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Terça-feira, 15 de Novembro, 21h30 Cinema São Jorge, Lisboa Luis Pastor e a Orquesta Metropolitana de Lisboa NESTA ESQUINA DO TEMPO Homenagem a José Saramago

Orquesta Metropolitana de Lisboa graficas/201111... · São poemas grandes, belíssimos, nunca banais». Pilar del Rio escreveu: «apesar dos conselhos dos bem-pensantes, é como

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Terça-feira, 15 de Novembro, 21h30Cinema São Jorge, Lisboa

Luis Pastor e a Orquesta Metropolitana de Lisboa

Nesta esquiNa do tempoHomenagem a José Saramago

Page 2: Orquesta Metropolitana de Lisboa graficas/201111... · São poemas grandes, belíssimos, nunca banais». Pilar del Rio escreveu: «apesar dos conselhos dos bem-pensantes, é como

« Que seja eu o autor das poesias aqui interpretadas, em português e também em castelhano, é apenas uma feliz coincidência. O que é importante é a música. E a voz, essa inconfundível voz de Luis Pastor, áspera e ao mesmo tempo suave, tal como as vozes dos grandes trovadores do século passado. Oiçamos»

José Saramago

programa

14 de Junho José Saramago voz offNesta esquina do tempo José Saramago / Luis Pastor / Orq. L. FernándezParábola José Saramago / Luis Pastor / Orq. L. FernándezAproximação José Saramago / Luis Pastor / Orq. João LucasElegia à moda antiga José Saramago / Luis Pastor / Orq. L. FernándezPesadelo José Saramago / Luis Pastor / Orq. Osvi GreccoNem sempre a mesma rima José Saramago / Luis Pastor / Orq. L. FernándezErgo uma rosa José Saramago / Luis Pastor / Orq. L. FernándezDispostos em cruz José Saramago / Luis Pastor / Orq. L. FernándezInventário José Saramago / Luis Pastor / Orq. João LucasTeu corpo de terra e água José Saramago / Luis Pastor / Orq. L. FernándezAnjo caído Luis Pastor / Pedro Guerra / Orq. Peter Hopez

Nesta esquina do tempo pode explicar-se de uma forma simples: Luís Pastor compõe a música e canta os poemas de José Saramago, Prémio Nobel de Literatura em 1998. Mas as obras excepcionais costumam habitar em mundos modestos e Nesta esquina do tempo é uma obra maior, que também nasceu de uma maneira natural, espontânea e sincera. Pilar del Rio, esposa de Saramago e tradutora da sua obra para espanhol referiu: «Um dia, não há muito tempo, José Saramago e Luís Pastor encontraram-se. Mais tarde partilharam tribuna para dizer com força que não queriam guerras canalhas, que as únicas ofensivas morais e necessárias eram as que deveriam combater a fome e a falta de cultura. Luís Pastor foi ousado e deu o passo seguinte quando, dirigindo- se a Saramago, disse-lhe que ia escrever a música para os seus poemas e, mais ainda, que ia cantar em português. Saramago achou piada, riu e disse: “oxalá”. De certo, pensou que a loucura dos músicos é quase tão grande como a dos sábios. Esqueceu o assunto e começou a escrever As intermitências da Morte.Luís Pastor continua a história de Nesta esquina do tempo «Surgiu de um encontro, por acaso» refere o cantor. «Em Maio de 2005 viajei até Lanzarote com Moncho Armendáriz para apresentar o documentário Unidades Móviles. Tomámos um café com José Saramago, que me ofereceu um livro das Obras Completas de Poesia e eu disse-lhe meio a sério, meio a brincar: – vou musicar os seus poemas. No avião de regresso para Madrid, comecei a trabalhar, e em casa ia cantando os poemas só com a voz, sem instrumentos. Passados três dias compus todas as músicas mas, por acidente, foram apagadas do minidisc. Comecei de novo, com a certeza de que não ia ter problemas. Depois passei à harmonia e gravei umas maquetes, que José

Saramago e Pilar del Rio ouviram em Outubro de 2005. Só questionaram a minha pronúncia do português. Tomei nota, comecei a estudar e fui aprendendo ao ouvir Saramago a declamar os seus próprios poemas, numas cassetes que tinha gravado para mim. Foi fundamental gravar metade do disco em Portugal, com a produção de João Lucas e a ajuda de João Afonso».«Estava predestinado a fazer este disco pela minha paixão por Portugal, pela música e a língua», diz Luís Pastor. «Em português, antes só tinha musicado um poema de Fernando Pessoa, mas sempre admirei e fui amigo de José “Zeca” Afonso e do seu sobrinho João, do Fausto, de Sérgio Godinho... Ao deparar-me com a obra de José Saramago senti a musicalidade e a importância da temática. No álbum há poemas de amor, alguns mais surrealistas, outros sociais... São poemas grandes, belíssimos, nunca banais». Pilar del Rio escreveu: «apesar dos conselhos dos bem-pensantes, é como se José Saramago e Luís Pastor gostassem de brincar. Transgrediram as normas e a idade, cada um acarretando os seus muitos e jovens anos de uma vida entre poemas e canções, com a pele nua, sentindo e desfrutando. Mais do que um disco é um milagre».Ninguém melhor do que Saramago para resumir este feliz encontro da música e da palavra Nesta esquina do tempo: «Que seja eu o autor das poesias aqui interpretadas, em português e em espanhol, é só uma feliz coincidência. O que mais importa é a música. E a voz, essa inconfundível voz de Luís Pastor, áspera e ao mesmo tempo suave, como o foram as vozes dos grandes trovadores do século passado. Ouçamo-lo. O tempo cabe todo na duração de um disco».

Nesta esquina do tempoHomenagem a José Saramago

Luis pastor guitarra e voze a orquestra metropolitana de LisboaLeonardo martínez direção musical Luis Fernandez piano

Co-organização: Câmara Municipal de Lisboa

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Luis pastor

Nasceu em Vallecas, Cáceres, a 9 de Junho de 1952. Chegou a Madrid ao principio dos anos 60, com o desejo de cantar. Tinha descoberto a música muito cedo: aos 14 deixa o colégio e começa a trabalhar, aos 16 compra a primeira guitarra, um anos mais tarde descobre a poesia de Paco Ibáñez. Começou a cantar na igreja do bairro, em centro juvenis, em reuniões de amigos. Locais que, apesar de não terem as condições ideais, enchiam de público, porque as suas canções faziam parte do protesto coletivo que unia a Espanha dessa época. No Verão de 1970, sai para correr os centros de emigrantes da Alemanha, França e Bélgica, Quase a cumprir os vinte anos, em 72, abandona definitivamente o trabalho como empregado de seguros, para se dedicar definitivamente à música. Até hoje. Do seu primeiro disco, por causa da censura, só vieram à luz quatro canções. A companhia discográfica catalã Als 4 vents tinha decidido apostar nele, apesar de Pastor só cantar em castelhano. Em 72, sai um single com La Huelga del ócio e Com dos años, muito apreciado pelos círculos de protesto social e político. Logo a seguir, em 73, sai um novo single que incluía uma versão de El niño yuntero, de Miguel Hernández. Em 1975, Luis Pastor assina com a Movieplay, e sai o primeiro LP, com o nome de Fidelidad. Um título que reafirma a postura do autor aos seus princípios, convém lembrar que esta gravação saiu em Abril de 75, ainda antes do fim do franquismo. Surge em seguida o disco Vallecas (76), e em 77 o terceiro disco, Nacimos para ser libres, que é um êxito para o tipo de artista que Luis Pastor quer ser. O ritmo de edições (um por ano) não era normal para artistas que não buscassem sucesso fácil fora da área do pop. A situação política continuava crispada e prova disso é a polémica gerada por um programa de televisão sobre Vallecas, dentro da série Yo canto, que terminou com a demissão do director da área musical na TVE. Ao fim destes três discos, Luis Pastor vira-se para o teatro e para a companhia Gayo Vallecano, para a qual compõe música para vários produções. O mundo dos cantautores como porta-vozes dos que não tinham voz tinha mudado entretanto, apos a adopção da Constituição e a abertura de um Parlamento onde se podiam expressar diferentes opiniões.

Apenas em 81, quatro anos depois, volta aos estúdios para gravar Amanecer, registando em seguida Coplas del Ciego, alusivo ao papel que desempenha para a TVE e em que canta temas sempre ligados à realidade quotidiana. Nada es Real será o próximo disco, que marca uma viragem nas suas abordagens musicais a partir de então. Continua a gravar rapidamente, Por la Luna de Tu Cuerpo (86), Aguas Abril, um dos seus álbuns mais pessoais, quase todo com temas da sua autoria. Um trabalho que grava um concerto em directo, no Teatro Romano de Mérida, com dois convidados especiais, Pablo Guerrero (voz) e Raimundo Amador (guitarra). O décimo trabalho discográfico aparece em 94, no formato CD. La Torre de Babel mostra a solidez da carreira do artista, que decide criar a sua própria marca dentro da editora independente Jammin, lançando o cd triplo Flor de Jara. Depois em 96 e 98, edita dois discos livros, com a revista El Europeo (Diario de a bordo e Por el Mar de mi mano). Começa então em 2000 uma trilogia em que recupera, sob o título Poetas, anterior canções suas, com novas versões. Já distinguido com a Medalha da Extremadura, trabalha em 2004 com Chico César no Brasil, saindo Pásalo, trabalho que receberá o Prémio de Música Popular Gabriel García Matos, em 2005. É um ano de distinções: recebe também o prémio A la Lealtad Republicana, gravando logo a seguir, em Março de 2006, um disco com duos em que surgem nomes como os de Miguel Ríos, Martirio, Chico César, Pedro Guerra, Lourdes Guerra, Leo Minax, João Afonso, Dulce Pontes, entre outros. Não passam muitos meses e sai em Novembro com desenhos de Javier Fernández de Molina e prólogo de José Saramago um novo registo que cruza fronteiras, linguísticas e não só, como dirá o escritor, com dois cd’s, em castelhano En esta esquina del tiempo, e em português Nesta esquina do tempo. São 14 poemas de Saramago, que lê com a sua voz um outro, musicados por Luís Pastor, num trabalho com a colaboração de João Afonso e Pasión Vega. A actividade e as digressões não páram: em 2010, Pastor celebra o centenário do poeta Miguel Hernández, nos seus concertos tanto em Espanha como no exterior. Acumulando com as suas apresentações, continua a fazer temas como compositor para cantores como Cesária Évora, Juan Valderrama, Gala Évora, Jarcha e Carmen Linares, entre muitos outros.

Luis Fernández

Cantor, compositor, músico, produtor e arranjador das mais importantes formações musicais das ilhas Canárias durante dez anos.Em 1994 vai viver para Madrid onde apresenta o primeiro disco a solo Lo que me gusta... Lo que no me gusta (Manzana). Em 1999 publica Segundo com o selo da Ingomúsica. Nestes últimos anos tem participado em discos, digressões, e espectáculos de artistas como Victor Manuel, Ana Belén, Miguel Rios, Serrat, Pedro Guerra, Luís Pastor, Niña Pastori, Nuria Fergó, Olga Román, etc.É compositor musical de espectáculos e audiovisuais como: O documentário Semillas (2004);A curta-metragem Nada (2002); Performances de Rosa Casado; O documentário Manual de uso parauna nave espacial (2008); Em Setembro de 2008 dirigiu o Encontro Internacional de Percussão Global Perfussion em Rivas; em 2009, em Santa Cruz de Tenerife e Bamako (Mali); regressando novamente ao Mali em 2010.Dirigiu a produção musical da obra The end of the rainbow de Peter Quilter, em Madrid.Desde 2009, dirige o projecto La casa del burro, uma sala independente na localidade de Peroblasco (La Rioja).

Leonardo martínez Cayuelas

Discípulo do maestro Manuel Hernández Silva, começou a dirigir sob as ordens de Gabriel Garcia, e conseguiu o título oficial de Director de Orquestra no conservatório Superior de Música «Manuel Massotti Littel» de Múrcia, com o professor José Miguel Rodilla. Ganhou o 2.º prémio no III Concurso Internacional de Direcção de Orquestra «Mestre José Férriz» em Montroy (Valência-Espanha) e 1.º prémio «Alter Music» de Direcção de Orquestra, (Cartagena, 2005).No ano 2005 foi convidado pelo catedrático Georg Mark para assistir às aulas de Direcção de Orquestra no Conservatório Superior de Viena. No mesmo ano, participou como director assistente na Jovem Orquestra Nacional de Espanha J.O.N.D.E. Nessa orquestra colaborou com maestros e solistas de prestígio internacional como Bruno Aprea (catedrático do Conservatório Superior «Santa Cecília» de Roma), Gloria Isabel Ramos, Pilar Jurado, Damián Martínez, Fábio Biondi, etc.Durante a última temporada dirigiu a Orquestra Sinfónica de Albacete, Orquestra Sinfónica da Región de Múrcia, Orquestra Sinfónica Ciudad de Elche, Orquestra Sinfónica de Extremadura, Orquestra de Córdoba, Orquestra Filarmónica de Morávia (República Checa), etc.Durante a temporada 2010/2011 dirigiu a Orquestra Sinfónica de Praga, Orquestra Sinfónica de Carlsbad, a Orquestra Filarmónica de Teplice (República Checa), a Orquestra Filarmónica de Kharkov (Ucrânia), a Sinfónica Estatal de Cucurova (Turquia), a Filarmónica Szczecin (Polónia), Orquestra Sinfónica de Córdova, Orquestra Sinfónica da Región de Múrcia, etc.Em 2010 estreou no Smetana Hall de Praga.Atualmente é director titular e artístico da Orquestra Sinfónica Ciudad de Elche.

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orquestra metropolitana de LisboaCesário Costa direção artística

A Orquestra Metropolitana de Lisboa (OML) estreou--se no dia 10 de Junho de 1992. Desde então, os seus músicos asseguram uma extensa atividade que com-preende os repertórios barroco, clássico e sinfónico – integrando, neste último caso, os jovens intérpretes da Orquestra Académica Metropolitana. Distingue -se igualmente pela versatilidade que lhe permite abordar géneros tão diversos como a Música de Câmara, o Jazz, o Fado, a Ópera ou a Música Contemporânea, propor-cionando a criação de novos públicos e a afirmação do caráter inovador do projeto da Metropolitana. Esta entidade, que tutela a orquestra, tem como singulari-dade o inter -relacionamento das práticas artística e pedagógica, beneficiando da convivência quotidiana de músicos profissionais com alunos das suas escolas – a Academia Superior de Orquestra, o Conservatório e a Escola Profissional Metropolitana. Este desígnio faz parte da identidade da OML, à semelhança de uma participação cívica que se traduz na regular apresenta-ção em concertos de solidariedade e eventos públicos relevantes. Cabe -lhe, ainda, a responsabilidade de as-segurar programação anual junto de várias autarquias da região centro e sul, para além de promover a des-centralização cultural por todo o país.

Desde o seu início, a OML é referência incontornável do panorama orquestral nacional. Além -fronteiras, e somente um ano após a sua criação, apresentou -se em Estrasburgo e Bruxelas. Deslocou -se depois a Itália, Índia, Coreia do Sul, Macau, Tailândia e Áustria. Em 2009 tocou em Cabo -Verde, numa ocasião histórica em que, pela primeira vez, se fez ouvir uma orquestra clássica naque-le arquipélago. No final de 2009 e início de 2010, efetuou uma digressão pela China. Tem gravados onze CDs – um dos quais disco de platina – para diferentes editoras, incluindo a EMI Classics, a Naxos e a RCA Classics. Ao longo de quase duas décadas de atividade, colabo-rou com maestros e solistas de grande reputação nos planos nacional e internacional, de que são exemplos os maestros Christopher Hogwood, Theodor Guschl-bauer, Michael Zilm, Arild Remmereit, Nicholas Krae-mer, Lucas Paff, Victor Yampolsky, Joana Carneiro, Brian Schembri, ou os solistas Monserrat Caballé, Kiri Te Ka-nawa, José Cura, José Carreras, Felicity Lott, Elisabete Matos, Leon Fleisher, Maria João Pires, Artur Pizarro, Sequeira Costa, António Rosado, Natalia Gutman, Ge-rardo Ribeiro, Anabela Chaves, António Meneses, Sol Gabetta, Michel Portal, Marlis Petersen, Dietrich Hens-chel, Thomas Walker, Mark Padmore, entre outros. Em sucessivos períodos, a direção artística esteve confiada aos maestros Miguel Graça Moura, Jean-Marc Burfin, Álvaro Cassuto e Augustin Dumay, sendo desde a tem-porada de 2009/2010 da responsabilidade de Cesário Costa.

primeiros violinosAna Pereira (concertino)Adrian FlorescuAlexêi TolpygoLiviu ScripcaruDiana TzonkovaCarlos Damas

segundos violinosÁgnes SárosiEldar NagievAnzhela AkopyanElena Komissarova José TeixeiraDaniela Radu

violasIrma SkenderiValentin PetrovGerardo GramajoAndrej Ratnikov

violoncelosMarco PereiraPeter FlanaganAna Cláudia SerrãoJian Hong

contrabaixosErcole de ConcaVladimir Kouznetsov

flautasRui Maia *Irina Lourenço **

oboésBethany AkersLiviu Dias *

clarinetesJorge CamachoMarta Xavier *

fagotesFranz DörsamBertrand Raoulx

trompasRicardo Silva (convidado)Jerôme Arnouf

trompetesSérgio CharrinhoRui Mirra

tímpanosFernando Llopis

percussãoLuís Cascão (convidado)

harpaStéphanie Manzo

* Alunos da Academia Superior de Orquestra da Metropolitana

** Ex-alunos da Academia Superior de Orquestra da Metropolitana

oRquestRa metRopoLitaNa de LisBoa

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