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16038 2005 FL-16038 ORIENTAÇÕES TÉCNICAS SOBRE CRIAÇÃO DE I .~I ~ ) I lr'Uud~ .1IL.... Outubro12005

ORIENTAÇÕES TÉCNICAS SOBRE CRIAÇÃO DE .~I Icaipira_000fhah18l... · Módulo para corte 8. Literatura consultada REVISÃO MARIA DE FÁTIMA PINTO BARRETO PROJETO GRÁFICO E EDITO

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16038

2005

FL-16038

ORIENTAÇÕES TÉCNICAS SOBRECRIAÇÃO DE

I .~I ~ )Ilr'Uud~.1IL....

Outubro12005

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GOVERNADORA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

WILMAMARIADEFARIA

SUMÁRIOr-SECRETÁRIO DA AGRICULTURA, DA PECUÁRIA E DA PESCA

LAíRE ROSADO FILHO

DIRETORIA EXECUTIVA DA EMPARN

DIRETOR PRESIDENTE

ROBSON DE MACEDO VIEIRA

DIRETOR DE PESQUISA & DESENVOLVIMENTO

MARCONE CÉSAR MENDONÇA DAS CHAGAS

DIRETOR DE OPERAÇÕES ADM. E FINANCEIRAS

ROMILDO FREIREPESSOA JUNIOR

1. Introdução

2. Raças de Galinha

,

3. Manéjo - Sistema semi-intensivo

3.1. Manejo dos pintos

3.2. Manejo das aves poedeiras

3.3. Cuidados com os ninhosEQUIPE DE ELABORAÇÃO

JOSÉ FLAMARION DE OLIVEIRA

JOSÉ SIMPLÍClO DE HOLANDA

NEWTON AUTO DE SOUZA

FRANCISCO DAS CHAGAS ÁVILA PAZ

MARCONE CESAR MENDONÇA CHAGAS

3.4. Qualidade do ovo

4. Instalações

4.1. Aviário

4.2. Área de pastejo

5. Alimentação

6. Prevenção e controle das principais doenças

7. Anólise financeira de módulos de produção

7.1. Módulo para pOs1\J;a

7.1. Módulo para corte

8. Literaturaconsultada

REVISÃOMARIA DE FÁTIMA PINTO BARRETO

PROJETO GRÁFICO E EDITO RAÇÃO ELETRÔNICALUCIANARIUUBACH

Divisãode Serviços Técnicos

Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN ; Biblioteca Central Zila Mamede

Orientações técnicos sobre criação de ave caipira / José Flamarion de

Oliveira ... [EtaL]. - Natal [RN): EMPARN,2005.15p.

1. Ave caipira. 2. Manejo. 3. Técnicos de criação. 4. Avicultura. I.Oliveira, José flamarion de . 11.Título.

Orientações técnicas sobre a

2005 FL-16038

\ \\\\\\ \\\\\ \\\\\ \\\\\ \\\\\ \\\\\\\\\\ \\\\\ \\\\ \\\\\\ \\\\\ \\\\\ \\\\\ \\\\ \\\\36557 -1

RN/UF/BCZM CDU 636.52/.58

-2- ---

2

4

5

7

7

a

9

9

10

10

12

14

14

15

16

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1. INTRODUÇÃONo fin!!1de 1996, a EMPARNinstituíLJ o Pró-AveCaipira, como um

instrumento para fazer renascer e incentíV~r a avicultura caipira com

tecnologia e rentabilidade, visando a d.",ersificação das qtividades

produtivas na pequena propriedade, gerar Llr1' suporte de renda e melhoraro nívelnutricional das famílias rurais.

A criaçõO de ove caipira é uma atividode simples. Com a introdlJção

de novas técnicas de manejo já disponíveis e viáveis ao pequeno produtor,

esta atividade garantirá, além da sua sobrevívência, alguma renda para a

sua família mediante a comercialização dos p(odutos:carne e ovos.No contexto atual em que se enfdtí~a a produção de alimentos

saudóveis e naturais, a criação de ave c;oipira desponta como uma

atividade rentável, devido ao valor dos alin1e(1tos produzidos sem agredir omeio ambiente, sem causar sofrimento às dVes, sem utilização de produtos

químicos na sua criação.Dentro deste enfoque, o criação de ove caipirçJ tem seu lugar de

destaque no cenário do semi-árido nordestí nO'

2. RAÇAS DE GALINHA .

Existen1 mais de 120 roças de galínha. Dentre essas, as mais

encontrodas iÓOas vermelhos, as carijós e o~spretas. A mais comum, no

entol'}to,é o gotlnlolo.caipira que, na verdade (100tem raça definida, sendo oresultado de' uma mi$furade vários raças, ocorri,da .ao acaso, sem nenhum

critériotécnicOou algum tipo de orientaçãO tOotecnlcaA EMPARN,contando com o apOiO .da Embrapa Suínos e Aves,

analisando aS linhagens de galinha diSPOJ"líVe's_nomercado e considerando

o rusticidade, resistência, amplo adapto(jao a diferentes condiçõesambientais e capacidade produtiva de cor(1ee ovos, escolheu a linhagemISAlabel S757N para o desenvolvimento do pró-AveCaipira.

Após dois anos trabalhando com o ISolabel, o EMPARNintroduziuos raças ParoÍ50Pedrês e Embrapa 051, poro diversificara criação de aves

caipiras no estado (Quadro 1).

2

Quadro 1 - Principais características das aves.

Iso LabelCaracterísticas 5757 N

Aptidão

Peso (Kg)

Macho

Fêmea

Idade p/ corte a partir de (dias)

Produção de ovos:

Início da produção comercial (semanas)

Idade a 50% de postura (semanas)

Idade no pico da produção (semanas)

Produção média (21 a 80 semanas)

Cor dos ovos

corte/postura

~ 2,4 a 2,82,0 a 2,2

120

21

23

28

60 a 65%

Castanha Claro

21

23

28

67 071%

Castanhas

j

- Paraíso Pedrês

- -

3

Embrapa Paraiso

051 Ped rez

postu ra come

2,3 A 2,5 2,8 a 3,5

1,5 a 2,0 2,2 a 2,5

150 110

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3. MANEJO- Sistema semi-intensivo livresem quantidades equivalentes a 20% do consumo de ração em matériaseca;

A EMPARNrecomenda para a agricultura familiaro sistema decriação semi-intensivo.

Éum sistema em que se tenta dar às aves um certo grau de liberdade

deixando-as passar parte do tempo no aviário, onde ficam os comedouros,bebedouros e ninhos, mas também Ihes dando a opção de caminhar e

ciscar em área livre, de pastejo. À noite, as aves são recolhidas ao aviário,

onde ficam protegidas das intempéries e da ação de predadoresAs aves são alimentadas com ração à base de milho

complementada com concentrados específicos, variando as quantidadesem função da finalidade da criação. Devem ser ofertados também

alimentos alternativos que podem ser encontrados com facilidade e a um

custo mínimo na propriedade. Essa alimentação pode ser composta de

capins, folhas verdes, feno de maniva de mandioca e leucena. Sementesem geral, insetos, minhocas, refugos de frutas, restos de culturas ecolheitas, etc. Asaves devem ser vacinadas regularmente contra as doençasmais comuns, como Bouba, New Casttle, Coriza e Marek. Sempre que

contraírem algum tipo de doença, devem ser imediatamente medicadas. É

muito importante preservar a saúde das aves para assegurar a boalucratividade da criação.

_Bebedouros e comédouros automáticos na razão de um para cada

50 aves.

À medida que as aves forem crescendo, esta relação deverá ser de

um para cada 40 aves. ~

3.1. Manejo dos pintos

Nos primeiros dias de vida, os pintinhos necessitam de aquecimento

para regular a temperatura corporal, principalmente durante o períodochuvoso, quando as temperaturas são mais baixas.

O comportamento das aves (Figuras 4, 5, 6 e 7) é que determina anecessidade de controlar a temperatura.

Figura 4 - Pintosamontoados debaixo da campânula (frio)

Características do sistema semi-intensivoFigura 5 - Pintos afastados da.campânula (calor)

- A população de pintos de um dia deve ser constituída de machos e

fêmeas em proporções adequadas. Os pintos permanecerão confinados

por três a quatro semanas;

- Manter separados lotes de idades diferentes;

- Usar como cama do aviário: Raspa de madeira, palha de milho,

capim elefante seco e triturado, casca de arroz, etc.;

- Reservar área livre para pastejo e recreação. Nessa área deve ser

ofertada forragem verde, preferencialmente, gramíneas. Pode ser capim ouforragem de milho produzida em canteiros isolados, arrancado-se as

plantas aos quinze dias da emergência, sugerindo-se iogá-Ias nas áreas

Figura 6 - Pintosagrupados num só lado do círculo (corrente de ar)

45

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3.2.. Manejo das aves poedeiras

As aves destinadas à produção de ovos deverã9 passar por um

pracesso de seleção com o objetivo de eliminar as aves qUj3apresentam

desenvolvimento abaixo do normal, bem como as improdutivas, que

podem ser identificadas através de algumas características externas:~

A) Forma da cloaca: A cloaca será alargada, de forma oval, sem

pigmentação e úmida nas aves em postura e estreita, de forma

arredondada, amarela e seca naquelas fora de produ~ão.

B) Distância entre os ossos pélvicos: Os ossos pélvicos são dois

ossinhos em forma de gancho, que podem sersentidos quando se

toca a parte traseira de uma ave. Quando a distância entre eles é

igual a dois ou mais dedos juntos, a ave está em postura. Quando

entre eles, cabe apenas um, a ave está fora de produção.

C) Crista abdominal: As avesem postura apresentam pouca gordura

abdominal, sendo a pele do abdômen elástica e maleável. As

aves fora de produção, têm muita gordura abdominal e a pele

endurecida e rígida.

Figura 7 - Pintos distribuídos em todos os espaços do círculo (temperatura

ideal)

O círculo de proteção tem a finalidade de proteger os pintinhos

contra correntes de ar, ajudando na manutenção da temperatura ideal para

as aves no início do desenvolvimento, além de evita; que fiquem dispersos e

não encontrem o alimento e a água. O seu diâmetro depende do número

de aves a serem alojadas. Recomenda-se uma população de 70 pintos

para cada m2 do círculo, com uma altura de 40 a 60 cm, não devendo

ultrapassar 500 aves por círculo.. Na sua confecção, podem ser usadas

chapas de eucatex, duratex, compensado, ou mesmo papelão, zinco, etc.A altura da campânula em relação aos pintinhos é de

aproximadamente 60cm.

Os equipamentos no interior do círculo de proteção devem ficar

dispostos de maneira alternada (Figura 8).

Figura 8 - Círculo de proteção para 500 pintos (3,Om de diâmetro)

D)Pigmentação do bica e das pernas: As aves em postura

apresentam bico e pernas sem pigmentação. Já aquelas fora de

produção, terão es1tJspartes do corpo amareladas.

Eliminando-se as aves improdutivas, diminui-se os gastos com ração

e aumenta-se os lucros da atividade.

Logo após a chegada dos pintinhos ao aviário, é importante oferecer

água contendo 5% de açúcar. Deve-se molhar o bico de alguns deles para

que sirva de orientação da fonte de água para os demais. A ração deverá

ser oferecida uma hora após a bebida.

3.3. Cuidados com os ninhos

Os ninhos podem ser confeccionados de diferentes materiais.

Porém, os mais comuns são os de madeira, que devem ter 35 cm de altura e

35 cm de profundidade e 35 cm de largura para oferecer maior conforto à

galinha no momento da postura.

Geralmente usa-se o sistema convencional de dois andares (Figuras

9 e. 1O) para diminuir a ocupação de espaço nos galpões. A altura do

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primeiro andar não deve ultrapassar 30 cm, para facilitar o acesso dasaves, evitando assim o aparecimento de ovos de cama. Deve-se guardar a

proporção de um ninho paro cada 4-5 aves.

WIfJI!II.

,

:J __Figuras 9 e 10madeira.

Ninho rústico de dois andares, confeccionado em

Os ninhos devem ser forrados com material seco, absorvente e

macio para evitar a quebra dos ovos no momento da postura. A cama deve

ser reposta semanalmente para evitar o aparecimento de ovos sujos. Deve

ser tratada, periodicamente, com algum produto que combata o piolho dasaves (cafife).

Devem ser colocados no lugar menos iluminado dos galpões, pois

os ninhos escuros criam um clima mais agradável para as poedeiras.

Colocá-Ios entre o 15° e a 18° semana para que as frangas se acostumem

com os mesmos, evitando a postura de ovos na cama. É importante que

sejam fechados durante a noite, para que as aves não durmam neles,

sujando a cama e aumentando o índice de galinhas chocas.

3.4. Qualidade do ovo

Eis algumas recomendações para que a qualidade dos ovos seja

mantida por mais tempo:- Fazer várias coletas durante o dia, não deixando juntar ovos nos

ninhos. Assimse diminuia quantidade de ovos sujos e/ou quebrados;

- Não deix.ar que as galinhas fiquem deitadas no ninho após apostura;

8

-Colocar os ovos nas bandejas com o parte fina voltada para baixo;

- Se possível,vender os ovos duas ou mais vezes por semana;- Não guardar os ovos junto com produtos que soltam cheiro como

querosene, tintas, solventes, cebola e frutas, pois o ovo absorve cheiro;- Não lavar os ovos sujos, pois a água penetra através da casca,

estragando-os. Limpe-oscom uma ESponjaseca;

4. INSTALAÇÕES4.1 - Aviário

O aviário é a peça fundamental de todo o sistema de criação,

podendo ser construído em alvenaria ou com materiais rústicos (Figuras 11e 12). Seu tamanho dependerá da quantidade de aves que o produtor

pretende criar. Para aves poedeiras, a lotação sugerida é de 4 a 6 aves/m2;no caso de aves de corte, esta relação pode ser aumentada para 6 a 8

aves/m2.Deve ser construído com o telhado em duas águas e nunca com uma

largura superior a 10 metros. A declividade do teto precisa ser de nomínimo 25%. Énecessário que o teto seja bem feito, para evitar que a chuvacaia dentro do aviário, molhando a cama e a ração das aves, ou que o sol

esquente a água nos bebedouros.As insta1ações também podem ser rústicas, utilizando-se materiais

que podem ser obtidos no próprio sitio do produtor, como varas, varões,

forquilhas etc. O piso deve ser cimentado para permitira lavagem edesinfecção do galpão após a retirada dos lotes.

Figura 11 - Aviário em alvenaria Figura 12 -Aviário em alvenariacom divisória

9

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4.2 Área de pastejo

Cada aviário é conjugado com uma área livre para pastejo (Rgura13) e caminhamento, que precisa ter dimensões suficientes para oferecer de2 a 4m2para cada ave. A construção fica a critério do produtor. Pode ser de

tela, de cerca de varas trançadas em pé ou com arame trançado. É

importante que haja sombreamento para as aves ficarem ao abrigo do sol epara se colocar as rações alternativas. Esse sombreamento pode ser comárvores frutíferasou mesmo com pequenas latadas.

--.......--

minerais em quantidades equilibradas. À medida que aumenta a idade, as

aves destinadas ao abate aumentam suas necessidades energéticas e

diminuem o seu requerimento protéico, de modo que a ração deve ter de

2.900 a 3.1 OOKcal/kgde energia metabolizável e 16 a 22% de proteínabruta. Já as rações destinadas às aves produtoras de ovos devem conter

iguais níveis de proteína bruta e~ 2750 a 2900kcal/kg de energiametabolizável, a depender da idade e da linhagem (leveou pesada).

Os principais ingredientes usados na formulação das rações são: o

milho moído, o sorgo, o farejo de soja e o farelo de trigo. Vários produtos

alternativos, no entanto, poderão substituir parcialmente os ingredientestradicionais das rações balanceadas com vantagens econômicas. Éo caso

do milheto, da batata doce, da farinha de mandioca, da farinha de leucena,

do feno da parte aérea da mandioca, etc. O importante é que os níveisenergéticos e protéicos mínimos recomendados sejam mantidos para quenão haja diminuição significativada produção.

A alimentação das aves deve ser complementada com pastagemnatural ou artificial, ou ração ~erde moída, fornecida nas primeiras horas

do dia e ao entardecer, em quantidades suficientes para ~e alimentarem àvontade, mas sem que haja sobras significativas. O alimento verde é o

responsável pela cor e o sabor característico dos produtos tipo caipira.Quad02 - Quantidade de ração consumida (g/ave/dia)

, . I ~ (

..- ~Â" '

5. ALIMENTAÇÃO

As raças de galinha caipira melhoradas possuem alta capacidade deprodução de carne e ovos. Mas para que este potencial seja externado énecessário oferecer uma alimentação compatível com as suasnecessidades.

Do ponto de vista econômico, a alimentação é um fator de grande

importância, não somente porque dela depende um bom desempenho

produtivo das aves, mas sobretudo, porque representa boa parte dos custos

da atividade. Aspectos importantes como a quantidade dos ingredientes e o

balanço nutricional correto, devem ser observados na composição dasrações, uma vezque deles depende a eficiência da alimentação.

Uma ração balanceada deve conter proteínas, energia, vitaminas e

Composição: 1 - 28 dias (20% de concentrado inicial + 80% de milho)29 a 140 dias (20% de concentrado de crescimento + 80% de milho) + verde> 140 dias (30% de concentradode postura + 70% de milho) + verde

L,

1011

""

IDADE (dias) PARAíso ISA LABEL EMBRAPA

0- 28 30,5 25,5 20,529 - 42 62,5 37,5 37,543 - 56 87,5 47,5 47,557 - 70 95,0 57,5 55,071 - 84 95,0 77,5 59,085 - 98 97,5 92,5 63,0

99- 112 100,0 97,5 69,0113- 126 100,0 100,0 80,0127 - 140 100,0 90,0

> 140 100,0 90,0

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6. PREVENÇÃO E CONTROLE DAS PRINCIPAIS DOENÇAS Quadro 3 - Principais doenças: Sinais clínicos, prevenção e tratamento,~ . . -

TRATAMENTODOENÇAS SINAIS CLlNICOS

As doenças podem causar problemas graves numa criação e até

torná-Ia inviávelsob os pontos de vista econômico e de saúde pública.

Apesar do clima saudável do semi-árido, é importante que o

avicultor procure sempre evitar qualquer possibilidade de doença no seu

planteI. Para tanto, alguns cuidados devem ser tomados:

Doença deMarek

Doença deNew CasUe

- O aviário deve estar situado em local isolado, distante de outras

criações, e rodeado de árvores que proporcionem sombreamento o ano

inteiro. A vegetação serve de filtro,diminuindo os riscos de contaminação eestresse calórico;

-Adquirirpintos de incubatórios idôneos, onde as matrizes possuam

altos níveis de anticorpos contra as principais doenças para que possamtransmitir resistência aos pintinhos;

- Evitaro trânsito de pessoas, animais ou veículos nas proximidades

do galpão;

- Alojar, num mesmo galpão, somente aves da mesma idàde paraevitar a transmissão de doenças das aves mais velhas para as mais novas;

- Fazer o vazio sanitário, isto é, deixar o galpão desocupado, pelomenos dez dias entre um lote e outro;

- Fazer a desinfecção do galpão e dos equipamentos sempre que forinstalar um novo lote;

Doença deGumboro

Bro nqulteInfecciosa

BoubaAvlática

-- - - -Asas caídas, torcicolo,diarréia,dificuldade de

locomoção.

Tosse, espirros,

respiração com o bicoaberto, torcicolo,

cambalhotas para trás,caminhamento em círculo,diarréia de co r esverdeada.

Diarréia branca.

Tosse, roncado,

corrimento nasal, cara

inchada, olhos

lagrimejando, respiraçãodiffcil.

Nódulos na crista, cabeça,barbeia, pernas e pés elo ulesões de cor amarelada

na boca, exudado nasal eocular.

PREVENÇÃO

Vacinação logo após onascimento Não existe.

~

Higiene e vacinação

Não existe. Pode-se

fo rnecer vitamina A para

ajudar na recuperação.

Vacinação Não existe.

Higiene e vacinação

.Fornecer antibiótico e

vitamina A paraajudar narespiração.

VacinaçãoNão existe. Pode-se

fo rnecer vitam ina A paraajudar na recuperação.

Quadro 4 - Calendário de Vacinação:

~ I~~~~ VACI~A . ,,__ . ~?RMA DE ~P~'_C~5~O ~

Se, apesar de todos os cuidados preventivos adotados, apareceremaves doentes, o avicultor deverá tomar de imediato, as seguintes

providências:

- Isolar a uma distância (>500m) e numa posição contrária aos

ventos dominantes todas as aves que apresentem sintomas de doenças;

- Procurar a orientação de um veterinário.É igualmente importante que se verifique as aves aos 60 dias e se repita aoperação a cada 60 dias, se necessário. O vermífugo deve ser diluído naágua de beber, na dosagem recomendada pelo fabricante.

12 13

M arek e B o uba Suave Uma gota no olho

7 -10 NewCastle(B 1)Gumboro e BronquiteUma gota no olhoH 120

20 Bouba Forte Mergulhar o estilete na vacina e perfurara membrana da asa.

35 NewCastle (Lasota) Gumboro eUma gota no olho ou na água de beber.

B ro nquite H 120

45 - 60 Bouba Forte Mergulhar o estilete na vacina e perfurarmembranadaasa.

45 -60 Coriza Aplicar 0,5cc no músculo do peito

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7. ANÁLISEFINANCEIRADEMÓDULOS DE PRODUÇÃO

7.1 MÓDULO PARAPOSTURA

Consiste na criação, no sistema semi-intensivo, de aves melhoradas

com características de rusticidade e de alta produtividade. Será composto

de 160 aves para postura (150 fêmeas e 10 machos) e por outro lote de

150 aves para corte (75 fêmeas e 75 machos), repovoado a cada quatro

meses. As instalações físicas serão compostas de um aviário com duas

divisões medindo 48m2 (12m x 4m) e de dois cercados para pastejo com

300m2 (15m x 20m) para cada lote de criação. A Tabela abaixo mostra

rentabilidade financeira anual, após a estabilização da criação queocorrerá a partir do 60 mêsdo início da atividade.

7.2 MÓDULO PARA CORTE

É adotado, também, o sistema semi-intensivo de criação, com o

povoamento mensal de 110 pintos de um dia (55 machos e 55 fêmeas),

totalizando 440 aves no quarto mês da atividade, quando será descartado

o 12lote e realizada a sua reposição ,om pintos de um dia. Necessita de um

aviário rústico com 48m2 (12m x 4m) com quatro divisões e de um cercado

com 800m2 para o pastejo e caminhamento das aves. A Tabela abaixo

mostra a rentabilidade financeira do módulo para um' abate de 100

aves/mês após a estabilização do sistema que ocorre a partir do 42mês doinício da criação.

RECEITAS (B)

DISCRIMINAÇÃO

CUSTEIO (MENSAL)

. 110 pintos de um dia

. 850 kg de ração p/ corte (milho e concentrado)

. Vacinas e medicamentos

. Forragem verde

. Energia

DISCRIMINAÇÃO

CUSTEIO (ANUAL)

. 660 pintos de um dia

. 3.600 kg de ração p/ corte (milho e concentrado)

. 5.400 kg ração p/ postura (milho e concentrado)

. Vacinas e medicamentos

. Forragem verde

. Energia

DESPESAS (A)

6.276,00726,00

2.160,002.970,00

100,00200,00120,00 VENDA DE PRODUTOS (MENSAL)

Aves (100 unidades)

VENDA DE PRODUTOS (ANUAlJ.. Ovos (1.095 bandejas de 30 ovos). Aves (450 unidades)

13.065.007.665,005.400,00

6.789,00565,75

RECEITALíQUIDA (B AI 529.00

RENDA LíQUIDA (B A) ANUALMENSAL

COEFICIENTES TÉCNICOS

Preço da ave viva p/ venda: R$ 12,00

Preço da ração p/ corte: R$ O,60/kg

Preço do pinto de um dia: R$ 1,1 O/Un

Mão-de-obra empregada: Familiar

Custo das instalações: R$ 2.900,00.

COEFICIENTESTÉCNICOS

Preçoda bandeja de ovos c/ 30 unidades: R$ 7,00

Preçoda ave viva p/ venda: R$ 12,00

Preçoda ração p/ corte: R$O,60/kg

Preçoda ração p/ postura: R$O,55/kg

Preçodo pinto de um dip: R$1,1O/Un

Mão-de-obra empregáda: Familiar

Custo das instalações: R$2.700,00

14

DESPESAS(A) RECEITAS (B)

671.00121,00510,00

10,0020,0010,00

1.200.001.200,00

15

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8. LITERATURA CONSULTADA

HOLANDA, J.S. et 01. Manejo e produção de galinha caipira.

2° ed. rev. Natal, RN: EMPRN, 72 p, 2002.

SOUZA, N.A., FEITOSA, A.P.W., OLIVEIRA, J.F. Sistemas de

criação de galinha caipira: postura e corte. Natal,RN, 40 p.~

2005. (No prelo).