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EM EDIÇÃO EXTRAORDINÁRIA: Um basta à violação de prerrogativas. Advogada é presa abusivamente e OAB-ES reage com rigor. A Constituição Cidadã 20 anos depois (Págs. 8 e 9) JORNAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL - SEÇÃO DO ESPÍRITO SANTO ANO XIX • Nº 152 • NOVEMBRO/2008

Ordem Juridica 152 - Nov 2008

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Um basta à violação de prerrogativas. Advogada é presa abusivamente e OAB-ES reage com rigor. JORNALDAORDEMDOSADVOGADOSDOBRASIL-SEÇÃODOESPÍRITOSANTO ANOXIX•Nº152•NOVEMBRO/2008 EM EDIÇÃO EXTRAORDINÁRIA: (Págs. 8 e 9)

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EM EDIÇÃO EXTRAORDINÁRIA:

Um basta à violação de prerrogativas. Advogada é presa abusivamente e OAB-ES reage com rigor.

A Constituição Cidadã 20 anos depois

(Págs. 8 e 9)

J O R N A L DA O R D E M D O S A DV O G A D O S D O B R A S I L - S E Ç Ã O D O E S P Í R I TO S A N TO A N O X I X • N º 1 5 2 • N OV E M B R O / 2 0 0 8

e d i t o r i a L

a c o N t e c e u

diretoria

presideNteAntonio Augusto Genelhu Junior

vice-presideNteStephan Eduard Schneebeli

secretário geraLAndré Luiz Moreira

tesoureiraMárcia Maria de Araújo Abreu

coNseLHeiros seccioNais tituLaresAlexandre Puppim, Aloísio Lira, Anabela

Galvão, Ben-Hur Brenner Dan Farina, Carlos Augusto da Motta Leal, Christiano Dias Lopes

Neto, Evandro de Castro Bastos, Francisco de Assis Araújo Herkenhoff, Gilmar Zumak

Passos, Homero Junger Mafra, Ímero Devens Junior, Jayme Henrique

Rodrigues dos Santos, Luiz Carlos Barros de Castro, Marcelo Abelha Rodrigues, Martiniano

Lintz Junior, Orlando Bergamini, Paulo Luiz Pacheco, Rafael de Anchieta Piza Pimentel,

Sandoval Zigoni Junior, Sebastião Gualtemar Soares (licenciado), Tarek Moysés Moussalem.

coNseLHeiros seccioNais supLeNtesDomingos de Sá Filho, Elivan Junqueira

Modenesi, Gustavo César de Mello Calmon Holliday, Ivon Alcure do Nascimento, João

Nogueira da Silva Neto, Ivone Vilanova de Souza, Luiz Gonzaga Freire Carneiro, Rodrigo Marques de Abreu Júdice, Udno

Zandonade, Valeska Paranhos Fragoso.

coNseLHeiros Federais tituLaresAgesandro da Costa Pereira, Gladys Jouffroy

Bitran e Luiz Antônio de Souza Basílio

coNseLHeiros Federais supLeNtesDjalma Frasson e Paulo Roberto da Costa Mattos

presideNtes das subseções

1ª. subseçÃo - coLatiNaGleide Maria de Melo Cristo

2ª. subseçÃo – cacHoeiro de itapemirimMaria Salomé de Freitas Costa

3ª. subseçÃo - LiNHaresAntonio da Silva Pereira

4ª. subseçÃo - guarapariGilberto Simões Passos

5ª. subseçÃo – barra de sÃo FraNciscoJaltair Rodrigues de Oliveira

6ª. subseçÃo - guaçuÍDaniel Freitas Junior

7ª. subseçÃo - aLegreCelso Piantavinha Barreto

8ª. subseçÃo – viLa veLHaMarcus Felipe Botelho Pereira

9ª. subseçÃo - casteLoDayvson Faccin Azevedo

10ª. subseçÃo - itapemirimMauricio dos Santos Galante

11ª. subseçÃo - cariacicaEudson dos Santos Beiriz

12ª. subseçÃo – sÃo mateusAndré Luiz Pacheco Carreira

13ª. subseçÃo - aracruZNilson Frigini

14ª. subseçÃo - ibiraçuFrancisco Guilherme Maria Apolônio Cometti

15ª. subseçÃo – Nova veNÉciaCelso Cimadon

caaes

presideNteCarlos Magno Gonzaga Cardoso

vice-presideNteCarlos Augusto Alledi de Carvalho

secretárioSérgio Vieira Cerqueira

secretário adjuNtoAnésio Otto Fiedler

tesoureiroIzael de Mello Rezende

supLeNtes Maria Helena Reinoso Rezende e

Sérgio Zuliani Santos

ordem jurÍdicaFundado por Manoel Moreira Camargo

produçÃo e ediçÃoAssessoria de Comunicação da OAB-ES

R. Alberto de Oliveira Santos, nº 59Ed. Ricamar – 3º e 4º andares – Centro

Vitória – ES – 29.010-908 - Tel.: (27) 3232-5608

jorNaLista respoNsáveL Raquel Salaroli – DRT/ES 556/92

[email protected]

redaçÃo Ana Glaucia Chuína – DRT/ES 2042

[email protected]

FotograFiasSamuel Vieira

www.samuelvieiraphotos.com.br

pubLicidade Inverte Comunicação Visual(27) 3323-1356 / 9999-2902

projeto gráFico e editoraçÃo eLetrÔNica Bios Editoração – (27) 3222-0645

02/10 Reunião da Comissão Estadual de Advogados em Início de Carreira.

08/10 Reunião entre o presidente da Seccional, Antonio Augusto Genelhu Junior, e o Presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT/ES), José Luis Sera� ni.

09/10 Reunião da Comissão de Sociedade de Advogados.

10/10 Palestra sobre “OAB e a Sociedade Capixaba” proferida pelo presidente da Seccional, Antonio Augusto Genelhu Junior; e recebimento de Comenda, no Palácio Maçônico de Vitória.

15/10 Reunião da Comissão Mulher Advogada.

16/10 Reunião da Comissão de Informática.

17/10 Reunião do Comitê de Combate à Corrupção Eleitoral.

18/10 Seminário CEAIC de Norte a Sul, em Cachoeiro de Itapemirim.

Palestra sobre “A Responsabilidade cível e penal do pro� ssional de contabilidade” proferida pelo presidente da OAB-ES, Antonio Augusto Genelhu Junior, durante a XX Convenção Estadual dos Contabilistas do Espírito Santo.

24/10 Palestra com presidente da Seccional, Antonio Augusto Genelhu Junior, sobre o tema “O advogado: direito e deveres”, na Faculdade Batista de Vitória (Fabavi).

28/10 Abertura do II Seminário de Atualização em Direito Penal e Direito Processual Penal, realizado pela Escola Superior de Advocacia da OAB-ES (ESA). Participação do presidente da Seccional, Antonio Augusto Genelhu Junior, e do diretor da ESA, Djalma Frasson.

29/10 12º Encontro dos Advogados do Norte do Estado realizado pela Subseção de Colatina. Participação do presidente da OAB-ES, Antonio Augusto Genelhu Junior.

30/10 Participação do presidente da OAB-ES, Antonio Augusto Genelhu Junior, na abertura do I Seminário Internacional de combate à pedo� lia e à pornogra� a infantil, no auditório do Tribunal de Justiça do Estado (TJES).

31/10 Reunião da Comissão de Direito Humanos.

03/11 Participação do presidente da OAB-ES, Antonio Augusto Genelhu Junior, na solenidade de posse do novo Procurador Geral do Estado, Rodrigo Rabello Vieira.

05/11 Reunião no Conselho Federal da OAB, participação de presidente da Seccional, Antonio Augusto Genelhu Junior.

06/11 Solenidade de entrega de carteiras aos novos pro� ssionais.

Homenagem ao Conselheiro Federal da OAB-ES, Agesandro da Costa Pereira, durante III Congresso de Direito do Trabalho e Direito Processual do Trabalho da 17ª Região/ES. Participação do presidente da Seccional, Antonio Augusto Genelhu Junior.

Reunião da Comissão Estadual de Advogados em início de Carreira.

07/11 Solenidade de entrega de carteiras aos novos pro� ssionais.

11a15/11 XX Conferência Nacional dos Advogados. Participação do presidente da OAB-ES, Antonio Augusto Genelhu Junior, presidindo o painel “A função social do Direito Civil”.

14/11 Reunião da Comissão de Informática.

OAB garante recesso permanente para advogados

A OAB-ES informa aos advogados capixabas que, aten-dendo a solicitação via ofício assinado pelo presidente da Sec-cional, Antonio Augusto Genelhu Junior, o recesso forense de fi m de ano, de 20 de dezembro a 6 janeiro, requerido todos os anos pela Seccional, passou a ser permanente.

A Resolução nº 25/2008, que trata da aprovação das fé-rias pelo Pleno do Tribunal de Justiça do Estado (TJES), foi publicada no Diário Ofi cial da Justiça de 30 de outubro. Com a medida de instituir o recesso todos os anos, os advogados poderão programar suas férias com antecedências.

Durante o período, os prazos processuais e o expedien-te forense nos Órgãos Judiciários de 1º e 2º Graus do Poder Judiciário no Estado fi carão suspensos; assim como a publi-cação de acórdãos, sentenças e decisões, intimações de par-tes ou advogados. Nos casos das medidas consideradas ur-gentes haverá um sistema de rodízio nas Comarcas da capi-tal e do interior do Estado.

Novo prazo para adequação de Sociedades de Advogados

A Comissão de Sociedade de Advoga-dos da OAB-ES informa que o prazo para os regimes societários se adequarem ao Pro-vimento n° 112/2006 foi prorrogado pelo Conselho Federal da OAB para o dia 31 de julho de 2009.

Até a data estipulada, os advogados que possuem registro de sociedade deve-rão estar adequados às exigências conti-das no Provimento, que está disponível no site da OAB-ES, no link serviços; dentro da opção Legislação. Os processos referentes a aberturas de novas sociedades e adapta-ção às exigências do Provimento do Conse-lho Federal estão sendo analisadas durante reuniões periódicas da Comissão.

Os direitos dos advogados e a ConstituiçãoNeste mês, você colega ad-

vogado, acompanha uma edi-ção extraordinária do Ordem Ju-rídica sobre o caso de abuso de autoridade contra uma advoga-da que estava no exercício de sua profi ssão.

Tomando conhecimento dos fatos, a OAB compareceu ao lo-cal e prestou toda a assistên-cia devida à advogada. Cum-

primos nossa missão institucio-nal e dela não nos afastaremos. A voz dos advogados, que é a voz do cidadão, não será cala-da por atos de arbítrio ou de intimidação.

Nesse momento, em que to-dos os advogados capixabas fo-ram agredidos, reafi rmamos nos-sa solidariedade à colega e ga-rantimos aos advogados que a

OAB-ES adotará todas as provi-dências cabíveis em relação ao lastimável episódio.

Destaque, também, para um questionamento sobre a Consti-tuição Federal de 1988 duas dé-cadas após a sua promulgação. Um debate que gerou discussões em nível internacional durante a XX Conferência Nacional dos Advogados.

pág. 2 ORDEM JURÍDICA NOVEMBRO/2008

Os procedimentos necessá-

rios para realizar o recadastra-

mento do cartão de identidade

profissional são distintos para o

advogado que possui o modelo

antigo do cartão, expedido pela

Casa da Moeda, e para o advo-

gado que, por motivo de irregu-

laridade junto à Ordem, não pos-

sui o cartão. Em relação ao advo-

gado que está iniciando o regis-

tro na Ordem, o novo modelo do

cartão de identidade está sendo

entregue automaticamente ao re-

querer sua inscrição.

O prazo para renovação do

cartão de identidade profissional

é até o dia 31 de janeiro de 2009.

O Conselho Federal da OAB alerta

que todos os advogados do país

deverão ter efetuado a renovação

até a data estipulada.

O novo cartão de identidade

profissional conta de um chip aco-

plado que permitirá o controle do

cadastro dos advogados em con-

junto com os diversos setores do

Judiciário de todo país. A tecno-

logia inserida no cartão vai pos-

sibilitar, ainda, o acesso ao peti-

cionamento eletrônico e a outros

serviços virtuais.

A mudança para o novo mo-

delo do documento foi determi-

nada pelo Conselho e deverá ser

cumprida por todas as Seccionais,

dentro do prazo determinado. Na

OAB-ES, o novo modelo do cartão

já está sendo entregue aos advo-

gados que obtiveram recentemen-

te o registro da Ordem. O reca-

dastramento deverá ser feito ape-

nas pelos profissionais que pos-

suem registro com data anterior a

agosto de 2007, e que ainda não

aderiram ao novo modelo.

Passo a passoPara o advogado que está

iniciando registro na Ordem,

basta acessar o endereço www.

oabes.org.br, em seguida, no

lado esquerdo da página prin-

cipal, clicar na opção Serviços

e depois na opção Habilitação

e Inscrição. Uma nova página

aparecerá e o profissional deve-

rá escolher a opção Nova Iden-

tidade.

Na mesma página, o advoga-

do deverá acessar o Requerimen-

to Padrão do Conselho da OAB,

que deverá ser preenchido com

letras maiúsculas. Todos os cam-

pos que tiveram o sinal de asteris-

co são de preenchimento obriga-

tório. A ficha é o primeiro passo

para o novo inscrito adquirir sua

identidade de advogado.

Após o preenchimento da fi-

cha, o advogado deverá imprimi-

la e ir até o setor de Habilitação e

Inscrição da Seccional, ou procu-

rar as Subseções, munido de fo-

tos 3x4 para impressão da ficha de

colhimento do biométrico para a

coleta da assinatura digital e foto;

feita exclusivamente na Seccional

ou nas Subseções.

Para o advogado que já pos-

sui registro na Ordem, mas ain-

da está com o cartão antigo, cujo

documento foi expedido antes de

agosto de 2007 (data a partir da

qual os cartões com chip come-

çaram a ser entregues aos novos

profissionais que obtiveram regis-

tro na OAB-ES), o procedimento é

mais rápido e pode ser feito por

telefone no setor de Habilitação

e Inscrição da Seccional.

Como o advogado já tem seus

dados registrados no sistema, bas-

ta que ele ligue para o setor de

Habilitação e requeira seu reca-

dastramento. Portanto, não é ne-

cessário acessar a ficha disponível

no site porque os dados do ad-

vogado já estão registrados, bas-

ta ligar diretamente para o setor

de Habilitação, no telefone 3232-

5619. No andamento do pedido,

o advogado confirmará seus da-

Recadastramento do cartão de identidade: veja como fazer

dos cadastrais e será orientado

a comparecer na Ordem apenas

para colhimento da assinatura di-

gital e entrega das fotos.

Em relação à foto que será

utilizada no documento, os ad-

vogados precisam estar atentos

ao padrão que será aceito. A foto

deve ser no tamanho 3x4, colo-

rida, com foco, sem moldura, re-

cente, sem data, com contrastes

(fundo branco e roupa escura). Os

advogados deverão trajar terno e

gravata, e as advogadas roupas

sem decotes.

Para o advogado que, por al-

gum motivo, não possui o car-

tão e quer regularizar seu regis-

tro junto à OAB-ES, o andamento

do pedido deve ser feito pesso-

almente pelo profissional no se-

tor de Habilitação e Inscrição da

Seccional. No local, serão passa-

das todas as orientações necessá-

rias para iniciar o recadastramen-

to. O setor funciona de segunda-

feira a sexta-feira das 9 horas às

18 horas.

Conforme entrevista cedida

pelo diretor tesoureiro do Con-

selho federal da OAB, Ophir Ca-

valcante, em matéria publicada

no mês de setembro, no Ordem Jurídica, quem não realizar o re-

cadastramento encontrará difi-

culdades no exercício da profis-

são, já que sua identificação não

será possível.

O prazo de entrega do car-

tão é de um mês, por isso é ne-

cessário que o profissional faça

seu recadastramento o mais rá-

pido possível.

Mais informações ou escla-

recimentos sobre o recadastra-

mento do cartão de identidade

do advogado no Setor de Habi-

litação e Inscrição da OAB-ES,

pelo telefone 3232-5619, ou nas

Subseções.

pág. 3NOVEMBRO/2008 ORDEM JURÍDICA

c o m i s s õ e s

CEAIC realiza eleição para nova diretoriaA Comissão Estadual de Ad-

vogados em Início de Carreira da OAB-ES (CEAIC) informa que a eleição de composição dos novos integrantes da Co-missão será realizada no dia 4 de dezembro, no Plenário da Seccional. Os candidatos aos

cargos efetuaram inscrição até o dia 25 de novembro, no setor de Protocolo da Seccional.

O edital com as informa-ções e os pré-requisitos ne-cessários, conforme exigên-cia do Estatuto e Resoluções da CEAIC, foi afixado no mural

da recepção da Ordem e tam-bém ficou disponível no site, no link da CEAIC. Os candi-datos estão concorrendo aos cargos de presidente, 1º se-cretário, 2º secretário, direto-ria (4 vagas) e conselho execu-tivo (8 vagas).

A Comissão de Prerrogativas da OAB-ES, por meio do seu presidente, Homero Junger Mafra, acompanhou o caso de um advogado preso no final do mês de outubro por dever pensão ali-mentícia. O advogado foi levado para o presí-dio de Novo Horizonte, na Serra, e assim que a Comissão foi acessada, o presidente Mafra en-viou um ofício à juíza da 2ª Vara da Família de Vitória pedindo transferência do advogado para o Quartel da Polícia Militar.

O pedido de Mafra foi atendido prontamente pela juíza, porém, o advogado não foi transferido porque, segundo o comandante geral do Quar-tel, o local encontrava-se lotado. Com o aconte-cimento, o presidente da Comissão fez novo ofí-cio à 2ª Vara, solicitando desta vez a prisão do-miciliar do advogado, que foi negada.

Durante os dias em que esteve no presídio, o advogado recebeu assistência da Comissão que intermediou as negociações entre o advo-gado e sua ex-esposa. O acordo entre as partes foi feito durante audiência de conciliação reali-zada no dia 30 de outubro, quando foi extinto o processo de pensão alimentícia.

Outro caso acompanhado pela Comissão foi registrado no dia 22 de outubro, quando a mes-ma foi informada que um advogado encontra-va-se preso no Departamento de Polícia Judi-

ciária (DPJ), no município de Serra. De acordo com o delegado do DPJ, que ligou para a Co-missão, o advogado tinha sido detido por por-te ilegal de armas. Ao ser informado sobre o episódio, o integrante da Comissão de Prerro-gativas, Francisco de Assis Araújo Herkenhoff, entrou em contato com o advogado do cole-ga preso para ficar a par da situação e foi in-formado que a fiança tinha sido paga e o ad-vogado liberado.

Acesso aos autosNo dia 3 de novembro, a Comissão de Prer-

rogativas foi acionada pelo advogado Hudson Mariano Carneiro, que foi impedido de ter acesso aos autos do processo para fazer cópia. O ocor-rido foi na 12ª Vara do Trabalho. De forma cé-lere, a Comissão entrou em contato com a Vara lembrando do direito do advogado de ter aces-so para extração de cópias, garantindo a prer-rogativa do profissional.

Outro caso de impedimento de acesso aos autos para cópia foi registrado pelo advoga-do Alexandre Corsine, no Tribunal Regional do Trabalho. Ao ser acionada, a Comissão ligou para o chefe de cartório e, imediatamente re-solveu o caso.

Comissão de Prerrogativas garante direitos de advogados

Meio AmbienteA Comissão de Meio Ambiente da OAB-

ES tem participado de vários seminários, con-gressos e palestras que envolvem discussões sobre questões ambientais. Entre os eventos que contaram com representantes da Comis-são estão o II Simpósio Brasileiro de Pesqui-sa em Direito Cooperativo; Ciclo de debates sobre mudanças climáticas; Seminário Meio Ambiente e Urbanismo; entre outros.

No dia 19 de outubro, a Comissão, repre-sentada pelo integrante Edson de Oliveira Bra-ga Filho, participou de uma Audiência pública, em Anchieta, para discutir a instalação de si-derúrgica multinacional, que trará grande im-pacto ambiental no litoral sul capixaba.

Seccional no Tribunal de Justiça Desportiva

A Comissão de Direito Des-

portivo da OAB-ES indicou o

advogado integrante da Comis-

são, Haynner Batista Capetti-

ni, para permanecer como re-

presentante da OAB-ES no Tri-

bunal de Justiça Desportiva do

Espírito Santo (TJD/EES). O ofí-

cio com a indicação do advoga-

do foi enviado pelo presiden-

te da Comissão, José Geraldo

Alves de Souza, ao presidente do

TJD/EES, Segundo Luis Meguelli,

no dia 29 de outubro.

Novo link trará mais agilidade para a intranet da OAB

O presidente da OAB-ES, Antonio Augusto Genelhu Junior, aprovou a solicitação feita pelo presidente da Comissão de Informática da Sec-cional, Rafael de Anchieta Piza Pimentel, para futura instalação de um link dedicado de uma empresa de telefonia no setor de informática. O link agilizará a movimentação de dados e a tro-ca de informações entre a Seccional e as Subse-ções no sistema de intranet da OAB.

Acesso remotoA Comissão também está realizando um pro-

jeto, ainda em fase de adaptação, de assistência para implantação de acesso remoto nas Subse-ções. Inicialmente, foram visitadas as Subseções de Colatina, Guarapari e Cachoeiro de Itapemi-rim. Com o projeto, os funcionários terão aces-so totalmente on-line aos dados dos advoga-dos da OAB-ES. A expectativa é de futuramen-te, com o funcionamento do link dedicado, dis-ponibilizar o mesmo serviço com total seguran-ça aos advogados.

A Comissão de Advogados Públicos da Seccio-nal enviou ofício à Câmara Municipal e à Procurado-ria de Justiça de Venda Nova do Imigrante, pedindo o cancelamento do concurso público realizado no dia 26 de outubro, com vaga para advogado na Câmara do Município.

No texto, a Comissão informa que não houve acom-panhamento de membro designado pela OAB-ES, con-forme já foi informado a todos os municípios do Esta-do em ofício enviado pela Comissão sobre a obriga-toriedade da participação da OAB-ES em concursos públicos com vaga destinada à área jurídica. A Comis-são vai se reunir para formalizar o pedido de suspen-são do concurso que ainda não foi atendido pelas en-tidades informadas.

PesquisaA Comissão está realizando uma pesquisa via te-

lefone com todas as procuradorias do Estado. O ob-

jetivo é fazer um levantamento sobre como é a atua-ção das entidades em cada município, levantando in-formações sobre funcionamento, recebimento de ho-norários de sucumbência, entre outras especificações. A idéia é unificar as informações e traçar um perfil da atuação das procuradorias.

AtuaçãoA Comissão vai atuar na realização dos concursos

do Departamento de Estradas e Rodagem (DER) e do Instituto de Obras Públicas do Espírito Santo (IOPES). Ao saber da abertura dos concursos e das vagas des-tinada a advogado, a Comissão notificou os órgãos so-bre o acompanhamento de um representante da OAB que será designado pelo presidente da Seccional, An-tonio Augusto Genelhu Junior, para acompanhar todas as etapas, desde a formulação do edital até a aplica-ção da prova.

Advogados Públicos pedem anulação de concurso

pág. 4 ORDEM JURÍDICA NOVEMBRO/2008

c o m i s s õ e s

Comissão da Mulher Advogada realiza encontro sobre Lei Maria da Penha

A Comissão da Mulher Advo-gada da OAB-ES realizou, no dia 15 de outubro, uma reunião com representantes de vários movi-mentos feministas do Estado. En-tre os presentes, além da presença de lideranças femininas de sindi-catos; de associações; do Conse-lho Estadual da Mulher; delegadas de polícia; secretarias de saúde e ação social da Grande Vitória e partidos políticos o evento con-tou, também, com a participação do delegado titular da delegacia de Alfredo Chaves, Robson Alves, que demonstrou total apoio à cau-sa defendida no evento.

Em discussão no encontro, a implementação efetiva da Lei 11.340, conhecida como Lei Ma-ria da Penha, responsável por pu-nir os crimes de violência domés-tica e familiar. Durante a reunião,

a presidente da Comissão da Mu-lher Advogada, Ivone Vilanova de Souza, fez um apelo para que as autoridades tomem providências para que a Lei seja cumprida. “Te-mos que batalhar e correr atrás para que ocorra efetivamente a implementação da Lei. A socie-dade está se esfacelando com a violência externa, mas isso vem da base. Por isso, temos que nos unir contra a violência domésti-ca”, alertou.

Durante a reunião, os partici-pantes também expuseram casos de violência por parte de maridos contra suas esposas; o medo das vítimas em denunciar o agressor; a caótica situação a que estão sub-metidas presas do presídio de Tu-cum; entre outras situações que resultam na violência contra a mu-lher e à família.

Lideranças comunitárias aderem à campanha Ficha Limpa

O Movimento de Combate à Corrup-ção Eleitoral no Esta-do (MCCE) continua promovendo debates com a sociedade para discutir e conscienti-zar a população sobre a importância do voto e para dar continuida-de à campanha “Ficha Limpa”. A campanha faz parte do novo pro-jeto de Lei do MCCE e pretende alterar a Lei de inelegibilidade em relação à vida pregres-sa dos candidatos a cargos políticos. Para ser aprovada será preciso colher mais de um milhão de assinaturas em todo o país.

Para divulgar a campanha, o MCCE realizou uma série de en-contros no mês de outubro, com líderes comunitários da Grande Vitória. Durante o encontro, o secretário geral da Seccional e co-ordenador do Movimento no Estado, André Luiz Moreira, explicou a importância do projeto e pediu o apoio dos participantes no re-colhimento das assinaturas.

Na reunião, os representantes dos bairros assinaram a ficha de adesão ao movimento e levaram cópias para serem distribuídas nos bairros. Ficou definido que cada comunidade vai instalar um posto de coleta das assinaturas e apresentar o total recolhido em reunião a ser agendada pelo MCCE.

OAB Mulher cobra punição para crimes de violência familiar

pág.5NOVEMBRO/2008 ORDEM JURÍDICA

A Comissão Estadual de Advo-gados em Início de Carreira (CEAIC) realizou no dia 18 de outubro, na subseção de Cachoeiro de Itapemi-rim, o seminário “CEAIC de Norte a Sul”. O evento reuniu cerca de 100 pessoas, entre advogados e estu-dantes, e fechou o ciclo de pales-tras que teve como objetivo interio-rizar as ações da Comissão, levando os jovens em início de carreira e os futuros profissionais a conhecerem e participarem dos projetos desen-volvidos pela Seccional.

O encontro contou com a pre-sença do presidente da OAB-ES, An-tonio Augusto Genelhu Junior; do secretário geral, André Luiz Morei-ra; da presidente da Subseção de Cachoeiro, Maria Salomé de Frei-tas Costa; do diretor da Caixa de Assistência dos Advogados do Es-pírito Santo (CAAES), Carlos Mag-no Gonzaga Cardoso; da presidente da CEAIC, Renata Goes Furtado; do presidente da CEAIC de Cachoeiro, André Luiz de Barros Laves; e demais integrantes da Comissão.

Na ocasião, o presidente Ge-nelhu proferiu uma palestra sobre as prerrogativas profissionais. Em sua fala, o presidente da Seccional enfatizou a defesa e a observância das prerrogativas profissionais não

como privilégio, mas como neces-sárias para o advogado no desen-volvimento das suas atividades, bem como para todo o cidadão.

Outro tema explanado no even-to foi sobre os 12 anos de atuação da CEAIC no Estado. A história da Comissão foi contada pelo secretá-rio geral, André Luiz Moreira, que também falou sobre a importância e a constitucionalidade do Exame de Ordem.

Na programação do seminário, destaque também para as palestras da doutora em educação pela facul-dade de Direito de Campinas, An-gélica Luciá Carlini, que falou so-bre “Direito do Consumidor”; e do advogado e professor universitário, Henrique Cunha Tavares, que falou sobre “Gestão de Escritórios”.

Na avaliação da presidente da CEAIC, Renata Goes Furtado, os en-contros realizados em Cachoeiro, e anteriormente em Colatina, abrange-ram todos os municípios do Estado e atingiram a proposta da Comissão. “Nosso objetivo foi divulgar as ações da Comissão e aproximar o profis-sional da OAB. A semente foi plan-tada, cabe agora a cada Subseção criar a sua CEAIC para facilitar o con-tato do jovem advogado do interior com a Seccional”, ressaltou.

A Comissão de Direitos Hu-manos da OAB-ES participou nos dia 7 e 8 de novembro, em São Paulo, do Encontro dos Conse-lhos da Comunidade da Região Sudeste. O evento integra um ciclo de discussões sobre o pa-pel e a importância da efetiva-ção dos Conselhos de Comuni-dades nos municípios que abri-gam presídios.

As discussões sobre o tema foram feitas por integrantes de Conselhos, advogados, juízes, promotores e defensores públicos que lidam com a matéria especiali-zada em execução penal, além de secretários de Estados responsá-veis pela administração peniten-ciária e outras instituições.

EstadoA criação de Conselhos de Co-

munidade no Espírito Santo está sendo fomentada pela Comissão de Direitos Humanos da OAB-ES em parceria com diversas entida-des. O primeiro Conselho foi efe-tivado no município de Viana e foi o tema de uma reunião no dia

3 de novembro, entre a CDH e o desembargador do Tribunal de Justiça do Estado, José Luiz Bar-reto Vivas. Na ocasião, foram en-tregues um ofício e a ata de insta-lação do Conselho de Comunida-de do município de Viana.

Outras reuniões estão sendo realizadas pela CDH para criação de Conselhos também nos muni-cípios de Cariacica e Vila Velha. Em Cariacica, a Comissão se reu-niu com o secretario de Direitos Humanos do município, Cláudio Mendonça, para detalhar a cria-ção do Conselho e sobre o apoio às famílias dos detentos. A Se-cretaria de Ação Social de Ca-riacica também está apoiando o projeto e cedeu uma sala na Casa dos Conselhos da Cidade para instalação do Conselho de Comunidade.

Em Vila Velha, a CDH enviou ofício à 8ª Subseção da OAB-ES para indicar os nomes de advo-gados que vão compor o Conse-lho de Comunidade. Futuras reu-niões serão agendadas para dis-cutir com a comunidade as pró-ximas etapas de implementação do Conselho.

CDH participa de encontro sobre Conselhos de ComunidadeCEAIC realiza seminário

no sul do Estado

c o m i s s õ e s

pág.6 ORDEM JURÍDICA NOVEMBRO/2008

O Conselheiro da OAB-ES e presidente da

Comissão de Prerrogativas, Homero Junger

Mafra, atuou como advogado representando a

OAB-ES, em audiência realizada no dia 25 de

setembro, em Cachoeiro de Itapemirim. Cita-

da nos termos de ação e justificação referentes

ao processo ético disciplinar instaurado na 2ª

Subseção da Ordem, em Cachoeiro de Itape-

mirim, citando o advogado Ricardo Mignone

Rios, e proposto pelo juiz Robson Louzada, a

OAB foi intimada a comparecer na audiência

cujo objetivo, exposto pelo juiz, foi o de pro-

duzir prova judicial especificamente para in-

quirição de testemunhas.

De acordo com a citação do magistra-

do, a intimação tinha como objetivo “confe-

rir maior idoneidade e melhor qualidade” à

produção de provas no processo disciplinar

que tramita na Subseção. Diante do exposto,

Mafra enfatizou no texto de sua defesa que

as provas necessárias à instrução no proces-

so ético-disciplinar para apurar a conduta do

advogado devem ser produzidas no âmbito

da entidade, na instrução do processo que,

conforme determinação legal, tramita em re-

gime de sigilo, como consta no art. 72, pará-

grafo 2º da Lei 8.906/94 do Estatuto da Ad-

vocacia e da OAB.

Mafra ressaltou ainda que “a participação

da entidade na inquirição de testemunhas dos

fatos que constituem o fundamento da repre-

sentação ético-disciplinar, além de representar

a aceitação de insinuação de que a produção

de provas no âmbito da OAB carece de credi-

bilidade e idoneidade, fere, também, a regra

do sigilo dos processos administrativos”.

No término da defesa, o conselheiro Ho-

mero Mafra ressalta ainda que a esfera disci-

plinar de apuração de condutas infracionais à

norma disciplinar, ainda que prevista em lei, é

distinta da judicial e autônoma. E que a prova

produzida em juízo, referente aos mesmos fa-

tos constantes no processo disciplinar serão

novamente sobpesadas pelo Conselheiro da

OAB e pelo membro do Tribunal de Ética e

Disciplina da Seccional (TED).

Na conclusão, Mafra fala do impedimento

da Ordem em participar da audiência de jus-

tificação para a qual foi intimada e de qual-

quer procedimento tendente a produzir pro-

vas que devam ser tomadas no procedimento

ético disciplinar instaurado no âmbito da Sec-

cional ou de sua Subseção. A medida, ainda

segundo o conselheiro, além de representar

violação ao sigilo que regula o processo dis-

ciplinar, se traduz em aceitar a velada insinu-

ação de que a produção de provas no âmbi-

to da OAB se dá de forma menos idônea que

no Poder Judiciário.

Ao mesmo tempo que representa também

aceitar que o poder de punir por infração dis-

ciplinar relacionada à atividade profissional,

exclusivo da Ordem, possa ser delegado a

qualquer outra instituição ou a qualquer ou-

tro poder, ainda que o Poder Judiciário, que

a Ordem sempre respeitou.

“Procedimento ético-disciplinar cabe somente à entidade”, reforça OAB-ES

pág.7NOVEMBRO/2008 ORDEM JURÍDICA

c a p a

“...A Constituição mudou na sua elaboração, mudou na definição dos poderes, restaurando a Federação, mudou quando quer mudar o homem em cidadão, e só é cidadão quem ganha justo e suficiente salário, lê e escreve, mora, tem hospital e remé-dio, lazer quando descansa...”. A ci-tação faz parte do discurso proferido no dia 5 de outubro de 1988, pelo então presidente do congresso e da Assembléia Nacional Constituinte, o deputado Ulysses Guimarães. Na data passava a vigorar a sexta cons-tituição republicana do Brasil.

Na ocasião, o Brasil deixava para trás um ciclo marcado pela ditadura militar, fortalecida pela Constituição de 1967, para dar lugar a um novo ordenamento jurídico. O novo tex-to abolia as intervenções impostas pela Constituição de 1967 que, com a aplicação de sucessivos atos insti-tucionais, legitimou o autoritarismo do governo militar e alterou a então vigente constituição de 1946.

Reformulada em 1969 pelos mi-nistros da Marinha de Guerra, do Exército e da Aeronáutica Militar, a constituição insti-tucionalizou e le-galizou o regime militar, e aumen-tou a influên-cia do Poder Executivo. A

Os desafios da Constituição Federal após duas décadas: avanços ou retrocessos?

Constituição militarista também ex-cluiu o voto direto para presidente da república, suspendeu garantias dos juízes e fortaleceu a intervenção da União na economia dos estados. Marcada pela instituição de atos, o mais conhecido foi o nº 5, que per-mitia o fechamento do Congresso e a suspensão de garantias constitucio-nais, entre outras medidas.

A partir dos anos 70, o regime militar começou a perder espaço. O país vivia momentos críticos na polí-tica econômica com a alta da inflação e da recessão. Cresceu a oposição ao regime, surgiram novos partidos polí-ticos e os movimentos sindicais se for-taleceram. Em 1985, Tancredo Neves, que fazia parte do partido de oposi-ção da Aliança Democrática, foi eleito pelo voto direto do colégio eleitoral o novo presidente da república, dando início ao fim do regime militar.

Com o falecimento de Neves, antes mesmo de tomar posse, as-sumiu o seu vice, José Sarney. Em novembro do mesmo ano, a con-cepção de uma nova Constituição começou a ser formulada pelo pre-

sidente Sarney. Por meio de uma emenda, foi determinado

aos membros da

Câmara dos Deputados e do Sena-do Federal se reunissem em Assem-bléia Nacional, no dia 1 de feverei-ro de 1987, para instalação da As-sembléia Constituinte.

De fevereiro de 1987 até setem-bro de 1988 foram realizadas reu-niões pela Assembléia Constituinte formada por deputados federais e dois terços dos senadores. A elabo-ração do regime interno da Assem-bléia Constituinte determinou, entre outras medidas, o recebimento de sugestões de órgão do legislativo, de associações e de tribunais; além da realização de audiências públicas para ouvir a sociedade. Da apresen-tação das propostas à votação das novas emendas, o plenário aprovou, no dia 22 de setembro, a redação final da Constituição Federal, pro-mulgada em 5 de outubro de 1988. Nascia a Constituição da democra-cia, da igualdade social, da garantia dos direitos individuais e coletivos de todo cidadão brasileiro.

Muitas foram as inovações e avanços propostos pelo novo tex-to, mas será que, passados 20 anos, o povo brasileiro tem o que comemo-rar? Esse foi o questionamento fei-to pela OAB-ES que disponibilizou em seu site uma enquete para que os advogados e toda a sociedade capixaba opinassem sobre o tema. Entre os mais de 390 votos compu-tados, 47,07% do total opinou que a Constituição trouxe avanços, mas não garantiu a sua efetivação.

A reflexão após as duas décadas da nova Constituição também deve estar presente nas indagações acer-ca da efetividade do estado demo-crático de direito, do acesso à jus-tiça, da defesa da cidadania e dos direitos humanos, no respeito à ad-vocacia, no combate à desigualda-de social e à corrupção.

ConferênciaTodas essas questões estiveram

em discussão durante o XX Congres-so Nacional da Advocacia, realizado de 11 a 15 de novembro, em Na-tal, Rio Grande do Norte. O evento reuniu cerca de 5 mil pessoas entre advogados brasileiros e delegações de representações da advocacia de

países das Américas, Europa, Áfri-ca, Ásia e Oriente-Médio.

Presente ao evento, o presidente da OAB-ES, Antonio Augusto Gene-lhu Junior, analisou o encontro como dinâmico e bem estruturado, envol-vendo os participantes nas palestras, mesas redondas e debates em tor-no do tema central do evento - Es-tado Democrático x Estado policial - analisado sob a ótica dos 20 anos de Constituição Federal.

“Com foco nesse tema nortea-dor e de conceitos tão antagônicos, é importante ressaltar que a Ordem, em toda sua história, desempenhou um papel relevante na sustentação do estado democrático de direito. Debater esse tema em nível inter-nacional foi de extrema relevância, pois possibilitou a ampla exposição de idéias sobre os avanços e retro-cessos da Constituição, sobre o que precisa ser feito e sobre a restaura-ção de uma nação cidadã, tão en-fatizada quando a Constituição foi promulgada”, frisou Genelhu.

Durante o evento, Genelhu tam-bém presidiu um painel sobre “A fun-ção Social do Direito Civil”, no dia 12 de novembro. Também participa-ram da XX Conferência Nacional dos Advogados os conselheiros federais Gladys Jouffroy Bitran, Agesandro da Costa Pereira, Luiz Antonio de Sou-za Basílio e o diretor da ESA, Djalma Frasson, conselheiros seccionais e vá-rios advogados do Estado.

EfetividadeCabe indagar se a mudança de

homem para cidadão descrito no pronunciamento de Ulisses Guima-rães ao apresentar a nova Consti-tuição está sendo feita? Na análise do juiz aposentado João Baptista Herkenhoff há conquistas a come-morar e a maior delas, segundo ele, foi a liberdade em todos os seus desdobramentos. “Sem liberdade, decreta-se a estagnação da socie-dade. Com liberdade há sempre a possibilidade de corrigir rumos e obter avanços”, enfatizou.

Porém, quando o assunto é o acesso do povo à justiça, Herke-nhoff critica a não efetividade de conquistas advindas com a CF de

pág.8 ORDEM JURÍDICA NOVEMBRO/2008

a r t i g o

Os desafios da Constituição Federal após duas décadas: avanços ou retrocessos?

88, como as Defensoria Públicas, criadas para o direito de defesa para to-dos. “A Defensoria Públi-ca é essencial para que os pobres tenham aces-so à Justiça, mas ainda não foram asseguradas à Defensoria Pública con-dições que possibilitem a essa instituição o cumpri-mento do seu papel. Há

muito que se avançar nesta matéria”,apontou.Com vasta experiência no Judiciário ca-

pixaba, Herkenhoff também faz uma análise pessimista sobre duas década depois da ins-tituição da Carta Magna. “Acho que no Judi-ciário os avanços foram bem menores do que seria desejável. Houve ganhos sim, principal-mente no estabelecimento de jurisdições me-nos formais. Contudo, a Justiça ainda perma-nece inacessível à grande maioria do povo. O formalismo medieval permanece, as portas da Justiça ainda não foram escancaradas ao povo, como seria correto numa sociedade realmen-te democrática”.

Sobre a concretude da cidadania proposta na Constituição, Herkenhoff lembra que o Brasil tem avançado, mas ainda há muito que se cami-nhar. A aposta dele é no investimento de uma educação cidadã com a participação de vários

segmentos da sociedade. “Será necessário rea-lizar um grande programa de educação cidadã, envolvendo os meios de comunicação, as esco-las, as igrejas. Há uma absoluta predominância de programação que deseduca e embrutece o povo. Vinte anos da Constituição é momento para um debate nacional sobre os meios de comuni-cação, especialmente rádio e televisão”.

Reforma“...A Constituição certamente não é perfei-

ta. Ela própria o confessa, ao admitir a refor-ma...” lembrou Ulisses Guimarães em 1988, ao promulgar a nova Constituição. Na atualidade muito se tem discutido sobre a necessidade de uma reforma urgente na Constituição, mas além dessa percepção é preciso atentar-se para quem poderá fazê-la.

De acordo com o advogado e juiz aposenta-do João Baptista Herkenhoff, o Congresso ordi-nário não pode ter poderes para rever a Cons-tituição, como se fosse uma Assembléia Consti-tuinte, já que não é apenas um fato jurídico, mas também um fato político e social.

“Só uma Assembléia Constituinte, com am-pla participação popular, como ocorreu de 1985 a 1988, quando o debate sobre os novos rumos do Brasil antecedeu a própria reunião da Assem-bléia, tem legitimidade para exercer função cons-titucionalizadora”, expôs.

Um marco histórico para os advogados brasileiros

A XX Conferência Nacional dos Ad-

vogados está definitivamente inscrita na

história da Ordem dos Advogados do

Brasil e de toda a nossa classe. O even-

to rompeu paradigmas e inaugurou uma

nova e brilhante forma de discutir temas

de interesse nacional e local com os ad-

vogados brasileiros.

De maneira dinâmica, pujante, viva,

os advogados brasileiros puderam per-

ceber uma nova forma de tratar os as-

suntos da mais alta seriedade para o di-

reito e seus operadores, para a socieda-

de brasileira.

Nós, advogados brasileiros, pudemos

aprender e desfrutar de conhecimento

e respeito à cultura e às características

da cidade e região sede do evento; pre-

senciamos inovações nas apresentações

e outorga de medalhas.

Nas palestras, mesas redondas e de-

bates em torno do tema central não foi

diferente. O assunto, se não tratado ade-

quadamente, poderia parecer repetitivo.

Afinal, falávamos do Estado Democrático

x Estado policial, analisada sob a ótica dos

20 anos de Constituição Federal, um tema

recorrente em nossas discussões. Poderia,

mas não foi. Ao contrário, as palestras fo-

ram igualmente dinâmicas, bem organi-

zadas e com dis-

cussões de altís-

sima qualidade.

Assim, po-

demos afirmar,

categoricamen-

te: o aprendiza-

do trazido de

Natal, nos últi-

mos dias, fez au-

mentar a satisfa-

ção de ser ins-

crito na OAB e

de fazer parte,

com orgulho, de

seu corpo diri-

gente.

*Antonio Augusto Genelhu Junior, presidente da OAB-ES

Durante a solenidade de abertura da XX Con-ferência, o conselheiro federal da OAB e ex-pre-sidente da Seccional, Agesandro da Costa Pe-reira, foi homenageado com a entrega da Co-menda Rui Barbosa. O título é a premiação de maior destaque a advogados brasileiros conce-dida pelo Conselho Federal da Ordem.

Na cerimônia, antes de receber a Comen-da, Pereira foi surpreendido com a apresenta-ção de uma esquete teatral que fez uma refe-rência à sua atuação e dedicação no combate

ao crime organizado no Espírito Santo. Na en-cenação, um programa de rádio nos moldes da década de 50 mostrava o episódio de um herói que combatia o crime organizado e a corrupção instalada em seu estado.

Apesar do tom de descontração, o momen-to não deixou de prezar pela seriedade do tra-balho desenvolvido por Agesandro da Costa Pe-reira enquanto presidente da OAB-ES e acima de tudo, enquanto advogado centrado nos pi-lares da democracia, do estado democrático de direito e da cidadania.

Após a apresentação, emocionado com a ho-menagem, Pereira subiu ao palco acompanhado da sua esposa, Maria das Graças de Carvalho Pe-reira, e recebeu do secretário geral-adjunto do Conselho Federal, Zacharias Toron, a medalha e placa da Comenda Rui Barbosa. Em seu discurso de agradecimento, espaço para breves palavras de gratidão ao presidente nacional da OAB Ce-zar Britto e a todos os advogados do país.

Agesandro da Costa Pereira recebe Comenda Rui Barbosa

pág. 9NOVEMBRO/2008 ORDEM JURÍDICA

s u b s e ç õ e s

Presidente reassume em Aracruz

Após um período de afastamento por

motivos de saúde, o presidente da Sub-

seção de Aracruz, Nilson Frigini, reassu-

miu o cargo. Na ocasião do licenciamen-

to de Frigini, a presidência estava sendo

exercida pelo vice-presidente, Welling-

ton Ribeiro Vieira.

Confraternização de fim de ano

A 1ª Subseção realizou a sua festa de

confraternização de fim de ano no dia 29

de novembro. O encontro reuniu advo-

gados e familiares na Associação Recre-

ativa do Banestes, e contou com chur-

rasco, música e sorteio de brindes.

encontro

A Subseção de Colatina realizou

no dia 29 de outubro, o 12º Encontro

de Advogados do Norte. O encontro

contou com a presença do presidente

da OAB-ES, Antonio Augusto Genelhu

Junior; da presidente da Subseção de

Colatina, Gleide Maria de Melo Cris-

to; além de advogados e outras auto-

ridades locais.

Na programação do evento, foi re-

alizada uma palestra com o promo-

tor de Justiça do Ministério Público

de Minas Gerais, Lélio Braga Calhau,

que falou sobre “Criminologia”. No

encontro, também foi realizada uma

solenidade de homenagem aos ad-

vogados Aclécio Honofre Tedesco e

Tânia Lucia Dalla Zaché, em reconhe-

cimento à dedicação à advocacia e

aos relevantes serviços prestados à

sociedade.

Comissão analisará criação de Conselho

Atendendo pedido feito pelo presiden-

te da Subseção de Cariacica, Eudson dos

Santos Beiriz para instalação de um Con-

selho na Subseção, o presidente da OAB-

ES, Antonio Augusto Genelhu Junior, in-

dicou a instalação de uma Comissão Es-

pecial de Estudo Preliminar para tratar do

assunto. Os advogados indicados foram

Rafael de Anchieta Piza Pimentel, como

presidente da Comissão, Udno Zandona-

de e Elivan Junqueira Modenesi.

Curso de Direito Trabalhista

A 2ª Subseção, em Cachoeiro de Ita-

pemirim, informa que estão abertas as

inscrições para o curso de pós-gradua-

ção em Direito do Trabalho. As aulas se-

rão ministradas pela VRB Cursos, em par-

ceria com a Escola Superior de Advoca-

cia da OAB-ES.

O curso será realizado no auditório

da Subseção que está aguardando o fe-

chamento da turma para iniciar as aulas.

Mais informações com Karla, pelo tele-

fone (28) 3522-5540.

seminário A Subseção de Cachoeiro sediou no dia

18 de outubro o seminário “CEAIC de Norte

a Sul”, realizado pela Comissão Estadual de

Advogados em Início de Carreira da OAB-

ES. O encontro fechou o ciclo de palestra

com o objetivo de divulgar as ações da Co-

missão, bem como aproximar os jovens ad-

vogados do interior e a Seccional.

O encontro contou com a presença do

presidente da OAB-ES, Antonio Augusto

Genelhu Junior; do secretário geral, André

Luiz Moreira; do diretor da Caixa de Assis-

tência dos Advogados do Espírito Santo,

Carlos Magno Gonzaga Cardoso; da presi-

dente da Subseção, Maria Salomé de Frei-

tas Costa; da presidente da CEAIC, Renata

Goes Furtado; e do presidente da CEAIC de

Cachoeiro, André Luiz de Barros Laves.

Subseção de Guaçuí participa de reunião

O presidente da Subseção de Guaçuí,

Daniel Freitas Junior, participou, no dia 29

de outubro, de uma reunião com a dire-

toria da Associação Comercial, Industrial

e Serviços de Guaçuí (ACISG). Em pauta,

o planejamento de novas ações relaciona-

das a assuntos de interesse da sociedade

guaçuiense, a exemplo do manifesto rea-

lizado pela Associação no dia 11 de outu-

bro, que mobilizou a população no com-

bate à insegurança no município.

Presidenteda10ªSubseção de volta ao cargo

O presidente da Subseção de Itapemi-

rim, Mauricio dos Santos Galante, reassu-

miu a presidência da entidade no dia 6 de

outubro. O presidente estava de licença

temporária porque estava concorrendo

a cargo político nas eleições municipais,

sendo substituído, durante o afastamen-

to, pelo vice-presidente Hiuton Azevedo

Mendes de Oliveira.

Entrega de Carteiras na8ªSubseção

A Subseção de Vila Velha realizou no

dia 30 de outubro uma solenidade de en-

trega de carteiras a 11 novos profissionais.

A cerimônia contou com a presença do

presidente da 8ª Subseção, Marcus Fe-

lipe Botelho Pereira, e demais integran-

tes da diretoria.

pág.11NOVEMBRO/2008 ORDEM JURÍDICA

A Comissão de Sociedade de Advogados realizou, no dia 24 de setembro, um Workshop sobre Ma-rketing Jurídico. O evento contou com a presença do presidente da OAB-ES, Antonio Augusto Genelhu Junior, que fez a abertura da soleni-dade; dos integrantes da Comissão, Ímero Devens Junior; Udno Zando-nade; Ricardo Brum e Francisco de Assis Rodrigues de Oliveira, além de advogados.

O tema Marketing Jurídico, em debate no encontro, foi ministrado pelo escritor e consultor especialista em Marketing e Comunicação Jurídi-

ca, de Curitiba, Rodrigo Bertozzi que falou sobre o novo perfil do advoga-do. “Hoje não existe mais a idéia de advocacia do Espírito Santo, mas sim do mundo. O mercado está se globa-lizando cada dia mais, e a advocacia também. Precisamos ser executivos também e nos posicionarmos nesse mercado”, alertou.

O gerenciamento de tempo e a dedicação aplicada para a especia-lidade da área de atuação foi outro assunto abordado por Bertozzi que reforçou a qualidade e o diferencial nos serviços oferecidos pelo escri-tório. “Marketing jurídico nada tem

a ver com propa-ganda ou outdo-or. Isso não cons-trói marca. O que constrói marca é ir além dos pa-drões intelectuais já estabelecidos, porque o merca-do exige alta com-petitividade e não pode haver ama-dorismo na rela-ção com o clien-te”, concluiu.

Marketing jurídico é tema de palestra na OAB-ES

p i t o r e s c o j u d i c i á r i o

Consultas & Honorários

Na ante-sala de recepção do escritó-rio daquele advogado, estava bem à vista um quadro com o seguinte aviso:

“Não atuamos pela Assistência Jurí-dica. As ações somente serão assistidas mediante contrato de honorários. Serão cobrados pareceres escritos e/ou consul-tas verbais”.

Um cidadão foi ao escritório do ad-vogado, e lá foi mantido o seguinte di-álogo:

“Doutor, eu vi e li o aviso na sala da recepção e estou ciente que as consul-tas são pagas. E assim, em primeiro lu-gar, quero saber quanto o senhor cobra por cada consulta?”.

Advogado – “Cem reais, os quais o senhor já está devendo. E qual é a se-gunda consulta?”.

Nota do autorClidinho, ao saber do caso, apenas ho-mologou: o que é combinado não é caro, mas o que não é bem explicado sai muito caro. Sem outros comentários...

Nacyr AmmOAB/ES 720

Convênio com Acqua Clean LavanderiaA OAB-ES firmou mais um convênio que vai trazer mais praticidade ao advogado capixaba.

Trata-se da parceria com a Acqua Clean Lavanderia, que possibilitará descontos e promoções nos serviços prestados pela empresa.

O convênio também está extenso aos funcionários e estagiários inscritos na Seccional. Para usufruir dos descontos, os advogados e estagiários em dia com suas contribuições, deverão apre-sentar comprovante de vinculação à OAB-ES por meio do cartão de identidade ou carteira de es-tagiário. No caso dos funcionários basta apresentar uma declaração da Seccional ou carteira de trabalho devidamente assinada.

serviço: acqua clean Lavanderia - Bairro Novo México, Vila Velha - Telefone: 3039-3550

pág.13NOVEMBRO/2008 ORDEM JURÍDICA

ESA realiza seminário de atualização em Direito PenalA Escola de Advocacia da OAB-ES (ESA) re-

alizou entre os dias 28 e 30 de outubro, o II Se-minário de Atualização em Direito Penal e Direi-to Processual Penal. A abertura do evento con-tou com a presença do presidente da Ordem, Antonio Augusto Genelhu Junior; do diretor da ESA, Djalma Frasson, e do conselheiro da Sec-cional, Elivan Junqueira Modenesi.

Em sua fala de boas vindas aos presentes, Genelhu ressaltou o compromisso da entidade em promover cursos de aprimoramento profis-sional e da qualidade dos serviços prestados pelo advogado. “O advogado no exercício pri-vado da sua profissão presta um serviço de re-levância pública, por isso esse serviço tem que ser eficiente para que a sociedade tenha quali-dade nos serviços jurídicos”, enfatizou.

A primeira palestra da noite foi ministrada pelo procurador federal de Minas Gerais, Euge-nio Pacelli, que falou sobre “Teoria Geral da Pro-va - Alterações Relativas à Lei 11.690/08”. Em sua explanação, Pacelli fez críticas à Constituição Federal e ao Supremo Tribunal Federal; a este último denominou de “supremização” que está atropelando suas funções constitucionais.

Pacelli também denominou o processo penal brasileiro como acusatório e fez duras críticas às interceptações telefônicas usadas pela polícia e pelo Judiciário como única prática de alcançar provas de acusação. Outro ponto ressaltado foi a questão da obtenção de prova equivocada. “Todo cuidado é pouco quanto mais grave for o fato”. Críticas também foram feitas ao sistema de pro-vas brasileiro que tenta seguir o modelo ameri-cano, sendo que nem tudo se aplica aqui.

O encerramento da noite foi feita pelo ad-vogado e professor de Direito Penal e Proces-

sual Penal, Rodrigo Carlos Horta, que falou sobre “A Regulamenta-ção do Uso de Algemas (Súmula Vinculante STF)”.

Direito de DefesaO segundo dia do seminário

foi aberto pelo advogado crimi-nalista, conselheiro da OAB-ES e presidente da Comissão de Prer-rogativas, Homero Junger Mafra. Em sua palestra intitulada “O Di-reito de Defesa após a Reforma do CPP: Avanços e Retrocessos”, Ma-fra equilibrou seus comentários ex-planando alguns pontos positivos e outros negativos, em sua opinião, advindos com a reforma do Códi-go de Processo Penal.

Mafra expôs que a reforma trou-xe uma série de preocupações que devem ser discutidas, como a necessidade da celeridade processual a qualquer preço, “pas-teurizando o Direito”. “Tenho medo da audiên-cia une e célere suprimindo garantias. Medo de que, mais uma vez, se produza uma lei belíssi-ma, mas que transforme a legislação em exclu-dente”, alertou.

O conselheiro da OAB também ressaltou a falta de humanismo no processo penal, que não é puramente uma aplicação de técnicas.

Entre os avanços da reforma do CPP, citou a lei ordinária, a proibição de provas ilícitas e a mudança no interrogatório. Mafra finalizou sua apresentação lembrando aos presentes sobre a impossibilidade de se discutir processo sem dis-

cutir ética, além de chamar a atenção para a lei-tura constante da Constituição.

O Curso de Direito Penal da ESA contou ainda com palestras do advogado e professor de pós-gradução da Ufes, Vinícius Doná de Souza, que falou sobre “O Novo Procedimento do Júri”; do promotor de Justiça, Gustavo Sena Miranda, que abordou “As Alterações nos Ritos Ordinários e Sumários (Lei 11.719/08)”; e do delegado da De-legacia de Delitos de Trânsito de Vitória, Fabiano Contarato, que discorreu sobre “A (in) constitu-cionalidade da Lei 11.705/08 (Lei Seca)”.

Os alimentos arrecadados durante a inscri-ção do evento foram doados às APAE’S de Vi-tória e de Vila Velha.

Seccional investe em cursos de aprimoramento profissional

e s a

pág.14 ORDEM JURÍDICA NOVEMBRO/2008

caaesc a a e s

CAAES estuda terceirização de lojasA Caixa de Assistência dos Ad-

vogados no Espírito Santo (CA-

AES), juntamente com a Ordem

dos Advogados, está estudando

a possibilidade de promover a

terceirização de uma ou mais lo-

jas dentre as que hoje mantém

(farmácia,. livraria e ótica). O es-

tudo, que está sendo conduzido

por uma comissão bipartite, com

representantes da Caixa e da Sec-

cional ES, determinará as formas

em que se dará esta terceirização,

mantendo ou até ampliando, se

possível, os benefícios hoje ofe-

recidos aos advogados, como os

descontos em livros, medicamen-

tos e em óculos.

A decisão de avaliar a tercei-

rização se deu depois de um le-

vantamento, encomendado pela

Caixa a uma consultoria capixaba,

sob a coordenação do Professor

Justo Correa, do Departamento

de Administração da UFES.

O objetivo inicial desse traba-

lho era propor uma nova organi-

zação para a entidade, de forma a

lhe dar maior dinamismo e a con-

centrar seus esforços em suas fi-

nalidades prioritárias. Entretanto,

ao fazer o levantamento comple-

to da operacionalidade das lojas,

a consultoria levou em conside-

ração todos os custos e verificou

que há uma grande oscilação nas

vendas, e, quando há déficit, ele

tem de ser coberto pelos recur-

sos próprios da Caixa, necessários

para cumprir o papel de assistên-

cia aos advogados em situação re-

gular perante a OAB/ES.

As razões deste déficit estão,

principalmente, na forte concor-

rência enfrentada nos últimos três

anos, por parte de grandes redes

comerciais, que podem comprar

volumes consideráveis de merca-

dorias e vendê-las quase a preço

de custo.

Diante disto, a Diretoria de-

cidiu estudar a terceirização das

lojas, mas quis, neste procedi-

mento, a participação da Ordem,

para garantir toda a transparência

e colaboração na busca de resul-

tados positivos. Em função dis-

so, uma comissão foi constituí-

da e será ela a responsável pelo

aconselhamento do que fazer e

como fazer em relação às lojas,

cujas conclusões serão trazidas

ao conhecimento de toda a clas-

se dos advogados.

ConfiraobalanceteCaixadeAssistênciadosAdvogadosdoEspíritoSanto,referenteaomêsdesetembrode2008

caiXa de assistÊNcia dos advogados do espÍrito saNto - caaes (cNpj 28.414.597/0001-30)

BALANCETE PATRIMONIAL COMPARADO LEVANTADO EM 30/09/2008

DISCRIMINAÇÃO EM 31/08/2008 EM 30/09/2008

ATIVO

CIRCULANTE

DISPONÍVEL

Caixa 16.788,19 15.816,66

Bancos Conta Movimento 37.076,74 40.120,00

Bancos Conta Aplicação 364.365,33 418.230,26 449.201,20 505.137,86

REALIZÁVEL

Cheques Devolvido/Pré 32.643,88 36.983,91

Clientes/Cartões de Credito 33.798,74 32.489,83

Credito c/OAB-ES 167.030,99 167.030,99

Valores a Recuperar 1.856,58 886,15

Adiantamentos e Empréstimos 141.273,44 143.596,49

Tributos e Contr. a compensar 288,31 288,31

Estoque Merc. Farmácia/Livraria e Ótica 285.735,39 278.150,17

Estoque Mercadoria Livraria - CI 83.614,12 746.241,45 80.739,61 740.165,46

TOTAL DO CIRCULANTE 1.164.471,71 1.245.303,32

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO

Depósitos Judiciais 814,38 814,38 814,38 814,38

PERMANENTE

IMOBILIZADO

Imóveisa 108.607,95 108.806,95

Outras Imobilizações 595.702,13 595.702,13

(-) Depreciações Acumuladas 289.795,38 414.514,70 289.795,38 414.713,70

TOTAL DO ATIVO 1.579.800,79 1.660.831,40

DISCRIMINAÇÃO EM 31/08/2008 EM 30/09/2008

PASSIVO + PATRIMÔNIO LIQUIDO

CIRCULANTE

EXIGÍVEL

Fornecedores 302.504,08 315.261,49

Contas a pagar 2.171,73 2.609,67

Obrigações e encargos trabalhistas 57.512,43 57.894,59

Obrigações tributarias a recolher 3.133,31 365.321,55 4.104,44 379.870,19

TOTAL DO CIRCULANTE 365.321,55 379.870,19

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO

Ordem do Advogados do Brasil ES 1.090.570,03 1.090.570,03 1.090.570,03 1.090.570,03

PATRIMÔNIO SOCIAL

Conta Patrimonial -95.031,35 -95.031,35

Reservas de Reavaliação 40.895,86 40.895,86

Resultado Acumulados 178.044,70 123.909,21 244.526,67 190.391,18

TOTAL DO PASSIVO + PL 1.579.800,79 1.660.831,40

Vitória - ES, 30 de setembro de 2008

CARLOS MAGNO GONZAGA CARDOSO PRESIDENTE

IZAEL DE MELLO REZENDE TESOUREIRO

JM SERVIÇOS CONTÁBEIS S/S LTDA CRC-ES 2416/O-9

pág.15NOVEMBRO/2008 ORDEM JURÍDICA

p r e s t a N d o c o N t a s

A OAB-ES solicita aos profissionais que possuem registro na entidade, que atualizem os dados cadastrais. Lembra ainda que, no caso de não exercício da profissão, é preciso cancelar o registro, só assim o profissional ficará desencubido de pagamento

da anuidade. Caso não haja pedido de cancelamento continuarão sendo cobradas, regularmente, as anuidades, e os acréscimos relativos à inadimplên-cia, já que o nome do advogado constará nos registros da Seccional como ativo. PrOCurE A SECCiOnAL E AtuALizE SEuS dAdOS. LiguE 3232-5600.

AdVOgAdO:

DISCRIMINAÇÃO EM 31/12/2007 EM 31/08/20081-RECEITAS1.1-RECEITAS ORDINÁRIAS1.1.1-Contribuições Ordinárias 4.161.894,61 3.642.705,16 1.1.2-Juros e Multas s/Anuidades 181.634,59 83.074,27 1.1.3-Multas 160.661,59 -

4.504.190,79 3.725.779,43 1.2-RECEITA PATRIMONIAL1.2.1-Aplicações Financeiras 211.863,20 146.200,91

1.3-ESCOLA SUPERIOR DE ADVOCACIA1.3.1-Inscrições 55.920,01 250.618,50 1.3.2-Locação Auditório 20.800,00 76.720,01 16.239,32 266.857,82

1.4 - RECEITAS S/SERVIÇOS DIVERSOS1.4.1-Serviços Prestados 413.860,88 270.270,69 1.4.2-Multas de Eleições - 14.164,20 284.434,89 TOTAL DAS RECEITAS 5.206.634,88 4.423.273,05

2-DESPESAS2.2-DESPESAS ORDINÁRIAS2.2.1-Serviços, encargos e materiais Seccional 1.216.105,19 1.072.701,61 2.2.2-Serviços, encargos e materiais Subseções 373.777,76 146.904,55 2.2.3-Gastos com pessoal Seccional 1.361.482,04 1.013.550,18 2.2.4-Gastos com pessoal Subseções 384.007,76 270.643,90 2.2.5-Financeiras 83.099,19 74.688,37 2.2.6-Tributárias 403,92 7.011,84 2.2.7-Associações de Classe 25.603,75 10.400,00 2.2.8-Depreciações 266.708,31 - TOTAL DAS DESPESAS 3.711.187,92 2.595.900,45 RESULTADO OPERACIONAL 1.495.446,96 1.827.372,60

1.5 - RECEITAS NÃO OPERACIONAIS1.5.1 - Doações e Auxílios Financeiros 689.332,92 12.880,00

689.332,92 12.880,00

RECEITA EXTRA ORÇAMENTÁRIA 689.332,92 12.880,00

SUPERÁVIT DO EXERCÍCIO 2.184.779,88 1.840.252,60

REPASSE ESTATUTÁRIO 1.968.342,54 1.304.022,80 RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIODÉFICIT DO EXERCÍCIO APÓS REPASSERESULTADO DO EXERCÍCIO APÓS REPASSE 216.437,34 536.229,80

Vitória - ES, 31 de agosto de 2008

DR. ANTONIO AUGUSTO GENELHU JUNIORPRESIDENTE

DRª. MARCIA MARIA DE ARAUJO ABREUTESOUREIRA

JORGE MESQUITA RIBEIROCONTADOR CRC - ES 8708/O3

Seccional divulga novo balanceteNesta edição, o Ordem Jurídica divulga o balancete financeiro da OAB-ES, referente ao mês de agosto de 2008. Veja os números.

DISCRIMINAÇÃO EM 31/12/2007 EM 31/08/2008

ATIVOCIRCULANTE 8.489.216,56 11.254.141,71 DISPONÍVEL 1.497.871,45 2.084.452,72 Caixa 3.002,87 2.152,73 Valores com Subseções 295,71 295,71 Bancos Conta Movimento 100.561,34 229.796,35 Bancos Conta Aplicação 1.394.011,53 1.852.207,93

REALIZÁVEL 6.991.345,11 9.169.688,99 Anuidades a Receber 2008 - 2.760.577,25 Anuidades a Receber 2001 a 2007 6.132.253,02 5.480.971,66 Renegociações a Receber 807.521,38 853.588,97 Adiantamentos para Subseções 41.568,42 64.933,41 Creditos a Recuperar 4.410,84 1.493,41 Debitos a Identificar 5.591,45 8.124,29

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 3.440.592,42 3.248.919,28 Anuidades a Receber - Dívida Ativa 2.186.421,50 2.078.193,66 Cheques em Cobrança 81.246,14 80.155,59 Adiantamentos de Repasses Estatutários 1.172.924,78 1.090.570,03

PERMANENTE 2.552.907,08 2.745.410,36 IMOBILIZADO 2.552.907,08 2.745.410,36 Imóveis 2.297.904,53 2.301.154,53 Terrenos 740,00 740,00 Outras Imobilizações 1.685.356,50 1.855.003,94 Obras em Andamento - 19.605,84 (-) Depreciações Acumuladas (1.431.093,95) (1.431.093,95)

TOTAL DO ATIVO 14.482.716,06 17.248.471,35

BALANÇOPATRIMONIALCOMPARADOLEVANTADOEM31/08/2008

DISCRIMINAÇÃO EM 31/12/2007 EM 31/08/2008

PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO CIRCULANTE 435.305,97 617.695,82OBRIGAÇÕES A PAGAR 123.382,46 155.396,51IRRF/CSLL/PIS/COFINS/ISS a recolher 43,80 43,80 Honorários de Sucumbência 935,20 745,53 Créditos a Identificar - Tesouraria 1.007,46 1.007,46 Créditos Anuidades a Restituir 5.526,02 6.731,70 Créditos a Identificar 115.869,98 146.868,02

OBRIGAÇÕES ESTATUTÁRIAS 311.923,51 462.299,31 Conselho Federal 79.594,15 149.692,96 Caixa de Assistência dos Advogados 154.522,58 178.196,88 Fundo Cultural 77.806,78 104.470,72 Fida - 29.938,75

RECEITAS A REALIZAR 9.126.195,90 11.173.331,54 Receitas de Anuidades - 2008 - 2.760.577,25 Receitas de Anuidades - 2001 a 2007 6.132.253,02 5.480.971,66 Receitas de Renegociações 807.521,38 853.588,97 Receitas de Dívida Ativa 2.186.421,50 2.078.193,66

PATRIMÔNIO SOCIAL 4.921.214,19 5.457.443,99 Conta Patrimonial 4.419.092,07 4.419.092,07 Superávit de Exercícios Anteriores 285.684,78 502.122,12 Resultado do Exercício 216.437,34 536.229,80

TOTAL DO PASSIVO + PL 14.482.716,06 17.248.471,35

Vitória - ES, 31 de agosto de 2008

DR. ANTONIO AUGUSTO GENELHU JUNIORPRESIDENTE

DRª. MARCIA MARIA DE ARAUJO ABREUTESOUREIRA

JORGE MESQUITA RIBEIROCONTADOR CRC - ES 8708/03

DEMONSTRAÇÃODERESULTADOAPURADOEM31/08/2008 REPASSE

DISCRIMINAÇÃO EM 2007 EM 2008

RECEITAS ORDINARIAS 4.504.190,79 3.725.779,43

1-REPASSES ESTATUTÁRIOS

Conselho Federal da OAB

10% Receitas Ordinárias 675.628,62 372.577,94

2-PRÊMIOS ESTUDOS JURÍDICOS

03% Receitas Ordinárias 225.209,54 111.773,38

3-CAIXA DE ASSISTÊNCIA DOS ADVOGADOS

20% Receitas Ordinarias 745.155,89

1.067.504,38

4-FIDA

02% Receitas Ordinárias

36.524,39

4-TOTAL DA DISTRIBUIÇÃO 1.968.342,54 1.304.022,80

5-RESULTADO APÓS A DISTRIBUIÇÃO LEGAL 216.437,34 536.229,80

Vitória - ES, 31 de agosto de 2008

DR. ANTONIO AUGUSTO GENELHU JUNIORPRESIDENTE

DRª. MARCIA MARIA DE ARAUJO ABREUTESOUREIRA

JORGE MESQUITA RIBEIROCONTADOR CRC - ES 8708/O3

pág.16 ORDEM JURÍDICA NOVEMBRO/2008