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Ano IX | Abril 2007 Informativo do Operador Nacional do Sistema Elétrico 103 4 3 6 Integração Filosofia ONS assume operação de todo o SIN Operador comemora descontratação dos centros

ONS assume operação - simsee.org · blicação da biografia não-autorizada do cantor e compositor Roberto Carlos deu destaque à questão sobre o que pode ser pu- blicado a

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Ano IX | Abril 2007

Informativo do Operador Nacional do Sistema Elétrico103

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Integração

Filosofia

ONS assume operação de todo o SINOperador comemora descontratação dos centros

Informativo do Operador Nacional do Sistema Elétrico • Ligação 103 • Abril 2007�

EDITORIAL

Informativo do Operador Nacional do Sistema Elétrico

Escritório CentralRua da Quitanda, 196Centro • Rio de Janeiro • RJ20.091-005Telefone (21) 2203-9400Fax (21) 2203-9444www.ons.org.br

EdiçãoAssessoria de Comunicação e Marketing

Comissão EditorialEneida LeãoHermes ChippTristão Araripe

FotosReynaldo Dias e arquivo

Coordenação EditorialExpressiva Comunicação e Educação(21) 2578-3148www.expressivaonline.com.br

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ParticipeEnvie sua sugestão de pauta ou proposta de texto de matéria para:[email protected]

A recente discussão em torno da pu-blicação da biografia não-autorizada do cantor e compositor Roberto Carlos deu destaque à questão sobre o que pode ser pu-blicado a respeito da vida de uma pessoa, ou seja, o quanto somos donos das informa-ções sobre nós mesmos.

A decisão, resultante de um acordo entre as partes de retirar de circulação mais de dez mil livros ainda não comercializados, não encerra a questão da divulgação das infor-mações indesejadas pelo cantor. É claro que o livro será divulgado na internet, em algum site localizado do outro lado do mundo e, provavelmente, pouco poderá ser feito.

Mesmo as pessoas comuns, como nós, são usualmente surpreendidas por correspon-dências e telefonemas de empresas que ti-veram acesso a informações cuja circulação não foi formalmente aprovada por elas. Mas não adianta. De alguma forma, essas infor-mações já se tornaram públicas.

Segundo o consultor Mário Rosa, o gover-no da Índia reclamou com a empresa Goo-gle que o site Google Earth, um enorme e detalhado mapa-múndi, divulgava a locali-zação exata de suas instalações estratégicas, facilitando um eventual ataque de inimi-gos. Vale lembrar que a Índia tem relações conflituosas com seu vizinho Paquistão e com os rebeldes da região da Cachemira. Faz sentido?

Afinal, quais os segredos que ainda é possível guardar? Ou, quais vale a pena guardar?

Por tudo isso, a questão da transparência não é mais opcional no mundo de hoje, e isso também vale para as organizações.

As empresas não são transparentes por bon-dade, mas porque não é mais possível deixar de sê-lo. De alguma forma, alguém terá aces-so àquele dado considerado restrito e a em-presa será surpreendida por sua divulgação.

Assim, é melhor antecipar-se e ser transpa-rente. Disponibilizar de maneira ampla in-formações, resultados, conclusões que não serão segredo e divulgá-las da forma que mais interessa à empresa, com todos os senões e comentários que julgar convenien-tes. Isso é muito melhor do que vê-las publi-cadas por outros, da forma que for mais con-veniente para eles.

Será que não faz mais sentido proteger seus segredos?

A transparência deve ser um valor, como é para o ONS, embora não possa ser irrestri-ta. Toda empresa tem seus segredos indus-triais, seus planos futuros, suas fórmulas da Coca-Cola, que é preciso evitar que caiam nas mãos dos concorrentes.

Mas que sejam poucos e estratégicos, porque cada vez será mais difícil guardá-los.

O sentido da transparência

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ENDOMARKETING

O Programa, que dá as boas-vindas e apresenta o Operador Nacional aos no-vos contratados, contou com a participação de 62 pessoas, sendo nove funcionários, 17 trainees de nível superior, 21 trainees ope-radores e 15 estagiários, todos ansiosos por conhecer os desafios de seu novo trabalho.

A agenda do Integração incluiu palestras e visitas técnicas, com a colaboração de todas as diretorias do ONS. Foram dois dias de palestras no Escritório Central, transmitidas por videoconferência para Brasília, Floria-nópolis e Recife. No dia 12 de abril, após o café da manhã, os “calouros” ouviram uma palestra de cunho institucional, proferida pelo diretor geral, Hermes Chipp, que res-saltou a estrutura do setor elétrico, o papel do ONS e, principalmente, a preocupação da organização com a gestão de pessoas. Em seguida, o secretário geral, Humberto Val-le, apresentou a inserção da Diretoria Geral na lógica do Operador. Na parte da tarde, mais duas palestras proferidas por Roberto Fontoura, assessor da DAT, e João Severi-no, assistente da DPP, apontaram a estrutu-ra, principais processos e produtos, e desta-ques e desafios para 2007 nas diretorias de Administração dos Serviços de Transmissão e de Planejamento e Programação da Ope-ração, respectivamente.

No dia seguinte, foi a vez do assistente da DAC, Sergio Morand, falar sobre a Dire-

toria de Assuntos Corporativos, e de Alice Salomão, gerente de Administração de Pes-soal e Benefícios, explicar como funciona a área. Após o almoço, Tristão Araripe, geren-te-executivo de Comunicação e Marketing apresentou os canais de comunicação insti-tucional da organização, enfatizando as po-líticas de comunicação e a importância da identidade do ONS, entre outros temas. Em seguida, os participantes visitaram o Es-critório Central.

Nos dias 11 e 16 de abril, foram promovi-das visitas técnicas ao Subsistema Lajes, da Light, localizado no município de Piraí.

O Programa Integração incluiu, ainda, no dia 18 do mesmo mês, uma palestra e visita ao Centro Regional de Operação Sudeste. A palestra, realizada pelo engenheiro de siste-ma de potência sênior, Arthur Santa Rosa, apresentou o Centro, as características do Sistema Interligado Nacional e a Operação em Tempo Real.

A admissão de um grande número de trainees e estagiários deveu-se à primeira fase do Programa Construir, lançado em 11 de abril. O programa objetiva a formação e o desenvolvimento da expertise técnica de jovens profissionais, com possibilidade de carreira na empresa. Visa, também, a contribuir para a política de sucessão adotada e abrange os três níveis – trainees de nível superior, trainees operadores e estagiários – sob uma mesma coordenação (GRH).

A casa é nossaEm abril, o ONS promoveu mais um ciclo de palestras e visitas técnicas pelo Programa Integração, sob responsabilidade da Gerência de Recursos Humanos.

O Programa Integração tem como objetivos: facilitar a ambientação do novo empregado, acolhendo-o e reforçando a percepção de que ele é parte integrante da empresa; contribuir para a assimilação da cultura organizacional e da abrangência da atuação do ONS e do setor elétrico como um todo; proporcionar uma visão global dos processos internos e dos objetivos do Operador; e despertar, no novo empregado, o orgulho por fazer parte do time.

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DESCONTRATAÇÃO DOS CENTROS

A atuação do Operador Nacional no SIN, a partir dos seus centros próprios, sem-pre foi um objetivo a ser alcançado. A par-tir de agora, o ONS passa a interagir direta-mente com agentes e consumidores livres de todo o país.

O desafio começou a ser superado em abril de 2005, com a descontratação dos centros de operação locais do Nordeste, e foi fina-lizado, agora em 2007, com o término da operação paralela do Sistema São Paulo. O trabalho foi elaborado com um grau crescen-te de dificuldade. “Sabíamos que era preciso descontratar primeiro aqueles centros onde era requerido um menor número de mudan-ças. Começamos as atividades pelo Centro Regional de Operação Nordeste, que absor-veu as atividades desenvolvidas pela Chesf. Houve a constituição de um grande time, que propiciou superar os obstáculos que apareceram”, lembra Luiz Eduardo Barata, diretor de Operação do Sistema.

Os desafiosNo campo tecnológico, os desafios que se apresenta-ram foram relativos à ob-tenção e à transferência de dados dos agentes para o ONS, assim como à am-pliação dos sistemas para

ONS à frente da operação do SINApós dois anos de trabalho, o Operador concluiu, no dia 31 de março, o processo de descontratação dos 17 centros de controle terceirizados. A partir de agora, o ONS passa a operar diretamente todo o Sistema Interligado Nacional (SIN), exercendo plenamente as suas atribuições.

recebê-los. Esse processo envolveu não só as equipes do Operador, como também os profissionais responsáveis pelos sistemas de supervisão e controle. A integração entre os colaboradores dos centros do ONS e con-tratados foi fator determinante para a con-clusão, no prazo especificado de dois anos, de todo o processo de descontratação. “Os resultados têm mostrado que a montagem do projeto e a preparação dos colaborado-res, além das alterações tecnológicas que fi-zemos, foram bem-sucedidas. É importante lembrar que as equipes das regionais não se comportaram de forma individual. Quando havia problemas no Sul, por exemplo, cole-gas do Nordeste estavam sempre dispostos a ajudar”, destaca Luiz Eduardo Barata.

Além dos investimentos em tecnologia, a ab-sorção das novas atividades exigiu a contratação e o treinamento de 46 novos colaboradores, in-cluindo engenheiros e operadores de sistema.

Visão dos centrosEm comemoração à conclusão e ao sucesso do projeto, foi realizado, no dia 11 de abril, um café da manhã no 25º andar do Escritó-rio Central, que contou com a participação da Diretoria do ONS e das equipes da Dire-toria de Operação do Sistema, de modo pre-sencial e por videoconferência. Na ocasião, foi destacado o grande empenho do grupo

Além da Diretoria de Operação do Sistema

(DOP), a descontratação dos centros contou com

o apoio de todas as diretorias, em diferentes

graus. A Diretoria de Administração da

Transmissão (DAT) ficou a cargo da adequação dos contratos de prestação de serviços. À Diretoria

de Planejamento e Programação (DPP) coube

desenvolver a estratégia de controle automático de geração. A Diretoria

de Assuntos Corporativos (DAC) teve uma grande importância devido às mudanças exigidas na

tecnologia da informação. Além disso, cuidou da

contratação de pessoal, sob responsabilidade da

área de Recursos Humanos.

CNOS/COSR-NCO

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DESCONTRATAÇÃO DOS CENTROS

ONS à frente da operação do SINenvolvido. Durante a cerimônia, os gerentes avaliaram o processo. “É importante exercitar a prática de come-morar nossas vitórias conjuntas. Feliz é a em-presa que celebra com a equipe seus resulta-dos. Isso representa o alcance de um objetivo corporativo e, ao mesmo tempo, de cada um dos colaboradores. Sentimo-nos reali-zados por ver o nosso trabalho contribuin-do para atingir o ideal maior de atuar sem-pre para o bem-estar dos brasileiros e para o progresso do país. Agradecemos à Diretoria pela oportunidade de comemorarmos juntos essa vitória que é de todo o ONS”, ressaltou Álvaro Fleury Veloso da Silveira, gerente-exe-cutivo do CNOS/COSR-NCO

“Além da competência técnica das equipes en-volvidas, o exercício pleno do lema do ONS, foi posto em prática: “Integração. Faz toda a di-ferença!”. Cada centro contou com a ajuda de profissionais de outras localidades para vencer os desafios, que não foram poucos e nem pe-quenos. Da mesma forma, a integração se deu entre os diversos níveis hierárquicos da organi-zação: cada um cumprindo com primor a sua responsabilidade, fazendo com que o trabalho avançasse em conformidade com o planejado. No ambiente externo, não foi diferente. A in-tegração também aconteceu entre o ONS e os agentes, fazendo com que ‘o concerto’ fosse afi-nado, regido com maestria singular, resultando na conclusão do projeto no tempo e da forma como planejado”, disse Claudio Guimarães, ge-rente-executivo do COSR-NE.

“Após todos os esforços e superação da equipe para enfrentar esses desafios, estamos viven-

do momentos de muita alegria, mas cientes de que esse será um desafio constante, por meio da dedicação permanente para conso-lidarmos essa nova condição. Essa alegria é aquela de uma família que agregou novos companheiros, que trazem a experiência das suas empresas de origem e que se adequaram plenamente ao nosso centro. Além de para-benizar todos os profissionais envolvidos, queremos agradecer à Diretoria, que propor-cionou total apoio, tanto no suprimento das necessidades físicas, como na contratação dos novos profissionais e, principalmente, no suporte institucional exercido junto aos agentes envolvidos no processo”, lembrou José Carlos Fernandes Pitta, gerente da Pré-operação do COSR-SE.

“Todo o processo de descontratação dos serviços de Operação do Sistema foi feito com muita determinação e se-renidade, tanto pela Diretoria do ONS, cujo apoio foi decisivo em momentos de dificuldades, quanto pelas equipes dos centros de Operação, que persegui-ram metas, exercitando sua capacidade de negociação e cumprindo os crono-gramas estabelecidos. Ressalto, ainda, a importância do apoio à essenciali-dade do Operador, dado pelo governo federal, que ratificou o compromisso do ONS em operar o SIN com cen-tros de operação próprios, para o pleno cumprimento de sua missão”, concluiu Manoel de Jesus Botelho, gerente-exe-cutivo do COSR-S.

Abaixo, COSR-SE e COSR-S, respectivamente.

Ao lado, COSR-NE.

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CIRCUITO INTERNO

Como a filosofia o auxilia na sua profissão?

De fato, a filosofia pode auxiliar o desempenho profissional de alguma forma. Um pouquinho de epistemologia, por exemplo, ajuda enorme-mente aqueles indivíduos envolvidos com a aná-lise e produção do conhecimento. Já um pouco de reflexão ética ajuda muitíssimo a entender di-ferentes pessoas, mas não podemos nos esquecer da prática filosófica em vertentes como a estói-ca, dentre outras, que visam à felicidade ou uma vida que valha a pena ser vivida.

Como você analisa a evolução dos modelos de cálculos de estratégia para a operação energética?

Percebo avanços importantes. Nos anos 70, os subsistemas Sudeste e Sul eram praticamen-te isolados, pois havia apenas uma interligação em 230kV entre eles. O Nordeste era isolado e sem capacidade de regularização, pois Sobradi-nho não existia; e o Norte sem Tucuruí. De lá para cá, muitas alterações foram feitas nos mo-delos de otimização para ajustá-los à realidade do sistema. Com a criação do GCOI, dos pri-meiros anos até 1978, utilizava-se uma versão de modelo de simulação a reservatório equivalente, chamada na época, carinhosamente, de “modeli-nho”. A operação era baseada na curva limite in-ferior de armazenamento, considerando a envol-tória de “curvas de aversão”, determinadas com o período crítico do histórico de afluências. O problema de intercâmbio entre as regiões, por ser pequena a capacidade física de troca de energia

Nicolau Cascão Nassar

Engenheiro eletricista formado pela Universidade

do Estado da Guanabara (atual UERJ), começou a

graduação na Universidade Católica de Petrópolis.

Carioca, solteiro, estudioso de filosofia, gosta de

assuntos que impactem a sensibilidade.

Entre os traços marcantes de sua personalidade está,

como não poderia deixar de ser, a preferência pela reflexão e por ambientes

tranqüilos.

Técnica e filosofiaComo bom pensador, Nicolau Cascão Nassar, especialista da área de Planejamento da Operação Energética (GPO-2), consegue encontrar o

ponto de equilíbrio entre suas atividades e o estudo filosófico.

entre elas, não era contemplado. Tinha-se uma curva limite para o Sul e outra para o Sudeste. Todo o parque térmico era despachado quando o armazenamento atingia valores inferiores ao da curva limite. Em 1979, como um avanço, mas ainda utilizando-se reservatório equivalente, in-troduziu-se a técnica de programação dinâmica estocástica, o que permitia a construção de tabe-las de decisão de geração térmica por subsistema. A decisão de geração térmica era feita por uma simples consulta às tabelas, em função da ten-dência hidrológica e do armazenamento do siste-ma. O problema ainda não considerava a decisão de intercâmbio.

Quando os intercâmbios entre subsistemas passa-ram a ser considerados?

Foi somente com a utilização do conceito de va-lor-da-água que se tornou possível a considera-ção de intercâmbios na construção das políti-cas de operação, o que ocorreu efetivamente em 1985. Mas a capacidade da técnica da progra-mação dinâmica estocástica para consideração dos intercâmbios era reduzida, o que implicava sempre na consideração de um intercâmbio mé-dio para determinação das políticas de operação. A técnica da programação dinâmica estocástica dual, cujo estudo foi iniciado em 1993 e foi usa-da efetivamente em 1998 pela primeira vez, e que continua em utilização no modelo Newave, permitiu uma melhor consideração da variável intercâmbio. Esse é o estado em que a prática de planejamento da operação se encontra.

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TECNOLOGIA

O cluster adquirido pelo ONS, com 32 Pentium Dual Core de 3GHZ, é uma pode-rosa ferramenta para abrigar sistemas e mode-los. O objetivo inicial foi reduzir o tempo de processamento do modelo Newave, que simula cenários de operação e fornece estratégias para geração e intercâmbios entre as regiões do Bra-sil. “É importante obter agilidade nos resulta-dos do Newave, já que são utilizados em vá-rios processos do Operador. O que demorava três horas, hoje ocorre em cinco minutos, ou seja: 36 vezes mais rápido. Assim, aumentamos a margem de segurança nos relatórios”, destaca Paulo Roberto Silva, gerente interino de Plane-jamento Energético (GPO-2).

Os dados do Newave são utilizados como base para o Programa Mensal de Operação e para o cálculo do custo marginal de operação, referên-cia do preço de curto prazo (PLD da CCEE). “A maior agilidade de processamento é fun-damental para atender a demandas emergen-ciais do próprio ONS, dos agentes, do CMSE/MME e da Aneel”, lembrou Alberto Kliger-

Para proporcionar mais agilidade nos estudos do planejamento da operação, desde março, um conjunto de 32 computadores de altíssimo desempenho “turbina” o Newave.

Newave turbinado

man, gerente de Metodologias e Modelos Ener-géticos (GMC-2).

Implantação do clusterO processo entre a compra e a implementação dos equipamentos, incluindo a adaptação do Newave pelo Cepel, levou quatro meses, e con-tou com a consultoria da Coppetec, responsável pelo suporte. A aquisição foi coordenada pela GMC-2, que dá apoio para a sua utilização.

Já a especificação do equipamento, incluindo questões relativas à licitação, ficou a cargo da Gerência de Informática (GIT), que também supervisionou a empresa terceirizada, CPM, incumbida da instalação do sistema operacio-nal e administração do cluster.

Para alinhar os colaboradores do ONS às mu-danças do Newave, foi realizado, em abril, um treinamento, sob supervisão da engenheira sê-nior da GMC-2, Cecília Mércio. A Coppetec também fará uma série de treinamentos para outros usuários desse modelo.

Cluster é um conjunto de computadores que trabalham como se fossem uma única máquina de grande porte.

“Podemos simular vários casos no sistema Newave, o que antes era impossível pelo grande tempo de espera. O ONS tem uma agilidade maior na resposta às demandas do sistema elétrico e aos requisitos dos usuários.” Manoel Vieira - GPO-2

“O Newave foi o primeiro modelo utilizado pelo ONS, migrado para o processamento paralelo. O cluster poderá executar também outros sistemas do ONS, como o Organon e o SDDP.” Leandro Américo - GIT

Da esquerda para a direita: Alberto Kligerman, Albino Aveleda (Coppetec), Paulo Ricardo Trindade (CPM), Manoel Vieira, Leandro Américo, Maria Elvira Maceira (Cepel), Paulo Roberto Silva, Roberto Pinto (Cepel), Saulo Cisneiros e Cecília Mércio.

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INTERLIGADAS

O projeto Bem-Viver realizou mais um evento de confraternização e descontração no Recanto Brasília. No dia 23 de março, cer-ca de 130 pessoas, entre colaboradores e fa-miliares, participaram de uma Festa Goiana, com “modas de viola” e declamação de versos da poetisa Cora Coralina.

O cardápio foi uma atração à parte, com a tradicional galinhada, o arroz com pequi e a saborosa pamonha de milho verde, prepara-dos pelo supervisor Célio dos Reis Azarias, com a ajuda de seus familiares.

Festa goianaFoi realizado, nos dias 10 e 11 de abril, no auditório do Escritório Central, o curso sobre Testes de Equipamentos e Sis-temas Baseados no Padrão IEC 61850. O objetivo foi discutir e disseminar os aspec-tos relativos aos sistemas de proteção, ao controle e à automação de subestações e aos equipamentos e sistemas para controle a dis-tância e de medição. A conferência foi mi-nistrada pelo consultor internacional Ale-xander Apostolov (Omicron – EUA), que coordena o Acceptable Functional Integration in High Voltage Substations pertencente ao Study Committee B5 – Protection and Auto-mation, do Cigré.

No último dia, uma mesa-redonda, com espe-cialistas brasileiros sobre o assunto, debateu o tema com os presentes. Além disso, os partici-pantes tiveram a oportunidade de acompanhar o andamento da Task Force Cigré B5.92 (Func-tional Testing of IEC 61850 Based Systems), por meio de seu coordenador internacional Iony Patriota da Siqueira (Chesf); das iniciativas do Laboratório de Certificação da UERJ/Petro-bras apresentadas por Allan Cascaes (ONS); e do Laboratório de Proteção da Universidade de São Paulo, por Eduardo Senger (USP). O curso foi uma iniciativa do Comitê Brasileiro de Es-tudos Cigré B5 – Proteção e Automação, com apoio da Adimarco/Omicron e do ONS.

Automação

O nadador Gustavo Botrel, analista sê-nior da Gerência de Orçamento e Contabi-lidade (GEF-1), aumentou sua coleção de medalhas ao participar do 41º Campeonato Brasileiro Masters de Natação. Na competi-ção, realizada em Brasília, entre os dias 27 e 30 de abril, Gustavo conquistou o primeiro lugar nos 100 e 200 metros nado de costas e no revezamento 4 x 50 metros (quatro esti-los); e o terceiro lugar no revezamento 4 x 50 metros (livre).

Medalhista

Energia para o futuroEm mesa-redonda temática sobre o setor elétrico brasileiro – realizada pela Associação Brasileira de Geradoras Termelétricas (Abraget) no Hotel Sofitel, no dia 26 de abril, no Rio de Janeiro –, o diretor geral do ONS, Hermes Chipp, falou da necessidade de, mantida a prioridade de desenvolvimento do potencial hidroelétrico, haver investimento também em novas térmicas, para dar maior segurança ao SIN, a médio e longo prazos. Na ocasião, Chipp ressaltou a importância do gás natural como energético para o setor e a da aprovação da Lei do Gás. O diretor geral do ONS também marcou presença no encontro VIP Power Conference 2007, organizado pela Siemens entre os dias 20 e 22 de abril, em Angra dos Reis, onde apresentou a palestra “Indicadores de Segurança Energética” em que fez uma análise das perspectivas de atendimento energético nos próximos anos e apresentou o resultado de estudos, em apreciação pelo CMSE/MME, de metodologia visando a aprimorar a segurança energética do SIN em horizonte bienal.

A Festa contou com a apresentação dos colegas

Jamil de Almeida Silva, Reginaldo Pereira de Souza

e Jean Carlos B. Brito, cantando músicas regionais.

A platéia aprovou.