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ORGANIZAÇÃO MILAN PUH CROÁCIA NO BRASIL ATÉ 1918: PRIMEIRA FASE DE IMIGRAÇÃO

organização Milan Puh C no Brasil até 1918

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organização

Milan Puh

CroáCia no Brasil até 1918: primeira fase de imigração

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[org.]Milan Puh

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[org.]Milan Puh

CroáCia no Brasil até 1918: primeira fase de imigração

Capa: mapa do Império Austro-HúngaroIntrodução: mapas da Croácia [Hrvatska] entre 1526 e 1918.

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À comunidade croata pela sua disposição em ajudar e participar na realização da pesquisa com suas histórias, informações, pistas e curiosidade. Ao Escritório estatal para croatas fora da Croácia, que concedeu auxílio financeiro para a realização do projeto e publicação da pesquisa. À Croatia Sacra Paulistana pelo apoio logístico e pela abertura a esse tipo de projeto. Ao Museu da Imigração do Estado de São Paulo pelos dados estatísticos da imigração no período do Império austro-húngaro. Ao Arquivo Nacional Croata em Zagreb pela documentação correspondente à emigração croata para o Brasil.

Hrvatskoj zajednici na spremnosti da pomogne i sudjeluje u ostvarivanju ovog istraživanja sa svojim ispovijestima, informacijama, ukazivanjima na nove tragove i znatiželjom.Državnom uredu za Hrvate izvan Hrvatske na financijskoj podršci u realizaciji projekta i objavljivanju istraživanja.Croatiji Sacri Paulistani na logističkoj podršci i na otvorenosti za ovakav oblik istraživanja. Muzeju useljaništva savezne države Sao Paulo na statističkim informacijama o useljeništvu za vrijeme Austro-ugarskog carstva Hrvatskom državnom arhivu na dokumentaciji koja se tiče hrvatskog iseljeništva u Brazil.

agradecimentos / Zahvaljujemo

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Hrvatska u Brazilu do 1918.: Prva faza useljavanja

Uvod

Useljavanje u São Paulo: od ropstva do plaćenog rada

Iseljavanje kao ispovijest: prepričavanje migra-cija

Migracija “Austrijanaca-Hrvata” u Brazil u brojkama (1882-1918)

Osobne priče Hrvati iz „Bavarije“ Vlasnici voda i mora Grupa 59 Veći nego ikada

“Kad više nismo austrijanci, što smo?” – zaključci i misli o useljavanju

O autorima

SUMÁRIO / SADRŽAJ

Milan Puh

Roger Cavalheiro Silva

Milan Puh

Roger Cavalheiro Silva e Milan Puh

Milan Puh

Milan Puh

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Apresentação

Introdução

Croácia e Áustria: no caminho de uma emigração Croácia da Idade Moderna à Contemporânea Razões e causas da emigração

A imigração em São Paulo: do trabalho escravo ao assalariado

Imigração como relato: processo migratório contado

A migração “austro-croata” para o Brasil em números (1882-1918)

Histórias pessoais O croata da “Bavária” Os donos das águas e dos mares O grupo dos 59 Maiores do que nunca

“Quando não somos mais austríacos, o que so-mos?” – conclusões e reflexões sobre a imigração

Sobre os autores

SUMÁRIO / SADRŽAJ

Milan Puh

Milan Puh

Rafael Maradei

Roger Cavalheiro Silva

Milan Puh

Roger Cavalheiro Silva e Milan Puh

Milan Puh

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aPrEsEntaÇÃo

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a) Criação de um banco de dados quantitativos específico sobre o registro croata entre imigrantes austríacos registrados até 1918, organizado em formato de tabela para fácil consulta.

b) Comentários e explicações do processo de de-finição da “croaticidade” dos imigrantes classificados como austríacos, com a estipulação do número possível de croatas no Brasil.

c) Mais visibilidade a um grupo de imigrantes que, por razões históricas, ficaram marginalizados no con-texto imigratório, mas que se mostraram muito dedicados na sua procura pelas raízes croatas.

d) Maior quantidade de informações sobre as ra-zões de emigração/imigração, resultando em maior facilida-de de entendimento da existência da comunidade croata no Brasil e seu relativo desconhecimento internacionalmente.

e) Vinculação de “velhos núcleos” croatas espa-lhados pelo interior de São Paulo onde determinadas famí-lias criaram grandes grupos de descendentes, sendo essa a sua principal característica.

f) Uma publicação especial que visa relacionar os dados quantitativos (consulta de vários arquivos, docu-mentos oficiais e registros) e qualitativos (realização de en-trevistas com os membros da comunidade croata e análise de textos institucionais, midiáticos ou pessoais) como chave para o entendimento da presença croata no Brasil.

A intenção dessa obra é aprofundar o processo de conscien-

tização da complexidade da questão imigratória entre os membros das comunidades croatas, especialmente para que se integrem ati-vamente, garantindo de certo modo a existência das mesmas como um tipo de homenagem aos seus antepassados. Isso vale para o público brasileiro, que poderá se aproximar das questões impor-tantes à comunidade croata, bem como interagir no funcionamen-to das associações, seja por meio de pesquisa, de estudo ou de uma

Croácia no Brasil até 1918: primeira fase de imigração reúne diversos textos, análises, relatos e dados

estatísticos inéditos para todos aqueles que se interessam pela imigração da Croácia às terras brasileiras. Esse livro oferece-rá muitas informações, contextualizações e ideias que dizem respeito às pessoas que chegaram no Brasil vindas da atual Croácia (e terras pertencentes a ela naquela época) durante o século XIX até o ano de 1918. É uma pesquisa que remonta aos inícios da imigração, tanto particular croata, como brasileira em geral, e percebemos que tal período é pouco estudado, neces-sitando assim de uma sistematização e divulgação especial. Notadamente, tem-se como principal característica o fato de que todos os documentos emitidos se referiam àqueles migrantes como austríacos.

Partimos de alguns pressupostos que guiam o nosso tra-balho, como a consideração na promoção, divulgação e cultivo da cultura croata no Brasil, assim como o fato de fortalecer a iden-tidade daqueles que fazem parte da comunidade com a criação de uma rede de contatos e conhecimentos. Igualmente, almeja--se aproximar o assunto ao público brasileiro que deseja saber mais sobre um país que está, aparentemente, distante geográfica e culturalmente. Seguindo o primeiro volume, A Croácia no Bra-sil: histórias de uma imigração, esta publicação é parte do proje-to “História dos croatas e da imigração croata no Brasil”, que desde 2015 recebe o apoio financeiro do Departamento estatal para croatas fora da República da Croácia. Diante da falta mui-to grande de textos escritos sobre esse pequeno país europeu em língua portuguesa, esperamos que as informações colhidas no projeto possibilitem um melhor entendimento dos diversos laços que unem os dois países e da situação da comunidade croata no Brasil. Que cumpra, pois, o seu papel de ponte entre os dois continentes, atravessando o grande oceano Atlântico.

E em que sentido Croácia no Brasil até 1918: primeira fase de imigração pode ser útil para aqueles que procuram atra-vessar essa ponte? Vamos destacá-los de acordo com a área e espaços que atingem:

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dessa relação conflituosa entre quem emigrava, o país de origem, as companhias de navegação e o país receptor. O relato de viagem recebe, pois, espaço privilegiado, com comentários e análises de al-guns registros localizados, por exemplo, no acervo digital do Mu-seu de Imigração de São Paulo e no Arquivo Nacional da Croácia. Ele também faz parte da apresentação dos caminhos de descoberta das raízes croatas por alguns dos membros da comunidade croata. Essas diversas perspectivas receberam a seguinte apresentação:

1. Introdução – pretende contextualizar o leitor a respeito do tema central, fazer a primeira apro-ximação à cultura croata (e suas definições), e apresentar os momentos que marcaram a comunidade dos croatas e de seus descendentes na primeira fase de imigração, que ocorreu um pouco antes da Proclamação da República do Brasil (1889) até o fim da Primeira Guerra Mundial (1918).

2. Croácia e Áustria: no caminho de uma emigração – breve apresentação da história da Croácia desde a Idade Moderna (1453) até 1918, um período que compreende na sua totalidade a relação direta da Croácia com a Áustria. Serão focalizados eventos, ideias e políticas que fizeram com que a Croácia entrasse em sua segunda união (com a família Habsburgo da Áustria) e como isso modificou a estrutura do país, incluindo as migrações para dentro e fora da Croácia, nesse caso com o passaporte aus-tríaco. Destacaremos os últimos 20 anos do século XIX e os primeiros 18 do século XX, momento de percalços e difi-culdades internas e externas com a maior movimentação populacional rumo ao Brasil.

3. A imigração e as passagens do trabalho escravo ao assalariado: caso paulista e suas tensões – expli-citação de condições sociopolíticas do Brasil, especialmen-te do Estado de São Paulo, desde a instauração do Império até o começo dos anos 20 do século XX, dedicando mais atenção para a relação entre as políticas de abolição e as de imigração que andaram juntas durante todo o século

participação ativa. Cabe dizer que este livro é fundamentalmente resultado de um trabalho coletivo, sendo assim uma produção co-munitária a ser preservada e cultivada como seu principal objetivo.

Como já posto, o ponto mais marcante dessa publicação é o período abordado. Estamos falando dos imigrantes que vieram com o passaporte do Império Austro-húngaro, ou seja, aqueles que chegaram ao Brasil como austríacos, sendo essa definição que receberam e com a qual se identificavam frequentemente. Isso quer dizer que a identificação desses grupos está relacionada com o momento histórico em que a Croácia se encontrava até 1918, pois receber a classificação “austríaco” significou necessariamen-te imigrar até a Primeira Guerra Mundial, cujo fim decretou a in-dependência entre ambos (temos casos de croatas imigrados após a Segunda Guerra Mundial com a mesma denominação, mas isso é um assunto especifico a ser tratado na publicação sobre a terceira fase de imigração em 2018). Por isso, o leitor encontrará inicialmente uma apresentação e interpretação de informações históricas, sociais e políticas da posição da Croácia no Império Austro-húngaro des-de 1526 até 1918, atentando-se para as migrações internas e a che-gada de imigrantes de outras etnias (alemães, húngaros, ucrania-nos, tchecos, sérvios etc.), as mudanças constantes de fronteiras, o surgimento da ideia de uma união eslava ou da necessidade de formação de uma identidade, que culminaram no Renascimento Popular Croata a partir de 1830 (inícios da futura nação croata).

Uma abordagem parecida é apresentada aqui no caso do Brasil, contextualizando o período em que pela primeira vez o país começa a trabalhar intensamente para atrair imigrantes europeus e para, assim, se distanciar do seu legado colonial. Isso se mos-tra necessário, uma vez que a marginalização do escravo recém--liberto significava ao mesmo tempo a incorporação e exploração da mão de obra vinda da Europa. O que se mostrou significativo na pesquisa foi também a presença de propaganda estatal oficial, assim como a propaganda particular, mais local, que atraiu parte daqueles que emigraram da Croácia. Também encontramos textos da mídia, como o artigo de Peroslav Paskoević-Čikara “Como estão os imigrantes no Brasil” [Kako je izseljenicima u Braziliji], dos irmãos Seljan “Por que os imigrantes fogem do Brasil?” [Zaš-to iseljenici bježe iz Brazila?] e muitos outros relatos que tratam

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uma vez que constituíam histórias singulares em regiões remotas do Brasil, marcando profundamente os lugares onde se instalavam.

7. “Quando não somos mais austríacos, so-mos o quê?” – conclusões e reflexões sobre a imigração – comentários dos principais resultados do segundo ano de pesquisa e proposição de uma síntese a respeito desse pe-ríodo mais distante e mais esquecido da imigração croata.

XIX. Contextualização de datas e acontecimentos que mar-caram o país no momento em que a imigração em massa se tornava realidade, e como o passado colonial fazia com que os imigrantes fossem tratados como escravos.

4. Imigração como relato: processo migra-tório contado – abordagem de relatos de diferentes natu-rezas: textos jornalísticos, policiais, estatais/políticos e dos próprios emigrantes-regressados, que descreviam a sua experiência de saída do país com todas as dificuldades que encontraram e a experiência de imigração no Brasil com suas peculiaridades. Interligação de dados de diferentes meios de comunicação na construção de uma narrativa, ao mesmo tempo ampla (relações entre governos, com-panhias de navegação e regiões afetadas) e local (embates entre os municípios, política, políticos e migrantes).

5. Análise quantitativa – apresentação dos resultados da análise dos dados estatísticos sobre a imigração da Croácia no Brasil até 1918, encontrados em documentos oficiais do Museu da Imigração de São Paulo e do Arquivo Nacional da Croácia. Sistematização de in-formações mais gerais sobre o número de imigrantes, sua origem, religião, situação familiar, profissão e os locais de recepção dos mesmos como austríacos na época. Trata-se de um número de 24471 entradas de cidadãos do Impé-rio Austro-húngaro que foram classificados de acordo com a sua possível etnia.

6. Histórias pessoais – contação de histórias dos membros da comunidade croata no Brasil, cujos ante-passados chegaram no país até 1918, com o intuito de mos-trar a especificidade de cada um dos imigrantes e suas fa-mílias. Serão apresentados casos de famílias que chamamos de famílias-núcleo pelo fato de terem existido uma ou duas famílias que chegavam às terras brasileiras e fundavam nú-cleos que atualmente contam com 200, 300 ou mais mem-bros, além daquelas que chamamos de famílias-exemplo,