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Docente: Camila Ortiz Martinez
UTFPR
Segundo Semestre - 2016
Operações Unitárias
EMENTA
Conceitos básicos em operações unitárias.
Separações mecânicas.
Operações unitárias envolvendo transferência de calor e de massa.
OBJETIVO
Compreender os conceitos fundamentais das operações unitárias na indústria de alimentos a partir das principais propriedades físicas e/ou físico-químicas envolvidas nos
principais processos tecnológicos da indústria de alimentos.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
PROGRAMAÇÃO E CONTEÚDOS DAS AULAS (PREVISÃO)
Dia/Mês ou Semana
Conteúdo das AulasNúmero de Aulas
08/08/2016 Apresentação da disciplina. Sistema de avaliação. 1
11/08/2016 Separações mecânicas: peneiramento. Cálculos. 2
15/08/2016 Peneiramento – cálculos. Atividade. 1
18/08/2016 Separações mecânicas: filtração. Distribuição dos temas (trabalho sobre tipos filtros).
2
22/08/2016 Pesquisa temas seminários. 1
25/08/2016 Nanofiltração, ultrafiltração, microfiltração e osmose reversa. 2
29/08/2016 Atividade filtração. 1
01/09/2016 Separações mecânicas: sedimentação e centrifugação. 2
05/09/2016 Pesquisa temas seminários. 1
08/09/2016 Separações mecânicas: agitação e mistura. 2
12/09/2016 Apresentação do trabalho sobre filtros. 1
15/09/2016 VII SIMTEA e VI EPEA. 2
19/09/2016 Apresentação do trabalho sobre filtros. 1
22/09/2016 Fragmentação de sólidos. Moagem. 2
26/09/2016 Apresentação do trabalho sobre filtros. 1
29/09/2016 Separações mecânicas: Bombeamento. 2
03/10/2016 Atividade moagem. 1
06/10/2016 Operações unitárias envolvendo transferência de massa: extração. Equipamentos.
2
13/10/2016 Operações unitárias envolvendo transferência de calor e massa: secagem. Equipamentos.
2
17/10/2016 Revisão de conteúdo. 1
20/10/2016 1ª Avaliação. 2
24/10/2016 Pesquisa - seminários 1
27/10/2016 Seminário 1: Operações unitárias envolvendo transferência de calor e massa: cristalização. Equipamentos.
2
31/10/2016 Atividade. 1
03/11/2016 Seminário 2: Operação unitárias envolvendo transferência de calor e massa: evaporação. Equipamentos.
2
07/11/2016 Seminário 3: Operação unitárias envolvendo transferência de calor e massa: destilação. Equipamentos.
2
10/11/2016 Atividade. 1
17/11/2016 Seminário 4: Operação unitárias envolvendo a transferência de calor: trocadores de calor. Equipamentos.
2
21/11/2016 Atividade ou pesquisa 1
24/11/2016 Seminário 5: Operação unitárias envolvendo a transferência de calor: esterilização. Equipamentos.
2
28/11/2016 Atividade ou pesquisa 1
01/12/2016 Recuperação. 2
08/12/2016 Aula para revisão das provas anteriores. 2
AVALIAÇÃO
Avaliação escrita = peso 10,0
Seminário (Filtração) = peso 1,0
Atividades complementares (3 ou mais) = peso 3,0
Seminário com apresentação oral e escrita = peso 6,0
Nota final (NF): Soma das notas dividida por 2
Aprovado: nota > 6,0 e 75% de frequência.
Recuperação (R) = peso 1,0. Todo o conteúdo do semestre. A nota será a média entre a nota final (NF) e a nota da recuperação (R):
NF + R
2
Bibliografia básica
HIMMELBLAU, D. M.; RIGGS, JAMES, L. Engenharia química: princípios e cálculos. 7. ed. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2006, 846 p.
BRASIL, Nilo Índio do. Introdução à engenharia química. 2. ed. Rio de Janeiro: Interciência, 2004, 369 p.
SMITH, J. M.; VAN NESS, H. C.; ABBOTT, M. M. Introdução à termodinâmica da engenharia química. 7. ed. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2007, 626 p.
EARLE, R. L.. Ingeniería de los alimentos: las operaciones básicas del procesado de losalimentos. 2. ed. Zaragoza: Acribia, 1988, 203p.
SHING & HELDMAN. Introdução a la Ingeniaria de los alimentos. Zaragoza: Acribia, 1998.
FELOWS, P. Tecnologia del processado de los alimentos. Zaragoza: Acribia, 1998.
Bibliografia complementar
HIMMELBLAU, D. M. Engenharia química: princípios e cálculos. 6. ed. Rio de Janeiro: Prentice-Hall, 1998. 592 p.
BLACKADDER, D. A.; NEDDERMAN, R. M. Manual de operações unitárias: destilação de sistemas binários, extração de solvente, absorção de gases, sistemas de múltiplos componentes, trocadores de calor, secagem, evaporadores, filtragem. São Paulo: Hemus, 1982, 276 p.
FOUST, Alan S. Princípios das operações unitárias. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1982. 670 p.
COULSON, J. M.; COULSON, J. Tecnologia química. Lisboa: Fundação CalousteGulbenkian, 6 v.,1971-1989.
BEJAN, A. Transferência de calor. São Paulo: Edgard Blucher, 1996, 540 p.
Orientações gerais
A entrega de material no prazo estabelecido, pontualidade, participação e presença
Mediante atraso do aluno em dia da prova, este não entra em sala
Não será aceito a entrega de trabalhos ou relatórios fora do prazo estipulado
Não será permitido o uso de celulares dentro da sala de aula
Não será permitida a saída do aluno da sala de aula durante a realização das provas para uso dos sanitários e/ou beber água
OBJETIVOS DA INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA
Vida de prateleira
Modificações: aumentar a variedade e permitir outros processamentos
Praticidade e facilidade de consumo
Valor nutritivo
Lucro
ALIMENTOS PROCESSADOS
É todo material alimentício, devidamente acondicionado, que possui uma vida útil acima da alcançada em estado natural, sendo utilizado para isso métodos físicos, químicos e/ou físicoquímicos
Converter alimentes perecíveis em alim. estáveis, nutritivos e seguros
Classifica-se a vida útil em provisória ou permanente
Benefícios do processamento: disponibilidade, vida útil e segurança
MATÉRIA-PRIMA INDUSTRIAL
Matéria-prima é toda substância de origem animal, vegetal ou mineral, em estado bruto, que para ser utilizada como alimento, precisa sofrer um tratamento e/ou transformação de natureza química, física ou biológica
Matéria-prima inadequada (origem e processamento) = produto ruim
Perecíveis, semiperecíveis (carnes defumadas, queijos) e não perecíveis
TIPOS DE INDÚSTRIAS DE ALIMENTOS
Muitas atividades porém podem ser consideradas:
Indústrias que preparam alimentos frescos (abatedouros e vegetais)
Indústrias de conservas
Indústrias que fabricam produtos que servem para preparar alimentos
Indústrias que fabricam alimentos prontos para consumir
OPERAÇÕES UNITÁRIAS - DEFINIÇÃO
Combinação de procedimento para atingir as modificações desejadas nas matérias-primas. Cada operação possui um efeito específico, identificável e previsível no alimento. A combinação e a seqüência das operações determinam a natureza final do produto elaborado.
Preparação da matéria-prima
Contaminantes, areia, insetos = proteção do processo e dos equipamentos e prod. seguro
Limpeza: a seco com jato de ar; utilização de spray de água em esteiras
Seleção: m-p descartadas, ou re-processadas
Classificação: separação dos lotes diferentes mas sadios para processamento ou consumo (tamanho...).
Descascamento: manual, com vapor ou água quente, meios mecânicos, médio ácido, etc., dependendo do tipo de m-p e o destino final do processamento
OPERAÇÕES UNITÁRIAS
Docente: Camila Ortiz Martinez
UTFPR – Campo Mourão
2016
PENEIRAMENTO
Peneiramento
Definição (tamanho)
Separação sólido-sólido baseia-se na escolha de um processo no qual o comportamento do material seja influenciado por alguma propriedade física.
Peneiramento (dimensões)
Objetivos específicos:
Dividir em frações homogêneas
Obter partículas de mesmo tamanho
MECANISMO
Malha fina de tecido (gravidade)
Peneiramento
Velocidade de passagem:
Natureza e forma
Amplitude e frequência da agitação
Adesão à peneira
Natureza física da peneira
- Tamanhos: 25mm a 0,06mm
- Materiais mto finos: dificuldades
- Placas perfuradas
Peneiramento
Quantidade de material sobre a peneira: pequena (obstrução)
Movimento da peneira
Aberturas quadradas e dimensão é especificada: nº de aberturas por polegada (espessura do fio) Mesh = quantidade de aberturas em 25,4 mm (1 in)
Séries normalizadas de peneiras: Reino Unido: British Standard (BS) Institute of Mining and Metallurgy (IMM) Tyler (EUA): Braisil (mesh)
Abertura de crivos sucessivos devem seguir um fator cte de aumento Rendimento = quociente do material que passa pela peneira e aquele que é
capaz de passar
Peneiramento
Uma peneira: duas frações (não classificadas = > da fração fina e < fração grossa).
+ peneiras é possível obter frações classificadas (classificação granulométrica)
Peneiramento
Na prática: impossível separação único tamanho
A retenção das partículas finas nas grossas pode ser explicada por:
aderência do pó às partículas grandes
aglomeração dos finos (coesão ou outras forças)
irregularidade das malhas
mecanismos de operação
A passagem dos grossos através das malhas deve-se a:
irregularidade das malhas
carga excessiva na peneira
OPERAÇÃO
Pode ser realizada :
Seco
Úmido (aderentes - entupimento): evita deposição dos finos
Facilitadores de operação:
Umidade
Agitação (moagem, pó, danificação)
Inclinação
Peneiramento:
- gravidade, escova, centrifugação
- Partículas <s = agitação
TELAS
Telas metálicas revestidas de seda ou plástico (PVC, polietileno, polipropileno, teflon)
Pratos metálicos perfurados
Metais + comuns: aço e aço inox
As peneiras padrão variam de 2 a 400 mesh
TELAS
CLASSIFICAÇÃO
Peneira estacionária
Peneira mecânica
Pereira vibratória
Rotativas
AgitadasVertical
Horizontal
Mov. giratório em uma só extremidade
Vibradores Mecânico
Eletromagnético
Agitação simultânea
Tambores rotativos
Telas e grelhas
Peneiras Estacionárias
Simples, robustas e econômicas
Telas:
Sólidos grosseiros (entopem)
1 a 10cm de abertura,
alimentadas manualmente;
Grelhas: separam finos das cargas de britadores, que são uma série de barras paralelas mantidas em posição através de espaçadores, podem ser horizontais ou inclinadas entre 20 e 50º:
PENEIRAS ESTACIONÁRIAS
Mecânicas: Peneiras Rotativas
+ comum: tambor rotativo (classificação dos pedriscos na construção civil)
Cilindro com 4-10m, longo, inclinado de 5 a 10º, 15 rpm
A superfície lateral: placa metálica perfurada ou tela, com aberturas de tamanhos progressivamente maiores na direção da saída
Mecânicas: Peneiras agitadas
- Agitação provoca a movimentação das partículas sobre a superfície de peneiramento- Inclinação : 15o a 20o
- partículas > 1 cm
Freqüência e a amplitude: melhor combinação
PENEIRA VIBRATÓRIA
Alta capacidade e eficiência (finos)
A maior diferença entre as peneiras agitadas e as vibratórias:
> freqüência (1200 a 7200 ciclos/minuto)
< amplitude de vibração (1,5 a 10mm)
Estrutura Vibrada: vibração mecânica por meio de excêntricos, ou vibração eletromagnética.
São ligeiramente inclinadas (5- 10º para operação a úmido e 20º para operação a seco)
Seco ou úmido
< 100 mesh
Tela Vibrada: elas possuem eletroímans que atuam diretamente sobre a tela - 80 a 100 mesh
PENEIRA VIBRATÓRIA
PENEIRAMENTO
A primeira escala granulométrica foi proposta por Rittinger, Alemanha, e obedeceu à seguinte equação:
Onde:
abertura de ordem n;
= abertura de referência (=1 mm);
r = razão de escala ( r = √2 = 1,41)
PENEIRAMENTO
a U.S. Tyler Company
Segunda escala Richards (Padrão americano)
Número de malhas
Mesh = quantidade de aberturas em 25,4 mm, ou 2,54 cm (1 in ; polegada)