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OS BLOCOS ECONÔMICOS
Prof.: ROBERT OLIVEIRA CABRALProf˚ Robert R
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BLOCOS ECONÔMICOS: TODOS OS BLOCOS SÃO IGUAIS?� Os blocos econômicos se dividem em
quatro tipos diferentes em alguns pontos, porém o suficiente para estabelecer características do relacionamento entre os seus membros. São eles:
• Tratado ou Acordo de Livre Comércio. • União Aduaneira. • Mercado Comum. • União Econômica e Monetária.
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Tratado de Livre Comércio (TLC)• Um Tratado de Livre Comércio (TLC) é um acordo internacional entre
distintos países para conceder uma série de determinados benefícios de forma mútua.
• Os TLC geralmente são usados nas organizações de integração econômica, e exemplo disto a SADC, NAFTA etc.
• Os objetivos são:
• Eliminar barreiras que afetem ou atrapalhem o comércio. • Promover as condições para uma concorrência justa. • Incrementar as oportunidades de inversão. • Proporcionar uma proteção adequada aos direitos de propriedade
intelectual. • Estabelecer processos efetivos para o estímulo da produção nacional. • Fomentar a cooperação entre países membros. • Oferecer uma solução a controvérsias.
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União Aduaneira• União Aduaneira (UA) corresponde a uma etapa ou modelo de
integração econômica no qual os países membros de uma Zona de Livre Comércio adotam uma mesma tarifa às importações provenientes de mercados externos.
• À essa tarifa dá-se o nome de Tarifa Externa Comum (TEC). • A aplicação da TEC redunda na criação de um território
aduaneiro comum entre os sócios de uma UA, situação que torna necessário o estabelecimento de disciplinas comuns em matéria alfandegária e, em última análise, a adoção de políticas comerciais comuns.
• Muitos são hoje os exemplos de União Aduaneira. A União Européia era uma UA até a assinatura do Tratado de Maastricht, em 1992.
• A SACU, Southern African Customs Union, agrupamento que reúne vários países da África austral em torno da República Sul Africana, é o único exemplo de UA naquele continente.
• O Mercosul tornou-se, a partir de 1º de janeiro de 1995, o melhor exemplo de uma UA latino-americana.
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Mercado Comum• A maior diferença entre o Mercado Comum e a União Aduaneira é
que esta última regula apenas a livre circulação de mercadorias, enquanto o Mercado Comum prevê também a livre circulação dos demais fatores produtivos.
• A expressão "fatores produtivos" compreende dois grandes elementos: capital e trabalho.
• Da liberalização desses fatores decorre, por um lado, a livre circulação de pessoas (trabalhadores ou empresas) e, por outro, a livre circulação de capitais (investimentos, remessas de lucro, etc.).
• Do ponto de vista dos trabalhadores, a livre circulação implica a abolição de todas as barreiras fundadas na nacionalidade, mas também a instituição de uma verdadeira condição de igualdade de direitos em relação aos nacionais de um país.
• No que se refere ao capital, a condição de Mercado Comum supõe a adoção de critérios regionais que evitem restrições nos movimentos de capital em função de critérios de nacionalidade.
• Em tais situações, o capital de empresas oriundas de outros países do Mercado Comum não poderá ser tratado como "estrangeiro" no momento de sua entrada (investimento) ou saída (remessa de lucros ou dividendos).
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União Econômica e Monetária• A União Econômica e Monetária (UEM) constitui a etapa ou modelo mais avançado
e complexo de um processo de integração. • Ela está associada, em primeiro lugar, à existência de uma moeda única e uma
política comum em matéria monetária conduzida por um Banco Central comunitário.
• A grande diferença em relação ao Mercado Comum está, além da moeda única, na existência de uma política macroeconômica, não mais "coordenada", mas "comum".
• O único exemplo de uma União Econômica e Monetária, ainda em processo de construção, é a União Européia.
• Em 1992, com a assinatura do Tratado de Maastricht, são definidos os pré-requisitos para a entrada dos países-membros da CEE na nova UEM:
• déficit público máximo de 3% do PIB; • inflação baixa e controlada; • dívida pública de, no máximo, 60% do PIB; • moeda estável, dentro da banda de flutuação do Mecanismo Europeu de Câmbio, e; • taxa de juro de longo prazo controlada. • Em janeiro de 1999 é lançado o Euro, moeda única reconhecida por 11 dos 15
países membros da UE. • A moeda foi usada apenas em transações bancárias até 2002, ano em que passou a
circular nos países que a adotaram, substituindo as moedas locais para fins de transações correntes, como compras e pagamentos.
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CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO DE INTEGRAÇÃO
• O início do bloco aconteceu em meados da década de 1980, quando os governos do Brasil e Argentina promoveram uma integração.
• Em 1991 é assinado em Assunção (Tratado de Assunção) o acordo que dá início ao bloco.
• Atualmente os membros fixos do bloco são: Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai, Venezuela (2012)
• A Bolívia espera desde julho de 2016 a posição do congresso brasileiro para integrar o bloco. O Brasil é o único país que não ratificou a entrada da Bolívia.
• Equador, Chile, Colômbia e Peru participam como membros associados
• Ligado ao Bloco também estão Egito e Israel que têm, desde de 2007, um acordo de livre comércio com o Bloco econômico.
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POTENCIAL DO BLOCO
• As características do bloco possibilitam uma análise comparativa muito sugestiva quanto a dimensão e sua capacidade.
• Se fosse um país, o Mercosul seria o maior produtor agrícola do mundo, a 4˚ maior economia e população do planeta.
• A extensão territorial colocaria o bloco na 2˚ posição (atrás somente da Russia).
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CARACTERÍSTICAS DO MERCOSUL
• Dentre os fatores que marcam os princípios do Mercosul, temos:
• a) Liberdade para os fluxos de produtos entre os países participante, livres de barreiras tarifárias e não tarifárias.
• b) Estabelecimento de uma Tarifa Externa Comum (TEC), contendo a concorrência entre os participantes frente a entrada de produtos externos.
• c) Coordenação de políticas macroeconômicas, possibilitando que as políticas de câmbio, fiscal, monetária, agrícola, industrial e de normas técnicas estabeleçam condições justas para os Estados (ainda não aplicada em toda a sua abrangência).
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A EXCLUSÃO DO PARAGUAI E A ENTRADA DA VENEZUELA
• As relações entre os dois países tornaram-se tensas a partir da chegada ao poder de Hugo Chavez na Venezuela.
• O partido Colorado (patronal) sempre temeu uma expansão do "Chavismo" no país e uma perspectiva de emenda constitucional que possibilitasse a reeleição de Lugo.
• Os fatores responsáveis pela retirada do Paraguai do bloco estão vinculados a derrubada do presidente Fernando Lugo em um processo no senado em 36 horas.
• O processo, segundo participantes do MERCOSUL, configurou um golpe a democracia abriu caminho para a entrada da Venezuela, visto que os parlamentos do Brasil, Argentina e Uruguai já havia aprovado a entrada do país.
• Após o processo eleitoral no Paraguai notamos a reentrada do país no bloco, ainda com fortes restrições a entrada da Venezuela a revelia (paraguaia).
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DIFICULDADES PARA O BLOCO• Diversidade entre os participantes, tanto do ponto de vista econômico
quanto espacial.
• População mais representativa do Brasil, assim como a sua capacidade de inovação.
• Barreiras e impedimentos construídos entre os países membros desrespeitando os acordo e tratados assinados.
• Baixo investimento em infra-estrutura para ampliar a integração.
• Diferenças econômico-produtivas que dificultam uma maior fluidez para a força de trabalho, apesar da liberação dos fluxos populacionais entre os países por 90 dias sem a necessidade de passaporte.
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FONTESBAUMAN, Zygmunt. Globalização: As Consequências Sociais. Ed. Zahar.
BAUMAN, Zygmunt. Amor Liquido. Ed. Zahar.
FERRO, Marc (org.). O Livro Negro do Colonialismo. ed. Ediouro.
GIDDENS, Anthony. Mundo em Descontrole: O que a Globalização está Fazendo de nós. ed. Record.
HAESBAERT, Rogério. Os Blocos Econômicos Internacionais.
HARDT, Michael & NEGRI, Antonio. Império. Ed. Record.
HOBSBAWN, Eric. A Era dos Extremos. ed. Companhia das Letras.
KHANNA, Pharag. O Segundo Mundo. ed. Intrinseca.
LACOSTE, Yves. Geografia do Subdesenvolvimento. Ed. Difel.
SANTOS, Milton. Por uma Outra Globalização. ed. Record.
SMITH, Adam. A Riqueza das Nações. Ed. Nova Cultural.
WALLERSTEIN, Immanuel. O Sistema Mundial Moderno.
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