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Orçamento público: conceito e histórico
Orçamento público: conceitoOrçamento público é o instrumento por excelência de planejamento e execução das finanças públicas.
◦ É composto de uma estimativa das receitas e fixação das despesas;
◦ AUTORIZA a realização de gastos públicos;
◦ No Brasil, coincide com o ano civil.
Orçamento público: históricoInglaterra – Planejamento da aplicação de recursos
◦ 1787 – Lei do Fundo Consolidado
◦ Parlamento inglês aprovava o pedido do governo de forma global, e não discutia a legitimidade de despesas ou tributos;
◦ A lei do fundo permitiu ao Parlamento Inglês discutir o destino dos recursos excedentes, o que nunca acontecia uma vez que a Coroa precisava de cada vez mais recursos
◦ 1802 – Relatório detalhado de fianças
◦ 1822 – chanceler do erário passa a apresentar ao Parlamento uma exposição que fixava a receita e a despesa de cada exercício. Nascimento do orçamento público.
◦ Desde esse momento o Legislativo aprova as despesas propostas pelo executivo.
Orçamento público no Brasil
Revolução de 1930 – Getúlio Vargas e a modernização do aparelho do Estado
◦ 1936: Criação do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP)
◦ Concursos para acesso a cargos públicos federais;
◦ Avaliação e aprimoramento dos servidores;
◦ Elaboração do orçamento.
• Ditadura Militar
• Lei 4.320/64 – organização das finanças públicas. Início do orçamento-programa no Brasil
• Decreto-Lei 200/67 – Administração Indireta, consolida o orçamento programa
• A partir de 1967: Orçamento Programa
Orçamento público no Brasil
Orçamento Programa
Função
Programa
Atividade Projeto
Constituição de 1988
◦ Descentralização Político-Administrativa
◦ Sistema integrado – PPA, LDO, LOA
◦ Consolidação do Orçamento Programa
◦ Controle interno e externo (Auditoria/controladoria e TC)
◦ Emendas parlamentares
Orçamento público no Brasil
O sistema de planejamento e orçamentoO orçamento na Constituição de 1988 - Sistema integrado de
planejamento e orçamento, partindo de um plano de médio prazo,
através do Plano Plurianual - PPA, passando pela Lei de Diretrizes
Orçamentárias - LDO, pela Lei Orçamentária Anual – LOA e integrando-se
aos sistemas de controle externo e interno.
Elaboração e aprovação do Programa de Metas, PPA, LDO e LOA
Elaboração e aprovação
◦ No primeiro ano de mandato, o executivo envia ao legislativo (30 de setembro) o projeto de lei do PPA. O legislativo aprova até o final do ano.
◦ A LDO é enviada até 15 de abril e aprovada até o final do semestre
◦ O projeto de LOA segue até 30 de setembro para legislativo
◦ Incentivo à participação (audiências públicas)
◦ O legislativo pode fazer emendas, com algumas restrições (pessoal, serviço da dívida etc.)
◦ Aprovado, o projeto segue para sanção do chefe do executivo até o final do exercício.
Plano Plurianual (PPA)O Plano Plurianual, com vigência de quatro anos, deve ser apresentado no segundo semestre do primeiro ano de mandato dos chefes do poder executivo, e deve estabelecer os objetivos e as metas para despesas de capital e outras delas decorrentes, bem como para os programas de duração continuada.
◦ Plano para 4 anos com metas físicas e financeiras
◦ Programas cruzam fronteiras organizacionais
◦ Despesas correntes e de capital
◦ Definição de prioridades governamentais
Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)
CF/88: ◦ Definir metas e prioridades e orientar elaboração da LOA
◦ Alterações na legislação tributária
◦ Política de aplicação das agências financeiras de fomento
LRF:◦ Metas fiscais
◦ Margem de expansão das despesas de caráter continuado
◦ Riscos fiscais
◦ Situação atuarial e financeira dos sistema previdenciários
Lei Orçamentária Anual (LOA)A Lei Orçamentária Anual (LOA), apresentada no segundo semestre de cada ano, estima a receita e fixa a despesa, compreendendo as administrações direta e indireta, através dos orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimento das empresas estatais.
◦ Previsão da receita
◦ Fixação da despesa
◦ Autorização para abertura de créditos suplementares
◦ Autorização para contratação de operações de crédito
Emendas parlamentares
•Desde 1988, o Poder Legislativo pode introduzir alterações na proposta de Lei Orçamentária enviada pelo Executivo.
•Emendas se converteram em um instrumento de barganha do Poder Executivo perante o Legislativo.
•Na esfera federal, a competência para “gerir” as emendas parlamentares é da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização – CMO.
•Em 2017, as emendas parlamentares ao orçamento federal somaram 9 bi, cerca de 1% do orçamento da Seguridade Social da União.
Normatização das Emendas ParlamentaresCF88, Art. 166:
§ 3º - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso:
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:a) dotações para pessoal e seus encargos;b) serviço da dívida;c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III - sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; oub) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
Resolução CN 01/2016• Estabelece regras para aprovação de emendas de remanejamento, de apropriação e de cancelamento.
• Regras e valores podem mudar de ano a ano. Negociações políticas se refletem no Parecer Preliminar da comissão, que apresenta quais as fontes de recurso que podem ser indicadas nas emendas de apropriação (ex.: Reserva de Contingenciamento, recálculos de Receita, cancelamento de dotações).
• Limites para apresentação de emendas de apropriação:
- individuais (25 por deputado);
- de Comissão (4 ou 8, dependendo da abrangência);
- Bancada Estadual (mínimo 15 e no máximo 20 emendas de apropriação, além de 3 (três) emendas de remanejamento.
EC 86/2015 – Emendas individuais impositivas
§ 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde.
§ 10. A execução do montante destinado a ações e serviços públicos de saúde previsto no § 9º, inclusive custeio, será computada para fins do cumprimento do inciso I do § 2º do art. 198, vedada a destinação para pagamento de pessoal ou encargos sociais.
§ 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações a que se refere o § 9º deste artigo, em montante correspondente a 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior, conforme os critérios para a execução equitativa da programação definidos na lei complementar prevista no § 9º do art. 165.
§ 12. As programações orçamentárias previstas no § 9º deste artigo não serão de execução obrigatória nos casos dos impedimentos de ordem técnica.
Temas para debate Transparência das emendas parlamentares (previsão orçamentária e execução);
Legitimidade de alocação de recursos por cada deputado individualmente;
Autorizativas x Impositivas
Emendas e o Teto dos Gastos (EC 95/2016)