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DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL CONTABILIDADE PARA O TERCEIRO SETOR

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DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL CONTABILIDADE PARA O TERCEIRO SETOR 2 Agenda Introduo: Contabilidade para o Terceiro Setor Linha do Tempo da Contabilidade no Terceiro Setor Funo Social da Contabilidade no Terceiro SetorAspectos Estatutrios (constituio e legalizao) Gesto Contbil, Fiscal e AdministrativaEstrutura das Demonstraes Contbeis Controles Internos Governana Notas Explicativas Plano de ContasAmbiente Regulatrio Obrigaes Acessrias Ttulos e Certificaes Aplicveis ao Terceiro Setor Exerccios Bibliografia 3 Contabilidade no Terceiro Setor A Contabilidade no Terceiro Setor a mesma ferramenta utilizada para osdemaissetoresdaeconomia,masdeveterfocoprincipalmentena transparncia,combonscontrolesinternoseadequaodeseusobjetivos estatutrios, refletidos nas Demonstraes Contbeis. Nestecontexto,aprticacontbildoTerceiroSetorrequerforte acompanhamento das legislaes pertinentes, com o intuito de obter e manter asimunidadese/ouisenesdeimpostosecontribuiessociais,eas titulaes auferidas (manuteno e renovao). AsentidadessemfinslucrativosdevemutilizaraContabilidadecomo instrumento de Gesto para gerar dados contbeis, visando a formatao das Prestaes de Contas exigidas pelos rgos fiscalizadores e parceiros. O cenrio contbil de uma Entidade do Terceiro Setor deve ter o objetivo dedemonstrar,comclareza,asorigensdosrecursosesuadestinao, podendoainstituioadotaraContabilidadeporFundos(Projetos)e apresentar de forma segregada suas Demonstraes Contbeis. Asboasprticascontbeisnasentidadessemfinslucrativosso responsveispelasustentabilidadedestasinstituies,quandofocadasna administraoeficienteecomoinstrumentodefiscalizaodosrecursos aplicados. Abuscadenovasformasdegerenciamentoecontroleeasatuais normasepronunciamentoscontbeisfazemdaContabilidadeuminstrumento legtimo de representao da administrao de uma Entidade. Odesenvolvimentoinstitucionaldasentidadesumprocessode fortalecimento de suas reas de atuao. Assimsendo,umagestoprofissionalizadaocaminhoparaa sustentabilidade administrativa e financeira das Entidades no Terceiro Setor.Ocrescimentodacapacidadeorganizacionaltemcomofocoo cumprimentodesuasmisseseobjetivos:construirebuscarnovosrecursos. Aprimorarsuascapacidades:administrarosrecursosfinanceiros,materiais, gerenciamento de projetos, e de prestao de contas. AsEntidadessemFinsLucrativossoconhecidascomoOrganizao NoGovernamentalONGs,podemserconstitudassobdoistipos societrios: Associaes e Fundaes. 4 Lembrando que a terminologia ONG no tem qualquer respaldo jurdico. OTerceiroSetorvemampliandoediversificandosuaatuaoe abrangncia,oquevemexigindomaisrecursosfinanceiros,humanos, tecnologia,infraestrutura,equipamentos,softwareeconhecimentoda legislao pertinente ao Setor. necessrioogerenciamentodosbenefciosconcedidosatravsdo acompanhamento das legislaes pertinentes. As Entidadesdo Terceiro Setortem uma funo social e pblica. Nestecontextoopontoimportanteaposiodasociedadecivil constituda por associaes e fundaes no aperfeioamento da relao entre os Indivduos, a Sociedade e o Estado. 5 Linha do Tempo da Contabilidade no Terceiro Setor 1935 Lei 91 regras para as sociedades declaradas de Utilidade Pblica 1961 Decreto 50.517-declarao de utilidade pblica (Ministrio da Justia) 1966 Lei 5.172 CTN dispe sobre a escriturao das receitas e despesas 1976 - Lei 6.404 base para as normas contbeis 1988 Constituio Federal marco no setor assistencial Artigo 150 1998 Decreto 2.536 concesso do Certificado de Entidade de Fins Filantrpicos 1999 Lei 9.790 qualificao de OSCIP (princpios fundamentais de Contabilidade e das Normas Brasileiras de Contabilidade) 1999 Decreto 3.100 Prestao de contas anuais das Organizaes da Sociedade Cvel de Interesse Pblico 2000 Resoluo CFC 877 aprova a NBC T10 e 10.19 Entidades sem Finalidades de Lucros (desatualizada) 2007 Lei 11.638 divulga sobre a elaborao e divulgao das Demonstraes Contbeis 2009 Lei 12.101 regula os procedimentos de iseno de contribuies para seguridade social 2010 Decretos 7.237 e 7.300 Entidade com atuao em reas (Ministrios) 2012 Resoluo CFC 1.409 ITG 2002 Entidades sem finalidade de lucros 2013 Lei 12.868 (altera a 12.101/09) regula os prazos da certificao CEBAS 2014 Lei 13.019 institui normas gerais para as parcerias voluntrias, envolvendo ou no transferncias de recursos financeiros com o poder pblico 6 Funo Social da Contabilidade no Terceiro Setor

aber: Associaes e Fundaes. O Terceiro Setor vem sua Ocontrolesocialaparticipaodasociedadenoplanejamento, execuo,acompanhamentoeavaliao,eafiscalizaodaexecuodas polticas pblicas. Trata-se de uma ao conjunta entre o Estado e a Sociedade Civil. Ocontrolesocialdosinvestimentospblicoseprivados.Acorreta aplicao dos recursos aportados nas entidades e principalmente a avaliao e o monitoramento destes recursos com vistas ao investimento social. Eatravsdosdemonstrativoscontbeis(BalanoPatrimonialeo Balano Social) que o investidor e/ou associado acompanha os projetos sociais desenvolvidos pelas Entidades.Otrabalhovoluntrio,quetambmrecebetratamentocontbil,a representao da sociedade no Terceiro Setor. A Contabilidade no Terceiro Setor gera maior confiana da comunidade, pois a entidade elabora as Prestaes Contas para os financiadores privados e ogovernoeparatodososusurios(stakeholders),proporcionandomaior visibilidade das receitas e despesas efetuadas. 1 SETOR ESTADO/ GOVERNO 2 SETOR MERCADO/ INDSTRIA 3 SETOR INSTITUIES SEM FINS LUCRATIVOS 7 Aspectos Estatutrios (constituio e legalizao) Registro do Estatuto e Atos Constitutivos Oestatutosocialoinstrumentopeloqualsoestabelecidasasregrasde operao da pessoa jurdica. O estatuto serve como ferramenta para regular a forma como uma Fundao ouAssociaoexercersuasatividades,comosersuacomposiointerna, quais os poderes dos seus dirigentes. AsEntidadesBeneficentesdeAssistnciaSocial(FundaoeAssociao) so registradas no Cartrio de Registro Civil de Pessoas Jurdicas RCPJ. Somenteapsesteregistroaentidadeestlegalmenteconstitudaepode comear atuar no mundo jurdico.O Estatuto Social depois de elaborado deve ter anuncia do Ministrio Pblico. TodaalteraonoEstatuto(reforma)deveserregistradanosrgos competentes. NoEstatutodevemconterclusulasespecficasdefinindooscritriosde atuao da Entidade: Definir o objetivo social da Entidade; A constituio dos Conselhos Fiscais e/ou Consultivos; Definio dos perodos e substituio dos membros dos Conselhos; Destinao do patrimnio no caso de dissoluo; Mencionar a atuao da Entidade no territrio nacional; Definir a atividade preponderante em Estatuto; Descrever as atividades meio; 8 Gesto Contbil, Fiscal e Administrativa Gesto Contbil por Projetos AsEntidadessemFinsLucrativosdevemrespeitarosconceitosde materialidade, relevncia e consistncia dos registros contbeis, de modo geral aplicam-seosPrincpiosFundamentaisdeContabilidadeeasNormas BrasileirasdeContabilidadeelaboradaspeloConselhoFederalde Contabilidade.Demonstraes Contbeis: Peas Contbeis Segregadas: - Balano Patrimonial - Demonstrao do Resultado do Perodo - Demonstrao do Fluxo de Caixa - DFC - Demonstrao do Valor Adicionado - DVA - Notas Explicativas M Mo od de el lo o d de e B Ba al la an n o o P Pa at tr ri im mo on ni ia al l p po or r P Pr ro oj je et to o Balano Patrimonial - UN Patrimnio e Cultura Fundo: 1.1.1.000 Projeto XXXXX Ativo Circulante Passivo Circulante Caixa e equivalente de caixa Fornecedores Contribuies e Retenes Contas a receber Passivo No Circulante CauoAdiantamento de parceiros Ativo No CirculantePatrimnio Lquido Depsito Judicial Resultado do Projeto Imobilizado Intangvel TOTAL ATIVOTOTAL PASSIVO E PATRIMNIO LQUIDO 9 UN PATRIMNIO E CULTURAFUNDO: 1.1.1.000 - PROJETO XXXXXXRECEITA OPERACIONAL Receita do ProjetoRendimentos de Aplicaes FinanceirasOutras ReceitasSubtotal 0,00CUSTOS DIRETOS: PessoalSuprimentos DiversosServios de TerceirosLocao e ManutenoDespesas OperacionaisSubtotal 0,00SUPERVIT DO PROJETO 0,00DRE - Demonstrao do Resultado do Perodo Segregao dos Recursos Captados OMinistrioPblicorecomendaasegregaodascontascontbeis patrimoniais e de Projetos dos recursos que permitem uma maior transparncia dos nmeros. Procedimento Bancrio Paraexercerumbomcontrolefinanceiro,recomenda-seaaberturade uma conta corrente para cada Projeto. Destaforma,oscontrolesdasreceitas,despesas,rendimentos, aplicaes financeiras, tarifas bancrias sero segregados por Projetos. Escriturao Contbil AResoluoCFC1.330/11tratadaEscrituraoContbil.OConselho Federal de Contabilidade determina que a escriturao contbil das Entidades do Terceiro Setor deve ser feita pelo Regime Contbil da Competncia. 10 Legalizao e Constituio AEntidadedeveestaregulardopontodevistafiscalatravsdo registro doCNPJ ( Cadastro Nacional das Pessoas Jurdicas do Ministrio da Fazenda)naRFBSecretariadaReceitaFederaldoBrasilviainternetno endereo: www.receita.fazenda.gov.br.Quandoocorrerqualqueralteraonaentidade,sejadeendereoou outra modificao preciso manter atualizados os dados da entidade.A atividade principal da Entidade deve ser registrada no CNAE do CNPJ como atividade preponderante que deve constar no Estatuto. Qualificaes Almdosregistrosobrigatriosaentidadepodeedevebuscara qualificao de sua Instituio que so concedidas pelo poder pblico: - Declarao de Utilidade Pblica (esfera federal, estadual e municipal). - Certificado de Entidade Beneficente de Assistncia Social CEBAS -QualificaocomoOrganizaodaSociedadeCivildeInteressePblico OSCIP Documentos exigidos para comprovao das Entidades no Terceiro Setor - Estatuto com registro no RCPJ - Certificado CEBAS - DIPJ (imunidade do IR) - RAIS -ComprovantedoProtocolodeIsenesMunicipaisouEstaduaisjuntoao rgo competente - Certificado de Regularidade do FGTS - Certido Negativa de Dbito Previdenciria - Certido Negativa de Dbitos Trabalhistas-Certido Conjunta de Dbitos relativos aos tributos federais e dvida Ativa da Unio 11 rgos reguladores/fiscalizadores: - Conselho Fiscal e Conselho Curador (definidos no Estatuto) - Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate a Fome - Ministrio de Educao MEC - Ministrio da Sade - Ministrio Pblico - MP - Ministrio da Justia - Tribunal de Contas (quando aplicvel) Obrigatoriedade da Emisso de Nota Fiscal Eletrnica O Regulamento do ISS do Municpio do Rio de JaneiroRISS-MRJ determina: Artigo 151 Os prestadores de servios, ainda que imunes ou isentos, esto obrigados,salvonormasemcontrrio,aocumprimentodasobrigaes acessrias previstas.. Artigo153Osprestadoresdeservios,aindaqueimunesouisentos, devero inscrever-se na repartio fazendrias competente, antes do incio de qualquer atividade. Artigo 191 O estabelecimento prestador de servios obrigado a emitir Nota FiscaldeServiossemprequeexecutarservios,quandoreceber adiantamento,sinaisoupagamentosantecipados,inclusiveembensou direitos.

12 Estrutura das Demonstraes Contbeis OdesafioparaosContabilistastornarasdemonstraescontbeis maisconcisas,transparentesecominformaesrelevantesparaosusurios internos e externos, e principalmente para os rgos reguladores. O ambiente contbil da Instituio deve ter sinergia com as reas de TI e Jurdicaparaumbomandamentodoprocessodefinalizaodas demonstraes contbeis.AsDemonstraesContbeisdasEntidadesdoTerceiroSetordevem terporobjetivoproporcionarainformaocontbildemodoqueseja representativa para a prestao de contas junto aos parceiros e fiscalizadores. PlanejarmensalmenteofechamentoanualdoBalanoPatrimonial significamelhoresprticasparaaapuraodoresultadocominformaes confiveis e transparentes.AResoluoCFCn1.121/08estabeleceaestruturaconceitualparaa Elaborao e Apresentao das Demonstraes Contbeis. Polticas Contbeis Abuscapelomelhorprocessodeapresentaodasdemonstraes contbeis passa pelo planejamento contbil durante o exerccio, quais sejam: Feitura mensal da DRE (acompanhamento); Conhecimento do negcio da Instituio; Apresentao das exigncias legais nas peas contbeis; Produzir informaes adicionais relevantes; Informaesteiseagregadasparaaavaliaododesempenhoda entidade em termos de realizaes dos projetos; Divulgao completa das Demonstraes Contbeis A Lei estabelece sua periodicidade ao fim de cada perodo social de 12 meses (pode ou no coincidir com o ano civil) 13 Controles Internos Governana Segundo o FASB (Financial Accounting Standards Board), os Controles Internosconsistemnumconjuntodepolticaseprocedimentosqueso desenvolvidoseoperacionalizadospelaEntidadeparagarantirumarazovel certeza e confiana nas Demonstraes Contbeis e nos processos internos. atravsdebonsControlesInternosquealcanamososobjetivosda Instituio. Foiapartirdoexercciode2000,apsosproblemasdefraudesem grandes empresas, que passamos a conviver com a chamada Governana. GovernanaCorporativanadamaisqueumconjuntodeprocessos, polticas, regulamentos, leis e a cultura interna que se regula uma Entidade.Modelos de Controles Internos Entidade XXXXXXXX MOVIMENTAO DO IMOBILIZADO Exerccio de 2XXX

Mveis e Utenslios VeculosEquipamento Mquinas e Aparelhos Computadores TotalSaldos em 1 de janeiro de 2XXX Adies

Baixas do Custo

Baixas da Depreciao

Transferncia

Depreciao

Saldos em 31 de dezembro de 2XXX Adies

Baixas do Custo

Baixas da Depreciao

Transferncia

Depreciao

Saldos em 31 de dezembro de 2XXX Saldos em 31 de dezembro de 2XXX

Custo total

Depreciao acumulada

Valor Residual Saldos em 31 de dezembro de 2XXX

Custo total

Depreciao acumulada

Valor Residual 14 SaldoBaixas/ Atualizao Saldo Processo Natureza Nmero do Processo 31/12/XXXX Adies Pagamentos Monetria 31/12/XXXX0,000,000,000,000,000,000,00Total 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00Planilha de Contingncias 15 16 BANCOCONTADATAHISTRICO IT VALOR VALORSaldo em (Conf. Extrato) 1Mais : Dbitos da CIA. - Banco no creditouTOTAL 2 0,00Menos : Crditos da CIA. - Banco no debitou 3.1 Total de cheques no apresentados (vide verso) 0,00 3.2 Total de cheques no entregues (vide verso)3 0,00TOTALExtrato AjustadoSoma ( 1 + 2 - 3 ) 4 0,00Saldo na mesma data ( CF. os livros da CIA ) 5Mais : Crditos do Banco - CIA. no debitouTOTAL 6 0,00Menos : Dbitos do Banco - CIA. no creditouTOTAL 7 0,00Livros Ajustados( SOMA5 + 6 - 7 ) 8 0,00FEITO POR CONFERIDO POR APROVADO PORDATA DATA DATAVISTO VISTO VISTOFOLHA DECONCILIAO BANCRIAC/C xxxxx-xx 17 Notas Explicativas AmelhorredaonaelaboraodeNotasExplicativasaquelaque melhoratendeaosobjetivosdasdemonstraescontbeis,contribuiparao entendimentodonegciodaEntidadeparaosinteressadosemqualquer esfera. Oimportanteapresentarasinformaesacercadaspolticasda instituio, orientaes, e atender a legislao aplicvel ao Terceiro Setor. Cada grupo de contas deve ter as informaes relativas sua aplicao dentro das demonstraes contbeis. DeacordocomaResoluoCFC1.185/09Apresentaodas Demonstraes Contbeis, e a NBC TE para as Entidades sem fins lucrativos recomenda que no mnimo as Notas Explicativas, devem conter: Os critrios de apurao da receita e despesas com gratuidade; Informaes sobre os recursos com restries por parte do doador; Eventossubsequentesdatadoencerramentodoexerccio considerados relevantes pela Entidade; rea de Educao: Aentidadeeducacionaldeensinodeveevidenciaraadequaodareceitae despesassegundoaLeideDiretrizeseBasesdaEducaoconforme regulamentao. rea de Sade: Demonstrar os percentuais de atendimento do Sistema nico de Sade (SUS), bem como a gratuidade decorrente do custo com os pacientes do sistema SUS. 18 Plano de ContasO Plano de Contas o agrupamento ordenado de todas as contas contbeis da Entidade que sero utilizadas de acordo com a atividade exercida. Entidade da rea de Educao: Receitas de Educao Mensalidades do Ensino Mdio Mensalidades do Ensino Fundamental Receitas das Atividades Culturais Receitas das Atividades de Pesquisa Despesas/ Custos de Educao Despesas com pessoal Despesas administrativas Entidade da rea da Sade Receitas do Ambulatrio Receitas dos Convnios Despesas/ Custos da Sade Despesas com pessoal Despesas administrativas Despesas com medicamentos 19 Ambiente Regulatrio AsEntidadesBeneficentesdeAssistnciaSocialtemcomofinalidade atuar e/ou complementar a ao do Estado. A Constituio Federal reconhece determinadas entidades uma imunidade fiscal. Tabela de Imunidade e Isenes ImunidadeAbrangeimpostossobreopatrimnio a renda e os servios (*) relacionados sfinalidadesessenciaisdas entidades Fundamento legalCF art. 150, VI, c; CTN, art. 14 Requisitos gerais a)nodistribuirparceladeseu patrimnio ou de sua renda a ttulo ou participao em seu resultado; b)aplicar integralmente no pas os seusrecursosnamanutenode seus objetivos; c)manterescrituraodesuas receitasedespesasemlivros revestidosdeformalidadescapazes de assegurar a sua exatido; Impostos abrangidosSobre o patrimnio: IPTU; ITR; ITCMD; IPVA Sobre a renda: IR Sobre os servios: ICMS incidente sobre servios de transporte e comunicao ISS AplicaesNo incidncia de impostos nos mbitos federal, estadual e municipal. 20 Reconhecimento da Imunidade/Iseno ao Imposto de Renda - IR Natureza Imunidade Fundamento legal CF, art. 150, inc. VI, c; CTN, art. 14 rgo a que se dirigirSecretaria da Receita Federal Requisitos especficos para usufruir o benefcio a)noremuneraodedirigentes, observadoquenoseconsidera remuneraoagratificaopagaa associadoeleitoparacargoda administraosindicalourepresentao profissional,desdequenoexcedaa importnciaquerecebianoexerccioda respectiva profisso; b)nodistribuirqualquerparcela deseupatrimniooudesuasrendasa ttulodelucroouparticipaono resultado; c)aplicarintegralmenteosseus recursos,noPas,emmanutenoe desenvolvimentodosseusobjetivos institucionais; d)recolher os tributos devidos sobre osrendimentosporelaspagosou creditados; e)entregar,anualmente,asua Declarao de Iseno; f)manterescrituraodesuas receitas edespesas emlivrosrevestidos de formalidades capazes de assegurar a sua exatido; g)apresentaraDeclaraode ContribuieseTributosFederais (DCTF),cominformaesrelativasao ImpostodeRendaRetidonaFonte (IRRF),setiverefetuadopagamentoou 21 crdito de rendimentos; Obrigaes acessrias para manuteno do reconhecimento Registrar livro Dirio e Razo no CartriodeRegistrodePessoas Jurdicas Numeraraspginasdestes livros,atinta,semrasuras,naordem cronolgicadosfatoscontbeis, apontandoinformaesmnimas correta indicao da origem e destino da transao efetuada. Manterordenadamenteem arquivonasededaentidadeouno escritriodocontabilista,porprazo indeterminado,poispoderoservirde prova do cumprimento de obrigaes da entidade junto ao Fisco. Seaprpriaentidadefora fontepagadora,estarobrigadaa recolher mensalmente o IR devido pelos beneficiriosdospagamentos(ainda que deixe de reter o imposto, continuar responsvelporseurecolhimento). ApresentaraDeclaraodeInformao deRetenonaFonte(DIRF)nos prazosfixadospelaSecretariada Receita Federal. AplicaesSuasrendasnosofrema incidncia do Imposto de Renda Dispensadaentregada DeclaraodeRendimentosdaPessoa Jurdica, substituda pela Declarao de IsenodoImpostodeRenda.Seusrendimentoseganhosdecapital auferidosemaplicaesfinanceirasde renda fixa ou renda varivel (imposto de rendanafonte)estoimunesa tribulao. 22 Reconhecimento da Imunidade/Iseno ao Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI Natureza Iseno Fundamento legal CF, art. 150, inc. VI, c; CTN, art.14Lei n 4.502/64 Decreto n 2.637, de 25.06.98, art. 48, I Requisitos especficos para usufruir do benefcio Produtosindustrializadospor instituiesdeeducaooude assistnciasocial,quandosedestinem, exclusivamente,ausoprpriooua distribuio gratuita a seus educandos e assistidos,nocumprimentodesuas finalidades.Observao especficaORIPIdisciplinatambmoutras isenesincidentessobredeterminados produtosqueeventualmentepodero serobjetodefabricaoporentidades do terceiro setor AplicaesNo incidncia do IPI Reconhecimento da Imunidade/Iseno ao Imposto de Importao - II Natureza ConcessodeIsenoou reduodoimpostodeimportao,nas operaes de importao realizadas por instituiesdeeducaooude assistncia social. Fundamento legal CF, art. 150, inc. VI, c; CTN, art. 14 Lei n 8.032, de 12-IV-90, art.2 , inc.I, alnea a; Decreto Federal 91.030, de 05.03.85, art. 149, II e 152, III a)nodistriburemqualquer parceladoseupatrimniooudesuas rendasattulodelucroouparticipao no resultado; b)aplicaremintegralmente,no 23 Pas, os seus recursos, na manuteno e desenvolvimentodosseusobjetivos institucionais; c)manteremescrituraodesuas receitas edespesas emlivrosrevestidos de formalidades capazes de assegurar a sua exatido; d)anatureza,qualidadee quantidade dos bens corresponderem s finalidadesparaosquaisforam importados; e)estaremasfinalidadesparaas quaisosbensforamimportados enquadradas nos objetivos institucionais dasentidadesprevistosnosrespectivos estatutos ou atos constitutivos; f)nocasodematerialmdicohospitalar,anunciadoMinistrioda Sade,e,nosdemaiscasos,do Ministrio de Educao; g)nocasodebensimportadospor instituiescientficas,estesdevero constar de projeto de pesquisa aprovado peloConselhoNacionalde DesenvolvimentoCientficoe Tecnolgico. Aplicaes NoincidnciadoImpostode Importao 24 Imposto sobre a propriedade de veculos automotores (IPVA) Natureza Imunidade Fundamento legalCF, art.150, inc.VI, c; CTN, art.14 rgo a que se dirigirSecretaria da Fazenda Estadual Requisitos especficos para usufruir do benefcio Conformedispusero regulamentodoIPVAdorespectivo Estado.Documentos a apresentarConformedispuseroregulamento do IPVA do respectivo Estado. Obrigaes acessrias para manuteno do reconhecimento Conformedispusero regulamentodoIPVAdorespectivo Estado. AplicaesNo incidncia do IPVA

Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) Natureza Imunidade Fundamento legalCF, art. 150, inc. VI, c; CTN, art. 14 e art. 32(*)rgo a que se dirigirSecretaria da Fazenda Municipal Requisitos especficos para usufruir o benefcio Imvel destinado ao desenvolvimento de atividades sociaisDocumentos a apresentar Conforme legislao municipal Obrigaes acessrias para manuteno do reconhecimento Conforme legislao municipal AplicaesAimunidadeatingeoIPTU,e noasdemaistaxasdeservios pblicosprestadaspelamunicipalidade ecobradasnomesmocarn.Assim, permanecemdevidosospagamentos dastaxasdeconversaodeviase logradourospblicos,delimpeza pblica,decombateasinistros,de iluminaes urbanas e afins. 25 Imposto sobre servios (ISS) Natureza Imunidade Fundamento legalCF, art. 150, inc. VI, c; CTN, art. 14 rgo a que se dirigirSecretaria da Fazenda Municipal Documentos a apresentar Conforme legislao municipal Obrigaes acessrias para manuteno do reconhecimento Conforme legislao municipal AplicaesNo incidncia do imposto. 26 RESOLUO CFC N. 1.409/12 Aprova a ITG 2002 Entidade sem Finalidade de Lucros. OCONSELHOFEDERALDECONTABILIDADE,noexercciodesuas atribuies legais e regimentais e com fundamento no disposto na alnea f do Art. 6 do Decreto-Lei n. 9.295/46, alterado pela Lei n. 12.249/10, RESOLVE: Art. 1Aprovar a Interpretao ITG 2002 Entidade sem Finalidade de Lucros. Art.2RevogarasResoluesCFCn.os837/99,838/99,852/99,877/00, 926/01e966/03,publicadasnoD.O.U.,SeoI,de2/3/99,2/3/99,25/8/99, 20/4/00, 3/1/02 e 4/6/03, respectivamente. Art. 3 Esta Resoluo entra em vigor na data de sua publicao, aplicando-se aos exerccios iniciados a partir de 1 de janeiro de 2012. Braslia, 21 de setembro de 2012. Contador Juarez Domingues Carneiro Presidente Ata CFC n. 969 27 Obrigaes Acessrias IN n 086/2001 - Instruo Normativa(informaes contbeis) MANAD - Instruo Normativa MPS/SRP n12/006 (informaes da Folha de Pagamento) Declaraes:Anuais: DIPJ/DIRF/DECLAN Mensais: DCTF/GIA-ICMS/GFIP/DES Outras: PER/DCOMP/Sintegra SPED- Sistema Pblico de Escriturao Digital: Nota Fiscal Eletrnica NF-e (Servios) CT-e - Conhecimento de Transporte Digital DANFE Documento de Aquisio de Material/Equipamento Digital ECD - Escriturao Contbil Digital EFD - Escriturao Fiscal Digital EFD ContribuiesE Social (em fase de implantao) 28 Ttulos e Certificaes Aplicveis ao Terceiro Setor Estatuto CNPJ (adequao a nova Lei de Filantropia) CCM COMAS Utilidade Pblica Federal Utilidade Pblica Estadual Utilidade Pblica Municipal CEBAS Certificado de Entidade Beneficente de Assistncia Social Imunidade Cota Patronal 29 Exerccios 1)No caso de dissoluo de uma Entidade do Terceiro Setor como ficam os seus bens patrimoniais?2)Qual o Regime Contbil para a contabilizao das receitas e despesas da Entidade? 3)Os recursos oriundos de Convnios e Subvenes devem ter registro contbil em que grupo de contas? 4)Quando se deve contabilizar a proviso de contingncia de uma ao judicial trabalhista? 5)Cite 05 tipos de atividades que as Entidades sem Finalidade de Lucros podem exercer? 6)Qual o nome da Prestao de Contas exigida anualmente pelo Ministrio Pblico para as Fundaes e Associaes? 7)Nas Contas de Compensao o que pode ser evidenciado? 8)O trabalho do voluntrio deve ser contabilizado e evidenciado nas Demonstraes Contbeis de que forma? 9)Como contabilizar a doao de um bem mvel na Entidade? 10) Cite 03 trs requisitos para o gozo da imunidade para as Entidades sem Fins Lucrativos. 11) Cite 03 trs tpicos que devem conter nas Notas Explicativas para as Entidades do Terceiro Setor. 30 Bibliografia Caderno de Procedimentos Aplicveis Prestao de Contas das Entidades do Terceiros Setor (Fundaes); FEC Fundao Brasileira de Contabilidade 2011. Grazzioli, Airton, Fundaes Privadas: das relaes de poder responsabilidade dos dirigentes; So Paulo ; Atlas, 2011. Lcia Helena B.Young; Entidades sem Fins Lucrativos Resumo Prtico; Editora Juru, 2009. Iudcibus Srgio de; Jos Carlos Marion; Dicionrio de Termos de Contabilidade; Editora Atlas, 2001. Iudcibus, Sergio de.; Teoria da Contabilidade; Editora Atlas 2000