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BIC – Boletim Informativo CEAP – 28/09/2017. Nº 65 – ANO VI Mecanismos de ação da prece Renunciar à prece e desconhecer a bondade de DeusA prece é uma prática que está inserida na maioria das religiões do mundo. Para nós, espíritas, a prece está identifi- cada como recurso eficaz e fundamental no de- senvolvimento espiritual. Essa condição pode ser observada à questão 658, de O livro dos es- píritos: Agrada a Deus a prece? “A prece é sem- pre agradável a Deus, quando ditada pelo cora- ção, pois, para ele, a intenção é tudo. Assim, pre- ferível lhe é a prece do íntimo à prece lida, por muito bela que seja, se for lida mais com os lá- bios do que com o coração. Agrada-lhe a prece, quando dita com fé, com fervor e sinceridade. Mas, não creiais que o toque a do homem fútil, orgulhoso e ego- ísta, a menos que signifique, de sua parte, um ato de sincero arrependimento e de verdadeira humildade. O Evangelho Segundo o Espiritismo no Cap. 27, Pedi e obtereis ... asse- vera: “Jesus definiu claramente as qualidades da prece. Quando orardes, diz ele, não vos ponhais em evidência; antes, orai em secreto. Não afeteis orar muito, pois não é pela multiplicidade das palavras que sereis escutados, mas pela sinceridade delas. Antes de orardes, se tiverdes qualquer coisa contra al- guém, perdoai-lhe, visto que a prece não pode ser agradável a Deus, se não parte de um coração purificado de todo sentimento contrário à caridade. Orai, enfim, com humildade, como o publicano, e não com orgulho, como o fariseu. Examinai os vossos defeitos, não as vossas qualidades e, se vos comparardes aos outros, procurai o que há em vós de mau. É claro que a prece, por si só, não é capaz de nos conduzir rumo a essas almas compromissadas com o Bem Maior. Para atingir esse propósito, faz-se necessário pensar no bem, trabalhar no bem e, sobretudo, lapidar nossos senti- mentos em busca do bem. Ainda assim, a prece é valioso auxiliar para aquele que busca um novo padrão de Vida Espiritual. Sabe-se, conforme a resposta à questão 659, de O livro dos espíritos (KARDEC, 2016), que quando oramos, propomo-nos a louvar, pedir, agradecer. Porém, de forma geral, as preces que estão sendo feitas agora mesmo, mundo afora, pelos adeptos das mais diversas religiões, compõem-se de muitos pedi- dos, alguns poucos agradecimentos e raras glorificações a Deus. Essa prática, a de muito pedir, é inversamente proporcional à nossa elevação espiritual. As- sim, muito pedimos porque pouco temos a oferecer. Sabedores dessa nossa condição de pedintes reincidentes, os Espíritos elevados nos ensinam a qualificar nossas súplicas. Segundo eles, quando em prece, o que devemos pedir é a coragem para enfrentar os desafios que surgem, a paciência para buscar as soluções mais adequadas e a resignação para convi- vermos com os desafios que fomos incapazes de superar. Dizem-nos os amigos espirituais que aquele que ora deverá ter mereci- mento, para que suas súplicas sejam atendidas. Ou seja, orar, por si só, não é suficiente, é imperioso merecer o que se deseja. E mais, merecimento tem rela- ção direta com os esforços que fazemos para melhorar nossos sentimentos, pen- samentos e ações. Afinal: […]. Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más. […] (KAR- DEC, 2015, cap. 17 Sede perfeitos, it. 4). Porém, não podemos esquecer que a prece não nos desobriga de passar por experiências consideradas fundamentais para nossa evolução espiritual. Mas, ainda que tenhamos de superar desafios evolutivos inadiáveis, a oração pode fortalecer-nos, preparando-nos para melhor enfrentar e aproveitar tais pro- vações. Por fim, lembremo-nos de que não basta orar, é fundamental agir em benefício do outro. Essa ação nos fortalece e granjeia simpatias valiosas que poderão ser importantes nos momentos em que nossas fraquezas se agigantem diante de provações maiores. Como nos esclarecem os companheiros espiritu- ais: nossa ação corresponderá a uma reação, e esta será tão benéfica, quanto benéfico foi nosso ato. “Renunciar à prece é desconhecer a bondade de Deus. Excertos: “Mecanismos de ação da prece”, Capa Revista Reformador de Setembro de 2017 de Licurgo Soares de Lacerda Filho. Federação Espírita Brasileira – FEB. Os de boa vontade quais são Amados irmãos em Nosso Senhor Jesus Cristo. A boa vontade conduz os Espíritos à conquista dos seus ideais. Aquele que procura com acerto, com calma, com reflexão, chegar ao fim que almeja, deve revestir-se da coragem necessária para conseguir tocar a meta desejada. Mas, vede bem: a boa vontade, neste caso, deve ser e é um sentimento justo e um desejo sincero. E, para que haja tal sentimento e tal desejo, é mister que haja humil- dade. Se bem estas palavras pareçam estranhas a muitos, são, em verdade, filhas da boa lógica. Os de boa vontade são aqueles que aceitam de coração o que lhes convém.

Os de boa vontade quais são - ceapfpolis.files.wordpress.com · Os de boa vontade sabem esperar; são pacientes, prontos a perdoar, solícitos em prestar socorros. Eles veem no Evangelho

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BIC – Boletim Informativo CEAP – 28/09/2017. Nº 65 – ANO VI

Mecanismos de ação da prece “Renunciar à prece e desconhecer a bondade de Deus”

A prece é uma prática que está inserida na maioria das religiões do

mundo.

Para nós, espíritas, a prece está identifi-

cada como recurso eficaz e fundamental no de-

senvolvimento espiritual. Essa condição pode

ser observada à questão 658, de O livro dos es-

píritos: Agrada a Deus a prece? “A prece é sem-

pre agradável a Deus, quando ditada pelo cora-

ção, pois, para ele, a intenção é tudo. Assim, pre-

ferível lhe é a prece do íntimo à prece lida, por

muito bela que seja, se for lida mais com os lá-

bios do que com o coração. Agrada-lhe a prece, quando dita com fé, com fervor

e sinceridade. Mas, não creiais que o toque a do homem fútil, orgulhoso e ego-

ísta, a menos que signifique, de sua parte, um ato de sincero arrependimento e

de verdadeira humildade. ”

O Evangelho Segundo o Espiritismo no Cap. 27, Pedi e obtereis ... asse-

vera: “Jesus definiu claramente as qualidades da prece. Quando orardes, diz

ele, não vos ponhais em evidência; antes, orai em secreto. Não afeteis orar

muito, pois não é pela multiplicidade das palavras que sereis escutados, mas

pela sinceridade delas. Antes de orardes, se tiverdes qualquer coisa contra al-

guém, perdoai-lhe, visto que a prece não pode ser agradável a Deus, se não

parte de um coração purificado de todo sentimento contrário à caridade. Orai,

enfim, com humildade, como o publicano, e não com orgulho, como o fariseu.

Examinai os vossos defeitos, não as vossas qualidades e, se vos comparardes

aos outros, procurai o que há em vós de mau. ”

É claro que a prece, por si só, não é capaz de nos conduzir rumo a essas

almas compromissadas com o Bem Maior. Para atingir esse propósito, faz-se

necessário pensar no bem, trabalhar no bem e, sobretudo, lapidar nossos senti-

mentos em busca do bem. Ainda assim, a prece é valioso auxiliar para aquele

que busca um novo padrão de Vida Espiritual.

Sabe-se, conforme a resposta à questão 659, de O livro dos espíritos

(KARDEC, 2016), que quando oramos, propomo-nos a louvar, pedir, agradecer.

Porém, de forma geral, as preces que estão sendo feitas agora mesmo, mundo

afora, pelos adeptos das mais diversas religiões, compõem-se de muitos pedi-

dos, alguns poucos agradecimentos e raras glorificações a Deus. Essa prática, a

de muito pedir, é inversamente proporcional à nossa elevação espiritual. As-

sim, muito pedimos porque pouco temos a oferecer.

Sabedores dessa nossa condição de pedintes reincidentes, os Espíritos

elevados nos ensinam a qualificar nossas súplicas. Segundo eles, quando em

prece, o que devemos pedir é a coragem para enfrentar os desafios que surgem,

a paciência para buscar as soluções mais adequadas e a resignação para convi-

vermos com os desafios que fomos incapazes de superar.

Dizem-nos os amigos espirituais que aquele que ora deverá ter mereci-

mento, para que suas súplicas sejam atendidas. Ou seja, orar, por si só, não é

suficiente, é imperioso merecer o que se deseja. E mais, merecimento tem rela-

ção direta com os esforços que fazemos para melhorar nossos sentimentos, pen-

samentos e ações. Afinal:

[…]. Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral

e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más. […] (KAR-

DEC, 2015, cap. 17 – Sede perfeitos, it. 4).

Porém, não podemos esquecer que a prece não nos desobriga de passar

por experiências consideradas fundamentais para nossa evolução espiritual.

Mas, ainda que tenhamos de superar desafios evolutivos inadiáveis, a oração

pode fortalecer-nos, preparando-nos para melhor enfrentar e aproveitar tais pro-

vações.

Por fim, lembremo-nos de que não basta orar, é fundamental agir em

benefício do outro. Essa ação nos fortalece e granjeia simpatias valiosas que

poderão ser importantes nos momentos em que nossas fraquezas se agigantem

diante de provações maiores. Como nos esclarecem os companheiros espiritu-

ais: nossa ação corresponderá a uma reação, e esta será tão benéfica, quanto

benéfico foi nosso ato. “Renunciar à prece é desconhecer a bondade de Deus. ”

Excertos: “Mecanismos de ação da prece”, Capa Revista Reformador de Setembro de 2017 de

Licurgo Soares de Lacerda Filho. Federação Espírita Brasileira – FEB.

Os de boa vontade quais são

Amados irmãos em Nosso Senhor Jesus Cristo. A boa vontade conduz os Espíritos à conquista dos seus ideais. Aquele que procura com acerto, com calma, com reflexão, chegar ao fim que

almeja, deve revestir-se da coragem necessária para conseguir tocar a meta desejada. Mas, vede bem: a boa vontade, neste caso, deve ser e é um sentimento justo e um desejo sincero. E, para que haja tal sentimento e tal desejo, é mister que haja humil-dade.

Se bem estas palavras pareçam estranhas a muitos, são, em verdade, filhas da boa lógica. Os de boa vontade são aqueles que aceitam de coração o que lhes convém.

Ora, amados irmãos, se assim for, os de boa vontade conquistarão o que almejam, porque não desejam para si coisas vãs, nem pedem ou esperam senão aquelas que lhes são necessárias.

Tenho falado a vós outros em conquistas. Estas não podem significar senão a conquista espiritual, que liberta o Espírito pelo conhecimento da Verdade.

Os de boa vontade ouvem as palavras do Mestre. São as ovelhas que conhe-cem o seu pastor e têm Jesus como seu Mestre único.

Os de boa vontade sabem esperar; são pacientes, prontos a perdoar, solícitos em prestar socorros. Eles veem no Evangelho de Jesus o Livro que tudo encerra, que tudo contém de sublime e que tudo ensina.

Ter “boa vontade” é ter desejo de paz e de progresso. Os que assim praticam são do redil do Bom Pastor, conhecem a sua Voz. Não ouvirão os falsos profetas nem as teorias e fantasia humanas, as quais

terão forças sobre eles. Os de “boa vontade” têm, verdadeiramente, vontade boa, desejos bons, bons

pensamentos e progridem pelo esforço próprio e vencem pelo trabalho e pela abne-gação com que se entregam a lei do Progresso Espiritual.

Humildes e sinceros, os de “boa vontade” sabem realizar dentro de si mesmos o Reino de Deus.

Eis porque “o cristão se conhece pelas obras”. Oh! Vós, que ledes estas frases, meditai. Pregar o Evangelho é executá-lo pelas boas obras. E quem assim fizer sentirá despertar dentro de si esse tão proclamado Reino

do Senhor, tão proclamado e tão escondido, ainda, no fundo do espírito da maioria. O Evangelho é o divino Testamento legado por Jesus e é, em verdade, o mais

rico de todos os tesouros. Se quiserdes gozar dos benefícios desse tesouro, que não será roubado pelos

ladrões, nem será consumido pelas traças ou pela ferrugem, esforçai-vos por praticar o que nele se contém.

Ouvi, pois, e observai. __________________________________ MELO, Osvaldo; Epístolas aos Espíritas. 1.ed. imp. Federação Espírita Catarinense. 2013.

BIBLIOTECA CEAP – NOVOS LIVROS

A Arte do RE ENCONTRO Casamento – Alberto Almeida - Dividida em 21 capítulos, esta obra é um convite à reflexão sobre a dinâmica do relacionamento a dois, e sobre os elementos que impactam na saúde da relação de conjugalidade. Temas como ca-samento e filhos de outro casamento; casamento e infidelidade conjugal; casamento e perdão; casamento e separação; casamento e sogra; delimitação de papéis entre cônjuges e filhos são abordados nesta obra fascinante, que oferece até mesmo uma proposta de três modelos de casamento. Trata-se de um livro que deve, além de

tudo, ser utilizado por grupos de estudos e reflexões. Diz Jo-anna de Ângelis no prefácio da obra: "O livro que ora temos em mãos é um estudo sério sobre as uniões matrimoniais à luz da ética espírita e das elevadas propostas evangélicas de sustentação das criaturas e da família. Saudamos, nesta obra, o brado de advertência que o autor, com larga experi-ência psicoterapêutica e vivencial ante os conflitos huma-nos, oferece a todos quantos experimentam insatisfação nos relacionamentos profundos e incompreensões no san-tuário doméstico." Veja outros títulos interessantes disponíveis na Biblioteca.

Caminho Seguro – Lourival Lopes SEM MEDO E agora, meu Deus, o que faço? Pergunte, mas não se assuste. A força do problema, ou mesmo do seu agravamento, está na rejeição a ele, na forma assustada de enfrentá-lo. Quando você se espanta, ele marca pre-sença, atormenta. Por que isso? É por achar que o problema é um embaraço, que tem uma carga de preju-ízo e destruição. Não se assustar é crer que ele traz consigo uma experiência, desde que se lhe penetre o significado. Pense no valor dessa experiência. Quando a escuridão é grande, mais clareia a luz

CASA INTERIOR Como está a sua casa interior? Claro que você deseja uma casa inte-

rior linda, confortável, arejada e resistente a todos os males.

E é assim que deve ser. Para tal, faça o bem. Corrija-se quando

em erro. Trabalhe com alegria. Aproveite as boas emoções. Ore com fé. Desenvolva es-peranças.

Se os outros fazem o mal, não os siga. A você eles não conseguem atingir, se rele-var os maus-tratos. Mas se se vingar, a sua vingança permanecerá viva dentro de você, como uma pedra no sapato. “Edifique a sua casa sobre a rocha”, ensina o Senhor Jesus.

CONSULTE NOVOS TÍTULOS NA BIBLIOTECA - Srs. (as) leitores (as) – verifica-se grande nú-mero de livros Pendentes de devolução. Verifique em sua casa se você tem algum livro reti-rado de nossa biblioteca. Contamos com a colaboração de todos, para ao pleno funciona-

mento da nossa Biblioteca. – VEJA NOVOS TÍTULOS À SUA DISPOSIÇÃO NA BIBLIOTECA.

Emmanuel "...O teu trabalho é a oficina - Em que podes forjar a tua própria luz."

“O bem que praticas em qualquer lugar será teu advogado em toda parte. ”

EXPEDIENTE nº 65 – Setembro/2017 - ANO VI - (Distribuição Interna Gratuita) - BIC - BOLETIM

INFORMATIVO CEAP - Centro Espírita Antônio de Pádua, Rua Eng. Max de Souza, nº 1138, Co-

queiros, Florianópolis, SC, fundado em 27 de junho de 1948. Contato:

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