Ordem De Reação

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  • 8/3/2019 Ordem De Reao

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    1) Objetivos:

    Fazendo o uso do espectrofotmetro deseja-se encontrar a constante de velocidade e a ordem

    global da reao entre o cristal-violeta e o hidrxido de sdio.

    2) Introduo Terica:

    Nessa experincia h dois conceitos fundamentais para o seu entendimento: o mtodo do

    espectrofotmetro e a cintica qumica.

    2.1) Mtodo do espectrofotmetro:

    Primeiramente ser discorrido sobre as leis de Beer-Lambert:

    Lei de Lambert(1)

    :

    Em 1870 foi descoberta uma relao entre a transmisso de luz e a espessura da camada do

    meio absorvente. Foi observado tambm que cada camada de um meio transparente e

    homogneo absorvia sempre a mesma frao de luz que o atravessa, independentemente da

    intensidade do feixe de luz incidente.

    De posse dessas concluses, Lambert afirmou que a intensidade da luz emitida decresce

    exponencialmente conforme a espessura do meio aumenta aritmeticamente.

    Esta lei pode ser expressa pela seguinte equao:

    I = Io . 10-x1

    Onde: I= Intensidade da luz transmitida;

    Io= Intensidade da luz incidente;

    x = constante denominada coeficiente de absoroe que depende do meio absorvente

    empregado;

    1 = Espessura do meio absorvente.

    Lei de Beer(1)

    :

    Em 1852 foi observada a relao entre a concentrao do meio no qual um feixe de luz se

    propaga e sua transmisso. A absoro de luz de uma determinada soluo proporcional sua

    concentrao molecular de soluto.

    Com essa informao em mos Beer concluiu que a intensidade de um feixe de luz

    monocromtico decresce exponencialmente conforme a concentrao da substncia absorvente

    aumenta aritmeticamente.

    I = Io . 10-kc

    Onde:I= Intensidade da luz transmitida;

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    Io= Intensidade da luz incidente;

    k = Constante denominada coeficiente de absoro;

    c = Concentrao do meio absorvente.

    As leis de Beer-Lambert so o fundamento da espectrofotometria. Elas so utilizadas

    simultaneamente para se analisar os dados da experincia na qual a quantidade de luz absorvida

    ou transmitida por uma determinada soluo depende da concentrao do soluto e da espessura

    da soluo.

    Figura 1: absoro de luz pela matria.

    A lei de Bee-Lambert pode ser expressa matematicamente pela relao: T= e-a . 1 . C

    Onde:

    T= Transmitncia;

    e = Logaritmo Natural de Euler;

    a= Constante;

    1= Espessura da soluo;

    c = Concentrao da soluo (cor).

    O mtodo do espectrofotmetro se baseia na medio de absorbncia da luz por uma

    soluo com o auxlio de um aparelho (espectrofotmetro), o qual mede a quantidade de luz

    absorvida para um determinado comprimento de onda em uma soluo.

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    O espectro da luz visvel compreende os feixes de luz cujo comprimento de onda

    varia entre 380 nm a 740 nm, aproximadamente. A cor apresentada pela soluo est na

    faixa de comprimentos de onda no absorvida, no caso da experincia temos uma soluo

    cor violeta e, portanto, a faixa de comprimento de onda que no absorvida situa-se entre

    380 nm e 440 nm, de acordo com a figura 2. Logo, para haver mxima absoro de luz

    deve-se medir a absorbncia num comprimento de onda oposto ao da cor apresentada pela

    soluo(2)

    .

    Figura 2: apresenta o espectro de luz visvel, relacionando as tonalidades de cor com seus respectivos comprimentos

    de onda.

    A reao do cristal-violeta com o hidrxido de sdio deixa a soluo cada

    vez mais transparente e, portanto, espera-se que haja menor absoro quanto maior

    intervalo de tempo a partir do incio da reao. Porm, para utilizar este mtodo

    necessrio verificar se a reao obedece lei de Beer:

    A = * l * c

    Onde:

    - A a absorbncia;

    - a absortividade molar;

    - l o comprimento percorrido pela luz (comprimento do lado da base da cubeta);

    - c a concentrao da soluo absorvente.

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    Figura 3: Amostra sendo analisada no espectrofotmetro

    Observao(3)

    : Cristal-violeta (violeta de metila) o nome dado s substncias usadas como

    indicadores de PH e corantes cuja composio formada por tetrametila (violeta de metila 2B),

    pentametila (violeta de metila 6B) e hexametila (violeta de metila 10B).

    O violeta de metila solvel em gua, etanol, dietilenoglicol, e dipropilenoglicol.

    Sua obteno ocorre atravs da condensao da cetona de Michler (4,4'-Bis-dimetilamino-

    benzofenona) com N,N-dimetilanilina em presena de cloreto de fosforilo.

    Tambm pode ser usada no tingimento txtil ou como tinta de canetas esferogrficas.

    2.2) Cintica Qumica:

    O segundo conceito baseia-se na velocidade de uma reao, e como ela varia em funo de

    propriedades fsicas como a temperatura, superfcie de contato (material slido, pulverizado,

    lquido) e a concentrao dos reagentes. A taxa de reao depende de uma constante cintica e

    tambm da ordem global dessa reao. Pela lei da cintica qumica, tem-se:

    -d|x|/dt = k |x|m

    |y|n

    Onde:

    k = constante de velocidade;

    x = reagente de ordem m, o cristal-violeta;

    y = reagente de ordem n, a hidroxila (provida pelo NaOH).

    A ordem global de reao definida por m + n, podendo ser inteira, fracionria ou nula. E

    podemos determin-la ajustando os parmetros da equao da velocidade com os dados obtidos

    experimentalmente.

    Se a concentrao inicial de x for pequena em relao aos outros reagentes, sua variao

    fracionria ser maior do que a destes. Ento, podemos considerar suas concentraes

    constantes, de valores iguais aos iniciais(4)

    . No caso deste experimento: [OH-] >>> [corante]:

    -d|x|/dt = k1 |x|m

    Sendo k1 = k |y|n a pseudo constante de velocidade. Supondo que m seja 1:

    ln|x|t = ln|x|0k1t

    em que |x|0 a concentrao inicial e|x|t a concentrao medida no instante t. Se o grfico ln|x| t

    / ln|x|0 versus t for linear, o seu coeficiente angular ser k1 e a reao ser de fato de 1a

    ordem.

    Se no for uma reta, vamos supor que a reao de 2a

    ordem e fazendo m = 2, e integra-se

    novamente a equao.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81guahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Etanolhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Dietilenoglicolhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Dipropilenoglicolhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rea%C3%A7%C3%A3o_de_condensa%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Cetona_de_Michler&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=N,N-dimetilanilina&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/wiki/Cloreto_de_fosforilohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cloreto_de_fosforilohttp://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=N,N-dimetilanilina&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Cetona_de_Michler&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/wiki/Rea%C3%A7%C3%A3o_de_condensa%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Dipropilenoglicolhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Dietilenoglicolhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Etanolhttp://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua
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    Para determinar a constante real de velocidade k, e a ordem do segundo reagente n sero

    determinadas duas pseudo constantes para concentraes diferentes de reagente. Utiliza-se da

    seguinte relao:

    ln(k1/ k1) = n ln(|y|/|y|)

    (1)-http://www.ufrgs.br/leo/site_espec/conceito.html

    (2)-F. D. Snell, Colorimetric Methods of Analysis, vol.1, Van Nostrand, 1948

    (3)-http://pt.wikipedia.org/wiki/Violeta_de_metila

    (4)-Apostila de Fsico- Qumica (QFL2426)