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MUTTA SHOES UM PROJECTO INDEPENDENTE DE PRODUÇÃO ARTESANAL DE CALÇADOS #1 JUNHO 2014 ‘LOOK BOOK’ KRIMP COUTURE JOÃO HENRIQUES WHITENEGATIVES DICA ON&ON | GAROTA DO MÊS ANDREIA WHITELEY | DE SÃO PAULO A MANCHESTER

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Streetwear magazine

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#1 JUNHO 2014

MUTTA SHOESUM PROJECTO INDEPENDENTE

DE PRODUÇÃO ARTESANAL DE CALÇADOS

#1 JUNHO 2014

MUTTA SHOESUM PROJECTO INDEPENDENTE

DE PRODUÇÃO ARTESANAL DE CALÇADOS

#1 JUNHO 2014

‘LOOK BOOK’KRIMP COUTURE

JOÃO HENRIQUES

WHITE NEGATIVES

DICA ON&ON | GAROTA DO MÊS ANDREIA WHITELEY | DE SÃO PAULO A MANCHESTER

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EDITORALMuitos países abordam a industria stree-twear seja através de redes socias ou revis-tas em formato físico e digital, sentimos que isso estava em falta cá em Portugal, es-tava em falta algo que motivasse os jovens que fazem parte do movimento streetwear português.Decidimos preencher este vazio no stree-twear nacional, criando assim a primeira revista focada directamente em lifestyle, streetwear, design, moda e outros tópicos não menos importantes. Queremos mos-trar nosso ponto de vista sociocultural e dar dicas não só sobre moda mas também sobre crescimento profi ssional e pessoal, a On&On Magazine nasceu para promover, ajudar e criar empreendedores, designers e conhecimento cultural!Vamos apresentar a revista em formato di-gital e físico (limitado a 10 cópias exclu-sivas) para obteres o formato físico tens encomendar através do nosso email [email protected]. Para qualquer tipo de dúvida não hesite em contactar-nos através do nosso correio electrónico [email protected]ão esqueçam de por gosto na nossa pá-gina de facebook: www.facebook.com/on-nonmagazine

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»CONTEÚDO

5 | OS 10 MANDAMENTOS DA

BIBLÍA DO STREET WEAR9 | JOÃO HENRIQUES DA WHITE NEGATIVES

INSIDE THE HUSTLE16 | MATHEUS SIMÕES DAMUTTA SHOES

SNEAKERBUZZ

1 | LOOKBOOK

KRIMP COUTURE

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KRIMP COUTURElookbook

ros nas costas foram usa-dos novamente mas desta vez com o nome KRIMP associado, também foram usados novos logos cria-dos por Tiago Mendonça , nesses novos logos pode-mos ver uma perfeita sim-

Já fez um mês que a co-lecção primavera/verão da krimp foi revelada, este novo lookbook mostra realmente o que é a Krimp Couture, mostra as am-bições e ideais da marca, o design transmitiu uma mensagem clean e simples.Foi um verdadeiro avanço estético na marca , o tra-balho fi nal fi cou extrema-mente profi ssional e não fi ca para trás de outras grandes marcas portu-guesas, a peça chave nis-to tudo foi a colaboração com o fotografo João Hen-riques (WhiteNegatives) e as roupas que tiveram uma identidade única, não podemos nos esquecer da combinação dos modelos Ézio Sá e a modelo agên-ciada pela Elite Models Lisboa Daniela Melchior.

Como de costume as co-res preto e branco foram o forte desta colecção , mas para compra há mais cores disponíveis como o azul e o bordô. Os núme-

mos ver uma perfeita sim-

biose entre animais, íco-nes religiosos e padrões.O contraste entre os mo-delos foi um dos pontos positivos deste lookbook, mais uma vez a Krimp Couture elevou a fasquia no streetwear português.

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O lookbook foi todo foto-grafado com fi lme o que deu uma aparência estética mais

profi ssional ás fotos.

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O design ficou por conta de Tiago Mendonça, criador e fundador da Krimp Couture

Tees apresentam 100% al-godão, tecido mais tradicio-

nal para uma T-shirt.

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Depois de uma longa caminhada parece que podemos dizer que a Krimp Couture veio não só para fi-car mas para mostrar que em Por-tugal também há ótimas marcas de streetwear.

Nota-se uma diferença estética na nova colecção.

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BIBLÍA DO STREETWEAR

Os Dez Mandamentos

Vestir-se bem é algo importante nos dias de hoje, quanto melhor as pessoas se ves-tem, mais elas parecem ter status social e dinheiro, elas sentem-se mais confiantes e as pessoas ao redor as respeitam mais. O teu “look” reflecte o teu estado de espírito, é uma forma de expressares a tua individua-lidade. Se gostas do movimento streetwear ou gos-tas de vestir-te bem deves tomar atenção a alguns “mandamentos” importantes. Mas antes disso é preciso dizer que ser consu-mista não é uma qualidade e nem é bom gastar o dinheiro todo em roupas e aces-sórios, ninguém gosta de chegar ao fim do mês com muitas calças e bolsos vazios, por isso deves sempre manter a tua própria identidade no que vestes.Muitas pessoas seguem o seu instinto pes-soal ao escolher roupas, para algumas até funciona pois parecem ter uma certa sensi-bilidade para a moda, mas para outras sim-plesmente...não dá. Se gostas de manter um estilo limpo ou queres ter um estilo mais “fashion” presta atenção aos mandamentos a seguir e prepara-te para causar inveja por onde passas... ou não.

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Os Dez Mandamentos

1. Deverás sempre vestir-te de acordo

com o teu estilo

2. Nunca usar acessórios a mais

3. Só vestir roupas que te sirvam(uma camisa muito curta ou calças muito cur-tas são sempre uma

má escolha)

4. Escolher uma fragrância

5. Um bom relógio é um “Must Have” (pelo menos para ho-

mens)

6. Estilo não signi-fica roupas caras

7. Melhor vestir a mais do que vestir a

menos

8. Sempre explore e encontre novas mar-

cas

9. Mantém o teu estilo “clean” (camo, leopardo e dourado com jordans verme-

lho não é bom)

10. Não comprar roupas porque os ou-tros ficam bem nelas ,a roupa deve ser uma expressão de ti mes-

mo.

Não te esqueças que estes mandamentos são apenas dicas, só tu mes-mo poderás dizer o que te fica bem ou não.

Por Tiago Mendonça6

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DICA ON&ON

Alcançar os teus objetivos não vem sem alguns sacrifícios. Tu tens que estar disposto a fazer o que os outros não estão!. Tu tens que ter força através dos tempos difíceis e tomar as decisões difíceis. Isso é o que vai ajudar-te a alcançar o sucesso, de modo a manter os teus olhos no prêmio. Aqui estão as 15 coisas mais difíceis que tu precisas

fazer para seres bem-sucedido:

1. Afasta-te de amizades, se elas não forem benéficas para

os teus objetivos.2. Prova aos céticos que eles estão certos ao cometeres er-ros, antes de provar que eles estavam errados, a longo pra-

zo.3. Apercebe-te se és incapaz de manter um relacionamen-

to romântico.4. Evita o “fake it ’til you make it” concentra-te e mantém o

foco!5. Permite a ideia de “ quanto maior o risco, maior a recom-

pensa “.6. Falhar com a cabeça ergui-

da.7. Acorda mais cedo do que

outros.

8. Manter a auto -estima, mesmo quando ninguém vê o teu valor.9. Fale sobre ideias, não sobre pessoas.10. Apoia o sucesso dos out-ros, em vez de esperar que eles falhem.11. Admite que precisas de ajuda e pede a outros orien-tação.12. Sê responsável por todas as falhas, sem culpar os out-ros.13. Respeita a concorrência mas não tenhas medo dela.14. Não busques ativamente crédito pelo teu sucesso.15. Dinheiro deve ficar no fi-nal da tua lista de prioridades

(via Elite Daily)

15 coisas difíceis, mas necessárias para o teu sucesso

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White Negatives

INSIDE THE HUSTLE

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Depois de ter trabalhado com marcas internacionais e nacio-nais como Rualidade e Krimp Couture, é totalmente natural esse hype em volta do fotogra-fo João Henriques, um dos pri-meiros fotografos portugueses que vive e respira streetwear e fotografia, é mais do que evi-dente que o futuro promete muito para o fotógrafo.

Como entraste no mundo da fotografia?Bem.. tudo começou a 4 anos atrás. Tenho um primo quatro anos mais velho que eu, na al-tura ele estava no secundário em Artes e tinha uma Nikon, a partir daí eu comecei a tirar umas fotos muito simples nada de mais. Anos mais tarde, agora eu no secundário comecei a fre-quentar um site (500px) onde fotógrafos expõem os seus tra-balhos, e começou a ser um site em que eu visitava todos os dias e questionei-me se não poderia fazer o mesmo e talvez ser me-lhor que alguns? Heis que falei com o meu Pai e pedi uma câ-mara, lembro-me perfeitamen-te que ele demorou 2 meses a dar-me a câmara e eu durante esses 2 meses, vi tantos vídeos de tutorias no youtube quanto possível. Simplesmente fiquei viciado, e via videos de totu-riais de edição no photoshop, como funcionava o triângulo fundamental (ISO, Apperture e Shutter Speed) e por aí vai. Lembro-me como se fosse hoje, a primeira foto que tirei foi de um dente leão no Politécnico de Setúbal, numa visita de estudo.

Qual foi a tua primeira máquina e qual é a tua máquina actual?A minha primeira máquina, dada pelo meu Pai, foi uma Ca-non 500D, máquina que ainda hoje tenho. Hoje em dia tenho a Canon 500D, uma Canon EOS 3 e uma Mamiya 645AFD

Qual o teu tipo favorito de fo-tografia?A fotografia é composta por vá-rias áreas, o que no princípio foi um pouco difícil encontrar qual o tipo de estilo mais indicado para mim e qual gostava mais. Com o tempo vi que o que mais gostava era Fashion Photogra-phy e Street Photography, gos-tos que ainda hoje se mantêm.

Porque film?Eu acredito plenamente que o Film tem o seu toque especial, mesmo que tire uma fotografia com a digital e que depois tente aplicar o efeito de film no pho-toshop sinto que não é a mes-ma coisa. Gosto das cores que cada film pode ter, o grão em si é especial e é algo que não im-porta muito no Film, o que no caso da digital tentámos (fotó-grafos) na maior parte das vezes evitar. Mas o que realmente me atrai no Film é o facto de não sabermos o que vamos obter ao certo, além de ter uma ideia ge-ral do que hei-de ter, nunca sei o resultado final até ir ao labo-ratório buscar as fotos já reve-ladas.

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“Há que ter humildade, força de vontade, trabalhar

arduamente”

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O que levou-te a criar a White Negatives?A principal razão pela qual eu criei a White Negatives foi o facto de eu achar que o meu nome “João Henriques” fos-se um nome muito banal para assinar os meus trabalhos. Em Portugal há várias pessoas com o nome João e para além disso não era um nome que “ficasse” no ouvido das pessoas, princi-palmente a nível internacional (muitas das vezes mal pronun-ciado). Então pensei em criar um nome que fosse Inglês e que tivesse a ver com o meu estilo de fotografia. O nome White Negatives surgiu num café com o meu primo e mais um amigo em comum, onde eu expliquei-lhes que queria mudar a minha identidade. Eu sempre tentei

que o meu trabalho tivesse mui-to branco e fosse o mais simples possível, e o facto de fotografar ultimamente muito com Film, foi a junção perfeita.

Qual é a visão da White Nega-tives?A visao da White Negative é criar imagens com as quais as pessoas se possam ,de algu-ma forma, relacionar.. Com a White negatives para além de Fashion e Street também co-mecei a fotografar imagens do estilo LifeStyle e Nature, é algo que tenho realmente gostado. Pretendo trabalhar com marcas que me identifico e que possa dar a “cara” sem problemas ne-nhuns.

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Como foi trabalhar com a Krimp Couture?Trabalhar com a Krimp Cou-ture foi óptimo. O Tiago falou comigo e disse-me que queria que eu fosse o fotógrafo para o lookbook da Krimp mais com o meu grande amigo Ludjero Martins. E uma das primeiras perguntas que fiz foi “Aonde é que pretendem chegar e qual o conceito que está atrás da vossa marca?” eu tento sempre saber o que a marca é em si e o que pretendem realmente, algo que ajuda-me a perceber se eu sou a pessoa mais indicada para o trabalho e se serei capaz de atingir os objectivos pretendi-dos. Infelizmente o Ludjero não

podia estar e tive de avançar so-zinho para o projecto, algo que hoje não me arrependo de ter arriscado e penso que obtive re-sultados muito bons, resultados que as pessoas gostaram e que principalmente eu gostei.

Tens algum concelho para os leitores que queiram começar a fotografar ?Eu acho que para quem quer começar a fotografar, indepen-dentemente do equipamento que tenha inicialmente, tem de ter muita força de vontade, caso não seja possível frequen-tar workshops ou mesmo fazer cursos, que seja autodidacta. Eu aprendi tudo o que sei sozinho,

a ver muitos vídeos, ler artigos, ver trabalhos de outros fotó-grafos e partilhar ideias com pessoas da área. Há que ter hu-mildade, força de vontade, tra-balhar arduamente e sobretudo acreditar no vosso trabalho. Se é algo que realmente gostam, não desistam!

www.facebook.com/onnonmagazine 14

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ESTE ESPAÇO PODE SER TEUPARA PUBLICITAR A TUA MARCA OU PRODUTO AQUI, EN-

TRA EM CONTACTO ATRAVÉS DO NOSSO EMAIL

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SNEAKERBUZZ

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A Mutta Shoes é uma marca brasileira de sneakers que tem tido muita notoriedade ten-do aparecido na HYPE-BEAST como também em outras revistas ele-trónicas de moda. Neste artigo tivemos a honra de entrevistar o criador da Mutta , Matheus Si-mões.

Qual é o teu processo cria-tivo na mutta?É super natural e orgâni-co, não tento buscar ten-dências nem ir atrás da próxima “grande coisa” eu apenas consumo cultura de todas as formas que eu te-nho interesse, sejam livros, musicas, fotografias, arte cinema e produtos. Eu busco me alimentar de coisas interessantes e deixo o meu subconsciente cui-dar da parte criativa. Mui-to do que eu crio ocorre de forma natural, é aquele simples CLICK que rola na tua cabeça alguns segun-dos antes de dormir, quan-do tudo se conecta e a res-posta fica clara como um dia ensolarado. Pra mim a

melhor forma de ser criati-vo é consumir conteúdo de valor, sabe? Se tornar uma pessoa interessante.

Qual é a tua fonte de inspi-ração?Acredito que a verdadeira inovação disruptiva acon-tece quando você busca inspiração e conceitos em áreas totalmente fora do escopo do teu trabalho. É por isso que eu leio muitos livros de áreas diferentes, como filosofia, astronomia, budismo e engenharia. É se aventurando em universos desconhecidos que tu en-contra as ferramentas pra mudar o jogo.

Como entras-te neste ramo dos

sneakers?Foi bem natural, sempre fui uma criança criativa e gostava de por a “mão na massa”. Quando chegou a hora de escolher uma pro-fissão eu me dei conta que antes de decidir eu deveria conhecer melhor como é o dia-a-dia dos profissionais de cada ramo que eu me in-teressava. Fui atrás de cur-sos de fotografia, edição de vídeo e serigrafia. Encon-trei uma escola especializa-da em calçados e comecei um curso lá de modelarem de calçados. Acabei me apaixonando e indo atrás de fábricas pra tentar fa-zer meu primeiro tênis. Foi muito difícil encontrar alguém que quisesse fazer

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um par pra um moleque de 18 anos. Mas depois de muita luta eu consegui, e quando ficou pronto, pela primeira vez na vida eu ti-nha conseguido tirar uma ideia da minha cabeça e transformar ela em algo físico. Isso mudou minha visão do mundo de forma instantânea, caí no buraco da criação e continuo ca-vando até hoje, buscando cada dia fazer um produto melhor.

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Porquê essa obsessão pela qualidade? (handcrafted)Eu comecei a fazer tênis com o objetivo de fazer os produtos mais malucos e interessantes do mundo. E foi exatamente o que eu fiz no começo, mas quan-to mais tempo passava, eu comecei a aprender cada vez mais sobre produção, qualidade e o que fazia um tênis incrível ser realmente incrível. Eu aprendi rápido a diferença entre um pro-duto visual, que é bonito na vitrine ou nas fotos em blo-gs, mas que na verdade tem uma péssima qualidade de material e construção. Eu

me dei conta como o mun-do hype só se importa com o aspecto visual dos produ-tos, e não com a qualidade, e isso fica óbvio quando tu nota que a qualidade é muito mais complexa de ser percebida, porque mui-tas vezes você só se da con-ta da qualidade de um tênis quando começa a chover e os teus pés continuam se-cos, ou quando você cami-nha todo o dia e não fica com o pé machucado. Com isso eu notei como a qualidade tem muito mais alma do que o visual, é pela qualidade que uma marca se importa de verdade pelo

cliente, não buscando ape-nas uma venda, mas um parceiro. Para mim isso é apaixonante e é isso que eu busco na Mutta.

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Qual é o teu Mutta shoe preferido? Mutta Drucker Noir, sim-ples, forte e imprescindível pra qualquer terreno. Me apaixonei mais ainda por ele depois de passar 3 me-ses usando ele todos os dias no Oregon, muitos deles abaixo de neve. Depois de experiências assim, um tê-nis não é mais um produto, é um amigo.

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Como foi participar no Agenda Tradeshow?Foi demais cara, me sen-ti Davi cercado de diver-sos Golias. Para mim um dos grandes aprendizados da vida ocorreu lá: Como coisas incríveis acontecem quando você enfrenta seus medos e se joga em oportu-nidades. Não foi fácil ir so-zinho com uma mala expor numa das maiores feiras do Mundo, mas eu engoli o medo e fui. E estar lá me gerou algumas das melho-res conexões da minha vida (Ronnie Fieg e Hypebeast )

Quais são os teus planos para o futuro?A Mutta está num momento de transição muito interes-sante. Meus sonhos pessoais cresceram muito nos últimos tempos e eu me dei conta do quanto eu ainda preciso aprender muito pra atingir eles. É a velha história de dar um passo para trás para dar muitos pra frente logo logo.

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Como é fazer parte do mo-vimento streetwear no país do futebol? É muito legal. Mais ainda quando você começa a ser conhecido fora do Brasil e saber que para muita gente de fora, você está represen-tando seu país, isso dá mais vontade de fazer produtos cada dia melhores e mos-trar pro mundo inteiro que o Brasil tem muito valor.

Fora sneakers, quais são os teus outros interesses?Basicamente na Vida, sou viciado em conhecimento, em crescimento pessoal, em sonhos grandes e em crescer todos os dias como pessoa.

Quais são as pessoas que mais tiveram impacto em ti ao perseguires o teu so-nho?Dale Carnegie, Napoleon Hill, Tom Peters, Sêne-ca, Marcus Aurelius, Eric Thomas, Pharrell, Hardy McQueen, Edson da Patta, Nguyen Boun, Joey Elgers-ma.

Que mensagem pode pas-sar aos fãs da mutta aqui em Portugal? Façam coisas difíceis para aprender a enfrentar seus medos e acreditar em vocês mesmos. Fazendo isso todo os dias, o céu é o limite.

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Por Tiago MendonçaFotos cortesia de Mateus Simões 24

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MUNDORecentemente a Krimp Couture viajou para São Paulo (Brasil) e realizou uma sessão fotográfica na Avenida Paulista (avenida mais famosa da cidade) as fotos ficaram por conta de Filipe Cor-deiro e os modelos foram Estê-vão Cordeiro e Thais Cervantes.São Paulo é a capital do stree-twear do Brasil e a cidade tam-bém é considera uma das capi-tais da moda mundial.

Vagory é uma marca de high streetwear com base no Reino Unido, mas não podemos deixar de falar no lançamento da últi-ma colecção que está impecável, com peças muito bem trabalha-das e dignas de um desfile a mar-ca tem como designer o próprio fundador da marca Teekay Yu-suf.A colecção chama atenção desde os cortes nas t-shirts oversized ás estampas nos calções. Com estilo próprio a marca invadiu não só Portugal como também muitos outros países de continentes dis-tantes. Podes adquirir os artigos em www.vagoryvision.com.

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P.Y.T.

Andreia Whiteley

A modelo tem duas carac-terísticas que saltam à vista:As tatuagens e a simpatia. Não foram essas duas que pensaste? De certeza que o que te passou pela cabeça foram as medidas. Mas convenhamos as tatua-gens não distraem do essen-cial: Belos lábios e o busto.Andreia Whiteley é defi nição de suicide girl e possivel-mente a fantasia de muitos, a loira deve atrair muitos olhares de ambos os sexos!

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“apoia sempre aquilo que realmente te enriquece e

que vai de acordo com a tua cultura”

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A grande cultura, o estilo de vida e as raízes que grandes marcas de streetwear trazem até nós são enormes provas de paixão e de capacidade de conseguir colocar toda a alma de um grupo, de uma região, de um estilo de música ou de um desporto numa linha de roupa que usamos no nosso dia-a-dia e de imediato concebemos um significado e uma

imagem em redor destas. As culturas são apreciadas e sentidas por todos e o mais fascinante é a forma como uma marca consegue reflectir todo um feeling à cerca de um movimento e fazer com que se tenha gosto naquilo que representa uma simples peça de roupa que vestimos, portanto apoia sempre aquilo que realmente te enriquece e que vá de acordo com a tua cultura.

Importante ainda referir que se falamos de streetwear há que salientar a palavra street, a cultura que nasce do cru e do real, aquilo que é feito com amor e dedicação que se sente, que nasce do nosso quotidiano que habita dentro de nós e a nossa terra mãe, com as suas ruas cria o nosso recreio onde nos sentimos livres para expressar os nossos sentimentos

das mais variadas formas.É de facto crucial existir numa marca uma mensagem, uma história ou até mesmo um feito, foi assim que grandes marcas que conhecemos emergiram e se tornaram comer-

cializadas por diversas partes do mundo e aceites pelo público. Desde grandes inovações estilísticas a grandes criações gráficas até enormes estratégias de marketing, é sempre

necessário perceber que uma marca apresenta uma ideologia, sendo o principal para que a imaginação comece a dar frutos e se crie uma linha que se distingue de todas as outras. Sabermos portanto que o que usamos e a quem estamos a dar voz é uma escolha asser-tiva, que apoia marcas com iniciativas bem vincadas e que sustentem o movimento ao

qual nos identificamos é algo gratificante, tanto para o criador como para o público que a apoia e promove.

A maior e grande revolução desta arte, streetwear, e os grandes trabalhos concebidos, também a sua expansão foi bastante vivida e iniciada na década de 90 onde o hip hop

americano trouxe toda uma postura de estar na vida e criticas à mesma. Foi uma altura de grandes mudanças e o nascer de várias vertentes acompanhada por várias tendências

como o graffiti, skate, bmx e surf. A combinação de todas estas artes está bastante marca-da e viva nas roupas de várias marcas. Pela Europa, a Inglaterra sempre teve este conceito bem delineado, com estilos próprios e com grande influência neste movimento e sempre

bastante presente a música e desportos de rua, como por exemplo o skate.Em Portugal nos dias que correm já se assiste a marcas que trazem boas iniciativas e

roupas bem concebidas como a Krimp, mas ainda existe um grande trabalho a fazer. É necessário mais iniciativas de divulgação do talento português, tanto a nível de roupa, como em outras artes que a influencie directa ou indirectamente. Para que um projec-to tenha pernas e para que a arte portuguesa seja projectada tanto dentro como fora do nosso país, é primordial que nós portugueses apoiemos as nossas iniciativas e que seja-mos capazes de atribuir valor a estas. Só com a ajuda do público, acreditando no que é

produzido em Portugal, será possível dar asas a que projectos como este tenham o mere-cido mérito.

Por André Soares

Streetwear Vision

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