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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7 Cadernos PDE II

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE …...A poesia tem o poder de nos transportar ao mundo interior, de penetrar em nossa alma e nos fazer sentir os mais variados sentimentos

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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE

II

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Ficha para identificação da Produção Didático-Pedagógica – Turma 2014

Título: FIGURAÇÕES DA INFÂNCIA NA POESIA BRASILEIRA: LEITURA LITERÁRIA, EMANCIPAÇÃO E ENSINO

Autor:

Rosemary Aparecida de Liberali

Disciplina/Área:

Língua Portuguesa

Escola de implementação do projeto e sua localização:

Colégio Estadual Alberto Santos Dumont-EFMP

Município da escola:

Campina da Lagoa

Núcleo Regional de Educação:

Campo Mourão

Professor orientador:

Mestre Sandro Adriano da Silva

Instituição de Ensino Superior:

UNESPAR Campus Campo Mourão

Relação Interdisciplinar:

Resumo:

A literatura é uma forma de expressão onde se pode manifestar emoções, adquirir conhecimento, enriquecer a forma de perceber e sentir as coisas e, pensando na escola como um espaço democrático onde todos têm direito aos mais variados conhecimentos e saberes, é que se deve iniciar logo cedo o ensino da literatura. A proposta para trabalhar as figurações da infância na poesia brasileira está baseada na Estética da Recepção, que privilegia as relações obra/autor/leitor, dando aos alunos leitores um papel ativo e interagindo por meio desta tríade poderão alargar seus horizontes de leitura. A abordagem será feita através de textos poéticos brasileiros, de épocas diferentes, de autores cânones e não cânones, que apresentam como tema central a

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infância. Através das imagens da infância refletidas na poesia brasileira os alunos podem se ver e mergulhar dentro da leitura e se encontrar, se encantar e tomar gosto pelo mundo da poesia. Trabalhar com a poesia, nessa perspectiva é explorar o lúdico, o mágico, o sentimental. É perceber a poesia no texto, no mundo e na vida.

Palavras-chave:

literatura; poesia; infância

Formato do Material Didático:

Caderno Pedagógico

Público:

Alunos do 6º ano

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APRESENTAÇÃO

No intuito de apresentar uma possibilidade para que a leitura em sala de aula

seja para provocar reações, estímulos, experiências múltiplas e variadas, ampliar as

possibilidades de leitura, atribuir sentido ao texto que lê de acordo com sua vivência

social e cultural e, aos poucos ir introduzindo desde as séries iniciais, o trabalho com

a literatura é que este Caderno Pedagógico propõe um trabalho com textos poéticos,

com alunos do sexto ano do Ensino Fundamental, visto que é uma forma atraente de

aprendizagem e que gera conhecimento significativo.

A proposta deste material nasceu da necessidade de trabalhar um pouco

mais a poesia em sala de aula, pois os alunos criam hábito e gosto pela poesia, se

tiverem contato com ela desde muito cedo, visto que a poesia é uma das

responsáveis pelo desenvolvimento da capacidade linguística e pelo refinamento da

sensibilidade para a compreensão de si mesmo e do mundo.

Sabemos que a poesia é a mais antiga forma da expressão literária e leva o

leitor ao inusitado, à surpresa, às múltiplas possibilidades semânticas, à criação de

um imaginário artístico e à sensibilidade, portanto, estimular a leitura de poemas,

desde a infância, torna possível uma relação entre o pensar e o sentir, entre a razão

e emoção, entre o fascinante e o imprevisível.

Espera-se que as atividades propostas neste Caderno Pedagógico possam

contribuir para melhorar a prática pedagógica em sala de aula, incentivando e

despertando o gosto pela poesia.

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INTRODUÇÃO

Literatura é a arte da palavra e assim como a língua que utiliza, é um recurso

utilizado para a comunicação e interação social. Ela tem um papel importante na

sociedade: o de transmitir conhecimentos e a cultura de um determinado lugar. É

uma forma de expressão em que pode ser manifestado emoções e a visão de

mundo das pessoas. Segundo Antonio Candido (2004, p. 177), “ela nos deixa mais

capazes de ordenar a nossa própria mente e sentimentos; e, em conseqüência, mais

capazes de organizar a visão que temos do mundo”.

Além do conhecimento, da organização das emoções e da visão de mundo

que os textos literários nos proporcionam, há ainda o conhecimento que o autor

planejou de forma intencional e que será assimilado pelo leitor. Por meio desse

conhecimento ocorrerá a humanização e enriquecimento dos leitores.

Antonio Candido (2004, p. 176) diz que, “trazendo em si o que chamamos de bem e

o que chamamos o mal, humaniza em sentido profundo porque faz viver” e na

sociedade atual tão cheia de violência e contradições, buscam-se maneiras e fazem-

se tentativas para se humanizar. Segundo Antonio Candido a literatura é um direito

do ser humano, assim como saúde, educação e moradia.

Desta forma, todas as pessoas têm o direito humano e fundamental à

literatura, pois ela possibilita visões múltiplas do mundo, o que é muito importante

para a formação crítica humana. Sendo assim, a literatura é um instrumento para a

efetivação da educação e da instrução. É uma forma de expressão onde se podem

manifestar emoções, adquirir conhecimento, enriquecer a forma de perceber e sentir

as coisas.

Será na escola que o educando terá a oportunidade de ter o contato com a

literatura, com o saber, com a leitura e a escrita. A proposta é trabalhar a literatura

através de textos poéticos, pois a poesia é a mais antiga forma da expressão

literária e leva o leitor ao inusitado, à surpresa, às múltiplas possibilidades de uma

mesma palavra. Ela tem a capacidade de sensibilizar qualquer ser humano. É a

expressão da alma, dos sentimentos, portanto precisa ser cultivada.

A escola deve promover momentos de leitura de textos literários, pois é

através da leitura que o ser humano não só adquire conhecimento, como também

pode transformá-lo em um processo de aperfeiçoamento sucessivo, pode se

interagir e trocar experiências. Conforme Bordini e Aguiar (1993, p. 9) “é através da

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linguagem que o homem se reconhece como humano, pois pode se comunicar com

os outros homens e trocar experiências”.

Sua função social é facilitar ao homem a compreensão e assim o libertar.

Assim a sociedade para buscar a formação de um novo homem terá de se focar na

infância para atingir seus objetivos. Segundo Antonio Candido (1989, p. 113) a

literatura é: “um instrumento poderoso de instrução e educação, entrando nos

currículos, sendo proposta a cada um como equipamento intelectual e afetivo.”

Enquanto representação artística, a literatura tem o poder de sensibilizar,

gerar conflitos e desencadear reações. Trabalha essencialmente com a mimese.

Para Platão (p. 299) “todos os poetas são imitadores da imagem da virtude e dos

restantes assuntos sobre os quais compõem, mas não atingem a verdade”, via na

mimese a representação da natureza e para ele, toda criação era uma imitação, a

arte dizia respeito às opiniões e às aparências representadoras do mundo dito real.

Já para Aristóteles a mimese é a imitação das essências do mundo, um

profundo conhecimento da natureza humana e, o objeto da arte se tornaria real na

medida em que ocorresse a libertação do que é estranho à natureza do sujeito, a

catarse.

A mimese pode ser considerada como imitação, assim como Platão e

Sócrates diziam, mas também como forma de recriar a realidade, absorvendo sua

essência, revigorando e criando seu próprio universo.

A poesia tem o poder de nos transportar ao mundo interior, de penetrar em

nossa alma e nos fazer sentir os mais variados sentimentos. A poesia ensina e dá

prazer, segundo Horácio (2005, p. 65), prazer pela sonoridade em que se apresenta.

Desperta para possibilidades, para criatividade, para a liberdade, para

transformação. Segundo Octavio Paz (1982, p. 15): “a poesia é conhecimento,

salvação, poder, abandono”. (1982, p. 15)

A proposta é trabalhar a literatura através de textos poéticos brasileiros, de

épocas diferentes, de autores canônicos e não-canônicos que apresentam como

tema central a infância, contribuindo para estimular, nos alunos, a sensibilidade

estética, como instrumento para criação do imaginário e criticidade no processo

recepcional.

Através das imagens da infância refletidas na poesia brasileira os alunos

podem se ver e mergulhar dentro da leitura e se encontrar, se encantar e tomar

gosto pelo mundo da poesia. E por estas razões trabalhar com o gênero poema

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pode contribuir para que os alunos, desde cedo, criem gosto por textos poéticos que

provocam reações, atribuindo sentido ao texto dando aos alunos leitores um papel

ativo e interagindo por meio da tríade obra/autor/leitor poderão alargar seus

horizontes de leitura.

Dessa forma, o objetivo desse trabalho reside em trabalhar a literatura através

da teoria da Estética da Recepção, de Hans Robert Jauss e do método recepcional

elaborado por Bordini e Aguiar.

Nesta perspectiva trabalhar com a poesia é retomar o lúdico, o mágico, o

sentimental, partindo da realidade que conhecem até ampliar seus horizontes de

expectativas passando para os clássicos. É fazer com que percebam a poesia no

mundo e na vida.

ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS

No método recepcional o leitor é visto como um sujeito ativo no processo da

leitura. Possui um horizonte de expectativas que o limita, mas que pode transformar-

se continuamente ao entrar em contato com novos textos.

Sendo assim, o método possibilita o leitor fazer a comparação entre o familiar

e o novo, entre o próximo e o distante, possibilitando fazer comparações,

questionamentos e reflexões. O resultado esperado é a ampliação de seu horizonte

de expectativa, tendo uma nova visão da realidade preparando-se para novas

leituras.

Segundo as autoras Maria da Glória Bordini e Vera Teixeira Aguiar (1993),

essa proposta de trabalho divide-se em cinco etapas. (1) Determinação do horizonte

de expectativas; (2) Atendimento do horizonte de expectativas; (3) Ruptura de

horizontes de expectativas; (4) Questionamento do horizonte de expectativas e (5)

Ampliação do horizonte de expectativas.

Dessa forma, para determinar o horizonte de expectativas da turma, serão

feitos alguns questionamentos, oralmente, para saber o que eles entendem por

poesia, poema, rimas, estrofes. Quais poemas já leram. Que autores de poesia

ouviram falar. Quais as temáticas dos poemas lidos, para que assim, possa

conhecer um pouco mais do mundo de cada aluno e ter uma visão da realidade da

turma em relação à poesia e qual o comportamento deles diante do gênero.

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Logo após o questionamento, levar os alunos para fazer uma visita à

biblioteca e aproveitar para fazer exploração de coleções de poesias de vários

autores. Neste momento o professor observará o comportamento da turma diante

dos livros, os comentários, as temáticas de maior interesse, a fim de prever

estratégias de ruptura e transformação do mesmo.

Caixa mágica de surpresas

Levar para a sala uma “caixa mágica de surpresas”. A caixa deverá ter tampa

e estar cheia de poemas de vários autores. A caixa passará de mão em mão. Neste

momento deverá ser criado um suspense sobre o conteúdo da caixa. Ao descobrir

que são poemas, cada aluno escolhe um e comenta sobre o que ele fala.

Logo após a atividade da caixa, cada aluno receberá num envelope colorido o

poema “Caixa mágica de surpresas”, de Elias José. O poema deverá estar fatiado

em versos. O aluno deverá organizar o poema da forma como quiser. O trabalho

depois de pronto será exposto num mural.

O trabalho com textos poéticos, através das imagens da infância pode

contribuir para estimular, desde cedo, nos alunos o gosto pelo mundo da poesia,

atribuindo sentido ao texto, buscando formar um leitor capaz de sentir e expressar o

que sentiu, com condições de reconhecer, nas aulas de Literatura um envolvimento

autor/obra/leitor.

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Em um segundo momento, para que haja o atendimento do horizonte de

expectativas, deverá ser proporcionadas experiências com textos poéticos que

satisfaçam suas necessidades.

Apresentar então, aos alunos, o poema “Caixa mágica de surpresas” original.

1. Leia o poema.

Caixa mágica de surpresas Elias José Um livro é uma beleza, é caixa mágica só de surpresa. Um livro parece mudo, Mas nele a gente descobre tudo. (...) Fonte: http://baudashistoriasepoemas.blogspot.com.br/2010/04/poemas-de-elias-jose.html. Acesso

em 9 jun. 2014

a) No poema, o livro é comparado a uma caixa de surpresa. Por que, para o poeta, esses dois objetos podem ser comparados?

b) Faça a associação entre o que existe em comum entre os elementos a seguir e o que se pode encontrar em um livro. (1) baú de feiticeiro ( ) aventuras (2) navio pirata no mar ( ) alegria (3) foguete perdido no ar ( ) mistérios (4) festa ( ) perigos

c) O livro é descrito como tendo asas longas e leves? Por quê?

d) Copie do poema as palavras que caracterizam os seguintes substantivos:

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asas

doces

caixa

sonhos

As palavras que caracterizam ou qualificam os substantivos são chamados de adjetivos.

Convite José Paulo Paes

Poesia

é brincar com palavras

como se brinca

com bola, papagaio, pião.

(...)

Fonte: http://baudashistoriasepoemas.blogspot.com.br/2010/04/poemas-de-jose-paulo-paes.html.

Acesso em 9 jun. 2014

José Paulo Paes (1926-1998) nasceu em Taquaritinga, interior de

São Paulo, onde publicou seu primeiro livro de poemas, O aluno, em

1947. Publicou mais de dez livros de poesia. Foi colaborador na

imprensa literária, ensaísta e tradutor de poesia.

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1. O poema de José Paulo Paes tem como título “Convite”.

a) Que convite é feito no poema?

b) A quem esse convite é dirigido?

2. No poema acima, o autor apresenta uma diferença entre brincar com as palavras e brincar com bola, papagaio e pião. Qual é essa diferença?

3. O autor compara as palavras com alguns elementos da natureza.

a) Quais são esses elementos?

b) Que características esses elementos têm em comum?

4. O poeta retrata no texto o universo infantil. Que palavras do poema

representam esse universo?

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Fique ligado!

Quando falamos em

poesia, estamos falando

de uma arte e, quando

falamos em poema,

estamos nos referindo a

um texto concreto.

Agora leia o poema abaixo:

Tem tudo a ver Elias José (...) A poesia tem tudo a ver com a plumagem, o voo, e o canto dos pássaros, a veloz acrobacia dos peixes, as cores todas do arco-íris, o ritmo dos rios e cachoeiras,

(...)

Fonte: http://baudashistoriasepoemas.blogspot.com.br/2010/04/poemas-de-elias-jose.html. Acesso

em 9 jun. 2014

a) O que o poema de José Paulo Paes tem em

comum com o poema de Elias José?

Elias José (1936-2008) é

mineiro, nascido em Santa

Cruz da Prata. Cresceu

gostando de ouvir histórias

contadas por sua avó e

pelas cantigas folclóricas

que aprendia em casa e na

escola. O ouvir histórias

despertou nele o desejo de

escrever, principalmente

para crianças. Trabalhou

com poesia, conto e prosa.

O autor deixou uma obra de

grande abrangência.

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Como você pode observar, fazer poesia tem relação com usar as palavras de formas diferentes, “brincando” com elas nos poemas. Vamos ver alguns jeitos de brincar com as palavras em poemas?

Observe a brincadeira que Millôr Fernandes fez com estas palavras:

Vamos brincar com as palavras assim como Millôr fez? Invente uma forma diferente para as seguintes palavras:

BOLA ABISMO ÓCULOS MONTANHA AVE

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Para saber mais...

Poesia: é a arte de criar.

Poema: obra em verso ou

não em que há poesia

O texto “A casa e o seu dono”, é um poema de Elias José cheio de rimas que encantam e divertem a todos! Observe.

A casa e seu dono Elias José

Essa casa é de caco Quem mora nela é o macaco. Essa casa é de cimento Quem mora nela é o jumento. (...) Fonte: http://baudashistoriasepoemas.blogspot.com.br/2010/04/poemas-de-elias-jose.html. Acesso

em 9 jun. 2014

1. Observe os seguintes versos do poema: “Essa casa é tão bonita”, “Essa casa é elegante” – as palavras destacadas têm a função de caracterizar os nomes a que se referem. Portanto, são:

A) Substantivo B) Numeral C) Adjetivo D) Advérbio

2. No verso “Que não falei em casa de gente”, a palavra destacada exprime circunstância de

A) adição B) negação. C) oposição D) dúvida.

3. A alternativa que indica que o poema é narrado por um eu lírico em primeira pessoa é:

A) Essa casa é elegante. B) Essa casa é de lata. C) Quem mora nela é o jumento. D) E descobri de repente.

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4. Em vários versos do poema o autor repetiu a palavra “nela”. Esta palavra tem a função de:

a) Retomar o título do poema. b) Retomar o dono da casa. c) Retomar o material de que a casa é feita. d) Retomar a palavra casa.

5. Em grupos, vamos fazer uma adaptação do poema, “A casa e seu dono ” de

Elias José? Usem a criatividade.

6. O poema que seu grupo produziu deverá ser transferido em um cartaz que será exposto em forma de mural: Releitura da obra “A casa e seu dono ” de Elias José.

Mãos à obra

Observando o poema de Elias José “A casa e seu dono”, crie uma rima com o seu nome.

Cada aluno receberá uma janelinha na qual escreverá a rima criada com seu nome que, depois de pronto, será feito a montagem de um mural com o título: Adivinha quem mora aqui?

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Vamos assistir a um vídeo com a música “As borboletas” de Vinícius de

Moraes, na voz de Adriana Calcanhoto?

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=L4_rvMJtcSA

Dividir a sala em grupos e entregar uma ficha com o poema As borboletas recortado em versos e colados aleatoriamente. Cada equipe receberá também um envelope contendo o poema já fatiado. Pedir aos alunos que montem o poema numa folha. Depois de montar, a equipe terá que recitar o poema de forma coletiva. Vencerá a equipe mais rápida.

As borboletas Vinícius de Moraes

Brancas Azuis Amarelas E pretas (...) Disponível em: http://www.viniciusdemoraes.com.br/. Acesso em 11 jun. 2014

Poeta: é quem escreve poesias, quem faz poemas.

Verso: é cada uma das linhas de um poema.

Estrofe: é o conjunto ou grupo de versos de um poema.

Rimas: São os sons semelhantes ou iguais, no final das palavras.

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1. Entregar uma cópia do poema para cada aluno. Confeccionar dobraduras de borboletas para enfeitar e colorir o poema. Depois de enfeitados com as dobraduras expor no mural: Poesia com arte.

Vamos fazer arte?

Que tal confeccionarmos uma mandala de borboletas? Além de pintar, vocês irão usar a técnica de vitral feito com celofane colorido.

Antes de começar, saiba um pouquinho sobre o que é uma mandala...

Algumas curiosidades sobre borboletas

● Elas conseguem enxergar em um raio de 360 graus. Seus olhos são formados

por 12 mil pequenas partes que geram imagens em todos os sentidos.

● Suas cores servem como uma espécie de carteira de identidade.

● Têm uma vida muito curta. Algumas espécies vivem somente um mês. O

máximo que algumas conseguem viver é um ano.

● Até virar um inseto alado, as larvas passam por sete ecdises, processo de

troca de pele.

● Quando as larvas desenvolvem um casulo, elas passam a ser chamadas de

pupas ou crisálidas.

● As borboletas voam, no máximo, a 20 km/h.

A palavra " mandala" significa círculo. Durante muito tempo foi usada como expressão

artística e religiosa, através da arte indígena para rituais de cura. São formadas por uma

série de formas geométricas: círculos, triângulos, quadrados e retângulos que se repetem

simetricamente em torno de um ponto central.

Os indígenas construíam suas mandalas com areia colorida e acreditavam que cada cor

possuía um significado, por isso, a mandala apresenta sempre grande profusão de cores.

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Materiais necessários: Papel sulfite, papel celofane colorido, lápis de cor ou canetinha e fita durex. Passos para a confecção:

1. A base da mandala deverá ser pré-impressa e colorida. 2. Recortar a borboleta em papel cartão preto de forma vazada. 3. Colar no verso, com durex, os pedaços de celofane colorido. 4. Sobrepor a borboleta já pronta sobre a base pintada da mandala.

Leia o poema abaixo:

Paraíso José Paulo Paes Se esta rua fosse minha,

eu mandava ladrilhar,

não para automóveis matar gente,

mas para criança brincar.

(...)

Disponível em: http://baudashistoriasepoemas.blogspot.com.br/2010/04/poemas-de-jose-paulo-

paes.html. Acesso em 9 jun. 2014

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1. Ao ler os dois primeiros versos, de qual cantiga de roda você se lembra? (A) Peixe vivo (B) Ciranda cirandinha (C) A canoa virou (D) Se esta rua fosse minha

2. Neste poema o autor apresenta uma preocupação. Qual é essa preocupação?

3. No segundo verso, aparece a palavra ladrilhar. Procure no dicionário o significado desta palavra e registre em seu caderno.

4. E agora, que tal ilustrar o poema “Paraíso” para montarmos o mural “Poesia com arte”?

Leilão de jardim Cecília Meireles

Quem me compra um jardim com flores?

Borboletas de muitas cores,

lavadeiras e passarinhos,

ovos verdes e azuis nos ninhos?

(...)

Disponível em: http://poesia-de-cecilia.blogspot.com.br/. Acesso em 10 jun. 2014

Cecília Meireles (1901-

1964) Nasceu no Rio de

Janeiro. Órfã de pai e mãe

aos três anos de idade, foi

criada pela avó materna.

Aos nove anos escreveu os

primeiros poemas. Com 18

anos de idade publicou seu

primeiro livro. Trabalhou

também como professora,

jornalista e pintora.

Cecília Meireles aparece

entre os melhores poetas

da língua portuguesa.

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1. Você sabe o que é um leilão? Escreva.

2. Escreva uma ação para cada animal.

Animal

Ação

3. Assista a um vídeo animado com o poema “Leilão de jardim” de Cecília Meireles no sítio: https://www.youtube.com/watch?v=f4z1b9ol3Og, acesso 18/11/2014

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Encontre no caça-palavras, algumas palavras do poema “Leilão de Jardim” que completem as questões abaixo:

a) A estação do ano que aparece no poema é: ..........................

b) Palavras do poema que rimam com leilão: .........................., ..........................

c) Alguns dos animais que aparecem no poema: ............................,

.........................., ........................., ........................., ...........................

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Muitas vezes nos deparamos em situações em que temos que fazer escolhas e elas nem sempre são tão fáceis. Observe o poema da Cecília Meireles, “Ou Isto ou Aquilo”.

Ou isto ou aquilo Cecília Meireles

Ou se tem chuva e não se tem sol, ou se tem sol e não se tem chuva!

Ou se calça a luva e não se põe o anel, ou se põe o anel e não se calça a luva!

(...) Disponível em: http://poesia-de-cecilia.blogspot.com.br/. Acesso em 10 jun. 2014

1. Vamos ler este poema em forma de jogral? Cada verso poderá ser lido por um grupo que poderá ser o de meninos e o de meninas. O sexto verso poderá ser lido por todos.

2. No poema “Ou isto ou aquilo”, o eu lírico revela ter dúvidas quanto as suas escolhas. Copie o verso que expressa que esta dúvida ainda não fora definida.

3. E você, quais são suas dúvidas? Escreva.

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4. O poema apresenta situações que não podem acontecer ao mesmo tempo. Procure as palavras que demonstram isso fazendo a relação.

5. No poema, Cecília Meireles retrata os sonhos e fantasias do mundo infantil. A

conjunção ou aparece algumas vezes para indicar a idéia de:

(A) certeza

(B) comparação

(C) escolha

(D) dúvida

Cores, flores e zum zum...

Professor, antes de apresentar os próximos textos, fazer a audição de “A

primavera”, de Vivaldi. Pedir aos alunos que, enquanto escutam a música, desenhem livremente o que sentirem, pensarem e imaginarem durante a execução da mesma. Fazer então a apresentação e comentário sobre os desenhos verbalizando o que imaginaram. Explicar a origem da música e apresentar seu nome. Falar sobre a primavera: estação das flores.

tranquilizar-se

doce

estudar

chão

luva

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Para saber mais...

Antonio Vivaldi foi um importante músico e compositor italiano. É considerado uma das

figuras mais notáveis da música clássica mundial. Produziu durante sua vida cerca de 770

obras, sendo 477 concertos e 46 óperas. A mais popular obra de Vivaldi é As quatro

estações. Na verdade, elas fazem parte de 12 concertos denominados O diálogo entre a

harmonia e a criatividade. Nessa série, se acentua a tendência ao sentido pitoresco que

resulta na tentativa de se expressar, musicalmente, fenômenos da natureza ou sentimentos,

como a primavera, o verão, o outono e o inverno retratados em as quatro estações.

A primavera é a estação das flores, da vida, mudança na natureza, canto

alegre dos pássaros, sonhos, alegrias e expectativas. É considerada uma estação romântica. Se a primavera tem flores para nosso encanto, as flores atraem as abelhas com seu zumbido. Vejamos os textos abaixo. O texto 1 é do poeta e compositor brasileiro Vinícius de Moraes que é apresentado de uma forma lúdica, como se fosse uma brincadeira entre o leitor e as abelhinhas.. O texto 2 é de Sergio Caparelli, escritor, poeta, ensaísta, jornalista e professor. Com o título “A primavera endoideceu”, o poeta explora as idéias relacionadas à primavera e coloca os versos na página, formando uma flor. Texto 1

As abelhas Vinícius de Moraes

A aaaaaaabelha-mestra E aaaaaaas abelhinhas Estão tooooooodas prontinhas Para iiiiiiir para a festa Num zune-que-zune Lá vão pro jardim Brincar com a cravina Valsar com o jasmim Da rosa pro cravo

(...)

Disponível em: http://www.viniciusdemoraes.com.br/. Acesso em 11 jun. 2014

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CAPARELLI, Sérgio & GRSZYNSKI, Ana Claudia. Poesia Visual. São Paulo, Global, 2002. CAPARELLI, Sérgio.Tigres no quintal.Porto Alegre: Kuarup, 1995.

Texto 2

A primavera endoideceu

1. Os poemas acima foram feitos apenas para serem lidos? Dê sua opinião.

2. No texto 1, “As abelhas”, a repetição das vogais nas palavras são o próprio zumbido da abelha, são a sua personificação. É como se a palavra fosse o próprio animal. Faça a atividade abaixo e saiba um pouquinho mais sobre este pequeno inseto. Para isso, resolva as multiplicações. Depois, substitua os resultados pelas palavras e forme frases. Não se esqueça de usar letra maiúscula e pontuação, quando necessário.

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3. Na quarta estrofe, do texto 1, o eu-lírico, ou seja, a voz que fala no poema, deixa de falar sobre as abelhas e dirige-se ao leitor, fazendo um pedido a ele: Venham ver como dão mel / As abelhinhas do céu! Esse apelo é um recurso utilizado pelo autor. Ele teve uma intenção. Que intenção você acha que o autor teve ao utilizar este recurso?

4. No texto 2, “A primavera endoideceu”, o poema apresenta recursos sonoros e recursos visuais. a) Que relação há entre a palavra primavera que está no título e a forma que

o poema possui?

b) O miolo da flor é formado por uma onomatopéia, uma figura de linguagem que imita barulhos, ruídos, sons e movimentos. Que som zum zum reproduz?

c) As expressões malmequer e bem-me-quer formam as pétalas da flor. Estas expressões nos fazem lembrar uma brincadeira de nosso folclore, que consiste na retirada das pétalas de uma flor, com a intenção de descobrir se alguém gosta ou não daquele que faz a brincadeira. Na sua opinião, há alguma relação entre essas expressões nas pétalas e o eu lírico do poema?

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Veja alguns exemplos de poesia concreta:

Observe que este poema de Augusto de Campos possui duas palavras com sons parecidos. “Pluvial” foi colocada na forma vertical imitando a água da chuva caindo e “fluvial”, na horizontal, imitando a água de rio correndo.

Augusto de Campos Disponível em: http://www.algumapoesia.com.br/poesia/poesianet066.htm, acesso em 17 jun. 2014

Aqui José Lino Grunewald forma, com as palavras “vai e vem”, um quadrado que pode ser lido de cima para baixo, de baixo para cima, da esquerda para a direita e da direita para a esquerda.

José Lino Grunewald Disponível em: http://parameusalunos.blogspot.com.br/2008/08/poesia-concreta.html, acesso em 17 jun. 2014

Para saber mais...

Alguns poemas além de trabalhar a sonoridade, fazem uso de recursos visuais. O

poeta pode organizar seus versos de forma incomum, diferente. Muitos poemas não

se destinam a serem lidos, mas também a serem vistos como um desenho, uma

fotografia. Através das letras, palavras, significados, eles procuram transmitir

sentimentos relacionados à cor, forma, movimento... Os poemas que utilizam esses

recursos são chamados de poemas concretos.

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No poema que veremos a seguir, Vinicius de Moraes explora as cores daquilo que narra, ou seja, daquilo que vê e conta ao leitor.

O girassol Vinícius de Moraes

Sempre que o sol Pinta de anil Todo o céu O girassol Fica um gentil Carrossel.

O girassol é o carrossel das abelhas.

(...)

Moraes Vinícius de , A arca de Noé, São Paulo: Companhia das Letrinhas , 1991.

Veja também o vídeo da música de Vinícius de Moraes, interpretada por Jane Duboc:

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=cJhQU61aZaQ

Agora observe a imagem de "Os Girassóis" do holandês Vicent Van Gogh.

É tida como uma das melhores e mais famosas obras do pintor. Ela foi trabalhada com pouquíssima cor, além do amarelo, que invade toda tela diante dos nossos olhos. Os tons vermelhos, azuis e verdes que aparecem tem a função de realçar a luminosidade do amarelo. Van Gogh pintou uma série de girassóis (7 quadros com um número de três, cinco, doze e quinze girassóis).

Os girassóis: Vicent Van Gogh Disponível em: http://chc.cienciahoje.uol.com.br/van-gogh-a-loucura-de-um-pintor/, acesso em 18 jun. 2014

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1. Encontre no caça-palavras abaixo, algumas palavras relacionadas ao texto “O girassol” de Vinícius de Moraes e na imagem de “Os girassóis” de Van Goch e complete as questões abaixo:

a) Flor que é comentada no poema e retratada na imagem é: ........................ b) Segundo o poema, o girassol durante o dia vira um: ............................ c) O girassol é o carrossel das ............................... d) O inseto que fica tocando seu realejo é o: ............................. e) O bichinho que não pode entrar nesse carrossel porque é muito pesado é

o .......................................... f) A cor preferida de van Gogh era o ............................... g) No poema a palavra anil rima com...............................

2. No poema, o narrador compara o girassol. Com o que ele compara?

3. Na quarta estrofe do poema, o eu-lírico faz um convite. Que convite é feito? A quem se destina este convite?

4. Ao fazer o convite na quarta estrofe, o eu-lírico nos leva a entender que seu posicionamento se manifesta como: ( ) um adulto ( ) uma pessoa idosa ( ) uma criança ( ) um jovem

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Para atender o rompimento do horizonte de expectativas dos alunos, deverão

ser trabalhados, neste momento, textos literários poéticos, nos quais os temas estejam ligados e/ou direcionados à temática em questão, possibilitando uma leitura crítica e simbólica das poesias, compreendendo sua natureza literária, linguagem, imagem, sua composição sonora, visando assim, a ruptura do horizonte de expectativas.

Infância Lalau Chutei bola na chuva, Roubei laranja, banana, Goiaba e uva, Xinguei a professora, Apanhei dos mais velhos, Bati nos mais novos, Quebrei uma dúzia de ovos, (...)

Disponível em: http://jslles23.blogspot.com.br/2013/12/sequencia-didatica-sobre-verbos-e.html. Acesso em 13 jun. 2014

1. Sobre o que o poema está falando?

2. Você deve ter observado que os verbos do poema estão no passado, isto porque o eu lírico, já adulto, relembra sua infância e fala das brincadeiras que fazia. Na sua opinião, quem está falando sobre suas brincadeiras de infância? Um menino ou uma menina? Por que chegou a essa conclusão?

Lázaro Simões Neto (Lalau) é

paulista, nascido no bairro do

Cambuci em 1954, e começou a

escrever poesia para crianças a

partir de 1994, incentivado pelo

poeta José Paulo Paes. Trabalha

com criação publicitária e

projetos literários especiais e já

publicou mais de duas dezenas de

títulos. Publicou recentemente o

livro Árvores do Brasil – Cada

Poema no seu Galho.

Que o efeito de comparar um termo por outro através de uma relação de

semelhança é chamado de metáfora?

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3. Você acha que esse menino ou essa menina teve uma infância feliz? Por quê?

4. E você, como considera tua infância? Feliz ou infeliz? Por quê?

5. Escolha quatro versos do poema e ilustre como se fosse uma história em

quadrinhos.

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Escreva três coisas que você

tem que fazer, mas não

gosta muito

.............................................

.............................................

.............................................

.........

.............................................

......

Escreva quatro coisas que

você gosta de fazer

...............................................

...............................................

...............................................

.............................................

...............................................

..................

Meus oito anos

"Roda". 1942. Milton Dacosta.

Oh! que saudades que tenho

Da aurora da minha vida,

Da minha infância querida

Que os anos não trazem mais!

Que amor, que sonhos, que flores,

Naquelas tardes fagueiras

À sombra das bananeiras,

Debaixo dos laranjais!

Disponível em: http://apoesiadosoutros.blogspot.com.br/2009/05/meus-oito-anos-casimiro-de-

abreu.html acesso em 16 de jun. de 2014.

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Saiba mais...

O eu lírico equivale,

na prosa, ao

narrador. É a voz do

poeta, é quem “narra”

o poema.

1. O texto que você acabou de ler é um trecho do poema “Meus oito anos” de

Casimiro de Abreu. O tema abordado pelo autor é:

( ) tristezas

( ) sonhos

( ) Velhice

( ) Infância

( ) juventude

2. Podemos substituir a palavra “fagueiras” no poema por:

( ) ensolaradas

( ) tristes

( ) escuras

( ) agradáveis

( ) frias

3. No poema “Meus oito anos”, Casimiro de Abreu faz uma abordagem ao tema infância. Na condição de adulto, como ele vê a infância?

4. De acordo com o fragmento lido do poema “Meus oito anos”, quanto ao eu lírico, marque a alternativa correta:

(A) O eu lírico, em sua vida adulta, diz estar feliz e animado. (B) O eu lírico, em sua vida adulta, expressa a saudade que tem da infância. (C) O eu lírico, em sua vida adulta, fala de sua paixão na juventude. (D) O eu lírico, em sua vida adulta, reclama da infância que teve.

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Saudade da Infância Botelho Campos

Quantas saudades do meu tempo de criança, Brincadeiras e lambanças Lá no fundo do quintal. O dia inteiro, a gente fazia festa, Diversão igual a esta, Nunca mais eu tive igual. Como é grande esta saudade Do meu tempo de criança, Chega e me invade E o meu coração balança. Minha vontade de regresso é muito grande, O meu coração responde Sob a ponta de uma lança. Eu me perco nas lembranças Das loucuras que eu fiz A saudade me aperta, Dá vontade, eu peço bis. Nesse momento, fujo da realidade, Em nome de uma saudade, De uma infância tão feliz.

Disponível em: http://universodarima.blogspot.com.br/. Acesso em 12 jun. 2014

1. Quais são os sentimentos do o eu lírico expressos no poema?

2. Na segunda estrofe o autor diz “Minha vontade de regresso é muito grande”. O que você acha que ele quis dizer neste verso?

3. O autor afirma que teve uma infância feliz e que sente saudades. Do que ele sente saudades?

4. No segundo verso aparece a palavra “lambanças”. Lambanças é o mesmo que:

( ) gulodices ( ) coberto de lama ( ) algazarra ( ) lembranças

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5. Vamos fazer um acróstico com a palavra INFÂNCIA? Vamos relembrar o que é ACRÓSTICO? Observe como José de Castro explica o que é um acróstico.

Acróstico é um gênero poético

Construído a partir de uma palavra ou de uma frase,

Reunindo idéias, sentimentos e percepções sobre um tema.

Organiza de forma livre o pensamento e dá

Sentido ao que se pretende expressar.

Tenha o cuidado de dar coesão e nexo à

Inspiração, sem se preocupar com métrica ou rima.

Cada pessoa traz um poeta dentro de si.

Ouça a voz que vem do coração. Boas criações.

José de Castro

Agora faça o seu, utilizando as letras da palavra INFÂNCIA colocadas na vertical como as iniciais de cada verso. Você poderá utilizar tanto palavras como frases que tem a ver com esta palavra.

Infância... tempo de brincar... sonhar... Por falar em brincar, observe a imagem desta tela do pintor Cândido Portinari.

I N F Â N C I A

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Para saber mais...

Cândido Portinari (1903-1962) foi um pintor brasileiro. Autor de quase cinco mil obras.

Nasceu em Brodowski, no interior de São Paulo. Começou a desenhar aos seis anos. Em

suas obras, encontramos muitos quadros relacionados à infância. Ele também pintou

diversas brincadeiras infantis.

Meninos pulando carniça

Disponível em: http://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=50&evento=1 Acesso em 18 jul. 2015

1. Você conhece a brincadeira retratada na tela?

2. Em que local a brincadeira ocorre?

3. Você já brincou alguma vez de uma dessa brincadeira com seus amigos?

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Pensando e

escrevendo

Vamos procurar no caça palavras abaixo o nome de outras brincadeiras infantis?

1. Use sua imaginação e criatividade e escreva uma história falando sobre você e seus amigos vivenciando uma dessas brincadeiras do exercício anterior.

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Observe o quadro de Tarsila do Amaral, uma pintora e desenhista brasileira, e o poema de Olavo Bilac:

Texto 1

A BONECA -Tarsila do Amaral Disponível em: http://obviousmag.org/pintores-brasileiros/tarsila_do_amaral/as-escolas-artisticas-que-influenciaram-tarsila-do-amaral.html, acesso em 20 de jun. 2014

Texto 2

A Boneca Olavo Bilac

Deixando a bola e a peteca, Com que inda há pouco brincavam, Por causa de uma boneca, Duas meninas brigavam.

Dizia a primeira: "É minha!" — "É minha!" a outra gritava; E nenhuma se continha, Nem a boneca largava.

Quem mais sofria (coitada!) Era a boneca. Já tinha Toda a roupa estraçalhada, E amarrotada a carinha.

Tanto puxaram por ela, Que a pobre rasgou-se ao meio, Perdendo a estopa amarela Que lhe formava o recheio.

E, ao fim de tanta fadiga, Voltando à bola e à peteca, Ambas, por causa da briga, Ficaram sem a boneca.

Disponível em: http://letras.mus.br/olavo-

bilac/a-boneca/. Acesso em 11 jun. 2014

1. O que a imagem de Tarsila do Amaral tem em comum com o poema de Olavo Bilac?

2. Responda às questões a seguir, consultando, quando necessário, o poema “A boneca”, de Olavo Bilac.

a) Poema é um texto feito em versos. Verso é cada linha do poema. Quantos

versos têm o poema “A boneca”?

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b) Um conjunto de versos chama-se estrofe. Uma linha em branco separa uma estrofe da outra. Quantas estrofes têm o poema de Olavo Bilac?

c) Repare nas palavras tinha e carinha do poema. Que semelhança há entre

elas?

d) Essas palavras, por apresentarem sons semelhantes, rimam entre si.

Conclua: O que é rima?

e) Identifique no poema palavras que rimam com brincavam, com gritava, com meio e com peteca.

1. Leia os textos que seguem: Texto 1

Meus oito anos Casimiro de Abreu Oh! que saudades que tenho Da aurora da minha vida, Da minha infância querida Que os anos não trazem mais! Que amor, que sonhos, que flores, Naquelas tardes fagueiras À sombra das bananeiras, Debaixo dos laranjais! Como são belos os dias Do despontar da existência! — Respira a alma inocência Como perfumes a flor; O mar é — lago sereno, O céu — um manto azulado, O mundo — um sonho dourado, A vida — um hino d'amor! (...)

Texto 2

Ai que saudades... Ruth Rocha Ai que saudades que eu tenho Da aurora da minha vida Da minha infância querida Que os anos não trazem mais... Me sentia rejeitada, Tão feia, desajeitada, Tão frágil, tola, impotente, Apesar dos laranjais. Ai que saudades que eu tenho Da aurora da minha vida, Não gostava da comida Mas tinha que comer mais... Espinafre, beterraba, E era fígado e era fava, E tudo que eu não gostava Em porções industriais. (...)

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Disponível em: https://docs.google.com/document/d/16FnCq3lZpO_E7qp1LO6dHGddXMWVa7P7EKvgWOEohro/edit

?pli=1. Acesso em 14 jun. 2014

Disponível em: http://sos-professores.blogspot.com.br/2011/11/ai-que-saudade.html. Acesso em 15

jun. 2014

2. Lendo o poema de Ruth Rocha podemos observar que as lembranças da

infância são positivas ou negativas? E no poema de Casimiro de Abreu?

Procure nos textos trechos que comprovem sua resposta e copie-os.

3. Os poemas apresentam visões diferentes da infância. Com qual delas você

se identifica mais? Por quê?

4. Todo mundo tem algo interessante para contar sobre sua vida. Um medo,

uma brincadeira, um susto, uma travessura. Escreva um fato interessante

neste sentido. Um pedacinho de sua vida ficará registrado para sempre.

5. Observe as palavras sublinhadas na estrofe abaixo: Ai que saudades que eu tenho Da aurora da minha vida Da minha infância querida Que os anos não trazem mais... Me sentia rejeitada, Tão feia, desajeitada, Tão frágil, tola, impotente, Apesar dos laranjais.

..................................................................................................................................

..................................................................................................................................

..................................................................................................................................

..................................................................................................................................

..................................................................................................................................

..................................................................................................................................

.........................................................................................................................

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a) As palavras sublinhas são adjetivos. Quem essas palavras estão caracterizando?

Meus brinquedos Clarice Pacheco De repente Ao lembrar dos brinquedos queridos Que ficaram esquecidos

Dentro do armário Me bate uma saudade

Me bate uma vontade De voltar no tempo De voltar ao passado Mas nada acontece

Nada parece acontecer E eu choro Choro como o bebê que fui E a criança que quero voltar a ser Não quero crescer!

Disponível em: http://poesiainfantil.wordpress.com/2008/02/17/meus-brinquedos/. Acesso em 16 jun.

2014

1. Vamos analisar como a poeta (poetisa) usou as palavras para relembrar o

passado. As escolhas lexicais são importantes para a constituição de sentidos. Escreva, abaixo, as palavras do poema que nos lembram a infância.

2. Além das palavras, a poeta, também, faz algumas comparações do que gostaria de reviver. Quais são essas comparações e quais efeitos de sentido que podem produzir?

3. Observe a repetição dos versos 6 a 10: “Me bate uma saudade/Me bate uma

vontade/De voltar no tempo/De voltar ao passado”. Qual o sentido de bater e voltar nesses versos? Por que essa repetição?

4. Depois do desespero, o eu lírico diz: Mas nada acontece/Nada parece acontecer. Qual a diferença de sentidos entre esses versos?

Temos, aqui, um poema com uma única estrofe de 14 versos.

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5. O eu-lírico, nesse poema, se aproxima de que história Infantil? Como você chegou a essa conclusão?

6. Clarice Pacheco em seu poema, “Meus brinquedos”, recorda com saudade os brinquedos queridos. Agora que vocês já sabem o que é um poema concreto, vamos, em grupo, produzir esse tipo de poema. Lembrando que deverão ser utilizados os seguintes brinquedos:

BOLA PETECA PIPA BICICLETA PATINETE BONECA

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O direito das crianças Ruth Rocha

Toda criança no mundo Deve ser bem protegida

Contra os rigores do tempo Contra os rigores da vida.

Criança tem que ter nome Criança tem que ter lar Ter saúde e não ter fome

Ter segurança e estudar.

Não é questão de querer

Nem questão de concordar Os direitos das crianças Todos tem de respeitar. (...) Disponível em: http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_infantil/ruth_rocha.html. Acesso em 15 jun.

2014

Procure no poema “O direito das crianças” as palavras que completem as questões e a cruzadinha abaixo:

a) A fêmea, também pode ser chamada de siririca. É conhecido por seu canto, cujo som se assemelha ao próprio nome: .................................

b) Antônimo de subir: .............................

c) O mesmo que cuidada: ................................

d) Meteorito que se torna incandescente ao atravessar a atmosfera:

..............................

e) Jogo infantil, de pular num pé só sobre casas riscadas no chão: ...........................

f) Pessoa que fala demais: .................................

g) Creme fresco, batido: ......................

h) Pequena bola achatada, guarnecida de penas, que se lança ao ar com a

palma da mão: ...........................

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Organize as frases e descubra um pouco mais sobre o que é poesia.

é magia. interior, Poesia libertação é conhecimento,

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a humano. tem de A sensibilizar poesia ser qualquer capacidade

Após todas as atividades desenvolvidas com os poemas, é chegado o momento do questionamento dos horizontes de expectativas. Para isso, deverá ser organizado um círculo facilitando assim, a interação entre os alunos. Fazer questionamentos como: o que vocês entendiam por poesia realmente é? O que vocês esperavam com o trabalho dos textos poéticos se concretizou?

Neste momento também é importante fazer uma análise comparativa dos textos poéticos iniciais com os mais recentes para que comentem sobre o que mudou. O uso da linguagem se apresenta da mesma forma em todos os poemas? A ide3ia que você tinha sobre poesia permanece a mesma ou foi modificada?

Nesta etapa estudaremos os poemas “Criança” de Cecília Meireles, “Pipa, menino e vento” de Helena Chiarello e “O que eu vou ser quando crescer” de Pedro Bandeira.

Criança Cecília Meireles Cabecinha boa de menino triste, de menino triste que sofre sozinho, que sozinho sofre, — e resiste, (...) Disponível em: http://www.citador.pt/poemas/crianca-cecilia-meireles. Acesso em 10 jun. 2014

1. Observe o primeiro verso do poema, “Cabecinha boa de menino triste”. a) o eu-lírico utiliza o substantivo “cabeça” no diminutivo. Ao utilizar

“cabecinha” o eu-lírico inicia uma descrição do menino (A) de forma pejorativa (B) de maneira afetiva (C) discriminando o menino (D) menosprezando o menino

b) Ao utilizar “cabecinha”, logo em seguida o eu-lírico utiliza o adjetivo “boa”. Com a expressão “cabecinha boa” ele quis dizer que o menino (A) tem a cabeça pequena (B) não tem muito conhecimento (C) tem boas atitudes (D) não tem visão sobre a modernidade

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2. No verso: “que sozinho sofre, — e resiste”, o uso do travessão foi utilizado para (A) para indicar a fala do menino. (B) para não precisar utilizar parênteses. (C) para enfeitar o verso. (D) para dar uma pausa e uma intensidade mostrando a resistência da

criança.

3. O tema do poema é: (A) a infelicidade da vida. (B) a infância feliz (C) um futuro promissor (D) a alegria de uma criança

4. Antítese é uma figura de linguagem que consiste na exposição de ideias

opostas. Ocorre quando há uma aproximação de palavras ou expressões de sentidos opostos. Ex: Amor / ódio; guerra/ paz. Na terceira estrofe, o eu lírico apresenta antítese. Copie as palavras que apresentam sentidos opostos.

Vamos assistir ao filme “O menino do pijama listrado” e fazer uma relação com o poema “Criança” de Cecília Meirelles.

O filme, “O menino do pijama listrado” relata a vida de um menino que vive em Berlim em pleno Nazismo. Ele e sua família se mudam para longe de tudo e de todos e o garoto ao explorar o local descobre um local cheio de pessoas vestidas com “pijamas listrados” e acaba se tornando amigo de um garoto judeu.

https://www.youtube.com/watch?v=KDFaQjtlqLM

Vamos ler o poema de Helena Chiarello “Pipa, menino e vento”? Depois de Lê-lo, faça um desenho bem bonito sobre ele para expormos num varal de poesias.

Pipa, menino e vento Helena Chiarello Bem lá no alto, nas nuvens, uma pipa colorida dançava feliz ao vento brincando de carrossel.

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Helena Chiarello Nasceu em

Caçador-SC e atualmente reside

em Camboriú. Graduada em

Educação Artística, apaixonada

pelas Artes e pelas Letras,

sempre exerceu suas atividades

profissionais nessas áreas.

Trabalhou vários anos com

Educação, como Professora de

Arte. Como autora, transita

livremente por vários gêneros

literários, como poesia, prosa,

crônica, poetrix e textos infantis.

Poetrix é um poemeto de três versos, contendo cada um no máximo dez sílabas poéticas.

É uma variação do haikai, mas de origem brasileira. Mas diferentemente do haikai, é

exigível o título, que não entra na contagem silábica e pode complementar o texto.

Aqui de baixo ele olhava com seus olhos de menino.

[Eu de longe observava

a pipa, o menino, o vento e a fantasia-criança colorindo o azul do céu...]

Ele sonhava e corria, segurando o carretel. E nem sabia o menino que tinha nas mãos a linha que mantinha, lá no alto, os seus sonhos de papel... Disponível em: http://koisadecrianca.blogspot.com.br/2012/07/pipa-menino-e-vento_12.html. Acesso

em 12 jun. 2014

1. Para ajudar em nossa análise, vamos contar quantas estrofes e versos têm

esse poema.

2. Há palavras, nesse poema, que nos ajudam a formar imagens específicas. Encontre essas palavras, na primeira estrofe, e digam como nos ajudam a formar a imagem.

3. Como o eu lírico se coloca no poema? Em qual estrofe?

Na biografia de Helena Chiarello podemos observar que a autora escreve

vários gêneros literários, entre eles o poetrix. Vamos aprender um pouco mais, descobrindo o que é poetrix?

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Vamos conhecer alguns poetrix de Helena Chiarello?

1) Assim como no Haikai, notamos, também, no poetrix alguns temas. Quais são os temas que aparecem nos poetrix acima? Que ideia eles nos remetem?

2) A linguagem literária nos proporciona sair do estado normal das coisas,

assim, somente pela linguagem literária, podemos atribuir ações e sentidos que seriam só nossos a outros seres. Quais são as características “dos poetrix” que são humanos, mas remetem a seres não humanos?

Você sabia que podemos brincar com as palavras, dar

novos sentidos, atribuir características humanas a seres

inanimados, assim, estamos contemplando a linguagem

literária.

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O que eu vou ser quando crescer? Pedro Bandeira

Por que me perguntam tanto, o que eu vou ser quando crescer? O que eles pensam de mim é o que eu queria saber! (...) Disponível em: http://escolabeatrizdesouzabrito.blogspot.com.br/2012/11/pedro-bandeira-o-que-eu-

vou-ser-quando.html. Acesso em 14 jun. 2014

Apresentar o poema aos alunos para que façam a leitura. Logo após, os alunos explicarão oralmente o que entenderam de cada estrofe e do poema todo. Cada aluno falará sobre o que deseja ser quando crescer, enfim seus desejos expectativas sobre o futuro. Após as apresentações orais produzirão textos poéticos (quadrinhas). As quadrinhas produzidas, após correção, serão ilustradas e fixadas no mural para exposição.

Seguindo a última etapa da Estética da Recepção, para atender a ampliação dos horizontes de expectativas dos alunos, trabalharemos com o poema “Canção do menino” de Maria Dinorah que retrata uma triste realidade vivenciada por muitas crianças, o poema “Existo” que relata a vida de uma criança autista que demorou a encontrar uma família que o adotasse, desse carinho e o compreendesse, “Infância” de Carlos Drummond de Andrade que nos remete a uma infância feliz e “O pequeno escravo” de Botelho Campos onde revela o sentimento de uma criança negra que só deseja ser respeitada e ser tratada como ser humano.

Toda criança nasce para ser feliz

?

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Jogos, brincadeiras, doces, amiguinhos, escolinha.., Quanta coisa boa pode ter uma infância feliz! Mas, infelizmente, nem toda criança tem uma infância assim.

A infância é considerada o "melhor tempo da vida", mas nem sempre é deste modo que a infância é vivida por todas as crianças. Basta olharmos ao redor, para vermos meninos e meninas na rua, pedindo esmola, se prostituindo, sendo explorados no trabalho, sem tempo para brincar, sofrendo violências de todos os tipos.

A Infância feliz fica apenas nos sonhos de muitas delas. Vejamos o que o poema de Maria Dinorah, “Canção do Menino” nos diz.

Vamos ler o poema abaixo e fazermos uma análise reflexiva do mesmo.

Canção do menino Maria Dinorah

Pra falar a verdade, nunca tive um pijama. Pra quê, se nunca tive cama ? (...)

Disponível em: http://espacoalfaletrar.blogspot.com.br/2012/06/cancao-do-menino-maria-dinorah.html. Acesso em 17 jun. 2014

1. Qual a temática presente neste texto poético?

2. Qual o sentimento do eu lírico expresso no poema “Canção do menino”?

3. O eu lírico inventa um cobertor e uma cama quente. Por que ele faz isso?

4. O eu lírico termina o poema dizendo “É bom brincar de gente”. Qual a sensação que este verso transmite?

5. A intenção da autora foi chamar a atenção para um dos grandes problemas que aflige muitas crianças, no Brasil e no mundo. Que problema é esse?

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6. Que fatores sociais contribuem para que muitas crianças vivam na rua, sem o aconchego de uma família e sem as condições necessárias para “viver como gente”?

Para falar um pouquinho mais sobre esta triste realidade pela qual muitas crianças estão passando, assista a um episódio do curta-metragem “Crianças invisíveis”.

“Crianças invisíveis” é um filme composto por sete curta-metragens, que retrata sete realidades em sete países diferentes , inclusive no Brasil e tem como objetivo mostrar a terrível situação na qual as crianças vivem hoje. Aborda situações de negligência de cuidados, maus-tratos, violência psicológica e familiar, tráfico e uso de drogas, exploração de trabalho infantil e conflitos étnicos, políticos e econômicos.

O episódio a ser exibido aos alunos será o brasileiro. A história de “Bilu e João” que mostra a trajetória dos irmãos catadores de alumínio que passam o início da vida trabalhando numa carroça na cidade de São Paulo. Com bicos aqui e ali, eles encontram ainda tempo para se divertir e ganhar mais alguns trocos, quem sabe pela refeição do dia.

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=IxmBRrbEhFA, acesso em 18 jul. 2014

Correr, brincar, ouvir, falar, enxergar...

Correr, brincar, ouvir, falar, enxergar são ações simples, não é mesmo? Sim, são ações comuns. Comuns para quem consegue controlar seu corpo, para quem tem passos firmes, para quem anda corretamente, para quem consegue sorrir, para quem vê tudo, para quem consegue compreender as coisas. Mas se olharmos ao redor, encontraremos alguém que não consegue realizar algumas dessas ações ou elas são limitadas.

Vamos ler o poema “Existo”. Este poema retrata um pouco da vida de Bruno, um autista.

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Existo Neste mundo Repleto de complicações, Existem pessoas, objetos, fatos... Deveriam ser reconhecidos por mim. Quem sabe eu as reconheço, Porém, não as devolvo numa linguagem clara. Eu existo... Queriam de mim um sorriso, Acharam um olhar distante. Queriam só um abraço, Encontraram a indiferença. Buscaram para mim um lar. Conheci muitos lugares... Não me compreenderam. Enfim, um lugar, Agora sim... um olhar, um abraço, um sorriso. E, além de tudo, compreensão.

Fonte: APAE do Município de Campina da Lagoa - PR.

“Crianças são como borboletas ao vento... algumas voam rápido... algumas voam pausadamente, mas todas voam do seu melhor jeito... Cada uma é diferente, cada uma é linda e cada uma é especial.” Alexandre Lemos – APAE

Cada um é diferente, cada um é especial...

Há aqueles em que a beleza física está modelada na alma. Há os que ouvem através dos olhos, há os que falam e compreendem somente com gestos e há olhos que vêem somente com as mãos...

Quer saber como é isso? Vamos conhecer um pouquinho sobre Louis Braille.

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Louis Braille, francês, perdeu a visão aos 3 anos de idade quando brincava com uma ferramenta na oficina do pai. A ferramenta escapou e atingiu o olho esquerdo. Uma infecção toma o olho direito e fica completamente cego. Ele criou um alfabeto especial para os cegos, chamado alfabeto Braile. Esse alfabeto tem pontos em alto-relevo, feitos com uma máquina de datilografia especial, que possibilitam aos cegos ler com as pontas dos dedos.

Cada um dos códigos abaixo representa uma letra do alfabeto braile. Porém, na escrita para os cegos, cada um dos pontos maiores estaria em alto-relevo.

Agora chegou a sua vez...

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Agora que você descobriu o nome deste grande poeta, vamos conhecer um poema dele?

Infância Carlos Drummond de Andrade

Meu pai montava a cavalo, ia para o campo. Minha mãe ficava sentada cosendo. Meu irmão pequeno dormia. Eu sozinho menino entre mangueiras lia a história de Robinson Crusoé, comprida história que não acaba mais.

(...)

Disponível em: http://letras.mus.br/carlos-drummond-de-andrade/460647/. Acesso em 13 jun. 2014

1. No verso “Minha mãe ficava sentada cosendo”, a palavra destacada pode ser substituída corretamente por:

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(A) Fazendo artesanato (B) Cozinhando (C) Costurando (D) Cantando

2. Observe a palavra destacada no verso “...uma voz que aprendeu a ninar nos longes da senzala...”. Ninar é o mesmo que:

(A) Cantar canções infantis (B) Fazer adormecer (C) Acordar o bebê (D) Gritar o nome de alguém

3. “Lá longe meu pai campeava no mato sem fim da fazenda.” Podemos dizer que o pai:

(A) Voltava cansado do trabalho na fazenda. (B) Carpia o mato que nascia ao redor da fazenda. (C) Trabalhava como treinador de cavalos. (D) Andava a cavalo no campo ou no mato à procura de gado.

4. O eu lírico demonstra ter no poema “Infância”:

(A) Saudades das histórias de Robinson Crusoé. (B) Lembranças das pessoas que moravam na fazenda (C) Saudades da sua infância (D) Lembranças do trabalho que exercia na fazenda.

5. Nos versos: “No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu/ a ninar nos longes da senzala - e nunca se esqueceu”, uma voz fala. De quem seria esta voz?

(A) Da empregada. (B) Da mãe do menino (C) Do pai do menino (D) Do irmãozinho do menino.

6. Na sua opinião o eu lírico teve uma infância feliz? Justifique sua resposta.

7. Carlos Drummond de Andrade procurou colocar em seus versos, neste poema, os sentimentos de infância do eu lírico. Procure no diagrama abaixo, os sentimentos correspondentes aos seguintes versos:

......................................................................................................................................

.............................................................................................................................

.............................................................................................................................

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a) “ Eu sozinho menino entre as mangueiras/lia a história de Robinson Crusoé...”

b) “E dava um suspiro... que fundo!”

c) “Lá longe meu pai campeava/no mato sem fim da fazenda”.

d) “E eu não sabia que minha história/era mais bonita que a de Robinson Crusoé.”

SATISFAÇÃO SOLIDÃO TRANQUILIDADE AUSÊNCIA

8. O eu lírico compara a sua história com a de Robinson Crusoé. Você conhece esta história?

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Que tal assistirmos esta encantadora história de aventura? Nela, Robinson Crusoé é o único sobrevivente de um naufrágio e é levado pelas águas até uma ilha deserta. Enfrenta grandes desafios no local e vive em extrema solidão. Salva um nativo de uma tribo de canibais e o batiza de Sexta-feira. Sente necessidade de companhia e isso faz Crusoé confrontar seus princípios racistas, nascendo daí um laço tão grande de amizade como ele nunca havia conhecido.

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=dBFo6PoRJBY, acesso em 20 ago. 2014

O trecho do poema “O pequeno escravo” deverá ser todo fatiado em versos. Cada verso deverá ser colado em cada um dos lados de dois dados de tamanho gigante. O aluno joga o dado 1 e anota em seu caderno o verso que caiu. Assim fará com os dois dados. Como resultado o aluno formará um poema.

O Pequeno Escravo Botelho campos

Meu tempo de menino eu vivi na fazenda. De dia, na lida. De noite, na tenda. Na lida, de tudo. Servindo na casa. Na tenda, o sonho. No voo sem asas.

Na senzala, meu povo se tornava mais forte. Curando as feridas, cicatrizando os cortes. Renasciam pra vida, se esquivavam da morte. Não pelo destino, tampouco a sorte.

Não queria ser branco, só queria igualdade. Não queria riquezas, só minha liberdade. Só queria o respeito, me bastava o direito. De ser um ser humano, nesta humanidade.

(...)

Disponível em: http://universodarima.blogspot.com.br/. Acesso em 12 jun. 2014

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Para saber mais...

Dadaísmo foi um movimento artístico da chamada vanguarda artística moderna, iniciado em Zurique, em 1916, durante a Primeira Guerra Mundial, formado por um

grupo de escritores, poetas e artistas plásticos. Foi um protesto contra uma

civilização que não conseguia evitar a guerra. Tristan Tzara, o líder do movimento,

afirmava que dadá não significava nada. O Dadaísmo defendia o absurdo, a

incoerência, a desordem. Queriam chocar e libertar a imaginação.

Que tal fazermos um poema dadaísta?

Receita de poema dadaísta

Pegue num jornal. Pegue a tesoura. Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema. Recorte o artigo. Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam esse artigo e meta-as num saco. Agite suavemente. Tire em seguida cada pedaço um após o outro. Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do saco. O poema se parecerá com você. E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa,ainda que incompreendido do público.

1. Após a produção do poema Dadaísta, cada aluno poderá lê-la para a sala.

2. Compare os dois poemas: o seu e o Poema "Pequeno Escravo”, qual dos dois você prefere?

3. Você gostou de trabalhar com o poema dessa forma? Justifique.

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Encontre no caça, 12 nomes de poetas.

Realização de rodas de poesia onde apresentarão poemas pré-ensaiados ou poderão utilizar fichas, se necessário. O aluno deverá fazer a declamação em voz alta com postura e entonação adequada com música suave ao fundo.

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Mas afinal, o que é um sarau?

Saiba mais...

Sarau é um evento cultural onde as pessoas se encontram para expressarem

ou se manifestarem artisticamente. Um sarau pode envolver dança, poesia,

leitura de livros, música e também outras formas de arte como pintura,

teatro e comidas típicas.

SARAU LITERÁRIO

Professor proponha aos alunos a realização de um Sarau Literário. Neste dia poderão ser apresentados alguns dos poemas estudados através de declamação, dramatizações, leituras dinamizadas e apresentações musicais relacionados aos poemas estudados.

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Referências

BORDINI, Maria da Gloria e AGUIAR, Vera Teixeira. Literatura: formação do leitor: alternativas metodológicas. 2 ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993.

CANDIDO, Antonio. O direito à Literatura. In Vários escritos São Paulo: Duas Cidades, 2004.

HORÁCIO. Arte poética. Epistola aos Pisões. In: ARISTOTELES, HORÁCIO, LONGINO. A poética clássica. Trad. Jaime Bruna. 12 ed. São Paulo: Cultrix, 2005.

JAUSS, H.R. A história da literatura como provocação à teoria literária. São Paulo: Ática, 1994.

PAZ, Octávio. O arco e a lira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982. Tradução de Olga Savary.

PLATÃO. A República. 3 ed. São Paulo: Martin Claret, 2000. Tradução de Pietro Nassetti.