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TraumatoOrtopedia I Recursos dinâmicos Renan Alves Resende

ORTOP Aula 1b

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Traumato-­‐Ortopedia  I  Recursos  dinâmicos  

Renan Alves Resende

!

A demanda no sistema músculo-esquelético

Demanda Quantidade de stress aplicado ao sistema ME durante uma dada atividade.

Força de Reação

Stress = Força

A

Fatores que modificam a demanda

Características das atividades realizadas: carga, duração, velocidade

Características do contexto: propriedades do solo, equipamentos disponíveis.

Características do indivíduo: desalinhamentos ósseos ou articulares (e.g. varismo/valgismo de antepé e retropé, varismo/valgismo de tíbia, anteversão/retroversão de colo de fêmur, má postura)

A relação capacidade-demanda

Stress

Deformação relativa (Strain)

E

Durante atividades funcionais… Stress aplicado é distribuído através da cadeia cinética.

Quantidade de E que chega a uma estrutura e não stress propriamente dito parece estar associado a lesão

Stress = Força

A

Recursos Dinâmicos

Ocorrência de lesão relacionada à capacidade do indivíduo em lidar com stress envolvido em suas atividades funcionais

Capacidade de lidar com a demanda funcional (stress) via geração, dissipação, conservação e

transferência de energia

Fatores que interferem na capacidade de um indivíduo em lidar com stress:

4

Rigidez

Força muscular

Extensibilidade tecidual/mobilidade articular

Rigidez – Definição e fatores relacionados

Propriedade mecânica de materiais que é definida como resistência à deformação.

Conceito da Biomecânica frequentemente aplicado ao comportamento mecânico do tecido conectivo em resposta ao stress.

Rigidez = ΔStress/ΔStrain

Rigidez – Relevância

1.  Risco de lesão (estiramento, lesão ligamentar) Quantidade de E que chega a uma estrutura e não stress propriamente dito

parece estar associado a lesão.

Stress

Strain

E

Quantidade de E absorvida por um tecido e, consequentemente, risco de lesão é moderado pela sua rigidez.

M M

Posição de repouso = Postura ótima

M(Rigidez) ≅ M(Rigidez)

g

Rigidez – Relevância

2. Postura

M: mais curto e/ou maior massa

M(Rigidez) < M(Rigidez)

M: mais alongado e/ou menor massa

Postura subótima

Posição Ótima

T ≈ B

Strain

Stre

ss

RT < RB RT ≈ RB

Strain

Stre

ss

T B

Posição subótima

Biceps mais rígido:: Postura de cotovelo

mais fletida

F

T B

Rigidez – Relevância 2. Postura: é determinada por e afeta as propriedades mecânicas teciduais.

Rigidez – Relevância

3. Padrões de movimento Segmento menos rígido move primeiro

Rigidez – Relevância

4. Estabilidade

Rigidez – Relevância

5. Transferência de energia

Extensibilidade tecidual Definição e fatores associados

Capacidade de um tecido (conectivo ou muscular) de alongar-se, permitindo que a articulação se movimente através de toda a amplitude de movimento

Extensibilidade muscular à Flexibilidade

Rigidez

Extensibilidade Muscular

Baixa associação

Aquino et al., 2006; Aquino et al., 2010

Extensibilidade parece ser determinada por:

Comprimento do tecido

Tolerância ao stress

Discutir intervenções

Extensibilidade tecidual Relevância Clínica

Alterações da extensibilidade tecidual resultam em deficiências na mobilidade articular (hipo ou hiper mobilidade)

Possíveis consequências:

Diminuição da capacidade do tecido de absorver energia à aumento do risco de lesão

Movimentos compensatórios à aumento do stress à disfunções

Quanto de mobilidade depende das demandas funcionais:

Marcha: 10° de dorsiflexão

Déficit à movimentos compensatórios (e.g pronação excessiva)

Força muscular – definição e fatores associados

Capacidade de um músculo de produzir tensão

Concêntrica: gera energia

Excêntrica: dissipação de energia

Fatores associados: comprimento muscular, número de elementos contráteis (área de secção transversa), e rigidez dos elementos passivos.

Força muscular – Relevância clínica

1. Atrofia muscular: afeta a rigidez muscular e dos tecidos connectivos associados.

Fascia Toraco Lombar

Multifido

Lig. Supraespinhoso Lig. interespinhoso Lig. flavun

Consequência: afeta distribuição de rigidez e função articular

Força muscular – Relevância clínica

2. Alteração do comprimento muscular pode resultar em insuficiência do músculo em posições nas quais deveria produzir força para responder a demandas funcionais.

Força muscular – Relevância clínica

3. Alteração na capacidade de produção de força de um músculo pode sobrecarregar outros músculos.

Músculos fortes substituem a ação de

músculos fracos

Ex: Glúteos e Isquiotibiais

Força muscular – Relevância clínica

4. Desequilíbrio de força entre sinergistas pode resultar em padrões de movimentos ineficientes.

Movimentação adequada da

escápula depende da contribuição de todos os músculos

agindo sinérgicamente

Força muscular – Relevância clínica

5. Força excêntrica diminuída: alteração na capacidade de absorção/dissipação de energia.

Eficiência dos padrões de movimento que suportam atividades funcionais requer:

¨ Força e comprimento dos músculos adequados às demandas funcionais

¨ Equilíbrio de força entre sinergistas

¨ Distribuição adequada de rigidez em torno de uma articulação e entre articulações.