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HISTÓRIA DO TEATRO Madalena Fernandes ESPAN – 2012/2013

Origem e evolução do teatro

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HISTÓRIA DO TEATRO

Madalena FernandesESPAN – 2012/2013

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• O teatro surgiu a partir do desenvolvimento do homem, através das suas necessidades. O homem primitivo era caçador e selvagem, por isso sentia necessidade de dominar a natureza. Através destas necessidades surgem invenções como o desenho e o teatro na sua forma mais primitiva. O teatro primitivo era uma espécie de danças dramáticas colectivas que abordavam as questões do seu dia a dia, uma espécie de ritual de celebração, agradecimento ou perda. Estas pequenas evoluções deram-se com o passar de vários anos. Com o tempo o homem passou a realizar rituais sagrados na tentativa de apaziguar os efeitos da natureza, harmonizando-se com ela. Os mitos começaram a evoluir, surgem danças miméticas (compostas por mímica e música).

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• Na Grécia sim, surge o teatro. Surge o “ditirambo”, um tipo de procissão informal que servia para homenagear o Deus Dioniso (Deus do Vinho). Mais tarde o “ditirambo” evoluiu. No início fazia-se teatro nas ruas, depois tornou-se necessário um lugar. E assim surgiram os primeiros teatros.

• Os festivais dedicados à tragédia ocorriam em teatros de pedra e ao ar livre. Era nestes locais que se escolhiam os melhores atores. As apresentações destes festivais duravam vários dias. A plateia acompanhava as peças o dia todo. No palco, os actores usavam sapatos de sola alta, roupas almofadadas, máscaras feitas de panos pintados e eram decorados com perucas. Só os homens eram atores.

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Os dois géneros básicos do drama teatral foram a tragédia e a comédia.

Tragédia (tratava de assuntos sérios)A tragédia apresentava como principais características o terror e a piedade que despertava no público.Diferentemente do drama, na tragédia , o herói sofre sem culpa. Ele teve o destino traçado e seu sofrimento é irrefutável. Por exemplo, Édipo nasce com o destino de matar o pai, Laio, e se casar com a mãe. É um dos exemplos de histórias da mitologia grega que serviram de base para o teatro.

Dentre os principais autores e obras podem ser mencionados: Ésquilo (525 - 456 a.C.),; Sófocles (495 - 405 a.C.), que se destaca com as peças Édipo Rei; Eurípedes (480 - 406 a.C.), etc.

Comédia (tratava de assuntos cómicos)A comédia foi um gênero mais voltado para o quotidiano, para os costumes, que são tratados sobre tudo como objeto de crítica e sátira.

A tragédia contava a história de deuses e heróis. A comédia falava de homens comuns.

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Édipo é filho de Laios, rei de Tebas que foi amaldiçoado de forma que seu primeiro filho tornar-se-ia seu assassino e desposaria a própria mãe. Tentando escapar da ira dos deuses, Laios manda matar Édipo logo de seu nascimento. No entanto, a vontade do destino foi mais forte e Édipo sobreviveu, salvo por um pastor que o entregou a Políbio, rei de Corinto. Já adulto Édipo descobre sobre a maldição que lhe foi atribuída e para que ela não fosse cumprida, foge de Corinto para Tebas, sem saber que lá sim é que seus pais verdadeiros o esperavam. No meio da viagem, encontra um bando de mercadores e seu amo (Laios), sem saber que seu destino estava já se concretizando, mata a todos. Assim que chega a Tebas, Édipo livra a cidade da horrenda esfinge e de seus enigmas, recebendo a recompensa: é eleito rei e premiado com a mão da recém-viúva rainha Jocasta (viúva de Laios). Anos se passam e Édipo reina como um verdadeiro soberano e tem vários filhos com Jocasta, mas a cidade passa por momentos difíceis e a população pede ajuda ao rei. Após uma consulta ao oráculo de Delfos, que responde pelo deus Apolo, os tebanos são alertados sobre alguém que provoca a ira dos deuses: o assassino de Laios, que ainda vive na cidade. Édipo então decide livrar seu reino desse mal e descobrir quem é o assassino, desferindo uma tremenda maldição: «Proíbo que qualquer filho da terra onde me assistem o comando e o trono dê guarida ou conversa ao assassino, seja ele quem for; que o aceite nos cultos e no lar, que divida com ele a água lustral! Eu ordeno, ao contrário, que o enxotem de suas casas, todos, por ser aquilo que nos torna impuros, conforme acaba de nos revelar, por seu oráculo, a fala do deus! (…) E ainda mais: rogo aos céus, solenemente, que o assassino, seja ele quem for, sozinho em sua culpa ou tenha cúmplices, tenha uma vida almadiçoada e má, pela sua maldade, até o fim de seus dias. Quanto a mim, se estiver o criminoso em minha casa, privando comigo, eu espero que sofra as mesmas penas que dei para os demais.» Ele só não esperava que essa maldição iria sobrecair sobre ele próprio, assim que no mesmo dia descobrisse a verdade, através do pastor que o encontrara ainda quando bebé, pendurado em um bosque pelos tornozelos. Jocasta suicída-se assim que descobre, e Édipo se cega, perfurando os próprios olhos e exilando-se.

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Na época do Império Romano, o teatro entrou em declínio, porque os romanos preferiam o circo e, no início da Idade Média, em 476, o teatro quase desapareceu, porque a Igreja Católica considerava-o um pecado.Apesar de ter sido totalmente baseado nos moldes gregos, o teatro romano criou suas próprias inovações, com a pantomima (peça teatral em que os atores se exprimem apenas por gestos), em que só um actor representava todos os papéis, com a utilização de máscara para cada personagem interpretado, sendo o actor acompanhado por músicos e por coro.Dramaturgos romanos mais conhecidos: Séneca, Plauto e Terêncio.

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Na era medieval, dois lugares exerceram destacada função na vida do povo: as igrejas e as praças. O teatro existia nesses dois locais. No primeiro, representavam-se peças religiosas, versando sobre temas sagrados, extraídos da Bíblia ou de lendas piedosas.

Mas o teatro viu o seu público aumentar quando saiu dos templos e passou a ser apresentado nas praças; embora as peças tivessem sempre uma atmosfera religiosa, o tema era um pouco mais livre; chamavam-se peças "profanas". Os espetáculos teatrais na Idade Média eram caracterizados por fortes elementos de caráter religioso. O tema central das apresentações eram as cenas de Natal, da Paixão, da Ressureição de Cristo e da vida dos Santos. Com o passar do tempo, o público teatral aumentou e as encenações exigiram que as representações fossem feitas em locais maiores, passando então a ser utilizado o adro (na frente) das igrejas ou um palco era construído para essa finalidade.Outros gêneros do teatro profano foram a sotie ou farsa(tipo de teatro sobretudo cómico e de critica, que fazia rir) e a moralidade. A sotie era uma sátira onde todos os personagens diziam a verdade porque estavam loucos, enquanto que a moralidade era uma apresentação de cunho moralista, onde os personagens simbolizavam o bem e o mal e nessa alegoria o bem sempre prevalecia.

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Teatro em Portugal

Antes de Gil Vicente houve teatro?

Esta é a primeira pergunta que surge naturalmente no nosso espírito ao iniciarmos o estudo sobre Gil Vicente.Durante a idade Média e antes do Plauto português houve representações figurativas de carácter religioso e profano - os jograis e as jogralesas com os seus recitativos e danças teriam sido os nossos primeiros actores - mas não houve teatro.

O Teatro em Portugal teve um desenvolvimento significativo com Gil Vicente, sendo o primeiro autor a utilizar o género dramático.Paralelamente ao teatro vicentino desenvolve-se o de inspiração renascentista. É o caso de António Ferreira (1528-1569), autor da tragédia Castro que se fundamenta num episódio da história nacional. Também Sá de Miranda e Luís de Camões tentaram o teatro. Do primeiro salienta-se a 1.ª comédia portuguesa em prosa, intitulada Estrangeiros. Do segundo, o Auto de El-Rei Seleuco.

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Sec. XIX

Almeida Garrett (Porto, 1799 – Lisboa, 1854) Foi um proeminente escritor e dramaturgo romântico, que fundou o Conservatório Geral de Arte Dramática, edificou o Teatro Nacional D. Maria II em Lisboa e organizou a Inspecção-Geral dos Teatros, revolucionando por completo a política cultural portuguesa a partir de 1836, no rescaldo das Guerras Liberais. Frei Luís de Sousa é a sua obra maior.