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ANO 15 • Nº 794 • Gratuito 25 A 31 DE JULHO DE 2007 DIRECTOR: JOÃO FERNANDES DIRECTOR ADJUNTO: FELIZ PEREIRA MOUTADOS EM RISCO DE FALÊNCIA opiniãosport: GD Joane apresentou-se e aposta nos seis primeiros lugares Hóquei Riba d'Ave HC e FAC com preparação da época adiantada A Câmara de Famalicão vai in- vestir um milhão de euros na re- abilitação do Teatro Narciso Fer- reira para o tornar num pólo da Casa das Artes. p. 13 Reabilitação do teatro de Riba d’Ave avança Indústria de carnes não paga salários há dois meses A conceituada indústria de carnes famalicense, Mouta- dos, pode estar à beira da fa- lência. Há já dois meses de salários em atraso a afectar os actuais 50 funcionários da empresa de Gavião. No Tribunal de Famalicão deram entrada, em Junho, dois pe- didos de insolvência, um da própria indústria de carnes e o outro por um credor, que reclama uma dívida de 15 mil euros. Os trabalhadores estão apreensivos, sustentando que os problemas começaram a sen- tir-se há três anos, agravando- se nos últimos meses. O Sindi- cato da Alimentação do Norte “estranha a queda” da Mouta- dos, que está a produzir muito abaixo das suas capacidades. A empresa está a perder trabalha- dores que, perante a situação, estão a sair voluntariamente da indústria. p. 3 Comerciantes querem ruas abertas Os comerciantes do miolo da cida- de, abrangidos pelo encerramento das ruas ao fim-de-semana, querem as artérias reabertas. Alegam que estão a ter prejuízos por falta de movimento. A ACIF já pediu uma re- união urgente com a Câmara. p. 9 Despiste na A3 mata condutor p. 7 Projecto p p a a r r a a d d o o Parque de estacionamento subterrâneo na Praça D. Maria II A direcção da Juventude Socia- lista de Famalicão, liderada por Nuno Vieira, está a ser alvo de críticas internas. Doze elemen- tos da Comissão Política, entre os quais alguns ex-líderes, co- mo André Costa e Luís Moniz, acusam o actual secretariado de “total paralisia e inércia”. p. 7 Divisões na Juventude Socialista O PSD veio esta semana a públi- co acusar o PS de denegrir a ima- gem de Famalicão. Em causa es- tá o envio de famalicenses para a festa da eleição de António Costa, em Lisboa, facto explora- do pelas televisões e imprensa nacional. p. 6 PSD ataca socialistas Casas para c ci i g g a an n o o s s da Estação a concurso Proposta é apreciada hoje pelo executivo O executivo camarário deverá aprovar, esta quarta-feira, a abertura de concurso público para construção da Urba- nização das Bétulas, onde serão realojadas as famílias ci- ganas da Estação. O preço base é de 3,4 milhões de eu- ros e o prazo de execução de 485 dias. No total serão construídas 30 habitações, distribuídas por oito blocos, mas o projecto de arquitectura final é bastante diferente daquele que foi apresentado publicamente há mais de dois anos atrás. p. 12 A Câmara de Famalicão decidiu parar com o pro- jecto de criação de um parque de estacionamento subterrâneo na Praça D. Maria II. Em causa uma adenda ao contrato de concessão, até há pouco desconhecida da autarquia, que acaba com o par- queamento gratuito na cidade e com o qual, Ar- mindo não concorda. p. 5 Custou um milhão de euros Pavilhão de Vermoim a a b br r e e em Setembro p. 13

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ANO 15 • Nº 794 • Gratuito25 A 31 DE JULHO DE 2007DIRECTOR: JOÃO FERNANDESDIRECTOR ADJUNTO: FELIZ PEREIRA

MOUTADOS EM RISCO DE FFAALLÊÊNNCCIIAA

opiniãosport:GD Joane

apresentou-se e aposta nos seisprimeiros lugares

Hóquei Riba d'Ave HC e FAC

com preparação da época adiantada

A Câmara de Famalicão vai in-vestir um milhão de euros na re-abilitação do Teatro Narciso Fer-reira para o tornar num pólo daCasa das Artes. p. 13

RReeaabbiilliittaaççããoo do teatrode Riba d’Ave avança

Indústria de carnes nnããoo ppaaggaa salários há dois meses

A conceituada indústria decarnes famalicense, Mouta-dos, pode estar à beira da fa-lência. Há já dois meses desalários em atraso a afectaros actuais 50 funcionáriosda empresa de Gavião. NoTribunal de Famalicão deramentrada, em Junho, dois pe-didos de insolvência, um daprópria indústria de carnes eo outro por um credor, quereclama uma dívida de 15 mil

euros. Os trabalhadores estãoapreensivos, sustentando queos problemas começaram a sen-tir-se há três anos, agravando-se nos últimos meses. O Sindi-cato da Alimentação do Norte“estranha a queda” da Mouta-dos, que está a produzir muitoabaixo das suas capacidades. Aempresa está a perder trabalha-dores que, perante a situação,estão a sair voluntariamente daindústria. p. 3

Comerciantesquerem ruasabertasOs comerciantes do miolo da cida-de, abrangidos pelo encerramentodas ruas ao fim-de-semana, queremas artérias reabertas. Alegam queestão a ter prejuízos por falta demovimento. A ACIF já pediu uma re-união urgente com a Câmara. p. 9

Despiste na A3mata condutor

pp.. 77

Projectoppaarraaddoo

Parque de estacionamentosubterrâneo na Praça D. Maria II

A direcção da Juventude Socia-lista de Famalicão, liderada porNuno Vieira, está a ser alvo decríticas internas. Doze elemen-tos da Comissão Política, entreos quais alguns ex-líderes, co-mo André Costa e Luís Moniz,acusam o actual secretariado de“total paralisia e inércia”. p. 7

DDiivviissõõeess na Juventude Socialista

O PSD veio esta semana a públi-co acusar o PS de denegrir a ima-gem de Famalicão. Em causa es-tá o envio de famalicenses paraa festa da eleição de AntónioCosta, em Lisboa, facto explora-do pelas televisões e imprensanacional. p. 6

PSD aattaaccaa socialistas

Casas para cciiggaannooss da Estação a concurso

Proposta éapreciada hhoojjeepelo executivo

O executivo camarário deverá aprovar, esta quarta-feira,a abertura de concurso público para construção da Urba-nização das Bétulas, onde serão realojadas as famílias ci-ganas da Estação. O preço base é de 3,4 milhões de eu-ros e o prazo de execução de 485 dias. No total serãoconstruídas 30 habitações, distribuídas por oito blocos,mas o projecto de arquitectura final é bastante diferentedaquele que foi apresentado publicamente há mais dedois anos atrás. p. 12

A Câmara de Famalicão decidiu parar com o pro-jecto de criação de um parque de estacionamentosubterrâneo na Praça D. Maria II. Em causa umaadenda ao contrato de concessão, até há poucodesconhecida da autarquia, que acaba com o par-queamento gratuito na cidade e com o qual, Ar-mindo não concorda. p. 5

Custou um mmiillhhããoo de euros

Pavilhão de Vermoimaabbrree em Setembro

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02 opinião pública: 25 de Julho de 2007 eessppaaççoo aabbeerrttoo

AA gg ee nn dd aa

Amanhã, 26

Hoje, 25

Objectiva Pública

AAoo lloonnggoo ddoo ddiiaaFestas em Honra doSenhor dos Aflitos –Cruz

1155hh0000Reunião ordinária doexecutivo camarário

2222hh0000“Déjà Vu” – CinemaParaíso na Praça 9 deAbril

2211hh3300Reunião do Rotary Clubede Famalicão sobre “Vi-sualização Rotária”

2222hh0000“Viúva Rica Solteira NãoFica” – Cinema Paraísona Praça 9 de Abril

Apoios à natalidade anunciados: são os necessários, os possíveis ou deveriam ir mais além?

Sexta, 272222hh0000“Uma Família à Beirade um Ataque de Ner-vos” – Cinema Paraísono Centro de EstudosCamilianos

Na Avenida do Brasil há um talhão de ter-reno que está em terra batida. De um lado ede outro existem acessos rodoviários devi-damente asfaltados. Segundo apurou o OP

junto de fonte camarária, a autarquia já quispavimentar aqueles escassos metrosquadrados, mas a Estradas de Portugal, quegere a Estrada Nacional 206, não autoriza a

intervenção. Assim, a zona está vedada paranão impedir o crescimento das ervas danin-has. É caso para dizer: a coutada é minha enela ninguém mexe.

Custódio Oliveiradirigente associativo

Maria Augusta Santosprofessora

Ana Maria Oliveiraautarca

É pouco razoável admitir que o aumentoda natalidade dependa de ajudas finan-ceiras directas ou indirectas por partedo Estado. Mas… Há quinze dias o Gov-erno espanhol decidiu dar 2.500 eurosaos progenitores por cada filho quenasça. Agora é o Governo português aanunciar medidas incentivadoras. Oessencial seria combater as causas quelevam os casais a não ter filhos. Naausência deste combate, o aumento dataxa da natalidade depende mais donúmero de emigrantes que cada país re-cebe, do que dos incentivos estatais. Asmedidas anunciadas pelo Governo sãopositivas e as possíveis, mas duvido dasua eficácia.

Os apoios à natalidade recentementeanunciados pelo Primeiro-Ministrosão bem vindos e disso não restarãodúvidas. Contudo, apercebo-me queficamos sempre a meio do caminhono que toca a incentivos, mas vamosaté ao fim sempre que nos pedemsacrifícios em nome do défice orça-mental. Lembro que o valor do subsí-dio de apoio ao nascimento rondaráos 700 euros por ano, muito aquémde outros países da União, quechegam a pagar 25 mil. Podemos nãoter a disponibilidade para ir tãoalém, mas então porque não fazervariar a taxa contributiva dasfamílias em função do número de fil-hos, em vez de termos um sistemafiscal que prejudica a família e teimaem tratar todos por igual?

Em Portugal, o crescimento demográfico é, hoje,semelhante ao dos países mais desenvolvidos daEuropa, verificando-se desde a década de 60 umaforte diminuição do índice de fecundidade (nº mé-dio de filhos por mulher), que passou de cerca de3,2 para 1,36 em 2006. Esta situação constitui umproblema que temos de enfrentar, da mesma for-ma que outros países o fizeram, definindo políticasde apoio à natalidade integradas num quadro maisamplo de novas políticas sociais e cujo objectivo éo de atingir um índice de fecundidade de 2,1, paraque seja assegurada a renovação de gerações. Asmedidas já adoptadas pelo Governo, resultantesduma forte preocupação com o défice demográfi-co, são fundamentais e devem traduzir-se não sóem apoios financeiros às famílias, mas também naadopção de medidas que permitam uma forte ar-ticulação entre a actividade profissional e a vida fa-miliar.

Questão Pública

CONSELHO EDITORIAL:Alexandrino Cosme, António Cândido Oliveira,António Jorge Pinto Couto, Artur Sá da Costa,Cristina Azevedo, Feliz Manuel Pereira, Joa-quim Loureiro, João Fernandes

DIRECTOR: João Fernandes (CIEJ TE-95) [email protected]:Feliz Manuel Pereira (CIEJ TE-81) [email protected] DE REDACÇÃO:Cristina Azevedo (CPJ 5611)[email protected]

CHEFE DE REDACÇÃO ADJUNTO:Celso Campos (CPJ 4668)[email protected] DE TURNO: Magda Ferreira (CPJ 4625)[email protected] DESPORTO:Bruno Marques (CPJ 8022)[email protected]ÇÃO:[email protected] Guimarães (CICR-56), Carla Alexan-dra Soares (CICR-248), Celso Campos (CPJ4668), Cristina Azevedo (CPJ 5611), MagdaFerreira (CPJ 4625), Marta Marques (CICR-320), Raquel Barbosa (CPJ 6924) e SofiaAbreu Silva (CPJ 10952).

DESPORTO: Abílio Moreira (CNID 1844),Aristides Ferreira (CNID 1194), Bruno Marques(CPJ 8022), Jorge Humberto, José Carlos Fer-nandes (CNID 685), José Clemente (CNID297), José Marques (CNID 731), Pedro Sá (C-NID 1905) e Pedro Silva (CICR-220).

FOTOGRAFIA:Andrade Lobo (CNID 1194) e Carlos AlbertoSilva (CNID 1042).GRAFISMO:Carla Alexandra Soares, Elisete Santos, Pedro Silva.INFORMÁTICA: Filipe Fragoso

APOIO À REDACÇÃO:Jorge Alexandre

OPINIÃO: António Cândido Oliveira, AvelinoLeite, Carlos Sousa, Domingos Peixoto, Gou-veia Ferreira, J. Silva Lopes, João Casimiro,Joaquim Loureiro, Luís Paulo Rodrigues, Mi-guel Moreira Silva, Paulo Cunha e Vieira Pinto.

GERÊNCIA: Feliz Manuel PereiraCAPITAL SOCIAL:350.000,00 Euros.

DETENTORES DE MAISDE 10% DO CAPITALFeliz Manuel PereiraAntónio Jorge Pinto Couto

SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS:Francisco Araújo

TÉCNICOS DE VENDAS:[email protected] Bairrinho, Maria Fernanda Costa eSónia Alexandra

PROPRIEDADE:EDITAVE Multimédia, Lda. NIPC 502 575 387SEDE, REDACÇÃO E PUBLICIDADE:Rua 8 de Dezembro, 214 Antas S. Tiago - Apartado 4104760-016 VN de FamalicãoINTERNETwww.opiniaopublica.pt

CONTACTOSRedacção:Tel.: 252 308145 • Fax: 252 308149

Serviços Administrativos: Tel.: 252 308146 / 252 308147 • Fax: 252 308149

IMPRESSÃO:Naveprinter - Indústria Gráfica do Norte, SAEstrada Nacional, 14 - MaiaEMBALAGEM E ETIQUETAGEM:Almeida Pereira - Operador de Marketing e Impressão Documental, LdaParque Industrial do MindeloVila do Conde

TIRAGEM DESTE NÚMERO:

15.000 exemplares, nº 794

NÚMERO DE REGISTO: 115673

DEPÓSITO LEGAL: 48925/91

FICHA TÉCNICA

Sábado, 28Actuação do grupo“Água Viva” nos Con-vívios de Esplanada,em Lousado

Inauguração da expo-sição “Colecção Fun-dação Cupertino deMiranda”

2222hh0000“O Bom Alemão” – Cinema Paraíso naPraça 9 de Abril

Domingo, 292222hh0000“Rocky Balboa” – Ci-nema Paraíso na Praça9 de Abril

Segunda, 301111hh3300Conferência de im-prensa do PCP de Fa-malicão

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eessppaaççoo aabbeerrttoo 03opinião pública: 25 de Julho de 2007

37 anos depois do impulso que lhe conferiuo estatuto de uma das indústrias de carnesmais importantes da região, a Moutados, emGavião, encontra-se actualmente a viver umprocesso de falência no Tribunal de Famali-cão.

Em Junho deram ali entrada dois pedidosde insolvência: um requerido por um credor(no dia 21), que reclama da empresa a quan-tia de 15 mil euros, e outro pela própria admi-nistração (no dia 22).

As dificuldades financeiras começaram asentir-se há cerca de três anos, dizem os tra-balhadores e o sindicado que os representaouvidos pelo OPINIÃO PÚBLICA, mas foi nosúltimos meses que a situação se agravou.Até que, pela primeira vez na sua longa his-tória, a Moutados começa a não conseguirpagar aos trabalhadores.

Os salários de Maio e Junho estão ematraso e os operários, que se revelam surpre-endidos com a actual situação financeira daempresa, sobretudo com a rapidez com queatingiu dificuldades, estão convencidos quea Moutados vai mesmo encerrar. "Não tenhoesperança nenhuma que se aguente. Esta-

mos com pouco que fazer porque, como eles[administrativos] não pagam, já não háquem forneça matéria-prima", argumentaum dos trabalhadores mais antigos, com 37anos de serviço, que pede anonimato por te-mer represálias.

O mesmo sucede com outro operário, umjovem, que ali começou a trabalhar em Feve-reiro deste ano quando "ainda havia muitotrabalho e estava tudo bem". "Só em Abril ouMaio é que começamos a aperceber-nos doque se estava a passar. Ouvimos comentarque a fábrica ia abrir falência, tinha coisas hi-potecadas e ia ser vendida para outros la-dos, mas o que sabemos ao certo é que nãohá dinheiro para nos pagar", sustenta.

Este jovem operário lamenta que os tra-balhadores se tenham acomodado e não seunam para reivindicar os seus direitos. Outratrabalhadora, Joaquina Sousa, que aceitouidentificar-se, refere que a Moutados está aviver uma "situação péssima" porque a ad-ministração "não paga a quem deve".

Entre estes trabalhadores é consensual aideia de que a actual situação financeira daMoutados se fica a dever à nova administra-ção, constituída pelos filhos de Isaac Morei-ra Pinto, que durante décadas assumiu a

gestão sem que tenha faltado dinheiro parapagar salários, "uma única vez".

SSiinnddiiccaattoo eessttrraannhhaa ""qquueeddaa"" Até ao momento não houve ninguém

que tivesse sido despedido, mas o certo éque a empresa começou a perder trabalha-dores que, de forma voluntária, quiseram irembora, alguns desconhecendo até os seusdireitos, "porque já não aguentavam maisou arranjaram soluções", diz José Lapa, co-ordenador do Sindicato da Alimentação doNorte. "Alguns foram saindo sem receberaquilo que a empresa lhes devia, outros per-manecem para ver o que vai acontecer",aponta.

Restam cerca de cinco dezenas, mas jáforam quase duas centenas.

Segundo este sindicalista, a Moutadosestá com dificuldades em pagar os saláriosporque também não tem dinheiro para seabastecer de matéria-prima, encontrando-sea produzir "nem a 50 por cento da sua capa-cidade".

José Lapa considera, de resto, que "aqueda da Moutados é muito estranha", aten-dendo a que era uma das empresas "maissólidas e que mais cresceu em Famalicão

nos últimos tempos". Ainda assim, a administração, com a

qual o sindicalista já esteve reunido, diz quequer recuperar "nem que seja com mais al-guns sócios".

O Tribunal de Famalicão ainda não mar-cou a data do julgamento para a insolvência.Sabe-se, entretanto, que a Moutados opôs-se ao pedido de falência do credor porqueprefere que seja o processo que ela própriamoveu a ser julgado.

O OPINIÃO PÚBLICA tentou obter esclare-cimentos sobre o assunto junto da adminis-tração da Moutados, mas os vários contac-tos não tiveram êxito.

DDééccaaddaass ddee pprreesseennççaa eemm FFaammaalliiccããooFoi em 1970 que a Moutados sofreu um

impulso decisivo, adoptando a actual de-nominação e transferindo-se para novas eamplas instalações em Moutados, Gavião.A gerência estava a cargo de Isaac MoreiraPinto, um dos filhos do casal que em 1930abriu um pequeno negócio de carnes deporco, cuja actividade cedo se alargou dasua casa em Real, naquela freguesia, às lo-calidades vizinhas, onde se realizavam fei-ras e mercados.

Indústria de carnes atravessa ddiiffiiccuullddaaddeess ffiinnaanncceeiirraass e não paga há dois meses

Moutados pode estarà beira da ffaallêênncciiaa

Segundo o sindicato, a empresa quer recuperar "nem que seja com mais alguns sócios"

RRaaqquueell BBaarrbboossaa

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04 cciiddaaddee

EEssttrraattééggiiaa para as grandes fileiras da agricultura da região em debate

Organizações e agricultores mais am-biciosos, com vocação para o merca-do, podem constituir uma das estraté-gias para a sobrevivência da agricul-tura da região de Entre-Douro-e-Min-ho.

A ideia foi defendida pelo directorregional adjunto de Agricultura ePescas do Norte, na quarta-feira da se-mana passada, num seminário quedecorreu no Centro de Estudos Camil-ianos, em Seide S. Miguel, e que dis-cutiu as grandes fileiras da agriculturada região: o vinho verde, o leite, o ki-wi, a horticultura e a floricultura. A ini-ciativa foi promovida pela empresa Es-paço Visual e teve o apoio da autar-quia famalicense.

António Ramalho defendeu sernecessário transformar a actual agri-cultura tradicional e de subsistência,numa agricultura de mercado, o querequer "conhecimento, capacidadeempresarial e mudanças constantesquer em termos tecnológicos quer emtermos de culturas", por iniciativa deorganizações e agricultores mais am-biciosos. "Esta é uma esperança quese vai consolidando porque vemosgente nova e tecnicamente muitoevoluída", sublinhou.

Ao mesmo tempo, aponta, torna-sefundamental encontrar fileiras onde aregião possa ser competitiva nummundo cada vez mais global. "Temosque identificar aquilo que a região

consegue produzir de forma mais efi-ciente. E as fileiras do kiwi, da floricul-tura e da horticultura têm um poten-cial enorme de crescimento", explica.

Tornar a agricultura da região maiscompetitiva e produtiva até 2013, fimdo período de vigência do Quadro deReferência e Estratégia Nacional(QREN), é um desígnio comum que An-tónio Ramalho acredita que será con-cretizado.

O presidente da Adega Cooperativade Famalicão e da Comissão Instalado-ra da sociedade comercial Viniverde –que vai gerir dez cooperativas produ-toras de vinho verde da região, como oOP noticiou na edição anterior –, Ger-mano Abreu, foi outro dos oradoresneste seminário e vincou a importanteoportunidade deste encontro como

forma de iniciar uma viragem da "fasemuito complicada que a agricultura dopaís e da região atravessa". "Ainda es-tamos com modelos organizacionaismuito antigos e que não evoluíram aomesmo ritmo que o mundo agrícolaevoluiu", sustentou, defendendo, porisso, ser urgente avançar para "outrosmodelos organizacionais e de acessoao mercado", bem como "montar umaestratégia para atingir esses objec-tivos sem pôr em causa a sobrevivên-cia dos agricultores". Caso contrário,afirma, "corremos o risco de atraves-sar grandes dificuldades".

Para Germano Abreu os planos es-tratégicos em curso "são fundamen-tais para a sobrevivência da região deEntre-Douro-e-Minho como região agrí-cola".

RRaaqquueell BBaarrbboossaa

Seminário em Famalicão defendeu agricultura competitiva

EENNCCEERRRRAAMMEENNTTOO AAOO TTRRÂÂNNSSIITTOO AAUUTTOOMMÓÓVVEELLAAOO FFIIMM DDEE SSEEMMAANNAA AACCIIFF SSOOLLIICCIITTAA RREEUUNNIIÃÃOO

ÀÀ CCÂÂMMAARRAA MMUUNNIICCIIPPAALLNo seguimento da análise e tratamento dos resulta-dosaosinquéritos, elaboradospela ACIFe preenchi-dos pelos empresários, das ruas afectadas peloencerramento ao trânsito automóvel ao fim de sem-ana, a ACIF solicitou à câmara Municipal a marcaçãode uma reunião, com carácter de urgência com vistaà apresentação dos resultados dos mesmos. Desalientar que, foi de sua livre iniciativa que a ACIF re-solveu realizar este trabalho, e apresentá-lo à edili-dade, estando sempre disposta a colaborar com aAutarquia no sentido de contribuir para o desen-volvimento e qualidade do tecido empresarial. Comeste tipo de iniciativas a ACIF pretende auscultar avontade dos empresários de V.N. Famalicão, con-cretizando assim a sua missão na defesa dos legíti-mos interesses dos seus associados.

AACCIIFF PPRROOMMOOVVEE PPRROOJJEECCTTOO MMEEGGAA RREEDDEEA ACIF apresentou a cerca de 50 associados o Pro-jecto MEGAREDE, do qual é parceira. O programa édinamizado pela Confederação do Comércio eServiços de Portugal tendo como principal objecti-vo fomentar a dinamização e revitalização doComércio Tradicional, através da venda de novosserviços e produtos que vem complementar a ac-tividade dos estabelecimentos comerciais, atravésde tecnologias e redes assentes na Internet.Os pontos de venda identificados com o logótipoMEGAREDE dispõem de um terminal multifunçõesque permite o acesso à Internet no ponto de venda.Com este terminal os consumidores passam apoder efectuar, num único local, as suas compraspela Internet, pagamento de todo o tipo de serviços(água, luz, telefone, etc….) e interagir com organis-mos públicos. Para os clientes a mais valia deste projecto é a pos-sibilidade de acesso a operações assistidas e per-sonalizadas em locais de passagem ou de per-manência habitual, sem modificar o seu dia a dia.Os interessados em aderir a este projecto deverãocontactar os nossos serviços.

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CCuurrssoo HHoommoollooggaaddoo ppeelloo IISSHHSSTTEste curso, homologado pelo Instituto para a Segu-rança, Higiene e Saúde no Trabalho, tem como prin-cipal objectivo dotar os formandos de conhecimen-tos que visam a prevenção de riscos profissionais eo conhecimento das ferramentas básicas nestaárea.Esta Acção de Formação tem a duração de 1ano, destinando-se a activos empregados ou de-sempregados e funcionará em horário pós-laboral.

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Agricultores mais ccoommppeettiittiivvoosspodem potenciar viragem

Famalicão acolhe "Chama do Centenário" do EEssccuuttiissmmoo

Peças de MMaannuueell CCrruuzz pelo país fora

A "Chama do Centenário" do Escutismo, que está desde o dia22 de Fevereiro em digressão por vários países da África e Eu-ropa, vai ser recebida na próxima sexta-feira, pelas 16 horas,pelo presidente da Câmara de Famalicão, Armindo Costa, noSalão Nobre dos Paços do Concelho.

A chama, que é transportada desde Moisson, em França,até Braga, pelos escuteiros do CNE, em colaboração com aFraternidade de Nuno Álvares, chega a Famalicão na sexta-

feira, seguindo depois para o Porto. A passagem será feita naponte sobre o rio Ave, em Ribeirão, que liga os concelhos deFamalicão e Trofa.

A "Chama do Centenário" é a actividade que marca o iníciode um novo século de escutismo no mundo, contando com aparticipação das suas associações escutistas. Em Famalicãoexistem 42 agrupamentos de escuteiros, que abrangem todo oconcelho e envolvem mais de 3500 jovens em acções diversas.

O escultor famalicense Manuel Cruz apresentou as suas mais recentes criações em Viseu, na Galeria Arte G. Sãopeças em aço inox e granito de duas novas colecções do artista, intituladas "O Feminino" e "Subtilidade". ManuelCruz não deu título a estas novas esculturas, deixando assim "à imaginação do apreciador interpretá-las e dar-lhe oseu título", refere o autor, em nota à imprensa.

Entretanto, a partir de hoje, dia 25 de Julho, e até ao próximo dia 15 de Outubro, o Museu da Pedra, em Canta-nhede, vai expor um exemplar de cada uma destas esculturas juntamente com mais 20 esculturas diversas de pe-quenas, médias e grandes dimensões (peças com até 600 Kg e com alturas de até 4 metros e 60 centímetros).

opinião pública: 25 de Julho de 2007

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cciiddaaddee 05opinião pública: 25 de Julho de 2007

Negociação feita por Agostinho para parque de estacionamento na PPrraaççaa DD.. MMaarriiaa IIII

Câmara rreeccuussaa acordoque acaba comestacionamento

gratuito

Uma adenda ao contrato de concessãotendo em vista a construção do parquede estacionamento subterrâneo na Pra-ça D. Maria II está a obstaculizar o avan-ço da obra e a criar uma rota de colisãoentre os interesses defendidos pela Câ-mara de Famalicão e a ParkF – Parquesde Estacionamento de Famalicão.

“A adenda prevê que no dia em quecomeçar a construção do parque na Pra-ça D. Maria II, temos de iniciar um pro-jecto previsto para o antigo campo dafeira e vedá-lo ao estacionamento, pro-jecto esse que desconheço; diz aindaque no dia em que o parque for abertotemos de fechar o parque da feira sema-nal”, informou o edil, quinta-feira, àmargem da cerimónia de inauguraçãoda envolvente ao novo Posto de Turismo[Ver notícia na página 8].

Armindo não aceita estes pressupos-tos que eram até desconhecidos da au-tarquia, uma vez que a dita adenda,“não faz parte do processo existente naCâmara”. O edil só dela teve conheci-mento em Janeiro último quando reto-mou os contactos com a ParkF, tendo emvista o arranque do novo parque de es-tacionamento. A concessionária mani-festa a intenção de proibir o estaciona-mento gratuito num raio de 500 metrosdos seus parques num documento de16 de Fevereiro de 2000, sendo que a 28de Março desse ano, a Câmara respondeatravés do então vereador Jorge Costarevelando que não seria possível à Câ-mara “corresponder ao solicitado”. Es-creve que tal “inviabilizaria o estaciona-mento, praticamente, em todo o núcleourbano da cidade”, referindo que é “ne-cessário prever excepções para aparca-mento gratuito”.

Contudo, a 3 de Agosto de 2000 é ru-bricada a dita adenda pelo ex-presiden-te da Câmara, Agostinho Fernandes, epelos representantes do consórcio queganhou a concessão (formado pelas em-presas Somague e Gabriel A.S. Couto,sendo que mais tarde, a quota de 60%

da Somague seria adquirida pela Braga-parques que, agora, controla a ParkF).

PPaarrkkFF aappoossttaa nnoo ddiiáállooggooA ser respeitada a adenda, a Câmara

entende que seria lesiva do interessepúblico, uma vez que praticamente eli-minaria a possibilidade de haver esta-cionamento público nas imediações dacidade, designadamente no locais refe-renciados – o antigo e novo campo dafeira – onde, diariamente, estacionamcerca de 500 viaturas, segundo as con-tas de Armindo Costa. “Não podemospotenciar um parque, prejudicando osfamalicenses”, referiu o edil, vincandoque as pessoas que “pretendem esta-cionar de forma gratuita têm o direito deo continuar a fazer”.

O edil lamenta que tão importantedocumento tenha sido “subtraído” aoprocesso, pelo que “as obras não come-çaram” e Armindo diz não saber se “vãocomeçar”. O edil afirma que o assuntoestá a ser analisado pelos juristas domunicípio, mas admite vários cenários:pode haver um acordo com a empresaou pode mesmo acabar com a conces-são à ParkF.

A ParkF, através do administradorCarlos Couto, confrontada com a posi-ção camarária, informou o OP, por escri-to, que “dialogará com a Câmara Munici-pal de Famalicão tendo em vista assegu-rar o cumprimento das condições neces-sárias ao desenvolvimento da conces-são do Parque D. Maria II", no entanto,diz que “a haver diferendo”, entre as po-sições das duas entidades, ele “será re-solvido nos termos previstos no contratode concessão”.

Carlos Couto refere ainda desconhe-cer qualquer posição da edilidade fama-license quanto à possibilidade de retirara concessão à empresa e, nesse senti-do, “não faz comentários” sobre o as-sunto. A ParkF informa ainda que inicia-rá a construção do parque de estaciona-mento “quando se reunirem as condi-ções necessárias, incluindo, entre ou-tras, o licenciamento da obra”.

Armindo já não dá certezas na construção do parque subterrâneo na Praça D. Maria II

CCeellssoo CCaammppooss

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ivo

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06 opinião pública: 25 de Julho de 2007 cciiddaaddee

Em causa eennvviioo de famalicenses para a festa de António Costa em Lisboa

PSD acusa socialistas de ddeenneeggrriirrimagem de Famalicão

A ida de vários famalicen-ses e de pessoas de outrosconcelhos do Norte para afesta da eleição de AntónioCosta para a Câmara deLisboa foi um facto explo-rado pelas televisões e pe-la imprensa nacional e, nasequência disso, na blo-gosfera.

Essa situação não pas-sou despercebida ao PSDde Famalicão que entendeque a forma como o nomedo concelho foi invocadoem vários órgãos de comu-nicação social não foi amais correcta e acusa ossocialistas de criarem essefacto que acabou por de-negrir a imagem de Famali-cão.

A indignação social de-mocrata foi expressa, napassada quarta-feira, emconferência de imprensa."Não tolerámos que os fa-malicenses sejam tratadose vistos aos olhos do paíscomo figurantes, utiliza-dos como ‘bobos para en-feitar a corte, como se setratassem de uma moedade troca", apontou PauloCunha, o líder do PSD deFamalicão.

O alegado aproveita-mento de famalicenses pa-ra fins partidários leva opartido laranja a lamentardirectamente que o PS deFamalicão e o governadorcivil de Braga, FernandoMoniz, "estejam mais pre-

ocupados com a luta pelaascensão nos degraus dashierarquias do seu partidodo que com a imagem, obom nome e a elevação donosso concelho e dos nos-sos concidadãos".

O episódio ocorridonas imediações do HotelAltis onde as televisões en-trevistaram vários popula-res, a maior parte deles defora de Lisboa e provenien-tes de concelhos como Fa-malicão, Cabeceiras deBasto ou Alandroal, é, parao PSD, "uma mancha quefica na memória de cadaum de nós". Assim, PauloCunha exige que o nome

de Famalicão "nunca maisapareça no rodapé das te-levisões, associado a umprovincianismo repugnan-te, para exemplificar o quede pior existe na políticaem Portugal". Para o PSD,o concelho foi visto comoum "contentor de pessoaspara encher salas e aplau-dir os seus senhores".

GGoovveerrnnoo ddee ccoossttaass vvoollttaaddaassEste cenário contrasta

com o dos elogios públicosque o concelho e a Câmarade Armindo Costa têm re-cebido. O PSD lembrou osque foram feitos pelo mi-

nistro Vieira da Silva, pelohistoriador Fernando Ro-sas e até pelo próprio go-vernador civil de Braga, oano passado, no aniversá-rio da vila de Joane. Os so-cial democratas invocaramainda diversos estudos es-tatísticos que colocam Fa-malicão em lugar de topono contexto nacional. "Es-sas afirmações e constata-ções envaidecem-nos",disse Paulo Cunha.

Mas o mesmo nãoacontece quando em cau-sa está a postura do Go-verno central perante oconcelho. O PSD lem-brou, mais uma vez, oscortes nas verbas atribuí-das em PIDDAC e, "pior

que isso", o facto de queduas das principais obrasprevistas – o novo postoda GNR de Joane e o pavi-lhão da Secundária Cami-lo Castelo Branco – "con-tinuam por executar".Paulo Cunha vincou que oPSD já manifestou "preo-cupação com a situação",ao contrário do PS e doGoverno, que "continuaminsensíveis e mais preo-cupados com trunfos elei-torais ou eleições na ca-pital do país", bem comoa estrutura local do parti-do da rosa e o governadorcivil de Braga que "vira-ram as costas a Famali-cão e aos famalicenses epreferiram Lisboa".

Demonstrar oobbrraa feitaAlém das críticas ao PS e ao Governo, uma das pre-ocupações do PSD, na conferência de imprensa, foimostrar a obra feita pelo executivo de Armindo Cos-ta. Vincaram que em termos de impostos, o municí-pio "mantém o IMI abaixo do limite máximo e man-tém a derrama 20% abaixo do que foi no passado".

Na educação, Paulo Cunha evidenciou o milhãode euros gasto anualmente a reparar escolas e nosaneamento básico o alargamento da taxa de cober-tura de 35 para 65%, de 2005 até hoje, apontando ameta dos 100% até 2013 no saneamento e na águaao domicílio.

Para Paulo Cunha, este executivo, em seis anos,"investiu como nunca na qualidade de vida dos fa-malicense e a obra existe, vê-se, é indesmentível".Evidenciou ainda a boa situação financeira da autar-quia, sustentada com a permissão de aumento dasua capacidade de endividamento.

CCeellssoo CCaammppooss

Famalicão foi "associado a um provincianismo repugnante" disse Cunha

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ASAE aaccaabbaa comprodução ilegalem FamalicãoA Autoridade de SegurançaAlimentar e Económica(ASAE) desmantelou um "ne-gócio" de produção ilegal deCD's e DVD's no concelho deFamalicão, noticiou, o jornalCorreio do Minho na ediçãoda passada sexta-feira. A ac-ção da ASAE foi o culminarde uma investigação queidentificou uma casa particu-lar como local de produçãode material contrafeito. Nasequência, foi feita uma bus-ca domiciliária, durante aqual foram apreendidosmais de sete mil CD's, maisde mil DVD's, 123 capas e mi-lhares de caixas para CD eDVD. Segundo o jornal, osinspectores da ASAE apreen-deram ainda inúmero materi-al relacionado com a contra-facção, designadamente u-ma máquina de dobrar ca-pas, três torres de gravação,dois scanners, um computa-dor, impressoras, oito grava-dores avulso e uma estufapara encapar, entre outrosequipamentos. Fonte daASAE disse ao Correio do Mi-nho tratar-se de "material degrande qualidade". O valortotal da apreensão é superi-or a 135 mil euros. Durante aacção da ASAE, foi detida u-ma pessoa por usurpação dedireitos de autor, que foi pre-sente ao Tribunal da Comar-ca de Famalicão.

Governador civilrreessppoonnddeea Armindo Costa O governador civil de Bragareagiu, esta semana, às acu-sações do presidente da Câ-mara de Famalicão. Durantea sessão comemorativa do21º aniversário da elevaçãode Joane a vila, no passadodia 7 de Julho, Armindo Costaapelidou de escandaloso oatraso da construção doquartel da GNR de Joane. Aobra já foi lançada há umano, mas ainda não avançou,o que mereceu duras críticasdo autarca famalicense.Além do Governo, ArmindoCosta criticou também o go-vernador civil, Fernando Mo-niz, por este não dar uma ex-plicação cabal aos joanen-ses. Em comunicado, o go-vernador civil vem agora res-ponder, dizendo que quandoo edil proferiu estas declara-ções a obra já tinha começa-do, pelo que é gratuita a refe-rência a Fernando Moniz, nu-ma tentativa de lhe imputarresponsabilidades. O repre-sentante do governo no dis-trito lembra, por outro lado,que foi o actual Governoquem incluiu o quartel daGNR em PIDDAC e lançou a o-bra. No comunicado, Fernan-do Moniz fala também da po-lémica em torno da constru-ção do pavilhão da Secundá-ria Camilo Castelo Branco.Sem dar garantias, apela aobom senso e alerta para a ne-cessidade de propiciar ade-quadas condições de ensinonaquele estabelecimento.

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cciiddaaddee 07opinião pública: 25 de Julho de 2007

Acusação de 1122 eelleemmeennttooss da Comissão Política em nota de descontentamento

JJSS está "paralisada e inerte"A liderança da JuventudeSocialista (JS) de Famali-cão está a ser alvo de críti-cas internas. Vários ele-mentos da Comissão Políti-ca da estrutura acusam, emnota à imprensa, o actualsecretariado de "total para-lisia e inércia".

A nota é subscrita por12 membros daquele ór-gão, entre os quais estãoalguns ex-líderes da JS, no-meadamente André Costae Luís Moniz, este que an-tecedeu a Nuno Vieira, quevenceu as eleições para aJS famalicense em Abrilpassado, a quem acusamde se ter "apoderado da JS"para a "paralisar de inicia-tivas, mas sobretudo depensamento e de diversi-dade".

Os subscritores lamen-tam que, passados trêsmeses das eleições, a Co-missão Política ainda nãotenha reunido nenhumavez, nem tenha sido pro-movida "qualquer activida-de política de relevo", peloque dizem desconhecer"qualquer rumo ou estraté-gia" desta liderança. "Dátoda a sensação de que pa-ra os actuais dirigentes daJS não há qualquer proble-ma em Famalicão que ospreocupe", criticam.

Por outro lado, indicamque o líder da JS tem direc-cionado a sua atenção eambição para "os ataques

àqueles que de si discor-dam ou que não o apoia-ram" e acusam-no de pro-mover "um total alheamen-to e distanciamento do Par-tido Socialista". Contamque, depois de não ter con-vidado nenhum dirigentedo PS para a cerimónia detomada de posse, "um fac-to inédito", Nuno Vieiranão comparece às iniciati-vas promovidas pelo parti-do no concelho, "nem tãopouco às reuniões institu-cionais", onde tem assentoem representação da JS.

"É estranho que causeincómodo a alguém fazertrês quilómetros para se di-rigir a tão nobre e interes-sante actividade recebidapelo PS de Famalicão [con-ferência do Fórum NovasFronteiras que se realizouno início deste mês],

mas que não lhe custeabsolutamente nada parti-cipar em jantares com mili-tantes expulsos do PS pe-los órgãos nacionais, amais de 300 quilómetrosde distância", exemplifi-cam na nota enviada aosórgãos de comunicação.

OOppoossiiççããoo iinntteerrnnaa?? NNããoo......Estes jovens socialistas

acusam ainda o secretáriocoordenador da JS de se fa-zer acompanhar publica-mente por pessoas que fo-ram expulsas do PS, o queentendem como um envol-vimento nas guerras inter-nas que atingem o partido.

Uma postura da qual discor-dam, acrescentou RicardoRodrigues, o primeiro sub-scritor da nota, em declara-ções ao OP, defendendoque "essas guerras 'dosmais crescidos'" não devempassar para a jota.

Questionado sobre seesta tomada de posiçãopública não marca o surgi-mento, também na JS, defacções opostas, RicardoRodrigues responde nega-tivamente. O jovem diz quenão se trata de oposiçãointerna, pois assegura quenão está a ser posta emcausa a legitimidade políti-ca do actual líder. "Ele ven-ceu, com uma curta mar-gem, mas venceu nas elei-ções mais participadas desempre da JS e tem todo omérito por isso. Estamosdispostos a trabalhar comele, agora gostávamos eraque ele gostasse de traba-lhar connosco e nos desseindicações do que preten-de fazer", declara.

De resto, Ricardo Rodri-gues diz que pretendemapenas "alertar consciên-cias" com esta acção públi-ca, dado que os órgãos daJS não têm reunido, o queos impede de expressar in-ternamente as suas preo-cupações.

O OP contactou tam-bém Nuno Vieira, o líderdo Secretariado da JS,que não quis tecer ne-nhum comentário a estascríticas.

MMaaggddaa FFeerrrreeiirraa

Um homem, com cerca de 50 anos, fale-ceu, na madrugada de segunda-feira, naauto-estrada 3 (A3), na sequência dodespiste da viatura que conduzia. O aci-dente ocorreu cerca das 4h30 da manhã,no sentido Norte-Sul, em Cabeçudos.Além da vítima mortal, há ainda um feri-do ligeiro a registar. Trata-se de uma jo-vem de 22 anos que, segundo fonte dosbombeiros, foi projectada para o exteri-or da viatura. Os dois ocupantes do veí-culo Mercedes eram da zona do Porto evinham de Valença, tendo entrado na A3por volta das 3h20.

Na sequência do despiste, o Merce-des embateu nas protecções laterais davia e destruiu algumas das barreiras acús-ticas existentes no local do acidente.

No socorro às vítimas estiveram en-volvidos meios das duas corporaçõesde bombeiros da cidade. Os de Famali-cão enviaram ainda a sua viatura médi-ca e para o local foi também a que estásediada no hospital de S. João no Porto.Já os Bombeiros Famalicenses fizeramdeslocar o seu veículo desencarcerador.O condutor teve morte imediata, apesarde os bombeiros terem tentado ainda areanimação no local.

A jovem de 22 anos foi transportadaao Hospital de S. João, ao passo que avítima mortal foi encaminhada para oHospital de Guimarães, para ser autop-siado.

No local esteve também a Brigadade Trânsito da GNR.

Despiste na A3 causa um morto

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08 opinião pública: 25 de Julho de 2007 cciiddaaddee

Investimento total foi de 331100 mmiill eeuurrooss

Envolvente e Posto de Turismo "merecem dduuaass inaugurações"

"Fazemos duas inaugurações,porque estamos perante duasempreitadas diferentes". Foi es-ta a justificação dada pelo pre-sidente da Câmara para as duasinaugurações feitas na mesmazona. Na passada quinta-feirafoi inaugurado o arranjo ur-banístico do topo sul da Praça D.Maria II, envolvente ao novoPosto de Turismo, que havia si-do inaugurado em Outubro doano passado.

Na ocasião, o Posto de Turis-mo foi aberto, mas com a suaenvolvente ainda por requali-ficar e vedada com taipais deobras. Essa intervenção ficouagora concluída e Armindo Cos-ta entende que a mesma mere-cia também a respectiva inaugu-ração. "São duas obras distin-tas", vincou, explicando depoisque a envolvente atrasou-seporque "não havia dinheiro,nem condições para fazer essasobras. "Fez-se o Posto de Turis-mo, foi inaugurado, aberto aopúblico e deixámos de pagarrenda do antigo espaço na ruaAdriano Pinto Basto", esclareceuainda o edil, lembrando quenessa altura surgiram "proble-mas" decorrentes da "adaptação

às novas leis das autarquias lo-cais. Quando o Governo mudaas regras, nós temos que nosadaptar a elas". A opção da au-tarquia foi então a de parar e“atrasar a obra para evitar "umdescalabro em termos finan-ceiros".

Armindo aproveitou ainda o

atraso e a presença de diversospresidentes de Junta para dizerque "os dinheiros são escassos"e "se o são para as freguesias,também o são para a cidade".Evidenciou que a obra foi feitaem território de Antas (a placafoi descerrada também peloautarca Alcino Cruz) e, por isso,

a verba gasta "conta como in-vestimento feito em Antas".

PPoossttoo ddee TTuurriissmmoo mmaaiiss bbaarraattooqquuee aa ssuuaa eennvvoollvveennttee

A envolvente implicou traba-lhos de pavimentação, ajardina-mento, plantação de árvores, ilu-minação e ainda a criação de

novos passeios. O investimentona requalificação urbanística foide 180 mil euros, ao passo que oPosto de Turismo custou 115 mil,uma obra que "marca a praça",vincou o edil. A esta verba háainda a somar 15 mil euros com aimplantação de um ecopontosubterrâneo no local. No total, oinvestimento foi de 310 mil eu-ros.

Questionado sobre a razãode o edifício do Posto de Turismoter ficado substancialmentemais barato que a requalificaçãoda envolvente (menos 65 mil eu-ros), Armindo Costa refere a áreaconsiderável do espaço requali-ficado. O edil entende que estasegunda empreitada "não foicara", referindo que poderia cus-tar ainda mais se o paralelo lácolocado não tivesse sidofornecido pela própria autarquia.

Após a inauguração, Armindofez questão de ir pedir desculpasaos comerciantes da zona pelotempo que a obra demorou. Ou-viu palavras de conforto e de"parabéns" pelo resultado final,mas também queixas pela demo-ra e pelos prejuízos causados.Um dos comerciantes evidenciouainda a falta de iluminação nolocal à noite. Armindo ouviu eprometeu intervir.

CCeellssoo CCaammppooss

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Freita

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Armindo e o vereador José Santos na inauguração

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cciiddaaddee 09opinião pública: 25 de Julho de 2007

Os comerciantes da cidade de Fa-malicão abrangidos pelo encerra-mento das ruas ao trânsito ao fim-de-semana querem o fim dessamedida. Bastaram dois fins-de-semana com as ruas Adriano Pin-to Basto, Santo António e o topoNorte da Praça D. Maria II fecha-das para ouvir o protesto dos co-merciantes.

O OPINIÃO PÚBLICA foi à cida-de na tarde do passado sábado econstatou haver pouco movimen-to nessas ruas, apesar de as con-dições climatéricas serem favorá-veis, com sol e uma temperaturaagradável. "Acredito que a ideiada autarquia é positiva e foi toma-da na melhor das intenções, masin loco as coisas não funcionambem", disse José Costa, dono deum pronto-a-vestir na rua de San-to António.

"Isto está deserto", acentuouCândida Alves, proprietária deuma loja de malas na rua AdrianoPinto Basto, atestando que a ex-periência que a autarquia se pro-pôs desenvolver nos fins-de-se-mana de Verão "já devia ter termi-nado".

A medida, com carácter expe-rimental, foi tomada por unanimi-dade do executivo camarário, noinício do mês, com o intuito de"devolver a cidade aos peões",devendo vigorar até final de Agos-to. Na ocasião, a autarquia infor-mou ainda que a decisão colheuo apoio da Associação Comerciale Industrial de Famalicão e daUnidade de Gestão do Centro Ur-bano.

Os comerciantes é que nãoestão pelos ajustes e dizem sentirapenas "aspectos negativos" comesta medida. "Tenho a certezaque as pessoas estão noutros la-dos, como no Lago Discount, por

exemplo, que criou formas deatracção, mas nós aqui não te-mos nada. Fecham as ruas e nãotêm nada que atraia", lamentouMargarida Vasques, florista narua Adriano Pinto Basto. "Estão aquerer matar-nos", enfatizou. Re-clama, por isso, que a medida"deve ser suspensa quanto an-tes" e entende que este tipo deexperiência "não deve ser feitonuma altura em que há menosgente em Famalicão".

TTrraannsseeuunntteess ccoonnccoorrddaamm ccoomm aa mmeeddiiddaa

A ideia de que um programade animação a acompanhar oencerramento das ruas ajudariaa atrair gente ao centro de Fama-licão é bem visto pelos comer-ciantes, embora não acreditamque tal fosse igualar a situaçãonormal de ruas abertas ao trânsi-to.

Se esta "experiência" não es-tá a ser bem recebida pelo co-mércio local, muito menos aco-lhimento tem a hipótese de en-cerramento definitivo daquelazona, criando uma maior área decirculação pedonal. "Espero quenem pensem em fechar definiti-vamente estas ruas", diz Cândi-da Alves.

Ao contrário dos comercian-tes, alguns transeuntes, confron-tados pelo OP, aplaudem a deci-são camarária. "Acho bem o en-cerramento das ruas porque per-mite que as pessoas andem maisa pé e mais à vontade", referiu Jor-ge Novais, que estava a passearcom a esposa e a filha pequena.Também Beatriz Sá Lima diz con-cordar, porque "há mais espaçopara andar à vontade e para ascrianças brincar", sublinhando a-inda os "benefícios ambientaispara a purificação do ar da cida-de".

Comerciantes da cidade querem ssuussppeennssããoodo encerramento aos fins-de-semana

Ruas aabbeerrttaass, já

CCeellssoo CCaammppooss

A rua de Santo António no sábado à tarde

A Associação Comercial e Industrial de Famalicão (ACIF) cor-robora do pensamento dos comerciantes do miolo dacidade. Face à medida camarária decidiu mesmo realizarum inquérito junto dos seus associados e concluir que "amedida não está a ser benéfica para eles", referiu ao OP,António Peixoto, o presidente da ACIF. Com esta conclusão,a associação pediu já uma reunião "com carácter de urgên-cia" com a edilidade famalicense para analisar o problema."É nosso dever e obrigação perante os associados", atestaPeixoto, que acredita numa "solução de consenso". Refereainda que o encerramento das ruas "não foi uma decisão daACIF, embora tenhamos tido dela conhecimento antes dadecisão camarária".

ACIF alinha com os comerciantes

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10 opinião pública: 25 de Julho de 2007 cciiddaaddee

Autarca de Famalicão vviissiittoouu as obras

Os escuteiros de Santo Adri-ão, na cidade, esperam ter asua sede pronta até final doano. Os responsáveis peloagrupamento convidaram apresidente da Junta de Fa-malicão a visitar as obras, asemana passada, para fazerum ponto da situação do in-vestimento.

A sede está a ser cons-truída no lugar de SantoAdrião, junto à capela como mesmo nome. Orçada emcerca de 120 mil euros, do-tará os escuteiros de salaspara todas as secções e cri-ará ainda um mini-auditóriocom capacidade para 30 lu-gares sentados.

A obra propriamente ditaarrancou em 2004 e deveráentrar na fase de acaba-mentos em breve. "Vai-secolocar soleiras e encher ochão. Provavelmente aindaantes das férias vai ser fe-chada, com a colocação dosalumínios. Depois falta pin-tar, assentar a tijoleira emeter os interruptores e es-tá pronta a ser utilizada",resumiu o chefe do agrupa-mento, Hugo Barbosa.

O responsável diz que setudo correr conforme previs-to, o novo ano escutista,que arranca em Outubro, jápode ser iniciado na novasede. Mas, sublinha, "tam-bém sabemos que em obraas coisas não são assim" e,por isso, já antevendo al-gum atraso, Hugo Barbosalimita-se a prever que "écerto que a obra ficará pron-ta este ano". Depois do no-vo espaço pronto, os escu-teiros da cidade vão manteruma sala no salão paroqui-al, por uma questão de pro-ximidade com as pessoas.

Os responsáveis peloagrupamento de Santo Adri-ão convidaram a Junta deFamalicão a visitar obras,dado que "tem sido uma en-tidade que tem estado con-

nosco desde o início, nãoapenas na forma de apoiofinanceiro", explicou HugoBarbosa, sublinhando "aforma pro-activa" com que aautarquia tem actuado, istoé, "não é preciso pedir aju-da". "Em Abril já tive a con-firmação de que íamos terum apoio da Junta esteano", concretizou.

Ana Maria Oliveira,acompanhada pelo secretá-rio e pelo tesoureiro da Jun-ta, visitou o espaço ao finalda tarde de terça-feira dasemana passada, e no finaldisse continuar disposta aajudar os escuteiros, cujotrabalho define como "meri-tório de todas as ajudas

possíveis e imaginárias".Além do apoio financeiro,

"dentro das possibilidadesda Junta", a autarca manifes-tou também a intenção deprocurar intervir junto de ou-tras entidades, nomeada-mente da Câmara Municipal,com o objectivo de desblo-quear um subsídio de 20 mileuros "que está previsto paraos escuteiros e que está pen-dente".

Refira-se que os escutei-ros de Santo Adrião têm 45anos de existência e mantêm,anualmente, um número demembros que oscila entre os90 e os 110.

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Ana Maria Oliveira visitou as obras a semana passada

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Septeto Nacional de Cubadá ccoonncceerrttoo único em Portugal

RRiittmmooss ccuubbaannooss incendeiam

Casa das Artes

Duas horas de uma intensa festa cu-bana. Assim se resume o concertoque, na noite do passado sábado, le-vou ao rubro a Casa das Artes de Fa-malicão. Mas o adjectivo não é sufici-ente para falar da noite mais quentedo ano. Em cima do palco, seis ho-mens do Septeto Nacional de IgnacioPiñeiro trouxeram da ilha de Fidel ossons e ritmos da “Sierra Maestra”, noseu estado puro.

Pela primeira vez em Portugal e acomemorar 80 anos de carreira, oSepteto Nacional de Cuba limitou-se acelebrar. “Vamos a bailar e a gozar”,exclamavam. O público não ficou indi-ferente à chamada e compareceu empeso à Casa das Artes.

Fundado em 1927 por Ignacio Pi-ñeiro, o Septeto Nacional encontra-sejá na quarta geração, mas mantém osmesmos moldes da música “son”, aoconservar a guitarra, baixo, vozes epercussão, maracas, bongos e o fa-moso trompete. A dar o toque final,um jogo de luzes quentes envolvia opalco e a plateia.

O concerto começou numa toadamorna, mas rapidamente fez subir atemperatura em cima e fora do palco.Novos e velhos, aos pares ou sozi-nhos, começaram, timidamente, a sa-

ir dos lugares, formando pequenaspistas de dança.

“Mi son non treve riva” ou “Encha-le Salsita” marcaram o arranque. Aospoucos, o grande auditório mais fazialembrar um clube de música de Hava-na. O palco também não escapou aosritmos sensuais das “chicas” que, aconvite dos cubanos, improvisavamos passos de dança.

No final do espectáculo a assis-tência, em euforia, pediu o regressodo grupo cubano. Da primeira à últimafila, todos entraram no ritmo “calien-te”. “Ficamos impressionados comeste público. Todo mundo de pé a bai-lar. Movem-se muito bem”, confessa-ram os cubanos.

Em entrevista ao OPINIÃO PÚBLI-CA, o Septeto Nacional falou ainda so-bre a digressão pela Europa e mos-trou-se encantado com o país. “aspaisagens são muito bonitas e as 'chi-cas' muito lindas”, disseram.

Já na hora da partida o grupo dei-xou uma promessa no ar: “Portugalencanta-nos. Queremos muito regres-sar”. O Septeto Nacional de Cuba deIgnacio Piñeiro segue agora para Fran-ça, Noruega e Itália.

CCááttiiaa CCaassttrroo

Cubanos ficaram bem impressionados com o público famalicense

Escuteiros de SSaannttoo AAddrriiããoo com sede nova este ano

JJuunnttaa ddee FFaammaalliiccããoo assume gestão da nova infraestrutura

SSaannttoo AAddrriiããoo com novo polidesportivoA Junta de Famalicão vai assumir a gestão dopolidesportivo e do parque infantil de SantoAdrião. Esta infraestrutura foi inaugurada napassada segunda feira, ocasião aproveitadapara a assinatura do protocolo entre as duasautarquias e que é válido pelo período dequatro anos, podendo ser renovado.

Até agora da responsabilidade da Câma-ra de Famalicão, a Junta da cidade vai passara ter o encargo da gestão, administração emanutenção do polidesportivo e do parqueinfantil de Santo Adrião.

“Esta foi uma promessa feita pela minhaequipa durante a campanha eleitoral. Pro-meti que as crianças de Santo Adrião iriamter um espaço para brincar perto de casa eem segurança e hoje vejo essa promessa sercumprida, pelo que agradeço à Câmara Mu-nicipal o apoio dado para a concretizaçãodeste espaço”, salientou a autarca Ana Ma-

ria Oliveira na cerimónia que decorreu no lo-cal.

Por sua vez, o presidente da edilidade,Armindo Costa, presente na cerimónia, des-tacou a importância desta infraestrutura, umespaço que, lembrou o autarca, apesar deter sido prometido pelo anterior executivo,nunca chegou a ser concretizado.

“Quando cheguei à Câmara vi que nãohavia pavilhão. Nós, juntamente com a Juntade Freguesia e do empreiteiro responsávelpela construção deste loteamento, arranja-mos forma de construir este espaço para osmais jovens poderem usufruir com toda a co-modidade e segurança”, acrescentou em de-clarações à comunicação social.

A cerimónia contou com a presença dealguns presidentes de junta que fizeramquestão de estar presentes neste acto, as-sim como as crianças de Santo Adrião queestavam ansiosas que a inauguração se rea-lizasse para poderem usar o espaço.

MMaarrttaa IIssaabbeell MMaarrqquueess

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Altura da inauguração do polidesportivo, com descerramento de uma placa

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ppuubblliicciiddaaddee 11opinião pública: 25 de Julho de 2007

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12 opinião pública: 25 de Julho de 2007 cciiddaaddee

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C.A.M.F.

ALUGO T2PARA FÈRIAS

ALBUFEIRA - ALGARVEDe 5 a 16 de Agosto

e de 1 a 7 de Setembro

Telm. 91 417 21 82

A concelhia de Famalicão do Blocode Esquerda (BE) participou, nopassado domingo, em mais uma ini-ciativa das Jornadas das Alteraçõesdo Clima, levadas a efeito pelo par-tido a nível nacional, em Julho eSetembro. Das acções realizadas no Minho, osbloquistas destacam umpiquenique no Parque das Taipas,na margem do Rio Ave, e um percur-so de barco no Rio Cávado, emBarcelos. Esta iniciativa contou comas participações da deputada AldaMacedo e da deputada municipalfamalicense Ana Marcelino, que étambém representante do distritode Braga na Comissão Nacional deAmbiente do BE. Em nota à imprensa, o partido destaca ainda as presenças de representantes dasconcelhias de Guimarães, Braga e Barcelos e de outras pessoas que se associaram ao evento. Dasintervenções, destaca-se "uma grande preocupação com o facto destes dois rios serem dos maispoluídos da Europa e com o facto de, tendo em conta a sua importância ambiental na região, nãoestar a ser feito tudo aquilo que se impõe para a sua despoluição".

BE de Famalicão participa em jornada aammbbiieennttaall

Proposta é levadaa hhoojjee à reunião do executivo

Câmara abre concursopara casas dos cciiggaannooss

da Estação

A Câmara de Famalicão deveráautorizar hoje, quarta-feira, aabertura de concurso públicopara a construção do complexohabitacional onde serão aloja-das as famílias ciganas que vi-vem junto à Estação de Cami-nho-de-Ferro, e que foi desig-nado de Urbanização das Bétu-las. Este é um dos assuntos daordem de trabalhos da reuniãodo executivo camarário, quevai ainda apreciar o projectode arquitectura definitivo da-quela urbanização.

Será, assim, dado mais umpasso para o realojamento da-quela comunidade, que há lar-gos anos espera por esse mo-mento. O projecto de arquitec-tura contempla a construçãode 30 habitações a custos con-trolados, distribuídas por oitoblocos de quatro pisos. O valorbase da obra é de 3 milhões e441 mil euros, tendo um prazode execução de 485 dias.

Provisoriamente instaladasjunto à estação desde 1974,aquelas famílias vivem em bar-

racas, em condições muitoprecárias. Depois de váriastentativas de realojamento,sem sucesso, ao longo dosanos, a actual autarquia apro-vou, em Maio de 2004, a com-pra de um terreno, na Rua Joa-quim de Azuaga, em Calendá-rio, para aí instalar essa comu-nidade. Avançou depois paraum projecto de execução des-tinado à construção de 30 fo-gos, a que deu o nome de Ur-banização das Bétulas e quefoi apresentado em Março de2005. Porém, não teve a apro-vação do Instituto Nacional deHabitação (INH), que exigiu u-ma série de alterações.

"Sucedeu-se um significati-vo número de reuniões de tra-balho com os técnicos daqueleinstituto, que conduziram a su-cessivas propostas de altera-ção e de aditamentos ao pro-jecto", informa o vereador daHabitação, Jorge Paulo Olivei-ra, na proposta que é hoje dis-cutida, acrescentado que oprojecto que agora se apresen-ta "é o culminar de todo esteprocesso técnico-administrati-

vo", que se arrastoupor mais de dois anos.

Uma das principais diferen-ças, face ao projecto apresen-tado em 2005, é que este pre-via a construção de três edifí-cios, enquanto este distribuiuos 30 fogos por oito blocos. Acada um foi atribuída uma de-signação de acordo com a fa-mília a que se destina: A1,A2 eA3 para os blocos da famíliaAmparo; M1, M2 e M3 para afamília Maximina; L1 e L2 paraa família Lelo.

Tendo a sala como pontocentral, os apartamentos orga-nizam-se linearmente em di-recção à zona dos quartos, ser-vidos por uma ou duas instala-ções sanitárias. No sentidooposto, encontram-se a cozi-nha, a lavandaria e o hall deentrada.

A proposta diz ainda que"tendo presente a absoluta ne-cessidade de permanenteacompanhamento social e ani-mação cultural", nos dois pri-meiros pisos de um dos blocosserão instalados serviços deacção social.

Maqueta do novo projecto de arquitectura

CCrriissttiinnaa AAzzeevveeddoo

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Empregado(a) de Escritório

Idade compreendida entre os 20 e 40 anos, com o12º ano de escolaridade e bons conhecimentos in-formáticos.

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Idade compreendida entre os 20 e 35 anos, com o9º ano de escolaridade e experiência no manusea-mento de empilhadores.

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ffrreegguueessiiaass 13opinião pública: 25 de Julho de 2007

Investimento de um mmiillhhããoo de euros

Pavilhão de VVeerrmmooiimm é aberto em SetembroO novo pavilhão municipaldesportivo de Vermoim de-verá ser aberto ao públicono próximo mês de Setem-bro. O anúncio foi feito napassada quinta-feira, pelopresidente da Câmara, du-rante uma visita ao novoequipamento.

A construção do pavi-lhão está concluída, faltaapenas terminar os arranjosexteriores, uma tarefa quenão cabe ao construtor, masao loteador da zona, a cha-mada Quinta do Loureiro.

A obra custou um milhãode euros, mas tem algumasparticularidades em termosde eficiência energética e deacústica. "É um edifício ex-tremamente moderno emtermos de poupança deenergia", apontou na ocasi-ão Armindo Costa. O edil re-feria-se ao facto de a estru-tura estar preparada para re-ceber um conjunto de pai-néis solares que reduzirásignificativamente o consu-mo energético. Ainda não ostem porque, só esses pai-néis, implicam um custo de70 mil euros.

Além do factor energéti-co, o pavilhão de Vermoim"é o único do concelho emque foi cuidado o aspectoacústico na cobertura e nasparedes laterais", diminuin-

do o habitual efeito de eco.Estas inovações poderiamaumentar os custos, "masisso não aconteceu", frisouo edil, que explicou que oscustos com este equipa-mento são um pouco superi-ores ao das Lameiras e se-melhante ao de Delães, em-bora estes tenham sidoconstruídos há alguns anos.

A estrutura permite ain-da o acesso a pessoas commobilidade reduzida, quer àzona do público, quer à des-portiva.

"É uma obra de arquitec-tura interessante e não umcaixote", frisou o arquitectoque preside à autarquia fa-malicense, rotulando-o de"simples e funcional". O pa-vilhão ocupa uma área totalde 4.500 metros quadradose é composto pelo campode jogos, respectivos balne-ários e bancada com capaci-

dade para 350 pessoas.Tem ainda espaço para gi-násio e para um bar, alémde outras estruturas deapoio.

Armindo reconheceu, noentanto, que o acesso "nãoé o melhor", pois "é umpouco labiríntico", mas vin-cou que ele se destina a ser-vir as pessoas da zona e es-sas conhecem o acesso. Deresto, o edil acabaria porclassificar a localização dopavilhão como "excelente"e evidenciar a facilidade deestacionamento.

A acompanhar a visitaesteve o presidente da Jun-ta local. Xavier Forte refe-riu-se à obra como algoque "orgulha Vermoim" eque "ficará como uma dasreferências do mandato"da coligação PSD/PP quegoverna a Junta e o municí-pio.

Pavilhão está dotado de protecção acústica que minimiza o efeito de eco

CCeellssoo CCaammppooss

Obras vão custar uumm mmiillhhããoo de euros

Câmara avança com rreeaabbiilliittaaççããoo doteatro de Riba d’Ave

A Câmara de Famalicão vai investir um mi-lhão de euros na reabilitação do TeatroNarciso Ferreira, de Riba d’Ave. O valor foiavançado, segunda-feira, por ArmindoCosta, na cerimónia em que a FundaçãoNarciso Ferreira cedeu o direito de superfí-cie do equipamento à autarquia, pelo pra-zo de 30 anos.

A assinatura da escritura do direito desuperfície decorreu no exterior do merca-do de Riba d’Ave, um equipamento tam-bém abrangido pelo acordo e que seráigualmente reabilitado, só que a expensasda Fundação.

Quanto ao teatro, a Câmara Municipalcompromete-se a realizar e a custear asobras de reabilitação, transformando de-pois o espaço num pólo da Casa das Artes.Ainda este ano, a autarquia prevê gastar100 mil euros nessa reabilitação, sendoque uma parte desse dinheiro será desti-nada ao projecto e outra à primeira inter-venção, ou seja, o arranjo do telhado, "pa-ra que se isolem as humidades e se possapartir para o tratamento do miolo", expli-cou o presidente da Câmara.

Armindo Costa lembrou, a propósito,que "há dez anos atrás foi feito um projec-to para a recuperação do edifício, só quenão passou disso mesmo". "Os anos pas-saram e o teatro ficou mais degradado",acrescentou. Agora, o edil entende que es-se projecto está "desajustado", pelo queoptou por avançar para um novo, assumin-do o compromisso de o concretizar, na es-perança de "poder inaugurar a obra ainda

no decorrer deste mandato". Dessa forma, continuou o edil, "o con-

celho ganhará uma nova centralidade cul-tural", que servirá "não só a vila de Ribad’Ave como todas as freguesias circunvizi-nhas, incluindo as que não pertencem aoconcelho de Famalicão, como Vila dasAves e Serzedelo".

Em contrapartida, a Fundação NarcisoFerreira compromete-se, no espaço de trêsanos, a remodelar o mercado de Riba d'A-ve, suportando os inerentes custos e fican-do a gestão da feira semanal – que decor-re no espaço ao ar livre do mercado – acargo da Junta de Freguesia. "É nossa in-tenção transformar as pequenas lojasexistentes em lojas actualizadas que sir-vam a população durante o horário co-mercial legal e todos os dias da sema-na", apontou Raul Ferreira, presidenteda Fundação, manifestando-se ainda"muito satisfeito" por a Junta de Fregue-sia assumir a gestão da feira semanal,que se realiza no espaço frontal do mer-cado, aos sábados.

Concluídas estas duas obras, Armin-do Costa está convicto de que Riba d’Ave"ganhará uma imagem moderna, com u-ma maior qualidade de vida para todos",sublinhando que a vila "está no topo da-quilo que queremos para o concelho".

Recorde-se que o Teatro Narciso Fer-reira foi construído nos anos 40 pela fa-mília daquele empresário têxtil. Esteveem actividade até finais do século XX,altura em que foi encerrado por não ofe-recer condições de segurança para a re-alização de espectáculos.

A Cooperativa Eléctrica do Vale d’Este (CE-VE) entregou, no passado dia 16 de Julho,o prémio relativo à campanha promovidano âmbito da adesão dos seus clientes aosistema de pagamento por débito directodas suas contas de electricidade. A con-templada foi Vânia Sameiro Carvalho Oli-veira, de Nine, que ganhou um fim-de-se-mana no Hotel Vila Galé Ampalius, em Vila-moura, no Algarve. O prémio foi entregueno Espaço Memória da CEVE por CarlosCosta, director geral da cooperativa. Parti-ciparam na campanha cerca de uma cente-na de clientes, o que permitiu, segundo aCEVE, que, “com a adesão a esta forma depagamento, cooperassem no processo de

modernização e adaptação da empresa anovas realidades, com a máxima qualidadee eficácia”.

CEVE eennttrreeggaa prémio

CCrriissttiinnaa AAzzeevveeddoo

Armindo Costa e Raul Ferreira assinam o protocolo

Paul

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14 opinião pública: 25 de Julho de 2007 ffrreegguueessiiaass

. T0 V.N.Famalicão – (centro)

. T1 Mobilado (junto à Universidade Lusíada)

. T1 V.N.Famalicão (centro)

. T2 C/Garagem V.N.Famalicão (Próximo do Hospital)

. T2 V.N.Famalicão (Centro)

. T2 V.N.Famalicão (centro)

. T2 Mobilado – Calendário

. T2 V.N.Famalicão – Ed.Eurofama I

. T2 C/Garagem – Landim

. T3 Arnoso Stª Maria

. T3 Mobilado – V.N.Famalicão

. Loja - Ed. Sagres - 90m2 (centro)

. Escritórios – Ed. Infante (centro) Diversas áreas

. Escritório - Ed. Saza (110m2) (R. Stº António) – V. N. Famalicão

. Escritório – Ed.Las Vegas (118 M2) C/Garagem P/2 carros

. Garagem V.N.Famalicão

. Garagem Ed.Montejunto Calendário

225€275€260€375€340€325€275€340€220€270€350€750€350€500€700€

60€55€

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ffrreegguueessiiaass 15opinião pública: 25 de Julho de 2007

Sete paróquias famalicensescom nnoovvooss ppaaddrreessO Movimento Eclesiástico desteano vai provocar mudanças depárocos em sete paróquias doconcelho de Famalicão. O arce-bispo de Braga anunciou domin-go o tradicional movimento ecle-siástico de cada ano e, no docu-mento, é referido que o padre Ví-tor Novais vai deixar a paroquial-idade de Brufe, Cavalões e San-to Adrião. Deixa ainda a funçãode vice-arcipreste de Famalicãopara assumir a direcção do Sem-inário Conciliar de Braga. Para oseu lugar vai o padre FranciscoCarreira que é dispensado de di-rector espiritual do SeminárioMenor de Nossa Senhora daConceição. Nestas paróquiasmantém-se como moderador oP. Paulino Carvalho.

As paróquias do Louro e deOutiz vão ser assumidas pelopadre José Carlos Veloso, queestá ligado ao Projecto Homeme preside também à associaçãoEngenho. O sacerdote substituio padre José de Sousa Mar-ques, em Outiz, e SalvadorCabral, no Louro. Este últimomantém-se, no entanto, comopároco de Arnoso Santa Euláliae de Nine.

Em Riba d' Ave e em Pedometambém há mudanças. O padreAvelino Mendes deixa as duasparóquias e vai assumir outrasduas, mas em Amares. Para oseu lugar vem o padre Vítor Pin-heiro, dispensado de membroda Equipa Formadora do Semi-nário Conciliar de Braga.

PSD de Joane exige responsabilização da JuntaDepois da denúncia do PSD, já foram retirados os materiais consid-erados perigosos que se encontravam nos terrenos da futura feirade Joane, junto à Estrada Nacional 206.

A Protecção da Natureza e Ambiente da GNR decidiu-se pela re-moção dos materiais, após a denúncia do núcleo joanense, queacusou a Junta de compactuar com um atentado ambiental. Emcausa esteve a colocação de restos de lamas provenientes de umapedreira e que, supostamente, estavam a contaminar aquela área.

Os sociais-democratas pedem agora responsabilização pelosucedido. "Este acto só nos veio dar razão. Agora o presidente [IvoSá Machado] vai ter de admitir que o erro foi dele", afirma a presi-dente do PSD, Fernanda Faria.

Entretanto, confrontado pelo OPINIÃO PÚBLICA, o autarca localesclareceu que apenas deu cumprimento àquilo que foi determina-do pela Protecção da Natureza e Ambiente da GNR. "O empreiteironão estava a cumprir as regras, assim foi-lhe dada a indicação pelaGNR para remover os materiais", explica.

A Junta de Freguesia mantém a mesma posição ao desmentir aperigosidade da operação. "Continuo a dizer que os materiais quelá vi não me parecem nocivos", afiança Sá Machado.

Entretanto, a Junta pediu uma análise aos materiais alegada-mente perigosos para confirmar se são resíduos nocivos ao meioambiente.

Centro Social de Ribeirãoassinala Dia dos AAvvóóssO Centro Social e Paroquial de Ribeirão assinala, no próximodomingo, o Dia dos Avós, envolvendo os idosos do lar e centrode dia, que, durante a tarde, irão participar em jogos tradi-cionais no espaço exterior da instituição. A festa termina comum lanche, no refeitório do lar, no qual será oferecida uma flora cada idoso.

Três feridos graves em aacciiddeennttee em RibeirãoUma colisão frontal entre duas via-turas ligeiras, na recta do Senhordos Perdões, na Estrada Nacional14, em Ribeirão, causou, na madru-gada de sábado, três feridos gra-ves.

O sinistro ocorreu cerca das4h10 e deixou as viaturas bastantedanificadas, tendo em conta a vio-lência do embate. Isso dificultou asoperações de socorro, tendo sidonecessário proceder ao desencar-ceramento das vítimas do interiordas duas viaturas.

Os feridos foram estabilizadosno local, referem os Bombeiros deFamalicão, presidentes no local,em nota à imprensa, e depois tran-sportados ao Hospital de S. Mar-cos, em Braga. "Eles apresentavamferimentos graves ao nível de frac-turas de membros e hemorragiasinternas tendo sido o caso maisgrave o de um jovem de 19 anosque se encontrara inconsciente",informa ainda a corporação. Todos

os envolvidos no acidente eram jo-vens e seriam residentes na zonada Trofa e Santo Tirso.

Os Bombeiros de Famalicão fo-ram accionados para o local às4h10, mobilizando duas ambulân-cias e a sua Viatura de Socorro eApoio Médico, além da viatura delimpeza de via. Para o local foi tam-

bém a Cruz Vermelha de Ribeirão,com uma ambulância, e os Bom-beiros Famalicenses com a viaturade desencarceramento. No total es-tiveram 21 homens envolvidos nosocorro. Foi ainda enviada para olocal a Viatura Médica do Hospitalde S. João, do Porto, e a Brigada deTrânsito da GNR.

Utentes de quatro instituições sociais uussuuffrruuíírraamm dos serviços

TTeerrmmaass das Caldas da Saúde promoveu responsabilidade socialAs termas das Caldas daSaúde aproveitaram oferiado municipal tirsen-se de 11 de Julho para re-alizar uma iniciativa emprol de instituições soci-ais. O Dia da Responsa-bilidade Social inseriu-se no projecto "Ser PMEResponsável" e partiudos colaboradores daempresa que ofereceramo dia feriado a quem nor-malmente não tem pos-sibilidade para frequen-tar termas.

Cerca de 40 pessoasda Misericórdia de SantoTirso, do Centro Social eParoquial de Avidos, doNúcleo de Apoio à Inte-gração do Deficiente eda Associação de Soli-dariedade e Acção Soci-al de Santo Tirso pude-ram nadar na piscina, fa-zer uma aula de hidrogi-nástica, experimentar oemanatório e fazer umahidromassagem em ba-nheira.

Entretanto, no dia 7de Julho, as termas aco-lheram o 9º Encontro Clí-nico, que contou com aparticipação de IdalinaRussell, directora clínicadas Termas de Caldelas.O objectivo foi o de reunirum conjunto de especia-listas na vertente da clíni-ca termal. A sessão deabertura esteve a cargode Francisco Cunha, ad-ministrador das Termas

das Caldas da Saúde,que enfatizou a impor-tância deste tipo de reu-niões, salientando queas Termas das Caldas daSaúde estão abertas à in-vestigação e a novos pro-jectos.

Depois disso IdalinaRussel falou das "Evidên-cias Clínicas da PráticaTermal", tendo abordadoquestões legislativas ne-cessárias para os estu-

dos de novas valênciastermais dos recursos hi-drominerais. "É impor-tante alargar o espectrode acção e cabe aos di-rectores clínicos coorde-nar estas investigações,constituindo equipas demédicos e outros espe-cialistas das termas paraaumentar o conhecimen-to dos benefícios daságuas termais para a saú-de", referiu.

Cerca de 40 pessoas fizeram hidroginástica na piscina

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16 opinião pública: 25 de Julho de 2007 ffrreegguueessiiaass

FFaalleecciimmeennttooss

MMaarriiaa EEmmíílliiaa AAzzeevveeddoo RRooddrriigguueess, nodia 20 de Julho, com 64 anos,solteira, da freguesia de LLeemmeennhhee..

Agência Funerária Armando Cunha PereiraArnoso Santa Eulália - Telf. 252 961 428

RRoossaa ddaa SSiillvvaa, no dia 17 de Julho,com 87 anos, viúva de LourençoRibeiro Pereira, da freguesia deOOlliivveeiirraa SSaannttaa MMaarriiaa..

MMaannuueell SSiillvvaa GGoommeess, no dia 19 deJulho, com 74 anos, casado comRosa Rodrigues Peixoto, dafreguesia de OOlliivveeiirraa SS.. MMaatteeuuss..

Agência Funerária Carneiro & GomesOliveira S. Mateus – Telm. 91 755 32 05

JJooaaqquuiimm AAllvveess, no dia 18 de Julho,com 77 anos, casado com Mariada Conceição Araújo Ferreira, dafreguesia de RRuuiivvããeess..

EElliissaabbeettee ddaa SSiillvvaa SSáá, no dia 20de Julho, com 40 anos, divorcia-da, da freguesia de AAnnttaass SS.. TTiiaa--ggoo..

RRoossaa FFeerrrreeiirraa PPaacchheeccoo, no dia 22de Julho, com 80 anos, casadacom Fernando Campos, da fregue-sia de PPaallmmeeiirraa ((SSttºº TTiirrssoo))..

MMaannuueell JJooaaqquuiimm PPeerreeiirraa MMaacchhaa--ddoo, no dia 24 de Julho, com 75anos, viúvo de Georgina da CostaGuimarães, da freguesia de SSeeiiddeeSS.. PPaaiioo..

Agência Funerária da LagoaLagoa – Telf. 252 321 594

AAddrriiaannoo ddoo CCoouuttoo SSiimmõõeess, no dia22 de Julho, com 36 anos, casadocom Olinda Paula Almeida Andra-de Simões, da freguesia de OOllii--vveeiirraa SSaannttaa MMaarriiaa..

Agência Funerária de Riba D’ AveRiba D’Ave – Tel.: 252 982 032

MMaannuueell AAllvveess ddee AAzzeevveeddoo, no dia18 de Julho, com 78 anos, casadocom Lúcia Gonçalves de Sá, dafreguesia de RRiibbeeiirrããoo..

MMaarriiaa IIssiillddaa PPeerreeiirraa CCuunnhhaa, no dia20 de Julho, com 80 anos,solteira, da freguesia de RRiibbeeiirrããoo..

FFlloorraa PPeerreeiirraa ddee CCaarrvvaallhhoo, no dia18 de Julho, com 81 anos, casadacom Manuel Marques Sampaio,da freguesia de EEssmmeerriizz..

AAnnttóónniioo FFeerrnnaannddoo VVaallee, no dia 23de Julho, com 68 anos, casadocom Maria Arminda Silva Oliveira,da freguesia de EEssmmeerriizz..

JJoosséé ddaa SSiillvvaa TToorrrreess, no dia 21 deJulho, com 41 anos, casado comPaula Manuela Tavares Vilaça, dafreguesia de FFrraaddeellooss..

Funerária Ribeirense Paiva & Irmão LdaRibeirão – Telf. 252 491 43

RRuuii ddee JJeessuuss MMoorreeiirraa SSaabbiinnoo, nodia 17 de Julho, com 67 anos,casado com Noémia da SilvaMacedo Sabino, da freguesia deBBrruuffee..

Agência Funerária Rodrigo Silva, LdaVila Nova de Famalicão – Tel.: 252 323 176

AArrmmiinnddoo CCoossttaa RRiibbeeiirroo, no dia 20de Julho, com 82 anos, casadocom Maria de Lurdes CarneiroAraújo, da freguesia de GGoonnddiiffee--llooss..

Agência Funerária PalharesBalazar – Tel.: 252 951 147

JJoosséé ddaa SSiillvvaa TToorrrreessAgradecimento e Missa de 7º Dia

Sua família agradece a todas as pesso-as que participaram no Funeral do seuente querido e aproveita para comuni-car que a Missa de 7º Dia será celebra-

da Sábado, dia 28, pelas 19 horas na Igreja Pa-roquial da Freguesia de Fradelos, o que desde jáantecipadamente agradece a quem se digne estarpresente.

Fradelos, 26 de julho de 2007

Desde já, antecipadamente agradeceA Família

Funerária Ribeirense Paiva & Irmão LdaRibeirão – Telf. 252 491 43

Folclore animou noite de sábadoem Oliveira Santa Maria

O Rancho Folclórico de Oli-veira Santa Maria realizou,no passado sábado, o seu24º festival de folclore.Pouco passava das 21 ho-ras e já todos os gruposdesciam a rua em direcçãoao palco instalado junto àigreja para mostrarem assuas danças e cantares.Um dos responsáveis, Ma-nuel Ferreira, em nome do

rancho, deu as boas vin-das aos grupos vindos dequatro locais do país.

Seguiram-se as actua-ções. O rancho promotordeu a conhecer as tradi-ções de Oliveira Santa Ma-ria, com uma encenaçãode como eram os temposantigos, mostrando comoeram os convívios no Mon-te de Santa Tecla. Segui-

ram-se as danças e canta-res tradicionais da regiãode Famalicão.

Depois subiram ao pal-co as tradições de Coim-bra, com o Rancho Folcló-rico de Anobra, de Condei-xa-a-Nova, com apenasquatro meses de vida mascom muito para mostrar. Aviagem continuou paraAmarante com o Grupo deCantares e Danças de San-ta Cruz de Riba-Tâmega.Como não podia deixar deser, o folclore do Alto Mi-nho e os seus trajes esti-veram presentes com oRancho Folclórico de S.Pedro do Vale, de Arcos deValdevez. O festival fe-chou com a AssociaçãoFolclórica Cantarinhas daTriana, de Rio Tinto, comdanças e trajes das gentese costumes mais ligadosao litoral.

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ffrreegguueessiiaass 17opinião pública: 25 de Julho de 2007

ÁÁrreeaa:: 2,67Km2PPaaddrrooeeiirroo:: Divino SalvadorFFeessttaass:: Nossa Senhora do Carmo (terceiro do-mingo de Julho)PPooppuullaaççããoo:: 1427

O topónimo Lemenhe denuncia a antiguidadeda terra. Deriva da palavra árabe “Lamenhi”,que quer dizer “De quem é?”. Pensa-se quenaquele tempos de mouros e guerras não sesabia muito bem a quem pertencia aquele bo-cado de terra. No entanto, um documento de1059 refere que a freguesia pertencia ao Julga-do de Vermoim e que tinha um mosteiro, umconsiderável número de habitantes e igrejas,que provavam a fé das gentes. Mas um dosfactos mais marcantes da história da freguesiasucedeu em meados de 1874. No dia 13 de Ju-nho abateram-se sobre a povoação fortes tro-voadas que provocaram grandes estragos. Pi-nho Leal, um escritor da altura, conta comofoi: “Desmantelou muitos moinhos e enge-nhos... varreu as sementeiras dos campos,abrindo nelas profundas escavações; afogoualgum gado e um homem (...). Não há memó-ria de outro semelhante temporal”. A fregue-sia de Lemenhe pode orgulhar-se de ser pio-neira no concelho de Famalicão no restauro demoinhos rurais – Moinhos de Paredes – queeram utilizados por consortes em regime co-munitário. Para além da preocupação com apreservação do património histórico-cultural,foi preocupação inerente a limpeza do ribeiroe o aproveitamento feito no terreno. Quem vi-sita a freguesia depara-se com uma belíssimapaisagem que, só por si, revela um passadorural, mas economicamente elevado tendo emconsideração os solares e casas apalaçadas,que estão a ser devidamente restauradas. Asquintas circundantes, algumas ainda bem tra-tadas, relembram outros tempos, em que a ri-queza da terra e do povo assentava na produ-ção agrícola. As actividades predominantes si-tuam-se na actividade agrícola, na transforma-ção de mármores, no comércio e indústria –estas últimas nas freguesias vizinhas. Por todaa freguesia se respira calma e passado, no en-tanto, os sinais de progresso e de boas condi-ções de vida também são evidentes.

550000 nos rastreios da JSDde Oliveira

Superou as expectativas a ade-são da população aos rastreiosde saúde promovidos pela JSDde Oliveira Santa Maria. A inicia-tiva realizou-se este fim-de-se-mana, junto à igreja da freguesiae contou com uma adesão supe-rior a cinco centenas de pessoas.

Foram, sobretudo, os idososque procuraram o local para re-alizar, gratuitamente, rastreiosao colesterol, à diabetes e àstensões. O que, na opinião dopresidente do núcleo local daJSD, Marco Sousa, evidenciaque os mais velhos só contro-lam a saúde nestas oportunida-des por falta de dinheiro parapagar a um médico ou ir a umafarmácia. “Mesmo assim, apro-veitamos para aconselhar es-ses casos a serem consultadospor um profissional de saúde”,nota Marco Sousa. Atendendoà forte adesão a esta iniciativa eà importância que a populaçãolhe atribui, a JSD local já pensarealizar outra antes do Verão dopróximo ano.

LLaannddiimm organizou passeiosénior da freguesia

A Junta de Freguesia de Landim promoveu, no passado dia 14 deJulho, mais um passeio destinado aos seniores da localidade. Odestino foi Santiago de Compostela, com a participação de cer-ca de 200 idosos. A partida foi pelas 6h30, com paragem em Va-lença para o pequeno almoço, e a chegada a Santiago às 9h30,onde assistiram à missa celebrada na catedral. O almoço e a tar-de foram animados com cantares ao desafio, sendo que a via-gem de regresso iniciou-se cerca das 19 horas e a chegada cer-ca das 23 horas. A Junta de Freguesia considera que “mais umavez este passeio superou todas as expectativas”.

Festas de SSaannttaaMMaarriinnhhaa em Landim

A freguesia de Landim celebra, no próximo fim-de-semana, as festas em honra de Santa Mari-nha. No sábado, pelas 21 horas, realiza-se a pro-cissão de velas. Segue-se, uma hora mais tarde,a animação musical, pela orquestra “Nort Mu-sic”. No intervalo do concerto, pela meia-noite,vai ter lugar uma sessão de fogo de artifício.

No domingo, as festividades contemplam, às10h30, a missa solene com sermão em honra deSanta Marinha. As cerimónias religiosas prosse-guem à tarde, a partir das 16h30, com a OraçãoMariana, seguida de nova procissão que percor-rerá a Rua de Santa Marinha. No final actuará oRancho Folclórico da Casa do Povo de Ruivães. Asfestas encerram com uma largada de pára-que-distas, pelas 18h30, e com uma sessão de fogo.

A freguesia de Castelões é palco este fim-de-se-mana das festas em honra de S. Tiago e SagradoCoração de Jesus. O programa começa já hoje,quarta-feira, pelas 19h30, com missa em honrade S. Tiago e bênção da nova imagem. No sábadoà noite actua a artista Renata Braga e o GrupoKapittal. Pelo meio há fogo de artifício. A manhãde domingo será preenchida com as cerimóniasreligiosas, com destaque para a missa, às 11h00,que será transmitida pela Rádio Digital. À tardeactua o grupo Pedra d’Água.

Também a freguesia de Outiz celebra as festasem Honra de S. Tiago. No sábado, a noite inicia-se com a actuação dos finalistas do Chuva de Es-trelas, seguindo-se um espectáculo por Lucas eMateus. No final, há fogo de artifício. No domin-go, a missa solene está marcada para as 10 ho-ras, enquanto a procissão sai ás 16h30. No finalactua o Grupo Etnográfico Rusga de Joane.

Festas de S. Tiago em CCaasstteellõõeess…

… e em OOuuttiizz

Quim Barreiros noaniversário da GGrraaxxaa

A Associação Recreativa, Cultural e Desportiva daGraxa, de Ribeirão, celebra no próximo fim-de-se-mana o seu 7º aniversário com um programacheio de animação. No sábado, há jogo de fute-bol entre os associados, pelas 10h30. À noite ac-tua Quim Barreiros, seguindo-se fogo de artifício.As comemorações terminam no domingo com umpasseio de cicloturismo, que percorrerá a ruas davila.

LLeemmeennhhee:: Património Cultural e Ambiental

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18 opinião pública: 25 de Julho de 2007 pprraaççaa ppúúbblliiccaa

DD’’EEssgguueellhhaa

GGoouuvveeiiaa FFeerrrreeiirraa

ESCOLA DE NATAÇÃOINSCRIÇÕES

ANO LECTIVO 2007/2008

PPeellooss qquuaattrroo ccaannttooss ddaa ccaa((uu))ssaaDDoommiinnggooss PPeeiixxoottoo

1- Manuel Monteiro, minhoto profundo, viveem Lisboa e Porto por razões profissionais epolíticas.

Depois de muitos anos descobriu, na cam-panha para as intercalares de Lisboa, que acidade que não o elegeu está pejada de mis-éria para muitos milhares de pessoas: nahabitação, saúde, escola, saneamento, trans-portes, alimentação, vestuário, salários, en-fim… em tudo!

Confessou-o em artigo de opinião insertoem diário bracarense.

Espanta-me que "só agora" tenha dado con-ta. Aliás será que ignora que essa é a realidadenacional nua e crua? Não creio. O que se terápassado é que andava, como todos nós,anestesiado para esse tipo de problemas jáque a sociedade em que vivemos privilegia edivulga o fausto, a ostentação, o espectáculo,o prazer, etc.

Enquanto uns lutam por uma sociedadedigna em que o fulcro seja o Homem na pleni-tude da palavra, outros impõem condições deopressão ao ser humano e exigem um agrava-mento dessas condições, "locupletando-secom o bolo" deixando, por descuido, algumasmigalhas que vão "inchando os ventres fam-intos e míseros" de muitos milhões de sereshumanos, aparecendo pomposos a "dar a carapor instituições de caridade", onde vão, tantasvezes, "roubar" o pouco que ali há para tantascarências.

2- A exemplo da semana passada vamoster, em breve, tomada de posição de ArmindoCosta; LPR deu o mote sobre a cidade de-sportiva e lá veio o Presidente dizer o mesmo,

sem explicar o que quer que fosse, deixandono ar a justeza das críticas do PS.

Agora, sobre o pavilhão da Camilo, curiosa-mente quando o feitiço se está a voltar contrao feiticeiro, onde os vários intervenientes jáconcluíram que o assunto foi partidarizado,tendo sido negada a falta de condições para aprática da disciplina, logo não havendo des-culpa "para a baixa da média prejudicando aentrada em medicina", eis que o Assessorprepara o caminho com "as suas aparenteshistórias democráticas" para a tomada deposição presidencial. Lapidar.

As "lágrimas de crocodilo dos voluntariososque só quiseram ajudar a escola" dizem quenão quiseram ofender ninguém, que não sabi-am que havia divergências na escola, que hájogos partidários…

É surrealista que tendo 22 anos, venha LPRmisturar esta questão com acidentes no Tua eTGV, esquecendo-se do CCB, insinuando queos governos PPD nada têm a ver com isso!

Pode no entanto tirar-se uma ilação: Aocontrário do que faz a actual maioria com ogoverno PS, nunca a maioria socialista emFamalicão afrontou o Governo PSD.

3- Hoje dia 23 tem o PS uma reunião impor-tantíssima da Comissão Política, tratando dequestões internas.

Vai ser das mais participadas de sempre, sócomparável aquela em que "o poder", sim-bolizado nas chaves da sede, foi atirado paracima da mesa, ficando nas mãos do númerodois de então. Espero e desejo muita dis-cussão para uma cabal clarificação da situaçãoconcelhia.

PPaavviillhhããoo ppaarrttiiddaarriizzaaddooHHoommeennaaggeemm

aa uummaa mmééddiiccaa**

CCaarrttaa aaoo ddiirreeccttoorr

Eu gostava de fazer uma peque-na homenagem à médica defamília do posto médico deArnoso Santa Maria.

A minha história começacom a doença do meu marido,José Carlos.

Assim que ele fez os examespara diagnosticar um cancroque ele tinha do esófago e gar-ganta, esta médica fez de tudopara o encaminhar o mais rápi-do possível para se tratar, elanão foi só uma medica, foimuito amiga, tanto do meumarido como de toda a nossafamília.

Até o falecimento dele, elaera quem nos dava apoio médi-co e psicológico e tudo que pre-cisávamos sobre informaçõespara cuidar dele. Ela mostrou-sesempre disponível, eu procurei-a várias vezes antes da consultado mês e ela nunca me negouuma informação. Até nos cincominutos que tinha para comerum lanche ela me dava atençãoe sempre disse para, quando

precisar, a procurar.Depois do falecimento do

meu marido, quem me deuapoio foi ela.

Eu gostava que todas as pes-soas encontrassem uma médicacomo ela e como os outros fun-cionários daquele posto médi-co, eles são dignos de umahomenagem.

Eu moro em Portugal há maisde 9 anos e neste momento nãoestou a conseguir superar a per-da do meu marido por isso vouvoltar para o Brasil, mas Portu-gal está de parabéns por ter u-ma médica como a DoutoraMaria do Carmo.

Eu não tenho palavras paraexplicar o valor que esta médicatem para mim e para a minhafamília.

Agradeço a Deus todos osdias por ter colocado na minhavida uma médica como ela.

ZZeelliittaa MMoorraaiiss LLooppeess**TTííttuulloo ddaa rreessppoonnssaabbiilliiddaaddee

ddoo jjoorrnnaall

PPaarrqqFFHá siglas e siglas, mas esta que me serviu de título tem que se

lhe diga.Por um lado, como está bom de ver, abre caminho à criatividade

dos famalicenses, permitindo-lhes explorar, indefinidamente, umsem número de vocábulos que têm início na letra F.

Por outro lado, com o peso das férias em cima, o que faz mesmofalta é arejar neurónios em noutros parques, livres de protocolossubterrâneos.

Grande sigla!

A Rádio DIGITAL FM vai transmitir o programa

GENTES

DA TERRA

da freguesia de Castelões

(Festas de S. Tiago)

Domingo,dia 29 de Julho,Domingo,dia 29 de Julho,

a para par tir das 9H00tir das 9H00

Para a frequência da Escola de Natação, temos aber-tas inscrições para o ano lectivo de 2007/2008 (Outubro2007 a Julho 2008), nos períodos que se anunciam:

RENOVAÇÕES (UTENTES INSCRITOS EM2006/2007)

ADULTOS: A partir de 3 de SetembroCRIANÇAS E JOVENS: A partir de 17 de Setembro

PRIMEIRA INSCRIÇÃO:

RESIDENTES NO CONCELHO: ADULTOS: A partir de 6 de SetembroCRIANÇAS E JOVENS: A partir de 20 de Setembro

NÃO RESIDENTES NO CONCELHO: ADULTOS: a partir de 10 de SetembroCRIANÇAS E JOVENS: A partir de 24 de Setembro

Os interessados poderão apresentar as suas inscri-ções nas instalações das Piscinas Municipais - SECRE-TARIA DO GRUPO DESPORTIVO DE NATAÇÃO DEV.N. FAMALICÃO, de Segunda a Sexta-feira, das 15H às19H, devendo ser portadores:

- 2 fotografias;- Fotocópia do Bilhete de Identidade ou Assento

de Nascimento;- Número de Identificação Fiscal (nº contribuinte);- Declaração Médica, emitida nos termos do Artigo

14º do Decreto-Lei nº 385/99 de 28 de Setembro.

Nos dias 3 e 17 de Setembro, o horáriode fun-cionamento será das 8:00 às 13:00 e das 15:00 às19:00 horas

Os pagamentos deverão ser efectuados no acto dainscrição, aproveitando para proceder à escolha correctada classe, conforme o caso.

REFERÊNCIAS PEDAGÓGICAS:

INICIAÇÃO (Adaptação ao meio aquático e introdução àstécnicas de nado)

• Domínio de equilíbrio e respiração• Início de propulsão nas técnicas de costas e crol

APERFEIÇOAMENTO (Segurança na água)• Domínio da propulsão nas 4 técnicas de nado (Cos-

tas/Crol/Bruços/Mariposa)

MANUTENÇÃO (Agilidade na água)• Doseamento e Economia de esforço• Domínio da resistência

CLASSES

Níveis de Iniciação, Aperfeiçoamento e Manutenção

ESCALÕES ETÁRIOS

Bebés: 6 a 18 meses e 19 a 36 meses Crianças: 3 a 4 anos; 5 a 7 anos; 8 a 12 anos

Jovens: 13 a 16 anos Adultos: mais de 16 anos

PREÇOS:

INSCRIÇÃO: 14,00 €

FREQUÊNCIA: até 17 anos - 20,00€ mais de 18 anos - 24,00€

Nota: Aos preços indicados acrescerá o valor corres-pondente ao seguro obrigatório, imposto pelo decreto-leinº385/99 de 28 de Setembro.No acto de inscriçãoserão liquidadas a primeira e última mensalidade,inscrição e seguro.

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rreeggiiããoo 19opinião pública: 25 de Julho de 2007

Investimento de 30 milhões de euros lançado segunda-feira

A construção do Hospital Privadode Braga arrancou, simbolica-mente, segunda-feira, com o lan-çamento da primeira pedra, sen-do que deverá estar pronto noprimeiro trimestre de 2009. Trata-se de um investimento na ordemdos 30 milhões de euros, resulta-do de uma parceria entre o GrupoHospital da Trofa e a empresa deconstrução Britalar.

A nova unidade vai ficar loca-lizada em Nogueira, no lugar daIgreja, junto à variante urbana àcidade de Braga, numa zona defáceis acessos. Vai ser um hospi-tal geral e de agudos, com umserviço de urgência 24 horas eum conjunto variado de valênciasmédicas, cirúrgicas e de diagnós-tico, bem como serviço de cuida-dos intensivos.

Apresenta-se como um pro-jecto que pretende implementar"um novo conceito de medicina",pioneiro em termos de saúde pri-vada, como sublinhou o adminis-trador do Grupo Hospital da Trofa,José Vila Nova. "Hoje vê-se quemuitas pessoas de Braga vão pro-curar resolver os seus problemasde saúde ao Porto, à Trofa ou aoutros locais. Portanto, natural-mente, haveria que desenvolveruma iniciativa deste tipo para fa-zer o upgrade, a melhoria, a mo-dernização da actividade priva-da, oferecendo serviços de maior

valor acrescentado", afirmou oresponsável.

O Hospital Privado de Bragavai ser implantado num edifíciocom seis pisos, dotado de 80 ca-mas no internamento, seis salasde bloco operatório, 12 quartosprivados, 40 gabinetes na con-sulta externa, entre outros servi-ços. Um edifício que, segundoAntónio Salvador, o administra-dor da Britalar, a empresa que vaiconstruir o hospital, será constru-ído obedecendo a "cuidados es-peciais em todos os domínios doprojecto, nomeadamente o dasegurança estrutural, o da quali-dade dos materiais, o do confortodos utentes, o da eficiência ener-gética e o da segurança funcio-nal".

Na cerimónia, marcaram pre-sença também o Arcebispo deBraga e o presidente da Câmarabracarense. Mesquita Machadoapelidou-se de "fervoroso adep-to" do Serviço Nacional de Saúde,mas ao mesmo tempo um adepto"de que a saúde privada tem oseu lugar", defendendo que deveser "acarinhada e incentivada"."Por isso mesmo, congratulo-mepelo facto da minha cidade aco-lher esta excelente unidade",acrescentou.

Refira-se que o Hospital Priva-do de Braga foi lançado no mes-mo dia em que o Ministério da Sa-úde e a Câmara de Barcelos assi-naram um protocolo que prevê aconstrução, até 2012, de um novohospital na cidade de Barcelos.

MMaaggddaa FFeerrrreeiirraa

A clínica que o Grupo Hospital da Trofa vai implantar em Famali-cão está atrasada. Isso mesmo adiantou o administrador do gru-po José Vila Nova, questionado pelo OPINIÃO PÚBLICA à margemda cerimónia de lançamento do Hospital Privado de Braga. Oequipamento vai nascer na Avenida dos Descobrimentos, na ci-dade de Famalicão, mas segundo adiantou Vila Nova a adapta-ção do edifício foi mais demorada do que o previsto, o que fezcom que as obras ainda não arrancassem. Estava previsto que jáestivesse em funcionamento desde o início deste ano. O respon-sável espera que o concurso seja adjudicado ainda este Verão,por forma a que a clínica possa abrir no início de 2008.

Clínica de FFaammaalliiccããoo só em 2008

Hospital Privado de Bragapprroonnttoo em 2009

Maqueta do futuro hospital privado

Repouso do Pa-raíso, Lar de Ido-sos é um novo es-paço para a ter-ceira idade em S.Jorge de Selho,no concelho deGuimarães. Trata-se de um espaçoparticular que sedestina a prestarapoio social atra-vés do alojamen-to temporário oupermanente, alimentação, cuidados de saúde e conforto. O Repousodo Paraíso proporciona aos seus utentes a ocupação dos tempos li-vres, através do convívio e de animação sócio-cultural. Da lista de ac-tividades fazem parte as artes, a música, a jardinagem, informática, gi-nástica, literatura, além de passeios e visitas culturais, intercâmbiocom crianças e jovens, cinema, teatro, entre outras. Os quartos podemser individuais, duplos e também de casal. Os idosos podem aindacontar com vários espaços, entre eles, piscina, capela, jardins, gabine-te médico, gabinete de estética e de fisioterapia. Informações: 253 5393 80, 91 996 44 72 e 93 677 66 53 e www.repousodoparaiso.com.

Estudo sobre serviços de apoio à família

Necessário maioreemmpprreeeennddeeddoorriissmmoo

A sede da Amave, em Guimarães,foi palco para a apresentação deum estudo da Agência de Desen-volvimento Regional do Vale do Ave(Adrave) sobre "Serviços de Apoioà Família – Um sector de oportuni-dades. O trabalho de investigação,realizado ao longo de 2006 e iníciode 2007, foi financiado pelo Progra-ma Operacional do Emprego, For-mação e Desenvolvimento Social(POEFDS) e pretendeu aprofundar oestudo prospectivo às famílias doVale do Ave, de modo a aproximaros perfis dos desempregados aosperfis mais procurados pelas enti-dades empregadoras.

Numa região onde a taxa de de-semprego é elevada o estudo pre-tende, essencialmente, como refe-riu Paula Peixoto, "caracterizar quera região, quer a estrutura do empre-go e desemprego, bem como as ne-cessidades principais das famílias,por forma a que o estudo sirva co-mo fundamento à promoção de no-vos projectos no âmbito do Quadrode Referência Estratégica Nacional,para promover o empreendedoris-mo e a qualificação destas pessoase, por essa via, a empregabilida-

de". Para a responsável deste estu-do, a economia social "é um sectorcom muito dinamismo nesta regi-ão, e por isso muitas entidadescontinuam a aparecer com a ajudado programa PARES, pois muitosdos projectos foram aprovados".

Outro dos aspectos focadosneste estudo foi a persistente faltade profissionalização de muitosserviços existentes no mercado,pelo que a formação impõe-se, se-gundo o estudo, como sendo ne-cessária para a criação de perfisprofissionais adequados às fun-ções onde há carência, bem como aformação contínua, aliada à recon-versão profissional dos desempre-gados do Vale do Ave. Aliás, paraos oradores presentes no auditórioda Amave, o empreendedorismosignifica agir em conformidade comas necessidades dos novos tempose desafios com que se deparam ostrabalhadores, mas também as en-tidades empregadoras, por forma ainverter o rumo da tendência queaponta uma crescente taxa de de-semprego na região.

RRiiccaarrddoo RRiibbeeiirroo

Lar Repouso do Paraíso em Guimarães

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20 opinião pública: 25 de Julho de 2007 ppuubblliicciiddaaddee

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Uma nova ffoorrmmaa de estar e de viver

A liberdade da vveellhhiiccee

Platão disse, na sua obra"República", que a velhice éum estado de repouso e deliberdade no que respeita a-os sentidos. Quando a vio-lência das paixões se relaxae o seu ardor arrefece equando ficamos libertos deuma multidão de furiosos ti-ranos. Não há nada a fazer,o envelhecimento é um pro-cesso natural, que advémda evolução degenerativadas células vivas.

Hoje, Portugal, comoquase toda a Europa, come-ça a caracterizar-se pelo au-mento progressivo e acen-tuado de uma populaçãoadulta e idosa. Esta tendên-cia implica mudanças estru-turantes na nossa socieda-de em vários campos: saú-de, educação e apoio soci-al. Há necessidade, sobre-tudo, de promover novosespaços para que a velhiceseja vivida de forma saudá-vel e autónoma.

Cátea Pimenta, psicoló-gica, diz que viver com luci-dez, sabedoria e alegria ca-da etapa da vida é o maiordesafio para o ser humano."É necessário descobrir oencantamento de cada eta-pa que vivemos, especial-mente, quando envelhece-mos e quando surgem limi-tações físicas e psicológicasque nos impedem de sorrire viver como outrora".

Actualmente reconhe-ce-se que esta nova etapa émarcada por um conjuntode experiências de vidapassadas, que tanto enri-quecem esta fase e a tor-nam tão especial. "Nosnossos dias, é atribuído a-os idosos o seu reconheci-do valor e a importância dese manterem activos e seintegrarem na sociedade.De facto, os avós desempe-nham um papel importanteno seio familiar e social",refere, lembrando que a ca-pacidade de dar e recebernão diminui com a idade,pelo contrário, torna-semais profunda e mais inten-sa.

"Geralmente, os avóspossuem mais tempo, maispaciência e mais disposição

para ficar com os seus ne-tos. A sua ajuda passa a servital para a educação eacompanhamento dos ne-tos, nos horários de traba-lho dos pais. Esta uniãocom a terceira geração atri-bui um maior significadoquer para a vida dos adul-tos, como também para ascrianças, devido à partilha erecordação de outras vivên-cias e costumes passados",aponta a psicóloga.

Assim, há sempre a es-perança de abraçar a velhi-ce como uma dádiva, idadedas recordações e da sau-dade, da partilha e coroa-mento de vida, e não comoa idade do luto, de perda ede dor. Esse deve ser, pelomenos, o segredo para serfeliz.

Combater a ssoolliiddããoo Cada caso é um caso. Não há nada maiscerto. O envelhecimento é diferente depessoa para pessoa e, segundo o Minis-tério da Saúde, a par dos factores genéti-cos que determinam e em muito o pro-cesso, há diferenças entre o feminino ouo masculino, as pessoas que estão sozi-nhas ou no seio da família, o ser casado,solteiro, viúvo ou divorciado, com filhosou sem filhos, viver no meio urbano ouno meio rural. No entanto, em muitaspessoas, com a idade, verifica-se uma di-minuição da auto-estima, falta de moti-vação para planear o futuro, diminuiçãoda libido do exercício da sexualidade,maior propensão à depressão e ao suicí-dio e também o aparecimento de novosmedos. Mas, um dos principais proble-mas que atinge os idosos é mesmo a so-lidão. Os especialistas defendem assimque uma das formas de a combater é aparticipação em grupos e em actividadessociais. Torna-se cada vez mais impor-tante intervir junto das pessoas de tercei-ra idade, ajudando-os a envelhecer cria-tivamente. Os centros de dia, as universi-dades seniores e outras organizações

culturais são uma forma de ocupação in-teressante para os que já não trabalham.Os avós devem sempre, que possível,ajudar na educação dos netos. É uma for-ma de os manter ocupados e eles ado-ram sentir-se úteis e estabelecer umaboa relação com os mais pequenos.

Hoje, há também muitas viagens deturismo sénior. E esta é, sem dúvida,uma das melhores formas de passar otempo livre. Afinal é uma óptima oportu-nidade para conhecer novos lugares enovas pessoas.

MMeexxeerr o corpoO exercício traz inúmeras vantagens e pode serpraticado em todas as idades. Mas a ginásticana terceira idade melhora, além da qualidadede vida, a resistência física e força muscular,importantes para a realização de tarefas comoir ao supermercado e pegar nos netos ao colo.

Em primeiro lugar, e após a avaliação da ca-pacidade funcional e do estado de saúde, osidosos podem escolher a actividade de quemais gostam, porque se realizar algo que nãogosta é natural que deixe de o fazer. Convémtalvez experimentar várias actividades físicasaté encontrar a que melhor se adapta ao seuperfil. Entre as melhores actividades para estaidade estão a bicicleta, caminhar, natação,dança e hidroginástica. Ioga apresenta tam-bém benefícios.

Dia dos AvósAAmmaannhhãã,, ddiiaa 2266 ddee JJuullhhoo,, aassssiinnaallaa--ssee ooDDiiaa ddooss AAvvóóss.. OOss aavvóóss ddeevveemm ooccuuppaarruumm lluuggaarr iimmppoorrttaannttee nnaa vviiddaa ddaassffaammíílliiaass.. HHoojjee,, mmaaiiss ddoo qquuee nnuunnccaa,, oossnnoossssooss sseenniioorreess ddeevveemm uussuuffrruuiirr ddee uummppeerrííooddoo ddaass ssuuaass vviiddaass mmaarrccaaddoo ppeelloobbeemm--eessttaarr aa nníívveell ffííssiiccoo ee ppssiiccoollóóggiiccoo..HHáá ppeeqquueennaass aattiittuuddeess qquuee ssããoo ggrraannddeessssoolluuççõõeess!!

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22 opinião pública: 25 de Julho de 2007 ffaammíílliiaa

É missão do Centro Social da Paróquia de Joane (CSPJ) apoiar as famílias e a comunidade na promoção integral do ser hu-mano, assegurando para tal serviços, de apoio à primeira, segunda e terceira infância nas valências de Creche, Jardim-de-in-fância e ATL e de apoio à terceira idade através do Serviço de Apoio Domiciliário (SAD), com a máxima qualidade e adoptan-do uma pedagogia e atitude personalizada, convencionando as suas relações na honestidade, solidariedade, comprometimen-to e respeito pelo outro (na sua natureza e dignidade).

A SAD é uma área importante da actividade da acção Social do CSPJ que se tem vindo a organizar de forma a responderàs solicitações crescentes, decorrentes do envelhecimento da população. Consiste, fundamentalmente, na prestação de cui-dados (de ordem física e apoio psicossocial) individualizados e personalizados no domicílio, a indivíduos e famílias que, pormotivo de doença, deficiência ou outro impedimento, não podem assegurar temporária ou permanentemente, a satisfação dassuas necessidades básicas e/ou as actividades da vida diária. Tem-se privilegiado o desenvolvimento de intervenções que po-tenciem a permanência dos idosos no seu domicílio, mantendo-o autónomo e incluído na comunidade até ser possível.

Actualmente, o CSPJ presta o SAD a 47 idosos, sendo que, as necessidades se distribuem pelos serviços de alimentação(com ou sem apoio), Higiene pessoal; Higiene habitacional; tratamento de roupas e outros serviços (acompanhamento ao ex-terior, compras…) de acordo com as necessidades de cada um.

O SAD funciona todo ano e conta com uma equipa de colaboradores composta por 1 Directora Técnica (Psicóloga – 50%afectação ao serviço), 1 Assistente Social (100% de tempo de afectação) e 7 Auxiliares de Acção Directa (100% de afectação).

E porque, actualmente, a qualidade se tornou um imperativo para todas as organizações públicas e privadas, face à cres-cente consciencialização que os respectivos utilizadores possuem dos direitos que lhes estão atribuídos, o CSPJ tem em fa-se de implementação um sistema de gestão da qualidade (em todas as suas valências) procurando no SAD responder aos de-safios da qualidade assistencial;

Avenida Cristo Rei, 784770-203 JoaneTel. 252 991477 – Fax 252 928588Mail: [email protected]

Fogos Florestais: prevenir é preciso O novo paradigma relacionado com asprofundas alterações climáticas quetrazem novos e mais complexos desafi-os, a necessária prossecução de ade-quadas políticas de organização da flo-resta e os hábitos ainda vigentes quefazem com que percentagens significa-tivas dos fogos se reportem a compor-tamentos negligentes, são registos quenos levarão à consideração de que otrabalho já feito e os resultados alcan-çados, por muito positivos que tenhamsido, não têm ainda garantido a alme-jada sustentabilidade.

A mensagem está registada, apreen-dida e balizará a nossa acção em cadamomento. De facto, no que ao distritode Braga diz respeito, as alterações cli-matéricas vêm conduzindo a tempera-turas elevadas, associadas a níveis bai-xíssimos de humidade relativa e ventosdispersos que levaram a que, no passa-do recente, fossemos o único distrito apermanecer durante 12 dias consecuti-vos em estado de alerta, corresponden-te ao risco 5 (máximo) de incêndio.

Constata-se, por outro lado, a per-manência de vastas zonas de florestade eucalipto e pinheiro, cujo desenvol-vimento deverá merecer acrescidaatenção, não obstante saber-se que in-contornáveis factores de ordem econó-mica introduzem dados de análise a terem consideração. Na busca deste equi-líbrio de racionalização económica,propiciador de correcta organização elimpeza das florestas, assume-se degrande importância criar condições pa-ra a instalação, no nosso distrito, deapropriadas Centrais de Biomassa.

Por outro lado, os hábitos e tradi-ções populares, a organização territori-al e fundiária e o progressivo abandono

das terras, levam a que as práticas ne-gligentes ainda convivam muitas vezescom a floresta, não raro deixada à suasorte. Não será por acaso que o distritode Braga aparece ainda destacado, noque respeita ao número de ignições,tendo-se em 2006 ficado pelo registode 3.266 casos.

Temos assim, razões acrescidas pa-ra redobrar a nossa atenção e o nossotrabalho, ao nível da fiscalização pre-ventiva.

O governo do país vem dedicando à

problemática dos fogos florestais umaatenção consubstanciada em respostasmultidisciplinares, adequadas às exi-gências. É inquestionável o esforço de-senvolvido pelo Ministério da Adminis-tração Interna, com o objectivo de ga-rantir intervenção eficaz e qualificada.Acção visível pela disponibilização deacrescidos meios materiais e humanose através de profunda revisão do qua-dro legislativo de referência.

No que a Braga respeita, regista-secomo muito significativo o facto de, pe-la primeira vez, termos em actividadeos Grupos de Intervenção Protecção eSocorro – GIPS, uma força da GNR es-pecializada, designadamente na pri-meira intervenção com utilização demeios aéreos, envolvendo 47 elemen-tos operacionais e também, as EquipasPermanentes de Bombeiros, que se es-pera, dentro em pouco se venham aconstituir em todos os concelhos donosso distrito.

Pela nossa parte, tudo continuare-mos a fazer para propiciar, em cada cir-cunstância, a melhor resposta possí-vel. Seguindo as orientações nacio-nais, promoveremos a necessária arti-culação entre todos os agentes opera-cionais: Bombeiros, GNR, DGRF, ICN eas Câmaras Municipais, que cada vezmais assumem um positivo e decisivoprotagonismo nesta problemática. Con-tinuaremos permanentemente no terre-

no, seleccionando zonas críticas, pla-neando, agilizando processos, anteci-pando cenários de crise para melhorprevenir e assegurar pertinentes res-postas.

Foi assim que fizemos, com resulta-dos positivos, no PNPG e, mais recente-mente, nas matas do triângulo Samei-ro-Bom Jesus- Falperra e em Guimarã-es, no espaço florestal da Penha.

Foi assim que fizemos, seguramentecom resultados positivos no futuro pró-ximo, com a constituição de Equipas deBombeiros Especializados no combatea incêndios florestais, por proposta doCDOS.

(As exigências de actualização per-manente, compagináveis com o pulsarda região, levam-me a aspirar ver o dis-trito de Braga ser considerado em futu-ras iniciativas relacionadas com a for-mação dos Bombeiros).

Foi assim que fizemos, a exemplodo ano transacto, com a afectação detodo o orçamento disponível do Gover-no Civil, para dotar os nossos Bombei-ros do indispensável equipamento deprotecção individual, já entregue a to-das as corporações do distrito.

Estamos conscientes do trabalho re-alizado. Mas também sabemos que te-mos um longo caminho a percorrer, queexige determinação, dedicação, res-ponsabilidade e sentido de alerta per-manente.

Pela nossa parte, tudo faremos parasairmos dignificados deste importantedesafio nacional que orgulhosamentedecidimos enfrentar.

FFeerrnnaannddoo MMoonniizzGGoovveerrnnaaddoorr CCiivviill

De facto, no que ao distrito de Braga diz respeito, as alterações climatéricas vêm conduzindo

a temperaturas elevadas, associadasa níveis baixíssimos de humidade relativa

e ventos dispersos que levaram a que, no passado recente, fossemos o único distrito

a permanecer durante 12 dias consecutivosem estado de alerta, correspondente

ao risco 5 (máximo) de incêndio.

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ffaammíílliiaa 23opinião pública: 25 de Julho de 2007

Protecção Civil faz bbaallaannççoo provisório positivo da época

Verão quase sem incêndiosNunca é demais deixar ficar oaviso que durante todo o ano aspessoas devem ter cuidados nouso do fogo junto aos espaçosflorestais, como, por exemplo,na realização de queimas desobrantes agrícolas/florestais."As pessoas devem procurar di-as com humidade do ar eleva-da, evitar dias de vento, tersempre água perto e alimentaras queimas gradualmente",lembra Durval Tiago Ferreira, overeador da Protecção Civil deFamalicão.

Uma medida muito impor-tante que os proprietários flo-restais devem seguir é, claro, alimpeza dos combustíveis flo-restais junto às edificações. As-sim, torna-se obrigatório criarfaixas de gestão de combustívelcom uma largura de 100 metrosjunto aos aglomerados popula-cionais e parques industriais, ede 50 metros em redor de todasas habitações e fábricas juntoda floresta.

Como refere o vereador fa-malicense, "estas limpezas, pa-ra além de obrigatórias por lei,são muito importantes, poisprotegem as zonas edificadas,permitem isolar focos de igni-ção de incêndios e em caso deincêndio irão facilitar o ataquedirecto às chamas".

Para o período crítico, ou se-ja, de 1 de Julho a 30 de Setem-

bro, estão consagradas na leimedidas específicas de carácterpreventivo que proíbem algu-mas acções. As pessoas estãoproibidas de fazer fogueiras ouqueimas; lançar foguetes ou ba-lões com mecha acesa; realizaracções de desinfestação ou fu-migação em apiários (locais decriação de abelhas), fazer fogofora dos fogareiros ou grelhado-res fixos e fumar ou fazer lumenas áreas florestais.

TTeemmppoo aammeennoo aajjuuddaa O balanço em relação aos in-

cêndios é sem dúvida positivo,diz Durval Tiago. Desde que foiiniciada a vigilância florestal,no dia 1 de Junho, apenas foramcontabilizadas 14 ocorrênciasque provocaram uma área ardi-da de 6,6 hectares. No mesmoperíodo, em 2006, já tinham si-do registados, no nosso conce-lho, 188 incêndios que corres-ponderam a 41,7 hectares deárea ardida.

"Estamos a superar as metaspropostas no plano municipalde defesa da floresta contra in-cêndios, que previa um decrés-cimo de 20% no número deocorrências e na área ardida",contabiliza aquele responsável,que lembra ainda que "as con-dições meteorológicas têm con-tribuído para este decréscimo".No entanto, o sistema de vigi-lância implementado, as acçõesde sensibilização realizadas

nas juntas de freguesias e aslimpezas que têm sido feitas emterrenos florestais também es-tão a contribuir para a diminui-ção dos incêndios no concelho.Neste âmbito, desde 14 de Maioque está a ser levada a efeito u-ma campanha de limpeza demato junto às zonas industriaise residenciais. "Já efectuámos alimpeza a mais de 200 hectaresde faixas de gestão de combus-tível dos 1700 hectares previs-tos na candidatura ao FundoFlorestal Permanente. Os propri-etários dos terrenos têm aderi-do bem, não colocando grandesobstáculos à entrada das má-quinas para a limpeza".

Relativamente ao combate afogos, de acordo com o diag-nosticado no Plano Municipalde Defesa da Floresta contra In-cêndios, é visível a existênciade uma lacuna no combate àspequenas ignições que seriacolmatada com aquisição deuma viatura com um kit de pri-meira intervenção, evitando adeslocação dos bombeiros a al-gumas ocorrências e impedindoque pequenos focos se transfor-mem em grandes incêndios. Pa-ra esse efeito, o vereador anun-ciou que a Câmara Municipal deFamalicão coordenou a candi-datura de 14 freguesias do con-celho ao Fundo Florestal Perma-nente/DGAL, com vista à aquisi-ção de kits de primeira inter-venção.

SSooffiiaa AAbbrreeuu SSiillvvaa

Números da Protecção Civil33 Corporações de bombeiros: B.V. Famalicenses, B.V. de Fama-licão e B.V. de Riba d’Ave 337711 bombeiros voluntários4411 viaturas de combate aos incêndios

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24 opinião pública: 25 de Julho de 2007 ppuubblliicciiddaaddee