Organografia de Fanerogamas

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  • ORGANOGRAFIA DEFANERGAMAS

    Rio de Janeiro / 2007

    TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

    UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO

    VICE-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAO E CORPO DISCENTE

    COORDENAO DE EDUCAO A DISTNCIA

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    Nenhuma parte deste material poder ser reproduzida, armazenada ou transmitida de qualquer forma ou porquaisquer meios - eletrnico, mecnico, fotocpia ou gravao, sem autorizao da Universidade CasteloBranco - UCB.

    U n3p Universidade Castelo Branco. Organografia de Fanergamas. Rio de Janeiro: UCB, 2007. 52 p.

    ISBN 978-85-86912-31-3

    1. Ensino a Distncia. I. Ttulo. CDD 371.39

    Universidade Castelo Branco - UCBAvenida Santa Cruz, 1.631Rio de Janeiro - RJ21710-250Tel. (21) 2406-7700 Fax (21) 2401-9696www.castelobranco.br

  • Responsveis Pela Produo do Material InstrucionalResponsveis Pela Produo do Material InstrucionalResponsveis Pela Produo do Material InstrucionalResponsveis Pela Produo do Material InstrucionalResponsveis Pela Produo do Material Instrucional

    Coordenadora de Educao a DistnciaCoordenadora de Educao a DistnciaCoordenadora de Educao a DistnciaCoordenadora de Educao a DistnciaCoordenadora de Educao a DistnciaProf. Zila Baptista Nespoli

    Coordenador do Curso de GraduaoCoordenador do Curso de GraduaoCoordenador do Curso de GraduaoCoordenador do Curso de GraduaoCoordenador do Curso de GraduaoMaurcio Magalhes - Cincias Biolgicas

    ConteudistaConteudistaConteudistaConteudistaConteudistaClaudia Barbieri

    Supervisor do Centro Editorial CEDISupervisor do Centro Editorial CEDISupervisor do Centro Editorial CEDISupervisor do Centro Editorial CEDISupervisor do Centro Editorial CEDIJoselmo Botelho

  • ORGANOGRAFIA DEFANERGAMAS

  • Apresentao

    Prezado(a) Aluno(a):

    com grande satisfao que o(a) recebemos como integrante do corpo discente de nossos cursos de graduao,na certeza de estarmos contribuindo para sua formao acadmica e, conseqentemente, propiciandooportunidade para melhoria de seu desempenho profissional. Nossos funcionrios e nosso corpo docenteesperam retribuir a sua escolha, reafirmando o compromisso desta Instituio com a qualidade, por meio de umaestrutura aberta e criativa, centrada nos princpios de melhoria contnua.

    Esperamos que este instrucional seja-lhe de grande ajuda e contribua para ampliar o horizonte do seuconhecimento terico e para o aperfeioamento da sua prtica pedaggica.

    Seja bem-vindo(a)!Paulo Alcantara Gomes

    Reitor

  • Orientaes para o Auto-Estudo

    O presente instrucional est dividido em seis unidades programticas, cada uma com objetivos definidos econtedos selecionados criteriosamente pelos Professores Conteudistas para que os referidos objetivos sejamatingidos com xito.

    Os contedos programticos das unidades so apresentados sob a forma de leituras, tarefas e atividadescomplementares.

    As Unidades 1, 2 e 3 correspondem aos contedos que sero avaliados em A1.

    Na A2 podero ser objeto de avaliao os contedos das seis unidades.

    Havendo a necessidade de uma avaliao extra (A3 ou A4), esta obrigatoriamente ser composta por todos oscontedos das Unidades Programticas 1, 2, 3, 4, 5 e 6.

    A carga horria do material instrucional para o auto-estudo que voc est recebendo agora, juntamente com oshorrios destinados aos encontros com o Professor Orientador da disciplina, equivale a 60 horas-aula, que vocadministrar de acordo com a sua disponibilidade, respeitando-se, naturalmente, as datas dos encontrospresenciais programados pelo Professor Orientador e as datas das avaliaes do seu curso.

    Bons Estudos!

  • Dicas para o Auto-Estudo

    1 - Voc ter total autonomia para escolher a melhor hora para estudar. Porm, seja disciplinado. Procure reservar sempre os mesmos horrios para o estudo.

    2 - Organize seu ambiente de estudo. Reserve todo o material necessrio. Evite interrupes.

    3 - No deixe para estudar na ltima hora.

    4 - No acumule dvidas. Anote-as e entre em contato com seu monitor.

    5 - No pule etapas.

    6 - Faa todas as tarefas propostas.

    7 - No falte aos encontros presenciais. Eles so importantes para o melhor aproveitamento da disciplina.

    8 - No relegue a um segundo plano as atividades complementares e a auto-avaliao.

    9 - No hesite em comear de novo.

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  • SUMRIO

    Quadro-sntese do contedo programtico..................................................................................................... 11

    Contextualizao da disciplina ............................................................................................................................ 12

    UNIDADE IUNIDADE IUNIDADE IUNIDADE IUNIDADE I

    RAIZ........................................................................................................................................................................ 13

    UNIDADE IIUNIDADE IIUNIDADE IIUNIDADE IIUNIDADE II

    CAULE ................................................................................................................................................................... 17

    UNIDADE IIIUNIDADE IIIUNIDADE IIIUNIDADE IIIUNIDADE III

    FOLHA................................................................................................................................................................... 21

    UNIDADE IVUNIDADE IVUNIDADE IVUNIDADE IVUNIDADE IV

    FLOR........................................................................................................................................................................ 27

    UNIDADE VUNIDADE VUNIDADE VUNIDADE VUNIDADE V

    FRUTO ................................................................................................................................................................... 39

    UNIDADE VIUNIDADE VIUNIDADE VIUNIDADE VIUNIDADE VI

    SEMENTE.............................................................................................................................................................. 44

    Glossrio................................................................................................................................................................. 49

    Gabarito................................................................................................................................................................. 50

    Referncias bibliogrficas................................................................................................................................... 52

  • ORGANOGRAFIA DEFANERGAMAS

  • 11

    3 - FOLHA Difundir o conhecimento da morfologia externa da folha, bem como suas adaptaes, nomenclatura e classificao foliar.

    1 - RAIZ Proporcionar o conhecimento da morfologia externa da raiz, bem como suas adaptaes.

    Quadro-sntese do contedoprogramtico

    UNIDADES DOPROGRAMA

    OBJETIVOS

    2 - CAULE Apresentar as adaptaes do caule ao meio, baseado na morfologia externa, bem como conhecimento da sua nomenclatura.

    4 - FLOR Evidenciar a importncia da flor para a reproduo eclassificaes florais para identificao dos grupos vegetais.

    5 - FRUTO Diferenciar os tipos de frutos e identificar suas partes.

    6 - SEMENTE Proporcionar o conhecimento da estrutura externa da semente,suas formas de disperso e importncia.

  • 12

    A organografia o estudo da morfologia externa dos vegetais, isto , uma anlise do aspecto externo, e nomais anatmico, como visto anteriormente no instrucional de Anatomia de Plantas Vasculares. Estaremos,agora, estudando cada rgo vegetal: raiz, caule, folhas, flor, fruto e semente. Essas estruturas sero analisadase estudadas conforme suas caractersticas morfolgicas externas.

    A organografia muito importante para o conhecimento dos vegetais. Investigaes, pesquisas e anlises dediversos rgos, no s despertam a curiosidade cientfica, como tambm so a base para qualquer estudobotnico, constituindo um preparo fundamental para o trabalho de identificao das diversas famlias, gnerose espcies de plantas.

    Este instrucional foi elaborado de forma simplificada, para que a organografia seja compreendida facilmente.Sempre que possvel, o aluno deve comparar e analisar o que foi estudado com as plantas existentes ao seuredor, em sua casa, em seu ambiente de trabalho, ou em reservas florestais e parques pblicos. Em organografia,deve-se utilizar, sempre que possvel, um vegetal vivo; lembre-se disso ao comparar o que foi estudado ao queestiver sendo observado na natureza, e tenha a certeza de que esses estudos e observaes no s iro auxiliarvoc, como certamente contribuiro para acelerar o seu processo de aprendizagem.

    Em caso de dvidas, no deixe que elas se acumulem; procure esclarec-las logo! Bom aprendizado!

    Contextualizao da disciplina

  • 13UNIDADE I

    RAIZ

    Na maioria das plantas a raiz um rgosubterrneo e, portanto, no facilmente visvel,crescendo em sentido oposto ao do caule. Possui,geralmente, geotropismo positivo e fototropismonegativo, ou seja, cresce em sentido do solo,contrrio luz.

    A raiz tem a funo de fixar o vegetal ao solo,absorver e conduzir a gua e os sais minerais. Elatambm muito importante, pois pode armazenarsubstncias, sendo usada como alimento, como acenoura, batata-doce, beterraba entre outras. Muitas

    razes so usadas como medicinais, no s pelapopulao, como tambm na medicina.

    A raiz apresenta, tambm, uma srie de caractersticascomo ausncia de folhas e gemas, sem segmentos dens e entre-ns; em geral so aclorofiladas (excetos asareas como as orqudeas). Apresenta coifa e plosradiculares, alm de um crescimento subterminal, ou seja,as clulas meristemticas, que promovem o crescimentolongitudinal da raiz, esto envolvidas por mais umacamada de clulas, chamada coifa, que protegem contraa transpirao excessiva e o atrito com o solo.

    Morfologia

    Observem no esquema abaixo as partes de uma raiz:

  • Podemos observar que, morfologicamente, a raiz tem4 partes. A zona suberosa, tambm chamada de zonade ramificao, onde ocorrem as ramificaes da raizprimria; a zona pilfera ou de absoro tem a funode absorver gua e sais e apresenta inmeros plosabsorventes, da o seu nome; a zona lisa ou dealongamento, como o nome j diz, tem a funo depromover o crescimento da raiz, que subterminal; onde encontramos as clulas meristemticas; e a coifa,tambm chamada de caliptra, tem a forma de um dedale protege contra o atrito e transpirao excessiva,sobretudo a regio meristemtica na zona lisa. Aregio que fica entre a raiz e o caule conhecida comocolo ou coleto.

    A raiz primria da planta tem origem no embrio dasemente, mas h razes que se originam,posteriormente, de diversas partes do caule, sendochamadas de adventcias.

    Classificao

    Razes Areas

    1. Grampiformes: so razes adventcias, que fixam aplanta em substratos como muros, paredes ou mesmo

    outras plantas, como ocorre com a espcie Hedera helix(hera), famlia Araliaceae.

    2. Estranguladora ou cintura: conhecidas como mata-pau, essas razes adventcias se desenvolvem ao redor deoutra planta, que lhe serve como suporte ou substratoinicial, sufocando-a e matando-a.

    3. Respiratrias ou pneumatforos: so razes adventcias,que crescem em sentido contrrio, ou seja, apresentamgeotropismo negativo; elas apresentam pequenos orifcioschamados pneumatdios (lenticelas), com a funo defornecer oxignio s partes submersas, geralmente emplantas de mangues.

    4. Haustrios ou sugadoras: so adventcias, apresentamrgos de contato chamado apressrios, dentro dos quaisencontramos os haustrios, que so razes finas quepenetram em outro vegetal para parasit-lo.

    5. Suportes ou escoras: so adventcias partindo dediversos pontos do caule e se fixam no solo, auxiliando nasustentao do vegetal como o milho.

    6.Tabulares: atingem um desenvolvimento espetacular,tomando o aspecto de enormes tbuas ou pranchasperpendiculares ao solo, com a funo de aumentar aestabilidade do vegetal, j que so, em geral, rvoresgigantescas como as figueiras.

    Razes Aquticas

    So aquelas que se desenvolvem no ambienteaqutico, como o aguap.

    Fonte: http://space.cinet.it/cinetclub/Emmegi/Botanica/caule.htm

    14

    A maioria das razes subterrnea (sedesenvolvem sob a terra), mas existem as arease as aquticas. Assim, podemos classificar a raizquanto ao habitat, ou seja, o ambiente em queelas se encontram, em areas, aquticas esubterrneas.

  • Razes Subterrneas

    As ra zes subterrneas so a maior ia queconhecemos e, obviamente, seu habitat sob osolo. Existem alguns tipos de razes subterrnease podemos comear com a raiz axial ou pivotante;

    Fonte: http://space.cinet.it/cinetclub/Emmegi/Botanica/caule.htm

    Tambm podemos citar as razes fasciculadas, tpicasde monocotiledneas, como o capim p-de-galinhaou a grama de um modo geral, que apresentam umfeixe de razes sem a principal (que se atrofiou) comum aspecto de cabeleira.

    Raiz Tuberosa

    A raiz tuberosa uma adaptao para reservasnutritivas como a cenoura, beterraba, rabanete, entremuitos outros; ela dilatada pelo acmulo de reservasnutritivas.

    F o n t e : w w w. h e r b a r i o . c o m . b r / d a t a h e r b 1 3 /diferetsespecie.htm

    Sntese

    A raiz um rgo geralmente subterrneo, que fixaa planta ao solo, absorve gua e sais minerais, almde reservar alimentos.

    Apresenta, em geral, geotropismo positivo efototropismo negativo, aclorofiladas e crescimentosubterminal.

    Morfologicamente, observam-se quatro zonas:coifa, zona de crescimento ou lisa, zona pilfera, ezona suberosa ou de ramificao.

    Tambm encontramos uma regio de transioentre a raiz e o caule, chamada colo ou coleto.

    Quanto origem, podemos dizer que as normaisso as originrias da radcula do embrio da sementee as adventcias as formadas por partes areas oucaules subterrneos.

    Quanto ao habitat, podemos classific-las em:areas, aquticas ou subterrneas.

    Podemos classificar as areas em: estranguladoras,grampiformes, respiratrias, sugadoras, suportes etabulares.

    Podemos classificar as subterrneas em: axial,fasciculada, ramificada e tuberosa.

    As eudicotiledneas apresentam razes axiais e asmonocotiledneas fasciculadas.

    este tipo de raiz tpica de eudicotiledneas, comoa maioria das rvores, e, devido ao seu porte,precisam de um suporte maior do que as gramneas,por exemplo. Assim sendo, suas razes so, emgeral, axiais, apresentando uma raiz principal bemdesenvolvida, cheia de ramificaes secundrias.

    15

  • 1616Exerccios de Fixao

    1. Quais so as partes de uma raiz?2. Quais so as principais caractersticas de uma raiz ?3. Como podem ser classificadas as razes areas?4. Como podem ser classificadas as razes subterrneas?5. Diferencie monocotilednea de eudicotiledneas atravs da raiz.

    Atividade Complementar

    D uma volta pelo seu quintal, parque ou bairro, retire do cho um capim, um p-de-feijo ou margaridae observe comparando os dois tipos de raiz.Voc vai perceber que tanto o p-de-feijo quanto margarida, apresentam uma raiz principal e outras

    secundrias a ela, chamada de raiz axial, caracterstico de eudicotilednea, enquanto que o capim vai apresentaruma raiz em cabeleira, chamada de fasciculada, tpico de monocotilednea.Observe, tambm, uma raiz de uma planta um pouco maior, como um arbusto, e tente identificar as partes de uma

    raiz.

  • 17UNIDADE II

    CAULE

    um eixo que cresce em direo contrria ao solo,apresentando geotropismo negativo e fototropismopositivo, ou seja, crescendo em direo luz, e quese ramifica.

    Tem a importante funo de sustentar folhas, flores,frutos e sementes, alm de conduzir substnciasalimentares, crescimento e propagao vegetativa;mais raramente fazem a fotossntese e reservamalimentos. Tambm importante para o homem, porque utilizado no alimento, na indstria, comercialmentee at medicina, como o gengibre.

    O caule apresenta como caractersticas maisimportantes: o corpo dividido em ns e entre-ns; emgeral, presena de folhas e botes vegetativosgeralmente aclorofilados (exceto os herbceos) eareos (excetos bulbos, rizomas etc.). O meristemaapical do sistema caulinar uma estrutura dinmicaque, alm de adicionar clulas ao corpo primrio daplanta, produz repetitivamente primrdios foliares eprimrdios de gemas, resultando em uma sucessode unidades repetidas denominadas fitmeros.O caule tem origem na gmula do caulculo no embrio

    da semente e exgena, nas gemas caulinares.

    Morfologia Externa

    N - regio geralmente dilatada onde saem as folhas.

    Entren - regio entre dois ns.

    Gema terminal - no pice, com escamas, pontovegetativo e primrdios foliares. Pode produzir ramofolioso ou flor e promove crescimento. H gemas nuas.

    Gema lateral - semelhante anterior produz ramo foliosoou flor nas axilas das folhas. Muitas vezes, permanecedormente.

    Classificaes:

    Caules Areos

    So os que se desenvolvem acima do solo, podendo sereretos quando se desenvolvem perpendiculares ao solo,ou seja, em sentido vertical (ereto); rastejantes que sedesenvolvem paralelos ao solo e sobre ele; e os trepadores,que crescem sobre outro suporte.

    ERETOS - Crescem verticalmente.1.Tronco- de grande dimenso, lenhoso, resistente,

    ramificado. Ex: rvores e arbustos.

    2. Haste - Herbceo, verde, pouco lenhoso edesenvolvido, s vezes com entrens muito curtos.Ex.: ervas e subarbustos.

    3. Estipe - Lenhoso, resistente, sem ramificao, comcapitel de folhas no pice. Ex.: palmeiras, mamo.

    4. Colmo - Silicoso, com ns e entrens bem marcados,com folhas invaginantes. Podem ser cheios como na cana-de-acar, ocos ou fistuloso, como na espcie de bambu.

    5. Escapo - O que sai do rizoma ou bulbo, afilo, noramificado e sustenta flores na extremidade. Ex.: Margarida.

    Podemos classificar os caules sob alguns aspectoscomo o habitat, desenvolvimento e ramificao.Quanto ao Habitat, podemos classific-los emAreos, Subterrneos e Aquticos.

    Fonte: http://space.cinet.it/cinetclub/Emmegi/Botanica/caule.htm

  • 18

    Aquticos

    So os que se desenvolvem na gua. Exemplo: plantasaquticas.

    De acordo com a ramificao que apresentam, existemos INDIVISOS (sem ramificao) e osRAMIFICADOS (que so os que se ramificam).

    Podemos classificar o caule tambm quanto aoseu desenvolvimento, assim temos: as ervas, queso pouco desenvolvidas, e de pequenaconsistncia, como o boto-de-ouro; ossubarbustos, que crescem at 1 metro de altura,tm base lenhosa e restante herbceo; os

    Rastejantes ou Prostrados

    So paralelos ao solo, incapazes de permanecer ereto,com ou sem razes de trechos em trechos. Ex.:Aboboreira e melancia.

    Trepadores

    So os que sobem em um suporte com ou semelementos de fixao. Ex: hera, chuchu (gavinhas).So chamados volveis quando apenas se enroscam,

    sem rgos de fixao. Ex: enrola-semana. Sochamados escandentes quando apresentam rgo defixao como gavinhas ou razes como verificado emvideira e chuchu.

    Subterrneos

    De um modo geral, os caules so areos, mas h osque se desenvolvem de forma diferente, como ossubterrneos, que se desenvolvem sob o solo eapresentam alguns tipos bem distintos:

    1. Rizoma - Caule horizontal, emitindo brotosareos de pontos em pontos, com ns e entrens,gemas e escamas como na espada-de-so-jorge ena bananeira. Nesta ltima planta o caule areo um pseudocaule, formado pelas bainhas dasfolhas que se originam do rizoma.2. Tubrculo - com reservas nutritivas, tem

    aspecto hipertrofiado, formato arredondado ouovide. Pode apresentar folhas reduzidasescamiformes e gemas laterais. Verifica-se nabatata-inglesa.3. Bulbo um eixo cnico que constitui o caule,

    chamado tambm de prato, do qual se originamfolhas tambm subterrneas.Pode se subdividirem quatro tipos: bulbo tunicado com folhaslargas e grossas, umas recobrindo as outras maisinternas, e com funo de reserva, como nacebola; bulbo slido - prato mais desenvolvido,com reservas nutritivas, com folhas reduzidas eescamiformes, como no aafro; bulbo escamoso- folhas mais desenvolvidas que o prato, imbricadas,rodeando-o. Ex: lrio; e bulbo composto - um grandenmero de pequenos bulbos. Ex: alho, trevo.

    Fonte: http://space.cinet.it/cinetclub/Emmegi/Botanica/caule.htm

    arbustos, com at 5 metros aproximadamente,base lenhosa, tenro superior, sem tronco. J asrvores atingem altura superior a 5 metros, comtronco. A parte ramificada forma copa (parte dasfolhas); As lianas so os que conhecemos comocip; trata-se de um trepador sarmentoso, comvrios metros de comprimento, como cip-de-so-joo.

  • 19 Monopodial em que a gema

    terminal persistente.(Pinheiro e Casuarina)

    Simpodial, gema terminalsubstituda pela lateral (Ficus,rvores em geral)

    Dicsio, onde as duas gemaslaterais crescem mais que aterminal (tpico de plantasinferiores)

    Fonte: Esquemas modificados de Strasburger (1994).

    Podemos classificar o caule quanto consistncia,encontrando caule:Herbceo - no lenhificado, com aspecto de erva

    (boto de ouro);Sublenhoso - base lenhificada e pice tenro (crista-

    de-galo);Lenhoso - resistente, consistente, lenhificado

    (rvores).

    Adaptaes do Caule

    So modificaes dos caules normais, comoconseqncia das funes que exercem ou pelainfluncia do meio. Podemos observar alguns tipos:1. Claddio ou filocldio - caule carnoso, verde,

    achatado, lembrando folhas que esto ausentes ou

    rudimentares. Ex: cactos, Homalocladium.2. Gavinhas - ramos filamentosos, axilares, aptos a

    trepar, enrolando-se em hlice em suportes. Ex:maracuj.

    3. Espinhos caulinares - rgos endurecidos epontiagudos. Ex: limo.

    FONTE: space.cinet.it/cinetclub/Emmegi/Botanica/caule.htm

    Para reforar as diferenas entre as razes e caules observe o quadro a seguir:

    RAIZ CAULE

    Embrionrias(origem)

    Morfolgicas

    Fisiolgicas

    radcula do embrio

    com coifa, sem gemas,com plos absorventes,sem folhas, flores, frutos,sem ns e entrens.

    sem coifa, com gemas,sem plos absorventes,com folhas, flores e frutoscom ns e entrens.

    Gmula do caulculodo embrio

    absoro da seiva;crescimento subterminal;geotropismo positivo;fototropismo negativo;fixao da planta ao solo.

    conduo da seiva;crescimento terminal;geotropismo negativo;fototropismo positivo;sustentao de elementosda gmula.

    Existem trs tipos de ramificaes:

  • 20Sntese

    O caule geralmente areo, que conduz a seiva,sustenta as folhas, flores, frutos e sementes.

    Apresenta geotropismo negativo e fototropismopositivo.

    O caule tem n, entren, gema lateral e terminal. Tem origem na gmula do caulculo do embrio da

    semente e exgena nas gemas.

    Exerccios de Fixao

    1. Caracterize caule.2. Diferencie gema lateral de gema terminal.3. Como podem ser classificados os caules areos?4. Diferencie a batata-doce da batata-inglesa.5. Diferencie estipe de tronco.

    Atividade Complementar

    V ao campo (quintal, parque, etc.) e colete (colha) um caule areo do tipo: haste, colmo, escapo ou trepador, depoiscaules subterrneos da espada-de-so-jorge, batata, alho e cebola e classifique-os.

    Podemos classificar o caule quanto ao Habitat:-Areos: eretos, rastejantes e trepadores.-Subterrneos: rizoma, tubrculo, bulbo.-Aquticos Podemos classificar, quanto ao desenvolvimento,

    em ervas, subarbustos, arbustos, rvores e lianas.

    Quanto ramificao, em indiviso e ramificado.

  • 21UNIDADE III

    Fonte: www.unavarra.es/servicio/herbario/htm/hojas.htm

    FOLHA

    uma expanso laminar lateral do caule, comsimetr ia bi la tera l e crescimento l imitado,constituindo-se num rgo vegetativo, comgemas axi lares , com funes metabl icasimportantes.

    A folha tambm importante para a purificaodo ar, na alimentao, como medicinal, industrial,na adubao etc. Mas a funo mais importanteda folha a fotossntese, alm da respirao etranspirao, da conduo e distribuio daseiva.

    A folha tem origem na gmula ou plmula doembrio da semente e tambm pode ser exgena,com expanses laterais dos caules.

    Morfologia da Folha Completa

    Limbo - parte laminar e bilateral.

    Pecolo - haste sustentadora do limbo.

    Bainha ou estpulas - bainha a base alargada dafolha que abraa o caule (tinhoro - Araceae) so 2apndices laminares em cada lado.

    Folhas incompletas: quando falta uma das partesconstituintes.

    O Limbo se classifica quanto ao nmero em: folhasimples (limbo inteiro) ou folha composta (limbodividido em fololos). Foliolo so partes individuaisde um limbo de folha composta.

  • 22Nomenclatura Foliar

    De acordo com a presena ou ausncia de estruturas,podemos observar:

    Folha peciolada - com pecolo.Folha sssil - sem pecolo.Folha amplexicaule - base do limbo abraa o caule,

    serralha.Folha perfoliada - base do limbo circunda o caule,

    como perfurada, Specularia sp.Folha adunada - oposta, sssil, soldada pela base

    do limbo, como perfuradas pelo caule. Ex.: barbasco.Folhas fenestradas - limbo com perfuraes. Ex.:

    costela-de-ado - Araceae .Folhas invaginantes - bainha envolve o caule em

    grande extenso como Gramnea.Fildio - pecolo dilatado e achatado semelhante a

    um limbo, em geral ausente. Acacia sp.Pecolo alado - com expanses aliformes laterais,

    como a laranjeira.Heterofilia - o polimorfismo de folhas normais, ou

    seja, no mesmo indivduo encontramos folhas dediversas formas, como cabomba, eucalipto e maca.Pecilulo - o pecolo dos fololos das folhas

    compostas, como espatdea e carrapicho.Pseudocaule - falso caule, formado pelas bainhas

    foliares superpostas. Ex.: bananeira.Pulvnulo - espessamento na base foliar que provoca

    movimento de curvatura (nastias). Ex.: sensitiva ecarrapicho.

    Folhas Reduzidas

    1. CATFILOS - folhas reduzidas nas partesinferiores, aclorofiladas, escamiformes.2. COTILDONES - primeira(s) folha(s) do embrio,

    tambm chamada de folha primordial.4. HIPSFILO - folhas reduzidas entre folhas e flores

    na parte superior do vegetal, especialmente brctease bractolas (trs-marias).

    5- ESTPULAS -so apndices que se formam de cadalado da base foliar.6. ESTIPLULAS - so estpulas dos fololos.7. LGULA- apndice membranoso situado entre limbo

    e bainha (graminea).8. CREA - conjunto de 2 estpulas concrescentes,

    circundando o caule com uma bainha (erva-de-bicho).

    Folhas Modificadas

    1. INSETVORAS - Folhas que aprisionam e digerempequenos animais, com plos glandulares (Drosera).Compreendem os tipos:

    a) ASCDIOS - rgo urceolado com suco digestivo(Nepenthes) b) UTRCULOS - com vesculas adaptadas para

    digerir pequenos animais aquticos (Utricularia).

    2. ESPINHOS - folhas ou partes foliares modificadascomo a raque e as estpulas. Tm formato pontiagudo econsistncia rgida. Ocorrem, por exemplo, nas espciesda famlia Cactaceae.

    F O N T E : w w w . b o t a n i c a l - o n l i n e . c o m /cactusadaptacionescatala.htm

    3. GAVINHAS - rgo de fixao que a planta utilizapara trepar em algum suporte. Podem ser observadasno chuchu e no cip-de-so-joo.

    4. HETEROFILIA - polimorfismo das folhas normais(eucalipto, cabomba).

    So modificaes das folhas em conseqnciadas suas funes ou influncia do meio fsico.

    So as que tm um grau menor de organizaose comparadas com as normais.

  • 23Classificaes

    Quanto nervao:Uninrvea - com nica nervura (sagu-de-jardim).

    Paralelinrvea - com nervuras secundrias paralelasa principal (graminea).

    Peninrveas - com nervuras secundrias ao longo daprincipal (vinca).

    Palminrvea ou digitinrvea - nervuras saem domesmo ponto e divergem em vrias direes (mamoeiro,brinco-de-princesa).

    Curvinrveas - nervuras secundrias curvas (lngua-de-vaca).

    Peltinrveas - Nervura das folhas peltadas (chagas).

    Alterna - parte uma folha de cadan foliar, alternadamente.

    Opostas - partem duas folhasopostas do mesmo n, uma emfrente outra.

    Verticilada - de um n surgemvrias folhas que se cruzam,formando um verticilo foliar.

    Fonte: encina.pntic.mec.es/~ndeg0000/cursohtml/final/hojas.htm

    Quanto margem podemos classificar basicamente em:

    Inteira Serrada Dentada Crenada

    Fonte: encina.pntic.mec.es/~ndeg0000/cursohtml/final/hojas.htm

    Quanto filotaxia, podemos classificar basicamente em:

  • 24Quanto forma bsica, de acordo com Rizzini (1977),

    podemos classificar em:

    Orbiculares - arredondadas.Ovadas - a base mais larga que o pice.

    Obovadas - o pice mais largo que a base.Oblongas - pice e base so iguais.Lanceoladas - o meio do limbo mais largo.Assimtricas - um lado diferente do outro.

    Orbiculares Ovadas Obovadas Oblongas Lanceoladas

    Fonte: encina.pntic.mec.es/~ndeg0000/cursohtml/final/hojas.htm

    Quanto ao pice, podemos classificar em:Acuminado: pice formado por pequena ponta que

    se prolonga.

    Obtuso: em segmento de crculo.

    Agudo: quando termina em ponta no prolongada.Retuso: com pequena reentrncia.Cuspidado: com ponta prolongada.

    acuminado obtuso agudo retuso cuspidado

    Fonte: encina.pntic.mec.es/~ndeg0000/cursohtml/final/hojas.htm

  • 25Quanto base podemos classificar, principalmente,

    em:

    Arredondada: amplo segmento em crculo.Aguda: em forma de cunha.Obtusa: termina em ngulo obtuso.

    Truncada: base parecendo ter sido cortada em planotransversal.

    Cordada: base reentrante, com lbulos arredondados.Decorrente: terminando em planos assimtricos.

    arredondada aguda truncada cordada decorrente

    Fonte: encina.pntic.mec.es/~ndeg0000/cursohtml/final/hojas.htm

    Em relao superfcie foliar podem ser classificadasem folha glabra, aquela que no apresenta tricomasna superfcie foliar, e folha pilosa quando apresentartricomas.

    Sntese

    A folha uma expanso lateral do caule, comfuno de fotossntese, respirao, transpirao,conduo e distribuio da seiva.

    Tem origem na plmula do embrio da sementeou exgena, nas gemas caulinares.

    A folha apresenta limbo, pecolo, bainha ouestpulas, podendo faltar qualquer uma das partes.

    Exerccios de Fixao

    1. Relacione as partes que compem uma folha completa.2. Diferencie folha sssil de folha peciolada.3. Defina fololo.4. Diferencie uma monocotilednea de uma eudicotilednea atravs da nervura foliar.5. Esquematize uma folha cordiforme de pice agudo e margem crenada.

    A face superior do limbo chamada adaxial e ainferior de abaxial.

    De acordo com a presena ou ausncia deestruturas, a folha recebe nomenclaturas especiais.

    A folha pode ser classificada quanto nervao,forma, pice, base, margem, filotaxia, limbo etc.

  • 26Atividade Complementar

    V ao campo (quintal, parque etc.) e colete diversos ramos com folhas e as classifique quanto forma, pice,base, bordo, filotaxia e o nmero. Isso ajudar a fixar melhor a matria estudada.

    A classificao foliar deve ser baseada no trabalho que Rizzini publicou na revista Rodrigusia em 1977(consulte bibliografia). Esta separata deve ser consultada para complementar esta unidade.

  • 27

    A flor tem funo de reproduo sexual nasangiospermas e so importantes para botnicos naclassificao das plantas; tm importncia industrial,medicinal e tambm so utilizadas como ornamentais.

    A flor constituda de folhas modificadas, sendooriginada pela metamorfose foliar progressiva, e estpresente nos vegetais superiores. Morfologicamentepode apresentar brcteas (folhas modificadas com

    UNIDADE IV

    funes especficas), pednculo (haste que sustentaa flor), receptculo ( a parte mais larga no pice dopednculo onde esto presas as demais peas),verticilos florais protetores: clice (estrutura abaixodas ptalas, geralmente verde, composto por spalas)e corola (formada pelas ptalas, geralmente coloridas)e verticilos reprodutores: androceu (aparelhoreprodutor masculino formado por estames) e gineceu(aparelho reprodutor feminino).

    Nomenclatura Floral

    De acordo com a presena ou ausncia de estruturas,podemos classificar a flor como veremos a seguir; mas,para uma perfeita compreenso, no esquea decomparar com as figuras:

    Quanto ao pednculo:Pedunculada (com pednculo).sssil (sem pednculo).

    N de peas:

    Aclamdea (sem clice e corola).Monoclamdea (com clice ou corola).Diclamdea (com clice e corola).

    Homogeneidade:Homoclamdea - com clice e corola iguais em forma e

    cor, sendo chamadas de tpalas, como no lrio.

    Heteroclamdea - clice e corola diferentes em formae cor, como a rosa.

    Sexo:Unissexual masculina - quando apresentar apenas

    estames.

    Unissexual feminina - quando apresentar apenas ogineceu.

    Estril - ausncia do androceu ou gineceu.Hermafrodita - quando apresentar os dois sexos.

    Nmero de estames:Oligostmones - nmero de estames menor que o

    nmero de ptalas.

    Isostmones - nmero de estames igual ao nmerode ptalas.

    Diplostmones - nmero de estames em dobro ao deptalas.

    FLOR

  • 28Polistmones - nmero de estames maior do que o

    dobro.

    Posio do gineceu:Hipgina - flor com ovrio acima da insero de todas

    as peas florais. O ovrio spero.

    Quanto disposio das peas florais:Cclica - peas florais em crculos, formando os

    verticilos.Espiralada - peas florais em espiral no receptculo

    floral.

    Quanto ao nmero de spalas ou ptalas:Trmero - quando tiver 3 ou seus mltiplos,

    caracterizando a classe das monocotiledneas.Tetrmero com 4 e pentmero com 5 ou seus

    mltiplos - caracterizando a classe daseudicotiledneas.

    Quanto simetria:Actinomorfo, quando permitir vrios planos de simetria, isto

    , pode-se cortar de vrias maneiras e obter dois ladosexatamente iguais.Zigomorfo, quando permitir apenas um plano de simetria.Assimtrico, quando no permitir nenhum plano de simetria.

    Quanto concrescncia:O clice gamosspalo, quando as spalas estiverem unidas

    e dialisspalo, quando apresentarem spalas livres. E a corola gamoptala, quando as ptalas forem unidas e, dialiptalaquando estiverem livres.

    Simetria actinomorfa Simetria zigomorfa

    Fonte: http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://enciclopedia.tiosam.com/enciclopedia/imagem.asp.

    Pergina - flor com ovrio semi-nfero.Epgina - flor com ovrio abaixo da insero de todas

    as peas florais. Ovrio nfero.

  • 29Androceu

    O androceu o aparelho reprodutor masculinocomposto de estames. Cada estame tem trs partesque so antera, filete e conectivo. O conectivo o queprende o filete na antera.

    Podemos classificar o androceu como a seguir:Quanto ao tamanho: Heterodnamo - estames de tamanhos diferentes. Didnamo - quatro estames, onde dois so maiores e

    dois menores.

    Tetradnamo - seis estames, quatro maiores e doismenores.

    Fonte: www.biologia.edu.ar/botanica/tema4

    Quanto soldadura: Dialistmones - estames livres. Gamostmones - estames unidos formando uma

    adelfia.

    Quanto soldadura dos filetes: Monadelfo - filetes formando tubo. Diadelfo- dois feixes de filetes. Triadelfo - trs feixes de filetes. Poliadelfo - vrios feixes de filetes.

    Quanto soldadura das anteras: Livres - anteras livres entre si. Sinanteros - anteras soldadas e filetes livres. Coniventes - anteras encostam umas nas outras.

    Quanto posio: Incluso - estames dentro da corola, no aparecem na

    extremidade da corola.

    Exerto - estames que aparecem na extremidade dacorola.

    Epiptalos - estames presos s ptalas.

    Estaminides: estames estreis.

    Insero da antera: Apicefixa - filete preso ao pice da antera. Dorsifixa - filete preso ao dorso da antera. Basifixa- filete preso a base da antera.

    Fonte: www.biologia.edu.ar/botanica/tema4

    Deiscncia ou abertura da antera: Rimosa - abertura ao longo da antera. Poricida - por poros apicais. Valvar - por valvas.

    rimosa poricida valvar

  • 30Nmero de teas (cada lado da antera): Monoteca - com uma teca. Biteca - com duas tecas. Tetrateca - com quatro teas.

    Gineceu

    O g i n e c e u f o r m a d o p o r u m o u m a i sp i s t i l o s . O p i s t i l o , q u e a u n i d a d emorfolgica do gineceu, constitudo poru m a o u m a i s u n i d a d e s e s t r u t u r a i sd e n o m i n a d a s c a r p e l o s , q u e s o f o l h a sf r t e i s m o d i f i c a d a s . C a d a p i s t i l o p o d eapresentar ovrio, est i lete e est igma. Ogineceu pode ser dial icarpelar ( l ivre) ougamocarpelar (unido).

    Podemos classificar o gineceu quanto:Nmero de carpelos: Unicarpelar- 1 carpelo. Bicarpelar- 2 carpelos. Tricarpelar -3 carpelos. Pluricarpelar- vrios carpelos.

    Fonte: www.biologia.edu.ar/botanica/tema4

    Gros de plen: formam-se no interior da antera edesenvolve-se a partir das clulas-me, que soconhecidas como microsporcito.

  • 31Insero do estilete:Terminal - estilete inserido no pice do ovrio.Lateral - insero lateral.Ginobsico - inserido na base do ovrio.

    Nmero de lculos (cavidade onde se encontram osvulos):

    Unilocular - um lculo no ovrio.Bilocular - dois lculos.Trilocular - trs lculos. Plurilocular - vrios lculos.

    Posio do ovrio:Spero - ovrio acima das peas florais.nfero - ovrio abaixo das peas florais.Semi-nfero - verticilos em torno do ovrio.

    Estrutura do vulo:Funculo - cordo que liga o vulo placenta.Hilo - insero do funculo ao vulo.Integumentos - primina e secundina.

    Fonte: www.biologia.edu.ar/botanica/tema4

    Tipos de vulo:Orttropo: micrpila, saco embrionrio, hilo e calaza

    acham-se no prolongamento da mesma linha reta.

    Antropo: micrpila se aproxima da placenta, ficandono extremo oposto ao da chalaza.

    Campiltropo: eixo da nucela e integumentos curvam-se em ferradura.

    Anftropo: eixo reto, mas paralelo placenta, ofunculo, encurvado junto ao vulo, parece inseridona sua parte mdia.

    Orttropo Campiltropo

    Fonte: www.biologia.edu.ar/botanica/tema4

    Inflorescncia

    um conjunto de flores organizadas nos seus ramos,pois, algumas vezes, as flores esto isoladas no seuramo, como o brinco-de-princesa e outras em grupos,formando o que chamamos de inflorescncia. Ainflorescncia pode ser axilar, quando situada naaxila da folha, ou terminal, quando a inflorescnciaest situada no fim do ramo.

    Nucela - regio de unio dos integumentos na base,denominada calaza. No seu interior encontramos osaco embrionrio com vrias clulas (uma oosfera,duas sinrgidas, trs antpodas e uma clula centralcom dois ncleos polares).

  • 32Tipos

    RACIMOSA OU INDEFINIDA OU MONOPODIAL: as flores se abrem de baixo para cima ou da periferia parao centro.

    Cacho

    Corimbo

    Espiga

    Espdice

    Amento

    Umbela

    Captulo

    Flores pediceladas saindo de pontosdiferentes do pednculo principal queatingem alturas diferentes.

    Flores pediceladas, saindo de pontosdiferentes do pednculo principal, queatingem a mesma altura.

    Flores ssseis ou subssseis saindo depontos diferentes do pednculo principal.

    Variao da espiga, onde o conjunto envolto por uma espata.

    Variao de espiga onde o eixo principal pendente e flexvel, geralmente formadopor flores unissexuais.

    Flores pediceladas que saem do mesmoponto do pednculo principal e atingema mesma altura.

    O pednculo forma um receptculo ondese inserem as flores, rodeado por brcteas(periclnio).

  • 33

    Cimaescorpiide

    Cimahelicide

    Dicsio

    Pleiocsio

    Sicnio

    Glomrulo

    Citio

    Eixo principal termina em uma flor e oseixos secundrios saem sempre do mesmolado. Ex.: miostis.

    Eixo principal Termina por uma flor e ossecundrios saem de lados alternados.Ex. lrio.

    Do eixo principal, terminado por uma flor,partem dois secundrios opostos, e assimsucessivamente. Ex.: begnia (pode faltara flor terminal).

    Do eixo principal, terminado por uma flor,partem vrios secundrios, tambmterminados por uma flor. Ex.: jardineira

    Flores subssseis, muito prximas entresi, aglomeradas, configurao mais oumenos globosa.Ex.: cordo de frade

    Flor feminina pedicelada e nua, cercadapor flores masculinas pediceladas e nuas,cercadas por brcteas e glndulas. Ex.:coroa-de-cristo

    Flores unissexuais inseridas em umreceptculo escavado, que forma umacavidade quase fechada. Ex.: figo

    CIMOSA OU DEFINIDA OU SIMPODIAL - quandoo pednculo principal termina em uma flor, que a

    primeira a se abrir, idem para os outros eixos. Ou ainda,quando as flores abrem-se do centro para a periferia.

    Cimosas

    Fonte: http://www.biologia.edu.ar/botanica/tema5/5_5infcomplsimp.htm

  • 34Alm dos tipos de inflorescncias citados, existem

    outras que so misturas de inflorescncias, como acoroa-de-cristo, que um dicsio de citios. Ento,quando voc for analisar um vegetal, observe cadasegmento da inflorescncia.

    Preflorao

    A preflorao, como o nome j diz, disposio daspeas florais no boto antes da antese, ou seja, daabertura da flor. Para verificar a preflorao necessrio

    fazer corte transversal no boto floral para observarcomo as peas esto organizadas. Distinguem-se cincotipos de preflorao:Valvar: quando as peas apenas se tocam nos bordos.Espiralada: todas as peas so semi-internas.Imbricada: uma externa, uma interna e trs semi-

    internas.Quincuncial: duas externas, duas internas e uma

    semi-interna.Coclear: imbricada em que a externa no imediata a

    interna.

    Valvar Espiralada Imbricada Coclear

    Fonte: www.biologia.edu.ar/botanica/tema4

    Diagrama Floral

    a representao da estrutura da flor em seotransversal, mediante um desenho plano com smbolos.Os elementos do perianto so representados por meiode um arco de um crculo. O semicrculo da spalaapresenta uma proeminncia dorsal e o da ptala no.Quando a flor apresenta tpalas, a representao feita por semicrculos sem a proeminncia. Os estamesso indicados por figuras de sees transversais dasanteras e o gineceu, pelo corte do ovrio. Na figura, o

    ovrio representado pelo nmero de carpelos e delculos e o tipo de placentao. Quando na flor ocorrerpeas parcialmente abortadas, elas so representadaspor pequenos crculos, ou por pequenos pontos, se oaborto completo. Havendo unio das peas dosverticilos ou a concrescncia entre os elementos, elesdevem ser unidos por linhas radiais. Com o objetivode orientar a flor no ramo que a originou, o ramo deveser representado por um pequeno crculo.

    Fonte: www.ibiologia.unam.mx/directorio/m/magallon/for_flo.htm

  • 35Frmula Floral

    A frmula representa a flor mediante uma equaocom letras, nmeros e smbolos em que so expressoso perianto, o androceu, o gineceu, a posio do ovrioe a simetria da flor. Os verticilos florais sorepresentados por:K = clice * = flor actinomorfa

    C = corola ! ou % = flor zigomorfaA = androceu G = gineceu @ = flor espiralada ou

    acclica

    Para as peas unidas: ( ) = nmeros e [ ] = letras.Para posio do ovrio, coloca-se um trao abaixo do

    nmero de carpelos, que significa ovrio spero, ouacima, que significa ovrio nfero.

    NOME FRMULA E ANLISE

    Falsa tiriricaHypoxis decumbens L.

    Monocotilednea

    *T3+3 A3+3 G(3)

    Flor hermafrodita, actinomorfa, homoclamdea, trmera, epgena,dialisspala, dialiptala, dialistmone, ovrio nfero,gamocarpelar, trilocular.

    XiquexiqueCrotalaria striata DC.

    Eudicotilednea

    ! K5 C5 A10 G1

    Flor hermafrodita, zigomorfa, heteroclamdea, pentmera,hipgina, dialisspala, dialiptala, gamostmone,diplostmone, ovrio spero, unilocular.

    FumoNicotiana tabacum L.

    Eudicotilednia

    *K(5) [(C(5) A5] G(2)

    Flor hermafrodita, actinomorfa, heteroclamdea, pentmera,hipgina, gamosspala, gamoptala, estames epiptalos,isostmone, ovrio spero, gamocarpelar, bilocular.

    Melastoma sp

    Eudicotilednea

    *K5 C5A10 G(5)

    Flor hermafrodita, actinomorfa, heteroclamdea, pentmera,hipgina, dialisspala, dialiptala, diplostmone, dialistmone,ovrio spero, gamocarpelar, pentalocular

  • 36Polinizao

    considerada como a transferncia dos gros de plendas anteras para o estigma das flores. Nas plantas,podem ocorrer dois tipos de polinizao:

    Autogmica ou autopolinizao: ocorre no interiorda mesma flor.

    Alogmica ou polinizao cruzada: gros de plen deuma flor levado para o estigma de outra flor.Distinguem-se os seguintes subtipos de alogamia:geitonogamia (duas flores diferentes na mesma planta)e xenogamia (flores de plantas diferentes).

    Fatores que Favorecem a Alogamia

    Monoicia - Flores unissexuais sobre o mesmoindivduo.

    Dioicia - Flores unissexuais sobre indivduosdiferentes.

    Dicogamia - Os rgos sexuais amadurecem emtempos diferentes. Podem ser:

    Protandria - Androceu amadurece primeiro(Asteraceae).

    Protoginia - Gineceu amadurece primeiro(Aristolochia sp).

    Ercogamia - Quando h uma barreira que impede apolinizao direta.

    Heterostilia -Flores com estames e pistilos comtamanhos diferentes.Tipos:

    Brevestilia - estilete curto e filete longo. Longestilia - estilete longo e filete curto.Autoesterilidade - As flores polinizadas por seu

    prprio plen no so fecundadas.

    ADAPTAES DAS PLANTAS AOS AGENTES POLINIZADORES

    Plantas Agente polinizador Caractersticas

    Anemfilas

    Zofilas

    Hidrfilas

    Vento

    Animais

    gua

    Pequenas flores, perianto nulo ou quase, sem odor,sem cor e sem nctar, estames com filetes longos eanteras expostas ao ar, grande quantidade de plen,gros pequenos e leves, estigma, em geral, penadode grande superfcie.

    Perianto colorido, formas adequadas ao animal, comnctar, com odor.

    Entomofilia - insetosOrnitofilia - pssarosQuiropterofilia - morcegos

    Plantas aquticas

    Agentes da Polinizao

    A polinizao pode ser feita por diferentes agentes ouvetores, podendo ser origem animal ou uma fora fsicainanimada. Portanto, os agentes podem ser abiticoscomo vento e a gua, e biticos, como os insetos,pssaros, morcegos e o prprio homem. Paracaracterizar a polinizao e seu agente, usam-se termosque identificam o agente, seguidos do sufixo filia, quesignifica amor, apego, afinidade. Cada tipo depolinizao envolve caractersticas diferentes nosvegetais, que se adaptaram de acordo com o seuagente polinizador, como voc pode ver a seguir:

  • 37Fecundao

    Aps o processo de polinizao, no qual o gro deplen transportado at o estigma do gineceu, inicia-se o processo de fecundao, que pode ser divididoem trs etapas: transporte, formao do tubo polnicoe singamia. Apresentam uma reduo acentuada domegagametfito, nelas denominado saco embrionrio.Ele formado a partir de uma ttrade de micrsporosoriginados por meiose, onde apenas um evolui,dividindo-se por 3 vezes seguidas, originando 8ncleos, dos quais 3 se agrupam prximo micrpila(duas sinrgides laterais e uma oosfera central); outros3 migram para a extremidade oposta, constituindoantpodas; no centro do saco embrionrio instalam-seos dois ncleos restantes, denominados ncleos

    polares da clula central. O conjunto do sacoembrionrio mais os dois tegumentos caractersticosdesse grupo formam o vulo. Os micrsporos quedaro origem aos gros de plen so formados nointerior das anteras, que podem abrir-se por fendas ouporos para liber-los, quando esses esto maduros.Ao chegarem ao estigma de outra flor, os gros deplen comeam a produzir o tubo polnico, que cresceatravs do estilete at o ovrio, atravessa a micrpilado vulo, lanando em seu interior, duas clulasespermticas; uma se funde com a oosfera, originandoo zigoto e a outra se une aos ncleos polares, formandoum tecido triplide, o endosperma, que freqentementeacumula grande quantidade de reservas nutritivas(amido, leo, acares etc.). O embrio formado apssucessivas divises do zigoto, nutrindo-se doendosperma.

    Tubo polnico

    Ncleo gameta (n)

    Saco embrionrio

    Ncleo gameta (n)

    Oosfera(n)

    Clula central (2n)

    Zigoto(2n)

    Albume(3n)

    Semente

    Sntese

    A flor tem a funo de reproduo sexual, mastambm importante como ornamento, usada nataxonomia, medicinal etc.

    Ela pode apresentar brcteas, pednculo,receptculo, verticilos de proteo( clice e corola)e de reproduo (androceu e gineceu)

    Podemos classificar a flor de diversas formas,quanto ao pednculo, nmero de peas, sexo,posio do gineceu e muitas outras.

    As monocotiledneas so trmeras e asdicotiledneas so tetrmeras ou pentmeras.

    Algumas flores so isoladas e outras formaminflorescncias, que podem ser de diversos tipos,entre racemosas e cimosas, ou at mistas.

    A preflorao importante para a elaborao dodiagrama floral e s pode ser observada no botofloral.

    A frmula floral a representao da organizaodas peas florais por meio de smbolos, letras enmeros.

    A fecundao se divide em: polinizao, formaodo tubo polnico e fecundao.

  • 38Aps concluir esta unidade, faa os os exerccios e as atividades complementares e lembre-se: s praticando

    que aprendemos.

    Exerccios de Fixao

    1. Relacione as partes que compem uma flor completa.2. Diferencie umbela de corimbo.3. Defina estamindio.4. Diferencie uma monocotilednea de uma dicotilednea atravs da flor.5. Informe o agente polinizador de uma planta anemfila.6. Analise a frmula floral de Cornus sp.: *K4 C4 A4 G(2).

    Atividade Complementar

    V ao campo (quintal, parque etc.), colete diversas flores e denomine os componentes da flor: clice, corola esuas partes, o androceu e o gineceu e suas partes, esquematizando as partes da flor (lembre-se: colete floresgrandes para facilitar sua visualizao).Classifique o tipo de inflorescncia ou se isolada, por exemplo. Especialmente, descubra a qual classe vegetal

    a planta pertence.Uma sugesto de flor para a coleta o Hibiscus rosa-sinensis L., conhecido vulgarmente por papoula ou

    brinco-de-princesa.

  • 39UNIDADE V

    O fruto o resultado do amadurecimento do ovrio,garantindo a proteo e auxiliando a disperso dassementes surgidas aps a fecundao. Ocorreexclusivamente nas Angiospermas.

    No sentido morfolgico, no apenas aquelasestruturas conhecidas como frutas (ma, laranja, etc.),mas tambm as conhecidas como legumes (feijo,ervilha, etc.) e cereais (arroz, milho, etc.) so frutos.Os frutos so importantes na classificao botnicapor possurem uma estrutura muito constante.

    Formao: A partir da fecundao, inicia-se odesenvolvimento da semente, atravs de uma srie detransformaes no saco embrionrio e outros tecidosdo vulo. A parede do ovrio desenvolve-se emPERICARPO, o qual formado por trs camadas:epicarpo, mesocarpo e endocarpo. Alguns frutos,como a banana (Musa) e o abacaxi (Ananas comosus)podem formar-se sem fecundao prvia e, portanto,nesse caso, no possuem sementes. So chamadosfrutos PARTENOCRPICOS.

    O fruto apresenta o pericarpo e a semente. Acompanhe,atentamente, o quadro que se segue:

    FrutoPericarpo Mesocarpo mesfilo carpelar (comestvel)

    Epicarpo epiderme externa ovariana

    Endocarpo epiderme interna ovariana (comestvel na laranja)

    Semente

    Tipos

    1. Quanto ao nmero de sementes: Monosprmicos - uma semente. Disprmicos - duas sementes. Trisprmicos - trs sementes. Polisprmicos - vrias sementes.

    2. Quanto deiscncia: Deiscentes - se abrem quando maduros. Indeiscentes - no se abrem.

    3. Quanto ao nmero de carpelos: Monocrpicos - um carpelo. Apocrpicos - dialicarpelar. Sincrpicos - gamocarpelar.

    Classificao

    Podemos classificar os frutos que conhecemos daseguinte maneira:

    1. Simples - resultam de um ovrio de uma flor. Ex:legume.

    2. Mltiplo ou agregado - resultam de uma flordialicarpelar (Morango, framboesa).

    3. Composto ou infrutescncia - concrescnciados ovrios de uma inflorescncia. Ex: abacaxi.

    4. Complexo ou pseudofruto - quando outraspartes da flor participam da constituio do mesmo.Ex: caju, pra.

    FRUTOFRUTOFRUTOFRUTOFRUTO

  • 40Os frutos simples podem ser subdivididos e classificados como a seguir:

    Frutos Simples

    Secos

    Uma deiscncia longitudinal,monocrpico (chich)

    Duas deiscncias longitudinais emonocrpico (feijo)

    Quatro deiscncias longitudinais,abrindo-se de baixo para cima(couve)

    Nmero de valvas e carpelosvarivel, sincrpico

    Capsular, porfero, abertura porporos, sincrpico (papoula)

    Com urna e oprculo (sapucaia)

    Semente presa a um ponto dopericarpo (girassol)

    folculo

    legume

    sliqua

    cpsula

    deiscentes

    opecarpo

    pixdio

    aqunio

  • 41Semente presa ao pericarpo(milho)

    Monocrpico ou sincrpico, comexpanso alada (cip-de-asa)

    Tambm chamado bolota, comcpula na base (carvalho)

    Endocarpo duro concresc. coma semente formando o caroo(azeitona, coco, abacate,pssego)

    Endocarpo no forma caroo (caf,uva, tomate)

    Baga com endocarpo com ploscheios de suco (laranja, limo)

    Baga com grande cavidade central(melo, abbora, melancia)

    cariopse

    smara

    glande

    drupa

    Indeisc.

    baga

    hesperdio

    pepondio

    Indesc.Carnosos

    Fonte: http://botanicavirtual.udl.es/glossari/glossari_s.htm

  • 42 Fruto Mltiplo ou Agregado

    Proveniente de uma flor dialicarpelar, spero. Rosa(poliaqunio), framboesa (polidrupa).

    aqunios mltiplos

    Rosa sp

    Frutos Compostos ou Infrutescncias

    Provenientes de inflorescncia, so originados deovrios, de outras partes florais e do eixo dainflorescncia. Alguns tm nomes especiais:

    SOROSE - ovrio e demais peas so carnosas(Abacaxi)

    Sicnio

    Fonte: http://botanicavirtual.udl.es/glossari/glossari_s.htm

    Frutos Complexos ou Pesudofrutos

    Provenientes de ovrio nfero, indescente, outraspartes da flor participam da constituio. So eles:

    POMO - onde a parte carnosa o receptculo (ma,pra).

    BALASTA - a parte comestvel o episperma dassementes, que suculento (rom).

    Pomo Balasta

    SICNIO - receptculo carnoso e oco, dentro tem osfrutos (figo)

    Sorose

    Fonte: http://botanicavirtual.udl.es/glossari/glossari_s.htm

    Sntese

    O fruto o ovrio desenvolvido, e se divide empericarpo e semente.

    Podemos classificar os frutos em simples,mltiplos, infrutescncias ou pseudofrutos, e cadaum em seus tipos especiais.

    Partenocarpia o desenvolvimento do fruto semque haja a fecundao, apresentando frutos semsementes.

  • 43

    FRUTO Classificao -Tipo Quanto deiscncia Quanto consistncia

    azeitona

    Feijo

    Se voc j terminou esta unidade, faa os exerccios e as atividades complementares e lembre-se: s praticando que aprendemos realmente, fixando melhor o que lemos.

    Agora, que voc treinou bastante, j pode responder a algumas questes.

    Exerccios de Fixao

    1. Classifique os frutos abaixo:

    2. O morango proveniente de uma flor dialicarpelar. Informe a classificao deste fruto.

    3. Sabe-se que o fruto o desenvolvimento do ovrio aps a fecundao, porm alguns frutos, como a banana,se desenvolve sem que haja fecundao. Informe que nome recebe esse fenmeno.

    4. Defina uma infrutescncia.

    5. Sabendo que Anacardium occidentale L. (caju) considerado um pseudofruto, informe a razo para estadenominao.

    Atividade Complementar

    V ao campo (quintal, parque etc.), colete diversos frutos e classifique. No se esquea da sua geladeira, ondevoc pode encontrar diversos frutos. Isso ajudar a fixar melhor a matria estudada. Algumas sugestes defrutos so: abbora, tomate, azeitona, vagem e diversos outros que voc pode encontrar, sem sair de casa.

  • 44

    o vulo maduro fecundado e consta de trs partes:o embrio, o endosperma (s vezes ausente) e a casca(testa + tegmen).

    Funes

    a. proteo ao embrio (contra insetos, micro-organismos, dissecao etc.).b. disperso. Suas caractersticas morfolgicas,

    biolgicas e bioqumicas desempenham importantepapel no sucesso da plntula. Podem apresentargrande diversidade estrutural. As orqudeas apresen-tam sementes de 2 x 10-6g, enquanto Mora olefera(Moraceae) possui sementes de at 1 Kg!O endosperma geralmente passa, em sua formao,

    da fase nuclear para a celular, mas pode permanecernuclear (coco). O endosperma absorvido durante odesenvolvimento. As sementes podem ser ALBUMI-NOSAS (endospermadas), quando o endospermapersiste durante todo o desenvolvimento do embrio(Ricinus) ou EXALBUMINOSAS (exospermadas),

    UNIDADE VI

    quando o endosperma no consumido no incio dodesenvolvimento do embrio; nesse caso, as reservasvo para os cotildones. As reservas podem ser amido(feijo), leo (amendoim), protena (soja) etc.Carncula: estrutura carnosa existente em sementesde muitas plantas. Euphorbiaceae atua na disperso(por ser adocicada, atrai formigas) e atua na germinao,por ser higoscpica.

    Morfologia da Semente

    Arilo: Surge do funculo (pednculo do vulo) eenvolve o vulo parcial ou totalmente, aps afecundao. Na semente madura, atrai dispersores. Sarcotesta: quando a testa da semente se torna

    pulposa e comestvel (mamo, ing). Hilo: cicatriz deixada pelo funculo. Rafe: parte do hilo que permanece unida ao

    tegumento, em vulos antropos (que se curvam). Cicatriz da micrpila: visvel ou no; deixada pela

    micrpila do vulo.

    Tegumento

    testa

    tgmen ou tegma

    SementeAmndoa

    embrio

    reservas

    radculacaulculogmula ou plmulacotildones

    albume ouendosperma ouperisperma

    SEMENTE

  • 45Chamamos de PLNTULA o embrio jdesenvolvido, em conseqncia da germinaoda semente, ou planta recm-nascida.

    Disseminao de Frutos e Sementes

    Processo pelos quais os frutos e sementes sotransportados ou lanados a maior ou menor distnciada planta que a originou.

    Agentes de Disperso

    1- ANIMAIS (zoocoria)A - Rpteis (SAUROZOOCORIA): Ex.: jacars e

    iguanas comem, no mangue, frutos de Annona glabra,realizando a disperso. Os rpteis so sensveis scores laranja e vermelho e tm olfato desenvolvido.

    B -Peixes (ICTIOCORIA): Ex.: pacu e piranjuba comemfrutos de Inga (Leguminosae), dispersando as semente.

    C - Pssaros (ORNITOCORIA): aqui, a epizoocoria rara, acontecendo por exemplo com Pisonia, umarvore com fruto pegajoso. A sinzoocoria ocorre emAraucaria angustifolia, da qual a gralha azul carregaos pinhes para vrios locais. Os pssaros tm olfatofraco, no tm dentes, mas podem trepar e voar.Caractersticas dos disporos (em ornitocoria): partecomestvel atrativa dos frutos verdes ou cidos contradeglutio prematura contra a digesto da semente:endocarpo ptreo e/ou substncias amargas,permanncia na planta-me. comum a existncia demimetismo, como a presena de arilo em sementes detesta dura, atraindo os pssaros. Ex.: Adenantherapavonina.

    D - Mamferos (MAMALIOCORIA): comum emregies tropicais. Disporos semelhantes aos dospssaros. Aqui, a epizoocoria representada pelapresena de carrapichos, Bidens pilosa (pico),ganchos Xanthium e substncias viscosas, Desmodium. A sinzoocoria ocorre em Berthalettiaexcelsa (Castanha-do-Par), onde o fruto, uma cpsulapixidiria, aberto por roedores que comem o arilo eenterram as sementes. A endozoocoria pode seracidental ou adaptativa e, neste caso, os mamferostm olfato desenvolvido e dentes, mas no enxergamcores. Caractersticas: casca resistente proteo da

    semente (substncia txica ou amarga) , odor *mamferos dispersores: A Morcegos (QUIROPTE-ROCORIA) noturnos no enxergam cores, mas tmolfato aguado e apreciam odores como o de mofo.Comem apenas a parte macia do fruto, jogando foraas sementes. Exemplos de frutos dispersos pormorcegos: jaca, sapoti (Achras), manga (Mangifera),goiaba (Psidium) B Primatas: macacos enxergamcores e so pouco olfativos. Exemplo: macacosgigantes da Amrica do Sul comem a polpa de frutosgigantes de Cassia (leguminosae), livrando-se dassementes.

    E- Formigas (MIRMECORIA): as formigas preferemas sementes com elaiossoma (parte macia contendoleos). Ex.: a carncula das sementes de mamona(Ricinus comunis).

    2- VENTO (Anemocoria)A- VOADORES: disporos-poeira: em plantas

    micofitas, saprfitas e parasitas. Ex.: Orchidaceae,Balanophoraceae. bales: quando h uma parteinflada. Ex.: Colutea arborescens (legumes inflados).- disporos plumosos: geralmente ocorrem em plantasde lugares abertos. Ex.: Asteraceae, com cipselaspeludas (dente-de-leo).

    B- ROLADORES: rolam, soprados pelo vento. Podemser grandes partes da planta. Ex.: nos desertos norte-africanos, a Rosa-de-Jeric (Anastaticahierochuntia) percorre grandes distncias.

    C- LANADORES (anemobalsticos): a balstica efetuada pelo vento. Ex.: Papaves somniferum, lanaseus disporos at 15m de distncia.

    3- GUA (Hidrocria)A) das chuvas - enxurradas - pluviobalsticos (em

    regies secas, onde a umidade provoca a balstica).

    B) correntes de gua - transporte submerso, onde acorrenteza atua sobre estruturas como plos (Pepis)ou arilides (Nymphaea alba). - disporosflutuantes: com peso especfico baixo, devido levezado endosperma, espaos areos internos ou tecidossuberosos. Em gua salgada, os disporos so maispesados. Ex. coco da Bahia (Cocus nucifera).Caractersticas: endocarpo duro protege o embrio;mesocarpo fibroso serve para flutuao; endospermalquido a proviso nutritiva.

  • 46

    Antropocrica Homem CaractersticasZoocrica Animais Com plos e espinhos que aderem (carrapicho); outros

    so ingeridos que disseminam pelas fezes

    Anemocrica Vento Minsculos ou com alas ou plos em forma de para-quedas (paineira)

    Hidrocrica gua Leves e com cutcula impermevel (coco)Bolocrica Prprio vegetal Abrem com presso lanando distncia (beijo-de-frade)Geocrpica Solo Os pednculos, aps a fecundao, enterram os frutos

    no solo onde madurecem (amendoim)

    A semente o vulo desenvolvido aps afecundao, contm a casca e a amndoa.

    Na amndoa encontra-se o embrio e com ousem reserva nutritiva.

    Plntula planta recm-nascida.

    Sntese

    Tipos

    Exerccios de Fixao

    1. Algumas sementes e frutos so minsculos, podendo apresentar alas ou plos com aspecto de para-quedas,como a paineira, caracterizando um tipo de disseminao. Informe o nome dessa disseminao.

    2. Informe o nome da disseminao onde os frutos e sementes se apresentam com plos ou espinhos, como ocarrapicho.

    3. Explique o tipo de disseminao do carrapicho.

    4. Beijo-de-frade apresenta disseminao feita pelo prprio vegetal, seus frutos abrem com grande presso.Informe o tipo de disseminao que est caracterizado.

    5. Diferencie monocotilednea de dicotilednea, atravs da semente.

    Se voc concluiu esta unidade, faa os exerccios e as atividades complementares.

    As monocotiledneas apresentam apenas umcotildone e as dicotiledneas dois.

    Disseminao das sementes um processo ondeelas ou os frutos so transportados ou lanados adistncias. Cada vegetal tem adaptaes para estefim, caracterizando um tipo de disseminao.

  • 47

    Agora que voc cumpriu todas as etapas deestudo desta disciplina, faa uma reviso dosassuntos e procure verificar se ainda persistemdvidas ou pontos que no tenham ficadoclaros. Nesse caso, voc dever comunicar-secom o tutor da disciplina. S passe auto-avaliao final depois de resolver todos osproblemas encontrados. Boa Prova!

    Atividade Complementar

    Separe alguns frutos e retire suas sementes. Depois, retire a casca da semente e classifique como eudicotilednea(se abrir em dois cotildones) ou monocotilednea (no abrir). Compare com os esquemas apresentados porVidal (1986) no captulo de semente e tente identificar cada parte.

    Observe, na natureza, como os frutos se disseminam e como esto adaptados com determinadas caractersticasque facilitam sua disperso. Observe, por exemplo, que frutos carnosos e doces, como a amora, atraem aves,pelo seu sabor e cor.

  • 48

    Se voc:

    1) concluiu o estudo deste guia;2) participou dos encontros;3) fez contato com seu tutor;4) realizou as atividades previstas;

    Ento, voc est preparado para asavaliaes.

    Parabns!

  • 49Glossrio

    Adelfia soldadura de filetes.Androceu conjunto de estames.Angiospermas plantas em que produzem sementes encerradas dentro do fruto.Arilo envoltrio acessrio da semente, geralmente com colorao vistosa podendo auxialiar na disperso.Axila Foliar base folias; encontro da folha com o caule.Carpelos rgo feminino da flor com 1 ou mais pistilos.Deiscncia abertura da antera ou do fruto.Dormncia condio especial de interrupo do crescimento.Eudicotilednea uma classe de angiosperma, apresenta dois cotildones, partes florais em mltiplo de 4 ou 5.Flor Completa tem quatro verticilos: spalas, ptalas, estames e carpelos.Flor Imperfeita nela faltam os estames ou carpelos.Flor Imperfeita falta um ou mais verticilos florais.Fototropismo curvatura ou inclinao em resposta luz.Gineceu aparelho reprodutor feminino; conjunto de carpelos.Indumento plo.Inflorescncia conjunto de flores.Macrosporo esporo feminino.Microsporo esporo masculino.Monocotilednea uma classe de angiosperma, com 1 cotildone, partes florais em mltiplo de 3. Folha com

    venao paralela.Perignio verticilo de proteo.Pistilo ovrio, estilete e estigma.Plen o corpsculo que dar origem aos gametas masculinos.

  • 50Gabarito

    Unidade I

    1. Coifa, zona de crescimento, zona pilfera e zona suberosa.2. Presena de coifa, crescimento subterminal, plos radiculares, geotropismo positivo e fototropismo negativo,

    alm de no apresentar folhas, gemas, ns e entrens.3. Grampiformes, estranguladoras, respiratrias, sugadora, de suporte e tabulares.4. Raiz axial, fasciculada, ramificada e tuberosa.5. A dicotilednea apresenta sua raiz axial e a monocotilednea fasciculada.

    Unidade II

    1. Caule um eixo que cresce com fototropismo positivo e geotropismo negativo, corpo dividido em n eentre-n, com folhas, flores e frutos. Em geral, aclorofilado.2. A lateral situa-se na axila das folhas e a terminal no pice dos ramos. Ambas tm a mesma funo.3. Em eretos, rastejantes e trepadores.4. A batata-doce uma raiz tuberosa e a batata-inglesa um caule tambm com reservas nutritivas.5. Ambos so lenhosos e resistentes, porm o tronco ramificado e o outro no apresenta ramificaes, com

    o capitel de folhas no pice.

    Unidade III

    1. Limbo, pecolo e estpulas ou bainha.2. A sssil no apresenta pecolo e a peciolada, como o nome diz, apresenta.3. So as partes do limbo de uma folha composta.4. A monocotilednea apresenta a folha com nervuras paralelas e a dicotilednea peninrvea.

    Unidade IV

    1. Brcteas, pednculo, receptculo, clice, corola, androceu e gineceu.2. Em ambas as inflorescncias, as flores alcanam a mesma altura, porm, no corimbo, elas saem de alturas

    diferentes do pednculo principal, e na umbela, partem do mesmo ponto.3. So estames no frteis.4. A monocotilednea apresenta flores trmeras e a dicotilednea tetrmeras ou pentmeras.5. O vento.6. Flor hermafrodita, actinomorfa, tetrmera, epgena, dialisspala, dialiptala, isostmones, dialistmones,

    bicarpelar, gamocarpelar, ovrio nfero. uma dicotilednea.

    Unidade V

    1.

    Ateno! S olhe as respostas depois de terresolvido as questes.

    azeitona drup indeiscente carnoso feijo legume deiscente seco

    FRUTO Classificao -Tipo Quanto deiscncia Quanto consistncia

  • 512. Mltiplo.3. Partenocarpia.4. Conjunto de frutos resultante de uma inflorescncia.5. A parte comestvel proveniente do desenvolvimento do pednculo da flor e no seu ovrio.

    Unidade VI

    1. Anemocrica.2. Zoocrica.3. Ele apresenta plos que se adere aos plos de animais ou a tecidos da roupa do homem, de forma eficiente

    levado para longe da planta que o originou.4. Bolocrica.5. A monocotilednea apresenta um cotildone na semente e a eudicotilednea 2.

  • 52Referncias Bibliogrficas

    FERRI, M. G. Botnica. Morfologia externa das plantas. 15. ed. So Paulo: Nobel, 1982. 149 p.FONT-QUER. P. Dicionario de Botnica. Barcelona: Labor. S.A., 1977. 1244 p.RAVEN, P. H. et al. Biologia Vegetal. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A, 2001. 906 p.RIZZINI, C.T. Sistematizao terminolgica da folha. Rodriguesia 29(42):103-125. 1977.SCAGEL, S. et al. El reino vegetal. Barcelona: mega, 1973. 604 p.SOUZA, L. A. Morfologia e Anatomia Vegetal. Ponta Grossa: UEPG, 2003. 259 p.VIDAL, W. N. & VIDAL, M. R. R. Botnica Organografia. Viosa: UFV, 2000. 115 p.