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Os custos adicionais vinculados à exigibilidade da norma de desempenho NBR 15575:2013 dezembro/2015 1 ISSN 2179-5568 Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015 dezembro/2015 Os custos adicionais vinculados à exigibilidade da norma de desempenho NBR 15575:2013 Fabienne Fábia Neves Lima [email protected] MBA Gerenciamento de obras, tecnologia e qualidade da construção Instituto de Pós-Graduação - IPOG João Pessoa, PB, 08/12/2014 Resumo Este artigo tem como objetivo identificar as principais dificuldades que as construtoras do Brasil irão enfrentar na execução das novas edificações sujeitas ao cumprimento da norma de desempenho, a NBR 15575:2013, tendo como principal dificuldade o aumento dos custos de construção e, consequentemente, aumento nos preços dos imóveis. Como objeto de estudo foi considerado um empreendimento de padrão econômico na cidade de João Pessoa e todos os sistemas construtivos utilizados na edificação. Para atender aos requisitos da norma de desempenho, os custos de construção irão aumentar ao incluir no orçamento as avaliações dos sistemas executados para confirmação do atendimento à norma, os métodos construtivos, em alguns casos, são inovadores e a mão de obra precisa ser mais qualificada. Sendo assim, as pequenas construtoras irão enfrentar problemas para se adequar e continuar oferecendo os menores preços para atender ao mesmo público. As empresas que se depararem com este problema terão como principais soluções a especialização da mão de obra já existente no canteiro na tentativa de aumentar a qualidade dos serviços e melhorar a inspeção durante e após a execução, e a padronização dos serviços que apresentarem resultados satisfatórios. Palavras-chave: Norma. Desempenho. Mercado. Custo. Requisito. 1. Introdução A ABNT NBR 15575 Desempenho de Edificações Habitacionais começou a ser desenvolvida desde o ano de 2000 e deveria ter entrado em vigor em 2010, estabelecendo parâmetros mínimos para a construção de novas edificações com até cinco pavimentos, visando atender as exigências dos usuários finais nos quesitos de conforto, segurança, funcionalidade e durabilidade. Foi atualizada em 2013 e passa a ser exigida para todas as edificações habitacionais, tendo apenas alguns critérios relacionados ao número de pavimentos. Está dividida em seis partes de acordo com os requisitos, sendo eles gerais, para os sistemas estruturais, para os sistemas de piso, para os sistemas de vedações verticais internas e externas, para os sistemas de cobertura e para os sistemas hidrossanitários. Desde que entrou em vigor, em Julho de 2013, a NBR 15575:2013 tem movimentado a indústria da construção civil, pois afeta não apenas o construtor, mas também os fornecedores de materiais e serviços e os projetistas, que participam da responsabilidade do produto final. A preocupação em atender a norma deve surgir desde o escopo do projeto, ao considerar a localização do terreno, fenômenos naturais da região, vizinhança, entre outros dados, até o ensaio de materiais utilizados e do produto final para verificar a conformidade com as exigências.

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ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015 dezembro/2015

Os custos adicionais vinculados à exigibilidade da norma de

desempenho NBR 15575:2013

Fabienne Fábia Neves Lima – [email protected]

MBA Gerenciamento de obras, tecnologia e qualidade da construção

Instituto de Pós-Graduação - IPOG

João Pessoa, PB, 08/12/2014

Resumo

Este artigo tem como objetivo identificar as principais dificuldades que as construtoras do

Brasil irão enfrentar na execução das novas edificações sujeitas ao cumprimento da norma

de desempenho, a NBR 15575:2013, tendo como principal dificuldade o aumento dos custos

de construção e, consequentemente, aumento nos preços dos imóveis. Como objeto de estudo

foi considerado um empreendimento de padrão econômico na cidade de João Pessoa e todos

os sistemas construtivos utilizados na edificação. Para atender aos requisitos da norma de

desempenho, os custos de construção irão aumentar ao incluir no orçamento as avaliações

dos sistemas executados para confirmação do atendimento à norma, os métodos construtivos,

em alguns casos, são inovadores e a mão de obra precisa ser mais qualificada. Sendo assim,

as pequenas construtoras irão enfrentar problemas para se adequar e continuar oferecendo

os menores preços para atender ao mesmo público. As empresas que se depararem com este

problema terão como principais soluções a especialização da mão de obra já existente no

canteiro na tentativa de aumentar a qualidade dos serviços e melhorar a inspeção durante e

após a execução, e a padronização dos serviços que apresentarem resultados satisfatórios.

Palavras-chave: Norma. Desempenho. Mercado. Custo. Requisito.

1. Introdução

A ABNT NBR 15575 – Desempenho de Edificações Habitacionais começou a ser

desenvolvida desde o ano de 2000 e deveria ter entrado em vigor em 2010, estabelecendo

parâmetros mínimos para a construção de novas edificações com até cinco pavimentos,

visando atender as exigências dos usuários finais nos quesitos de conforto, segurança,

funcionalidade e durabilidade. Foi atualizada em 2013 e passa a ser exigida para todas as

edificações habitacionais, tendo apenas alguns critérios relacionados ao número de

pavimentos. Está dividida em seis partes de acordo com os requisitos, sendo eles gerais, para

os sistemas estruturais, para os sistemas de piso, para os sistemas de vedações verticais

internas e externas, para os sistemas de cobertura e para os sistemas hidrossanitários.

Desde que entrou em vigor, em Julho de 2013, a NBR 15575:2013 tem movimentado a

indústria da construção civil, pois afeta não apenas o construtor, mas também os fornecedores

de materiais e serviços e os projetistas, que participam da responsabilidade do produto final.

A preocupação em atender a norma deve surgir desde o escopo do projeto, ao considerar a

localização do terreno, fenômenos naturais da região, vizinhança, entre outros dados, até o

ensaio de materiais utilizados e do produto final para verificar a conformidade com as

exigências.

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A norma tem por objetivo aumentar a qualidade do produto final e atua em benefício não só

do usuário, mas também das construtoras que atendem aos requisitos e que podem utilizar

disto em propaganda positiva e até mesmo se resguardar ao exigir o cumprimento das

manutenções por parte do consumidor. Entretanto, o mercado é misto no que diz respeito ao

porte das empresas, e aquelas que atendem à classe mais baixa, geralmente constroem com as

técnicas construtivas mais baratas e mão de obra pouco especializada, diferente das de grande

porte.

Com o crescimento da economia brasileira, o mercado imobiliário cresceu e, nos últimos

anos, a realidade em muitas regiões é um aumento significativo no número de obras de

edificações residenciais. No entanto, a construção se tornou atividade para muitas pessoas que

possuíam capital, mas não possuíam o conhecimento das técnicas construtivas. Estas pessoas

passaram a construir pequenos empreendimentos de baixo padrão. Quando se somou este fato

com as pequenas construtoras já existentes e os programas sociais do Governo Federal, a

procura por imóveis desta natureza tornou-se cada vez maior, mas os padrões de qualidade

não são os melhores.

A norma de desempenho atualizada em 2013 exige um padrão mínimo para todas as

edificações, então se espera que ela sirva como um filtro na indústria da construção civil de

modo a trazer mais qualidade para as futuras moradias de todos os padrões.

Um grande questionamento que surgiu com a atualização e exigibilidade da norma é em

relação aos preços dos imóveis, pois certas exigências afetam significativamente o orçamento.

O construtor de grandes edificações já seguia critérios que a norma agora exige para atender

ao seu consumidor de alto padrão e este já pagava pelo diferencial oferecido. Com a

normatização, o cliente que já pagava caro poderá pagar um pouco mais. Porém, o que

buscava os menores preços em empreendimentos e que não é tão criterioso, provavelmente

não estará satisfeito com a elevação de preços dos imóveis, e este aumento é bem mais

considerável que no exemplo anterior, pois a probabilidade dos empreendimentos no padrão

econômico já atenderem a algum requisito da norma é mínima. Além disto, este mesmo

consumidor muitas vezes não tem ao menos o conhecimento da NBR 15575 e não associa a

qualidade do imóvel que atende aos requisitos ao valor a ser pago por ele.

2. O aumento do valor orçamentário das edificações

Aos que já atendem alguns ou a maioria dos requisitos exigidos na norma de desempenho, as

mudanças não são radicais e a diferença se limita ao fato de existir uma regulamentação.

Porém, as empresas limitadas à construção básica e barata, sem se preocupar com proteções

acústicas e sonoras, durabilidade, segurança e etc., sofrerão um aumento nos custos de

construção nos empreendimentos que deverão atender a NBR 15575:2013.

Os métodos construtivos tradicionais podem continuar a ser utilizados, mas alguns deles,

quando bem executados, atendem apenas aos requisitos mínimos da norma. Então, se não há o

objetivo de atender os níveis superior ou intermediário, a execução conforme solicitado pelo

projetista para os métodos usuais pode ser suficiente.

A responsabilidade do produto final é da construtora, dos projetistas e dos fornecedores de

materiais, e cada um destes setores precisa de mais qualidade, controle e tempo para se

adequar aos padrões exigidos. Como resultado, temos a o aumento dos custos necessários

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para adequação de cada setor.

O aumento dos custos se inicia na fase de projeto, uma vez que os projetistas deverão ter

maior conhecimento das técnicas construtivas para saber a aplicação destas, em cada caso, e

os materiais a serem utilizados para atender aos padrões solicitados. A norma deixa a cargo do

projetista a definição dos materiais e processos a serem utilizados, considerando os

desempenhos declarados pelos fabricantes dos produtos. Além disto, os projetos serão mais

ricos em detalhes para que a execução siga exatamente os passos indicados e o produto final

seja o esperado.

Durante a fase de execução dos serviços, o custo adicional a ser considerado para a

construtora e/ou incorporadora é o de gestão de projetos e serviços em execução, pois a

tendência é um aumento na equipe administrativa para conferência e confirmação no

atendimento dos requisitos de projeto. Além da gestão, os construtores também incluem no

orçamento da obra os treinamentos e cursos para aperfeiçoamento profissional da mão de obra

do canteiro.

A norma usa como recomendação a avaliação do desempenho. Então, o que antes se fazia

como um procedimento padrão e se dava por concluído após o término do serviço, agora

apenas se certifica a qualidade do produto final com uma avaliação. Métodos de avaliação são

descritos para cada serviço incluído nos requisitos de desempenho da NBR 15575.

De acordo com a norma, (ABNT NBR 15575, 2013), “recomenda-se que a avaliação do

desempenho seja realizada por instituições de ensino ou pesquisa, laboratórios especializados,

empresas de tecnologia, equipes multiprofissionais ou profissionais de reconhecida

capacidade técnica”, sendo assim, os custos com avaliações já devem ser considerados como

itens de orçamento.

Os resultados positivos de cada uma das avaliações podem ser utilizados como ferramenta de

marketing, pois simbolizam a garantia de cumprimento das exigências com a demonstração

do desempenho, fator comparativo com a concorrência.

Apesar da exigência do cumprimento do desempenho, a norma não exige as medições ou seus

resultados, ela apenas recomenda. Sendo assim, as avaliações não precisam ser realizadas e as

pequenas construtoras de empreendimentos econômicos podem fazer essa economia, com a

ressalva que, durante o uso, caso o consumidor se depare com a falta de atendimento de

algum quesito, o direito dele será muito maior.

A Caixa Econômica Federal, financiadora do programa Minha casa, minha vida, foi a

instituição idealizadora da norma com o objetivo de aumentar o padrão de qualidade dos

edifícios de interesse social. Ela hoje exige dos que constroem pelo programa uma

declaração de que os projetos estão de acordo com a nova norma. O principal objetivo é

intimidar e excluir do mercado os construtores que utilizam dos recursos do governo para

construir empreendimentos sem qualidade para aumentar a lucratividade.

3. Avaliação dos sistemas e atendimento de requisitos em um empreendimento padrão

econômico

Visando encontrar as respostas para os questionamentos relacionados aos métodos

construtivos mais populares e custos, faz-se um estudo de caso de um empreendimento

fictício com as seguintes características:

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Tipologia: Edifício residencial multifamiliar localizada na cidade de João Pessoa – PB.

Número de unidades: 12 unidades habitacionais, sendo duas no pavimento térreo e dois

pavimentos superiores com cinco unidades cada;

Sistema estrutural: misto com vigas e pilares em concreto armado e lajes pré-moldadas de

blocos cerâmicos vazados;

Paredes externas: Alvenaria de ½ vez com blocos cerâmicos de oito furos (9x19x19cm) e

espessura final de 20 cm;

Paredes internas: Alvenaria de ½ vez com blocos cerâmicos de oito furos (9x19x19cm) e

espessura final de 15 cm;

Instalações hidrossanitárias embutidas nas paredes e forros;

Sistema de coberta misto composto por laje pré-moldada de blocos cerâmicos vazados com

telhas de fibrocimento apoiadas e calha central;

Sistema de combate a incêndio segundo as exigências locais.

Considera-se que os projetos dos componentes estruturais tiveram como base as normas

citadas na NBR 15575:2013, bem como a execução destes elementos. Através da análise do

projeto estrutural, foi detectado que a durabilidade da edificação atende ao requisito mínimo

da norma e a estrutura poderá atingir a vida útil de projeto (VUP) de no mínimo 50 anos

desde que sejam realizadas as manutenções descritas no manual de uso e operação do usuário

e não sejam feitas alterações não autorizadas.

Portanto, a estrutura se apresenta inicialmente em condições de estabilidade e segurança,

atendendo ao requisito mínimo da norma, sem a necessidade de custos adicionais.

O sistema de piso é composto pela camada estrutural, tendo esta 8 cm de bloco cerâmico

vazado apoiado em vigotas de concreto e 4 cm de concreto armado como capeamento,

seguido ascendentemente por 2 mm de impermeabilização com argamassa polimérica apenas

nas áreas úmidas, logo após vem a camada de contrapiso com espessura de 3 cm e, por

último, a camada de acabamento com a sua fixação.

Por ser um método construtivo padrão e considerando que foi executado seguindo todos os

procedimentos corretamente, além de utilizar materiais de qualidade comprovada, o sistema

de pisos será considerado neste exemplo como estável e com segurança estrutural. A

realização dos ensaios de resistência a impactos de corpos-duros e cargas verticais

concentradas poderá ser considerada como custo adicional, porém, se já houver dados

comprobatórios de outros casos utilizando o mesmo sistema, poderão ser considerados os

resultados anteriores.

O revestimento cerâmico utilizado nas áreas comuns e nas áreas privativas possui coeficiente

de atrito adequado para evitar acidentes, atendendo ao critério de segurança, e o nível do

lençol freático não atinge o nível do piso mais inferior e não há passagem da umidade das

áreas molhadas para outros elementos construtivos, garantindo a estanqueidade do sistema.

O desempenho acústico do sistema de pisos está dividido segundo dois tipos de ruído, o aéreo

e o de impacto, tendo a necessidade de uma avaliação diferente para cada caso. Para os dois

casos, são verificados os limites sonoros nos dormitórios. O ruído de impacto é avaliado pelo

nível de pressão sonora de impacto padrão ponderado (L’nT,w) e para atender ao desempenho

mínimo deve ser igual ou inferior a 80dB entre pavimentos de áreas privativas, já o aéreo tem

a diferença padronizada de nível ponderada (D’nT,w) como avaliadora de desempenho e possui

como limites mínimos os valores descritos na Figura 2 .

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Figura 1 – Critério e nível de pressão sonora de impacto padrão moderado, L’nT,w

Fonte: ABNT-NBR 15575-3 (2013)

Figura 2 – Critérios de diferença padronizada de nível ponderada, D’nT,w

Fonte: ABNT-NBR 15575-3 (2013)

De acordo um estudo realizado por Pereyron (2008), o desempenho do L’nT,w medido in loco

em um sistema de piso com estrutura similar à utilizada neste exemplo, obteve resultados

satisfatórios mesmo sem a aplicação das camadas de contrapiso e revestimento cerâmico,

conforme mostra a Figura 3. Como não há neste empreendimento áreas de uso coletivo entre

pavimentos, não precisa ser considerado o nível de pressão sonora de impacto padrão

moderado para este caso.

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Figura 3 – Gráfico com resultados de ensaio do ruído de impacto em laje pré-moldada convencional realizado

Fonte: Dados produzidos pelo autor Pereyron (2008)

Com parâmetros de medição positivos, pode-se considerar a informação de que é possível

atingir ao requisito mínimo da norma no que diz respeito ao isolamento acústico com o

sistema utilizado.

Para atender às solicitações com relação aos requisitos de durabilidade o que precisa ser

observado é a qualidade do material comprado para o fim de acabamento, de modo que este

não altere suas características após exposições à umidade e agentes químicos, e após esforços

mecânicos usuais. Neste caso, o cuidado com a compra de um material que contenha a

certificação de atendimento dos itens listados acima é a segurança da durabilidade.

A regularidade e homogeneidade também são cobradas no item de conforto tátil, visual e

antropodinâmico, estando o nível mínimo assegurado quando não houver diferença superior a

3mm na planeza da camada de acabamento. Neste caso, o material deverá ter a qualidade de

padronização de tamanhos e a mão de obra o treinamento para assentamento correto.

Como já foi descrito anteriormente, os sistemas de vedações verticais internas e externas

(SVVIE) são compostos por paredes de alvenaria de tijolo cerâmico, por isso não precisa

atender ao primeiro requisito citado no desempenho estrutural da quarta parte da NBR

15575:2013. Já no quesito de deslocamentos, fissurações e ocorrência de falhas, os SVVIE

aplica a edificações de até cinco pavimentos a limitação de não apresentar falhas e os

deslocamentos horizontais das vedações externas devem seguir a tabela de critérios da norma

com os limites máximos. O projeto e execução deverão considerar a fixação de elementos

suspensos e o sistema não poderá sofrer deslocamentos, rupturas ou arrancamentos dos

dispositivos, assim estará se adequando ao requisito 7.3 da norma. Os SVVIE deverão resistir

também aos impactos de corpo-mole, corpo duro, ações transmitidas por portas e cargas de

ocupação incidentes em guarda-corpos e parapeitos de janelas.

A estanqueidade também precisa ser garantida nas vedações externas (fachadas) e internas,

incluindo as junções entre janelas e paredes expostas ao vento e à chuva e os projetos deverão

comtemplar os detalhes executivos para garantia da vedação. Para atender a estas solicitações,

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o controle na execução é o principal fator a ser observado e a única maneira de comprovar o

resultado positivo é através do método de avaliação descrito.

Os critérios para atender a adequação das paredes externas pelo menos no desempenho

térmico mínimo é ter uma transmitância térmica (U) segundo a Figura 4 e a capacidade

térmica (CT) segundo a Figura 5, consistindo os métodos de avaliação em cálculos com uso

das propriedades dos materiais. As zonas bioclimáticas foram estabelecidas pela ABNT NBR

15220-3 e, segundo esta divisão, a cidade de João Pessoa está situada na zona 8.

Figura 4 – Transmitância térmica de paredes externas

Fonte: ABNT-NBR 15575-4 (2013)

Figura 5 – Capacidade térmica de paredes externas

Fonte: ABNT-NBR 15575-4 (2013)

Além dos itens citados acima, a norma pede que as fachadas apresentem aberturas com

dimensões adequadas para ventilação interna de salas, cozinhas e dormitórios. Sendo assim,

para a zona 8 na região Nordeste, é estabelecido que as áreas de aberturas somadas

correspondam a pelo menos 8% da área do piso do ambiente. Utilizando um dos dormitórios

da edificação em estudo como área a ser verificada, tem-se uma área de piso (AP) de 10,71m²

e área de abertura (AA) de 0,47m², obtendo-se um total de apenas 4,37% de abertura de

ventilação em relação ao piso, ou seja, não atende ao requisito mínimo da norma e deverá ser

ajustado.

Para atender ao desempenho acústico, os sistemas de vedação deverão atender ao isolamento

entre o meio interno e externo, entre as unidades e entre os cômodos. As verificações são

feitas através de medições em campo e em laboratório e são descritos em normas específicas.

Os níveis de ruído admitidos dependem da localização da habitação. Para o caso em estudo,

considera-se como localização uma área sujeita a ruído intenso de meios de transporte e de

outras naturezas, portanto esta se enquadra na classe de ruído III e deverá ter a diferença

padronizada de nível ponderada a 2 m (D2m,nT,w) de vedação externa de dormitório com valor

maior ou igual a 30dB para atender ao requisito. Já entre ambientes, deverão ser seguidos os

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valores mínimos descritos na Figura 6.

Figura 6 – Valores mínimos da diferença padronizada de nível ponderada, DnT,w, entre ambientes

Fonte: ABNT-NBR 15575-4 (2013)

Os cuidados com durabilidade se relacionam à ausência de deslocamentos, fissuras e falhas

nas paredes externas, atendimento da vida útil de projeto dos SVVIE e manutenções

preventivas por parte dos usuários.

No que diz respeito ao sistema de coberta, SC, é exigido que o mesmo esteja em condições

mínimas de segurança e não apresente fissuras, deformações ou deslocamentos que possam

comprometer a funcionalidade. Dentre as exigências, está especificado que não pode ocorrer o

arrancamento dos componentes sob a ação do vento, devendo o projeto especificar os esforços

e detalhes de fixação. O sistema deve suportar as cargas transmitidas durante a montagem e

manutenção do SC. Como no exemplo estudado a coberta é limitada ao acesso apenas para

manutenções, alguns requisitos não se aplicam, apenas o projeto deve deixar claro este tipo de

utilização.

Dentro da sétima parte na norma que fala sobre os sistemas de coberta, existe o requisito

solicitações em forro, que exige constar no manual de uso e operação as informações de

condições de fixação de objetos ao forro.

Para atender as condições de segurança no uso e na operação, o SC deve estar íntegro, não

sendo permitida a perda da estanqueidade após deslizamento de componentes, sobrecarga e

ação do peso próprio, e deve estar seguro para acesso durante as manutenções a serem

realizadas. O exemplo citado possui área para caminhamento de pessoas para uso durante

manutenções e instalações de acessórios sem ruptura dos componentes, atendendo a este

requisito mínimo.

No item estanqueidade, o sistema de coberta atende ao requisito de condições de salubridade,

pois é constituído de telhas de fibrocimento que é um material considerado impermeável.

Para atender ao nível mínimo de desempenho térmico, o sistema de coberta deverá atender à

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solicitação descrita na Figura 7 retirada da norma de desempenho. Estando o empreendimento

situado na Zona 8, a transmitância térmica deverá atender aos limites citados, considerando-se

a absortância à radiação solar (α) da telha de fibrocimento.

Figura 7 – Critérios de cobertura quanto à transmitância térmica

Fonte: ABNT-NBR 15575-5 (2013)

O desempenho acústico neste caso precisará ser atendido apenas para os critérios de ruído

aéreo, uma vez que a coberta não é acessível ao público. As avaliações são realizadas em

campo e o valor mínimo da diferença padronizada de nível ponderada da vedação externa nos

dormitórios para atendimento do requisito é de 30dB, tendo sido considerado mais uma vez a

classe de ruído III.

Para durabilidade e manutenibilidade, o SC deverá apresentar VUP mínima de 20 anos desde

que sejam realizadas as manutenções previstas no manual, e para funcionalidade e

acessibilidade o sistema deverá garantir o acesso e local que possibilite as instalações,

manutenções e desinstalações dos equipamentos da edificação.

A última parte da norma trata das instalações hidrossanitárias e suas exigibilidades quanto ao

desempenho, a começar pela garantia da segurança estrutural. É exigido que as fixações e

tubulações suspensas resistam a cinco vezes o peso próprio das mesmas cheias d´água, além

de não poderem apresentar deformações maiores que 0,5% do tamanho do vão. As tubulações

enterradas devem ser manter íntegras, e as embutidas não podem receber esforços externos a

ponto de danificá-las ou comprometer o uso. Além disto, as instalações hidrossanitárias

precisam estar estáveis, sendo observadas as sobrepressões, alturas manométricas e resistência

a impactos de corpos moles e duros.

Para garantir a segurança no uso e operação, deve-se ajustar o sistema de modo a evitar os

choques elétricos e queimaduras nos equipamentos e acessórios do sistema hidrossanitário,

além de permitir a utilização segura durante a manipulação, sendo excluído do exemplo em

questão o risco com os aquecedores de água, uma vez que não faz parte do empreendimento

este tipo de equipamento.

As tubulações das instalações hidráulicas, sanitárias e de águas pluviais deverão se manter

estanques quando sujeitas às pressões requeridas na NBR 15575/2103, bem como os

reservatórios, metais sanitários e calhas. Desta forma, atenderão aos requisitos de

estanqueidade exigidos.

Também é avaliado o desempenho acústico do sistema de instalações hidrossanitárias com

verificação do ruído percebido em um ambiente de dormitório fechado e vizinho a um local

também fechado onde o ruído hidrossanitário é emitido, porém os valores de níveis de

desempenho apresentados não são obrigatórios.

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A vida útil de projeto para este sistema é de no mínimo 20 anos com a mesma observação de

manutenção e conservação das instalações, manutenção esta empregada com a garantia de

presença de dispositivos de inspeção onde for necessário.

De forma a garantir o atendimento dos requisitos de número 15 da sexta parte da norma de

desempenho, saúde, higiene e qualidade do ar, deve-se fazer a instalação hidráulica

independente de qualquer outro tipo de sistema que conduza água não potável, não pode

existir refluxo ou retrossifonagem, além do material condutor da água não poder contaminar o

fluido com metais pesados ou permitir que se desenvolvam bactérias ou atividades biológicas

que provoquem doenças. Para o sistema de esgoto, o odor não deve retornar ao local.

A funcionalidade e acessibilidade estarão atendidas com requisito mínimo se as instalações de

água, esgoto e águas pluviais estiverem em funcionamento correto do que diz respeito à

finalidade de cada um, assim como o conforto tátil e antropodinâmico, que exige apenas a

instalação correta dos equipamentos.

A norma ainda utiliza como últimos requisitos para os sistemas de instalações

hidrossanitárias o uso racional da água nos dispositivos de utilização e a não contaminação do

solo e do lençol freático com a disposição dos efluentes na rede pública ou em algum sistema

de tratamento e disposição indicados pelas normas específicas. Sendo assim, estes itens, como

tantos outros, não alteram em nada o orçamento da edificação, pois não é comum nem era

permitida antes da NBR 15575 a prática de mistura de água potável com outro tipo de

material, o despejo de esgoto a céu aberto, nem o retorno do odor ao ambiente. Estes casos

podem, inclusive, ser caracterizados como falhas de projeto ou ações de crime ambiental.

A garantia de todos os requisitos do sistema de instalações hidrossanitárias se deve

principalmente à qualidade dos materiais empregados e à correta instalação, pois os demais

fatores citados não são exigências novas ou que possam ser facilmente não executadas, uma

vez que o funcionamento do sistema como um todo seria prejudicado. Assim, os custos a

serem considerados são mínimos.

A segurança contra incêndio é citada como requisito para todos os sistemas descritos na

norma e, para todos eles, é sempre um dever a utilização de materiais que dificultem a

inflamação e propagação do fogo no ambiente e a formação excessiva de fumaça de forma

que as pessoas possam ter opção de fuga e os bombeiros possam ter o acesso para prestar o

socorro imediato.

No exemplo em questão, a legislação local já é bem cuidadosa neste sentido e exige que

sejam providenciadas todas as medidas citadas e ainda outras para liberação do

empreendimento. Assim, este requisito especificamente não possui mudança significativa

durante a execução e também pode ser considerado como um aumento de custo no orçamento

não tão elevado.

Os índices térmicos e acústicos são mais complicados para confirmar se estarão atendendo

aos requisitos, pois são muito variáveis e pequenas falhas podem comprometer o sistema. O

ideal é fazer as verificações em cada caso e se manter respaldado com os resultados dos

ensaios.

Após executados os sistemas conforme condicionado pela norma, a construtora deverá

elaborar o manual de uso, operação e manutenção que contenha todas as informações

necessárias para utilização dos sistemas e as responsabilidades do condomínio com relação ao

uso e à manutenção. Existe uma importância muito grande na elaboração desde documento,

Os custos adicionais vinculados à exigibilidade da norma de desempenho NBR 15575:2013

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pois ele é o respaldo para o construtor não ser apontado como responsável por um produto

final entregue em perfeitas condições que foi danificado posteriormente ou que não atendeu

uma vida útil de projeto por falta de mantimento. A figura abaixo resume as vidas úteis de

projeto de cada um dos sistemas com a ressalva de que elas serão atendidas considerando as

manutenções realizadas corretamente, em método e periodicidade.

Figura 8 – Vida útil de projeto (VUP)

Fonte: ABNT-NBR 15575-1 (2013)

A vida útil (VU) de cada um dos elementos é definida como o tempo que o sistema suporta

sem a manutenibilidade e é ilustrada na Figura 9. O gráfico do tempo versus o desempenho

mostra a importância da manutenção desde a entrega do empreendimento e o quanto de tempo

o sistema pode perder com a ausência de manutenções.

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Figura 9 – Desempenho ao longo do tempo

Fonte: ABNT-NBR 15575-1 (2013)

A construtora tem a responsabilidade de cumprir as condições impostas pela ABNT e entregar

para o usuário uma unidade habitacional com funcionamento do mínimo exigido pelos

sistemas. Caso não esteja preparada inicialmente para projetar um manual completo e que a

deixe com a maior segurança possível, é recomendado que se contrate uma consultoria.

4. Conclusão

O argumento de que os custos dos imóveis deverão aumentar de maneira significativa em

consequência da exigibilidade da norma não é de toda verdade, pois se verificou que existe

sim uma mudança na forma antiga de se construir principalmente pelo fato de antes não se

realizar ensaios para todos os sistemas e requisitos que a norma ABNT NBR 15575/2013

exige, porém os métodos construtivos tradicionalmente utilizados podem atender aos

requisitos mínimos quando executados corretamente. No exemplo de estudo, algumas

conclusões foram tiradas: a partir das condições de projeto, a estrutura e as instalações

hidrossanitárias no método construtivo padrão serão satisfatórias se executados conforme as

solicitações de projeto e se o material utilizado atender todas as propriedades específicas

necessárias; o desempenho do ruído de impacto foi avaliado no sistema em execução como

satisfatório a partir de dados coletados em um estudo com um sistema semelhante; o

desempenho térmico mínimo dos sistemas de vedações internas e internas não foi atendido

porque a área de abertura mínima não foi suficiente, porém esta pode facilmente ser adequada

quando ainda na fase de projeto. Os demais sistemas e métodos não puderam ser avaliados

criteriosamente por falta de dados e isto reflete exatamente na dúvida do construtor ao

concluir o empreendimento. Os mesmos resultados que faltam a este estudo são os que os

empreiteiros desconhecem e precisam realizar os métodos de avaliação que a norma

recomenda para ter a certeza que está entregando um empreendimento nas condições

exigidas. Portanto, inicialmente é necessário sim o investimento em métodos de avaliação

com ensaios laboratoriais de tipo e em campo, laudos, inspeções e simulações para confirmar

se estão sendo cumpridos os requisitos da norma de desempenho. Ainda, além deste

investimento, há o preço a ser pago aos projetistas que deverão entregar os projetos com mais

detalhamentos e terão que dedicar mais tempo na busca de especificações de serviços e

materiais. A capacitação profissional e o aumento da quantidade de funcionários no setor de

acompanhamento e conferência dos serviços também são a saída para as pequenas

construtoras. O fato de investir em suas equipes de obra para construir com qualidade e

terceirizar o mínimo possível os serviços é uma boa alternativa para cumprir a norma sem

aumento significativo dos custos da edificação e ainda pode-se utilizar isto como ferramenta

comercial e valorizar o empreendimento pelo fato do mesmo estar cumprindo os requisitos

mínimos estabelecidos pela norma. A dificuldade de encontrar tabelas de desempenho de

materiais e sistemas na bibliografia digital disponível hoje é muito grande, mas

provavelmente com fiscalização das financiadoras nos empreendimentos, além da atenção dos

consumidores finais e a cobrança por parte das duas interessadas no cumprimento dos

requisitos, a prática do mercado será a de “vender” seus materiais e sistemas pelo

desempenho e este provavelmente estará sempre o mais visível possível para o público alvo.

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Referências

ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15220:

desempenho térmico de edificações parte 2: métodos de cálculo da transmitância térmica, da

capacidade térmica, do atraso térmico e do fator solar de elementos e componentes de

edificações. Rio de Janeiro, 2003.

ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575-1: 2013:

edificações habitacionais – desempenho parte 1: requisitos gerais. Rio de Janeiro, 2013.

ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575-2: 2013:

edificações habitacionais – desempenho parte 2: requisitos para os sistemas estruturais. Rio de

Janeiro, 2013.

ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575-3: 2013:

edificações habitacionais – desempenho parte 3: requisitos para os sistemas de piso. Rio de

Janeiro, 2013.

ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575-4: 2013:

edificações habitacionais – desempenho parte 4: sistemas de vedações verticais externas e

internas - svvie. Rio de Janeiro, 2013.

ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575-5: 2013:

edificações habitacionais – desempenho parte 5: requisitos para sistemas de cobertura. Rio de

Janeiro, 2013.

ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575-6: 2013:

edificações habitacionais – desempenho parte 6: sistemas hidrossanitários. Rio de Janeiro,

2013.

CBIC, CÂMARA BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO. Desempenho de

edificações habitacionais: guia orientativo para atendimento à norma abnt nbr 15575/2013.

Fortaleza: Gadioli Cipolla Comunicação, 2013.

PEREYRON, Daniel. Estudo de tipologias de lajes quanto ao isolamento ao ruído de

impacto. Santa Maria, 2008.