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que fiz ! Olha eu Cartilha bimestral de fazer arte #3 Nesta edição: Hannah Höch

Olha, eu que fiz! - #3

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Cartilha Garatujas (de brincadeiras) Fantásticas - Arte, Livro, Emoção e Mão na Massa | Nesta edição: Hannah Höch

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Page 1: Olha, eu que fiz! - #3

que fiz !Olha eu

Cartilha bimestral de fazer arte

#3

Nesta edição:Hannah Höch

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Hannah HöchDesenhista e artista gráfica

1889 - 1978

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Hannah HöchDesenhista e artista gráfica

1889 - 1978

Page 4: Olha, eu que fiz! - #3

A alemã Hannah Höch foi uma grande representante do Dadaísmo, movimento de crítica cultural que questionava um bocado de coisas - sobre política, ideologias e valores - através de pintura, música, dança e poesia. A especialidade dela eram as fotomontagens.

Só para você saber, dadaísmo tem um apelido: dada. E esse termo quer dizer "cavalo de brinquedo", em francês. Mas não foi escolhido por algum motivo. Muito pelo contrário: a total falta de conexão entre as coisas davam sentido à criação dos dadaístas, que contrariavam tudo que era racional, sabe?

Entre os nomes importantes do movimento estava Hannah, a única mulher e que adorava enxergar novas imagens em outras imagens. Como assim? Explicamos: a fotomontagem é também uma colagem. Com um tesoura e cola por perto, Hannah transformava o que via em obra de arte. E era realmente incrível quando ficava impossível imaginar de onde ela tinha tirado aquelas figuras para criar uma nova. Diziam que ela tinha o dom de enxergar além.

Na verdade, ela mesma dizia algo interessante, que nós lemos em um livro que será comentado em seguida:

"Ver é mais importante que pintar e desenhar;

e isso não pode ser ensinado. Você tem de saber como ver."

Hannah recortava desenhos e ilustrações e montava novas

cenas com eles - uma maravilha!

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A alemã Hannah Höch foi uma grande representante do Dadaísmo, movimento de crítica cultural que questionava um bocado de coisas - sobre política, ideologias e valores - através de pintura, música, dança e poesia. A especialidade dela eram as fotomontagens.

Só para você saber, dadaísmo tem um apelido: dada. E esse termo quer dizer "cavalo de brinquedo", em francês. Mas não foi escolhido por algum motivo. Muito pelo contrário: a total falta de conexão entre as coisas davam sentido à criação dos dadaístas, que contrariavam tudo que era racional, sabe?

Entre os nomes importantes do movimento estava Hannah, a única mulher e que adorava enxergar novas imagens em outras imagens. Como assim? Explicamos: a fotomontagem é também uma colagem. Com um tesoura e cola por perto, Hannah transformava o que via em obra de arte. E era realmente incrível quando ficava impossível imaginar de onde ela tinha tirado aquelas figuras para criar uma nova. Diziam que ela tinha o dom de enxergar além.

Na verdade, ela mesma dizia algo interessante, que nós lemos em um livro que será comentado em seguida:

"Ver é mais importante que pintar e desenhar;

e isso não pode ser ensinado. Você tem de saber como ver."

Hannah recortava desenhos e ilustrações e montava novas

cenas com eles - uma maravilha!

Page 6: Olha, eu que fiz! - #3

Com os dadaístas, Hannah participou de exposições e manifestações. Morou em Roma, Praga, Paris, até que resolveu voltar para a Alemanha quando a coisa não estava nem um pouco boa por lá. Com Hitler no poder, ela foi proibida de trabalhar e resolveu viver numa casa em Berlim, afastada do centro.

O dom, você imagina, ela não perdeu. E imagine que foi justamente essa mudança na vida que acabou fazendo com que Hannah trocasse um pouco as mensagens políticas por uma outra arte, ainda feita de colagens. Era numa casa afastada e com clima de cidade de interior, cheia de bromélias, que Hannah inventava criaturas, colocava no papel tudo que via, um universo de plantas e animais fantásticos. Foi terminar a guerra para sugir um livro ilustrado feito de colagens e textos que toda criança adora.

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Com os dadaístas, Hannah participou de exposições e manifestações. Morou em Roma, Praga, Paris, até que resolveu voltar para a Alemanha quando a coisa não estava nem um pouco boa por lá. Com Hitler no poder, ela foi proibida de trabalhar e resolveu viver numa casa em Berlim, afastada do centro.

O dom, você imagina, ela não perdeu. E imagine que foi justamente essa mudança na vida que acabou fazendo com que Hannah trocasse um pouco as mensagens políticas por uma outra arte, ainda feita de colagens. Era numa casa afastada e com clima de cidade de interior, cheia de bromélias, que Hannah inventava criaturas, colocava no papel tudo que via, um universo de plantas e animais fantásticos. Foi terminar a guerra para sugir um livro ilustrado feito de colagens e textos que toda criança adora.

Page 8: Olha, eu que fiz! - #3

"Hannah Höch - Bilderbuch" (que em português quer dizer livro de imagens) surgiu logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, 1945. Mas só em 1975, três anos antes dela morrer é que o livro foi apresentado ao público, em uma exposição chamada: "Já que a Guerra acabou: Arte na Alemanha, 1945 - 1950).

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"Hannah Höch - Bilderbuch" (que em português quer dizer livro de imagens) surgiu logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, 1945. Mas só em 1975, três anos antes dela morrer é que o livro foi apresentado ao público, em uma exposição chamada: "Já que a Guerra acabou: Arte na Alemanha, 1945 - 1950).

Page 10: Olha, eu que fiz! - #3

O livro tem 20 colagens acompanhadas por poemas rimados. Coisa linda demais - um mundo fabuloso apresentado por criaturas inventadas que, inclusive, têm nome próprio: Snifty, Ricka e Rex, Fromm, Boa Perlina e outras imaginações, como você vê nas fotos reproduzidas na cartilha.

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O livro tem 20 colagens acompanhadas por poemas rimados. Coisa linda demais - um mundo fabuloso apresentado por criaturas inventadas que, inclusive, têm nome próprio: Snifty, Ricka e Rex, Fromm, Boa Perlina e outras imaginações, como você vê nas fotos reproduzidas na cartilha.

Page 12: Olha, eu que fiz! - #3

Inspirada pelo trabalho da Hannah, uma garatuja devorou o livro na mesma cidade em que Hannah morou, e hoje vive num cantinho de flores para observar a vida melhor. Do mundo mágico em que está agora, ela cria algumas coisas que até os caramujos chegam perto para espiar. Assim, convidamos vocês a fazer o mesmo.

Vamos recortar e colar?

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Inspirada pelo trabalho da Hannah, uma garatuja devorou o livro na mesma cidade em que Hannah morou, e hoje vive num cantinho de flores para observar a vida melhor. Do mundo mágico em que está agora, ela cria algumas coisas que até os caramujos chegam perto para espiar. Assim, convidamos vocês a fazer o mesmo.

Vamos recortar e colar?

Page 14: Olha, eu que fiz! - #3

Separe revistas que ninguém mais lê e vire as

páginas até encontrar figuras que te agradam.

Partes do corpo, elementos geométricos, letras

e flores costumam ser boas soluções. Tem gente

que adora fazer isso com imagens bem antiguinhas,

do meio do século 20. Outros preferem trabalhar

com ilustrações abstratas e misturar figuras

humanas num único corpo. Já vimos muitas

colagens de mulheres com quatro pernas,

por exemplo.

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Separe revistas que ninguém mais lê e vire as

páginas até encontrar figuras que te agradam.

Partes do corpo, elementos geométricos, letras

e flores costumam ser boas soluções. Tem gente

que adora fazer isso com imagens bem antiguinhas,

do meio do século 20. Outros preferem trabalhar

com ilustrações abstratas e misturar figuras

humanas num único corpo. Já vimos muitas

colagens de mulheres com quatro pernas,

por exemplo.

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Recortou um bocado de coisas interessantes ou que, por algum motivo, seus olhos contaram ao seu coração que você precisaria daquelas figuras? Pois bem, você já está em processo criativo. Agora, olhe bem para tudo que você tem. Olhe uns cinco minutinhos, assim seu cérebro registra o que está vendo e, quem sabe, te devolve uma obra de arte imaginária?

Pegue uma folha sulfite e comece a juntar as pecinhas colando umas sobre as outras. Deixe a imaginação solta e use o que bem entender, como bem quiser. Aos poucos, você vai sentindo a necessidade de encaixar coisa aqui e coisa ali, até que uma cena se complete. E lembre-se: nada precisa fazer muito sentido. O processo e a surpresa são elementos que vêm da alma.

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Recortou um bocado de coisas interessantes ou que, por algum motivo, seus olhos contaram ao seu coração que você precisaria daquelas figuras? Pois bem, você já está em processo criativo. Agora, olhe bem para tudo que você tem. Olhe uns cinco minutinhos, assim seu cérebro registra o que está vendo e, quem sabe, te devolve uma obra de arte imaginária?

Pegue uma folha sulfite e comece a juntar as pecinhas colando umas sobre as outras. Deixe a imaginação solta e use o que bem entender, como bem quiser. Aos poucos, você vai sentindo a necessidade de encaixar coisa aqui e coisa ali, até que uma cena se complete. E lembre-se: nada precisa fazer muito sentido. O processo e a surpresa são elementos que vêm da alma.

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Lembre-se de que o legal é você se divertir enquanto cria! E que mostrar o que sente enquanto faz isso é o mais importante. Se quiser interferir na colagem com escritos, carimbos, desenhos à mão ou tecidos, vá fundo!

Teve gente que disse pra Hannah que ela era tão fabulosa que só uma criança poderia entendê-la. E aí, gostou da sua montagem?

Nós sempre achamos que o legal do processo de criação é perceber o que estamos sentindo enquanto criamos. Por isso, se você quiser se expressar mais, fique à vontade. Olhe bem para a sua obra e escreva um poema sobre ela. Responder as duas perguntas abaixo pode ajudar nessa etapa!

O que você sentiu fazendo essa obra?

O que você mais gostou de fazer?

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Lembre-se de que o legal é você se divertir enquanto cria! E que mostrar o que sente enquanto faz isso é o mais importante. Se quiser interferir na colagem com escritos, carimbos, desenhos à mão ou tecidos, vá fundo!

Teve gente que disse pra Hannah que ela era tão fabulosa que só uma criança poderia entendê-la. E aí, gostou da sua montagem?

Nós sempre achamos que o legal do processo de criação é perceber o que estamos sentindo enquanto criamos. Por isso, se você quiser se expressar mais, fique à vontade. Olhe bem para a sua obra e escreva um poema sobre ela. Responder as duas perguntas abaixo pode ajudar nessa etapa!

O que você sentiu fazendo essa obra?

O que você mais gostou de fazer?

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Garatujas Fantásticas (garatujasfantasticas.com) é umarevista digital independente criada em abril de 2012.

Nela, lançamos olhares sobre o que vemos por aí e mostramosinspirações e experiências para todas as pessoas que se

identificam com o universo lúdico, criativo e diverso das crianças.Como adoramos brincar e inventar coisas, lançamos

a "Olha, eu que fiz!", uma cartilha bimestral de fazer arte.

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