19
Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA …€¦ · 2. Linguagem Verbal e Linguagem Visual: uma integração necessária Não se pode entender o ensino de Geografia como uma

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA …€¦ · 2. Linguagem Verbal e Linguagem Visual: uma integração necessária Não se pode entender o ensino de Geografia como uma

Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

Page 2: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA …€¦ · 2. Linguagem Verbal e Linguagem Visual: uma integração necessária Não se pode entender o ensino de Geografia como uma

1 - Professora da Rede Pública Estadual de Ensino do Paraná –[email protected] 2 – Professora Orientadora PDE, Departamento de Geografia da Universidade Estadual de Maringá- PR –[email protected]

A CARTOGRAFIA PARA LER E INTERPRETAR A CIDADE DE

MARINGÁ-PR

Ivania Maria da Silva¹

Marta Luzia de Souza ²

Resumo: O artigo tem como objetivo explanar sobre a prática de Cartografia em sala de aula. Foi

utilizado o método de análise qualitativa, valorizando a interpretação, o desempenho e as ações na

realização das atividades propostas. Sabemos da importância de formar sujeitos participantes na

sociedade e a necessidade de atitudes investigativas em busca de mudanças, a linguagem verbal e

não verbal que são ferramentas de auxílio para a cidadania. Constatamos com a pesquisa que o

aluno ao compreender a linguagem da Cartografia será capaz de orientar-se no meio em que atua

como sujeito, podendo utilizar o aprendizado cartográfico na transformação do espaço geográfico

local e além dele. O estudo possibilitou ao aluno a compreensão de interpretar as diferentes

representações do espaço da cidade de Maringá, com a utilização de mapas, fotografias aéreas e

imagens de satélites, além do estudo do meio real. Concluímos que o desenvolvimento gradativo das

atividades cartográficas durante os meses de fevereiro a maio e o término das mesmas no mês de

junho de 2014, foi relevante na construção do cidadão diante da compreensão da realidade.

Palavras-chave: Linguagem Cartográfica. Espaço Geográfico. Leitura visual. Aprendizagem.

1. Introdução

Ler e interpretar o espaço geográfico com a Cartografia é fundamental. Assim

como, desenvolver atividades em sala de aula relacionadas ao meio de vivência

desperta no aluno o interesse e o compromisso com a representação do espaço.

A cartografia é uma linguagem necessária desde o início do Ensino

Fundamental até o final do Ensino Médio.

O Projeto de Intervenção Pedagógica elaborado na disciplina de Geografia

para o Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, do Estado do Paraná, foi

pensado e direcionado ao ensino/aprendizagem escolar e implementado com alunos

do 1º ano do Ensino Médio. Com a aplicação do mesmo, foi possível desenvolver

estudos geográficos sobre conceitos e uso de documentos cartográficos do

Município de Maringá. O manuseio do material didático pelo aluno como: fotografias

aéreas, mapas e imagens, o estudo e a interpretação dos mesmos por meio de

atividades, foram objetivos alcançados na implementação. Entendemos que as

ações de comparar, analisar e interpretar possibilita a formação de sujeitos

participativos para estudar e compreender o ambiente.

Sabemos que é preciso ir além da observação, da percepção do espaço

geográfico, o processo de leitura cartográfica precisa ser vivenciado para além do

Page 3: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA …€¦ · 2. Linguagem Verbal e Linguagem Visual: uma integração necessária Não se pode entender o ensino de Geografia como uma

nível elementar de ter a informação de um ponto, deve possibilitar a leitura global

dos elementos do espaço representado e para um verdadeiro aprendizado é preciso

que o aluno faça parte do processo, conheça o espaço a ser pesquisado. A meta é a

formação daquele que investiga, que tem autonomia intelectual para construir o

conhecimento e utilizá-lo como ferramenta em suas reinvindicações.

A escola está voltada às novas realidades, atenta ao mundo econômico,

político e cultural. O professor deve preparar o aluno para viver num mundo que se

caracteriza por ações complexas e conflitos de valores, avanços tecnológicos e

interdependência global, é preciso instigar o aluno a pensar, questionar e buscar

respostas sobre sua cidade, sua região.

Diante de uma dinâmica social relacionada aos aspectos de interesse coletivo

ou individual, o estudante precisa estar atualizado e preparado para fazer sua leitura

de mundo. Toda e qualquer linguagem de domínio do mesmo, será essencial para

uma compreensão dos acontecimentos, sejam esses próximos ou distantes. É

necessário que o ensino de Cartografia seja incluído nas escolas como linguagem

de acesso ao conhecimento para aproximar as crianças, os jovens e os adultos de

imagens, figuras e mapas.

2. Linguagem Verbal e Linguagem Visual: uma integração necessária

Não se pode entender o ensino de Geografia como uma disciplina dividida em

ensino da leitura da linguagem verbal e o ensino da leitura da linguagem

cartográfica, pois, ensinar Geografia envolve a prática paralela das linguagens.

Alievi e Veiga (2010, p.41), apoiam a importância de passos metodológicos

que enfatizam uma alfabetização que permita aos alunos uma leitura das

representações gráficas consoantes à vivência de cada um como produtores de

mapas, assim como pensadores do significado que as representações cartográficas

trazem junto ao conhecimento do espaço geográfico que os mesmos adquiriram ao

longo da vivencia escolar.

O professor deve ser capaz de sensibilizar seus alunos, fazendo com que os mesmos procurem entender as dinâmicas existentes no espaço que os rodeia, pensando sempre na área de abrangência geográfica que faz parte do cotidiano dos alunos, juntamente com o grau de abstração que os mesmos possuem na sua idade atual. A ideia é procurar fazer com que o aluno incentive seu cérebro a armazenar informações de maneira clara, o que facilitará sua aprendizagem em períodos de ensino posteriores. (COSTA, F. R. E LIMA, F. A. F., 2012, p. 110).

Page 4: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA …€¦ · 2. Linguagem Verbal e Linguagem Visual: uma integração necessária Não se pode entender o ensino de Geografia como uma

As Orientações Curriculares Nacionais para o Ensino Médio dizem que para a

relevância da linguagem cartográfica na sala de aula, o aluno deve:

Compreender a Geografia do local em que se vive significa conhecer e apreender intelectualmente os conceitos e as categorias, tais como: o lugar,

a paisagem, o fluxo de pessoas e mercadorias, as áreas de lazer, os fenô- menos e objetos existentes no espaço urbano ou rural. (BRASIL, 2006,p. 50).

3. Procedimentos Metodológicos

Os recursos utilizados no trabalho de implementação em sala de aula foram

textos informativos entre outros gêneros, fotografias aéreas, mapas e imagens

aéreas. Iniciamos com a organização de duplas de alunos para analisar as imagens.

Durante as aulas os alunos conheceram, analisaram e discutiram o material, fizeram

a leitura e a interpretação de imagens. (Organograma 1).

Organograma 1: A Linguagem Cartográfica na formação do cidadão

)

Leitura da

Paisagem

Fotografia

Desenho

observação

Identificação

Localização Espacialidade

Mapa

Leitura

Escrita

Compreensão

Avaliação

Construção do conhecimento Compromisso

s

Mudanças

APRENDIZAGEM

CIDADANIA

LER O

ESPAÇO

Orientação

atividades

Organograma 1: Organização SILVA, Ivania Maria da ( setembro de 2014)

Page 5: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA …€¦ · 2. Linguagem Verbal e Linguagem Visual: uma integração necessária Não se pode entender o ensino de Geografia como uma

O organograma mostra os passos dentro de um estudo de Cartografia que

leva o educando à construção do conhecimento para formar a cidadania.

Diante dos objetivos do Projeto de Intervenção Pedagógica, dos cursos e

das palestras de orientação, da elaboração da Produção Didático-Pedagógica e do

Grupo de Trabalho em Rede–GTR que constituem atividades do Programa de

Desenvolvimento Educacional–PDE, a implementação com o aluno possibilitou a

articulação da linguagem verbal e a linguagem visual valorizando a linguagem dos

símbolos.

A linguagem cartográfica cria uma nova fase de ensino/aprendizagem para o

aluno adulto, em que o desenvolvimento da habilidade de ler e compreender o

espaço e a sua representação, contribuí para o entendimento espacial dos fatos

sociais e ambientais com mais clareza.

Richter (2011, p.32) diz que “A Cartografia foi interpretada como uma

linguagem competente para especializar os fenômenos sociais e naturais, sendo

esta uma das principais características da representação gráfica – a questão

espacial”.

Certamente, todos os alunos, enquanto estudantes da Educação Básica, já

participaram de atividades escolares lendo mapas, imagens ou figuras, como um

recurso didático, porém às vezes, é um conhecimento superficial, faltando uma

análise aprofundada do verdadeiro objetivo desses recursos didáticos dentro da

Cartografia.

Na exposição do Projeto de Implementação percebemos o interesse e a

apreensão dos alunos quanto ao tema. É fato que, diante do entusiasmo do

professor em ensinar, se esquece que em um grupo de alunos, há possibilidades de

termos o comprometido e o interessado em aprender e ao mesmo tempo, o aluno

com pouco ou nenhum interesse no tema em discussão. No entanto, o otimismo

quanto ao desempenho do aluno diante do conteúdo, supera as hipóteses negativas

das aulas práticas, previstas na teoria.

Iniciamos com a formação dos grupos e a seguir a distribuição de fotografias

aéreas, por entender que elas auxiliam na localização em campo, permite fazer um

estudo preliminar da área a ser pesquisa.

As atividades propostas contemplaram momentos em que os alunos

interagiram mais intensamente nos grupos e momentos de trabalho individual. O

trabalho em grupo propicia a interação que favorece a aprendizagem significativa,

Page 6: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA …€¦ · 2. Linguagem Verbal e Linguagem Visual: uma integração necessária Não se pode entender o ensino de Geografia como uma

cooperação e solidariedade. Nesse processo, são evidenciados diferentes modos de

pensamento sobre ideias surgidas nas discussões, o que permite o desenvolvimento

de habilidades de raciocínio, como investigação, inferência, reflexão e

argumentação. O trabalho em grupo gera um ambiente que se caracteriza pela

proposição, investigação e exploração de diferentes ideias por parte dos alunos,

bem como interação entre eles, socialização de procedimentos encontrados para

solucionar uma questão e a troca de informações.

Castellar e Vilhena (2010, p. 81) dizem que o uso da fotografia aérea deve ser

o ponto de partida para um fenômeno que se quer estudar em Geografia.

Durante as aulas percebeu-se a necessidade dos conceitos da Cartografia,

muitos pareciam estar observando as imagens da cidade pela primeira vez e não

sabiam como analisar e compreender o espaço representado.

A prática de observar a cidade de Maringá na fotografia aérea permitiu a

leitura e a compreensão da realidade. A imagem foi utilizada no papel e projetada

para visualização em outra proporção.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs colocam que os desenhos, as

fotografias, as maquetes, as plantas, os mapas, as imagens de satélites, as figuras,

as tabelas, os jogos, enfim, tudo que representa a linguagem visual, pode ser

utilizado na continuidade da alfabetização cartográfica, sempre considerando o

interesse da criança e do jovem pelas imagens.

As aulas foram organizadas para que os alunos desenvolvessem a habilidade

de percepção e de interpretação, leitura das representações e ainda a capacidade

de análise de uma paisagem. É importante saber como o aluno enxerga sua cidade,

o que ele vê no trajeto diário da casa para o colégio, ou qualquer outra atividade que

realiza na cidade.

Para Callai (2009, p., 127) "Um modo interessante de estudar a cidade é fazer

a leitura que cada um tem deste espaço que nos acolhe, nos abriga, mas que nos

impõe regras".

A apresentação de imagens atuais e antigas da cidade de Maringá-PR atraiu

alunos curiosos, mas, interessados e com tentativas de leitura para reconhecer o

espaço já percorrido e conhecido. Momentos de estudo que trouxeram certezas que

o aluno jovem tem deficiência na aprendizagem quanto aos elementos da

Cartografia.

Page 7: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA …€¦ · 2. Linguagem Verbal e Linguagem Visual: uma integração necessária Não se pode entender o ensino de Geografia como uma

A figura 1 mostra as alunas analisando a imagem (visual) e interpretando com

a leitura verbal para realizar a atividade proposta.

Figura 1: O trabalho com as imagens da cidade de Maringá-PR

Fonte: SILVA, Ivania Maria da, (maio de 2014)

Cada fotografia fez com que surgissem os questionamentos, ruas de terra?

Vasta vegetação de floresta ao redor da cidade? Espaço da rodoviária? Casas

Pernambucanas? A admiração e a comparação foram importantes e ao mesmo

tempo o reconhecimento de lugares já percorridos.

Para Silva (2005, p. 19), ao trabalhar com representações, o investigador tem

a possibilidade de visualizar e interpretar a realidade em diferentes escalas e

contextos. Neste sentido, o ambiente pode ser observado, conhecido, cartografado,

analisado e discutido por crianças, jovens e adultos em qualquer nível de

escolaridade. Essa prática contribui para o avanço da Linguagem Cartográfica.

Santos (1988, p., 26), diz que “a produção do espaço é resultado da ação dos

homens, agindo sobre o próprio espaço, através dos objetos naturais e artificiais”.

Pensando nessas palavras questionamos, os alunos são capazes de ler a

história da cidade através das imagens, são capazes de ler na imagem a ação

contínua do homem sobre o espaço de estudo e de vivência? Entendemos que não

era possível obter respostas naquele momento, era necessário levar o trabalho à

Page 8: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA …€¦ · 2. Linguagem Verbal e Linguagem Visual: uma integração necessária Não se pode entender o ensino de Geografia como uma

frente, levar o aluno a discutir seu espaço, analisar diferentes atividades de

transformação, pensar e analisar com outros recursos didáticos esse espaço.

A leitura, portanto de qualquer espaço social exige que o aluno seja colocado em contato com as diferentes “marcas” que expressam a própria constituição daquele meio, ou seja: os arquivos, as memórias e a própria paisagem (os objetos materiais) que, tratados cada qual pela linguagem apropriada, encaminham o aluno a iniciação dos métodos próprios tanto ao historiador quanto ao geógrafo. (PONTUSCHKA, 1991, p.46)

Na sequência de atividades apresentamos aos alunos diferentes mapas do

município de Maringá (Figuras 2, 3 e 4).

Figura 2:Planta da cidade jardim de Mari

Fonte: Acervo Maringá Histórico Figura 2:Planta da cidade jardim de Maringá -1945

http://maringahistorica.blogspot.com.br/2010/11/mapa-original-de-maringa.html

Figura 3: Carta Topográfica de Maringá

52º00' W

23º15' S

51º50' W

23º30' S

Figura 3: Carta Topográfica de Maringá - PR ( Folha -SF-22Y-D-II-3 - 1972) Fonte: http//:mapas.ibge.gov.br/bases-e-referenciais/bases- Cartográficas/cartas.

400 400 Km E

Page 9: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA …€¦ · 2. Linguagem Verbal e Linguagem Visual: uma integração necessária Não se pode entender o ensino de Geografia como uma

Figura 4: Mapa Base Maringá – (2000)

Figura 4: Mapa Base Maringá – (2000) Fonte: Prefeitura Municipal de Maringá - PR

Iniciamos com a planta, um projeto de cidade jardim que o Engenheiro Jorge

de Macedo Vieira fez na década de 1940 (Figura 2).

Colocamos que existem diversas formas de representação do espaço. Elas

retratam o mesmo lugar, mas de forma diferente. Os alunos localizaram elementos

naturais, fizeram comparações e identificação dos elementos cartográficos. Foi

visível no semblante de todos a emoção de conhecer Maringá de anos atrás.

Para Martinelli,(2011) cartografia temática em seu âmbito específico tem uma função tríplice: registrar e tratar dados, bem como revelar informações neles seladas. Seu principal propósito consiste em ressaltar as três relações fundamentais entre conceitos previamente definidos: diversidade ≠), ordem (O),e proporcionalidade(Q). (MARTINELLI,2011, p.30)

Passini (1994) confirma que ensinar a ler mapas ou alfabetizar para a leitura

cartográfica tem implicações mais profundas para a Educação que simplesmente ser

um processo metodológico de ensino de Geografia.

O espaço sempre foi representado e interpretado pelo homem por meio dos

desenhos, fotografias e mapas, que chamamos de Linguagem Cartográfica.

A Cartografia foi a principal ferramenta usada pela humanidade para ampliar

os espaços territoriais e organizar sua ocupação, solucionar problemas urbanos, de

segurança, saúde pública, turismo e auxiliar as navegações.

52º00’W

23º15’S

51º50’W

23º30’S

Page 10: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA …€¦ · 2. Linguagem Verbal e Linguagem Visual: uma integração necessária Não se pode entender o ensino de Geografia como uma

As autoras, Almeida e Passini (1998) afirmam que a compreensão do mapa

por si mesmo já traz uma mudança qualitativamente superior na capacidade do

aluno pensar o espaço. Ler mapas significa dominar esse sistema semiótico, essa

linguagem cartográfica; é um modelo de comunicação visual, o mapa é de suma

importância para que todos que se interessem por deslocamentos mais racionais,

pela compreensão da distribuição e organização dos espaços e possam se informar

e se utilizar deste modelo para ter uma visão de conjunto (ALMEIDA e PASSINI,

1998, p.,16).

As figuras levaram o aluno a sentir necessidade de compreensão, pois,

ficaram surpresos com os diferentes mapas representando a mesma região em

diferentes períodos da sociedade, foi preciso decodificar.

Para Simielli (1999, p.99) a leitura de mapas pelos alunos do ensino

fundamental e médio implica na constituição de um trabalho em três níveis:

1. Localização e analise - o aluno localiza e analisa um determinado fenômeno no

mapa.

2. Correlação- ele correlaciona duas, três ou mais ocorrências.

3. Síntese - o aluno analisa e correlaciona aquele espaço.

Foi com dificuldades que realizaram as atividades de localização e orientação

espacial, a leitura da escala foi feita com mediação (Figura 5)

Figura 5: Alunos em sala de aula trabalhando com mapas

Fonte: SILVA, Ivania Maria da – ( maio de 2014)

Fonte: SILVA, Ivania Maria da, (maio de 2014)

Page 11: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA …€¦ · 2. Linguagem Verbal e Linguagem Visual: uma integração necessária Não se pode entender o ensino de Geografia como uma

A figura 5 mostra o grupo de alunos observando os mapas. A atividade com

os mapas foi realizada primeiramente com as plantas no chão e depois colocada nas

carteiras. Os alunos fizeram a leitura das ruas e avenidas (comparando como era e

como está), elementos cartográficos (localizando a planta que não apresentava

elementos cartográficos) redes hidrográficas (localizando a hidrografia), mudanças

físicas (para compreender a organização do espaço) e além das informações

explicitas fizeram relações com as informações implícitas como forma de ocupação

do solo, meio ambiente e aumento ou crescimento da cidade.

O uso de tecnologia fez-se necessário na localização e definição de alguns

conceitos cartográficos como os pontos cardeais, paralelas, visão vertical e visão

oblíqua, isto contribuiu para deixar claro que o aluno na era digital confia em seus

aparelhos e a efetiva aprendizagem passa a ser secundária, uma vez que hoje

temos as informações rápidas e em qualquer lugar.

Neste sentido as imagens de satélites são de grande importância na

elaboração de estudos urbanos, rurais, ambientais, entre outros. A partir dessas

imagens é possível estabelecer comparações entre dados de uma determinada área

em um tempo passado com informações recentes, do espaço geográfico.

Foi com esta atividade que percebemos que há situações de barreiras ao

acesso à internet, o avanço tecnológico e a utilização deste recurso ainda não

atingem a todos. São razões diversas que impedem o uso da tecnologia como:

econômicas, sociais e às vezes religiosas ou culturais. Muitas vezes não se nota

que a aprendizagem depende de oportunidades que os professores ofertam.

Mesmo tendo nas escolas laboratórios de informática para o acesso de todos

os alunos é possível que por um motivo ou outro o acesso foi negado, ou deixou de

ser ofertado. Foi com a aula de informática que observamos a felicidade estampada

no rosto de alunos que estavam pela primeira vez fazendo uso do computador

(internet) e navegando por lugares da cidade que tem sua história de vida.

O avanço das tecnologias trouxe profundas reformulações quanto à formação de educadores. Ao invés de simples transmissores, os professores passaram a ser estimuladores dos alunos para que construam seu conhecimento, buscando nos recursos tecnológicos uma nova forma de aprendizagem, mais dinâmica, construtiva, mudando dessa forma o conceito de educar.( SANTOS E PEREIRA FILHO, 2010, p.2)

No curso do Grupo de Trabalho em Rede (GTR) entre os professores/alunos

foi discutido que mudar o conceito de educar significa pensar em transformações na

Page 12: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA …€¦ · 2. Linguagem Verbal e Linguagem Visual: uma integração necessária Não se pode entender o ensino de Geografia como uma

escola e na sociedade de modo geral, as aulas dinâmicas com uso de recursos

diferentes e atuais atraem o aluno/sujeito, este busca para si o aprendizado

sistematizado e é fundamental esta ação para o sujeito. Todos concordaram com

essa discussão e avaliaram o trabalho de Linguagem Cartográfica como um tema

positivo, necessário e viável para as escolas. Houve diferentes considerações e

sugestões, que vieram ao encontro da prática em sala de aula. As socializações

entre os professores/alunos foram ricas, dando suporte para concretizar o trabalho

de pesquisa com o aluno.

O trabalho com tecnologia propiciou estudos para além da sala de aula, com

o objetivo de desenvolver e consolidar a prática do olhar geográfico permitindo aos

alunos vivenciarem (experimento) o que foi abordado em sala de aula, a leitura

espacial (utilizando os instrumentos cartográficos e os aspectos da natureza),

questionamentos da realidade com o raciocínio geográfico.

A figura 6, compreende partes da zonas 05, 06 e 07 da cidade de Maringá. No

centro encontra-se marcado o espaço observado e analisado pelos alunos (Zona 06).

Figura 6: Imagem de satélite Maringá – PR

Fonte: Google Earth (Acesso 10/10/2013)

A aula de campo foi no entorno do Colégio Estadual Dr. José Gerardo Braga,

com visita ao Colégio Santa Cruz. Compreendemos que foi relevante a saída de sala

de aula, percebemos a observação do aluno de forma mais direta e concentrada, a

discussão sobre elementos da paisagem, as comparações com os objetos na

Page 13: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA …€¦ · 2. Linguagem Verbal e Linguagem Visual: uma integração necessária Não se pode entender o ensino de Geografia como uma

organização do espaço geográfico de alguns anos atrás e o que tem hoje na

paisagem, perceberam as transformações ocorridas no espaço.

Ao passo que adentramos o Colégio Santa Cruz, a organização e o espaço

chamou a atenção dos alunos, houve murmurinhos, questionamentos e interesse

pela história do colégio, no entanto, todos, ao saírem do espaço interno do colégio,

procuraram pelo Painel “Os Pioneiros,” obra feita em 2000 pelo artista plástico, Éder

Portalha que retrata a história de Maringá (Figura 7). Foi o momento de observação

mais detalhada com comentários, discussões e questionamentos acerca da

interpretação.

Figura 7 : Parte do Painel de Eder Portalha de 2000, parede do Colégio Santa Cruz.

Fonte: SILVA, Ivania Maria – (maio de 2014).

Neste itinerário os grupos discutiram a imagem do painel, mas, a

interpretação só pode ser realizada com o conhecimento da história da cidade, da

história do artista que foi contada no interior do colégio Santa Cruz. Esse momento

de concentração propiciou a explicação rápida sobre a formação da cidade e o

objetivo do artista com a obra. A leitura visual da direita para a esquerda do painel

confundiu alguns, a sequência das figuras fez pensar, voltar, recomeçar a

interpretação. Percebemos que o aluno reconheceu apenas a Catedral entalhada no

alto do canto direito da obra.

Page 14: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA …€¦ · 2. Linguagem Verbal e Linguagem Visual: uma integração necessária Não se pode entender o ensino de Geografia como uma

Bertrand (1972) diz que qualquer interferência na natureza pelo homem, deve

ser acompanhada de uma pesquisa que leve a um diagnóstico, ou seja um

conhecimento do quadro natural onde se vai atuar, como também em espaços já

utilizados pelo homem, pois avaliar o que está ocorrendo nestes ambientes é de

grande importância para o estudo de Geografia.

Ainda Bertrand:

A paisagem não é a simples adição de elementos geográficos disparatados. É uma determinada porção do espaço, o resultado da combinação dinâmica, portanto instável, de elementos físicos, biológicos e antrópicos que, reagindo dialéticamente uns sobre os outros, fazem da paisagem um conjunto único e indissociável, em perpetua evolução (BERTRAND, 1972, Cap. 13, p..2).

A paisagem ao redor da escola foi trabalhada através de observação direta,

um passo importante para que os elementos fossem percebidos em sua disposição:

relações espaciais topológicas (perto, longe, vizinho, não vizinho), relações

espaciais projetivas (esquerda, direita, frente, atrás) e relações espaciais euclidianas

(distância).

A aula de campo constitui-se uma prática fundamental para a compreensão e

a leitura do espaço geográfico, principalmente, após conhecer a história do lugar.

“É importante que se trabalhe no meio analisando as diferentes possibilidades

e as diferentes concepções do conjunto dos agentes sociais que compõem e

organizam aquele espaço” (PONTUSCHKA, 1991, p.4).

O espaço geográfico contém a paisagem, ou poderíamos dizer as formas espaciais que compõem o sistema de objetos naturais e sociais. Mas o olhar geográfico é mais abrangente, identifica também o processo ou formação, a dimensão histórica, o passado e o presente das formas espaciais. (AZAMBUJA 2012, p.186)

O trabalho de campo foi um estímulo ao aluno que após conhecer os

elementos da cartografia em diferentes atividades foi capaz de trabalhar com a

escala para melhor compreensão de proporcionalidade e distância.

O trabalho com a escala é importante e necessário para que o aluno

compreenda os recortes de mundo com uma análise do particular para o global ou

do global ao particular. No caso da escala geográfica, embora os números de

redução possam existir, o fato fundamental é a dimensão das relações que se

pretende obter pela escolha seletiva dos fatos que serão visualizados ou

representados.

Page 15: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA …€¦ · 2. Linguagem Verbal e Linguagem Visual: uma integração necessária Não se pode entender o ensino de Geografia como uma

Ler os fenômenos geográficos em diferentes escalas permite ao aluno uma

leitura mais clara do seu cotidiano. Podendo o aluno comparar os vários lugares e

notar as semelhanças e diferenças que há entre eles.

Iniciamos uma atividade com os pontos turísticos de Maringá, foi identificada

a localização, a distância real entre pontos estabelecidos no mapa e a escala.

Os grupos com o mapa em mãos escolheram os pontos turísticos da cidade a

serem medidos, definiram o local de origem e de destino com letras no próprio

mapa.

O trabalho do aluno foi desenvolvido dentro de um raciocínio geográfico,

como coloca Richter 2010, deve ser uma prática comum nas aulas de Geografia.

Muito mais importante do que apenas localizarmos um determinado fenômeno numa representação cartográfica, é fundamental que possamos desenvolver atividades, leituras e interpretações (raciocínios) que permitam com que o aluno entenda a produção de um dado contexto no espaço. Nesse sentido, ao possibilitarmos que o aluno desenvolva esse tipo de raciocínio, que nesta tese é estabelecido como raciocínio geográfico, devemos validar que essa prática seja um objetivo comum e pertinente a todos os programas curriculares da Educação Básica, principalmente no Ensino Médio. (RICHTER,, 2010, p.,115)

Observamos que todos os grupos tiveram dificuldades com a escala, ao medir

as distâncias determinadas. Uma retomada no conteúdo apresentou melhoras na

realização da atividade, mas, não foi o suficiente para um resultado positivo.

O conteúdo aplicado em sala de aula muitas vezes não satisfaz o professor

por conta da interação do aluno. O que é mediado não atrai o aluno, ou não está de

acordo com seus objetivos.

Paralelamente ao trabalho de sala de aula, discutimos a atividade no curso do

Grupo de Trabalho em Rede - GTR com os professores/alunos, estes fizeram

sugestões para o encaminhamento da atividade, uma vez que foi colocado a

dificuldade dos alunos. Alguns sugeriram que a atividade fosse in loco, outros

discordaram colocando que seria difícil andar pela cidade com os alunos, alguns

descreveram suas atividades e enviaram imagens com um parecer positivo. Tudo

contribuiu para a continuidade do trabalho em sala.

Foram momentos muito ricos e proveitosos de socialização no curso GTR, o

que possibilitou maior clareza no método de trabalho proposto na Unidade Didático-

Pedagógica com os alunos.

Page 16: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA …€¦ · 2. Linguagem Verbal e Linguagem Visual: uma integração necessária Não se pode entender o ensino de Geografia como uma

Passini (2012, p.,29), coloca que o aluno entendendo os objetos no espaço

com as vivências das funções de cartografia, tem possibilidades de adquirir

habilidades e o conhecimento em potencial de ler e entender o mundo. O aluno

conhece o espaço concreto onde mora, estuda e circula para viver sua rotina diária.

O conhecimento que ele tem desse espaço é empírico, o espaço sensório-motor,

perceptivo e intuitivo. Para ele entender a Geografia do espaço de sua vida, deve

tomá-lo como um objeto de estudo, desvendá-lo e sistematizá-lo.

Ao aproximarmos do término do trabalho com o aluno verificamos a

necessidade do aluno de aulas de Cartografia e de ser mediado, concluímos que a

proximidade do professor foi fundamental na realização de suas atividades.

Finalizando a atividade com a escala, foi feito uma retomada geral com uma

avaliação escrita contemplando além dos conteúdos diários, também os conteúdos

do Projeto de intervenção. Mesmo tendo conhecimento das dificuldades do aluno

com o conteúdo da Cartografia, a avaliação surpreendeu em sua totalidade.

Encontramos respostas positivas indicando que a Implementação trouxe ao aluno a

compreensão melhorada do espaço de sua vivência.

Por isso, cabe ao professor desenvolver atividades, propostas, leituras e

reflexões pertinentes que apresentem essa proximidade entre a construção dos

espaços de vivência com o conhecimento científico, como o uso de imagens, mapas,

acesso tecnológico e a observação direta da paisagem, tudo isto está integrado ao

desenvolvimento e o ensino dos conteúdos geográficos.

Por fim, de acordo com as discussões, com as análises e as interpretações

apresentadas sobre a Linguagem Cartográfica, podemos dizer que o trabalho

realizado com alunos do ensino Médio tornou-se um meio para o professor

identificar ou reconhecer o desenvolvimento e o raciocínio geográfico do aluno em

sua formação na Educação Básica.

4. Considerações Finais

O projeto de intervenção confirmou a importância de se trabalhar a

Linguagem Cartográfica com alunos do Ensino Médio. Pensamos, elaboramos e

aplicamos a proposta pedagógica com o objetivo de enriquecer o ensino de

Geografia, para uma maior compreensão e interesse por parte dos alunos,

identificando inclusive a sua importância como agente no avanço, construção e

Page 17: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA …€¦ · 2. Linguagem Verbal e Linguagem Visual: uma integração necessária Não se pode entender o ensino de Geografia como uma

apreensão do espaço por parte de suas vivências, do seu cotidiano, de sua

realidade e visão de mundo.

É no conjunto de atividades como as leituras, as discussões e reflexões que

justifica a significativa contribuição da Cartografia para o processo de ensino-

aprendizagem de Geografia.

Foi trabalhado o conteúdo do cotidiano do aluno, valorizando o conhecimento

prévio em todas as etapas da aplicação da proposta.

Em relação a satisfação nas aulas, observamos que o aluno gosta de aulas

curiosas, atraentes, claras e interessantes. Observamos ainda que o interesse pelo

estudo está no novo, no desafiador, a exemplo das aulas e atividades no laboratório

de informática que proporcionaram maior compromisso do aluno com o estudo.

As etapas do projeto como: a análise de imagens, comparações entre mapas,

e escala, foram as de maiores dificuldades para os alunos realizarem. Percebemos

que o trabalho de campo realizado ao entorno do colégio foi a atividade mais

prazerosa, no entanto foi preciso lembrar muitas vezes da necessidade da

observação minuciosa do espaço percorrido, falta no aluno o hábito de observar.

Nesse contexto, podemos dizer que é no momento da observação, na

identificação de elementos existentes no espaço geográfico que a leitura visual

encontra barreiras, isso significa dizer a dificuldade está na interpretação do espaço.

Assim, a etapa que envolveu o estudo do meio com análise em mapas foi

considerada difícil pela necessidade de observação detalhada e do olhar geográfico.

Mesmo havendo algumas dificuldades com o estudo, podemos considerar ter sido

uma contribuição para o ensino/aprendizagem e um caminho de equilíbrio entre o

que é ideal e o que é real no ensino.

Todavia, acreditamos que no processo de interpretação na possibilidade de

ler o mundo, o aluno precisa ter acesso a diferentes linguagens, incluindo a

linguagem cartográfica. Para isso é importante que projetos de estudos sejam

criados por professores em parceria com seus alunos, desde a seleção do tema ao

desenvolvimento dos procedimentos metodológicos.

Diante do exposto, faz-se necessário comentar que esta pesquisa de cunho

metodológico considera a possibilidade de reformulação da proposta por outros

professores e pesquisadores com novas sugestões e ideias para recriar, aplicar,

avaliar e apresentar novos caminhos para que contribuam no aprendizado da

compreensão da Cartografia no ambiente escolar.

Page 18: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA …€¦ · 2. Linguagem Verbal e Linguagem Visual: uma integração necessária Não se pode entender o ensino de Geografia como uma

Referências

ALIEVI, Alan Alves; VEIGA, Leia Aparecida.- Analfabetismo funcional e dificuldades de leitura e interpretação de mapas: algumas considerações. 32 - 49. in: SANTIL, F.L.de P.; SILVEIRA, H.; SOUZA, M. L.; SANTOS, F.R. (organizadores.) Recursos tecnológicos aplicados à cartografia.1ª ed. Ed. Sthampa Gráfica e Editora. Maringá, 2010, 176 p. ALMEIDA, Rosângela D. de; PASSINI, Elza Y.- O espaço geográfico: ensino e representação: A importância da leitura de mapas o domínio espacial no contexto escolar. 6. Ed. São Paulo: Ed. contexto, 1998, 90 p. AZAMBUJA, Leonardo Dirceu de. -Trabalho de Campo e ensino de Geografia. in: Geosul. Florianópolis, Editora da UFSC, v.27, n.54, p. 181 - 195, junj/dez. 2012. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/geosul/article/view/26279>

Acesso em 20/10/2013.

BERTRAND, G.- Caderno da ciência da terra: paisagem e geografia física global esboço metodológico. São Paulo: Universidade de São Paulo; Instituto de Geografia, 1972. BRASIL. Secretaria da Educação Fundamental-Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília, DF. MEC, 1998, 156p. BRASIL. Orientações curriculares para o ensino médio. Ciências Humanas e suas tecnologias. Secretaria de Educação Básica. Brasília: Ministério da Educação, 2006. 133 p., v. 3. Disponível em :

<www.cespe.unb.br/vestibular/1vest2010/.../book_volume_03_internet.pd..> Acesso em: 02/09/2013.

CALLAI, Helena Copetti.- Estudar o lugar para compreender o mundo in: Ensino de Geografia: Práticas e textualizações no cotidiano. p. 83 - 131 (Org) Castrogiovanni, Antonio Carlos. Porto Alegre 7ª ed. Editora Mediação. 2009. 172 p. CASTELLAR, Sonia, VILHENA, Jerusa.- Ensino de Geografia. in: Coleção Ideias em Ação. São Paulo : Cengage Learning. 2010. 161 p. COSTA, Franklin. R.; LIMA, Francisco. A. F. - A linguagem cartográfica e o ensino-aprendizagem da Geografia: algumas reflexões. Geografia Ensino & Pesquisa, v. 16, n.2 p. 105 - 116 maio/ago. 2012. ISSN 2236-4994 . Disponível em < http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/geografia>Acesso em 22/08/2014

MARTINELLI, Marcelo.- Mapas de geografia e cartografia temática. 6 ed. ampl. e atual. São Paulo: Contexto, 2011, 144 p. PASSINI, Elza Y.- Alfabetização cartográfica e o livro didático uma análise crítica, Belo Horizonte: Edição Lê, 1994, 94 p.

Page 19: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA …€¦ · 2. Linguagem Verbal e Linguagem Visual: uma integração necessária Não se pode entender o ensino de Geografia como uma

PASSINI, Elza Y.- Alfabetização cartográfica e a aprendizagem de Geografia /

Elza Yasuko Passini; colaboração Romão Passini. - 1 ed. - São Paulo: Cortez. 2012, 215 p. PONTUSCHKA, Nídia N. et al .- O “Estudo do Meio” como trabalho integrado das práticas de ensino. Boletim Paulista de Geografia, São Paulo, n. 70, p. 44 a 71, 1991. RICHTER, Denis. - Raciocínio geográfico e mapas mentais: a leitura espacial do cotidiano por alunos do Ensino Médio. 2010. 320f. Tese (Doutorado em Geografia) - Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente, 2010. Disponível em: <http://www.culturaacademica.com.br/_img/arquivos/O_mapa_mental_no_ensino_de_geografia.pdf>

acesso em 23/09/2014.

RICHTER, Denis; MARIN, Fátima Ap. D. G.; DECANINI, Mônica M.S. - Ensino de Geografia, espaço e Linguagem Cartográfica - Revista Mercator - volume 9, número 20, 2010: set./dez. p. 163 a 178. Disponível em<ttp://www.mercator.ufc.br/index.php/mercator/article/view/469/318p >Acesso em

17/09/2014.

Richter, Denis.- O mapa mental no ensino de Geografia: concepções e propostas para o trabalho docente/ Denis Richter. – São Paulo: Cultura acadêmica 2011. 270p. :il :Disponível em:

<www.culturaacademica.com.br/_.../O_mapa_mental_no_ensino_de_geo..>Acesso em :21/09/2014

SANTOS, Milton.- Metamorfose do Espaço Habitado; Fundamentos teóricos e metodológicos da Geografia., São Paulo, HUCITEC , 1988. SANTOS Felipe C.; PEREIRA FILHO Waterloo.- O uso de imagens de satélite como recurso didático para o estudo da categoria lugar. UERJ - Ano 12, nº. 21, v. 2, 2º semestre de 2010. Acesso em:<www.geouerj.uerj.br/ojs ISSN 1981-902>. Disponível em 22/09/2014

SILVA, Ivania Maria da,- Linguagem Cartográfica e Geografia Integrando Forma e Conteúdo na Construção da Responsabilidade Ambiental: Uma experiência metodológica vivida com adultos em fase de Alfabetização. Dissertação (Mestrado) - Universidade Estadual de Maringá –UEM - Maringá : [S.N ], 2005. 171 f. SIMIELLI, Maria R. - Cartografia no Ensino Fundamental e Médio –In: A Geografia em Sala de Aula – org, Ana Fani Carlos – 2ª edição, São Paulo, Contexto, 1999.