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Comissão Interna de Biossegurança (CIBio) Orientações para Manuseio, Processamento e Descarte de Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS DE BOTUCATU 2016

Orientações para Manuseio, Processamento e Descarte de ... · Equipamentos de contenção ... irregularidade em um laboratório na Unidade poderá resultar ... CQB compatível com

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Comissão Interna de Biossegurança

(CIBio)

Orientações para Manuseio,

Processamento e Descarte de

Organismos Geneticamente

Modificados (OGMs)

INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS DE BOTUCATU

2016

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FICHA CATALOGRÁFICA

COMISSÃO INTERNA DE BIOSSEGURANÇA/ Instituto de Biociências da Unesp

Campus Botucatu.

Orientações para Manuseio, processamento e Descarte de Organismos Geneticamente

Modificados (OGMs)

1. Organismos Geneticamente Modificados. Comissão Técnica Nacional de Biossegurança. 3.

Biossegurança. 4. Resíduos.

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Autor:

Norka Beatriz Barrueto-González

Colaboradores:

Maria Isabel Nogueira Cano

Eduardo Bagagli

Josias Rodrigues

Rogério A Oliveira

Ivana Castilho

Larissa Ragozo Cardoso de Oliveira

Flávia Dellela

Keila Emílio de Almeida

Aline Missio

Valdir González Paixão Júnior

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COMISÃO INTERNA DE BIOSSEGURANÇA / INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS

BOTUCATU – UNESP

(2014-2016)

Presidente:

Maria Isabel Nogueira Cano

Professor Adjunto do Departamento de Genética IBB/UNESP

Membros:

Eduardo Bagagli Professor Titular do Departamento de Microbiologia e Imunologia IBB/UNESP

Josias Rodrigues

Professor Adjunto. Responsável pelo Laboratório de Bacteriologia Médica do Departamento de

Microbiologia e Imunologia IBB/UNESP

Norka Beatriz Barrueto Gonzalez

Professor Assistente Doutor do Departamento de Educação IBB/UNESP

Rogério A Oliveira

Professor Assistente Doutor do Departamento de Bioestatística IBB/UNESP

Secretárias:

Ivana Castilho

Licenciada em Biologia. Mestre em Biologia Geral e Aplicada. Departamento de Microbiologia

e Imunologia, IBB/UNESP.

Larissa Ragozo Cardoso de Oliveira

Biomédica, Mestre em doenças tropicais. Doutoranda em Imunologia de doenças infecciosas e

imunomodulação. Departamento de Microbiologia e Imunologia IBB/UNESP.

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COMISÃO INTERNA DE BIOSSEGURANÇA / INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS

BOTUCATU – UNESP

(2016-2018)

Presidente:

Maria Isabel Nogueira Cano

Professor Adjunto do Departamento de Genética IBB/UNESP

Membros:

Flávia Delella

Professor Assistente Doutor do Departamento de Morfologia. IBB/UNESP

Norka Beatriz Barrueto Gonzalez

Professor Assistente Doutor do Departamento de Educação IBB/UNESP

Rogério A Oliveira

Professor Assistente Doutor do Departamento de Bioestatística IBB/UNESP

Valdir González Paixão Júnior

Professor Assistente Doutor do Departamento de Educação. IBB/UNESP

Keila Emílio de Almeida

Assistente Suporte Acadêmico I. Departamento de Morfologia IBB/UNESP.

Secretária:

Aline Missio

Licenciada em Biologia. Mestre em Biologia Geral e Aplicada. Departamento de Microbiologia

e Imunologia, IBB/UNESP.

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Sumário pg

1. Introdução ................................................................................................................................ 7

2. Competências da CIBio ........................................................................................................... 8

3. Certificado de Qualidade em Biossegurança (CQB) ............................................................... 10

4. Responsabilidades dos técnicos principais .............................................................................. 11

5. Penalidades previstas por Lei .................................................................................................. 14

6. Classes de Risco (CR) ............................................................................................................. 16

7. Níveis de Biossegurança (NB) e orientações de trabalho: NB-1, NB-2, NB-3 e NB-4 .......... 18

Práticas microbiológicas exigidas

Práticas laboratoriais especiais

Equipamentos de contenção exigidos

Instalações laboratoriais

8. Boas Práticas para trabalhar com OGM em grande escala ..................................................... 29

9. Nível de Biossegurança para trabalhar em Grande Escala (NBGE) ....................................... 30

NBGE-1

NBGE-2

NBGE-3

10.

10.1

10.2.

Manejo de resíduos contendo OGMs ......................................................................................

Manejo de resíduos contendo OGMs CR-1 ............................................................................

Manejo de resíduos contendo OGMs CR-2 ............................................................................

34

34

36

11. Procedimentos para requerer autorização para manipulação de OGMs ................................. 37

12. Modelo para elaboração do Relatório Anual (pesquisador responsável) ................................ 40

13. Orientações de importação ...................................................................................................... 42

14. Ocorrência de acidentes .......................................................................................................... 43

15. Bibliografia ............................................................................................................................. 44

Apêndice 1 ............................................................................................................................... 46

Apêndice 2 ............................................................................................................................. .. 65

Anexo (Símbolo Risco Biológico) .......................................................................................... 67

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1. INTRODUÇÃO

Apresentação

Com o intuito de informar os pesquisadores e as equipes que desenvolvem pesquisas

científicas com organismos geneticamente modificados (OGM) e animais geneticamente

modificados (AnGM) nas instalações do Instituto de Biociências da UNESP Campus Botucatu

(IBB), a Comissão Interna de Biossegurança deste Instituto (CIBio/IBB) elaborou o presente

Manual com orientações regulamentadas e condutas práticas para auxiliar a comunidade

científica no cumprimento das normas de seguranças exigidas pela Comissão Técnica Nacional

de Biossegurança (CTNBio) com relação ao manuseio, processamento e descarte de OGM e

AnGM.

Define-se Organismo Geneticamente Modificado (OGM), aquele organismo cujo

material genético DNA/RNA tenha sido modificado por qualquer técnica de engenharia

genética. Assim, a Lei Federal de Biossegurança no 11.105, de 24 de março de 2005,

estabelece as diretrizes para o controle das atividades e produtos originados do uso de OGMs.

De acordo com esta Lei Federal todo pesquisador que desejar trabalhar com OGMs

(quer para produzi-los ou importá-los) deverá receber autorização prévia da CIBio local (OGMs

CR-1) ou da CTNBio (OGMs CR-2, CR-3 e CR-4).

A concessão dessa autorização envolve a análise da capacitação do pesquisador, de

seu grupo de pesquisa, do projeto de pesquisa e da adequação das instalações onde os

trabalhos com OGMs serão desenvolvidos. Por isso, é muito importante seguir as normas

para o trabalho em contenção com OGMs, contidas neste manual, de forma a evitar a

contaminação do meio ambiente e consequentemente promover a segurança para a

comunidade.

Assim, o docente, pesquisador ou responsável técnico de setor que utiliza OGMs sem

prévia autorização da CIBio/IBB local estará infringindo a Lei Nacional de Biossegurança,

além de colocar em risco a permissão de trabalho com OGMs, obtido para uso dos membros

autorizados. Qualquer denúncia ou visita da CTNBio que constate esse tipo de

irregularidade em um laboratório na Unidade poderá resultar em suspensão do

Certificado de Qualidade em Biossegurança (CQB) do Instituto de Biociências da UNESP

Campus Botucatu, impossibilitando todos os outros membros do Instituto de trabalhar

com OGMs, além de multas/penalidades previstas na Lei.

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A Lei Federal de Biossegurança no 11.105, de 24 de março de 2005, em seu artigo 2,

parágrafo 4, menciona que as organizações públicas e privadas, nacionais, estrangeiras ou

internacionais, financiadoras ou patrocinadoras de atividades ou de projetos que envolvam

OGM devem exigir a apresentação de CQB, emitido pela CTNBio, sob pena de se tornarem co-

responsáveis pelos eventuais efeitos decorrentes do descumprimento desta Lei ou de sua

regulamentação.

2. COMPETÊNCIAS DA CIBio

A CTNBio, vinculada ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação e criada pela Lei

Federal de Biossegurança no 11.105, define que toda instituição que utilizar técnicas e métodos

de engenharia genética ou realizar pesquisas com OGM e seus derivados deverá criar uma

Comissão Interna de Biossegurança (CIBio), com as seguintes competências:

Art. 8º da Resolução Normativa Nº 11, de 22 de Outubro de 2013.

Compete à CIBio no âmbito de sua instituição:

I - encaminhar à CTNBio todos os pleitos e documentos envolvendo projetos e

atividades com OGM e seus derivados previstas no art. 1º da Lei 11.105, de 2005,

conforme normas específicas da CTNBio, para os fins de análise e decisão;

II - avaliar e revisar todas as propostas de atividades com OGM e seus derivados

conduzidas na unidade operativa, bem como identificar todos os fatores e situações de

risco à saúde humana e ao meio ambiente e fazer recomendações a todos os envolvidos

sobre esses riscos e como manejá-los;

III - avaliar a qualificação e a experiência do pessoal envolvido nas atividades propostas,

de modo a garantir a biossegurança;

IV - manter registro do acompanhamento individual de cada atividade ou projeto em

desenvolvimento, envolvendo OGM e seus derivados e suas avaliações de risco, por

meio de relatórios anuais;

V - elaborar e divulgar normas e tomar decisões sobre assuntos específicos no âmbito da

instituição em procedimentos de biossegurança, sempre em consonância com as normas

da CTNBio;

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VI - realizar, no mínimo, uma inspeção anual das instalações incluídas no CQB para

assegurar o cumprimento dos requisitos e níveis de biossegurança exigidos, mantendo

registro das inspeções, recomendações e ações decorrentes;

VII - manter informados os trabalhadores e demais membros da coletividade, sujeitos a

situações de risco decorrentes da atividade, sobre possíveis danos à saúde e meios de

proteção e prevenção para segurança, bem como sobre os procedimentos em caso de

acidentes;

VIII - estabelecer programas preventivos, de capacitação em biossegurança e de

inspeção para garantir o funcionamento das instalações sob sua responsabilidade, dentro

dos padrões e normas de biossegurança definidos pela CTNBio;

IX – autorizar, com base nas Resoluções Normativas da CTNBio, a transferência de

OGM e seus derivados, dentro do território nacional, para outra unidade que possua

CQB compatível com a classe de risco do OGM transferido, assumindo toda a

responsabilidade decorrente dessa transferência;

X - assegurar que suas recomendações e as da CTNBio sejam observadas pelo Técnico

Principal;

XI - garantir a observância dos níveis de biossegurança definidos pelas normas da

CTNBio;

XII - adotar meios necessários para informar à CTNBio, às autoridades da saúde

pública, do meio ambiente, da defesa agropecuária, à coletividade e aos demais

empregados da instituição ou empresa sobre os riscos a que possam estar submetidos,

bem como os procedimentos a serem tomados no caso de acidentes com OGM;

XIII - notificar imediatamente à CTNBio e aos órgãos e entidades de registro e

fiscalização pertinentes sobre acidente ou incidente que possam provocar disseminação

de OGM e seus derivados;

XIV - investigar acidentes ocorridos no curso de pesquisas e projetos na área de

engenharia genética e enviar o relatório respectivo à autoridade competente, no prazo

máximo de 5 (cinco) dias, contados a partir da data do evento;

XV - consultar formalmente a CTNBio, quando julgar necessário;

XVI - desempenhar outras atribuições conforme delegação da CTNBio.

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Art. 10. A CIBio deverá encaminhar anualmente à CTNBio relatório das atividades

desenvolvidas no âmbito da unidade operativa, até 31 (trinta e um) de março de cada ano,

sob pena de suspensão do CQB e paralisação das atividades.

3. CERTIFICADO DE QUALIDADE EM BIOSSEGURANÇA (CQB)

Compete à CIBio requerer à CTNBio, a emissão do CQB para a realização de pesquisa

em laboratório com OGM, em regime de contenção ou campo, como parte do processo de

obtenção de OGM ou de avaliação da biossegurança de OGM, o que engloba, no âmbito

experimental, a construção, o cultivo, a manipulação, o transporte, a comercialização, a

transferência, a importação, a exportação, o armazenamento, a liberação no meio ambiente e o

descarte de OGM.

A obtenção do CQB concedido pela CTNBio ao IBB/UNESP de Botucatu nos

confere o direito de manipular OGMs de classe de risco 1 (CR-1). O CQB é um certificado

atribuído à Instituição, e não aos seus pesquisadores, projetos e laboratórios. Assim, todo

pesquisador que manipula OGM e AnGM deve requerer uma extensão do CQB junto à

CIBio/IBB, mediante a submissão do projeto para que a CIBio/IBB possa realizar a

análise do mesmo. Após aprovado, o trabalho receberá a identificação referente à

extensão do CQB.

A obtenção do CQB implica no cumprimento das exigências e obrigações aplicadas às

pessoas e instituições que trabalham com OGMs, as quais devem ser conhecidas e

rigorosamente cumpridas por todos visando a proteção dos trabalhadores, preservação da saúde

pública, dos recursos naturais e do meio ambiente, conforme disposto nas legislações vigentes.

Estas exigências foram reunidas em Resoluções Normativas (Resolução Normativa n° 1,

de 20/06/06 - http://www.ctnbio.gov.br/index.php/content/view/3486.html; Resolução

Normativa n° 2 de 27/11/06 - http://www.ctnbio.gov.br/index.php/content/view/3913.html e

Resolução Normativa n° 11, de 22/10/13 -

http://www.ctnbio.gov.br/index.php/content/view/3486.html) e Instruções Normativas

estabelecidas pela CTNBio com base na Lei Nacional de Biossegurança (Lei n° 11.105, de

24/03/05), a mesma que norteou a elaboração deste Manual de Biossegurança do Instituto de

Biociências da UNESP Campus Botucatu.

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4. RESPONSABILIDADES DO TÉCNICO PRINCIPAL

Considera-se técnico principal, o supervisor/orientador do trabalho com OGM. O

técnico principal deverá ser docente, pesquisador ou orientador do projeto que tenha vínculo

com o Instituto de Biociências da UNESP Campus Botucatu. Em casos em que não houver

vínculo formal (pós-graduandos, bolsistas, estagiários e pesquisadores convidados), o

responsável pelo laboratório onde se desenvolverá a pesquisa, deverá efetuar a solicitação em

seu nome, tornando-se o técnico principal e o responsável sob os aspectos legais do projeto.

O pesquisador é aquele que executa o procedimento sob orientação do técnico

principal, e poderá ser o pós-graduando, bolsista, estagiário ou pesquisador. O técnico principal

e o pesquisador devem estar completamente familiarizados com os requerimentos da legislação

de biossegurança, e devem garantir que, na execução de projetos que envolvam o uso de OGMs,

eles sejam obedecidos.

A fim de facilitar o entendimento do processo de regulamentação das atividades

envolvendo OGMs e AnGMs nas áreas de saúde humana e animal, e assim manter os técnicos

principais cientes de seus deveres e das penalidades previstas em lei, a CIBio/IBB reuniu neste

manual as principais competências e as orientações de acordo com Resolução Normativa Nº 11,

de 22 de outubro de 2013.

Art. 11º da Resolução Normativa Nº 11, de 22 de outubro de 2013.

Competências do Técnico Principal:

I – assegurar o cumprimento das normas de biossegurança em conformidade com as

recomendações da CTNBio e da CIBio;

II – submeter à CIBio proposta de atividade, especificando as medidas de biossegurança que

serão adotadas;

III – apresentar à CIBio, antes do início de qualquer atividade, as informações e documentação

na forma definida nas respectivas Resoluções Normativas da CTNBio;

IV - assegurar que as atividades não serão iniciadas até a emissão de decisão técnica favorável

pela CTNBio e, quando for o caso, autorizada pelo órgão de registro e fiscalização competente;

V – solicitar a autorização prévia à CIBio para efetuar qualquer mudança nas atividades

anteriormente aprovadas, para que seja submetida à CTNBio para aprovação;

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VI - enviar à CIBio solicitação de autorização de importação de material biológico envolvendo

OGM e seus derivados, para que seja submetida à CTNBio para aprovação;

VII – solicitar à CIBio autorização para transferência de OGM e seus derivados, dentro do

território nacional, com base nas Resoluções Normativas da CTNBio;

VIII – assegurar que a equipe técnica e de apoio envolvida nas atividades com OGM e seus

derivados recebam treinamento apropriado em biossegurança e que estejam cientes das

situações de riscos potenciais dessas atividades e dos procedimentos de proteção individual e

coletiva no ambiente de trabalho, mediante assinatura de declaração específica;

IX - notificar à CIBio as mudanças na equipe técnica do projeto, enviando currículo dos

possíveis novos integrantes;

X - relatar à CIBio, imediatamente, todos os acidentes e agravos à saúde possivelmente

relacionados às atividades com OGM e seus derivados;

XI – assegurar, junto à instituição responsável, a disponibilidade e a manutenção dos

equipamentos e da infra-estrutura de biossegurança;

XII - fornecer à CIBio informações adicionais, quando solicitadas, bem como atender a

possíveis auditorias da CIBio.

XIII - solicitar à CIBio o cancelamento do CQB no caso de interrupção definitiva do seu

projeto;

XIV - apresentar anualmente à CIBio/IBB relatório de atividades (modelo em anexo)

quando solicitado para que a Comissão possa elaborar um Relatório Anual, contendo

todas as atividades desenvolvidas no IBB/UNESP para encaminhar à CTNBio até 31

(trinta e um) de março de cada ano, sob pena de suspensão do CQB e paralisação das

atividades.

Observação: todo projeto envolvendo animais e material humano deve ser também submetido

aos seus respectivos Comitês de Ética.

Art. 16º da Resolução Normativa Nº 11, de 22 de outubro de 2013.

Dos órgãos e entidades de registro e fiscalização:

Art. 16. Caberá aos órgãos e entidades de registro e fiscalização do Ministério da Saúde,

do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Ministério do Meio Ambiente, e

da Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca da Presidência da República entre outras

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atribuições, no campo de suas competências, observadas a decisão técnica da CTNBio, as

deliberações do CNBS e os mecanismos estabelecidos nesta Lei e na sua regulamentação:

I – fiscalizar as atividades de pesquisa de OGM e seus derivados;

II – registrar e fiscalizar a liberação comercial de OGM e seus derivados;

III – emitir autorização para a importação de OGM e seus derivados para uso comercial;

IV – manter atualizado no SIB o cadastro das instituições e responsáveis técnicos que

realizam atividades e projetos relacionados a OGM e seus derivados;

V – tornar públicos, inclusive no SIB, os registros e autorizações concedidas;

VI – aplicar as penalidades de que trata esta Lei;

VII – subsidiar a CTNBio na definição de quesitos de avaliação de biossegurança de OGM

e seus derivados.

§ 1o Após manifestação favorável da CTNBio, ou do CNBS, em caso de avocação ou

recurso, caberá, em decorrência de análise específica e decisão pertinente:

I – ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento emitir as autorizações e

registros e fiscalizar produtos e atividades que utilizem OGM e seus derivados destinados a uso

animal, na agricultura, pecuária, agroindústria e áreas afins, de acordo com a legislação em

vigor e segundo o regulamento desta Lei;

II – ao órgão competente do Ministério da Saúde emitir as autorizações e registros e

fiscalizar produtos e atividades com OGM e seus derivados destinados a uso humano,

farmacológico, domissanitário e áreas afins, de acordo com a legislação em vigor e segundo o

regulamento desta Lei;

III – ao órgão competente do Ministério do Meio Ambiente emitir as autorizações e

registros e fiscalizar produtos e atividades que envolvam OGM e seus derivados a serem

liberados nos ecossistemas naturais, de acordo com a legislação em vigor e segundo o

regulamento desta Lei, bem como o licenciamento, nos casos em que a CTNBio deliberar, na

forma desta Lei, que o OGM é potencialmente causador de significativa degradação do meio

ambiente;

IV – à Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca da Presidência da República emitir as

autorizações e registros de produtos e atividades com OGM e seus derivados destinados ao uso

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na pesca e aquicultura, de acordo com a legislação em vigor e segundo esta Lei e seu

regulamento.

§ 2o Somente se aplicam as disposições dos incisos I e II do art. 8o e do caput do art. 10 da

Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, nos casos em que a CTNBio deliberar que o OGM é

potencialmente causador de significativa degradação do meio ambiente.

§ 3o A CTNBio delibera, em última e definitiva instância, sobre os casos em que a

atividade é potencial ou efetivamente causadora de degradação ambiental, bem como sobre a

necessidade do licenciamento ambiental.

§ 4o A emissão dos registros, das autorizações e do licenciamento ambiental referidos nesta

Lei deverá ocorrer no prazo máximo de 120 (cento e vinte) dias.

§ 5o A contagem do prazo previsto no § 4o deste artigo será suspensa, por até 180 (cento e

oitenta) dias, durante a elaboração, pelo requerente, dos estudos ou esclarecimentos necessários.

§ 6o As autorizações e registros de que trata este artigo estarão vinculados à decisão

técnica da CTNBio correspondente, sendo vedadas exigências técnicas que extrapolem as

condições estabelecidas naquela decisão, nos aspectos relacionados à biossegurança.

§ 7o Em caso de divergência quanto à decisão técnica da CTNBio sobre a liberação

comercial de OGM e derivados, os órgãos e entidades de registro e fiscalização, no âmbito de

suas competências, poderão apresentar recurso ao CNBS, no prazo de até 30 (trinta) dias, a

contar da data de publicação da decisão técnica da CTNBio.

5. PENALIDADES PREVISTAS POR LEI

Capítulo VII da LEI Nº 11.105, de 24 de março de 2005

Responsabilidade Civil e Administrativa:

Art. 20. Sem prejuízo da aplicação das penas previstas nesta Lei, os responsáveis pelos

danos ao meio ambiente e a terceiros responderão, solidariamente, por sua indenização ou

reparação integral, independentemente da existência de culpa.

Art. 21. Considera-se infração administrativa toda ação ou omissão que viole as normas

previstas nesta Lei e demais disposições legais pertinentes.

Parágrafo único. As infrações administrativas serão punidas na forma estabelecida no

regulamento desta Lei, independentemente das medidas cautelares de apreensão de produtos,

suspensão de venda de produto e embargos de atividades, com as seguintes sanções:

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I – advertência;

II – multa;

III – apreensão de OGM e seus derivados;

IV – suspensão da venda de OGM e seus derivados;

V – embargo da atividade;

VI – interdição parcial ou total do estabelecimento, atividade ou empreendimento;

VII – suspensão de registro, licença ou autorização;

VIII – cancelamento de registro, licença ou autorização;

IX – perda ou restrição de incentivo e benefício fiscal concedidos pelo governo;

X – perda ou suspensão da participação em linha de financiamento em estabelecimento

oficial de crédito;

XI – intervenção no estabelecimento;

XII – proibição de contratar com a administração pública, por período de até 5 (cinco)

anos.

Art. 22. Compete aos órgãos e entidades de registro e fiscalização, referidos no art. 16

desta Lei, definir critérios, valores e aplicar multas de R$ 2.000,00 (dois mil reais) a R$

1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais), proporcionalmente à gravidade da infração.

§ 1o As multas poderão ser aplicadas cumulativamente com as demais sanções previstas

neste artigo.

§ 2o No caso de reincidência, a multa será aplicada em dobro.

§ 3o No caso de infração continuada, caracterizada pela permanência da ação ou omissão

inicialmente punida, será a respectiva penalidade aplicada diariamente até cessar sua causa, sem

prejuízo da paralisação imediata da atividade ou da interdição do laboratório ou da instituição

ou empresa responsável.

Art. 23. As multas previstas nesta Lei serão aplicadas pelos órgãos e entidades de registro

e fiscalização dos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da Saúde, do Meio

Ambiente e da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República,

referidos no art. 16 desta Lei, de acordo com suas respectivas competências.

§ 1o Os recursos arrecadados com a aplicação de multas serão destinados aos órgãos e

entidades de registro e fiscalização, referidos no art. 16 desta Lei, que aplicarem a multa.

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§ 2o Os órgãos e entidades fiscalizadores da administração pública federal poderão celebrar

convênios com os Estados, Distrito Federal e Municípios, para a execução de serviços

relacionados à atividade de fiscalização prevista nesta Lei e poderão repassar-lhes parcela da

receita obtida com a aplicação de multas.

§ 3o A autoridade fiscalizadora encaminhará cópia do auto de infração à CTNBio.

§ 4o Quando a infração constituir crime ou contravenção, ou lesão à Fazenda Pública ou ao

consumidor, a autoridade fiscalizadora representará junto ao órgão competente para apuração

das responsabilidades administrativa e penal.

§ 1o (VETADO)

§ 2o Agrava-se a pena:

I – de 1/6 (um sexto) a 1/3 (um terço), se resultar dano à propriedade alheia;

II – de 1/3 (um terço) até a metade, se resultar dano ao meio ambiente;

III – da metade até 2/3 (dois terços), se resultar lesão corporal de natureza grave em

outrem;

IV – de 2/3 (dois terços) até o dobro, se resultar a morte de outrem.

Art. 28. Utilizar, comercializar, registrar, patentear e licenciar tecnologias genéticas de

restrição do uso:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

Art. 29. Produzir, armazenar, transportar, comercializar, importar ou exportar

OGM ou seus derivados, sem autorização ou em desacordo com as normas estabelecidas

pela CTNBio e pelos órgãos e entidades de registro e fiscalização:

Pena – reclusão, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.

6. CLASSES DE RISCO (CR)

A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) através da Resolução

Normativa n° 2, definiu risco como a possibilidade de promoção de evento negativo,

cientificamente fundamentado, para a saúde humana e animal, os vegetais, outros organismos e

o meio ambiente, decorrente de processos ou situações envolvendo OGM e/ou AnGM e seus

derivados. Os OGMs são classificados em quatro classes de risco (CR), adotando-se como

critérios o potencial patogênico dos organismos doador e receptor, a(s) sequência(s)

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nucleotídica(s) transferida(s), a expressão desta(s) no organismo receptor, o OGM resultante e

seus efeitos adversos à saúde humana e animal, aos vegetais e ao meio ambiente.

Para genes que codificam produtos nocivos para a saúde humana e animal, aos vegetais

e ao meio ambiente, o vetor utilizado deverá ter capacidade limitada para sobreviver fora do

ambiente de contenção. Todo OGM deverá possuir um marcador capaz de identificá-lo dentro

de uma população da mesma espécie. As classes de risco dos OGMs serão assim definidas:

(a) Classe de risco 1 (CR-1) - (baixo risco individual e baixo risco para a comunidade)

- organismos que não causem doença ao homem ou animal.

(b) Classe de risco 2 (CR-2) - (risco individual moderado e risco limitado para que não

consiste em sério risco, a quem o manipula em condições de contenção, a comunidade,

aos seres vivos e ao meio ambiente. As exposições laboratoriais podem causar infecção,

mas as existências de medidas eficazes de tratamento e prevenção limitam o risco,

sendo o risco de disseminação bastante limitado.

(c) Classe de risco 3 (CR-3) - (elevado risco individual e risco limitado para a

comunidade) - patógeno que geralmente causa doenças graves ao homem ou aos

animais e pode representar um sério risco a quem o manipula. Pode representar um

risco se disseminado na comunidade, mas usualmente existem medidas de tratamento e

de prevenção.

(d) Classe de risco 4 (CR-4) - (elevado risco individual e elevado risco para a

comunidade) - patógeno que representa grande ameaça para o ser humano e para aos

animais, representando grande risco a quem o manipula e tendo grande poder de

transmissibilidade de um indivíduo a outro. Normalmente, não existem medidas

preventivas e de tratamento para esses agentes.

A “Classificação de Risco dos Agentes Biológicos”, do Ministério da Saúde (2006) será

utilizada como base de informação dos agentes infecciosos para humanos e animais

(http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/06_1156_M.pdf.).

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Importante: Em caso de dúvida quanto à classificação de um OGM deverá consultar a

bibliografia sugerida ou entrar em contato com a CIBio/IBB ([email protected])

7. NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA (NB) E ORIENTAÇÕES DE TRABALHO

Para manipulação dos microrganismos pertencentes a cada uma das quatro classes de

risco devem ser atendidos alguns requisitos de segurança, conforme o nível de contenção

necessário, a fim de garantir o trabalho de forma segura para os seres humanos. Estes níveis de

contenção são denominados de níveis de biossegurança (NB).

As atividades e os projetos envolvendo OGMs/AnGMs e seus derivados deverão ser

precedidos de uma análise detalhada e criteriosa de todas as condições experimentais, devendo-

se utilizar o nível de biossegurança adequado a classe de risco do OGM/AnGM manipulado. O

nível de biossegurança de atividades e projetos será determinado segundo o OGM de maior

classe de risco envolvido.

São quatro os níveis de biossegurança: NB-1, NB-2, NB-3 e NB-4, crescentes no maior

grau de contenção e complexidade do nível de proteção, de acordo com a classe de risco do

OGM. Quando não se conhece o potencial patogênico do OGM resultante, deverá ser procedida

uma análise detalhada e criteriosa de todas as condições experimentais.

NÍVEL DE BIOSSEGURANÇA 1 - NB-1

É adequado ao trabalho que envolva agente com o menor grau de risco para o pessoal do

laboratório e para o meio ambiente. O laboratório, neste caso, não está separado das demais

dependências do edifício. O trabalho é conduzido, em geral, em bancada. Os equipamentos de

contenção específicos não são exigidos. O pessoal de laboratório deverá ter treinamento

específico nos procedimentos realizados no laboratório e deverão ser supervisionados por

cientista com treinamento em Microbiologia ou ciência correlata. O organismo receptor ou

parental classificado como classe de risco 1 deve ser manipulado nas condições especificadas

para o Nível de Biossegurança 1. Apenas os OGMs classificados no Grupo I poderão ser

trabalhados nas condições descritas para o NB 1. Os OGMs classificados no Grupo II deverão

ser manipulados sob as condições previstas para os Níveis de Biossegurança 2, 3 ou 4,

conforme a classificação de risco do organismo receptor ou parental que deu origem ao OGM.

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PRÁTICAS MICROBIOLÓGICAS EXIGIDAS PARA O NB-1

O acesso ao laboratório deve ser limitado ou restrito de acordo com a definição do

Pesquisador Principal, quando estiver sendo realizado experimento. As superfícies de trabalho

devem ser descontaminadas uma vez ao dia ou sempre que ocorrer derramamento de material

viável. Todo resíduo líquido ou sólido contaminado deve ser descontaminado antes de ser

descartado, assim como todo material ou equipamento que tiver entrado em contato com o

OGM. Deve-se utilizar dispositivo mecânico para pipetagem, pois é impróprio e arriscado

pipetar com a boca. É proibido comer, beber, fumar e aplicar cosméticos nas áreas de trabalho.

Alimentos devem ser guardados em áreas específicas para este fim, fora do laboratório. As

mãos devem ser lavadas antes de sair do laboratório após a manipulação de organismos

contendo DNA/RNA recombianante. Objetivando a prática de higiene pessoal, pias e roupas

para proteção (uniformes e jalecos) devem ser utilizados para minimizar o risco de exposição ao

OGM.

PRÁTICAS LABORATORIAIS ESPECIAIS PARA O NB-1

Materiais contaminados só podem ser retirados do laboratório em recipientes rígidos à

prova de vazamentos. Deve ser providenciado um programa rotineiro de controle de insetos e

roedores.

EQUIPAMENTOS DE CONTENÇÃO EXIGIDOS PARA O NB-1

Em geral para o NB-1 não são exigidos equipamentos de contenção de agentes

classificados no Grupo de Risco I.

INSTALAÇÕES LABORATORIAIS PARA O NB-1

O laboratório deve ser desenhado de modo que permita fácil limpeza e

descontaminação. É recomendável que a superfície das bancadas seja impermeável `a água e

resistente a ácidos, álcalis, solventes orgânicos e a calor moderado. Os espaços entre as

bancadas, cabines e equipamentos devem ser suficientes para permitir a limpeza. Cada

laboratório deve possuir uma pia para lavagem das mãos.

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NÍVEL DE BIOSSEGURANÇA 2 - NB-2

É semelhante ao NB-1 e é adequado ao trabalho que envolva agentes de risco moderado

para as pessoas e para o meio ambiente. Difere do NB-1 nos seguintes aspectos: (1) O pessoal

de laboratório deve ter treinamento técnico específico no manejo de agentes patogênicos e

devem ser supervisionados pelo Técnico Principal; (2) O acesso ao laboratório deve ser

limitado durante os procedimentos operacionais; (3) Determinados procedimentos nos quais

exista possibilidade de formação de aerossóis infecciosos devem ser conduzidos em cabines de

segurança biológica ou outro equipamento de contenção física. Todo OGM classificado no

Grupo II e originado a partir de receptor ou parental classificado na classe 2 deve obedecer aos

parâmetros estabelecidos para o NB-2.

PRÁTICAS MICROBIOLÓGICAS EXIGIDAS PARA O NB-2

As práticas microbiológicas exigidas para o NB-2 são as mesmas já descritas para o NB-1.

PRÁTICAS ESPECIAIS PARA O NB-2

Além das práticas especiais descritas para o NB-1 devem ser incluídas para o NB-2 as

práticas a seguir discriminadas:

O Técnico Principal deve estabelecer políticas e procedimentos com ampla

informação a todos que trabalham no laboratório sobre o potencial de risco

relacionado ao trabalho, bem como sobre os requisitos específicos para entrada

em laboratório e em salas onde ocorre manipulação de animal.

No interior do laboratório, os frequentadores devem utilizar roupas apropriadas e

equipamentos de proteção individual (EPI) tais como jalecos, gorros, máscaras

etc. Os EPI devem ser retirados antes de sair do laboratório para áreas externas

(biblioteca, cantina, escritório administrativo), e deixados no laboratório.

Quando organismos contendo moléculas de DNA/RNA recombinantes estiverem

sendo manipulados são exigidos requisitos especiais para a entrada de pessoal no

laboratório (por exemplo a vacinação).

Deve ser colocado um aviso sinalizando o risco, identificando o agente e o nome

do Técnico Principal, endereço completo e diferentes possibilidades de sua

localização ou outra pessoa responsável.

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Todos os requisitos necessários para a entrada no laboratório devem estar

assinalados na porta de entrada.

É proibida a admissão de animais que não estejam relacionados ao trabalho em

execução no laboratório.

Cuidados especiais devem ser tomados para impedir contaminação da pele com

organismos contendo moléculas de DNA/RNA recombinantes; devem ser usadas

luvas no manejo de animais em experimentação e sempre que houver

possibilidade de contato da pele com o OGM.

Todo lixo de laboratório e da sala de animais deve ser adequadamente

descontaminado antes de ser descartado de acordo com as especificações da

ANVISA (Resolução RDC 306/04) e CONAMA (Resolução 358/05) cujos links

encontram-se ao final deste documento nas Referências Bibliográficas.

Agulhas e seringas hipodérmicas devem ser usadas somente para inoculação

parenteral e para aspiração de fluidos de animais de laboratório e de garrafas de

diafragmas.

Devem ser usadas somente seringas com agulha fixa ou agulha e seringa em uma

unidade única nas atividades de injeção ou aspiração de fluidos contendo

moléculas de DNA/RNA recombinantes. Extrema precaução deve ser tomada

quando forem manuseadas agulhas e seringas de modo a evitar a auto-inoculação

e a produção de aerossóis durante o uso e o descarte. As agulhas não devem ser

entortadas, quebradas, recapeadas ou removidas da seringa após o uso. Agulha e

seringa devem ser imediatamente colocadas em recipiente resistente a prova de

perfurações e descontaminados, preferencialmente autoclavados antes do

descarte. Desaconselha-se a reutilização de seringas.

Derramamentos ou acidentes que resultem em exposição a organismo contendo

moléculas de DNA/RNA recombinante devem ser imediatamente notificados à CIBio e à

CTNBio, com providências de avaliação médica, vigilância e tratamento, sendo mantido

registro dos acidentes e das providências adotadas.

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Quando apropriado, dependendo do agente manipulado, para referência futura, devem

ser mantidas amostras referência de soro do pessoal do laboratório ou de outras pessoas

possivelmente expostas ao risco, inclusive pessoal de limpeza e de manutenção. Amostras

adicionais de soro devem ser colhidas periodicamente dependendo do agente manipulado ou em

função das instalações laboratoriais.

Todo o pessoal deve ser orientado sobre os possíveis riscos e para a necessidade de

seguir as especificações de cada rotina de trabalho, procedimentos de biossegurança e práticas

estabelecidas no Manual.

EQUIPAMENTOS DE CONTENÇÃO PARA O NB-2

Devem ser utilizadas cabines de segurança biológica (Classe I ou II), Apêndice 2, ou

outro dispositivo de contenção pessoal ou dispositivos de contenção física sempre que:

(a) sejam realizados procedimentos com elevado potencial de criação de aerossóis, como

centrifugação, trituração, homogeneização, agitação vigorosa, ruptura por sonicação, abertura

de recipientes contendo material onde a pressão interna possa ser diferente da pressão

ambiental, inoculação intranasal em animais e em cultura de tecidos infectados;

(b) altas concentrações ou grandes volumes de organismos contendo DNA/RNA recombinante.

Tais materiais só poderão ser centrifugados fora de cabines de segurança se forem

utilizadas centrífugas de segurança e frascos lacrados. Estes só deverão ser abertos no interior

da cabine de segurança biológica.

INSTALAÇÕES LABORATORIAIS PARA O NB-2

As instalações laboratoriais exigidas para o NB-2 devem atender as especificações

estabelecidas para o NB-1 acrescidas da seguinte exigência:

Uma autoclave deve estar disponível para descontaminação no interior ou próximo

ao laboratório de modo a permitir a descontaminação de todo material

previamente ao seu descarte.

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NÍVEL DE BIOSSEGURANÇA 3 - NB-3

É aplicável aos locais onde forem desenvolvidos trabalhos com OGM resultantes de

agentes infecciosos Classe 3, que possam causar doenças sérias e potencialmente letais, como

resultado de exposição por inalação. O pessoal do laboratório deve ter treinamento específico

no manejo de agentes patogênicos e potencialmente letais, devendo ser supervisionados por

cientistas com vasta experiência com esses agentes. Todos os procedimentos que envolverem a

manipulação de material infeccioso devem ser conduzidos dentro de cabines de segurança

biológica ou outro dispositivo de contenção física. Os manipuladores devem usar roupas de

proteção individual. O laboratório deverá ter instalações compatíveis para o NB-3.

Para alguns casos, quando não existirem as condições específicas para o NB-3,

particularmente em instalações laboratoriais sem área de acesso específica, ambientes selados

ou fluxo de ar unidirecional, as atividades de rotina e operações repetitivas podem ser realizadas

em laboratório com instalações NB-2, acrescidas das práticas recomendadas para NB-3 e o uso

de equipamentos de contenção para NB-3. Cabe ao Pesquisador Principal a decisão de

implementar essas modificações, comunicando-as a CIBio e CTNBio.

PRÁTICAS MICROBIOLÓGICAS PARA O NB-3

Além das práticas microbiológicas estabelecidas para o NB-2, o trabalho com agentes de

risco 3 exige que menores de 18 anos de idade não entrem no laboratório. Se forem realizados

experimentos com agentes que exigirem nível de contenção inferior a NB-3, eles devem ser

conduzidos de acordo com as práticas laboratoriais estabelecidas para o NB-3.

PRÁTICAS ESPECIAIS PARA O NB-3

Além das práticas estabelecidas para o NB-2 devem ser obedecidas para o NB-3 as

práticas a seguir discriminadas:

As superfícies de trabalho das cabines de segurança e de outros equipamentos de

contenção devem ser descontaminadas sempre ao término do trabalho com moléculas de

DNA/RNA recombinantes.

Toalhas absorventes com uma face de plástico voltado para baixo, recobrindo as

superfícies das bancadas, facilitam o trabalho de limpeza.

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Deve ser usado uniforme completo específico para as áreas de trabalho com OGM. É

proibido o uso dessas roupas fora do laboratório. As mesmas devem ser

descontaminadas antes de serem encaminhadas a lavanderia ou para descarte.

Devem ser usadas máscaras faciais apropriadas ou respiradores nas salas onde são

manipulados animais de experimentação.

Animais de laboratório em NB-3 devem ser mantidos em sistemas de confinamento

parcial (sistemas de caixas com filtros e paredes rígidas ou sistemas de contenção de

caixas equipados com radiação ultravioleta e refletores).

Os sistemas convencionais de caixas só poderão ser usados quando todo o pessoal

utilizar dispositivos e roupas protetoras. Esses dispositivos devem incluir roupa

completa do tipo escafandro e respiradores.

Todo o pessoal deverá tomar banho ao deixar essas áreas de trabalho.

As linhas de vácuo devem estar protegidas com filtro de ar com elevada eficiência

(filtros HEPA, High Efficiency Particulated Air) e coletores com líquido desinfetante.

EQUIPAMENTOS DE CONTENÇÃO PARA O NB-3

Cabines de segurança biológica (Classes I, II ou III), ou outra combinação apropriada de

dispositivos de proteção pessoal e contenção física devem ser usados em qualquer operação

com OGM. Estas incluem manipulação de culturas e de material clínico ou ambiental,

operações de desafio de animais, cultivo de tecidos ou fluidos infectados de animais em

experimentação ou ovos embrionados, e necropsia de animais em experimentação.

INSTALAÇÕES LABORATORIAIS PARA O NB-3

O laboratório deverá estar separado das áreas de trânsito irrestrito do prédio. É exigido

um sistema de dupla porta como requisito básico para entrada no laboratório a partir de

corredores de acesso ou para outras áreas contíguas. A separação física entre laboratório de

elevada contenção e os demais laboratórios ou corredores de acesso, pode ser por sistema de

dupla porta, com sala para troca de roupas, chuveiros, bloqueio de ar e outros dispositivos, para

acesso ao mesmo em duas etapas. As superfícies das paredes internas, pisos e tetos devem ser

resistentes a água, de modo a permitir acesso fácil para limpeza. Toda a superfície deve ser

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selada e sem reentrâncias, para facilitar limpeza e descontaminação. As superfícies das

bancadas devem ser impermeáveis a água e resistentes aos ácidos, álcalis, solventes orgânicos e

a calor moderado.

O mobiliário do laboratório deve ser rígido, com espaçamentos entre as bancadas,

cabines e equipamentos para permitir acesso fácil para limpeza.

Próxima a porta de saída cada laboratório deve ter pelo menos uma pia para lavar as

mãos. A torneira deve ter um sistema automático de acionamento ou sistema de pedais.

As janelas do laboratório devem ser fechadas ou lacradas.

As portas de acesso ao laboratório ou ao módulo de contenção devem possuir

fechamento automático.

Deve existir autoclave para a descontaminação de resíduos, localizada no interior do

laboratório ou em área contígua, preferencialmente com sistema de dupla porta.

O laboratório deve ter um sistema de ar independente, com ventilação unidirecional,

onde o fluxo de ar penetra no laboratório pela área de entrada. Não deve existir exaustão do ar

para outras áreas do prédio. O ar de exaustão não deve, portanto, ser recirculado e deverá ser

filtrado através de filtro HEPA antes de ser eliminado para o exterior do laboratório. Deve haver

verificação constante do fluxo de ar no laboratório.

O ar de saída das cabines de segurança biológica com filtros HEPA de elevada eficiência

(Classe I ou Classe II) deve ser retirado diretamente para fora do edifício por sistema de

exaustão.

O ar de saída das cabines pode recircular no interior do laboratório se a cabine for

testada e certificada anualmente.

NÍVEL DE BIOSSEGURANÇA 4 - NB-4

Este nível de contenção deve ser usado sempre que o trabalho envolver OGM resultante

de organismo receptor ou parental classificado como classe de risco 4 ou sempre que envolver

organismo receptor, parental ou doador com potencial patogênico desconhecido.

PRÁTICAS ESPECIAIS PARA O NB-4

Devem ser obedecidas as práticas especiais estabelecidas para o NB-3 acrescida das

exigências a seguir:

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Nenhum material deverá ser removido do laboratório de contenção máxima, a menos

que tenha sido autoclavado ou descontaminado, exceção feita aos materiais biológicos

que necessariamente tenham que ser retirados na forma viável ou intacta.

Suprimentos e materiais a serem usados no laboratório devem ser descontaminados em

autoclave de dupla porta, câmara de fumigação, ou sistema de ante-câmara pressurizada.

O material biológico viável, a ser removido de cabines Classe III ou do laboratório de

contenção, deve ser acondicionado em recipiente de contenção inquebrável e selado.

Este, por sua vez, deve ser acondicionado dentro de um segundo recipiente também

inquebrável e selado, que passe por um tanque de imersão contendo desinfetante, ou por

uma câmara de fumigação ou por um sistema de barreira de ar.

Equipamentos ou materiais que não resistam a temperaturas elevadas devem ser

descontaminados utilizando-se gases ou vapor em câmara específica.

Somente pessoas que trabalham no laboratório devem ter permissão para entrar.

O supervisor tem a responsabilidade final no controle do acesso ao laboratório.

Por questão de segurança o acesso ao laboratório deve ser bloqueado por portas

hermeticamente fechadas. A entrada deve ser controlada pelo Pesquisador Principal, ou

por outra pessoa responsável pela segurança do prédio.

Antes de adentrar ao laboratório as pessoas devem ser avisadas sobre o potencial de

risco e instruí-las sobre as medidas apropriadas de segurança.

As pessoas autorizadas devem cumprir com rigor as instruções de procedimento para

entrada e saída do laboratório. Deve haver um registro, por escrito, de entrada e saída de

pessoal, com data, horário e assinaturas.

Devem ser definidos protocolos para situações de emergência.

A entrada e a saída de pessoal do laboratório deve ocorrer somente após uso de chuveiro

e troca de roupa.

A entrada e saída de pessoal por ante-câmara pressurizada somente deve ocorrer em

situações de emergência.

Para adentrar ao laboratório a roupa comum, de rua, deve ser trocada por roupa protetora

completa e descartável.

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Antes de sair do laboratório para a área de banho, a roupa protetora deve ser deixada em

área específica para descontaminação antes do descarte.

Deve ser organizado um sistema de notificação de acidentes, exposição e absenteísmo

do pessoal do laboratório, bem como um sistema de vigilância médica. Deve-se ainda,

prever uma unidade de quarentena, isolamento e cuidados médicos para o pessoal

suspeito de contaminação.

EQUIPAMENTOS DE CONTENÇÃO PARA O NB-4

As manipulações com agentes de classe de risco 4, conduzidas no laboratório, devem ser

realizadas em cabine de segurança biológica Classe III, ou cabines Classes I ou II, neste caso

usadas em associação com roupas de proteção pessoal com pressão positiva, ventiladas por

sistema de suporte de vida.

INSTALAÇÕES LABORATORIAIS PARA O NB-4

A unidade de contenção máxima deve estar localizada em prédio separado ou em área

claramente demarcada e isolada do edifício. Devem ser previstas câmaras de entrada e saída de

pessoal separadas por chuveiro. Deve ser previsto, ainda, um sistema de autoclave de dupla

porta, câmara de fumigação, ou sistema de ventilação com ante-câmara pressurizada para o

fluxo de materiais para o interior do laboratório.

Paredes, tetos e pisos do laboratório devem ser construídos com sistema de vedação

interna, para permitir maior eficiência da fumigação, e evitar o acesso de animais e insetos. As

superfícies internas do laboratório devem ser resistentes a líquidos e produtos químicos. O

sistema de drenagem do solo deve conter depósito com desinfetante químico eficaz para o

agente em questão, conectado diretamente a um sistema coletor de descontaminação de

líquidos. O sistema de esgoto e ventilação deve estar acoplado a filtros HEPA de elevada

eficiência.

O sistema de suprimento de luz, dutos de ar e linhas utilitárias devem,

preferencialmente, estar posicionados verticalmente para evitar o acúmulo de poeira.

A descontaminação de material deve ser realizada por meio de sistema de autoclave de

dupla porta com controle automático, para permitir a retirada de material pelo lado oposto.

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Materiais e equipamentos que não possam ser descontaminados na autoclave devem

passar por tanque de imersão com desinfetante, ou câmara de fumigação.

O líquido efluente, antes de ser liberado do laboratório, deve ser descontaminado com

tratamento por calor. Os líquidos liberados de chuveiros ou de sanitários devem ser

descontaminados com produtos químicos ou pelo calor.

O sistema de ar no laboratório deve prever uma pressão diferencial e fluxo unidirecional

de modo a assegurar diferencial de pressão que não permita a saída do agente de risco. No

sistema de ar devem estar acoplados manômetros, com sistema de alarme, que acusem qualquer

alteração sofrida no nível de pressão exigido para as diferentes salas. O sistema de exaustão

deverá estar acoplado a filtros HEPA de elevada eficiência.

O ar liberado pelas cabines de segurança biológica Classe I e Classe II pode ser

eliminado para dentro ou fora do ambiente do laboratório desde que no sistema de exaustão

estejam acoplados filtros HEPA. A cada seis meses as cabines biológicas devem ser testadas e

certificadas.

A exaustão de ar das cabines Classe III deve ser realizada sem recirculação usando

sistema de dupla filtragem com filtros HEPA em série, por sistema de exaustão do laboratório.

O laboratório deve ter local para o pessoal vestir roupas específicas com pressão positiva

e sistema de suporte de vida. O sistema deve prever alarmes e tanques de respiração de

emergência.

O laboratório deve ter chuveiro para a descontaminação química das superfícies da

roupa antes da saída da área.

O ar deve ser insuflado através de filtros HEPA e eliminado para o exterior através de

dutos de exaustão, cada um com dois filtros HEPA colocados em série e com alternância de

circuito de exaustão automatizado. A entrada de ar deverá estar protegida com filtro HEPA.

Deve haver um sistema de descontaminação, com autoclave de dupla porta.

As instalações de filtros e esgotos devem estar confinados `a área de contenção.

EXPERIMENTOS ENVOLVENDO MAIS DE 10 LITROS DE CULTURA DE OGM

Trabalhos envolvendo OGM em laboratório ou linha de produção usando volumes

superiores a 10 litros devem ter supervisão e medidas de confinamento adicionais.

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Devem ser considerados, também, os riscos relacionados com o cultivo de organismos

em grande escala (p. ex. toxicidade de produtos, aspectos físicos, mecânicos e químicos de

processamento do OGM ).

A instituição deve manter um programa de monitoramento da saúde das pessoas que

trabalham com OGM em grande escala, incluindo exame físico e médico periódico, manutenção

e análise de amostras de soro para monitoramento de eventuais modificações que possam

resultar da situação de trabalho.

Qualquer doença incomum ou prolongada dos trabalhadores deve ser investigada para

determinar possível origem ocupacional.

Os três níveis de biossegurança para atividades em grande escala são: NBGE-1, NBGE-

2 e NBGE-3.

8. BOAS PRÁTICAS PARA TRABALHOS COM OGM EM GRANDE ESCALA

Devem ser estabelecidos e implementados procedimentos institucionais para assegurar

adequado controle da saúde e da segurança das pessoas envolvidas no trabalho.

Devem ser providenciadas instruções, por escrito, e treinamento de pessoal para

assegurar que as culturas de OGM sejam manipuladas com cuidado, e que a área de

trabalho será mantida limpa e organizada.

Devem ser providenciadas instalações adequadas (pias, chuveiros, sala para a troca de

roupa) e roupas de proteção (uniformes, jalecos de laboratório, etc.), para minimizar o

contato com o OGM e assegurar uma higiene pessoal adequada.

É proibido comer, beber, fumar, aplicar cosméticos e pipetar com a boca.

Culturas de OGM devem ser manipuladas em instalações adequadas.

Antes de qualquer descarte, os OGMs devem ser inativados, e o tratamento de efluentes

deve seguir as normas específicas.

A adição de material a um sistema, a coleta de amostras e a transferência de líquido de

cultura dentro ou entre sistemas deve ser conduzida de forma a minimizar o risco de

exposição dos trabalhadores ao OGM.

Deve ser estabelecido um plano de emergência, incluindo medidas adequadas para

conter e neutralizar derramamentos.

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9. NÍVEL DE BIOSSEGURANÇA EM GRANDE ESCALA (NBGE)

NBGE-1:

Além das medidas e observações aplicáveis às atividades com OGMs em grande escala,

devem ser incorporadas as seguintes exigências:

Para evitar escape de OGM, a manipulação de culturas com volume acima de 10 litros

deve ser realizada em sistema fechado (p. ex. fermentador), ou em instalação de

contenção primária (p. ex. cabine de segurança biológica com centrífuga para processar

culturas).

Volumes até 10 litros podem ser manipulados fora do sistema fechado ou em instalação

de contenção primária, desde que todos os requisitos de contenção para o nível NB-1

sejam observados.

Exceto para tomada de amostras, líquidos de cultura somente devem ser retirados do

sistema fechado ou de equipamento de contenção primária, após a inativação prévia do

OGM.

A tomada de amostras, a adição de material, ou a transferência de líquido de cultura de

um sistema fechado para outro deve ser conduzido de forma a minimizar a formação de

aerossol ou a contaminação de superfícies expostas no ambiente de trabalho.

Para minimizar o escape de OGM viável, gases de exaustão removidos do sistema

fechado ou de equipamentos de contenção primária devem passar por filtros HEPA ou

por um procedimento equivalente (p. ex. incineração).

Qualquer sistema fechado ou equipamento de contenção primária que contiver OGM

viável, somente deve ser aberto após esterilização adequada.

Planos de emergência devem incluir métodos e procedimentos adequados para eventuais

derramamentos e perdas de cultura de OGM.

Derramamentos ou acidentes devem ser imediatamente relatados ao responsável pelo

laboratório ou instalação.

Avaliação médica, observação e tratamento devem ser providenciados conforme

necessário, e relatórios por escrito devem ser elaborados e arquivados.

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NBGE-2:

Além das normas para o nível NBGE-1, são necessárias as seguintes medidas:

Os equipamentos primários de contenção, além dos procedimentos de manipulação de

OGM em volumes até 10 litros, devem corresponder, no mínimo, ao exigido para NB-2.

O selo rotativo e outros dispositivos mecânicos diretamente associados ao sistema

fechado, utilizado na propagação e crescimento de OGM, devem ser construídos de

forma a evitar vazamento, ou ser contido em compartimento ventilado com exaustão por

meio de filtros tipo HEPA ou de sistema equivalente.

O sistema fechado, utilizado para a propagação e crescimento de OGM, bem como o

equipamento de contenção primária, utilizado para operações de contenção de OGM,

devem dispor de sensores para monitorar a integridade do confinamento durante as

operações.

O sistema para a propagação e crescimento de OGM deve ser testado quanto `a

integridade dos dispositivos de contenção, utilizando o organismo parental/receptor que

deu origem ao OGM.

Os testes devem ser conduzidos antes da introdução do OGM e após qualquer

modificação ou troca de dispositivos essenciais de contenção.

Os procedimentos e os métodos utilizados nos testes serão apropriados para o desenho

do equipamento e para a recuperação e detecção do organismo testado. Os relatórios e

os resultados dos testes devem ser mantidos em arquivo.

O sistema de contenção, utilizado para a propagação e crescimento de OGM, deve ser

permanentemente identificado. Esta identificação deve ser utilizada em todos os

relatórios de testes, funcionamento e manutenção, e em todos os documentos relativos

ao uso deste equipamento para pesquisa ou atividades de produção com o OGM.

O símbolo universal de biossegurança deve ser afixado nos sistemas fechados e em

equipamentos de contenção primário, quando utilizado para o confinamento de OGM.

Qualquer derramamento ou acidente que resulte na exposição ao OGM deve ser

comunicado imediatamente ao Pesquisador Principal, `a CIBio, `a CTNBio e às

autoridades competentes.

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NBGE-3:

Além das medidas necessárias para o NBGE-2, devem ser observados, ainda, os itens seguintes:

Desde que observadas as medidas de contenção física do NB-3, volumes até 10 litros

podem ser manipulados fora de um sistema fechado.

Para preservar a integridade do confinamento, o sistema fechado utilizado para a

propagação e crescimento de OGM, deve ser operado de forma que o espaço acima do

meio de cultura no sistema seja mantido sob pressão a mais baixa possível, consistente

com a construção do equipamento.

Os sistemas fechados e equipamentos de contenção, utilizados na manipulação de culturas

de OGM, serão localizados em área controlada com as seguintes características:

A área controlada terá uma entrada separada. Deve possuir um espaço com duas

portas, como uma ante-câmara pressurizada, ante-sala ou sala para troca de roupa,

separando a área controlada do resto das instalações.

A superfície das paredes, tetos e o pavimento da área controlada devem permitir

acesso fácil para limpeza e descontaminação.

Eventuais perfurações na área controlada devem ser seladas para permitir

descontaminação do ambiente com líquido ou gases.

Os encanamentos e fiação na área controlada devem ser protegidos contra a

contaminação.

Instalações para lavar as mãos, equipadas com válvulas acionadas com o pé,

cotovelo ou com sistema automático de abertura devem estar presentes em cada área

principal de trabalho, próximo de cada saída principal. Além disso, chuveiro deve

estar disponível perto da área controlada.

A área controlada deve ser planejada de forma a impedir a saída de líquido de

cultura para o exterior em caso de derramamento acidental, saída dos sistemas

fechados ou dos equipamentos de contenção primária.

A área controlada deve ter sistema de ventilação capaz de controlar o fluxo do ar.

Este deve vir de áreas com menor potencial de contaminação em direção a áreas com

maior potencial de contaminação.

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Se o sistema de ventilação resultar em pressão positiva, o sistema deve ser planejado

de forma a impedir a reversão do fluxo, ou terá um alarme que indicará tal reversão

eventual. O ar que sair da área controlada não deve recircular em outras instalações,

devendo ser filtrado por meio de filtros HEPA.

Os seguintes procedimentos operacionais são exigidos:

A entrada de pessoas na área controlada deve ocorrer pelo sistema de ante-câmara

pressurizada, pela ante-sala ou sala de troca de roupa.

As pessoas devem trocar de roupa ou cobrir as que estiverem usando com macacões,

jalecos, calças e camisas, toucas, e os sapatos com protetores de sapatos. Na saída da

área controlada, as roupas de proteção devem ser guardadas em armários específicos

ou encaminhadas para a lavanderia, após descontaminação.

Durante as operações de trabalho na área controlada o acesso deve ser restrito às

pessoas necessárias para execução do programa. Antes de adentrar a área controlada,

as pessoas devem ser informadas sobre os procedimentos de operação e de

emergência e sobre o tipo de trabalho a ser executado.

Não deve ser permitido o acesso de menores de 18 anos à área controlada.

O símbolo universal de biossegurança deve ser afixado nas portas de entrada da área

controlada e nas portas internas enquanto o trabalho com OGM estiver em

andamento, incluindo os períodos em que procedimentos de descontaminação

estejam sendo executados.

Os cartazes com o símbolo de biossegurança devem ter, também, informações sobre

o tipo de OGM em uso e sobre o pessoal autorizado a adentrar a área controlada.

A área controlada deve ser mantida limpa e organizada. É proibido comer, beber,

fumar e estocar alimentos.

Animais e plantas não devem ser permitidos. Deve ser mantido um programa

permanente de combate a insetos e roedores.

As portas de acesso à área controlada devem ser mantidas fechadas, exceto quando o

trabalho estiver em andamento. As portas de serviço, por sua vez, serão fechadas e

seladas durante a execução do trabalho.

As pessoas devem lavar as mãos antes de sair da área controlada.

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Para controlar acidentes envolvendo OGM, equipamentos e materiais necessários

devem estar disponíveis no laboratório.

Em caso de derramamentos ou outras liberações de OGM a área controlada deve ser

descontaminada usando os procedimentos estabelecidos.

10. MANEJO DE RESÍDUOS CONTENDO OGMs

O manejo dos resíduos com OGMs e AnGMs deve obrigatoriamente seguir as fases de

segregação, acondicionamento, identificação e destinação final definidos segundo a

classificação de risco dos OGMs/AnGMs, bem como a característica do resíduo gerado

(resíduos líquidos, sólidos, perfurocortantes, entre outros). Para tanto, existem normas

legalmente definidas a serem seguidas, como a RDC 306/04 (ANVISA) e 358/05 (CONAMA),

assim como o Art. 6° e Art. 27° da Lei nº 11.105/05 - Lei de Biossegurança.

10.1. MANEJO DOS RESÍDUOS CONTENDO OGMs CR-1

Baseado nas instruções normativas e orientações da Legislação Federal, a CIBio/IBB

determina que o manejo de resíduos contendo OGMs CR-1 seja executado de acordo com a

Tabela 1.

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Tabela 1. Manejo dos resíduos contendo OGM CR-1

Resíduos Tipo Acondicionamento para

descarte

Algodão

Avental

Filtros HEPA

Frascos plásticos de cultura

Gaze

Papel / papel utilizado para cobrir bancadas

Sólidos Pipetas Pasteur de plástico Saco de lixo branco

Placas de Petri Placas e garrafas de cultura

Placas ou frascos com resíduos líquidos contidos

Tubos de ensaio plásticos

Tubos de polipropilenos (Eppendorfs, Falcon)

Tubos ou frascos com amostras contidas

Pipetas graduadas

Ponteiras

Líquidos Resto de meio de cultura de bactérias Recipiente plástico

Restos de meio de cultura de células

Restos de reação

Agulhas

Lâminas

Lamínulas Material perfurocortante Lancetas Caixa perfurocortante

Ponteiras

Tubos capilares

Vidrarias

Carcaça

Animais Peças anatômicas Saco de lixo branco**

Outros resíduos provenientes de animais CR-1

# Recipientes não-descartáveis que tiverem contato com material contendo OGM CR-1 (por exemplo, recipientes

plásticos e vidrarias) deverão ser descontaminados por imersão com solução de hipoclorito de sódio a 1% antes da

lavagem (30 minutos).

** Saco plástico branco devidamente identificado e congelado até o momento da coleta, quando deverão ser

dispostos em saco plástico branco leitoso com símbolo de infectante.

Tratamento de todos os resíduos contendo OGM CR-1

Todas as etapas de manejo, bem como os documentos das empresas contratadas para a

realização do tratamento e disposição final, devem estar contempladas no Plano de

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Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) da Instituição, assegurando que

os resíduos não sejam dispostos no meio ambiente sem tratamento prévio. Além disso, os

resíduos gerados no IBB/UNESP que necessitam de tratamento prévio antes da disposição final

deverão ser inativados utilizando o equipamento de micro-ondas.

10. 2. MANEJO DE RESÍDUOS CONTENDO OGM CR-2

Baseado nas instruções normativas e orientações da Legislação Federal, a CIBio/IBB

determina que o manejo de resíduos contendo OGMs CR-2 seja executado de acordo com a

Tabela 2.

Tabela 2. Manejo dos resíduos contendo OGM CR-2.

Resíduos Tipo Acondicionamento para descarte

Filtros HEPA

Frascos plásticos de cultura

Pipetas Pasteur de plástico

Sólidos Pipetas graduadas Sacos para autoclavação ou

Placas e garrafas de cultura recipientes rígido

Ponteiras autoclavável

Seringas

Tubos de polipropilenos vazios (Eppendorfs, Falcon)

Outros

Restos de meio de cultura na forma livre

Sobrenadante viral

Acondicionamento imediato em

recipientes rígidos com vedação,

que deverão ser colocados em sacos

para autoclavação ou recipiente rígido autoclavável

Tratamento dos resíduos contendo OGM CR-2

O tratamento deve ser realizado dentro da unidade geradora do resíduo. O sistema de

tratamento interno utilizado é a autoclavação. É importante considerar que após a autoclavação,

se não houver descaracterização física das unidades tratadas, o resíduo deve ser acondicionado

em saco branco e disposto como Resíduos de Serviço de Saúde.

Ressalta-se que os resíduos contendo OGMs CR-2 gerados deverão ser acondicionados

em recipientes devidamente identificados com o nome do pesquisador e a data de geração do

resíduo. Além disso, todo processo de descontaminação (autoclavação) dos resíduos contendo

OGM CR-2 deverá ser registrado numa Planilha de Controle de Uso de Autoclave própria.

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Importante: Recomenda-se armazenar os resíduos contendo OGMs CR-2 pelo período

de no máximo cinco (05) dias antes de serem inativados por autoclavação.

11. PROCEDIMENTOS PARA REQUERER AUTORIZAÇÃO PARA MANIPULAÇÃO

DE OGMs.

A autorização para trabalhar com OGMs pode ser solicitada por docentes, pesquisadores

e responsáveis de setor que tenham vínculo com o IBB/UNESP e cujos trabalhos sejam

realizados nas instalações do Instituto. Em qualquer outro caso (pós-graduandos, empregados,

bolsistas, estagiários e pesquisadores convidados sem vínculo formal), o responsável pelo

laboratório onde se desenvolverá a pesquisa deverá efetuar a solicitação em seu nome,

tornando-se o técnico principal, que será o responsável pelo projeto para fins legais.

Como obter autorização para trabalhos com OGM:

O IBB - UNESP possui CQB NB-1, ou seja, que permite aos pesquisadores cadastrados

na CiBio, manipular somente OGMs CR-1.

O cadastro é feito no site da CiBio, pelo preenchimento de um formulário onde devem

ser informados quem é o Técnico Principal, o projeto de pesquisa e detalhes sobre o OGM a ser

utilizado (. Este formulário é analisado por um dos membros da CIBio e aprovado em reunião.

Esta aprovação confere aos laboratórios cadastrados, a Extensão do Certificado de

Biossegurança NB-1 seguido de um número referente a ordem de cadastramento do mesmo.

Portanto, todos os laboratórios que trabalham com OGM CR1 devem obter aprovação de

projetos envolvendo OGM e autorização para importação, exportação e transporte no país.

Qualquer novo projeto, envolvendo organismos ou genes não incluídos nos cadastros anteriores

dos pesquisadores, deve ser submetido à CIBio. Qualquer OGM novo a ser trazido para o país

deve ter autorização da CIBio. Como "projeto" entende-se uma linha ampla de pesquisa (pode

ser o projeto "guarda-chuva" coordenado pelo técnico principal e seus colaboradores locais).

Como "pesquisador principal" entende-se o docente com vínculo formal no IBB - UNESP.

Projetos envolvendo OGM do Grupo I (CR1) são analisados pela CIBio. Projetos envolvendo

OGM do Grupo II (CR2) são encaminhados, através da CIBio, à CTNBio (MCT) para

solicitação de Extensão do CQB para NB-2.

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O CQB pode ser extendido a novos laboratórios mediante solicitação à CIBio, conforme

instruções abaixo:

(Vide: http://www.ibb.unesp.br/#!/instituicao/comissoes/comissao-interna-de-biosseguranca---

cibio/instrucoes-resumidas-para-trabalhos-ogm/)

Além disso, a CTNBio orienta que será necessário que as instituições que possuem CQB

ou que o estão solicitando realizem o protocolo físico dos seus pleitos junto à CTNBio

presencialmente ou por correio. As petições serão inseridas no SEI (Serviço Eletrônico de

Informações) e os documentos arquivados. Recomenda também, a disponibilização de cópia

digital juntamente com os documentos protocolados para dar maior celeridade ao trâmite dos

processos.

Propostas para novos projetos envolvendo OGM’s devem conter:

1- Nome do Pesquisador Principal, endereço, e-mail, fax e tel.

2- Breve descrição do OGM, de acordo com a classificação de risco e com o Apêndice 2 das

Normas para o Trabalho em Contenção com OGM.

3- Classificação do Nível de Biossegurança do laboratório ou da Unidade Operativa local onde

o OGM será manipulado.

4- Especificar o volume e a concentração máxima de OGM a ser trabalhado.

5- Objetivo do trabalho (pesquisa, produção, desenvolvimento de metodologia, ensino, etc).

6- Referências bibliográficas sobre trabalhos com o OGM.

7- Especificar caso o trabalho em contenção objetiva liberações posteriores no meio ambiente.

8- Relacionar os equipamentos a serem utilizados durante o trabalho em contenção com o

OGM.

9- Descrição dos procedimentos operativos a serem empregados nos experimentos e nível de

Biossegurança planejado - NB.

10- Breve descrição dos procedimentos de limpeza, desinfecção, descontaminação e descarte de

material/resíduos.

11- Análise crítica dos riscos previsíveis associados ao OGM.

12- Caso o laboratório ainda não esteja cadastrado junto à CIBio, especificar a localização física

do laboratório e enviar croqui da área onde será manipulado o OGM.

13- Curricula vitae (CV Lattes resumido) da equipe envolvida no projeto.

14- Data e assinatura do pesquisador principal.

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15- Enviar este documento para:

COMISSÃO INTERNA DE BIOSSEGURANÇA (CIBio)

Diretoria do Instituto de Biociências de Botucatu

UNESP - Campus de Botucatu

Rua Professor Doutor Antonio Celso Wagner Zanin s/n

Caixa Postal: 510

Distrito de Rubião Júnior

Botucatu / SP, Brasil

CEP: 18618-970

E-mail: [email protected]

Além disso, o pesquisador responsável DEVERÁ preencher a ficha online para

cadastrar o Projeto, disponível no site do IBB:

http://www.ibb.unesp.br/#!/instituicao/comissoes/comissao-interna-de-biosseguranca---

cibio/cadastro-de-projetos/

A avaliação da CIBio será centrada na análise da capacitação da equipe proponente e nas

normas para o trabalho em contenção com OGMs. E no caso específico de estudos com CR-2,

após a análise do cumprimento dos requisitos principais para o desenvolvimento de

projetos com OGM CR-2 (para isso, a CIBio fará uma visita técnica às instalações onde o

projeto deverá ser desenvolvido), a CIBio submeterá o respectivo projeto à CTNBio, com

sede em Brasília, para aprovação e solicitação da Extensão do CQB para o NB-2, uma vez

que assim determina a Lei de Biossegurança.

Importante: mesmo que o docente ou pesquisador já tenham recebido autorização para

desenvolver um dado projeto, cada novo projeto de pesquisa envolvendo OGMs ou novo

objetivo do projeto ou mudança/acréscimo de salas do laboratório devem ser

acompanhados de uma nova submissão à CIBio/IBB para obtenção de nova autorização.

Isto significa que a autorização obtida é válida apenas para o projeto submetido à análise

e para as instalações existentes no momento da submissão.

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Ao receber a aprovação da CIBio e o número de extensão do CQB, o pesquisador poderá

iniciar o seu projeto nas dependências do IBB/UNESP, bem como utilizar o número do CQB

para solicitações externas ao Instituto, isto é, às agências financiadoras. É importante lembrar

que a execução do projeto com OGMs nas dependências do IBB/UNESP só poderá ter início

após a sua aprovação pela CIBio.

Importante: No caso de pesquisas com OGM-CR2, somente após a análise do projeto, a

visita às instalações e as respectivas aprovações pela CTNBio (mínimo de seis (06) meses

para aprovação pela CTNBio, desde o momento da submissão à CIBio), o proponente

poderá solicitar o auxílio às agências de financiamento. Por isso, estes procedimentos

devem ser realizados ANTES do envio do projeto para a agência de financiamento, devido

ao prazo necessário para a aprovação da CTNBio.

Como foi mencionado anteriormente, o pesquisador responsável tem o compromisso de

apresentar Relatório Anual à CIBio até no máximo 30 de janeiro cada ano. O ROTEIRO PARA

ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO ANUAL (Resolução Normativa Nº 14, de 04 de fevereiro de 2015)

encontra-se no item 12 deste Manual. Ele será utilizado pela CIBio para a confecção do

relatório anual à CTNBio, necessário para a renovação do CQB do IBB/UNESP e continuidade

das atividades envolvendo OGM em nossa Instituição.

12. ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO ANUAL (PESQUISADORES)

(Resolução Normativa Nº 14, de 04 de fevereiro de 2015)

1- Pesquisador responsável (nome completo)

2- Nome do Laboratório

3- Departamento (Endereço)

4- Nível de biossegurança

5- Número do cadastro junto a CIBio/IBB

6- Período a que se refere (o período deve ser de um ano, compreendido entre 1° de janeiro

a 31 de dezembro)

7- Título do projeto cadastrado

8- Situação: ( ) Concluída ( ) Em andamento ( ) Suspensas ( ) Canceladas

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9- Breve Resumo do projeto

10- Principais objetivos

11- Observações importantes referentes à pesquisa e ao OGM utilizado: relação dos OGM e

derivados que foram objeto das atividades (mencionar o nome comum, nome científico

das espécies, genes introduzidos, sua origem e funções específicas); Relacionar o

material importado (OGM e derivados), relacionando a quantidade importada ao

projeto de pesquisa. Informar todas as exportações e transportes no período coberto

pelo relatório.

12- Resumo dos resultados mais relevantes obtidos e referenciar, quando houver,

publicações e pedidos de patentes.

13- Descrição das medidas de biossegurança que vêm sendo adotadas e sua possível

eficiência para evitar danos

14- Descrição sobre quaisquer acidentes ou agravos à saúde possivelmente relacionados a

trabalhos com OGM e seus derivados e medidas de contingenciamento, controle e

prevenção durante o período de estudo

15- Medidas de contingenciamento caso tenham ocorrido acidentes envolvendo OGM

16- Descrição sobre atividades de capacitação em biossegurança de OGM e seus derivados

17- Uso de material importado (OGMs e derivados) para realização de seus projetos

18- Visita de inspeção por parte de órgãos e entidades de registro e fiscalização (caso

afirmativo, indicar a data, equipe fiscalizadora e N.º do Termo de Fiscalização e, se

houver, o N.º do Auto de Infração)

19- Informar a planta baixa do laboratório onde é desenvolvida a pesquisa (enviar em

anexo) ou informar eventuais alterações na descrição das instalações, anexando a nova

planta

20- Cumprimento das normas de segurança descritas neste Manual

21- Assinatura do Pesquisador Responsável, local e data

Enviar este documento impreterivelmente até a data de 30 de janeiro para:

COMISSÃO INTERNA DE BIOSSEGURANÇA (CIBio)

Diretoria do Instituto de Biociências de Botucatu

UNESP - Campus de Botucatu

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Rua Professor Doutor Antonio Celso Wagner Zanin s/n

Caixa Postal: 510

Distrito de Rubião Júnior

Botucatu / SP, Brasil

CEP: 18618-970

E-mail: [email protected]

13. ORIENTAÇÕES PARA IMPORTAR OGM e AnGM

A Consultoria Jurídica do Ministério da Ciência e Tecnologia emitiu o Parecer

Conjr/MCT-LML n. 58/2010 referente à competência da CIBio (Comissão Interna de

Biossegurança) no que se refere à importação de OGM da Classe de Risco 1 para atividades em

regime de contenção em que conclui:

Às CIBio, portanto, compete autorizar atividades e projeto que

envolvam OGM da Classe de Risco 1, sejam animais, vegetais,

microrganismos e fungos geneticamente modificados ou mesmo

seus derivados, o que envolve a construção, o cultivo, a produção,

a manipulação, o armazenamento, a pesquisa, o desenvolvimento

tecnológico, o ensino, o controle de qualidade e o descarte em

regime de contenção, englobando a pesquisa, ademais, no âmbito

experimental, a construção, o cultivo, a manipulação, o

transporte, a transferência, a importação, a exportação, e o

armazenamento, a liberação no meio ambiente e o descarte de

OGM e seus derivados.

Portanto, a CTNBio não mais emitirá parecer técnico, nem publicará no Diário Oficial

da União, OGM de Classe de Risco 1, ficando a CIBio de cada Instituto legalmente competente

para autorizar as importações, com posterior encaminhamento à CTNBio.

Documentação necessária para importação de OGM e AnGM:

1. Preenchimento do formulário online:

http://www.ibb.unesp.br/#!/instituicao/comissoes/comissao-interna-de-

biosseguranca---cibio/cadastro-de-projetos/

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2. Parecer favorável (projeto aprovado) pela CIBio/IBB-UNESP;

3. Aprovação do Comitê de Ética em Experimentação Animal.

4. Informações adicionais da CIBio/IBB-UNESP podem ser solicitadas pelo e-mail:

[email protected]

14. OCORRÊNCIA DE ACIDENTES

Deverá ser imediatamente comunicada, formalmente por escrito, à CIBio/IBB-INESP e

por esta (no prazo máximo de cinco dias, a contar da data do evento) à CTNBio e aos órgãos e

entidades de registro e fiscalização pertinentes, apresentando relatório das ações corretivas já

tomadas contendo os nomes das pessoas e autoridades que tenham sido notificadas.

O técnico principal deverá preencher o formulário abaixo sugerido, de “Notificação de

acidente e/ou liberação acidental” e encaminhar para a Comissão Interna de Biossegurança

(CIBio/IBB-UNESP).

A comunicação à CTNBio e aos órgãos e entidades de registro e fiscalização pertinentes não

isenta a CIBio/IBB-UNESP de qualquer outra obrigação que possa ter, à luz da legislação

vigente.

A CIBio/IBB-UNESP deverá informar aos trabalhadores e demais membros da

coletividade sobre os riscos decorrentes do acidente ou da liberação acidental de OGM e/ou

AnGM e seus derivados e instaurar imediatamente investigação sobre a ocorrência enviando as

conclusões à CTNBio, no prazo de 30 dias.

A CTNBio, ao tomar conhecimento de qualquer acidente ou incidente que tenha

provocado efeitos adversos à saúde humana e animal, aos vegetais ou ao meio ambiente, fará

imediata comunicação ao Ministério Público Federal.

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15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

● Lei no 11.105, de 24 de março de 2005

Regulamentam os incisos II, IV e V do § 1o do art. 225 da Constituição Federal, estabelece

normas de segurança e mecanismos de fiscalização de atividades que envolvam organismos

geneticamente modificados – OGM e seus derivados, cria o Conselho Nacional de

Biossegurança – CNBS, reestrutura a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio,

dispõe sobre a Política Nacional de Biossegurança – PNB, revoga a Lei no 8.974, de 5 de

janeiro de 1995, a Medida Provisória no 2.191-9, de 23 de agosto de 2001, e os arts. 5o, 6

o, 7

o,

8o, 9

o, 10

o e 16

o da Lei no 10.814, de 15 de dezembro de 2003, e de outras providências.

http://www.ctnbio.gov.br/index.php/content/view/11992.html

● Decreto n. 5.591, de 22 de novembro de 2005

Regulamenta dispositivos da Lei no 11.105, de 24 de marco de 2005.

http ://www.ctnbio.gov.br/index.php/content/view/11966.html

● Resolução Normativa n° 1, de 20 de junho de 2006

Dispõe sobre a instalação e o funcionamento das Comissões Internas de Biossegurança (CIBios)

e sobre os critérios e procedimentos para requerimento, emissão, revisão, extensão, suspensão e

cancelamento do Certificado de Qualidade em Biossegurança (CQB).

● Resolução Normativa Nº 14, de 04 de fevereiro de 2015 n° 1

http://www.ctnbio.gov.br/index.php/content/view/3486.html

● Resolução Normativa n° 2, de 27 de novembro de 2006

Dispõe sobre a classificação de risco de Organismos Geneticamente Modificados (OGM) e os

níveis de biossegurança a serem aplicados nas atividades e projetos com OGM e seus derivados

em contenção.

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http://www.ctnbio.gov.br/index.php/content/view/3913.html

● Resolução Normativa n° 11, de 22 de outubro de 2013

Dispõe sobre a instalação e o funcionamento das Comissões Internas de Biossegurança (CIBios)

e sobre os critérios e procedimentos para requerimento, emissão, revisão, extensão, suspensão e

cancelamento do Certificado de Qualidade em Biossegurança (CQB).

http://www.ctnbio.gov.br/index.php/content/view/3486.html

● Instrução Normativa n° 4, de 19 de dezembro de 1996

Normas para o transporte de Organismos Geneticamente Modificado.

http://www.ctnbio.gov.br/index.php/content/view/11985.html

1. Resolução RDC 306/04 (ANVISA)

Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2004/res0306_07_12_2004.html

2. Resolução 358/05 (CONAMA)

Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e de outras

Providências.

http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=462

● COMISSÃO INTERNA DE BIOSSEGURANÇA/Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto.

Orientações para Manuseio, Processamento e Descarte de Organismos Geneticamente

Modificados (OGMs). 20p. Ribeirão Preto, SP. 2012.

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APÊNDICE 1

CLASSIFICAÇÃO DE AGENTES ETIOLÓGICOS HUMANOS E ANIMAIS COM

BASE NO RISCO APRESENTADO:

CLASSE DE RISCO 1

AGENTES:

Agentes não incluídos nas classes de risco 2, 3 e 4 e que comprovadamente não causam doença

no homem ou em animais.

Lactobacillus; Micrococus; formas não infectivas para o homem e animais de protozoários e

fungos.

Linhagens de Escherichia coli DH10B, DH5-alfa, BL21 modificadas pela tecnologia do DNA

recombinante; Linhagens celulares e células primárias que sofreram modificação gênica;

camundongos transgênicos e camundongos knock-out CR-1

A não classificação de agentes nas classes de risco 2, 3 e 4 não implica na sua inclusão

automática na classe de risco 1, para isso deverá ser conduzida uma avaliação de risco baseada

nas propriedades conhecidas e/ou potenciais desses agentes.

CLASSE DE RISCO 2

AGENTES BACTERIANOS, INCLUINDO CLAMÍDIAS:

Acinetobacter baumannii (anteriormente Acinetobacter calcoaceticus)

Actinobacillus spp.

Actinomadura madurae, A. pelletieri

Actinomyces spp., A.pyogenes (anteriormente Corynebacterium pyogenes)

Aeromonas hydrophila

Amycolata autotrophica

Archanobacterium haemolyticum (anteriormente Corynebacterium haemolyticum)

Arizona hinshawii (todos os sorotipos)

Bacteroides fragilis

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47

Bacillus anthracis

Bartonella henselae, B. bacilliformis, B. quintana, B. vinsonii

Bordetella bronchiseptica, B. parapertussis, B. pertussis

Borrelia spp., B. anserina, B. burgdorferi, B. duttoni, B. persicus, B. recurrentis, B. theileri,

B.vincenti

Burkholderia spp., exceto aquelas listadas na classe de risco 3

Campylobacter spp.

Cardiobacterium hominis

Chlamydia psittaci, C. trachomatis, C. pneumoniae

Clostridium spp., Clostridium botulinum, C. chauvoei, C. haemolyticum, C. histolyticum, C.

tetani, C. novyi, C. septicum

Corynebacterium spp.

Dermatophilus congolensis

Edwardsiella tarda

Ehrlichia spp. (Rickettsia spp.)

Eikenella corrodens

Enterobacter aerogenes

E. cloacae

Enterococcus spp.

Erysipelothrix rhusiopathiae

Escherichia coli (todas as enteropatogênicas, enterotoxigênicas, enteroinvasivas e cepas

detentoras do antígeno K 1, incluindo a E. coli O157:H7)

Haemophilus ducreyi, H. influenzae

Helicobacter pylori

Klebsiella spp. (exceto K. oxytoca que é de classe 1)

Legionella spp.

Leptospira interrogans (todos os sorotipos)

Listeria spp.

Moraxella spp.

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48

Mycobacterium asiaticum, M. avium, M. bovis (BCG vacinal), M. intracellulare, M. chelonae,

M. fortuitum, M. kansasii, M. leprae, M. malmoense, M. marinum, M. paratuberculosis, M.

scrofulaceum, M. simiae, M. szulgai, M. xenopi

Mycoplasma spp. (exceto Mycoplasma mycoides e Mycoplasma agalactiae classificados como

risco 4)

Neisseria gonorrhoea, N. meningitidis

Nocardia asteroides, N. brasiliensis, N. otitidiscaviarum, N. transvalensis

Pasteurella spp.

Peptostreptococcus anaerobius

Plesiomonas shigelloides

Porphyromonas spp.

Prevotella spp.

Proteus mirabilis, P. penneri, P. vulgaris

Providencia spp.

Rhodococcus equi

Salmonella spp. (todos os sorotipos)

Serpulina spp.

Shigella spp.

Sphaerophorus necrophorus

Staphylococcus aureus

Streptobacillus moniliformis

Streptococcus spp., incluindo S. pneumoniae, S. pyogenes, S. suis

Treponema spp., T. carateum, T. pallidum, T. pertenue

Vibrio cholerae, V. parahaemolyticus, V. vulnificus

Vibrio spp.

Yersinia spp.

PARASITAS:

Acanthamoeba castellani

Ancylostoma humano e animal

Angiostrongylus spp.

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49

Ascaris spp.

Babesia spp.

Balantidium coli

Brugia spp.

Capillaria spp.

Clonorchis sinensis, C. viverrini

Coccidia spp (subclasse)

Cryptosporidium spp.

Cyclospora cayetanensis

Cysticercus cellulosae (cisto hidático, larva de T. solium)

Dactylaria galopava (Ochroconis gallopavum)

Dipetalonema streptocerca

Diphyllobothrium latum

Dracunculus medinensis

Echinococcus spp.

Entamoeba histolytica

Enterobius spp.

Fasciola spp.

Fasciolopsis busquei

Fonsecaea compacta, F. pedrosoi

Giardia spp., incluindo G. lamblia (Giardia intestinalis)

Heterophyes spp.

Hymenolepis spp.

Isospora spp.

Leishmania spp. (somente as formas infectivas para o homem e animais)

Loa loa

Madurella grisea, M. mycetomatis

Mansonella ozzardi, M. perstans

Microsporidium spp.

Naegleria fowleri, N. gruber

Necator spp.

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50

Onchocerca spp.

Opisthorchis spp.

Paragonimus westermani

Plasmodium spp. humano e símio, P. cynomolgi, P. falciparum, P. malariae, P. ovale, P. vivax,

Pneumocystis carinii

Sarcocystis spp.

Schistosoma haematobium, S. intercalatum, S. japonicum, S. mansoni, S. mekongi

Strongyloides spp.

Taenia solium, T. saginata

Toxocara spp., incluindo T. canis

Toxoplasma spp., incluindo T. gondii

Trichinella spiralis

Trichuris trichiura

Trypanosoma spp., incluindo T. brucei brucei, T.brucei gambiense, T. brucei rhodesiense, T.

cruzi, , T. evansi, T. vivax .(somente as formas infectivas para o homem e animais)

Wuchereria bancrofti

FUNGOS:

Aspergillus flavus, A. fumigatus

Blastomyces dermatitidis

Candida albicans, C. tropicalis

Cladophialophora bantiana (Xylophora bantiana, Cladosporium bantianum ou C. trichoides),

Cladophialophora carrioni (Cladosporium carrioni)

Cryptococcus neoformans, Cryptococcus neoformans var. gattii (Filobasidiella bacillispora),

Cryptococcus neoformans var. neoformans (Filobasidiella neoformans var. neoformans)

Dactylaria galopava (Ochroconis gallopavum)

Emmonsia parva var. crescens, Emmonsia parva var. parva

Epidermophyton spp.

Exophiala (Wangiella) dermatitidis

Fonsecaea compacta, F. pedrosoi

Madurella spp., M. grisea, M. mycetomatis

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51

Microsporum spp.

Neotestudina rosatii

Paracoccidioides braziliensis

Penicillium marneffei

Pneumocystis carinii

Scedosporium apiospermum (Pseudallescheria boidii), Scedosporium prolificans (inflatum)

Sporothrix schenckii

Trichophyton spp.

VÍRUS:

Adenovirus humanos, caninos e de aves

Arenavirus do Novo Mundo (complexo Tacaribe): vírus Amapari, Latino, Paraná, Pichinde,

Tamiami, exceto os listados nas classes de risco 3 e 4

Arenavirus do Velho Mundo: vírus Ippy, Mobala, coriomeningite linfocitária (amostras não

neurotrópicas)

Astrovirus, todos os tipos

Birnavirus, todos os tipos, incluindo o vírus Gumboro e vírus relacionados, Picobirnavirus e

Picotrinavirus

Bunyavirus, todos os tipos, incluindo vírus Belém, Mojuí dos Campos, Pará, Santarém, Turlock,

e Grupo Anopheles A (Arumateua, Caraipé, Lukuni, Tacaiuma, Trombetas, Tucurui), Grupo

Bunyamwera (Iaco, Kairi, Macauã, Maguari, Sororoca, Taiassuí, Tucunduba, Xingu), Grupo C

(Apeu, Caraparu, Itaqui, Marituba, Murutucu, Nepuyo, Oriboca), Grupo Capim (Acara,

Benevides, Benfi ca, Capim, Guajará, Moriche), Grupo da encefalite da Califórnia (Inkoo, La

Crosse, Lumbo, San Angelo, Snow hare, Tahyna), Grupo Guamá (Ananindeua, Bimiti, Catú,

Guamá, Mirim, Moju, Timboteua), Grupo Melão (Guaroa, Jamestown Canyon, Keystone, Serra

do Navio, South River, Trivittatus), Grupo Simbu (Jatobal, Oropouche, Utinga)

Calicivirus (todos os tipos)

Circovirus, incluindo vírus TT e vírus relacionados

Coronavirus, todos os tipos, incluindo vírus humanos, gastroenterite de suínos, hepatite murina,

Coronavirus de bovinos, caninos, ratos e coelhos, peritonite infecciosa felina, bronquite

infecciosa aviária

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52

Flavivirus, todos os tipos, incluindo vírus Bussuquara, Cacipacoré, dengue tipos 1, 2, 3 e 4,

Febre Amarela vacinal; encefalite de São Luis, Ilhéus, Kunjin, Nilo Ocidental

Hantavirus, incluindo Prospect Hill e Puumala e exceto os listados na classe de risco 3

Hepacivirus, todos os tipos, incluindo o vírus da Hepatite C

Herpesvirus, todos os tipos, incluindo Citomegalovirus, Herpes simplex 1 e 2, Herpes vírus tipo

6 (HHV6), Herpes vírus tipo 7 (HHV7), Herpes vírus tipo 8 (HHV8), Varicela-Zoster

Lentivirus (cinco sorogrupos)

Nairovirus, incluindo Hazara

Norovirus, todos os tipos, incluindo, vírus Norwalk e Saporo

Orthohepadnavirus, todos os tipos, incluindo vírus da Hepatite B e vírus da Hepatite D (Delta)

Orthomyxovirus, todos os tipos, incluindo vírus da Influenza A, B e C, e os tipos transmitidos

por carrapatos, vírus Dhori e Thogoto, exceto as amostras aviárias asiáticas de Influenza A,

como H5N1, que deverão ser listadas na classe de risco 4

Papillomavirus, todos os tipos, incluindo os vírus de papilomas humanos

Paramyxovirus, todos os tipos, incluindo vírus da Caxumba, doença de NewCastle (amostras

não asiáticas), Parainfluenza 1 a 4, Pneumovírus, Sarampo, Nipah, vírus Respiratório Sincicial,

exceto os listados na classe de risco 4

Parvovirus, todos os tipos, incluindo Parvovirus humano B-19

Pestivirus, todos os tipos, incluindo os vírus da diarréia bovina

Phlebovirus, todos os tipos, incluindo vírus Alenquer, Ambé, Anhangá, Ariquemes, Belterra,

Bujarú, Candiru, Icoarací, Itaituba, Itaporanga, Jacundá, Joa, Morumbi, Munguba, Nápoles,

Oriximina, Pacuí, Serra Norte, Tapará, Toscana, Turuna, Uriurana, Urucuri, Uukuvírus

Picornavirus, todos os tipos, incluindo vírus Coxsackie, vírus da conjuntivite hemorrágica

aguda (AHC), vírus da Hepatite A (enterovírus humano tipo 72), vírus da poliomielite, vírus

ECHO, Rhinovirus

Polyomavirus, todos os tipos, incluindo vírus BK e JC, e vírus Símio 40 (SV40)

Poxvirus, todos os tipos, incluindo Buffalopox, Cotia, Cowpox e vírus relacionados isolados de

felinos domésticos e de animais selvagens, nódulo do ordenhador, Molluscum contagiosum,

Myxoma, Parapoxvirus, Poxvirus de caprinos, suínos e aves, Vaccinia, vírus Orf, Yatapox Tana

Reovirus gênero Orthoreovirus, todos os tipos, incluindo os 1, 2 e 3, Coltivirus, Orbivirus,

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53

Reovirus isolados na Amazônia dos grupos Changuinola e Corriparta, Rotavirus humanos, vírus

Ieri, Itupiranga e Tembé

Retrovirus (classificados na classe de risco 2 apenas para sorologia, para as demais

operações de manejo em laboratório estes vírus devem ser considerados na classe de risco

3), vírus da imunodeficiência humana HIV-1 e HIV-2, vírus linfotrópico da célula T do adulto

HTLV-1 e HTLV-2 e vírus de primatas não-humanos

Rhabdovirus, incluindo vírus Aruac, Duvenhage, Inhangapi, Xiburema, vírus da Raiva amostras

de vírus fixo, Grupo da Estomatite Vesicular (Alagoas VSV-3, Carajás, Cocal VSV-2, Indiana

VSV-1, Juruna, Marabá, Marabá VSV-4, Piry), Grupo Hart Park (Hart Park, Mosqueiro), Grupo

Mussuril (Cuiabá, Marco), Grupo Timbó (Chaco, Sena Madureira, Timbó)

Togavirus, todos os tipos, gênero Alphavirus incluindo vírus Aurá, Bebaru, Bosque Semliki,

Chikungunya, encefalomielite eqüina ocidental, encefalomielite eqüina oriental, encefalite

eqüina Venezuela amostra TC 83; Mayaro, Mucambo, O’nyong-nyong, Pixuna, Rio Ross,

Sindbis, Una, gênero Rubivirus incluindo o vírus da rubéola

Vírus da Hepatite E

VÍRUS ONCOGÊNICOS DE BAIXO RISCO:

Adenovirus 1 aviário (CELO vírus)

Adenovirus 7- Simian virus 40 (Ad7-SV40)

Herpesvirus de cobaias

Polyoma vírus

Rous sarcoma vírus

Shope fibroma vírus

Shope papilloma vírus

Vírus da Doença de Marek

Vírus da Leucemia de Hamsters

Vírus da Leucemia de Murinos

Vírus da Leucemia de Ratos

Vírus da Leucose Aviária

Vírus da Leucose Bovina Enzoótica

Vírus do Papiloma Bovino

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Vírus do Sarcoma Canino

Vírus do Sarcoma Murino

Vírus do Tumor Mamário de Camundongo

Vírus Lucke de rãs

Vírus Mason-Pfizer de símios

VÍRUS ONCOGÊNICOS DE RISCO MODERADO:

Adenovirus 2-Simian virus 40 (Ad2-SV40)

Herpesvirus ateles

Herpesvirus saimiri

Epstein-Barr vírus (EBV)

Vírus da Leucemia de Gibões (GaLV)

Vírus da Leucemia Felina (FeLV)

Vírus do Sarcoma Felino (FeSV)

Vírus do Sarcoma de Símios (SSV-1)

Vírus Yaba

CLASSE DE RISCO 3

AGENTES BACTERIANOS INCLUINDO RIQUÉTSIAS:

Bacillus anthracis

Bartonella spp. (exceto os listados na classe de risco 2)

Brucella spp.

Burkholderia mallei (Pseudomonas mallei), Burkholderia pseudomallei (Pseudomonas

pseudomallei)

Coxiella burnetii

Escherichia coli, cepas verotoxigênicas como 0157:H7 ou O103

Francisella tularensis

Hemophilus equigenitalis

Mycobacterium bovis (exceto a cepa BCG), M. tuberculosis

Pasteurella multocida tipo B

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Rickettsia akari, R. australis, R. canada, R. conorii, R. prowazeckii, R. rickettsii, R. siberica, R.

tsutsugamushi, R. typhi (R. mooseri)

Yersinia pestis

PARASITAS:

Nenhum.

FUNGOS :

Coccidioides immitis (culturas esporuladas; solo contaminado)

Histoplasma capsulatum, Histoplasma capsulatum var. duboisii

VÍRUS E PRIONS:

Arenavirus do Novo Mundo, incluindo vírus Flexal, exceto os listados na classe de risco 2 e 4

Arenavirus do Velho Mundo, incluindo vírus da coriomeningite linfocítica (amostras

neurotrópicas)

Flavivirus, incluindo vírus da encefalite da Austrália (encefalite do Vale Murray), encefalite

Japonesa B, Febre Amarela não vacinal, Powassan, Rocio, Sal Vieja, San Perlita, Spondweni,

exceto os listados na classe de risco 2

Hantavirus, incluindo vírus Andes, Dobrava (Belgrado), Hantaan (febre hemorrágica da

Coréia), Juquitiba, Seoul, Sin Nombre e outras amostras do grupo isoladas recentemente

Herpesvirus, incluindo Rhadinovirus (herpesvirus de Ateles e herpesvirus de Saimiri)

Oncornavirus C e D

Príons, incluindo agentes de encefalopatias espongiformes transmissí- veis: encefalopatia

espongiforme bovina (BSE), scrapie e outras doenças animais relacionadas, doença de

Creutzfeldt-Jakob (CJD), insônia familiar fatal, síndrome de Gerstmann-Straussler-Scheinker e

Kuru

Retrovirus, incluindo os vírus da imunodefi ciência humana (HIV-1 e HIV-2), vírus linfotrópico

da célula T humana (HTLV-1 e HTLV-2) e vírus da imunodeficiência de símios (SIV)

Togavirus vírus da encefalite eqüina venezuelana (exceto a amostra vacinal TC-83)

Vírus da Raiva amostras de rua (Lyssavirus)

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CLASSE DE RISCO 4

BACTÉRIAS:

Cowdria ruminatium

FUNGOS:

Nenhum.

PARASITAS:

Theileria annulata, T. bovis, T. hirci, T. parva e agentes relacionados

VÍRUS E MICOPLASMAS:

Arenavirus agentes de febres hemorrágicas do Velho Mundo (Lassa) e do Novo Mundo

(Guanarito, Junin, Machupo, Sabiá, e outros vírus relacionados)

Encefalites transmitidas por carrapatos (vírus da encefalite da Europa Central com suas várias

amostras, vírus da encefalite primavera-verão russa, vírus da febre hemorrágica de Omsk, vírus

da floresta de Kyasanur)

Filovirus, incluindo vírus Marburg, Ebola e outros vírus relacionados

Herpesvirus do macaco (vírus B)

Nairovirus agente de febre hemorrágica (Criméia-Congo)

Varíola do camelo (camel-pox)

Varíola do macaco (monkey-pox)

Varíola major e alastrim

Vírus da aftosa com seus diversos tipos e variantes

Vírus da cólera suína

Vírus da doença de Borna

Vírus da doença de NewCastle (amostras asiáticas)

Vírus da doença de Teschen

Vírus da doença de Wesselbron

Vírus da doença hemorrágica de coelhos

Vírus da doença Nairobi do carneiro e vírus relacionados como Ganjam e Dugbe

Vírus da doença vesicular do suíno

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Vírus da enterite viral de patos, gansos e cisnes

Vírus da febre catarral maligna de bovinos e cervos

Vírus da febre do vale do Rift

Vírus da febre efêmera de bovinos

Vírus da febre petequial infecciosa bovina

Vírus da hepatite viral do pato tipos 1, 2 e 3

Vírus da influenza A aviária (amostras de epizootias)

Vírus da língua azul (bluetongue)

Vírus da lumpy skin

Vírus da peste aviária

Vírus da peste bovina

Vírus da peste dos pequenos ruminantes

Vírus da peste eqüina africana

Vírus da peste suína africana

Vírus da peste suína clássica (amostra selvagem)

Vírus Ebola

Vírus do louping ill de ovinos

Mycoplasma agalactiae (caprinos e ovinos)

Mycoplasma mycoides mycoides (pleuropneumonia bovina)

LISTA A1 DE PRAGAS QUARENTENÁRIAS DE PLANTAS (MICRORGANISMOS E

NEMATOÍDES)

PRAGA HOSPEDEIRO

ACARINA

Acarus siro - Grãos armazenados

Brevipalpus lewisi - Citros, videira e pistache

Tetranychus pacificus - Videira, frutas e algodão.

NEMATÓIDES

Anguina agrostis- Agrostis spp., Dactylis spp. e Poa spp.

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58

Anguina tritici- Trigo e cevada

Bursaphelenchus xylophilus- Pinus spp.

Ditylenchus angustus - Arroz

Ditylenchus destructor -Batata e bulbos florais

Ditylenchus dipsaci (todas as raças, exceto a do alho) - polífago

Globodera pallida -Batata, tomate e berinjela

Globodera rostochiensis- Batata, tomate e berinjela

Heterodera schachtii -Beterraba

Meloidogyne chitwoodi - Batata

Nacobbus aberrans -Batata e tomate

Pratylenchus fallax -Frutíferas, rosa, morango e crisântemo

Pratylenchus scribneri -Milho, tomate, beterraba, cebola, soja, batata e orquídeas

Pratylenchus thornei -Maçã, rosa e ornamentais

Pratylenchus vulnus -Banana, citros e tomate

Radopholus citrophilus – Citrus spp.

Rotylenchulus parvus -Cana-de-açúcar

Subanguina radicicola - Gramíneas

Xiphinema italiae - Videira, frutíferas, coníferas

PROCARIONTES

Apple chat fruit MLO- Maçã

Apple proliferation MLO- Maçã

Citrus greening Bacterium- Citrus spp.

Clavibacter iranicus- Trigo

Clavibacter michiganensis ssp. insidiosus -Alfafa, trevo

Clavibacter michiganensis ssp. sepedonicus - Batata

Clavibacter michiganensis ssp. nebraskensis - Milho

Clavibacter tritici -Trigo

Curtobacterium flaccumfaciens pv. flaccumfaciens- Leguminosas

Erwinia amylovora- Frutas e rosáceas ornamentais

Erwinia stewartii -Milho

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Grapevine flavescence doree MLO- Videira

Lethal yellowing MLO -Coco e outras palmáceas

Peach rosette MLO -Pêssego

Peach yellow MLO -Ameixa

Pear decline MLO -Pêra

Pseudomonas syringae pv. japonica -Trigo e cevada

Spiroplasma citri (Stubborn) -Citrus spp.

Xanthomonas campestris pv. cassavae -Mandioca

Xanthomonas campestris pv. citri (Biotipos B e E), citros (Xanthomonas axonopodis pv. citri)

Xanthomonas campestris pv. oryzae -Arroz

Xanthomonas campestris pv. oryzicola -Arroz

Xylella fastidiosa (Peach phony disease) -Pêssego

Xylophilus ampelinus -Videira

VÍRUS E VIRÓIDES

African cassava mosaic virus- Mandioca

Barley stripe mosaic virus -Trigo e cevada

Banana bunchy top virus -Banana

Cadang-cadang viroid -Coco

Fiji disease virus -Cana-de-açúcar

Pea seed brorne mosaic virus -Ervilha

Potato spindle tuber viroid (tomato bunch top viroid) -Batata e tomate

Plum-pox virus -Prunus spp.

Prune dwarf virus -Prunus spp.

Prunus necrotic ring spot virus -Prunus spp.

Sugarcane Sereh disease virus -Cana-de-açúcar

Swollen shoot virus -Cacau

Tomato ringspot virus -Tomate

FUNGOS

Alternaria vitis -Videira

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Alternaria triticina -Trigo

Angiosorus solani -Batata

Apiosporina morbosa -Prunus spp.

Cladosporium pisicolum -Ervilha

Colletotrichum coffeanum var. virulans Café

Dactyliochaeta glycines (Pyrenochaeta glycines) -Soja

Entyloma oryzae -Arroz

Ephelis oryzae -Arroz

Fusarium oxysporium f.sp. elaidis -Palma africana

Gibberella fujikuroi -Arroz

Gibberella xylarioides - Café

Glomerella cingulata - Café

Glomerella manihotis -Mandioca

Gymnosporangium spp. -Pomáceas, rosáceas ornamentais, Juniperus spp.

Haplobasidium musae -Musa spp.

Helicoceras spp. -Arroz

Hemileia coffeicola -Café

Hendersonia oryzae -Arroz

Hymenula cerealis -Trigo

Moniliophthora roreri -Cacau

Mycosphaerella fijiensis -Banana

Mycosphaerella zeae-maydis -Milho

Nectria galligena -Maçã e pêra

Oncobasidium theobromae -Cacau

Oospora oryzetorum -Arroz

Oospora pustulans -Batata

Ophiobolus oryzinus -Arroz

Periconia circinata -Sorgo

Phakopsora ampelopsidis -Videira

Phoma exigua var. foveata -Batata

Phoma tracheiphila -Citrus spp.

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Phomopsis anacardii- Caju

Phyllosticta solitaria -Maçã

Phymatotrichopsis omnivora -Polífago

Physopella ampelopsidis -Videira

Phytophtihora boehmeriae -Citrus spp

Phytophthora cryptogea -Tomate

Phytophthora erythroseptica -Batata

Phytophthora megasperma f. sp. glycinea -Soja

Plasmopara halstedii (exceto raza 2) -Girassol

Polyspora lini -Algodão

Puccinia erianthi -Cana-de-açúcar

Puccinia kuchnii -Cana-de-açúcar

Sphacelotheca sacchari -Cana-de-açúcar

Stagonospora sacchari -Cana-de-açúcar

Synchytrium endobioticum -Batata

Urocystis agropyri -Trigo

LISTA A2 DE PRAGAS QUARENTENÁRIAS DE PLANTAS

PRAGA HOSPEDEIROS DISTRIBUIÇÃO

HOSPEDEIROS

FUNGOS

Tilletia indica -Trigo, triticale, Agropyrum spp. e Festuca spp. Área sul do Rio Grande do Sul

PROCARIONTES

Xanthomonas campestris pv. citri -Citrus spp.

Xanthomonas xaxonopodis pv.citri

Biotipo A -Disseminado em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná E Santa Catarina e Rio de

Janeiro

Biotipo C- São Paulo

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ACARINA

Brevipalpus lewisi -Citrus spp., videira, pistache

Tetranychus pacificus -Videira, frutas, algodão

NEMATODOS

Anguina agrostis -Agrostis spp., Festuca spp., Dactylis spp., Poa spp.

Anguina tritici -Triticum spp., Secale spp. e outras gramíneas

Bursaphelenchus xylophilus -Pinus spp.

Ditylenchus destructor -Batata, bulbos ornamentais

Ditylenchus angustus -Arroz

Meloidogyne chitwoodi -Batata

Pratylenchus fallax- Frutas, morango, rosa

Radopholus citrophilus -Citrus spp.

Xiphinema italiae -Videira, frutas, coníferas

FUNGOS

Apiosporina morbosa -Prunus spp.

Cercoseptoria pini-densiflorae- Pinus spp.

Colletotrichum coffeanum var. virulans - Café

Cronartium spp. -Pinus spp., Ribes spp.

Dactuliochaeta glycines (Pyrenochaeta glycines) -Soja

Gymnosporangium spp. -Pomáceas, rosáceas ornamentais, Juniperus spp.

Hemileia coffeicola – Café

Peridermium spp. -Pinus spp.

Phoma exigua var. foveata -Batata

Phoma tracheiphila - Citrus spp.

Phyllosticta solitária - Maçã

Physopella ampelopsidis (Phakopsora ampelopsidis) - Videira

Phytophthora erythroseptica - Batata

Phymatotrichopsis omnivora - Polífago

Scirrhia acicola- Pinus spp.

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Synchytrium endobioticum -Batata

PROCARIOTAS

Aplanobacter populi (Xanthomonas populi) - Salicaceae

Apple proliferation MLO -Maçã

Apple rubbery wood disease -Maçã, pêra

Citrus greening bacterium -Citrus spp., Fortunella spp.

Clavibacter michiganensis ssp. insidiosus- Alfafa, trevo

Clavibacter michiganensis ssp. sepedonicus- Batata

Curtobacterium flaccumfaciens pv. flaccumfaciens- Leguminosas

Erwinia amylovora- Frutas e rosáceas ornamentais

Erwinia salicis- Salicaceae

Grapevine flavescence dorée MLO - Videira

Lethal yellowing MLO- Palmeira

Peach rosette MLO - Ameixeira, pessegueiro

Peach yellows MLO - Damasco, pessegueiro

Peach X disease MLO - Cerejeira, pessegueiro, ginjeira

Pear decline MLO- Pêra, marmeleiro

Spiroplasma citri (Stubborn) - Citrus spp.

Xanthomonas campestris pv. oryzae -Arroz

Xanthomonas campestris pv. oryzicola -Arroz

Xanthomonas campestris pv. citri (Biotipo E) -Citrus spp.

Xanthomonas axonopodis pv. citri

Xylella fastidiosa

Peach phony disease -Pessegueiro, damasco

Xylophilus ampelinus (Xanthomonas ampelina) -Videira

VÍRUS e VIRÓIDES

African cassava mosaic virus - Mandioca

Banana bunchy top virus - Banana

Citrus tristeza virus - (razas severas)- Citrus spp.

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Fiji disease virus - Cana-de-açúcar

Sugarcane Sereh disease virus - Cana-de-açúcar

ERVAS DANINHAS

Striga spp.

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APÊNDICE 2

CABINE DE SEGURANÇA BIOLÓGICA CLASSE I

É uma modificação da capela usada no laboratório químico. É uma cabine ventilada com fluxo

de ar do ambiente, podendo ter a frente totalmente aberta ou com painel frontal ou painel frontal

fechado com luvas de borracha. Possui duto de exaustão com filtro HEPA. Não há proteção

para o experimento, somente para o operador e o meio ambiente. Dentro da cabine são

colocadas lâmpadas U.V. É recomendada para trabalho com agentes de risco biológico dos

grupos 1, 2 e 3.

CABINE DE SEGURANÇA BIOLÓGICA CLASSE II

A cabine classe II é conhecida com o nome de Cabine de Segurança Biológica de Fluxo

Laminar de Ar. O princípio fundamental é a proteção do operador, do meio ambiente e do

experimento ou produto. Possui uma abertura frontal que permite o acesso à superfície de

trabalho. Altura de segurança da abertura do painel frontal é de 20 cm, podendo ter um alarme

que previne contra a abertura excessiva do painel. Possui filtro HEPA.

CABINE DE CLASSE II A

Fluxo Laminar de Ar vertical com tiro frontal de ar de 75 pés/min. O ar contaminado após

filtragem pelo filtro HEPA do exaustor passa ao ambiente onde a cabine está instalada (a cabine

deve ter pelo menos 20 cm de afastamento do teto). Não se deve usar neste tipo de cabine

substâncias tóxicas, explosivas, inflamáveis ou radioativas pela elevada percentagem de

recirculação do ar (recirculação de 70%). É recomendada para trabalho com agentes de risco

biológico dos grupos 1 e 2.

CABINE II B 1

Esta cabine possui filtro. O ar que entra na cabine atravessa o filtro HEPA abaixo da área de

trabalho e, 30% do ar recircula enquanto que 70% sai através do filtro exaustor. O tiro de ar no

seu interior é de 100 pés/min. Usada para agentes biológicos tratados com mínimas quantidades

de produtos químicos tóxicos e traços de radionucleotídeos. É recomendada para trabalho com

agentes de risco biológico dos grupos 1, 2 e 3.

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CABINE II B 2

É uma cabine de total esgotamento de ar. O ar entra pelo topo da cabine atravessa o pré-filtro e

o filtro HEPA sobre a área de trabalho. O tiro frontal de ar no seu interior é de 100 pés/min. O

ar filtrado, atravessa somente uma vez a área de trabalho. O esgotamento do ar deve ser

realizado através do filtro HEPA conduzindo-o, por um duto, para o exterior. Pode ser usado

para agentes biológicos tratados com produtos químicos e radionucleotídeos. É recomendada

para trabalho com agentes de risco biológico dos grupos 1, 2 e 3.

CABINE II B 3

É igual a cabine de Segurança Biológica Classe II. A velocidade de fluxo de ar no seu interior é

de 75 a 100 pés/ min. O ar é esgotado totalmente através de um filtro HEPA por um duto para o

exterior. É recomendada para trabalho com agentes de risco biológico dos grupos 1, 2 e 3.

CABINE DE SEGURANÇA BIOLÓGICA CLASSE III

É uma cabine de contenção máxima. É totalmente fechada, com ventilação própria, construída

em aço inox à prova de escape de ar e opera com pressão negativa. O trabalho se efetua com

luvas de borracha presas a cabine. Para purificar o ar contaminado são instalados 2 filtros

HEPA em série ou um filtro HEPA e um incinerador. A introdução e retirada de materiais se

efetuada por meio de autoclaves de porta dupla ou comporta de ar de porta dupla, recipiente de

imersão com desinfetante. Pode conter todos os serviços como: refrigeradores, incubadoras,

freezers, centrífugas, banho-maria, microscópio e sistema de manuseio de animais. NÃO PODE

CONTER GÁS. Os dejetos líquidos são recolhidos em um depósito para serem

descontaminados antes de serem lançados ao sistema de esgoto. Máxima proteção ao pessoal,

meio ambiente e produto. Exemplos de microrganismos de risco biológico classe IV: Arbovírus

(Machupo, Lassa, Marburg, vírus de febres hemorrágicas), material de pesquisa de DNA de alto

risco.

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ANEXO

Todos os laboratórios que manipulam OGMs de qualquer classe de risco,

obrigatoriamente devem colocar o símbolo de Risco Biológico, com as devidas informações

preenchidas, nas portas de acesso aos mesmos.