OPERAÇÕES UNITÁRIAS-separação sólido líquidox

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OPERAES UNITRIAS Separao slido-lquido Um dos ramos das operaes unitrias aquele que envolve equipamentos e processos de separao de uma mistura contendo slidos e lquidos. Dentre estes processos se destacam a sedimentao (decantao), a filtrao, a centrifugao e a hidrociclonagem como processos de separao clssicos. Alm destes pode-se considerar processos de separao a evaporao e a cristalizao tendo como objetivo a se cristalizao, concentrao do slido presente na mistura. Muitos fatores esto relacionados com estes processos de Muitos separao, como por exemplo, densidade do slido da mistura, grau de saturao, temperatura de ebulio do solvente, tamanho mdio das partculas do soluto entre outros. Cada processo se utilizar de transferncia de massa, calor e movimento, separadamente ou em conjunto. Nas pginas seguintes sero apresentados os referidos processos bem como os equipamentos envolvidos e suas particularidades. SEDIMENTAO, DECANTAO OU ESPESSAMENTO O processo de sedimentao consiste na separao de uma suspenso diluda pelo efeito da edimentao gravidade, a fim de se obter um fluido lmpido e uma lama com maior quantidade de slidos possvel. Esta separao ocorre devido diferena de tamanho das partculas slidas e densidade das mesmas em relao densidade ao lquido em que se encontram suspensas. A fora da gravidade puxa as partculas para o fundo do sedimentador fazendo-as acelerar at atingir a velocidade terminal, ou seja, a mxima velocidade de as decantao. A figura 1 mostra um ensaio de sedimentao em provetas que serve para ilustrar o mecanismo ra provetas de sedimentao.

B Concentrao uniforme

Figura 1 Sedimentao em proveta

2 Observa-se na figura a presena de regies de sedimentao. Em (a) a suspenso apresenta concentrao uniforme, regio B, decorrido certo tempo, inicia-se a separao de fases, surgindo ento as regies A, C e D (b). A regio A caracteriza-se por apresentar o fluido lmpido, ou seja, os slidos comeam a sedimentar incorporando-se nas regies C e D. A regio D a de sedimentao mais rpida, compreendendo as partculas mais grosseiras, nesta regio que ocorre a formao e o espessamento da lama. A regio C uma regio de transio apresentando concentraes variveis e partculas de tamanhos diferentes. medida que a sedimentao continua, a altura das regies varia, at que restem apenas as regies A e D, surgindo uma interface visvel entre estas duas regies. Neste ponto a sedimentao prossegue na regio D, de tal forma que as partculas continuam a sedimentar com velocidade bem baixa, expulsando o lquido presente dentro da lama e tornando-a mais espessa. O processo apresentado na figura 1 mostra uma sedimentao descontnua, ou seja, a mistura deixada em repouso dentro do recipiente at que se faa a mxima separao entre as fases slida e lquida. Neste tipo de sedimentao o nvel das regies varia com o tempo, porm, se for utilizado um sedimentador contnuo e a vazo de alimentao se igualar vazo de retirada de lodo e de lquido lmpido, as regies de sedimentao apresentaro nvel constante como mostrado na figura 2.

Figura 2 Regies de sedimentao em um sedimentador contnuo. Industrialmente pode-se utilizar sedimentadores contnuos ou descontnuos, recebendo o nome de espessadores ou clarificadores. Se o produto de interesse for a lama (lodo) concentrada, como no tratamento de minrio, o equipamento recebe o nome de espessador. Se o produto de interesse for o lquido clarificado, como na produo de acar e lcool e tratamento de gua, ento o equipamento ser designado como clarificador ou decantador. Os decantadores descontnuos operam como a proveta da figura 1, um tanque cilndrico com abertura para alimentao da suspenso e retirada do produto. O tanque cheio da suspenso e permanece em repouso at que se faa a separao das fases lquida e slida (lama), depois de completado o tempo de sedimentao, a lama removida no fundo do equipamento e o lquido lmpido retirado pela parte superior do mesmo (figura 3). Os decantadores contnuos so tanques rasos, de grande dimetro, onde operam grades que giram lentamente e removem a lama. A suspenso alimentada, o lquido lmpido deixa o equipamento por meio dos vertedores localizados nas bordas do equipamento enquanto a lama raspada para o fundo do equipamento onde removida. A agitao leve da camada de lama pelas grades tambm auxilia na remoo de lquido e espessamento da lama.

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Figura 3 Diagrama esquemtico de um tanque de decantao

Figura 4 grades superiores de um decantador contnuo Tipos de decantador contnuo Decantador Contnuo sem Bandejas: Este tipo de equipamento apresenta apenas uma cmara de decantao, onde haver o acmulo de material mais denso no fundo e o material mais lmpido sair na parte superior do equipamento. A alimentao geralmente ocorre no centro do equipamento e por transbordamento se retira o lquido clarificado que pode ser utilizado em outras etapas do processo. O lodo removido com o auxlio de raspadores localizados no findo do decantador que giram a uma velocidade baixa (1 rpm ou menos), apenas o suficiente para que haja a remoo do lodo com maior facilidade. A figura 5 apresenta um esquema de um decantador contnuo sem bandejas. Decantador Contnuo de Bandejas: Quando se necessita de reas muito grandes de decantao adota-se um decantador de bandejas (figura 6). Este equipamento apresenta vrias sees de decantao, a alimentao do equipamento pode ocorrer unicamente no centro e o lquido vai preenchendo cada uma das bandejas, ou em cada bandeja, separadamente. Neste equipamento, as bandejas apresentam ligeira inclinao para o centro, de tal forma que o lodo formado seja facilmente retirado de cada seo por meio de raspadores que se movimentam em velocidades muito baixas (10 a 12 rph), sendo enviados para o fundo do equipamento, onde ser retirado do equipamento.

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Figura 5 - Decantador contnuo sem bandejas, vista superior e vista lateral

Figura 6 Decantador Contnuo de Bandejas Decantador Lamelar: Este tipo de decantador constitudo por um tanque com placas paralelas e inclinadas que aumenta a rea de decantao do equipamento, de tal forma que se possa otimizar o processo de decantao. O lquido a ser decantado alimentado no equipamento por baixo das lamelas, de tal forma que o lquido clarificado saia por transbordamento do decantador, e o lodo fique acumulado no fundo do equipamento e sobre a superfcie das lamelas. A figura 7 apresenta um esquema de um decantador lamelar.

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Figura 7 Decantador lamelar

FILTRAO O objetivo da operao separar os slidos do fluido que o carreia atravs da passagem do mesmo por uma membrana porosa. As partculas slidas ficam retidas nos poros da membrana e acumulam-se formando uma camada sobre esta membrana. O fluido por sua vez atravessa a membrana se tornando mais lmpido. Industrialmente a filtrao deve ser uma operao eficiente, de baixo custo e com elevada produo. Para isso deve-se diminuir a resistncia ao escoamento, aumentando a vazo, o que conseguido com uma rea de filtrao maior. Para selecionar e dimensionar um filtro, alguns fatores devem ser levados em considerao, tais como: a) Viscosidade, densidade e reatividade qumica do fluido; b) Dimenses das partculas slidas, distribuio granulomtrica, forma e deformao da partcula; c) Concentrao da suspenso da alimentao; d) Quantidade do material a ser filtrado; e) Grau de separao desejado; f) Custos de mo-de-obra, capital e energia. Tipos de Filtros: Meios filtrantes granulados: So os filtros industriais mais simples, constitudos por uma ou mais camadas de slidos particulados, suportados por um leito de cascalho sobre uma grade de sustentao, por onde o material a ser filtrado flui por gravidade ou sob presso. A figura 8 apresenta um exemplo de filtro de meio filtrante granulado. Estes tipos de filtro so utilizados principalmente quando se tratam grandes volumes de suspenso muito diluda, nas quais nem o slido nem o lquido tm valor unitrio elevado, e o produto slido no deve ser recuperado. Por isso so muito utilizados nos sistemas de purificao de guas servidas. Conforme se processa a filtrao o material slido (partculas ou flocos) comea a ficar retido no material filtrante, o que ocasiona uma reduo na vazo e aumento da perda de carga, at chegar um ponto em que a filtrao cessa. Chega o momento de fazer a limpeza do equipamento, o que geralmente ocorre com uma lavagem, em fluxo contrrio ao da filtrao, com gua e at mesmo com ar.

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Figura 8 Corte de um filtro de leito vertical granulado. Filtro Prensa: Muito utilizado na indstria qumica, apresenta como vantagens um custo de manuteno pequeno e extrema flexibilidade de operao, porm, apresenta excessivo uso de mo-de-obra quando de sua desmontagem. Durante sua operao, o filtro prensa permite a alimentao da suspenso a ser filtrada, a passagem do filtrado pela superfcie filtrante de cada placa do equipamento e o acmulo de material slido nas superfcies de filtrao, entre as placas. Se o filtro for equipado com lavagem, o filtro tambm permite o encaminhamento da gua de lavagem para os slidos filtrados e fora a passagem da gua de lavagem at os slidos retidos no filtro. Depois da lavagem, no final da operao de filtrao, o equipamento desmontado e os slidos so removidos do equipamento, podendo ser feita remoo manual ou mecnica. O modelo mais comum desse tipo de filtro o que consiste em placas e quadros que se alternam em uma armao e que so comprimidos fortemente por uma prensa hidrulica. A figura 9 apresenta um esquema de um filtro prensa. Para armar o filtro, as placas e os quadros so montados alternadamente nos trilhos laterais da prensa, o meio filtrante, que pode ser uma lona ou tecido sinttico, ento suspenso sobre as placas, cobrindo as duas faces. Quando as placas e os quadros esto alinhados, procede-se ao fechamento do filtro manual ou automaticamente. Depois que o filtro foi fechado, a suspenso de alimentao bombeada sob presso para dentro do equipamento, de modo que a suspenso enche os quadros, o filtrado escoa pelo meio filtrante saindo por um canal entre a face da placa e o meio filtrante, enquanto os slidos formam uma camada sobre a superfcie do meio filtrante nas placas. Os slidos na superfcie do meio filtrante vo formando uma torta, diminuindo a vazo de alimentao e aumentando a presso do sistema. Quando a torta atinge o canal de alimentao, a vazo de suspenso praticamente cessa, por isso, geralmente para-se o filtro antes deste ponto de operao. Quando se deseja recuperar parte do filtrado que permaneceu na torta, procede-se lavagem da mesma geralmente com gua. A gua de lavagem pode entrar pelo mesmo canal de alimentao de suspenso (o que no muito recomendado) ou por meio de um canal especfico. Embora haja

7 automatizao na operao de filtros prensa, principalmente de grande porte, a operao do equipamento permanece cclica e por isso, geralmente so utilizados em processos em batelada.

Figura 9 Diagrama esquemtico de um filtro prensa. Filtro a vcuo com tambor rotatrio: Durante a operao do equipamento, o bolo da filtrao colhido no tanque de suspenso devido imerso de parte da superfcie do tambor e ao do vcuo, que suga e prende o a lama da suspenso no filtro. A lama impregnada na superfcie do filtro constantemente lavada e enxugada pela aplicao do vcuo no interior do tambor. Prximo regio de raspagem da torta que fica na superfcie do equipamento, cessa-se o vcuo, permitindo que a superfcie do filtro fique disponvel para mergulhar no tanque de suspenso e continuar o processo de filtrao. A figura 10 apresenta um diagrama esquemtico de um filtro rotativo a vcuo. Meios filtrantes e auxiliares da filtrao: Os meios filtrantes podem ser constitudos por tecidos, papel, metais porosos ou telas metlicas. A escolha do meio filtrante depende da capacidade de remoo da fase slida, possibilidade de elevada vazo de lquido para uma dada queda de presso, resistncia mecnica e inrcia qumica frente suspenso a ser filtrada e a qualquer lquido de lavagem, alm de apresentar o menor custo de operao possvel. Os auxiliares de filtrao ou adjuvantes so utilizados para acelerar a filtrao, ou para permitir uma maior coleta das partculas muito finas. Os adjuvantes so slidos finamente divididos, com estrutura rgida, que formam tortas abertas e no-compressveis. O exemplo mais comum a terra de diatomceas, que consiste de esqueletos de animais marinhos pr-histricos muito pequenos, constitudo basicamente por slica pura com estrutura complexa. Se for aplicado diretamente no meio filtrante, o adjuvante atua como meio filtrante primrio e permite a remoo de partculas slidas muito pequenas. Se for misturado diretamente suspenso a ser filtrada, o adjuvante serve para manter a tora aberta e fornecendo grande

8 superfcie para adeso de slidos muito finos, sendo uma aplicao interessante quando se filtram slidos coloidais, que tm tendncia a formar tortas densas e compressveis.

Figura 10 Diagrama esquemtico de um filtro a vcuo. CENTRIFUGAO O processo de centrifugao um processo de separao entre duas fases que apresentem densidades diferentes, porm, ao invs de se utilizar a fora gravitacional (sedimentao) adota-se a fora centrfuga como agente separador. De tal forma que o campo centrfugo provoque a queda da fase mais pesada atravs da fase mais leve, na direo radial, afastando-se do eixo de rotao. Quando em uma mistura de lquidos e slidos, os slidos apresentam dimenso muito pequena, a filtrao e a decantao dessa mistura no se torna vivel, mesmo que seja feita a vcuo, pois os slidos finos demoraro a decantar e tambm podero obstruir os poros do elemento filtrante. Neste caso, adota-se a centrifugao como meio de separao dos slidos dessa mistura. Tipos de centrfugas: Centrfuga de Discos: A centrfuga do tipo com rotor de discos com vaso slido opera a velocidades de 3000 a 20 000 vezes a gravidade e proporciona um sistema de clarificao contnuo que satisfatrio para materiais com um contedo de slidos de 1-2% ou menos. projetada para separao slido/lquido ou duas fases lquidas em base contnua. Os slidos sedimentam na parede do vaso e so descarregados manualmente ou automaticamente por aberturas intermitentes do vaso. A pilha de discos aumenta grandemente a rea efetiva

9 de sedimentao ou clarificao, e as fases lquida e slida movem-se para cima ou para baixo na superfcie dos discos. O lquido descarrega atravs de um ou mais discos

Figura 11 Centrfugas de discos Centrfuga Decantadora de Vaso Horizontal: Decantadores centrfugos consistem em dois elementos giratrios concntricos horizontais contidos em uma carcaa estacionria (figura 12). O cesto (elemento giratrio exterior) afila-se de fora que os slidos descarreguem em um raio menor que o do licor. O elemento interno u transportador parafuso tipo roscasem-fim com a extremidade de lmina ajustada prximo ao contorno da cesta. A suspenso alimentada no interior do eixo transportador por bombeamento ou por gravidade, sendo automaticamente acelerada at a velocidade da mquina. A fora centrfuga impele a suspenso atravs da camada de licor formada sobre a parede. H uma pequena diferena de velocidade entre a rotao da cesta e do transportador, permitindo que os slidos sejam transportados continuamente ao longo da parede da cesta, em direo zona secante cnica, at as portas de descarga de slidos. O licor clarificado descarrega continuamente na direo oposta, atravs de portas de transbordamento ajustveis.

Figura 12 Centrfuga decantadora horizontal. Centrfuga de Cesta Vertical: Uma seleo das velocidades de alimentao, lavagem, rotao e aragem so disponveis, o que faz a moderna centrfuga filtrante de cesta muito adaptvel ao processo de uma grande faixa de suspenso e composio qumica. Estas mquinas de batelada produzem bolos extremamente secos e apresentam duas

10 vantagens principais. A primeira a capacidade de uma lavagem eficiente de bolos slidos usando um mnimo de liquido de lavagem. A segunda a habilidade para descarregar os slidos separados a baixa velocidade da cesta, assegurando quebra desprezvel de cristais delicados. O licor me extrado e o licor de lavagem so segregados facilmente em etapas separadas do ciclo descontnuo. Durante a operao, a suspenso alimentada pela abertura do topo da cesta, que normalmente, opera a uma velocidade reduzida. Aps o ciclo de lavagem, a secagem comea com a mquina girando a uma velocidade muito mais alta. Depois disso, o bolo descarregado manual ou automaticamente.

Figura 13 Centrfuga de cesto vertical HIDROCICLONE Os hidrociclones so equipamentos com inmeras aplicaes nos diferentes campos tecnolgicos, como na limpeza de gases, atomizao, classificao de partculas, dentre outras. H tambm grande utilizao desses equipamentos nos processos de separao slido-lquido e classificao de minrios, quando so chamados de hidrociclones. Os hidrociclones tm grande aplicao na classificao de partculas com dimetros na faixa de 5 a 200 m, sendo utilizados em dois processos extremos que so a clarificao e o desaguamento. Como aplicaes tpicas dos hidrociclones pode-se ainda incluir a purificao de leos de refrigerao na indstria, na separao de produtos minerais, na regenerao de lamas de perfurao, entre outros. No espessamento, os hidrociclones so usados em substituio aos espessadores gravitacionais, embora produzindo um fluxo de sada com concentraes mais baixas. O princpio bsico de separao nesses equipamentos a sedimentao centrfuga, onde partculas suspensas so submetidas a uma acelerao centrfuga, que faz com que elas se separem do lquido, a partir do prprio movimento da suspenso no interior do equipamento. O hidrociclone formado por uma seo cilndrica acoplada a uma seo cnica. A suspenso lquida de partculas alimentada tangencialmente atravs de uma abertura lateral localizada na parte superior da seo cilndrica; a alimentao tangencial gera um forte movimento em espiral da suspenso dentro do ciclone. Parte do lquido contendo as partculas da frao fina descarregada atravs de um tudo cilndrico fixado no topo do hidrociclone; este tubo apresenta um prolongamento exterior ao equipamento e chamado

11 de coletor de overflow ou vortex finder. A frao grossa das partculas e o lquido remanescente deixam a parte circular do equipamento em direo seo cnica e, posteriormente, para o orifcio de underflow. A seo cnica dos hidrociclones tem como principal finalidade a recuperao de energia cintica para manuteno dos nveis de velocidade dentro do equipamento.

Figura 14 Hidrociclones.

Figura 15 Caracol de alimentao do hidrociclone.

Referncias: 1) Foust, A.S., Wenzel, L.A., Clump, C.W., Maus, L., Andersen, L.B., Princpios das Operaes Unitrias, LTC, Rio de Janeiro, 2008. 2) Introduo aos Fenmenos de Transporte, UFSCar 3) Frana, S.C.A., Massarani, G., Separao Slido-Lquido, Centro de Tecnologia Mineral (CETEM), Rio de Janeiro-RJ, 2004 4) http://www.ufrnet.ufrn.br/~lair/Pagina-OPUNIT/equipamento.htm, acessado em 04/05/2010 s 23h. 5) http://labvirtual.eq.uc.pt/siteJoomla/index.php?Itemid=157&id=40&option=com_content&task=vie w, acessado em 04/05/2010 s 23h 42min. 6) http://www.icba.com.pe/h-hidrociclones.html, acessado em 04/05/2010 s 23h 43min. 7) http://www.hidromaquinas.com.br/home/index.php?pg=produto_detalhe&id_produto=134, acessado em 04/05/2010 s 23h 44min