bem equi-pado, com vista paradisíaca para a praia de Álvaro.

Inaugurado na presença do Pre-sidente da Câmara e de todas as Juntas de Freguesia, permitiu a José Santos marques, Presidente da Câmara, avançar com a novi-dade que o Cais para barcos de re-

creio será uma realidade e, mesmo o Parque de Campismo tão solici-tado, será objecto de estudo breve e um dia uma realidade.

Perante 400 convivas o dia foi de grande alegria e de esperança no futuro. Álvaro merece.

Felicitamos o Amigo Presiden-te da Junta por nunca baixar os braços o que foi reconhecido por todos. ■

10 Jornal de OLEiROS 2011 MaiO/JUnHO

1.º Encontro de Pesca ao Achigã Embarcado em Álvaro

A ARCO (Associação Recreativa e Cultural de Oleiros) promove no dia 21 de Maio o 1.º encontro de pesca ao achigã embarcado em Álvaro.

Festival da PaisagemO Festival da Paisagem 2011, realiza-se de 4 de Maio a 26 de Junho pe-

los 6 concelhos que integram o Geopark Naturtejo, do qual o concelho de Oleiros também faz parte. Nesse sentido, no dia 4 de Maio teve lugar no Orvalho o Encontro Distrital dos Clubes da Floresta - PROSEPE, na-quela que foi a actividade que marcou o arranque do Festival.

12 Horas de Hidrobike nas Piscinas Municipais

12 Horas de Hidrobike É já no dia 21 de Maio que vai ter lugar, nas Piscinas Municipais de

Oleiros, a iniciativa "12 horas de Hidrobike". Recorde-se que esta é uma modalidade única no distrito, cujos benefícios têm fomentado a sua prá-tica por parte de muitos adeptos.

viagem pela história geológica de OleirosNo dia 20 de Maio, integrada na Semana Europeia dos Geoparques,

vai ter lugar a Viagem pela história geológica de Oleiros, uma activida-de destinada aos alunos dos 11.º e 12.º anos do Agrupamento de Esco-las Padre António de Andrade. Um oceano com 480 milhões de anos, Do oceano à montanha, Das montanhas aos vales: a água que escava e molda, Florestas do passado e do presente, Conservação do património natural de Oleiros, são algumas das temáticas abordadas,

Ciclo de Caminhadas "Oleiros em marcha"Pelo segundo ano consecutivo, o Município de Oleiros está a promo-

ver o Ciclo de Caminhadas "Oleiros em Marcha", o qual se divide em caminhadas nocturnas, com início marcado para as 21 horas (dias 3, 8 e 17 de Junho e caminhadas diurnas, pelas 9 horas, (dias 5, 12, 19 e 26 de Junho - Caminhada final).

Juvebombeiro promove prova de orientação nocturna

A Juvebombeiro de Oleiros leva a efeito, no próximo dia 4 de Junho, uma prova de orientação nocturna aberta a toda a população.

Céline Henriques expõe no Posto de TurismoDe 7 a 31 de Maio, no Posto de Turismo de Oleiros vai ser exibida a

exposição de pintura de Céline de Jesus Martins Henriques, uma jovem natural do concelho.

Passeios pedestres no concelhoO pedestrianismo está muito em voga no concelho e como tal, muitos

são os passeios pedestres agendados nos próximos tempos. Assim, no dia 15 de Maio realiza-se o 4.º passeio pedestre "Todos com a Floresta", promovido pela Associação Pinhal Total e o passeio pedestre promovi-do pelo ISCA (Isna Sport Clube Alvélos).

No dia 21, é a vez da caminhada promovida pelo Grupo Desportivo e Recreativo do Milrico, seguindo-se no dia 22 o 5.º percurso pedestre "Trilhos do Estreito". A terminar esta ronda de percursos, dia 28 realiza-se o 6.º passeio pedestre "GeoRota do Orvalho".

Pequenos Anúncios

Página Escolha a secção (assinale com um X)q Habitação q Aluga-se q Compra-seq Automóveis q Vende-se q Precisa-seq Classificados q Oferece-se q Diversos

Preços Para 1 edição

1Módulo15€

Título Texto

2Módulo25€

Preencha o cupão, recorte-o e envie para:Jornal de Oleiros

Rua 9 de Abril, 531, 1º Dtº, 2765-543 S. Pedro do Estoril

Fazendo jus à política que tem vindo a ser desenvolvida pelo município de Oleiros, realizou-se no mês de Abril mais um Festival Gastronómico do Cabrito Esto-nado e do Maranho. A estratégia passa pela divulgação de fileiras promissoras que possam potenciar a criação de produtos de qualida-de, passíveis de serem traduzidos em fonte de riqueza e rendimen-to para investidores privados que queiram operar no território.

Esta terceira edição motivou a ida de centenas de pessoas até Oleiros e as salas de refeições dos seis restaurantes aderentes (Casa Peixoto; Ideal; Maria Pinha; Re-gional, Prontinho e Slide (Ponte de Cambas)) foram pequenas para acolher tanta gente.

Os muitos visitantes puderam ainda adquirir alguns produtos locais como a aguardente de me-dronho, os famosos bancos de cor-tiça (“tropeços”), os geodoces e os

famosos queijos de cabra e de mis-tura, os quais tiveram, como vem sendo hábito nestas ocasiões, bas-tante procura.

Houve também quem degustasse o histórico vinho Calum, provenien-te de uma casta autóctone e que tem suscitado a curiosidade de muitos.

Com o intuito de sensibilizar e informar o público, o município disponibilizou ainda material de divulgação criado propositada-mente para o evento, como um livrinho de distribuição gratuita contendo várias informações e as receitas das duas iguarias gastro-nómicas em destaque impressas num marcador para livros.

Recorde-se que este é um even-to que começa, gradualmente, a ganhar fama além fronteiras e que tem a mais-valia de colocar em destaque o Cabrito Estonado, um prodígio da Gastronomia e uma emblemática especialidade olei-rense que enriquece o património

gastronómico da Beira Baixa.Com esta edição, verificou-se

uma vez mais que este é um pro-duto local bastante promissor e que, bem aproveitado, pode repre-sentar uma importante fonte de re-ceita para muitos profissionais dos mais variados sectores.■

festival gastronómico atraiu centenas a Oleiros

BREvES

Depois do sucesso alcançado pelo Festival do Lagostim de Rio, a Câmara Municipal de Ferreira do Zêzere lança agora o Festival Gastronómico da Fava que arran-ca no dia 6 de Maio e prolonga-se até dia 29.

O "Vá à Fava" em Ferreira do Zêzere faz parte do conjunto de eventos gastronómicos organiza-dos pela Autarquia para dinami-zar a região na área da gastrono-mia e que tem sido um sucesso na dinamização do turismo. Em Novembro, é a vez do "Migas com todos".

Estes novos eventos gastronó-

micos foram muito bem acolhi-dos por parte dos restaurantes do Concelho, existindo um trabalho incansável de pesquisa de receitas e ao mesmo tempo uma criterio-sa selecção de pratos apresentada pelos chefes de cozinha.

Uma leguminosa muito conhe-cida na cozinha tradicional Portu-guesa e, como tal, muito utilizada pelas gentes de Ferreira do Zêze-re, a fava foi introduzida na região pelos Celtas por volta do ano 1000 A.C. Dado os seus valores nutri-cionais e também devido ao clima e solo propício, esta foi uma plan-ta que permaneceu na agricultura

local até aos dias de hoje.As receitas são inúmeras e vão

desde sopas, acompanhamentos com carnes e peixes, doces e ape-ritivos. Normalmente ou se gosta ou se detesta o prato de favas ... mas quem gosta é capaz de fazer centenas de quilómetros para pro-var esta bela leguminosa.

Restaurantes aderentes: A Gre-lha, Penim, Lago Azul e Quinta do Adro, em Ferreira do Zêzere. A casa dos Leitões, em Bela Vista, Centro Náutico, em Castanheira, Fonte de Cima, em Dornes e Nª Senhora do Pranto, em Vale Ser-rão. ■

festival da fava de 6 a 29 de Maio

"vá à fava" em ferreira do Zêzere

Deixei passar propositadamen-te estes 13 dias para eliminar a hipótese de estar a reagir a quen-te durante a elaboração desta in-formação.

Visitei o local acima definido no dia 15 do corrente mês de abril e verifiquei que a sinaliza-ção colocada recentemente pela Ascendi tornou mais insegura a circulação no nó pelo simples facto de a nova sinalização de direcção não ter sido acompa-nhada pela necessária , porque complementar, pré-sinalização no IC 8. Num passado recente, sem "Oleiros" nos painéis nem nos prumos das setas, o condutor passava por uns e por outros e ia pedir informações mais à frente. Agora passa pelos painéis e nada de novo vê, e mesmo a seguir de-

para com as setas "Oleiros", mete travões para abrandar e sair, e arrisca-se ser abalroado pelo ve-ículo atrás de si que, não vendo nunhuns sinais de luzes, vulgo "pisca da direita", no carro à sua frente, mantem a velocidade de cruzeiro, e bate.

Solicito, pois, o completamento imediato da sinalização no IC 8.

Nota da redacção: O nosso Jor-nal, tal como o Eng. Olímpio de Matos procurou esclarecimentos por escrito que até à data não foram facultados. Lamentamos e insistimos no problema que urge resolver. Oleiros deve estar devida e convenientemente assi-nalada. ■

Eng. Olímpio de Matos

a Sinalização do IC8...

FESTAS de SEnDInHO de

SAnTO AmARO a não perder

Jornal de OLEiROS 112011 MaiO/JUnHO

Onde pode encontrar o Seu Jornal de Oleiros

• LISBOA - Papelaria Tabacaria SampaioRua Reinaldo dos Santos, 12-C1500-505 Lisboa

• Jardins da Parede - Papelaria Tabacaria Resumos DiáriosAv. das Tílias, nº 136, Lj B

• OLEIROS- Papelaria JARDIM

• ESTREITO- Café “O LAPACHEIRO”Estreito - 6100 Oleiros

.• PROENÇA-A-NOVA- Da Idalina de JesusAvenida do Colégio, nº 16150-410 Proença-a-Nova

- Tabacaria do CentroLargo do Rossio6150-410 Proença-a-Nova

• CASTELO BRANCO- Quiosque da CláudiaZona Industrial, lote P-6 CLoja nº 4, Edifício Intermarché6000 Castelo Branco

• CERNACHE DO BONJARDIM- Papelaria Boa Nova Mercado Municipal

• AMEIXOEIRA- BIG barEstação de Serviço, Estª Nacional 238, Ameixoeira 6 100 Oleiros

• COVILHÃ- Pedro LuzRua General Humberto DelgadoQuiosque - 6200-014 Covilhã

• PEDROGÃO GRANDE- Papelaria 100 RiscosLg. do Encontro, 47-A

• VILA VELHA DE RÓDÃO- Galp na A23 nos dois sentidos

• SERTÃ- Papelaria Paulino & IrmãoAv. Gonçalo Rodrigues Caldeira, 46-A

CONTACTOS ÚTEIS

Jornal de Oleiros - 922 013 273Agrupamento de Escolas do concelho de Oleiros – 272 680 110Bombeiros Voluntários de Oleiros – 272 680 170Centro de Saúde – 272 680 160Correios – 272 680 180G.N.R – 272 682 311

FarmáciasEstreito – 272 654 265Farmácia – Oleiros – 272 681 015Farmácia – Orvalho – 272 746 136

Postos de AbastecimentoGalp (Oleiros) – 272 682 832Galp (Ameixoeira) – 272 654 037Galp (Oleiros) – 272 682 274António Pires Ramos (Orvalho) – 272 746 157

Infra-EstruturasCâmara Municipal – 272 680 130Piscinas Municipais//Ginásio – 272 681 062Posto de Turismo/Espaço net – 272 681 008Casa da Cultura//Biblioteca – 272 680 230Campo de Futebol – 272 681 026Pavilhão Gimnodesportivo (Oleiros) – 272 682 890

Director: Paulino B. Fernandes • Fundador: Paulino B. Fernandes • Registo legal: ERC nº 125 751 • Proprietário: Paulino B. Fernandes • Periodicidade: Mensal • Sede: Rua 9 de Abril, 531, 1º Dtº., 2765-543 S. Pedro do Estoril • www.jornaldeoleiros.com • email da redacção: [email protected] • Telefone: 922 013 273 • Site: www.jornaldeoleiros.com • Tiragem: 3 000 exemplares • Redacção: Oleiros • Distribuição: Massiva através dos CTT nas residências e postos de venda • Colaboradores: João H. Santos Ramos, Inês Martins, António Mendes, Manuela Marques, António Romão de Matos, Rui Pedro Brás, Ana Maria Neves, Ivone Roque, Feliciano Barreiras Duarte, Hugo Francisco, Hugo de Freitas Andrade, Miguel Marques, Soraia Tomaz, Augusto Matos, António Graça, Cristina Ferreira de Matos, Cátia Afonso, Ana Faria • Correspondentes: Silvino Potêncio (Natal, Brasil) • Fernando Caldeira da Silva (África Austral) • Correspondente em Castelo Branco: Rui Manuel Almeida Nunes (www.ruianunes.no.sapo.pt) • Catarina Fernandes (Lisboa) • Fotografia: Rute Antunes, email: [email protected] • Vale do Souto (Mosteiro): Sílvia Martins, email: [email protected] • Paginação e Impressão: Coraze, Oliveira de Azeméiswww.jornaldeoleiros.com

Ficha técnica

Cupão de Assinatura

Desejo receber em minha casa, mensalmente, o Jornal de OleirosAno 2011q Nacional 10,00€ q Apoio (valor livre)q Europa 20,00€

Nome.......................................................................................................

Morada....................................................................................................

Localidade..................................... Código Postal .......... - .....................

Contr. nº. ...................................... Telefone .......................................

Data ......./............. /...................

Novo ...... Renovação............. Nº. Assinante...................................

Quero pagar por: Numerário q Cheque q para o endereço abaixo

Transferência bancária q para o NIB: 0045 4111 4023 172359 643

para o IBAN: PT50- 0045 4111 4023 172359643

Ass...........................................................................................................______________________________________________________________Enviar para: Rua 9 de Abril, 531, 1º Dtº, 2765-543 S. Pedro do Estoril E-mail: [email protected] Telefone: (00351) 922 013 273

Uma das primeiras formas utili-zadas para estudar a evolução das plantas, e ainda hoje o registo mais completo, é através dos fósseis con-tidos em certas rochas sedimentares e vulcânicas. Uma delicada flor, e mesmo um microscópico grão de pó-len ou um esporo, em determinadas condições, podem ficar preservados nas rochas por milhares ou mesmo muitos milhões de anos, sob a forma de impressões ou restos petrificados, aquilo a que chamamos fósseis. Essas condições ambientais foram e são especialmente propícias em zonas pantanosas, nos leitos de cheia dos rios ou mesmo durante a deposição de poeiras numa erupção vulcânica. Conhecendo a idade das rochas onde estes fósseis ocorrem numa região, e comparando com outras jazidas fos-silíferas, podemos ficar a saber como é que as florestas se modificaram ao longo da História da Terra, à medida que se deram as grandes modifica-ções geográficas e climáticas. Se os paleontólogos são os cientistas que estudam os fósseis, os paleobotâni-cos são especialistas na evolução do registo fóssil das plantas. Em Portu-gal, destaca-se o trabalho do Prof. Carlos Teixeira que, desde a déca-da de 40 e por 30 anos, estudou as principais jazidas fósseis de plantas conhecidas no nosso país.

As primeiras plantas vasculares evoluíram a partir de formas de al-gas carófitas há 420 milhões de anos. Em Portugal, alguns dos fósseis mais antigos foram encontrados em Barrancos, com cerca de 400 milhões de anos, representando formas sim-ples de licopódios e Psilophyton. As explorações económicas de carvões, particularmente abundantes em ro-chas com uma idade aproximada de 300 milhões de anos, são o testemu-nho da existência de luxuriantes flo-restas no passado a latitudes onde estas não existem na actualidade. No nosso país, a Bacia Carbonífera do Douro, hoje em dia já sem via-bilidade económica, compreende a mais importante memória dessas florestas de fetos gigantes, onde as

ervas e as flores ainda não marca-vam a sua presença.

E dos fetos gigantes seguimos para as florestas de sequóias e araucárias, alguns dos maiores seres vivos que alguma vez existiram na Terra, as quais existiram no nosso país há 150 milhões de anos, até ao aparecimen-to das angiospérmicas. Os aromas e as cores das flores foram sentidos pela primeiríssima vez… pelos di-nossáurios herbívoros, há “apenas” 130 milhões de anos. Algumas das primeiras plantas com flor que apareceram no mundo tiveram a sua origem em Portugal, na região de Torres Vedras. Os nenúfares e as magnólias estiveram na base da evolução de insectos tão importan-tes para o Homem, como as abelhas ou as formigas. Rapidamente as an-giospérmicas dominaram o mundo das plantas, tornando este planeta mais colorido e repleto de odores inebriantes.

Há 15 milhões de anos, a Europa possuía um clima subtropical quen-te e húmido, com estações do ano pouco contrastadas, o que permitia a existência de uma floresta sempre-verde, de folha persistente, conheci-da hoje como Laurisilva pela presen-ça de espécies com a folha semelhante à do loureiro. As plantas herbáceas, como as ervas ou gramíneas, hoje fundamentais na alimentação do Ho-mem, apareciam nesta época, timida-mente. No Rio Tejo e seus afluentes existia a Annonoxylon teixeirae, um parente da anoneira, cujos troncos fósseis encontrados em Vila Velha de Ródão podem hoje ser apreciados na Casa das Artes. Três outras espécies que abundavam na floresta Laurisil-va eram o medronheiro, o folhado e o azereiro.

Com as alterações climáticas das últimas centenas de milhares de anos, a floresta europeia passou a ser dominada pelas caducifólias, como os carvalhos, melhor adaptados a condições climáticas mais mediterrâ-nicas. A Laurisilva é remetida para as ilhas da Macaronésia, com particular destaque para a Madeira e La Gome-

ra, Reservas da Biosfera que foram consideradas Património da Huma-nidade pela UNESCO. Na Europa continental, os vestígios da Laurisil-va do passado são encontrados em pequenas e raras manchas, muitos circunscritas pelas condições geográ-ficas, em pequenos vales profundos e pouco ensolarados, com humidade permanente, e solos preferencial-mente ácidos e siliciosos. As espécies da Laurisilva tornam-se, então, ver-dadeiros fósseis vivos.

Muito recentemente, a Fraga da Água d’Alta, na freguesia do Orva-lho, revelou-se ainda mais surpreen-dente do que por tudo o que já era co-nhecida. O passado está presente por uma das últimas remanescências da Laurisilva! O raro azereiro (Prunus lusitanica lusitanica), que se encon-tra no livro vermelho das plantas em extinção da União Internacional para a Conservação da Natureza, aparece aqui com uma população próxima das 300 árvores, apenas num primei-ro estudo. O que fazer com esta jóia viva, mas em bruto? O controlo de espécies exóticas invasoras merece um projecto e a aposta promissora que se tem feito no Geoturismo para o Orvalho, por parte da Junta de Fre-guesia, do Município de Oleiros e da Naturtejo, merece um estudo cientí-fico aprofundado e a constituição de um Centro de Interpretação da Natu-reza para a Fraga da Água d’Alta.

A história contida nas rochas e revelada pelos fósseis mostra-nos um planeta dinâmico, onde os con-tinentes se movimentam, os climas se alteram, as espécies se extinguem ou evoluem. Do seu conhecimento retiramos a importância conferida a este património. Neste Ano Inter-nacional das Florestas, por que não fazer história e valorizar a Fraga da Água d’Alta, protegendo-a enquanto Monumento Natural de importância nacional? ■

Carlos Neto de CarvalhoGeólogoGeopark Naturtejo da Meseta Meridional – UNESCO European and Global Geopark

das rochas nasceu a história das florestas

Fósseis vivos e plantas fósseis: Azereiros do Orvalho e a Laurisilva preservada em tufos vulcânicos (Museu Machado Fagundes, Angra do Heroísmo)

12 Jornal de OLEiROS 2011 MaiO/JUnHO

Quando ainda falta uma jorna-da, o OLEIROS garantiu a presen-ça na Final da taça de Honra após a estrondosa vitória por 4-0 sobre o Vilarregense.

Agora prepara-se a viagem para

a Final que se espera possa fazer deslocar muitos Oleirenses em apoio da Equipa e onde estaremos em força.

Um abraço à Equipa Técnica que o Presidente Ramiro Roque trouxe em

boa hora e que saudamos pela con-fiança que veio introduzir na Equipa.

Um abraço ainda ao Capitão Quim Garcia, grande Amigo do Jor-nal de Oleiros e através dele a toda a nossa Equipa. ■

Rua do Ramalhal, Lj 2, r/c esq, 6160-418 OleirosTelefones 272688023/925228223Fax 272688024E-mail: [email protected]

Especialidades: Exame de Densitometria Óssea, Exames Auditivos, Electrocardiograma, Fisioterapia, Massagem facial e Corporal, Medicina Dentária, Podologia, Hidrotox, Acupunctura, Terapia da Fala, Psicologia ClínicaConsultas Médicas de Clínica Geral ( Dra. Graça Veiga e Dr. Carlos David), Fisiatria (Dr. João Saraiva), Pediatria (Dra. Almerinda Silva ), Ginecologia/Obstetrícia (Dr. Luis Abreu - Maternidade Bissaya Barreto/Coimbra ), Oftalmologia (Dr. Pedro Nunes) e Analises ClínicasAcordos com, ADSE, PT, Médis, Multicare, Mondial Assistance, CGD, Clinicard, Fidelidade, Mundial, Império Bonança

"a.R.C.Oleiros" tem feito excelente temporada

"A.R.C.Oleiros" Finalista da Taça de Honra

Vá com o Jornal de Oleiros à Final, dia 15 de Maio a Belmonte apoiar a nossa equipa do "A.R.C.Oleiros".

Inscreva-se pelos telefones:Jornal 922 013 273, Miguel 969 524 866 e Ramiro 965 720 287 ou pelo email: [email protected]

FINAL DA TAÇA DE HONRA

EQuIPa de PESCa dESPORtIva do "a.R.C.Oleiros"

Realiza-se o Encontro anual, dia 22 de Maio, pelas 12H30 na Quinta de Santa Teresinha.

Todos à Madeirã.

67º aniversário do grupo de amigos

da freguesia da Madeirã

A fazer grandes resultados

no respectivo campeonato.

Independentemente do inede-tismo ou não, o passo que anun-ciamos significa um profundo en-trosamento com Oleiros, com a sua população e com as Instituições.

Assim, anunciamos que por Do-ação de um Amigo do Jornal de Oleiros, a Santa Casa da Misericór-dia de Oleiros é agora detentora de uma parte do Título do Jornal de

Oleiros, juntando-se a outros Ami-gos referidos na página 3 da edição de Maio de 2011.

Esta acção permitirá uma maior divulgação da meritória obra des-ta Instituição de Solidariedade, o acesso gratuito ao Jornal pelos utentes e outras acções que em bre-ve anunciaremos.Director

Última hora

PROvavELMEntE InÉdItO EM PORtugaL