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Operação e Controle
em Subestações
Claudio S. Mardegan
Membro Sênior do IEEE
Cláudio Sérgio Mardegan é Diretor da EngePower Engenharia e
Comércio Ltda, especialista em proteção de sistemas elétricos
industriais e qualidade de energia, com experiência de mais de 38 anos
nesta área. Já ministrou por mais de 94 vezes o treinamento de proteção e seletividade, 23
vezes o treinamento de Subestações e 9 vezes o treinamento de Qualidade de Energia, 13
vezes o treinamento de Arc Flash e 5 vezes o treinamento de partida de motores.
Apresentou diversos artigos em revistas especializadas e ministrou inúmeras palestras
técnicas (Conferências IEEE-IAS e IEEE-I&CPS,IEEE-ESW-Brasil, CINASE, CINAPE, NR-
10, etc). É consultor das principais empresas multinacionais e empresas corporativas. É
engenheiro eletricista formado em 1980 pela Escola Federal de Engenharia de Itajubá
(Antiga EFEI atualmente UNIFEI). É autor do livro “Proteção e Seletividade em Sistemas
Elétricos Industriais”, patrocinado pela Schneider. É co-autor do Guia de Normas do Setor
Elétrico, É Membro Senior do IEEE e participa também dos Working Groups do IEEE para
“Generator´s Grounding” e do Buff Book (Série 3004). Neste último participa na revisão do
Capítulo de Proteção de Transformadores, é Chair do Capítulo 6 – Ground Fault Protection
e também é Chair do Capítulo 13 – Protection Coordination. É secretário do Capítulo 1 da
Série 3003 (antigo Green Book – Aterramento). É vice-chair de Surge Protection do IEEE e
também participa dos grupos de Forensics e do DC Team do IEEE. É paper reviewer e
associated editor do IEEE. Sua empresa realizaou mais de 4500 estudos.
A subestação é uma das partes do sistema elétrico mais importantes, pois, toda
energia elétrica a ser consumida pelas cargas passa por ela, e, assim, a mesma
está no caminho crítico. A sua paralisação implica na paralisação das cargas.
Assim, de nada adianta se ter um processo extremamente diferenciado,
máquinas de última geração, pessoal altamente qualificado e treinado, se a
energia elétrica não estiver disponível, com qualidade, disponibilidade onde for
necessária. Daí a importância da Operação e Controle de uma Subestação.
A importância da Subestação
Operação e Controle em Subestações
Uma subestação deve ser concebida dentro de certos requisitos.
Lista-se a seguir os principais a serem tomados como base:
Confiabilidade e simplicidade
Flexibilidade para expansões
Segurança
Mantenabilidade
Operacionalidade
Equipamentos de boa qualidade/procedência (Bom Projeto, bons materiais, Testes
de Certificações em entidades credenciadas, histórico de boa confiabilidade)
Robustez
Suportabilidade quanto ao curto-circuito (térmica, dinâmica e de interrupção)
Capacidade de se restabelecer rapidamente após uma contingência (Resiliência)
Requisitos desejáveis de uma Subestação
Operação e Controle em Subestações
Aspectos de Segurança
a) NR-10 e normas pertinentes
b) Painéis arco resistentes
c) Vestimentas
d) EPI´s necessários
e) EPC´s necessários
f) Intertravamentos adequados
g) Cumprir rigorosamente as etapas de Desenergização
h) Cumprir rigorosamente as etapas de Re-energização
8.2 – Operação Remota / Sistema Supervisório /Automação
8.3 – Manual de Operação
8.4 – Comando/Controle e Proteção
DETALHES DE OPERAÇÃO DE SUBESTAÇÃO
Operação e Controle em Subestações
www.engepower.com 55 11 99235-8551
a) NR-10
Treinamento
Visto que a estatística mostra que 65% dos acidentes com arco ocorrem durante as
manutenções, as primeiras e as mais importantes atitudes a serem tomadas consistem:
Elaboração de APR para as atividades a serem desenvolvidas na manutenção.
Realização de DDS (Diálogo Diário de Segurança) focando os pontos de maior
risco.
Seguir os procedimentos de desenergização
Elaboração de procedimentos detalhados, passo a passo.
Utilização de pessoal qualificado / habilitado para as atividades / empresas
especializadas
Acompanhamento dos serviços com técnico de segurança
Utilizar equipamentos de categoria / classe / isolação apropriadas
Executar todas as atividades com supervisão local
Operação e Controle em Subestações
PAINEL A PROVA DE ARCO INTERNO E A NORMA IEC TR(*) 61641-2014
O painel à prova de arco interno é um painel que
deve suportar um arco interno de determinado
valor por um determinado tempo. Nesse tempo,
deve conter o arco dentro do painel.
O mesmo é testado como mostrado na figura ao
lado, onde “bonecos” de algodão são colocados a
uma distância padronizada (normalmente 100 ou
300 mm) sem haja o chamuscamento do
“boneco” de algodão.
(b) PAINÉIS ARCO RESISTENTES
(*) – Test Report
Operação e Controle em Subestações
CLASSES DE ARCO SEGUNDO A IEC TR(*) 61641-2014
Classe de Arco A – É usada para proteção de pessoas. Utiliza os critérios de 1 a 5,
mostrados a seguir.
Classe de Arco B – É usada para proteção de pessoas mais arcos restritos a uma área
específica dentro do conjunto de manobra. Utiliza os critérios de 1 a 6, seguintes.
Classe de Arc C - É usada para proteção de pessoas mais arcos restritos a uma área
específica dentro do conjunto de manobra. É possível a operação limitada após uma
falta. Utiliza os critérios de 1 a 7.
Classe de Arco I – Conjunto de Manobras provendo proteção por meio de zonas
protegidas para a ignição do arco.
Nota: Se é feito um acordo entre o usuário e o fabricante um critério diferente ou inferior
pode ser aplicado.
(*) – Test Report
PAINÉIS ARCO RESISTENTES
Operação e Controle em Subestações
CLASSES DE ARCO SEGUNDO A IEC TR-61641-2014O item 8.7 da norma IEC TR 61641:2014 cita os critérios usados para validação do teste de arco nas
condições detalhadas na Cláusula 4 da mesma norma.
Para a proteção das pessoas os critérios de 1 a 5 seguintes devem ser atendidos:
1) As tampas e portas devem estar corretamente seguras e se manterem no lugar e provendo um
nível mínimo de proteção de acordo com os requisitos de proteção de invólucro IP1X da norma IEC
60529. São aceitas deformações. Alguma ruptura de um número limitado de dobradiças e
fixações são aceitáveis. O conjunto de manobra não necessita estar em conformidade com sua
classe de IP após o teste.
Nota 1: O objetivo do critério 1 é minimizar o risco de lesões às pessoas por impacto de portas,
tampas, etc. e assegurar um nível mínimo de proteção às pessoas contra contato acidental perigoso
com partes energizadas.
2) Nenhuma parte do conjunto de manobra com mais de 60g deve ser ejetada exceto aquelas que
estão desalojadas e caem entre o conjunto de manobra e os indicadores.
Nota 2: O objetivo deste critério é minimizar o risco de lesões sérias às pessoas por impacto de partes
ejetadas.
3) O arco não deve causar buracos nas partes externas do invólucro abaixo de 2m de altura nos
lados declarados acessíveis em caso de queima.
Nota 3: O objetivo deste critério é minimizar o risco de lesões às pessoas por queimadura direta.
PAINÉIS ARCO RESISTENTES
Operação e Controle em Subestações
CLASSES DE ARCO SEGUNDO A IEC TR-61641-2014Critérios de 1 a 5 (continuação):
4) Os indicadores não devem ficar chamuscados (chamuscados na pintura ou em adesivos estão
exclusos dessa avaliação).
5) Os circuitos de proteção para as partes acessíveis do invólucro ainda devem estar efetivos
conforme descrito na norma IEC 61439-2.
6) O conjunto de manobra deve ser capaz de confinar o arco à área definida onde o mesmo se iniciou
e não deve haver propagação do arco para outras áreas do conjunto de manobra. Efeitos de gases
quentes e deposição de fuligem em áreas adjacentes que não estejam sob o arco são aceitáveis,
uma vez que apenas uma limpeza é suficiente.
Proteção às pessoas e ao conjunto de manobra com capacidade de operação limitada é alcançada
quando os critérios de 1 a 7 são atendidos:
7) Após a eliminação da falta ou após o isolamento ou desmontangem da unidade funcional afetada,
a operação em caráter de emergência da parte restante do conjunto de manobra deve ser
possível. Isto deve ser verificado através de teste de tensão aplicada de 1.5 x vezes a tensão
nominal de operação por um minuto, conforme prescrito na norma IEC 61439-2:2011, item 10.9.2.
O abaulamento de portas e tampas da unidade sob teste e adjacências é aceitável, as quais
providas podem ser prontamente substituídas restaurando a um grau de proteção de invólucro
mínimo de IPXXB da IEC 60259. Excetuando-se a zona testada declarada pelo fabricante, todas as
outras unidades devem permanecer completamente operacionais elétrica e mecanicamente e
estarem na mesma condição de antes dos testes.
Operação e Controle em Subestações
(c) Vestimentas AR (“Arc Rated”)
Utilizar as vestimentas adequadas, determinadas através de um estudo minucioso de
“Arc Flash Evaluation”.
Luvas / bastões isolantes / Tapetes devem ser ensaiados anualmente.
Operação e Controle em Subestações
Um pouco de Estatísticas de acidentes por Arco
Um relatório de pesquisa sobre investigação de
Acidentes Elétricos realizado na Alemanha em 1998
pela ISSA (International Social Security Association),
em 61 casos, apresentou uma estatística conforme
indicado na Figura ao lado.
Retirado do Paper de Hugh Hoagland da 48th Conferência Annual do IEEE-IAS, em 2012
em Louisville-KY-USA - Myths and Facts in Selection of Personnel Protective Equipment
for Arc Flash Hazard Mitigation Utilizing NFPA 70E and applicable ASTM standards.
Deve-se atentar para o fato de que não é somente roupa que importa.
ESTATÍSTICA DE ACIDENTES
Distribuição das lesões por queimaduras
provocadas por arco no corpo
Operação e Controle em Subestações
TECNOLOGIAS DAS VESTIMENTAS
(a) Nas vestimentas
As tecnologias mais usuais são :
PIROVATEC (Algodão tratado)
Protera® Fibra de Aramida (NOMEX da DUPONT)
Algodão com 12% de Nylon (ITEX ou Wsek)
Nota: A referência [3] cita que mesmo utilizando as metodologias de cálculo das normas
NFPA 70E ou IEEE Std 1584 não se consegue 100% de proteção, apenas 95%.
Using the methods in NFPA 70E or IEEE Std-1584 does not insure that a worker will not
be injured by burns from an arc-flash. Following the NFPA 70E and IEEE 1584 procedures
and wearing the proper protective equipment will greatly reduce the possibility of
burns. Using the incident energy equations developed from the arc flash tests, it is
expected that the personal protective equipment (PPE) classification per the tables in
NFPA 70E will be adequate for 95% of the classifications based on test results.
Operação e Controle em Subestações
TESTE DAS VESTIMENTAS
Para garantir as calorias especificadas nas vestimentas, as mesmas são testadas conforme
norma IEC 61482-1-1 de 2009 “Protective clothing against the thermal hazards of na
electric arc – Part 1-1: Test methods – Method 1: Determination of the arc rating (ATPV or
Ebt50) of flame resistant materials for clothing (method A) [12]. O material a ser testado
deve ser lavado de acordo com a ISSO 6330, método 2 A e seco conforme procedimento E
(tumble drying). Após isto as amostras são cortadas e colocadas no painel de teste.
Normalmente o programa de testes inclui um número mínimo de 20 amostras. Os
seguintes dados são registrados para cada amostra:
Condições de exposição ao arco: Número de arcos, corrente de arco RMS, corrente de
arco de pico, tensão do arco, duração do arco, energia dissipada no arco, plotagem da
corrente e tensão de arco.
Resposta da elevação de temperatura dos dois sensores de cada amostra com a
plotagem da resposta média, plotagem da distribuição de energia incidente.
Fotografia do material exposto nos painéis.
Vídeo
Operação e Controle em Subestações
TECNOLOGIAS DAS VESTIMENTAS
Os tecidos são testados para que sua perfomance seja garantida. Aplica-se a fonte de
calor de um lado e verifica-se a densidade de calor (cal/cm2) do outro lado. São
realizados os testes em várias amostras. Veja figura seguinte:
Com base nos resultados das amostras plota-se um gráfico como o mostrado no slide
seguinte.
VESTIMENTAS
Operação e Controle em Subestações
TECNOLOGIAS DAS VESTIMENTAS
Curva de Probabilidade versus cal/cm2.
As vestimentas são testadas para verificar se estão atendendo à especificação.
10.1
5%
50%
Pro
babilid
ade (
%)
Pontos Obtidos do
Resultado dos Testes
Curva Ajustada
cal/cm2
100%
165
Faixa de Energia Incidente Sob Teste
Probabilidade
de Queima
Ei
5% 8.5
10% 8.9
20% 9.4
30% 9.6
40% 9.9
50% 10.1
60% 10.3
70% 10.6
80% 10.9
90% 11.3
ATPV = 10.1 Cal/cm2
Resultados Ensaio
1.10 – VESTIMENTAS
Operação e Controle em Subestações
TECNOLOGIAS DAS VESTIMENTAS
As vestimentas são testadas para verificar se estão atendendo à especificação.
Mesmo sendo FR, alguma quantidade de
energia passa para dentro da vestimenta
1 – CONCEITOS BÁSICOS
1.10 – VESTIMENTAS
Operação e Controle em Subestações
TECNOLOGIAS DAS VESTIMENTAS
As vestimentas de algodão tratado normalmente tem um limite de número de lavagens
e restrições de produtos para lavar essas vestimentas. Normalmente o número máximo
de lavagens é 100, em empresa especializada.
A utilização de fibra como a
Protera® da Du Pont® garante
um maior número de lavagens
além de um peso menor,
porque a fibra já fabricada
para ser FR.
1.10 – VESTIMENTAS
Operação e Controle em Subestações
É interessante a elaboração de placas de advertência para serem fixadas nos
painéis, conforme exemplo abaixo:
Placas de Advertência para os Painéis
c) Vestimentas “Flame Retardantes”
Distância mínima que deve-se ficar
não estando usando a vestimentaEXPLICAÇÃO DA ETIQUETA DE ENERGIA INCIDENTE
Energia Incidente na Barra à
distância
Barra onde está sendo calculada a
energia incidente
Distâncias de segurança contra
choque elétrico para cada zona.
Categoria da Vestimenta e
detalhamento da mesma
Tensão da barra
Classe da Luva
Operação e Controle em Subestações
A EXIGÊNCIA DA NR-10
Medidas de Proteção Individual (10.2.9) :
A norma NR-10 no item 10.2.9 (Medidas de Controle) declara que na impossibilidade
do uso de Proteção Coletiva; Extra Baixa Tensão ou desenergização das instalações;
devem ser empregadas o uso de proteção individual através de vestimentas
adequadas que atendam os critérios :
Condutibilidade;
Inflamabilidade;
Influências Externas.
Operação e Controle em Subestações
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(d) Outros EPI´s
Outros EPI´s devem ser especificados e utilizados em função das necessidades
apontadas na APR e nos procedimentos passo a passo.
LUVA DIELÉTRICA
BOTA DIELÉTRICA
ROUPA ANTI-ARCO
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(e) EPC´s
Preferencialmente devem ser especificados EPC´s ao invés de EPI´s. A escolha dos
EPC´s necessários depende da APR e do(s) procedimento(s) passo a passo.
8.1.e) – EPC´s
Operação e Controle em Subestações
(f) Intertravamentos
Para as instalações novas, durante as fases de projeto prever os intertravamentos
necessários para garantir a segurança dos operadores, tais como, somente permitir a
abertura de uma seccionadora se e somente se o disjuntor estiver aberto.
Para instalações existentes implementar intertravamentos.
8.1.f) INTERTRAVAMENTOS
Operação e Controle em Subestações
(g) PROCEDIMENTO DE DESENERGIZAÇÃO
A desenergização somente se completará após todas as etapas abaixo serem realizadas
com sucesso.
1. Desligamento
2. Seccionamento
3. Constatação da Ausência de Tensão
4. Executar o aterramento de serviço
5. Bloqueio
6. Impedimento
Operação e Controle em Subestações
(g) PROCEDIMENTO DE DESENERGIZAÇÃO
Os equipamentos mostrados abaixo são utilizados na desenergização.
Detetores de Tensão
Conjunto de
Aterramento
de Serviço
Bloqueio Bloqueio e Impedimento
Operação e Controle em Subestações
(i) Proteção física das partes vivas
Utilização de trincos/fechos que pessoas leigas não consigam abrir.
Utilizar chapas de policarbonato para a proteção de barramentos de quadros
Utilizar barreiras
Encapsulamento de barramentos
Operação e Controle em Subestações
(h) Controle de Acesso
Criar uma forma de controle de acesso às subestações / salas elétricas (chaves, cartões
magnéticos, controle digital, etc).
Operação e Controle em Subestações
Sistemas Supervisórios
Segurança (retira o operador da frente dos equipamentos de manobra)
Trabalhista (evita-se o pagamento dos 30% de periculosidade para os operadores)
Medição em tempo real monitoramento de variáveis de controle tais como potência
ativa, reativa, demanda, fator de potência, harmônicos, sags, swells, etc.
Tomada de decisão de forma antecipada quando o software do sistema supervisório
permite a simulação (Cálculos) de sistemas de potência seja no sentido de fechar
abrir, adicionar ou retirar carga ou geração.
Automação desses processos (abertura, fechamento, intertravamento, etc)
Facilidade de extração e análise de informações em casos de contingências
Facilidade para se iniciar/antecipar uma “Load Shedding” (Rejeição de Cargas).
Os sistemas supervisórios vem sendo aplicados
em subestações atendendo entre outras as
seguintes finalidades:
Operação e Controle em Subestações
A manutenção preventiva/preditiva tem como objetivo minimizar as
paradas não programadas, devidas à defeito elétrico, de modo que
através de uma parada programada, se possa ter um diagnóstico dos
equipamentos e sistema elétrico.
Diagnóstico de falhas em equipamentos:
1 – Falhas de Operação;
2 – Falhas de Isolamento.
MANUTENÇÃO
Operação e Controle em Subestações
Curva de Falha – Curva da Banheira
PRINCIPAIS GRUPOS DE FALHAS
Operação e Controle em Subestações
1. Principais Equipamentos
2. Manutenção Típica Realizada em Cada Equipamento
3. Planejamento da Manutenção Preventiva
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
Operação e Controle em Subestações
1. Principais Equipamentos
Pára-Raios
Chaves-Seccionadoras
TCs
TPs
Disjuntores
Isoladores
Transformadores
Reatores/Filtros
Resistores de Aterramento
Capacitores/Filtros Harmônicos
Malha de Aterramento
Painel de Comando, Controle e Proteção
Conjunto de Manobra da Casa de Comando
Cabos
Retificadores/Baterias
Serviços Auxiliares
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
Operação e Controle em Subestações
1. Objetivo
2. Termografia
3. Ultra-som
4. Análise de óleo
MANUTENÇÃO PREDITIVA
Operação e Controle em Subestações
Através do acompanhamento periódico de vários parâmetros dos
equipamentos, baseado na análise de dados coletados através de
monitoração ou inspeções em campo, é uma técnica eficaz no
sentido de predizer as falhas nos sistemas ou equipamentos.
Permitindo a operação contínua pelo maior tempo possível.
As técnicas de monitoramento na manutenção preditiva, ou seja,
baseadas em condições, incluem: análise de vibração, ultrassom,
inspeção visual, e outras técnicas de análise não-destrutivas.
Objetivo
Operação e Controle em Subestações
1. Objetivo
2. Abrangência
3. Procedimento de Inspeção
4. Imagem real e imagem térmica
5. Exemplos de problemas identificados
INSPEÇÃO TERMOGRÁFICA
Operação e Controle em Subestações
A TERMOGRAFIA APLICADA À EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS
Mostrar a ferramenta de manutenção preditiva chamada
“TERMOGRAFIA”, aplicada à Sistemas Elétricos, a qual antecipa
possíveis curtos-circuitos em sistemas elétricos através da detecção de
raios infravermelhos.
Criada na década de 60, a Termografia é a ciência da aquisição e análise
de informações térmicas a partir de dispositivos de obtenção de imagens
térmicas.
Objetivo
Operação e Controle em Subestações
Transformadores
Painéis
Motores
Geradores
Para Raios
Cabos e terminações
Isoladores
Barramentos
Barramentos blindados
Relés
Disjuntores
Muflas/ terminações
Caixas de passagem
Outros Equipamentos Elétricos
Áreas de Abrangência
Operação e Controle em Subestações
TERMOGRAFIA
Procedimentos de Inspeção Termográfica
Regular emissividade do aparelho – 0.80 a 0.95;
Verificar carga do circuito inspecionado;
Verificar velocidade do ar no momento da medição.
Calcular: Tcorrigida = Tmedida x Fcc x Fcw
Operação e Controle em Subestações
ALGUNS PROBLEMAS QUE PODEM SER IDENTIFICADOS
Pontos de aquecimento nos circuitos elétricos
Circuitos subdimensionados
Má distribuição de carga entre as fases dos circuitos
Folgas em conexões elétricas
Fugas em buchas de seccionadoras
Aquecimentos em barramentos blindados
Aquecimentos em corpo de fusíveis
Aquecimento em leitos de cabos
Problemas em equipamentos
Operação e Controle em Subestações
LIMITES DE TEMPERATURA
TIPOS DE CONEXÃO
LIMITES DE PONTOS QUENTES
ELEVAÇÃO MÁXIMA 0C TEMPERATURA MÁXIMA 0C
BARRAS CONEXÕES DE COBRE COM COBRE 30 70
BARRAS E CONEXÕES PRATEADAS 65 103
CONEXÕES DE CABOS COBRE COM COBRE 30 70
CONEXÕES DE CABOS COM SUPERFÍCIES PRATEADAS 45 85
Operação e Controle em Subestações
LIMITES DE TEMPERATURA
1. Normal: não é necessária intervenção
2. Aquecido: observação
3. Muito aquecido: intervenção em no máximo três meses
4. Severamente Aquecido: desligar equipamento em no máximo 24 horas.
Operação e Controle em Subestações
IMAGEM REAL E IMAGEM TÉRMICA
Operação e Controle em Subestações
TERMOGRAFIA APLICADA A PÁRA RAIOS
Critérios de análise:
Devem ser analisados criteriosamente os dispositivos que apresentarem elevado
gradiente de temperatura ao longo da coluna de isoladores.
Operação e Controle em Subestações
TERMOGRAFIA APLICADA A PÁRA RAIOS
Casos:
Nesse caso foi realizada a troca do para raios após a análise da imagem térmica do
mesmo. Testes com injeção de tensão posteriores confirmaram que o equipamento
estava próximo de falha.
Operação e Controle em Subestações
TERMOGRAFIA APLICADA A PÁRA RAIOS
Casos:
Operação e Controle em Subestações
TERMOGRAFIA APLICADA A PARA RAIOS
Diferença entre Fases
Operação e Controle em Subestações
OUTROS EXEMPLOS – PONTO QUENTE
Operação e Controle em Subestações
OUTROS EXEMPLOS – PONTO QUENTE
Operação e Controle em Subestações
Isolador com ponto quente
OUTROS EXEMPLOS – PONTO QUENTE
Operação e Controle em Subestações
ULTRA-SOM APLICADO À EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS
O Ultra-som é uma ferramenta de manutenção preditiva muito
conhecida na área mecânica, que também é aplicável a Sistemas
Elétricos, identificando falhas em sistemas elétricos através da
detecção do nível de ruído (por ultra-som).
Operação e Controle em Subestações
Transformadores
Painéis
Motores
Geradores
Para Raios
Cabos e terminações
Isoladores
Barramentos
Barramentos blindados
Relés
Disjuntores
Muflas/ terminações
Caixas de passagem
Outros Equipamentos Elétricos
Áreas de Abrangência
Operação e Controle em Subestações
Três problemas básicos podem ser detectados pelo equipamento de ultra-som:
Arco elétrico
Corona (tracking destrutivo)
Descargas elétricas embrionárias (antes de se tornarem um arco
propriamente dito)
Problemas Básicos
Operação e Controle em Subestações
Arco Elétrico
O arco elétrico ocorre toda a vez que existe uma disrupção do ar, seguido de
passagem de corrente. A maior parte das faltas em sistemas elétricos
industriais inicia-se por falha de isolação, ou seja, através de arco.
Corona
Ocorre quando a tensão em um condutor elétrico excede o
gradiente de potencial do ar que circunda este condutor e começa
a ionizá-lo e formar uma nuvem azul ou púrpura ao redor.
Arco Elétrico e Corona
Operação e Controle em Subestações
Em ago/2008 foi realizada inspeção deUltrasom no sistema elétrico de umaSubestação Principal, onde foramidentificadas anormalidades nos cabos desaída de um cubículo de 13,8 kV (fase A).De imediato foi manobrado o sistema edesenergizado o circuito para avaliação dasterminações e cabos.Após análise foi identificado falha elétricana terminação do cabo da fase A,confirmando o resultado da Ultrasom.
Terminação com falha na isolação,
identificado através de Ultrasom
CASO – Fuga em Terminação
Termovisor aplicado
dois dias antes não
detectou
Operação e Controle em Subestações
Ensaios
Análise Físico Química
Análise Cromatográfica
Importante fazer a análise:
Num laboratório idôneo
Num mesmo laboratório para que se tenha um histórico
ANÁLISE DO ÓLEO ISOLANTE
Operação e Controle em Subestações
Determina a concentração dos gases dissolvidos no óleo mineral isolante. O
envelhecimento natural do equipamento pode ser remediado com a eliminação
desses gases imersos no óleo.
Usar um óleo de má qualidade traz sérios danos ao equipamento. Daí a
importância do trabalho de prevenção que detecta qualquer defeito ainda no
estágio inicial a partir da composição dos gases e da rapidez com que eles são
formados.
Hidrogênio (H2) – Descargas por corona no óleo;
Monóxido de carbono (CO) – Degradação de materiais celulosicos;
Dióxido de carbono (CO2) – Degradação de materiais celulosicos;
Metano (C4) – Descargas por corona no óleo;
Etileno (C2H4) – Decomposição do óleo a temperaturas tipicas de
sobreaquecimento (1000 a 15000 C);
Etano (C2H6) e Acetileno (C2H2): Falhas por arco de alta intensidade a
milhões de graus celcius.
Análise Cromatográfica
Operação e Controle em Subestações
Análise Físico-química
Determina a condição de isolação e o estado de envelhecimento do óleo mineral
isolante. Os resultados são comparados aos valores pré-estabelecidos em
Normas. Valores fora dos limites especificados indicam necessidade de
tratamento termo vácuo, substituição ou regeneração do óleo mineral.
Cor: Um rápido aumento da cor indica deterioração ou contaminação do óleo.
Rigidez dielétrica: Serve para medir a capacidade de um óleo suportar tensões
elétricas e indicar a presença de contaminantes como água e partículas
condutoras.
Teor de água: Um elevado teor de água acelera a deterioração química do papel
isolante e é indicativo de condições de operações indesejáveis, que requerem
correções.
Análise Físico Química
Operação e Controle em Subestações
Acidez: Indica que o óleo contém qualquer material ácido que além de aumentar
a oxidação do óleo e formar borras, pode também promover a degradação do
papel.
Tensão Interfacial: Indica a presença de contaminantes polares que são
substâncias quimicamente ativas e, portanto vão acelerar o envelhecimento do
óleo.
Fator de perdas dielétricas (fator de dissipação ou fator de potência): Um alto
fator de perdas é uma indicação de presença de contaminantes ou de produtos de
deterioração, como umidade, carbono ou matérias condutoras, sabões metálicos e
produtos de oxidação.
Análise Físico Química
Operação e Controle em Subestações
1. Definição dos equipamentos que terão manutenção
2. Definição das inspeções a serem realizadas e variáveis a serem
monitoradas
3. Definição da periodicidade das inspeções
4. Definição de procedimentos e limites para o monitoramento
5. Registro dos dados para formar histórico de cada equipamento
e emissão de laudos técnicos
PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO PREDITIVA
Operação e Controle em Subestações
1. A operação e controle de uma subestação exige aspectos de
segurança, operação, manutenção, proteção e treinamento.
2. Para melhor performance todas as possibilidades devem ser
planejadas desde a etapa de projeto conceitual para que os custos
cresçam devidos a futuras necessidades de alterações.
3. A automação da subestação deve passar pela escolha de protocolo de
comunicação que permita a perfeita integração de todos os
dispositivos de comando, supervisão, controle e proteção.
4. Preferencialmente as proteções devem ser sincronizadas numa mesma
base de tempo de forma a facilitar a análise dos possíveis eventos
minimizando o MTTR (mean time to repair), facilitando o retorno da
subestação mais rápido após um evento.
5. Registro dos dados e eventos permite formar históricos que auxiliam
no gerenciamento dos recursos necessários.
Conclusões
Operação e Controle em Subestações
OBSERVAÇÃO FINAL
TOMANDO-SE AS MEDIDAS DESCRITAS NESTA
APRESENTAÇÃO EVITA-SE VÁRIAS PARADAS IMPREVISTAS
EM SUBESTAÇÕES, BEM COMO MINIMIZA-SE A
QUANTIDADE DE ACIDENTES ÀS PESSOAS.
Claudio S. Mardegan
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+55 11 3579-8777
OBRIGADO