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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Educacional) da Secretaria de Estado da Educação do Paraná. ... Escola Novos Caminhos, Educação infantil e Ensino Fundamental

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA

TURMA PDE - 2013

TÍTULO: A contribuição dos instrumentos pedagógicos no desenvolvimento das funções psicológicas superiores e na aprendizagem da matemática em deficientes intelectuais.

Autor:

Sueli Aparecida Casale

Disciplina/Área

Educação Especial

Escola de Implementação do Projeto

Escola Novos Caminhos Educação Infantil e Ensino

Fundamental – Modalidade: Educação Especial

Município da Escola

Fênix, Paraná

Núcleo Regional de Educação

Campo Mourão

Professor Orientador

Profª Drª.Rosane Gumiero Dias da Silva

Instituição de Ensino Superior

Universidade Estadual de Maringá (UEM)

Relação Interdisciplinar

Matemática

Resumo (descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada.

Com a aplicação deste Material Didático, em forma de Unidade Didática, visamos o desenvolvimento das funções psicológicas superiores e na aprendizagem da matemática em deficientes intelectuais. Para tanto, por meio de jogos utilizando o Material Dourado, Cartaz Lugar Valor e Ábaco, procuraremos desenvolver a aprendizagem do Sistema de Numeração Decimal com alunos do Ensino Fundamental da Escola Novos Caminhos, Educação Infantil e Ensino Fundamental – Modalidade: Educação Especial de Fênix, Paraná. O Material Didático pauta-se na teoria de Vygotsky sobre

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aprendizagem e desenvolvimento educacional e o conceito de mediação e das funções psicológicas superiores para auxiliar o aluno a entender a matemática. Esperamos que esse material possa contribuir para a melhoria do desenvolvimento das funções psicológicas superiores (memória, atenção) e favoreça a aprendizagem dos conceitos de matemática, levando os alunos a entenderem e utilizarem o Sistema de Numeração Decimal.

Palavras-chave (3 a 5 palavras)

Funções psicológicas superiores; Ensino e aprendizagem de Matemática; Deficiente intelectual

Formato do Material Didático

Unidade Didática

Público Alvo

Alunos do Ensino Fundamental

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Esta Unidade Didática pretende servir como subsídio aos professores de

Educação Especial para o trabalho com deficientes intelectuais . O Material

didático faz parte de uma das etapas do PDE (Programa de Desenvolvimento

Educacional) da Secretaria de Estado da Educação do Paraná.

Este programa visa proporcionar aos professores da rede pública estadual

subsídios teórico-metodológicos para o desenvolvimento de ações educacionais

sistematizadas, e que resultem em redimensionamento de sua prática.

Diante disso procuramos desenvolver um material que será aplicado na

Escola Novos Caminhos, Educação infantil e Ensino Fundamental – Modalidade:

Educação Especial de Fênix, procurando pensar na educação dos alunos com

necessidades especiais, tendo como meta principal satisfazer as necessidades

específicas de aprendizagem do educando, incentivando- o a desenvolver seu

potencial, a partir de sua realidade particular.

Consideramos que isto requer uma maior sensibilidade e pensamento

crítico a respeito de nossa prática pedagógica. Portanto, para que realmente

aconteça um trabalho que contribua para a melhoria do aprendizado do aluno

com necessidades especiais, é preciso que busquemos práticas pedagógicas que

atendam a diversidade humana, pois este momento exige conhecimentos além

daqueles do curso de formação acadêmica.

Por isso apresentamos esta Unidade Didática a qual, por meio de

atividades lúdicas, especialmente jogos utilizando o Material Dourado (Maria

Montessori, 1870-1956) o Cartaz de Pregas (Cartaz Lugar Valor) o Ábaco

(primeira máquina de calcular da humanidade), objetivamos desenvolver a

aprendizagem do Sistema de Numeração Decimal. Acreditamos que esta

proposta poderá contribuir para a aprendizagem em matemática dos alunos

com necessidades educativas especiais.

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Esta Unidade Didática com o título “A contribuição dos instrumentos

pedagógicos no desenvolvimento das funções psicológicas superiores e na

aprendizagem da matemática em deficientes intelectuais” esta proposta para ser

desenvolvida com alunos do Ensino Fundamental da Educação Especial.

Apresentamos, inicialmente, uma fundamentação teórica sobre a Educação

Especial, o atendimento educacional especializado e as contribuições de

Vygotsky para o desenvolvimento da aprendizagem.

Iniciamos as atividades tratando sobre a história dos números para que os

alunos compreendam como se deu a criação dos números e do atual sistema de

numeração. Em outra atividade apresentamos um trabalho com material concreto

sobre diferentes formas de contagem e o funcionamento do sistema de

numeração decimal. Outra atividade refere-se à elaboração de listagem com

imagens nas quais os números são utilizados.

Para trabalhar o Sistema de Numeração Decimal propomos jogos com o

Material Dourado, Cartaz Lugar Valor e Ábaco.

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3.1 EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Ao longo de séculos podemos perceber as grandes dificuldades que a

sociedade possui na condução das diferenças existentes entre as pessoas e no

modo como as relações se dão entre elas, principalmente quando há uma

deficiência em questão, independente da cultura dessa sociedade, de seu nível

social e econômico e sua etnia. O que muda é apenas a forma de visualização da

deficiência e o modo como será conduzida no decorrer dos tempos.

A evolução da história da educação especial passou por fases, a primeira

delas foi o extermínio, seguido da exclusão, integração e inclusão. (Aranha,

2000).

Na fase do extermínio, como o próprio nome já diz, as pessoas com

deficiência eram exterminadas da sociedade, o direito mais precioso do ser

humano, a vida, não lhe era conferido, pois portadores de necessidades especiais

eram mortos quando nasciam ou ficavam isolados em lugares secretos (Silva,

1986).

A iniciação religiosa cristã na Idade Média modificou a forma de enxergar e

tratar os deficientes, pois eles passaram a serem vistos como filhos de Deus e

merecedores de atenção. Com isso os deficientes eram acolhidos nas igrejas,

considerados então como doentes, pessoas sem capacidade e inválidas (Aranha,

2001).

Nessa época o sacrifício de pessoas deficientes não era mais permitido, no

entanto eram submetidas a caridade dos outros, dependiam da boa vontade do

próximo sem o cuidado de que mereciam.

A igreja, assumindo o papel de acolhedora de pessoas com necessidades

especiais, enfrentou dentro e fora dela muitas posições contrárias as suas ações

(Aranha, 2001).

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Conforme Aranha (2000) foi então que, a partir do século XII, a

humanidade passou por um período muito triste e nebuloso, onde houve intensas

perseguições, torturas e extermínio, dos comumente denominados “hereges”, os

portadores de deficiência.

Nos séculos XVI e XVII houve muitos avanços no campo da medicina,

apesar disso os deficientes continuaram sendo tratados como um problema para

a sociedade. Instalavam-se em asilos, hospitais psiquiátricos e outras instituições,

essa situação perdurou por muitos anos (Aranha, 2000).

As crianças não tinham livre acesso às escolas comuns, por esse motivo

famílias de crianças e adolescentes deficientes se uniram para a realização de um

objetivo comum, a criação de escolas especiais, onde estas crianças e jovens

pudessem ter direito a uma educação escolar, respeitando-se as limitações de

cada um. Essa fase da história da educação especial ficou conhecida como

segregação institucional (Aranha, 2000).

Esta fase começou a se desestruturar quando deu início os movimentos a

favor da inserção dessas crianças e adolescentes em ambientes mais favoráveis

a sua integração na sociedade, enviando-os às escolas comuns e classes

especiais. Este novo período ficou conhecido como integração (Aranha, 2000).

Nesta fase, havia duas formas de atendimento aos portadores de

deficiências: as classes especiais, que funcionavam no interior das escolas

comuns destinadas a atender os alunos menos prejudicados, com a pretensão de

que estes alunos alcançassem um nível educacional compatível aos demais

alunos das escolas regulares; e as escolas especiais para o acolhimento das

crianças e jovens com deficiências mais severas.

No que se refere às classes especiais, tornaram-se verdadeiros ambientes

de discriminação na escola e sociedade, pois aluno que não se encaixava dentro

dos parâmetros curriculares estabelecidos eram encaminhados a estas classes

deixando de propiciar oportunidades de crescimento escolar aos alunos a ela

pertencente.

Com todo esse trabalho desenvolvido e tendo em vista as várias etapas

pela qual a história da educação especial percorreu, vemos ainda muitos

comportamentos discriminatórios, tanto da escola como da sociedade, no entanto

a partir do século XX e início do século XXI a educação especial sofreu muitos

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avanços relevantes, estabelecendo-se o direito do alunado especial em ser

diferente e participar ativamente da sociedade de acordo com suas

potencialidades e limitações. Esta fase é chamada de inclusão.

O atendimento educacional especializado decorre de uma nova visão da

Educação Especial, sustentada legalmente e é uma das condições para o

sucesso da inclusão escolar dos alunos com deficiência. Esse atendimento existe

para que os alunos possam aprender o que é diferente do currículo do ensino

comum e que é necessário para que possam ultrapassar as barreiras impostas

pela deficiência. (BRASIL, 2006).

A escola (especial e comum) ao desenvolver o atendimento educacional

especializado deve oferecer todas as oportunidades possíveis para que nos

espaços educacionais em que ele acontece, o aluno seja incentivado a se

expressar, pesquisar, inventar hipóteses e reinventar o conhecimento sob a

mediação do professor para que possa amadurecer suas funções psicológicas

superiores.

Facci e Tuleski (2006) ao tratarem sobre a mediação no processo de

desenvolvimento das funções psicológicas superiores enfatizam que

A mediação é o momento em que o professor intervém na zona de

desenvolvimento próximo do educando, alterando os conhecimentos

espontâneos, iniciando-se o processo de sistematização do conhecimento e

conduzindo a um maior desenvolvimento psicológico.

3.2 - As contribuições da escola de Vygotsky para aprendizagem e

desenvolvimento educacional

O uso de mediadores culturais possibilita para todas as pessoas, com ou sem deficiência, o desenvolvimento dos processos psicológicos internos e da habilidade de organizar funcionalmente o próprio comportamento. Partindo da concepção de deficiência, esta teoria possibilita verificar a importância da ação pedagógica – a mediação, o papel do professor e a organização do ensino – no contexto da educação especial. (p.7).

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Conforme as proposições de Vygotsky podemos compreender que “O

caminho do desenvolvimento da criança deficiente está nas relações sociais, na

cooperação de outros seres humanos, sendo que o social é o lugar em que

podemos agir no sentido de combater a deficiência”(DAINÊZ, 2009, p. 37).

Observamos com isso que a pessoa com necessidades educativas especiais só

poderá superar suas dificuldades em sua relação com o outro.

Vygotsky analisou o homem em seu contexto sociocultural, para poder

compreender sua contribuição enquanto sujeito. A perspectiva histórico-cultural

de Vygotsky tem como pressuposto que o desenvolvimento das Funções

Psicológicas Superiores é um processo extremamente pessoal e, ao mesmo

tempo, um processo profundamente social, estando intimamente ligadas ao

contexto sociocultural em que a pessoa está inserida. Vygotsky (2002) esclarece

que as Funções Psicológicas Superiores são características do ser humano.

Quando a criança nasce ela possui funções psicológicas básicas – ou

elementares (memorização e repetição).

Vygotsky (1998) enfatiza que a educação escolarizada e o professor têm

um papel singular no desenvolvimento do indivíduo. Além disso, na apropriação

do conhecimento temos três momentos, que de forma bem sucinta podem ser

assim apresentados:

o desenvolvimento do deficiente mental não difere do desenvolvimento das demais crianças. Apesar de o fator biológico não ser descartado, por possuir relevância para o desenvolvimento físico e cognitivo do sujeito (...) o biológico constitui a base inicial do desenvolvimento das capacidades psíquicas, tais como a atenção, a percepção, a memória, o raciocínio. E este desenvolvimento só é efetivado por meio da interação com o meio social, com outro ser humano (BONDENZAN e GOULART, 2008, p.3).

Vygotski (1989,1997) realizou análises orientadas para o campo da deficiência, denominadas de Defectologia, na qual propunha a formulação de um modelo de compreensão dos processos humanos valendo-se da discussão sobre as implicações dos aspectos sócio-culturais na constituição do sujeito com deficiência (DAINÊZ, 2009, p.29).

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O deficiente intelectual ao chegar á escola também possui conhecimentos

cotidianos que precisam ser superados pelos conhecimentos científicos, e

Vigotski (2002) esclarece que ocorre, então, uma colaboração original entre

professor e aluno, a qual promove o amadurecimento das funções psicológicas

superiores. Essa colaboração é o momento central do processo educativo, pois é

o momento em que o professor intervém na zona de desenvolvimento próximo do

educando, alterando os conhecimentos espontâneos mediante a apropriação de

conhecimentos científicos transformados em conteúdos curriculares e assim

provocando um maior desenvolvimento psicológico.

Vygotsky considera também que o jogo e as atividades lúdicas atuam na

zona de desenvolvimento proximal por ocorrerem em situações de interação e a

aprendizagem efetiva-se por meio da mediação do professor ou de um colega.

Para Freinet, educador francês, as atividades lúdicas são essenciais pois

despertam o interesse dos alunos e ocorrem por meio da cooperação. Para este

autor o lúdico é,

Diante de tais concepções consideramos que, na educação escolar do

deficiente intelectual, o lúdico deve ser incorporado, pois estes alunos

apresentam dificuldades em assimilar conteúdos abstratos. Por isso é necessário

que se utilize instrumentos pedagógicos que auxiliem o desenvolvimento das

funções psicológicas superiores e a aprendizagem dos mesmos. Dentre estes

instrumentos está o jogo, atividade lúdica que permite ao aluno, além da

-nível de desenvolvimento potencial, ou seja , caracteriza aquilo que o sujeito é capaz de fazer a partir de seu instrumental biológico; -zona de desenvolvimento proximal, o que o sujeito é capaz de realizar com a ajuda alheia, para posteriormente fazer sozinho; -nível de desenvolvimento real, caracterizada por aquilo que o sujeito passa a fazer com autonomia em sua vida cotidiana (Vygotsky, 1998, p. 112).

(...) um estado de bem-estar que é a exacerbação de nossa necessidade de viver, de subir e de perdurar ao longo do tempo. Atinge a zona superior do nosso ser e só pode ser comparada à impressão que temos por uns instantes de participar de uma ordem superior cuja potência sobre-humana nos ilumina. (1998, g.304)

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descontração e momentos de diversão, aprender por meio da interação e pela

descoberta.

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=810

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Questionamento aos alunos sobre a história dos números:

Eles sempre existiram? E antes deles como as pessoas contavam? Após

os questionamentos apresentação de um vídeo que trata sobre como surgiram os

números.

Vídeo: História dos números

http://www.youtube.com/watch?v=zdiZrW2_B08

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=13541

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Agrupamentos e trocas nas diferentes bases e na base 10.

Contando de diferentes maneiras

Objetivo: Compreender diferentes formas de contagem e o funcionamento do

sistema de numeração decimal.

Materiais: Trezentos quadradinhos de madeira (ou qualquer outro objeto de fácil

manipulação), igualmente divididos em quatro caixas de papelão vazias (ou

qualquer outro recipiente). Uma tabela para registro da contagem.

Preparação: Dividi-se a classe em quatro grupos. Cada grupo receberá uma

caixa com 75 pedrinhas e uma caixa vazia. Os alunos terão tarefas distintas.

Transporte: Um aluno será responsável por transportar as pedrinhas, uma a

uma, da caixa cheia para a caixa vazia.

Contagem manual: Outros três alunos deverão fazer a contagem usando os

dedos da mão. Cada pedrinha transportada corresponderá a um dedo levantado.

Só poderá ser usado o número de dedos equivalente aos agrupamentos da

contagem.

Exemplo: Se a contagem for feita de quatro em quatro unidades, os alunos só

poderão usar quatro dedos da mão no processo de contagem.

Para cada pedrinha transportada, levanta-se um dedo. Quando completar quatro

dedos, o próximo aluno levanta um dedo, indicando a contagem de um

agrupamento de quatro unidades. O primeiro aluno reinicia a contagem

novamente, Quando o segundo levantar os quatro dedos, o terceiro aluno entra

em ação levantando um dedo, indicando a contagem de um agrupamento maior,

equivalente a quatro agrupamentos de quatro unidades

Registro: Um aluno será responsável pelo registro da contagem em uma tabela

específica. A tabela estará divida em três colunas, uma para cada tipo de

agrupamento. No exemplo anterior (contagem de quatro em quatro), o registro

funcionará assim:

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Para cada pedrinha contada, marca-se um traço vertical na coluna da direita.

Quando completar quatro traços, estes devem ser riscados e substituídos por um

traço vertical na coluna seguinte. Inicia-se novamente o processo até completar,

novamente, os quatro traços verticais. O mesmo ocorre na coluna do meio.

Quatro traços verticais devem ser riscados e substituídos por um traço vertical na

coluna da esquerda.

http://portaldoprofessor.mec.gov.br

Elaborar listagem com imagens nas quais os números são utilizados e

classificar conforme a função exercida (número de casa, telefone, camisa de

futebol (identificação); 1 kg de feijão, 10 alunos, 50 reais (quantificação); 1º lugar,

2º lugar (fila),campeonato de futebol (ordenação e classificação).

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=28500

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http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=16142

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=23502

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=23502

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http://portaldoprofessor.mec.gov.br

Apresentação do Cartaz Lugar Valor e o jogo do SND com canudos coloridos.

Conceito abordado: Sistema de Numeração Decimal

Objetivos: Construir o significado do Sistema de Numeração Decimal

Material: Canudos brancos, azuis, amarelos e vermelhos e dois dados de seis

faces, um cartaz de pregas grande e um menor para cada equipe.

Legenda:

Brancos: unidades

Azuis: dezenas

Amarelos: centenas

Vermelhos: unidades de milhar

Como jogar:

O professor divide a turma em 5 grupos. Um dos alunos será o bancário,

que administrará os canudos e observará se tudo está correndo bem, ele também

registrará o resultado de cada aluno no cartaz de pregas. O bancário distribui

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canudos brancos, aleatoriamente, para os colegas de equipe. Cada aluno conta

os seus canudos brancos e a cada 10 canudos brancos troca por um azul, a cada

dez azuis troca por um amarelo, a cada dez amarelos troca por um vermelho.

Cada grupo disputa entre si e ao encerrar, deverá ser anotado, pelo bancário, o

número de canudos de cada participante do grupo no cartaz de pregas. Este

resultado deverá ser colocado no cartaz maior que estará afixado em local visível

da sala para se verificar qual equipe foi a vencedora. Após os jogos o professor

convidará um aluno para fazer a contagem dos canudos com as devidas trocas.

Neste momento o professor será o bancário.

Regra: O aluno nunca poderá ter dez unidades de cada cor de canudo citado.

Cada ponto do dado equivale a uma unidade. Como a regra é nunca dez, para

dez canudos brancos, substitui-se por um canudo azul (que corresponde a

dezena).

Para resultados inferiores a 10, cada aluno vai acumulando os canudos

brancos até chegar a dez para então poder substituir. Quem chegar em 10

canudos azuis primeiro, trocará por um amarelo que corresponde a 100 brancos,

quem chegar a 10 canudos amarelos trocará por um vermelho que corresponde a

unidade de milhar.

Fonte: Currículo Básico para as Escolas Públicas do Paraná

http://portaldoprofessor.mec.gov.br

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http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=1826 Conceito abordado: Sistema de Numeração Decimal Objetivo: compreensão e uso do valor posicional dos números explorando

contagem no Sistema de Numeração Decimal

Materiais:

- 1 ábaco de pinos para cada grupo;

- 2 dados.

Participantes: grupos de 2 alunos

Desenvolvimento:

Um integrante do primeiro grupo joga os dados e soma-se o resultado. O

valor obtido será representado no ábaco, colocando-se argolas no primeiro pino

(pino das unidades), da direita para a esquerda. Em seguida, o próximo grupo

lança os dados e representa no seu ábaco a soma dos valores dos dados. No

momento em que forem acumuladas 10 argolas no pino da unidade, o grupo

deverá retirar estas 10 argolas e trocá-las por 1 argola que será colocada no pino

subsequente.

O jogo continua com o lançamento dos dados pelos grupos e marcando

pontos, colocando argolas no primeiro pino da esquerda para direita (pino das

unidades) até que novamente sejam aglomeradas 10 argolas que serão retiradas

e substituídas por 1 argola que será novamente colocada no pino imediatamente

posterior (pino das dezenas). O grupo que conseguir 10 argolas no pino das

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dezenas vencerá o jogo tendo em vista que irá retirá-las colocando uma argola no

pino das centenas.

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=21281

http://portaldoprofessor.mec.gov.br

Jogo - Ganhando um bloco

Para este jogo são necessários: Material Dourado (qualquer base) que constituirá

o banco e um dado. Podem participar do jogo dois ou mais alunos.

Procedimento:

Em cada rodada os alunos lançam o dado e pegam do banco tantas unidades

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quanto indica o número na face superior do dado. Os jogadores fazem a troca:

unidades por barras, barras por placas e placas por cubo.

Vence o primeiro que tenha conseguido um cubo.

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=32130

Modo de jogar

- O grupo decide quem inicia o jogo.

- Cada aluno, na sua vez de jogar, lança o(s) dado(s) e retira a quantidade de cubinhos ou quadradinhos, conforme a quantidade que saiu no dado.

- Quando o jogador conseguir mais do que dez cubinhos ou quadradinhos, deve trocá-los por uma barra ou tira.

- Quando o jogador conseguir dez tiras deve trocá-las por uma placa.

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- Vence o jogador quem conseguir primeiro dez placas ou um número de placas, antecipadamente, combinado.

- Como variação, pode-se combinar um tempo determinado para jogar. Nesta variação ganha o jogador quem tiver obtido maior número de barras ou tiras e cubinhos ou quadradinhos.

Fonte:http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/materiais/0000014236.pdf

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REFERÊNCIAS

ARANHA, Maria Salete Fabio. (2000) Inclusão social e municipalização. In Educação especial: temas atuais, (pp. 1 a 10). Marília: Unesp-Marília Publicações. ___________ (2001) Paradigmas da relação da sociedade com as pessoas com deficiências. In Revista do Ministério do Trabalho, XI, n 21, março (pp. 160- 173). BRASIL. Educação Inclusiva - Atendimento Educacional Especializado para a Deficiência Mental. Brasília: MEC/SEESP, 2006. BONDENZAN, Andréia Nakamura, GOULART, Áurea Maria Paes Leme. Deficiência Mental: o processo ensino – aprendizagem de conteúdos matemáticos. Maringá: UEM, 2008.

DAINÊZ, Débora. A inclusão escolar de crianças com deficiência mental: focalizando a questão de compensação na abordagem histórico cultural. Piracicaba: Universidade Metodista de Piracicaba, 2009.

FACCI, M. G. D; BARROCO, S. M. S.; TULESKI, S. C. Psicologia Histórico-Cultural, Marxismo e Educação educação especial de crianças: do desenvolvimento biológico à apropriação da cultura. Encontro: Revista de Psicologia, 10(13), p. 23-35, 2006. FACCI, M. G; TULESKI, S. C. Da apropriação da cultura ao processo de humanização: o desenvolvimento das funções psicológicas superiores. In: ENCONTRO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO E MARXISMO, 2. Anais do II Encontro brasileiro de educação e marxismo. Curitiba, 2006, CD. FREINET, Célestin. A educação do trabalho. 1ª ed. São Paulo-SP : Martins Fontes, 1998; PESSOTTI, Isaías. Deficiência mental: da superstição à ciência. São Paulo: T. A. Queiroz: Editora da Universidade de São Paulo, 1984.

SILVA, Otto Marques. A Época Ignorada: A Pessoa Deficiente na História do Mundo de Ontem e de Hoje. São Paulo; Caderno Cedes, 1986.

VIGOTSKI, Lev Semenovich. A Formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

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__________________________Pensamento e Linguagem São Paulo: Edição eletrônica: Ed Ridendo Castigat, 2002.

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