10
Organização e espacialização das autorizações ambientais para desmatamento emitidas pelo IMAP em Mato Grosso do Sul Mauricio Stefanes 1 Rachel Rabello Soriani 1 Letícia Azevedo Souza 1 Ricardo Castro Teixeira 1 Eymard Ferreira 1 Antonio Conceição Paranhos Filho 2 1 Instituto Meio Ambiente Pantanal - IMAP Rua Desembargador Leão s/n Pque dos Poderes Campo Grande - MS, Brasil [email protected] 2 Departamento de Hidráulica e Transportes - CCET Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS Cx. Postal 549 - Cidade Universitária Campo Grande - MS, Brasil [email protected] Resumo. Neste trabalho é apresentada a descrição do processo de recuperação, interpretação e digitalização das autorizações ambientais para desmatamento emitidas pelo Instituto de Meio Ambiente Pantanal – IMAP ao longo dos anos de 2000 a 2005. Para as autorizações de 2000 a 2003 foram quantificadas as áreas autorizadas por município. Para as autorizações de 2004 e 2005 foram quantificadas as áreas autorizadas por município, separadas por bacia hidrográficas e estruturadas em banco de dados relacional do Arc View 3.2, Esri (1998), onde foi possível correlacionar, espacialmente, o tema desmatamento a outros temas cartográficos, imprescindíveis para tomada de decisões. Palavras-chave: autorização de desmatamento, espacialização e banco de dados.

Organização e espacialização das autorizações ambientais ...mtc-m16b.sid.inpe.br/col/sid.inpe.br/mtc-m17@80/2006/12.11.17.19/doc/p59.pdf · Por isso foi necessário um trabalho

  • Upload
    others

  • View
    2

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Organização e espacialização das autorizações ambientais para desmatamento emitidas pelo IMAP em Mato Grosso do Sul

Mauricio Stefanes 1

Rachel Rabello Soriani 1 Letícia Azevedo Souza1

Ricardo Castro Teixeira 1 Eymard Ferreira 1

Antonio Conceição Paranhos Filho2

1 Instituto Meio Ambiente Pantanal - IMAP Rua Desembargador Leão s/n Pque dos Poderes

Campo Grande - MS, Brasil [email protected]

2 Departamento de Hidráulica e Transportes - CCET

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS Cx. Postal 549 - Cidade Universitária

Campo Grande - MS, Brasil [email protected]

Resumo. Neste trabalho é apresentada a descrição do processo de recuperação, interpretação e digitalização das autorizações ambientais para desmatamento emitidas pelo Instituto de Meio Ambiente Pantanal – IMAP ao longo dos anos de 2000 a 2005. Para as autorizações de 2000 a 2003 foram quantificadas as áreas autorizadas por município. Para as autorizações de 2004 e 2005 foram quantificadas as áreas autorizadas por município, separadas por bacia hidrográficas e estruturadas em banco de dados relacional do Arc View 3.2, Esri (1998), onde foi possível correlacionar, espacialmente, o tema desmatamento a outros temas cartográficos, imprescindíveis para tomada de decisões.

Palavras-chave: autorização de desmatamento, espacialização e banco de dados.

suzi
Text Box
Anais 1º Simpósio de Geotecnologias no Pantanal, Campo Grande, Brasil, 11-15 novembro 2006, Embrapa Informática Agropecuária/INPE, p.549-558.
suzi
Text Box
549

Abstract. This work presents the description of the process of recovering, interpretation and digitizing of environmental authorizations for deforesting emitted by the Pantanal Environment Institute - IMAP during 2000 to 2005. For 2000 o 2003’s authorizations, it has been quantified the amount of authorized areas in each municipality. For 2004 to 2005’s authorizations, it has been quantified the amount of authorized areas in each municipality, according its hydrographic basin and structured in an Arc View 3.2 Esri (1998), relational data bank, where it has been possible to correlate spatially the deforesting theme to others cartographic themes, necessary to take decisions. Key-words: deforesting authorization, spatial analisys, data bank.

1. Introdução O Instituto de Meio Ambiente Pantanal - IMAP é o órgão estadual responsável pela emissão de autorização e licenciamento ambiental em Mato grosso do Sul e como tal emite anualmente, por meio de gerências específicas, milhares de autorizações ambientais diversas.

Várias autorizações são emitidas através de um cadastro em banco de dados Microsoft Access (Microsoft, 2000). A Gerência de Recursos Florestais, por exemplo, entre outros tipos, emite autorização ambiental para supressão vegetal, conforme preceitos do Código Florestal Brasileiro, Brasil (1965). A partir do ano de 2000 iniciou-se a cadastramento desta atividade em banco de dados Access, onde, porém, não foram cadastradas coordenadas geográficas referentes a área do projeto de desmatamento.

O cadastramento das coordenadas de localização da atividade pretendida (desmatamento) é um elemento muito valioso no monitoramento do uso do solo em Mato Grosso do Sul, Brasil (2002). Nesse intuito a Unidade de Geoprocessamento do IMAP/MS iniciou um processo de resgate e conversão de dados para estruturação de um banco de dados relacional, capaz de responder algumas das necessidades do órgão ambiental. Quando então a partir de 2004 e 2005 foram cadastradas e georreferenciadas as autorizações ambientais para desmate, emitidas pelo IMAP/MS.

2. Objetivo Resgatar e converter para formato digital os dados das autorizações ambientais de desmatamento ao longo dos anos de 2000 a 2005, estruturando em um em banco de dados relacional as informações de 2004 e 2005.

3. Material e Método Inicialmente os cadastros digitais dos anos de 2000 a 2003 das autorizações ambientais, arquivados em banco de dados Microsoft Access, Microsoft (2000), da Gerência de Recursos Florestais (GRF), do Instituto de Meio Ambiente Pantanal - IMAP, foram exportados para Microsoft Excel, Microsoft (2002), donde foram gerados gráficos dos quantitativos de área autorizada para desmate, em relação aos municípios e, percentualmente, ao seu território.

De posse das fichas cadastrais analógicas das autorizações ambientais, de 2004 e 2005, foi possível separar as autorizações para desmate dentre as diversas atividades. Após analisar as fichas e planilhas de controle, requisitadas junto a Gerência de Recursos Florestais, a equipe de trabalho elegeu as informações que deveriam constar no cadastro digital.

Foram quantificadas também as áreas autorizadas para desmate em relação as bacias hidrográficas de Mato Grosso do Sul, ou seja as bacias do Rio Paraná e Paraguai.

As coordenadas geográficas apresentadas nas fichas cadastrais e mesmo nos processos, apresentavam-se sem um padrão definido, sem a descrição do datum de referência, ou com inversão das latitudes por longitudes, ou ainda coordenadas inexistentes para Mato Grosso do Sul. Por isso foi necessário um trabalho de ajustamento e conversão das coordenadas que constavam originalmente no requerimento do proponente, sendo que muitas delas tiveram que

suzi
Text Box
Anais 1º Simpósio de Geotecnologias no Pantanal, Campo Grande, Brasil, 11-15 novembro 2006, Embrapa Informática Agropecuária/INPE, p.549-558.
suzi
Text Box
550

ser descartadas. No caso em que as coordenadas foram inutilizadas, as mesmas foram substituídas pelas coordenadas da sede (área urbana) do município. Pelo exposto segue, nas Figuras 1 e 2, os mapas com os limites das coordenas (geodésicas e planas respectivamente) utilizados na orientação e conversão das coordenadas:

Figura 1: Sistema de coordenadas geodésicas em Mato Grosso do Sul (Limite das coordenadas geográficas que representam a curvatura do planeta).

Figura 2: Sistema de coordenadas UTM (coordenadas planas) em Mato Grosso do Sul

Na Figura 3 está representado o sistema geodésico em relação ao sistema UTM em Mato Grosso do Sul. Esta correlação foi imprescindível para o processo de conversão das coordenadas extraídas dos processos.

Figura 3: Sobreposição dos Sistemas de coordenadas UTM (coordenadas métricas) e Geodésicas (lat/long) em Mato Grosso do Sul

suzi
Text Box
Anais 1º Simpósio de Geotecnologias no Pantanal, Campo Grande, Brasil, 11-15 novembro 2006, Embrapa Informática Agropecuária/INPE, p.549-558.
suzi
Text Box
551

Seguindo, portanto, estas orientações cartográficas, elaborou-se o seguinte procedimento

de digitalização adotado neste trabalho: 1) Renomear o arquivo modelo (substituir "modelo" pelo nome do digitador) o que facilita eventuais correções. 2) Digitar tudo em caixa alta, sem acentuar; para que na transformação de formato (xls do Excel para dbf4 - dBASEIV; do ArcView 3.2) os caracteres não sejam corrompidos. 3) Nas colunas X e Y digitar coordenadas planas (X=E= nº menor; Y=N= nº maior) em números inteiros, sem espaços, sem separador de milhar. 4) Na conversão de coordenadas geodésicas para planas no Erdas Imagine 8.6, Erdas (2002), através da ferramenta Coodinate Calculator, acessada no menu Tools, foram realizadas as conversões, bastando definir as referências cartográficas de entrada (input) e de saída (output) de cada par de coordenadas a serem convertidas conforme a seguir: - Coordenada de ORIGEM = Geographic (lat/long) e WGS 84 - Coordenada de SAÍDA = UTM ; South American 1969 e SAD 69(Brasil) - Ao digitar as coordenadas geodésicas = sinal de menos, graus, espaço, minutos, espaço, segundos. Quando houver casas decimais na coordenada de origem, usar ponto como separador. Ex: -55 43 15.3 para 55º 43’ 15,3” S. 5) Abreviar as palavras: Fazenda = FAZ; Assentamento = P.A; Chácara = CHAC; 7) Na coluna N_PROCESSO, se numeração SGI (sistema antigo de controle de processos no IMAP) digitar conforme esquema a seguir: xx/xxxx/xxx; se numeração CÉRBERUS (sistema novo de controle e gerenciamento de processos no IMAP)=digitar só até primeira barra (xxx/xxxx). 6) Na coluna ANO_CONCLU, digitar o ano em que se deu a assinatura da licença. 7) Na coluna MES_CONCLU, digitar o nº correspondente ao mês de assinatura da licença. 8) Na coluna MAT_LENm3, quando não houver material lenhoso digitar 0 (zero). 9) Na coluna VALIDADE, acrescentar à data de assinatura da licença, o período de validade informado na mesma. Ex: Se a assinatura foi em 10/10/2005 e o período de validade é de dois anos, a VALIDADE será 10/10/2007.

Após a digitalização, foi realizada a conversão do formato xls do Excel para dbf4 (dBASEIV), compatível com o Arc View 3.2, Esri, (1998) que foi o sistema de informação geográfica - SIG adotado. Portanto, no Excel, através do menu Arquivo>salvar como foi nomeado o arquivo e salvo com a extensão dbf4 (dBASEIV). No Arc View a tabela com extensão dbf 4 é adicionada em um novo projeto (new Project) e no ícone Tables faz-se a adição no botão Add, selecionando-se o arquivo dbf4. Em uma nova janela de visualização do SIG, no menu principal, escolhe-se o botão View>Add Event Theme. Nessa fase já é possível visualizar espacialmente os dados na forma gráfica e acessar a tabela de atributos. Entretanto, foi necessário ainda converter os dados para a extensão shapefile (shp). Para isto, no menu principal da janela de visualização (View), através do botão Theme>convert to shapfile faz-se a conversão e adiciona-se ao projeto criado no SIG.

Os pontos visualizados na forma gráfica representam seu referencial espacial e podem ser visualizados a analisados conjuntamente a outras informações vetoriais do tipo polígonos, para áreas municipais, por exemplo, linhas para os rios e estradas, ou mesmo dados do tipo raster (matricial) para as imagens de satélites.

Foi concluído o cadastro dos processos em planilhas Excel, Microsoft (2002) das autorizações ambientais de licenciamento de supressão vegetal do ano de 2004 e 2005, os quais foram convertidos para o formato shp (shapefile) do software Arc View, Esri (1998).

Os dados das autorizações dos anos de 2000, 2001, 2002 e 2003 encontram-se numa base de dados em Access, Microsoft (2000) do IMAP, mas sem coordenadas geográficas de

suzi
Text Box
Anais 1º Simpósio de Geotecnologias no Pantanal, Campo Grande, Brasil, 11-15 novembro 2006, Embrapa Informática Agropecuária/INPE, p.549-558.
suzi
Text Box
552

referência e por isso não foram inseridas na base de dados georreferenciada no software Arc View do IMAP.

4. Resultado e Discussão A seguir, na Figura 4 são apresentados por meio de gráficos, os quantitativos das áreas autorizadas para desmate dos seis anos analisados e para cada ano compreendido entre 2000 e 2005.

Figura 4: Autorizações para desmatamento em Mato Grosso do Sul no período compreendido entre 2000 a 2005, emitidas exclusivamente pelo IMAP/MS.

Para os seis anos monitorados, observou-se um aumento progressivo das autorizações de 2000 até 2003, quando o valor total atingiu 227.557,2 mil hectares autorizados para desmate. Sendo que em 2004 houve uma redução para 171.273,62 mil hectares, seguida de nova redução em 2005, quando foram autorizados para desmate 132.437,69 mil hectares em Mato Grosso do Sul.

Na análise do desmatamento autorizado, nota-se que a dinâmica da supressão vegetal varia para cada município. Sendo que os municípios que lideram o ranking do desmatamento, em valores absolutos, seguem um padrão de aumento e posterior redução para os seis anos monitorados. Cabe observar que essa variação em 2003 é coincidente com o aumento da produção agropecuária apresentado naquele mesmo ano, Mato Grosso do Sul (2003).

A Secretaria de Estado de Planejamento e de Ciência e Tecnologia - SEPLANCT apresentou um diagnóstico do perfil socioeconômico do Estado em 2003, Mato Grosso do Sul (2003). Comparando-se tal perfil entre as microrregiões do Estado, nota-se diferenças consideráveis entre os indicadores da socioeconomia, de onde é possível inferir e correlacionar as diferenças no histórico da ocupação antrópica (leia-se desmatamento) entre uma e outra bacia. Assim, era esperado que a dinâmica do desmatamento tivesse ocorrido de forma diferente ao longo da história da antropização das bacias comparadas.

Na Figura 5, em separado para os anos de 2004 e 2005, é apresentado o quantitativo em hectares autorizados para as duas bacias. É possível se observar uma maior solicitação de supressão de vegetação arbórea na bacia hidrográfica do rio Paraguai. Na bacia do rio Paraná existem poucos remanescentes vegetativos passíveis de desmate na forma da Lei. Ou seja,

suzi
Text Box
Anais 1º Simpósio de Geotecnologias no Pantanal, Campo Grande, Brasil, 11-15 novembro 2006, Embrapa Informática Agropecuária/INPE, p.549-558.
suzi
Text Box
553

esta bacia já está consideravelmente antropizada. Em relação à bacia do rio Paraguai, o aumento do desmatamento esta substanciada na política de desenvolvimento em curso, que visa ampliar as fronteiras do agronegócio. O aumento da produtividade primária em 2003, Mato Grosso do Sul (2003) foi acompanhado pela conversão de novas áreas para a produção conforme demonstrado no diagnóstico realizado pela SEPLANCT.

Na Figura 6 a seguir estão plotados os quantitativos do desmatamento autorizado em valores absolutos e por municípios na bacia do Paraguai em 2004.

Figura 5: Autorização de desmatamento no Estado no ano de 2004 e 2005 separado pelas duas bacias hidrográficas de Mato Grosso do Sul.

Figura 6: Autorização de desmatamento na Bacia do Rio Paraguai em 2004 destacadas em ordem decrescente por município.

O caso demonstrado na Figura 6 trata de valores absolutos, onde os municípios de grandes extensões territoriais, por possuírem muita área passível para antropização,

suzi
Text Box
Anais 1º Simpósio de Geotecnologias no Pantanal, Campo Grande, Brasil, 11-15 novembro 2006, Embrapa Informática Agropecuária/INPE, p.549-558.
suzi
Text Box
554

0,0000

5.000,0000

10.000,0000

15.000,0000

20.000,0000

25.000,0000

30.000,0000

2000 2001 2002 2003 2004 2005Ano

ha

Corumba

Aquidauana

Porto Murtinho

apresentam maior área autorizada para desmate. Por isso é realizada também uma analise relativa ao território do município. Na Figura 7 o ranking é apresentado em valores percentuais, conforme demonstrado no gráfico a seguir.

Assim, o Município de Corumbá que em valores absolutos liderava o ranking do desmatamento em 2004, quando relacionado ao seu território apresentou umas da ultimas posições porque a área deste município e muito grande. O Município de Bonito que em valores absolutos estava na quinta posição, quando considerado sua área territorial passou a ser o campeão do desmatamento em 2004.

Figura 7: Relação percentual entre área dos municípios e área autorizada para desmatamento em 2004 na bacia do Paraguai destacadas em ordem decrescente e por município

A somatória da área autorizada para desmate em todo o território estadual a cada ano é também observada na análise por município, que em geral apresentam um aumento em 2003.

Na Figura 8 tem-se um exemplo da evolução das autorizações de desmatamento em três municípios da bacia hidrográfica do Rio Paraguai.

Figura 8: Dinâmica das autorizações para desmate para os municípios de Corumbá, Aquidauana e Porto Murtinho.

suzi
Text Box
Anais 1º Simpósio de Geotecnologias no Pantanal, Campo Grande, Brasil, 11-15 novembro 2006, Embrapa Informática Agropecuária/INPE, p.549-558.
suzi
Text Box
555

A distribuição espacial destes dados pode ser observada na Figura 9, onde tem-se um exemplo da relação geográfica de uma solicitação de desmate e os dados alfanuméricos de sua respectiva autorização, que são apresentados em uma janela sobreposta ao desenho gráfico.

Figura 9: Mapa dos pontos de desmatamento autorizados pelo IMAP no ano de 2004. No lado esquerdo da figura tem-se a tabela de atributos com informações textuais da fazenda Ipanema (ponto preto) em Corumbá, onde foi autorizado um desmatamento em 2004. Nesta tabela consta a área autorizada, o nome do proprietário e demais informações pertinentes ao licenciamento.

Ainda na Figura 9, estão plotadas as coordenadas geográficas das 1.028 autorizações de desmatamento de 2004, ao longo de todo o território de Mato Grosso do Sul.

Os pontos apresentados pelo requerente podem estar localizado na área do projeto (lugar efetivo do desmate pretendido), junto a sede da propriedade ou mesmo junto a porteira de entrada da propriedade onde situa-se o projeto.

Outros dados podem ser analisados concomitantemente aos pontos geográficos das solicitações de desmate. Na Figura 10 a janela de visualização do Arc View 3.2, Esri (1998) está composta com várias camadas (layers) de informações, sobre as quais estão maximizadas as tabelas do banco relacional (atributos) dos pontos de desmatamentos autorizados em 2004 e 2005.

De forma dinâmica é possível gerar subprodutos das informações apresentadas uma vez que todos os dados estão georreferenciados para um mesmo sistema de coordenadas e datum.

É comum a geração de novas informações por meio dos diferentes processos de álgebras de mapas.

suzi
Text Box
Anais 1º Simpósio de Geotecnologias no Pantanal, Campo Grande, Brasil, 11-15 novembro 2006, Embrapa Informática Agropecuária/INPE, p.549-558.
suzi
Text Box
556

Figura 10: Janela de visualização do Arc View 3.2, Esri (1998) com diversos níveis de informação, que inclui as autorizações para desmate em 2004 e 2005, unidades de conservação e limites municipais. Na tabela dos atributos das autorizações ambientais de 2004, à esquerda na figura, a linha em amarelo destaca um erro textual provocado pela conversão do texto digitado com acento.

5. Conclusões e Sugestões O trabalho evidenciou o quão importante é a localização geográfica do projeto para uma análise integrada a outras informações ambientais. Este processo demonstrou que é necessária e urgente a integralização dos dados já disponíveis no IMAP, sendo que é preciso automatizar o processo de georreferenciamento das autorizações ambientais. Por um lado, o processo utilizado é de baixo custo, já que utilizou equipamentos e pessoal do próprio órgão. Por outro, porém, é dispendioso porque o processo não é ordenado de forma a ser cadastrado em um banco de dados relacional, ou com um sistema integrado, cuja programação permita a inserção automática em ambiente de sistema de informação geográfica - SIG.

Um dos problemas verificados neste trabalho é que muitos dados (nome dos municípios, bacia hidrográficas e principalmente coordenadas geográficas) foram apresentados erroneamente no projeto. Sendo necessário, portanto, refazer boa parte do tramite interno do processo para garantir uma eficaz extração, correção e cadastramento dos dados oriundos do processo. Existe disponível no mercado, soluções em banco de dados integrados a sistemas geotecnológicos onde, dados com erros grosseiros são, de modo automático, imediatamente corrigidos ou rejeitados para ajuste, conforme o caso.

É fundamental que se viabilize parcerias com outras instituições com mais experiência na área de geotecnologias, para que se possa agregar conhecimento de novas tecnologias, mas também para a construção de um eficiente banco de dados espacial para Mato Grosso do Sul.

É imprescindível que seja utilizada uma linguagem computacional e lógica de segurança que minimize a possibilidade de falhas e inconsistências dos dados. Contudo, o objeto deste trabalho já proporciona a inferência de que há uma demanda significativa pela supressão do extrato nativo em nosso território, por isso é urgente o monitoramento sistemático e contínuo do uso solo em Mato Grosso do Sul.

suzi
Text Box
Anais 1º Simpósio de Geotecnologias no Pantanal, Campo Grande, Brasil, 11-15 novembro 2006, Embrapa Informática Agropecuária/INPE, p.549-558.
suzi
Text Box
557

6. Referências

Brasil; Decreto Federal nº 4.297, de 10 de julho de 2002. Zoneamento Ecológico e Econômico do Brasil - ZEE

Brasil; Lei Federal n° 4.771, de 15 de novembro de 1965 – Instituí o Código Florestal Brasileiro.

Brasil; Lei Federal N° 7.803 de 18 de Julho de 1989 - Dá Nova Redação ao Art. 19° da Lei 4.771/65.

Brasil; Medida Provisória N° 2.166-67 De Agosto De 2001 - Dá Nova Redação A Lei 4.771/65.

Erdas Inc. Erdas Imagine Version 8.6. Erdas Inc. Atlanta – Geórgia. 2002. 1 Cd Rom.

Esri Inc. Arc View Version 3.2. Environmental Systems Research Institute Inc. New York. 1998. 1 Cd Rom.

Microsoft. Microsoft Office Excel versão 10.2614. EUA. 2002. Microsof Corporation: 1 CD-ROM.

Microsoft. Microsoft Office Access versão SR-1. EUA. 2000. Microsof Corporation: 1 CD-ROM

Mato Grosso do Sul, Diagnóstico Socioeconômico; Secretaria de Estado de Planejamento e de Ciência e Tecnologia– SEPLANCT, Campo Grande. 2003. 1 Cd Rom

suzi
Text Box
Anais 1º Simpósio de Geotecnologias no Pantanal, Campo Grande, Brasil, 11-15 novembro 2006, Embrapa Informática Agropecuária/INPE, p.549-558.
suzi
Text Box
558