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Ordenamento Territorial - Uma análise crítica Grasiela Rodrigues Engenheira Ambiental | Msc. Engenharia da Energia 08 de agosto de 2011. Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais INPE Programa de Pós-Graduação em Ciências do Sistema Terrestre PGCST Disciplina Padrões e Processos em Uso e Cobertura da Terra Profa.: Dra. Isabel Escada

Ordenamento Territorial - Uma análise crítica Ordenamento Territorial - Uma análise crítica Grasiela Rodrigues Engenheira Ambiental | Msc. Engenharia da Energia 08 de agosto de

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Page 1: Ordenamento Territorial - Uma análise crítica Ordenamento Territorial - Uma análise crítica Grasiela Rodrigues Engenheira Ambiental | Msc. Engenharia da Energia 08 de agosto de

Ordenamento Territorial - Uma análise crítica

Grasiela Rodrigues

Engenheira Ambiental | Msc. Engenharia da Energia

08 de agosto de 2011.

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE

Programa de Pós-Graduação em Ciências do Sistema Terrestre – PGCST

Disciplina – Padrões e Processos em Uso e Cobertura da Terra

Profa.: Dra. Isabel Escada

Page 2: Ordenamento Territorial - Uma análise crítica Ordenamento Territorial - Uma análise crítica Grasiela Rodrigues Engenheira Ambiental | Msc. Engenharia da Energia 08 de agosto de

─ Introdução ao tema;

─Apresentação dos

trabalhos escolhidos e

breve caracterização de

cada um;

─Crítica – aspectos

relevantes;

─Conclusões.

Estrutura da Apresentação

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─ Ordenamento territorial

─ Atores envolvidos:

Ex.: Agronegócio; Pequeno Produtor Rural Ambientalistas, Pessoas objetos da Mobilidade Populacional para grandes centros urbanos (Hogan, 2005), etc.

─ Zoneamento é a linha mestra (Silva e Santos, 2004).

─ Zoneamento é a ferramenta para buscar o Ordenamento Territorial.

─ É possível conseguir ordenar o território de forma que atenda os interesses de classes tão distintas?

─ Como?

Introdução

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1. Medeiros, José Simeão de. (1999)

— Tese.

— Objetivo: desenvolver um método que contribua com o Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE’s) através do desenvolvimento de um instrumento auxiliar para gestão do território.

• Zoneamento Ecológico Econômico: abordagem ecológica e econômica.

— Principais características:

a) Trabalho destinado a usuários em vários níveis de conhecimento;

b) Ponto positivo na escolha: trabalho referência para o assunto.

c) Para a elaboração desta análise é um trabalho bem extenso, deixando de fora algumas abordagens relevantes, portanto não permite que seja mostrada a potencialidade da metodologia proposta.

http://www.dpi.inpe.br/dpi/teses/simeao/

Trabalhos escolhidos

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Medeiros (1999) • “sob a ótica do desenvolvimento sustentável, deverá ser

compatível, ao longo do tempo, com a produtividade econômica tanto coma melhoria da qualidade de vida das populações, quanto com a preservação ambiental”;

• Abordagens: Governo Federal e estratégias que viabilizem o planejamento da ocupação e a recuperação dos espaços do território nacional;

– Exemplos: • Projeto RADAM (alto nível de generalizações);

• Mapa do Zoneamento das Potencialidades dos Recursos Naturais da Amazônia Legal (ZOPOT) – 1:2.500.000 (mostra os usos dos grandes espaços amazônicos);

• Zoneamento Sócio-Econômico-Ecológico em Rondônia;

• Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro – PNGC;

• INPE – Projeto MAVALE (Macrozoneamento do Vale do Paraíba e Litoral Norte do Estado de São Paulo);

• Projetos de Zoneamento conduzidos pelo IBGE (uso de informações sociais).

• Zoneamentos específicos são reducionistas;

• Multidisciplinaridade Plena (entendimentos parciais).

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Medeiros (1999)

Rio Fresco

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Etapas da Metodologia de Medeiros (1999) – p. 106 7

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Etapas da Metodologia do PZEEAL – p. 107 (Programa de Zoneamento Ecológico-Econômico da Amazônia Legal)

Informações do Meio Físico

(Crepani et al., 1996)

Informações Sócio-

Econômicas

(Becker e Eagler,

1996)

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2. Silva, João dos Santos Vila da; Santos, Rozely

Ferreira dos. (2004)

— Artigo: Cadernos de Ciência e Tecnologia, Brasília, v. 21, n. 2,

p. 221-263, mai/ago.

— Principais características:

a) Artigo Síntese;

b) Artigo Crítico.

http://seer.sct.embrapa.br/index.php/cct/article/view/8710/4894

Pesquisador EMBRAPA Informática Agropecuária

Planejamento e Desenvolvimento Rural Sustentável

Pesquisados da UNICAMP – Faculdade de

Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo

Trabalhos escolhidos

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Silva e Santos (2004) • Zoneamento é feito de forma subjetiva.

• Na maioria das vezes não existem quantitativos, somente critério qualitativos;

• Necessidade de se identificar zonas à partir da seleção de variáveis ambientais mapeáveis;

• Exemplos de tipos de Zoneamentos em vigor no Brasil.

• Conceitua – Planejamento Ambiental

– Zoneamento Ambiental

• Aborda: – SIG como Instrumento para Zoneamento

– Técnicas: Booleanas e Multivariadas.

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3. Palmeira, Alessandro Ferraz; Crepani, Edison; Medeiros, José Simeão de. (2005)

─ Exemplo de aplicação de técnicas.

─ Objetivos: “...este trabalho tem como objetivo estudar de forma integrada os diversos

componentes ambientais (geologia, geomorfologia, pedologia, clima, vegetação e uso da terra) do município de Paragominas (Estado do Pará), de modo a indicar áreas potenciais à recuperação, preservação e uso. Este procedimento visa orientar um melhor planejamento estratégico para o município, utilizando os dados de Sensoriamento Remoto e técnicas de Geoprocessamento.

http://seer.sct.embrapa.br/index.php/cct/article/view/8710/4894

Trabalhos escolhidos

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• Proposta de um ordenamento territorial

• Os resultados são:

Palmeira, Alessandro Ferraz; Crepani, Edison;

Medeiros, José Simeão de. (2005)

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Page 13: Ordenamento Territorial - Uma análise crítica Ordenamento Territorial - Uma análise crítica Grasiela Rodrigues Engenheira Ambiental | Msc. Engenharia da Energia 08 de agosto de

– Geografia é a ciência potencial para a integração das diversas disciplinas??? (Medeiros, 1999)

– Medeiros (1999) utiliza o termo “tecnologias de apoio à gestão do território”, o que é oportuno.

– Proposta de Medeiros (1999) não possui autoria multidisciplinar (tese), porém aborda conceitos multidisciplinares com sucesso (levantamentos in situ, dados do IBGE), etc.

– O termo “ordenamento territorial” é utilizado sem critério (Palmeira et al., 2005).

– Freqüentes os trabalhos que falam em ordenamento territorial e não envolvem questões sociais (Palmeira et al., 2005).

– “Zoneamento Ambiental” é um termo correto???

• Ambiente: biótico e abiótico, por definição.

• Zoneamento Ambiental = “Zoneamento da Paisagem” é o que mais se aproxima do Ordenamento Territorial.

– ZEE’s foram criados para fundamentar a atuação política sobre o meio ambiente, como não inserir o social?

– Rede de drenagem utilizada? (Palmeira, 2005)

Questões relevantes que permeiam estes trabalhos

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– Medeiros (1999) insere no contexto de ordenamento territorial um

método muito consistente, mas e a aplicabilidade?

– E as escalas trabalhadas? Auxiliam como instrumento político?

Instrumentos Regionais possuem aplicabilidade (legislação)?

– Nenhum dos 2 trabalhos citam os Planos Diretores Municipais

(Estatuto da Cidade, Lei Federal, nº. 10.257, de 10 de julho de 2001)

• Escala de trabalho – Local.

• Aplicabilidade mais urbana, mas se estende a toda área do município;

• Detalhamento na coleta de dados, validação de resultados e, efetivamente,

servem como instrumentos para política pública;

• Acreditamos que mais se aproximou, no Brasil, de Ordenamento Territorial é

a contribuição da lei que obriga a elaboração dos Planos Diretores

Municipais;

• Desvantagem: preço por serem elaborados por equipes multidisciplinares

que, na maioria das vezes são provadas.

Questões relevantes que permeiam estes trabalhos

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• Conseguir, de fato, ordenar o território, não é tarefa fácil e,

“aparentemente”, ainda não foi conseguido.

• Alguns trabalhos possuem métodos bastante eficientes,

os quais devem ser estendidos para escala local;

• Zoneamento é a ferramenta que liga a questão dos

conflitos e má gestão da terra e dos seus recursos ao

ordenamento territorial;

• A leitura de um trabalho técnico pode ter vários enfoques:

somente busca por informação e análise crítica, as quais

não devem ser separadas.

Conclusões

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