omoloko1

Embed Size (px)

Citation preview

  • 8/12/2019 omoloko1

    1/15

    A NAO OMOLOKOCertos da importncia da cultura negra e amerndia em nosso pas, decidimos compartilhar as informaes

    que foram pesquisadas sobre o ritual religioso conhecido como Nao de Omoloko. Como em todas osrituais que compem a religio afroamerndiabrasileira, h! "ariaes entre uma casa de culto e outra onde

    o ritual de nao Omoloko # praticado.$ importncia de se conhecer um pouco desse ritual est! ligada a pr%pria hist%ria do N&'(O e do )N*+Oem nosso pas. radicionalmente europ#ia, -anta Catarina registra em seu passado hist%rico um fortedomnio da cultura branca, a comear pelos pr%prios portugueses aorianos que po"oaram o litoral sul dorasil, al#m # claro dos alemes e italianos, ho/e fortemente representados e reconhecidos em todoterrit%rio nacional pelas festas de outubro.Onde entram as parcelas Negra e $merndia na formao cultural do -ul do rasil 0 1artindo de umapesquisa sobre a cultura afrobrasileira da 'rande 2lorian%polis, decidimos tornar p3blico o materialpesquisado, possibilitando uma "iagem pela hist%ria que at# pouco tempo era contada sem a preocupaodo registro formal, to necess!rio para a sua perman4ncia na posteridade. *urante a pesquisa reali5adasobre os rituais afrobrasileiros e6istentes na 'rande 2lorian%polis, identificamos a 7mbanda como sendo apr!tica ritualstica mais tradicional ainda em ati"idade. &la apresentase com di"ersas subdenominaespara seus rituais entre as quais 7mbanda de Omoloko. O Omoloko, apresentase como um segmento deorigem africana que surgiu no rasil oriundo de uma miscigenao que ocorreu na #poca da escra"ido.$final, os rituais religiosos que encontramos atualmente nos terreiros so heranas de um tempo onde acultura negra era en"ol"ida num sincretismo que unia os ori6!s africanos aos santos cat%licos. Nassen5alas, a cultura negra ricamente representada era mantida de forma original aos olhos dos negros eparamentada com formas e ob/etos que pudessem satisfa5er os interesses dos senhores donos das terras.Como relatam in3meros autores que escre"eram sobre religio afrobrasileira, por bai6o das imagens desantos cat%licos esta"am 8assentados8 os Ori6!s.O Omoloko # origin!rio do (io de 9aneiro, que tamb#m ser"iu de bero para o surgimento da 7mbanda,conforme relatam alguns estudiosos. No (io de 9aneiro, antes mesmo da origem oficial da 7mbanda :;?,/! eram comuns pr!ticas afrobrasileiras similares ao que ho/e conhecemos como Cabula e Omoloko. $cultura de um pas # a"aliada pelos refle6os con/unturais das ati"idades@ cientficas, artsticas e religiosas deum po"o. &"identemente essa cultura foi adquirida aos poucos, ad"indas de outras culturas atra"#s doss#culos. -egundo ancredo da -il"a 1into, at! i +nkice, em seu li"ro Culto Omoloko Os 2ilhos de erreiro Omoloko # uma pala"ra Aoruba, que significa@ Omo filho e Oko fa5enda, 5ona rural onde esse culto, porcausa da represso policial que ha"ia naquela #poca, os rituais eram reali5ados na mata ou em lugar dedifcil acesso dentro das fa5endas dos donos de escra"os. al"e5 por causa disso ho/e temos asdenominaes de Bterreiro e roa para os lugares onde os cultos afrobrasileiros so reali5ados. Nesseculto os ori6!s possuem nomes Aoruba :NagD?, at# seus Oriki :tudo aquilo que se relaciona ao Ori6!? e seuOruk% :nome? so tra5idos atra"#s do /ogo de b35ios ou +f!. -eus assentamentos parecemse com os docandombl# NagD. Os &6us tamb#m so feitos de argila a semelhana de uma pessoa ou entosimbolicamente em ferro. 1odemos relacionar o significado da pala"ra Omoloko tamb#m ao Ori6! OkD, adeusa da agricultura, que era adorado nas noites de lua no"a pelas mulheres agricultoras de inhame.

    $ntigamente, o Ori6! Oko era muito cultuado no (io de 9aneiro. &sse Ori6! era assentado /unto comO6ossi, o que "iria dar maior consist4ncia a origem do culto Omoloko que # fortemente influenciado porO6oss. O culto a O6%ssi # o que melhor marca o conte6to religioso dos negros afrobrasileiros, bastandoque para isso notarmos o destaque dado ao culto de caboclo, que est! intrinsecamente ligado a O6ossi.amb#m segundo o at! i +nkice ancredo da -il"a 1into, considerado o organi5ador do culto Omoloko norasil, na Efrica, os sacerdotes do culto Omoloko reali5a"am suas liturgias em noites de lua cheia sob acopa de uma frondosa !r"ore carregada de frutos parecidos com ma. -egundo ele, o culto Omolokochegou ao rasil pro"eniente do sul de $ngola, onde era praticado por uma pequena nao pertencente aogrupo FundaGuiDco que fica"a as margens do rio Hambe5e, que chama"am Hmbi e que lhes forneciaalimentao no perodo das cheias.

    Quem foi Tancredo da Silva Pinto, considerado o organizador

    do culto Omoloko no Brasil?ancredo da -il"a 1into, at! i +nkice, nasceu no dia ;= de agosto de ;

  • 8/12/2019 omoloko1

    2/15

    elmiro da -il"a 1into e &dKiges de Jiranda 1into, e seus a"%s maternos eram Janoel Fui5 de Jiranda eLenriqueta Jiranda. -eu a"D fundou os primeiros blocos carna"alescos da localidade $"ana e Bremeerra e o BCordo Jstico, uma mistura de caboclo com ritual africano, no qual uma tia sua chamada Olgasaa fantasiada como (ainha 'inga, rainha do antigo reino de Jatamba. &m ;

  • 8/12/2019 omoloko1

    3/15

    com um antdoto. $"isa"am os seu inimigos o dia em que iriam atac!los atra"#s de palhas Btantas palhas,tantos dias para o ataque. ra5iam no brao e nas pernas manilhos de ouro e prata. amb#m eram amigosdo brancos que in"adiram a Efrica Negra. $dora"am assentamentos de deuses e dolos de madeira emfigura de homem e animais. Guando no "enciam as guerras aoita"am os dolos e quando as batalhaseram "encidas eles ofereciam aos deuses comidas e bebidas. Chama"am as mulheres de Bcabondos etinham como marca a aus4ncia dos dois dentes da frente.&m 2lorian%polis, tal"e5 o 3nico terreiro de Nao Omoloko e6istente na cidade se/a a enda &sprita de

    7mbanda 9uraciara, onde ritual de feitura # pro"eniente de uma pequena tribo chamada $rigole, queconforme pesquisas bibliogr!fica pertencia ao grande grupo dos FundaGuiDco. Contudo, o ritual de maneirageral, sofreu, como todos os outros no rasil, influ4ncias dos Cultos oruba e '4ge na culin!ria, na liturgiados rituais sagrados aos ori6!s, a introduo de no"os Ori6!s ao cultos, no "ocabul!rio.... Os africanosAoruba foram um dos 3ltimos grupos afro a "ir para o rasil. al"e5 por causa deste fato sua cultura religiosapredominou sobre as demais, influenciando Ts culturas minorit!rias /! e6istentes, escra"i5adas, aqui norasil. $ enda &sprita de 7mbanda 9uraci!ra funciona na +lha de -anta Catarina, ho/e tamb#m conhecidacomo B+lha da Jagia em 2lorian%polis, e # pro"eniente da enda &sprita de 7mbanda -o -ebastio quefica"a no continente, no airro de Coqueiros, tamb#m em 2lorian%polis. &ste terreiro foi um dos primeiros aser estruturado em hierarquia sacerdotal em 2lorian%polis. $ alori6! da Casa chama"ase 9uracema(odrigu4s, e era pro"eniente do (io 'rande do -ul, feita no ritual de Nao :atuque?.

    YALORIX GILOY - (ME ANTONIETA)

    O SIGNIFICADO DO TERMO OMOLOKO$lgumas "e5es tenho sido inquirido com a pergunta@ BOmoloko # 7mbanda ou Candombl#0 B $ resposta s%poderia ser uma 3nica@ Omoloko # ambas. 7mbanda porque aceita em seus rituais o culto ao Caboclo e ao1retoPelho. Candombl# porque cultua os Ori6!s africanos com suas cantigas em oruba ou $ngola, poiscomo /! disse anteriormente esse ritual foi fortemente influenciado pelas duas culturas. Como podese "er, oritual Omoloko no poderia ser encai6ado no grupo dos Candombl#s chamados tradicionais, aqueles quecultuam somente ori6!s africanos, pelo moti"o de que no Omoloko so cultuados os Caboclos e 1retosPelhos. 1or#m pode ser encai6ado nos candombl#s notradicionais, isto #, aqueles que cultuam ori6!safricanos e Caboclos e 1retosPelhos. amb#m como podese notar, a Nao Omoloko poderia serencai6ada no grupo chamado 7mbanda, uma "e5 que cultuase Caboclos e 1retosPelhos, entidadesgenuinamente de 7mbanda e h! uma forte sincreti5ao cat%lica. &le encai6ase tamb#m como 7mbandaquando referese a um grande grupo religioso, a (eligio de 7mbanda. &nto nesse momento o po"o deOmoloko se auto intitula 7mbandista, cu/o culto # "oltado aos Caboclos e 1retosPelhos e que sigam a

    doutrina de amor ao pr%6imo.

  • 8/12/2019 omoloko1

    4/15

    OS SACRIFCIOS E OFERENDAS NANAO OMOLOKO

    7ma forte caracterstica de alguns rituais africanos # a reali5ao de sacrifcio de animais flores para osOri6!s, herana tra5ida pelos negros escra"os e mantida ainda ho/e no rasil, principalmente nos terreirosde Camdombl#. &ssas ati"idades so geralmente reali5adas em sesses internas en"ol"endo apenas osmembros efeti"os dos terreiros :filhos de santo?, sem espectadores :assist4ncia? e6ternos. Nessas

    cerimDnias s% # permitido a presena de iniciados no culto e que tenham um grau hier!rquico dentro doterreiro. *entre os animais utili5ados nas chamadas oferendas ou obrigaes, so utili5adas a"es:galinha,patas...? e animais quadr3pedes :cabras, bodes, coelhos, carneiro...?. &ntretanto essas ati"idadeschamadas de 8Obrigao de -anto8 s% acontecem em casos de iniciao sacerdotal ou em outras ocasiesmuito especiais. $ importncia e necessidade desses rituais est! no fato de de se acreditar na troca deenergias entre os seres humanos e os outros seres da nature5a, pois somos, todos, parte da nature5a eprecisamos rea"i"ar dentro de n%s o Ori6! que todos tra5emos como herana da pr%pria Efrica e recarregarnossa energia espiritual. -acrificase um animal para que atra"#s do plasma sangZneo possa o Ori6! tomarforma e assim passar a coabitar no corpo fsico e espiritual do futuro filho de santo. &ra assim que osnossos ancestrais fa5iam na Efrica e assim o fa5emos aqui no rasil, pois essa # a nossa forma maispr%6ima de mantermos "i"a essa fora maior e de grande ligao ancestral, que # o Ori6! *i"ini5ado empensamento e forma...8 [ nesse momento que o Ori6! do m#dium # in"ocado e se fa5 presente,possibilitando uma maior interao entre o iniciado e o Ori6! dono de sua cabea :Ori \ Cabea ] Q! \

    guardio?.+n3meras so as bibliografias que de alguma forma questionam o uso de obrigaes em que so utili5adosanimais como oferendas. [ muito comum relacionar a pr!tica de sacrifcio de animais a fase primiti"a dosnegros oriundos do continente africano. al"e5, fosse essa a linguagem usada por aqueles que numpassado hist%rico, condenaram a pr!tica afro]religiosa, alegando um primiti"ismo que no cabia a 8no"a8fase do pas em formao e com forte predomnio da cultura branca europ#ia. [ claro que, "isto de umngulo que no se/a o africano, essas obrigaes parecem ser retr%gradas, tendo em "ista a atual8moderni5ao8 com a qual con"i"emos. 1or#m, percebese uma certa con"ico quanto ao 8cortar8 para oOri6!.

    ETAPAS EVOLUTIVAS DE UM FILHO DE SANTO NA

    NAO OMOLOKONa Nao Omoloko, aprimeira obrigaoque um filho de santo fa5 # oEB.O que # &b%0 &b%# uma obrigao de limpe5a material e espiritual. [ uma obrigao muito simb%lica, pois marca a passagemdele da "ida mundana para ingressar na "ida espiritual onde ser! iniciado para ser um sacerdote de cultoafrobrasileiro. $p%s o filho de santo fa5er o &b% ele passa a ter o nome de B$bi, aquele que foi iniciado.$p%s o &b% o filho de santo fica recolhido no (onc% por um perodo de RI horas. 1ara repousar sua mentee corpo. +solando ele poder! ter o seu primeiro contato ntimo com o seu ori6!.

    $segunda obrigaoque o filho de santo far! # aCOFIRMAO DE BATISMO.Nesta obrigao o filho de santo fica escolhe um padrinho e uma madrinha que representaro seuspadrinho de batismo, se estes no puderem comparecer a cerimDnia. No Omoloko acreditase que oatismo # reali5ado uma 3nica "e5 na "ida e pode ser feito em qualquer, reali5ado quando a criana nasce,mas ele poder! ser reforado ou confirmado no terreiro. Nesta obrigao o filho de santo recebe a sua

    primeira guia, a guia brancoleitoso de Oshal!. Nesta obrigao o filho de santo no precisa ficar recolhidono (onc% ele ter! apenas que guardar sua cabeo do sol e do sereno durante RI horas.

    $er!eira obrigao# aCAT"#AO. Nesta obrigao o $bi que est! sendo iniciado #recolhido ao (onc% durante RI durante. Catulao significa B$brimento de Coroa e a sua finalidade # abrira passagem da mediunidade do abi. ou se/a tornar o filho de santo mais recepti"o para receber as"ibraes dos Ori6!s. $ catulao # acompanhada de um sacudimento :eb% de limpe5a? que # reali5adoantes do filho de santo ser recolhido ao (onc% e # feito um /ogo de b35ios para "erificar o Ori6! do filho queser! recolhido.

    $$uara obrigao# oCR"%AME&TO.$ finalidade do Cru5amento # fechar o corpo doabi contra todas as formas de energias negati"as. &la inicia com um sacudimento :eb%? e um banho deer"as de prefer4ncia de er"as do Ori6! do abi, se /! se ti"er certe5a se o mesmo # realmente o dono do orido abi que est! em obrigao. Nesta obrigao o abi # recolhido tamb#m por RI horas ao (onc%. &m sua

    sada do (onc% ele receber! a sua segunda guia, a guia do Ori6! dono do ori.

  • 8/12/2019 omoloko1

    5/15

    TEUJ - Filho de santotrajando roupa ritual

    branca da triboArigol, Nao

    Oolo!o"

    TEUJ - #alori$% trajandoroupa ritual de &esta sa'da o

    Ori$% (nhas (nhalosin"

    $ $uina obrigao# chamadoOBOR'.&sta obrigao ser"e para reforar as energias do filhode santo e reali5ar o assentamento em apot do primeiro ori6! do iAaD e o recebimento de sua R^ guia. $

    guia de seu primeiro ori6!, ou se/a o dono do or. O Obori di"idese em tr4s tipos@ Obori frio, feito com !guae comidas dos ori6!s Obori de dois p#s feito com a"es Obori de I p#s feito com animal quadr3pede.&sses Obors sero aplicados pelo sacerdote conforme a necessidade e condies gerais do abi. Nestaobrigao o abi ser! recolhido tamb#m por RI horas, mas ter! um resguardo e a ser cumprindo em sua

    casa :dormir na esteira, usar branco, no pegar sereno nem sol desnecessariamente...? por um perodo dequin5e :;M? dias. $p%s essa obrigao, o filho de santo passa a ser chamado de iAaD, aquele que foi

    entregue ao Ori6!, e tamb#m dar! uma pequena festa em homenagem ao seu Ori6! e a sua ascensodentro do ritual.

    TEUJ - Obrigao de Obori - &ilhos de santo)estindo roupa branca ritual e hoenage a

    O$al% solta pobos brancos, a)e sagrada paraos po)os da tribo a&ricana Arigol"

    $ se(a obrigao# chamada deSETE #I&)AS.&sta obrigao # precedida de um eb% eser! concluda com o assentamento do segundo orish! do iAaD e com o recebimento da U^ guia. $ guia do

    seu segundo ori6!, ou se/a o ori6! de B/unt% e receber! tamb#m a 'uia de -ete Finhas, que # um colar que

  • 8/12/2019 omoloko1

    6/15

    representar! a sua posio dentro do ritual por sua confeco especfica e pela forma que ela # usada. NaObrigao de -ete Finhas o iAaD ficar! recolhido no (onc% durante tr4s :U? dias e ter! que cumprir um

    resguardo de U= dias domingo na esteira , usando branco, no pegando sol e sereno desnecess!rio... Nestafase o AiaD receber! o ttulo abakeker4 ou !keker4. e passar! a ser chamado pelo -unan referente aosseu primeiro orish!. Nesse est!gio o ab!keker4 ou !keker4 /! poder! iniciar filhos de santo, mas sob a

    super"iso obrigat%ria do seu abalori6! ou !lori6!.

    TEUJ - O!"#$%&' *L"+,$ - O!"/

    0$!$1+2$'3 O41$!5

    TEUJ - O!"/ 0$!$1+2$'3 I+,$& A+,$+#/ I+,$+& I+,$6'"+(1 $1$!6')7 O41 A",/ (1 $846) O1469.

    TEUJ - C$':6$ J4!1/

    $s*ima obrigaoe 3ltima # aCAMARI&)A. Nesta 3ltima obrigao o ab!keker4 ]!keker4 receber! o grau de abalori6! ou !lori6!, podendo agora iniciar seus pr%prios filhos de santo eabrir sua pr%pria casa de santo. Neste est!gio o filho de santo, /! babalori6! ] A!lori6!, poder! iniciar seus

    filhos sem a presena obrigat%ria do seu abalori6! ] !lori6!, mas de"er! sempre respeito e obedi4ncia aoseu iniciador e com a casa de santo de onde se originou. Nesta obrigao o filho de santo ser! recolhido noronc% do terreiro durante sete :S? dias receber! seu Colar de +f! sua 'uia de abalori6!]A!lori6! que tem

    caracterstica de uso e confeco especial ter! cumprir no"amente mais "inte e um :R;? dias de resguardo.

    Nessa fase o filho de santo poder! assentar seu orish! em ferro, se o dese/ar ou ento dei6!lo no apoti, seassim o preferir. &ssa obrigao inicia com um eb% e se concluir! com uma grande festa de comemorao.

    TEUJ - *a+da deaarinha - Ori$%

    paraentadoObalua.

    TEUJ - *a+da deaarinha - Ori$%

    paraentado Ogu/eira-0ar do ariri

    TEUJ - *a+da de aarinha -abocla paraentada Jure+

  • 8/12/2019 omoloko1

    7/15

    TEUJ - Y$6'!"/ G"6';/ (A+2'+"2$M. ' P$') 1 0'"%&' $4$%&' $' O!"/

  • 8/12/2019 omoloko1

    8/15

    poderes sobrenaturais concedidos pelos Ori6!s Jaiores, tornaram seres humanos especiais dotados desuperpoderes fsicos ou mentais para proteger seu po"o, e ap%s a sua morte "oltam a ter contato com osseres humanos comuns na forma de ori6!s menores. &ssas pessoas receberam poderes diretamente doOri6! Jaior, e tornaramse semideuses aqui na erra, como por e6emplo o L#rcules da mitologia grega. OOri6! Jaior recebe sua energia c%smica diretamente da fonte, Olorum]Hambi. O ori6! menor possui omesmo nome do Ori6! Jaior de onde pro"em seus poderes, acompanhado de um sobrenome. 1ore6emplo, Ogum eiraJar, +nhalosin, +eman/! Ob!omi, QangD XaD...$ este segundo nome chamamos de

    di/ina ou sunam do Ori6!. $ssim podemos ter "!rios oguns, QangDs, o6%ssis, ieman/!s... *a mesma formaseriam os 1retosPelhos, cu/o nome pode no e6primir a "erdadeira entidade espiritual, pois o fato deentidade se manifestar como preto"elho no que di5er que ela necessariamente tenha que ter sido negro eescra"o e o caboclo tenha que ser obrigatoriamente o esprito de um ndio brasileiro. Os ori6!s menores,passaram pelo processo da reencarnao mas so espritos dotados de poderes sobrenaturais concedidopelo Ori6! Jaior e que por isso possuem uma grande lu5 e compreenso espiritual e tem seu poderampliado agora que no mais carrega o fardo do corpo fsico, por isso no necessitando mais passar peloprocesso da reencarnao para e"oluir.. [ isto que diferencia os eguns :esprito de morto que possuicompreenso ou lu5 espiritual mas ainda poder! passar, se necess!rio, por outras reencarnaes por aindaestar ligado ao mundo material? e kiumbas :esprito de morto que ainda no alcanou a lu5 espiritual, asnem compreende que ele /! "i"e em outra dimenso e que seu corpo carnal no mais e6iste?. [ isso quediferencia o Ori6! Jenor dos demais seres espirituais que ainda no foram tocados pela energia do Ori6!Jaior. $ energia concedida ao ori6! menor tamb#m pro"em de Hambi]Olorum entretanto, ela # canali5ada a

    ele atra"#s do Ori6! Jaior, que # o elo de ligao entre eles, da mesma forma que o ori6! menor # o elo deligao entre o ser humano e o Ori6! Jaior. *essa forma o Ori6! Jaior pode ser comparadogrosseiramente a uma "!l"ula que regula o flu6o de energia entre Hambi ]Olurum e o ori6! menor, podendodessa forma redu5ir, aumentar ou at# mesmo retirar os poderes do ori6! menor. No Omoloko, cr4se queso esses espritos, os ori6!s menores que se manifestam nos omoori6!s :m#diuns?. & somente emmomentos muitssimos especiais # que o filho de santo poder! realmente ser tocado de forma muito r!pidae superficial pelo Ori6! Jaior. O culto do ori6! menor est! ligado ao antigo culto dos antepassados e quenos foi legado pela cultura anto enquanto o culto ao Ori6! Jaior est! ligado ao culto das foras danature5a e nos foi legado pelos iorubanos e g4ges. [ importante frisar que na pr%pria Efrica esses doiscultos se mesclam e se completam da mesma forma que eles se completam aqui no rasil.

    DIAS da SEMA&A, CORES e S'MBO#OS dos ORI-.S na&AO OMO#O/0

    ORIX CORES SM>OLO DIA FESTIVO

    O#41 !$+:'7 @! @!16,' 0$$ '4 6$+%$ B $!"6

    O'" O5

    @! !$+:' $!:' 6:,$ ?$+"!'

    O1469 0!2' !$+:' $$!/7 :!487 01$ $#'2'

    O$64$; 0!2'7 !$+:' @!16,' $$!/7 :!487 01$ $#'2'

    O$+, @! :6$!'$!:' :'1 * 6:,$ 41 0'1' +':+2!'7 '6,$

    B 81!'

  • 8/12/2019 omoloko1

    9/15

    O41$! $1$!6' !$+:' !0+2' '4 $!:'-!" $#'2'

    N$+&4!'

  • 8/12/2019 omoloko1

    10/15

    NO C7FO OJOFOXO$ hierarquia sacerdotal da Nao Omoloko segue a mesma estrutura dos grupos orub!@

    Baba1ori(+ou2+1ori(+3sacerdote ou sacerdotisa, mais conhecidos como pai de santoou me de santo, # a autoridade m!6ima no culto ao ori6!

    2+4e4er5eBab+4e4er53filho de santo com obrigao de B-ete Finhas.

    Dag3a pessoa que tem mais tempo de iniciao dentro do terreiro

    Og &i16 eOg Ca1o7*3tocador de atabaque. 1essoa que d! incio T maioria doscnticos aos ori6!s nas giras :atualmente esses dois cargos tem sido ocupado por uma mesmapessoa?

    A(ogun3pessoa que, nas obrigaes, sacrifica os animais

    2+bass*ou2+b+3co5inheira das comidas sagradas dos ori6!s

    Combono3pessoa que nas giras atende aos Ori6!s

    E(i8de8Ori(+3filho de santo em geral7ma peculiaridade do culto Omoloko # que nele no e6iste o grau de BJe ou 1ai 1equeno8, como h! emoutros cultos afrobrasileiro. 1ara um iniciado tornarse ab!lori6! ou !lori6! ele precisa ser iniciado nassete obrigaes que compem a hierarquia sacerdotal, abrir seu pr%prio terreiro e ter seus pr%prios filhos desanto. &sse direito # adquirido quando o filho de santo fa5 a 3ltima obrigao que # chamada deBCamarinha, na qual o filho de santo # iniciado e ao seu t#rmino recebe o direito de Bcriar :iniciar? outrosfilhos de santo. -e esse filho de santo continuar no terreiro onde ele foi feito ele ser! chamado deab!keker4 ou !keker4 ` aquele que pode iniciar outros filhos de santo mas no possui ainda o seupr%prio terreiro . &le ainda no recebeu o *ek!. &ntretanto, se ele for abrir o seu pr%prio terreiro para iniciarseus pr%prios filhos de santo, ento ele receber! de seu ab!lori6! ou !lori6! o *ek! e passar! a serchamado de ab!lori6! ou !lori6! pelas demais pessoas. 1ortanto, na Nao Omoloko o ttulo de BJe1equena ou 1ai 1equeno Je 'rande ou 1ai 'rande no e6iste, pois ele est! condicionado ao pai desanto]me de santo ao abrir o seu pr%prio terreiro e ter os seus pr%prios filhos de santo. Na hierarquia da

    nao Omoloko o grau de ab!keker4 ou !keker4 est! logo abai6o do de ab!lori6!]!lori6!, entretantoele no pode ser comparado ao grau de B1ai]Je 1equeno:a? que h! em outros rituais, pois na NaoOmoloko no e6iste uma obrigao especfica para estes cargos como h! no (itual de 7mbanda e $lmasde $ngola, por e6emplo

    ORGANIQAO E MANUTENO DOS TERREIROSCaminham /untas duas formas de organi5ao dentro dos terreiros de Omoloko, uma seguindo o ritualreligioso e outra referente a parte burocr!tica e administrati"a .$ parte religiosa segue uma organi5ao que "ai desde a forma arquitetDnica at# as ati"idade anuaispraticadas.

    1. C$+#"!$ 3fica na entrada do terreiro, e # onde est! assentado o &6u da casa.2. C$$ $ A61$ 3locali5ada geralmente fora do terreiro. e # onde est! o assento das $lmas

    :1retosPelhos?. Nessa casa encontramse imagens de preto"elhos.

    3. C'8"+,$ ' S$+2' 3 local onde so preparados as comidas dos ori6!s e a comida para osparticipantes comerem em dias de festas e obrigaes.

    4. S$6&' 3# o local mais amplo onde so reali5ados os trabalhos espirituais. Nesse salo destacase o altar, onde ficam imagens de Ori6!s, Caboclos e 1retosPelhos e, em alguns terreiros tamb#mso colocados imagens de santos da religio cat%lica. Na maioria dos terreiros # contruda umapequena cerca de madeira ou muro para separar o salo onde os filhos de santo giram da !rea daassist4ncia.

    5. R"21' ' 0'+2' 3 (m3sica religiosa? # marcado por tr4s atabaques@ F# :tamb%r grande?,(um :tambor m#dio? e (umpi :tambor pequeno?. $l#m dos atabaques h! um agogD :instrumento demetal que emite som semelhante ao do sino? e maracas :tipo de chocalho que contem dentro

    l!grimas de nossa senhora e por fora # recoberto por uma rede confeccionada com a mesmasemente, que emite um som semelhante ao chiado.

    6. O!#$+"8$%&' 3*urante as sesses os filhos de santo so organi5ados de acordo com a suagraduao hier!rquica a partir do de altar em direo a porta de sada do terreiro, formando dois

  • 8/12/2019 omoloko1

    11/15

    semicrculos que comeam do altar, com os mais graduados e termina no lado oposto com osmenos graduados ou iniciantes. *urante a sesso os filhos de santo formam dois crculos, umdentro do outro. No crculo interno ficam os filhos de santo com graduao de ab!lori6!]!lori6! eab!keker4]!keker4, e no crculo e6terno ficam os demais filhos de santo. Guando os ori6!s semanifestam os componentes do crculo interno passam a compor tamb#m o crculo e6terno. Ocrculo interno # substitudo pelos ori6!s que "o se manifestando.

    7. H'!/!"' 3Com relao ao hor!rio, os terreiros obedecem a determinao do respons!"el peloterreiro. No caso da enda &sprita de 7mbanda 9uraci!ra as gras normais iniciam Ts R=@== eterminam Ts RR@== horas, e em dias de festi"idades as ati"idades terminam Ts RU@== horas.

    $ organi5ao burocr!tica, fica a cargo de uma diretoria composta por presidente, secret!rio e tesoureiro,al#m do conselho fiscal, que desempenham todas as funes burocr!ticas e administrati"as que /! to bemconhecemos. Juitos terreiros tem C'C e alguns so reconhecidos como de utilidade p3blica :municipal,estadual e federal?. No sendo uma associao com fins lucrati"os, a 3nica fonte de renda dos terreiros #atra"#s de uma mensalidade cobrada dos m#diuns para a manuteno geral do terreiro. Os pr%priosm#diuns fa5em a manuteno do terreiro, se/a na limpe5a ou mesmo na conser"ao das instalaesfsicas. &m alguns casos so contratados ser"ios profissionais, principalmente quando se trata de umaconstruo para aumento das instalaes fsicas. Como os terreiros so construdos a partir de doaes egeralmente so construdos no pr%prio terreno /unto a casa do 1ai ou Je de -anto. 1oucos so osterreiros que funcionam em terreno pr%prio, se # que h! algum.

    O ASPECTO ECOLGICO E O PAPEL SOCIAL$tualmente, a maioria dos terreiros t4m desempenhado um papel social e ecol%gico muito ati"o dentro dasociedade brasileira. &m 2lorian%polis, muitos terreiro t4m elaborado campanhas de solidariedade em#poca de festas tais como Natal e 1!scoa. $lguns promo"em suas festas dentro da pr%pria comunidadeonde esto locali5ados e outros atuam /unto a creches, orfanatos e asilos, le"ando presentes, cestasb!sicas etc. 1rogramas de cursos di"ersos so desen"ol"idos e aplicados durante o ano, tendo porfinalidade facilitar a "ida da comunidade, al#m de palestras de conte3do di"ersos. &m relao ao aspectoecol%gico notase o nascimento de uma consci4ncia atuante em relao a preser"ao do meioambiente eda nature5a. (ealmente, notase que os cultos afrobrasileiros esto despertando para uma no"a realidade.F'+2 "6"'#!/":$3 C462' O1'6'' - O!+$2' J'5 $ S"6@$O!$ T$+:!' $ S"6@$ P"+2'

    P

  • 8/12/2019 omoloko1

    12/15

    Roximuumbi !umbo Muumb"

    Oxossi#Od$ Kabila#Ta%amin Mad$ Uisi

    Oss&" Ka'"nd( Ka'"nd() Agu$

    *ang+ N,a,"-oango .ambangurim Kiaguim Kind"l$ Bad$ Ad

    /ambaranguan0" .ambanuri !obossi

    1ans& Ma'amba 2n3a4o4+ Uisu Kukusuka Av"0id

    Oxum Kissimbi Kamba assinda Mulomb" A,iri

    ogum T"r"kom4"nsu T"r"kom4"nsu)

    1"man0 Mikai#Kai'umb Dandalunda Anili Kind"l$

    Nan& 5umbarand 6u"r"7u"r( Numba Kind"l$

    Oxumar( Angor+ Angor+) B"ss"m

    Omolu Kaivungo Burungu8a Dandu Kind"l$ A,anssum

    1b"i0i 9ung" /aulu#/abasa R+r+

    2ro+ Pan,o#Ki'"mbu Pagau+ Diambanganga oko

    E% Mina Ngan0i /uiganga

    Ob Mina ugando Karamo(

    Oxal "mb "mb di ( Kind"l" Oliss

    Ogui& Kassu'$ :"rim&

    Olu;& "mbaraganga

  • 8/12/2019 omoloko1

    13/15

    @e hico 8ei at; Auano *a< Adi< e Oscarina *ani Adi< no e$iste registros sobrea linha sucessa de ?ang6, )e antendo o ulto Oolo!6 e suas tradies, na asa deultos A&ro-/rasileiros *enhor do /on&i, G 8ua l%udio 0anoel da osta, nK"LM, nobairro Nacional, na cidade de ontage, e 0inas erais"F'+2 "6"'#!/":$3 C462' O1'6'' - O!+$2' J'5 $ S"6@$O!$ T$+:!' $ S"6@$ P"+2'P

  • 8/12/2019 omoloko1

    14/15

    do Culto OmolocD, e seus lugares de origem, como se/a@ J'&' >+#46$7 P$"M'$17 P$" A6$+!7 M$!"$ R'+$7 P$" C$"+$7 P$" A1!"87 P$" L4$+$72:.emos tamb#m os bantos da Efrica Oriental, de *ares-alam, Guiloa, agamoAo,anga, 1angani pertencentes principalmente T costa oriental. &ssas tribos so cru5adascom um forte elemento asi!tico. &las esto situadas no continente, ao sul da +lha deHan5ibar, que foi T tempos atr!s go"ernada por um sulto !rabe. 1or esse moti"o a

    Nao OmolocD, amalgamouse e tornouse uma Nao &cl#tica, com um ritual semprecru5ado, com suas ra5es@ '4ge, Gu4to :reino iorubano do -udeste da (ep3blica doenim, na fronteira com a Nig#ria Efrica?, NagD, $ngola, $lmas :+orub!?, assim comocom o Oriente, de origem asi!tica. Os erreiros de OmolocD t4m sempre uma pu6adapara o ritual de suas ra5es, ou Nao (ai5, por#m no fundo, as formas de iniciao, e detrabalhos so sempre seguindo uma mesma diretri5.>"6"'#!$"$3&CNOFO'+$ OC7F+-$ *$ 7J$N*$ *O ($-+F

    ancredo da -il"a 1into

    A REN.A RELI&IOSA DO OMOLO /, SOBRE A FORMA.0O DATERRA-abemos que a crena religiosa, "aria de culto para culto, no entanto temos a nossa e

    como tal daremos aos nossos irmos de santo e aos ne%fitos, e leigos que no professamos cultos $fros, como os malungos :camaradas, companheiros?, o de"er de entenderem e

    passarem T frente, para que todos tenham o real conhecimento da f# dos filhos doOmolocD.

    $ntes, permitam que possamos lhes di5er que acreditamos firmemente que, os demaisplanetas componentes dos "!rios sistemas, so habitados, por#m ignoramos a forma e oscaracteres dos seres que neles "i"em e por isso, temos a obrigao de e6plicar como

    para n%s do OmolocD, surgiram os habitantes do planeta terra, ou se/a o 1laneta 1resdioem que "i"emos. Guando da criao deste planeta, hou"e por bem T HJ+, de con"ocarpara uma reunio, em seu pal!cio, &6u e 1ombagira, para que esses Ori6!s, pudessemcontar as boas no"as do no"o planeta. +nstados a se pronunciarem, &6u e 1ombagirano se fi5eram de rogados e contaram que era necess!rio que os espritos que na terra"aga"am sem forma e sem se conhecerem, como simples espirais de fumaa, de"eriamespiar seus d#bitos, materiali5ados, /! que , como dissemos acima, no passa"am desimples espirais de fumaa sem se conhecerem e sem saber os resultados dos seuscastigos. +nteligentemente, sugeriram &6u e 1ombagira, que cada um dos &spritos daNature5a, isto #, os Ori6!s, que sabemos so estacion!rios, ti"essem um pouco mais depaci4ncia e fornecessem os elementos qumicos e os alimentos para esses espritos,

    ficando &6u e 1ombagira, com a responsabilidade de arrebanharem em outros planetas,espritos tamb#m castigados e tra5erem esses espritos para a terra e se /untarem aosque aqui se encontra"am. $p%s muita delonga, resol"eu HJ+, aceitar a sugesto de&6u e 1ombagira, ficando no entanto cada Ori6! presente, com a preocupao dade"oluo dos elementos qumicos e dos alimentos, pois como # entendido por todos n%s,donde se tira e no se repe, esgotase as reser"as, sugerindo ento Omolu uma no"areunio para posterior deliberao. Lou"e no"a reunio e depois de falarem a cerca doplano de &6u e 1ombagira, ficou assentado e consentido que isso seria feito, faltando noentanto saberem, como poderiam eles resgatar os elementos qumicos e os alimentos.*iante de to gra"e preocupao, Olodum :que comanda os &lementais? que T tudoassistia calado, resol"eu se pronunciar e o fe5 de maneira inteligente, di5endo T todos os

    presentes que no se preocupassem, pois ele de"ol"eria os alimentos e as ess4nciasqumicas. Com o pronunciamento de Olodum, ficaram todos calmos e descansados eimediatamente apro"aram a id#ia de &6u e 1ombagira. (ecebendo esto essa

  • 8/12/2019 omoloko1

    15/15

    incumb4ncia, partiram &6u e 1ombagira em busca de no"as camadas de espritos emoutros planetas, e em l! chegando, enganaram como lhes # pr%prio, com promessas der!pidos resgates de d#bito espiritual e anunciando que a terra era o lugar ideal paratodos, um "erdadeiro paraso, e que eles lhes podiam acompanhar, pois no searrependeriam. +ludidos com &6u e 1ombagira e acreditando ser a terra realmente umparaso, embarcaram eles nos drages "oadores de &6u e 1ombagira e rumaram

    imediatamente para a terra. Guanta decepo e desiluso, quanta l!grima derramada,pois aqui chegados, deuse o fenDmeno da materiali5ao e puderam eles en6ergarem esentirem /! agora, na pr%pria carne, pois receberam as ess4ncias qumicas e as formashumanas, espet!culos deprimentes como crimes de todas as esp#cies, e coisas quesinceramente nos eno/a, como taras, fobias que se manifestam nos infeli5es. O Ori6!TEMPOte"e a misso de transportar os bons e os maus e muito a/udou a tra5er ascamadas inferiores e que at# ho/e procuram no se amoldarem como tamb#m seaperfeioarem e isto caros +rmos, temos conseguido, ha/a "isto que o progresso que aiesta e /amais poder! por algu#m ser contestado. -omos por conseguinte, espritose"oluti"os e como tal de"emos nos comportar e nos educar para "idas futuras, e"oltarmos um dia, quem sabe quando, ao nosso sistema de origem com a graa e a

    infinita sabedoria de Hmbi em toda sua Corte Celeste. Peremos que a nossa f# tem bases%lida, pois o negro nesta le"a, agiu /ustamente no continente , que mais se assemelha,ou se/a a Efrica e o branco na &uropa, etc. 1ara finali5ar, +rmos de"emos, cada "e5 maisnos amoldarmos para estarmos preparados para o regresso e que cremos ser! triunfal.*e"emos entender que Omolu # o encarregado da "ida e da morte material, e Olodum oencarregado de de"ol"er aos espritos da nature5a :os &lementais? os restos mortais damat#ria que se transformaro em ess4ncias qumicas na forma de fogosf!tuos e quetodos do Culto OmolocD sabem respeitar, pois esse fenDmeno # a ligao e o sinal deOlodum com os demais Ori6!s, cumprindo ele com respeito o trato feito na reunio daCorte Celestial de Hmbi. 1or essa ra5o, ficaram &6u e 1ombagira como agentesm!gicos 7ni"ersais e at# ho/e, intermedi!rios entre os homens e os Ori6!s.>"6"'#!$"$3&CNOFO'+$ OC7F+-$ *$ 7J$N*$ *O ($-+Fancredo da -il"a 1into