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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA …€¦ · Recursos didáticos: Livro infantil ZIIIM, Atlas, Mapas (Paraná, Brasil, América, Mundi), fantoche de dedo, folha de A4

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

1. FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-

PEDAGÓGICA-TURMA 2013

Título: Abordagem geográfica topofílica na escola: contribuições na formação do aluno cidadão

Autor: Elisangela Peruzzo

Disciplina/Área: Geografia

Escola de Implementação do Projeto e sua localização:

Colégio Estadual Santa Bárbara- Avenida Bento Munhoz da Rocha Netto, 951.

Município da escola: Bituruna

Núcleo Regional de Educação: União da Vitória

Professor Orientador: Alcimara Aparecida Föetsch

Instituição de Ensino Superior: FAFIUV - União da Vitória

Relação Interdisciplinar: Ciências Biológicas, Sociologia, Política.

Resumo:

O tema de nossa pesquisa é a contribuição da topofilia na formação do aluno cidadão atuante em seus espaços de vivência. Para a ação do indivíduo em seu lugar de vivência, a fim de apontar situações que levem à melhoria da qualidade de vida e bem da coletividade é primordial que este estabeleça relações afetivas com o espaço geográfico, desenvolvendo o sentimento de pertencimento ao seu lugar de vivência. A ideia de que a aprendizagem só é significativa quando o aluno percebe-se enquanto agente “ativo” (re)construtor de seu espaço de vivência e consequentemente da sociedade, aparece entre os defensores de uma nova educação, voltada ao aluno e à construção da cidadania. Acredita-se que justamente no curso de Formação de Docentes tanto essa capacidade quanto essa competência devem ser enfatizadas. O aluno, futuro docente, deverá estar apto e comprometido no desenvolvimento de atitudes que considerem o bem da coletividade e interferindo no (re)direcionamento das novas possibilidades de organização do espaço geográfico, ou seja, agir socialmente em seu espaço de vivência, em seu lugar, traduzindo-se numa atuação

cidadã consciente.

Palavras-chave: Geografia; ensino; cidadania; espaço de vivência; topofilia; estratégias.

Formato do Material Didático: Unidade Didática

Público: Alunos do 1º Ano do Ensino Médio. Turma: Formação de Docentes.

2. APRESENTAÇÃO

A presente Unidade Didática foi construída a partir de diversas leituras,

nas quais constatou-se que para a ação do indivíduo em seu lugar de vivência,

afim de apontar situações que levem à melhoria da qualidade de vida e bem da

coletividade, é primordial que este estabeleça relações afetivas com o espaço

geográfico, desenvolvendo o sentimento de pertencimento ao seu lugar de

vivência.

Constatação esta que justifica a seleção do tema e do título da pesquisa:

“Abordagem geográfica topofílica na escola: contribuições na formação do

aluno cidadão”, levando em consideração as análises acerca da Topofilia,

realizadas por Yi Fu-Tuan (2012), que a define como sendo a percepção e

sentimentos que os indivíduos nutrem por seu espaço de vivência e pela

nação. Segundo o autor, a “‘topofilia’ é um sentimento nostálgico, útil quando

pode ser definida em sentido amplo, incluindo todos os laços afetivos dos seres

humanos com o meio ambiente material” (p. 107).

Optamos por desenvolver as atividades com a turma do 1º Ano de

Formação de Docentes, do Colégio estadual Santa Bárbara de Bituruna –PR,

pois acredita-se que justamente nesse curso é importante que os alunos

percebam-se enquanto agentes ativos, (re)construtores de seu espaço de

vivência e consequentemente da sociedade, postura que favorece a construção

da cidadania e é esperada de um aluno futuro docente.

Sendo a Geografia uma disciplina que, em âmbito escolar, trabalha com

a criticidade, a análise detalhada de diferentes fenômenos naturais, sociais,

econômicos e políticos, que influenciam e, em algumas situações até

determinam a organização das sociedades em diferentes lugares, destacamos

a importância que esta ciência tem tomado, sobretudo na atualidade. Acredita-

se que o aluno, futuro docente, deverá estar apto e comprometido no

desenvolvimento de atitudes que considerem o bem da coletividade e interfiram

no (re)direcionamento das novas possibilidades de organização do espaço

geográfico, ou seja, agir socialmente em seu espaço de vivência, em seu lugar,

traduzindo-se numa atuação cidadã consciente.

Assim, a finalidade desse projeto, é analisar a relação de afetividade

para com o lugar (topofilia) e o despertar de atitudes do aluno enquanto

cidadão e futuro professor atuante em seu espaço geográfico.

Todo indivíduo é parte do lugar, está inserido num contexto de vivência

cotidiana com outros indivíduos, com a natureza e com a cultura produzida pela

sociedade local. É ele, também, agente de transformação cultural, parte dessa

realidade e co-responsável pelas características (positivas ou negativas) que

esse lugar apresenta, tanto no presente quanto no futuro.

As atividades propostas partem de uma avaliação diagnóstica para

verificação da compreensão que os alunos possuem de lugar e os elementos

que evidenciam como representantes desse lugar. De acordo com a ideia de

Tuan (2012), é importante para análise dos lugares de vivência, identificar os

elementos que constroem a imagem do lugar, dotando-lhes de simbologia e

significados.

Na sequência, analisaremos o conceito de lugar em diferentes escalas,

identificando as características de diferentes lugares, bem como a relação

entre os aspectos físicos, humanos, econômicos e culturais desses lugares,

compreendendo que o Brasil é constituído por um mosaico de paisagens e

culturas.

Ações de cidadania serão incentivadas em todo o processo, sendo mais

evidentes na fase final de nosso trabalho, quando desenvolveremos atividades

que incentivem o acompanhamento de ações dos representantes do poder

legislativo municipal, bem como propostas de melhorias necessárias aos

lugares de vivência dos docentes, quer seja o bairro, uma comunidade do

interior ou o município como um todo.

Por se tratar de uma turma de Formação de Docentes, futuros

professores, algumas atividades serão trabalhadas de forma a fornecer ideias e

subsídios para que possam aplicar com seus alunos ou durante as aulas de

estágio. Sabemos que essa turma terá em sua grade curricular a disciplina

voltada à Metodologia do Ensino de Geografia, mas em nossa pesquisa

bibliográfica, autores destacaram com ênfase a questão do despreparo do

professor inicial para trabalhar com a disciplina de Geografia, o que nos leva ao

entendimento de que todos os professores das turmas de Formação de

Docentes são responsáveis pelo aprendizado em relação à docência.

Com o presente trabalho, pretendemos que o aluno perceba-se

enquanto agente (trans)formador de seus espaços de vivência, motivando-o a

participar e ocupar os espaços de participação na escola, na comunidade e no

município, adotando posturas críticas e conscientes quanto à vida em

coletividade.

3. MATERIAL DIDÁTICO

ATIVIDADE 01 – 01 aula

Objetivo:

Verificar a compreensão e interpretação dos alunos sobre o conceito e

escala que definem como lugar.

Diagnosticar a percepção que os alunos tem em relação ao lugar.

Metodologia: Adotamos a avaliação diagnóstica como ponto de partida,

identificando a escala de lugar representada pelo aluno e a partir de então,

partirmos a análises mais amplas e construção do conceito geográfico de lugar.

Para esse diagnóstico, adotamos a metodologia de mapas mentais, proposto

por Yi-Fu Tuan, devido a importância dessa metodologia na representação do

lugar.

Mapa mental: definindo a escala do lugar (bairro/comunidade)

Recursos didáticos: Folha de papel A4, lápis, lápis de cor.

Avaliação: O objetivo da atividade é proceder com a avaliação diagnóstica,

percebendo a compreensão e percepção que os alunos tem em relação ao

lugar.

Anexo da atividade:

No espaço abaixo, represente o lugar onde você vive.

ATIVIDADE 02 – 03 aulas

Objetivo:

Compreender e ampliar o conceito de escala geográfica;

Definir a escala geográfica do lugar.

Metodologia: Por se tratar de uma turma de Formação de Docentes,

pretendemos contribuir para a futura ação pedagógica dos alunos, por isso

optamos por selecionar para início da atividade o livro infantil ZIMMM.

A partir da história do livro ZIIIM, analisar as diferentes escalas geográficas,

compreendendo que dependendo de nossa “escala de análise”, nossas ações

tem reflexo imediato. O livro leva à reflexão do papel do sentimento na vida e

vivência de cada indivíduo nos lugares.

Com uso de Atlas (um para cada aluno) e dos mapas (Paraná, Brasil, América

e Mundi), determinar “o meu lugar no mundo”, referindo-se à localização.

Aluno (a) ___________________________________ Data: ___/___/2014.

Definindo a escala geográfica do lugar

Utilizar para essa atividade, um bonequinho, que pode ser um fantoche de

dedo ou boneco de vara, a ser construído. Pelos próprios alunos. Lembrar que

a cidadania também nos garante “um lugar no mundo”.

Com as atividades já realizadas, espera-se que os alunos percebam o lugar

como seu espaço de vivência. Em conversa coletiva, conceituar lugar,

comparando com o conceito presente nas DCE’s –PR para a disciplina de

Geografia.

Introduzir o trabalho com escalas, através de uma atividade prática para que os

alunos percebam a relação entre escala e representação cartográfica. Noção

que deverão desenvolver com seus alunos nas séries iniciais do Ensino

Fundamental.

Recursos didáticos: Livro infantil ZIIIM, Atlas, Mapas (Paraná, Brasil, América,

Mundi), fantoche de dedo, folha de A4 e régua.

Avaliação: Sendo a avalição entendida como um processo contínuo, será

considerado o envolvimento dos alunos em todas as atividades propostas,

observando o desenvolvimento das mesmas e a compreensão sobre os temas

abordados.

Anexo da atividade

Apresentar a história do livro “ZIIIM”, que será scaneado e passado na TV pen

drive. Refletir sobre diferentes escalas e sobre a importância dos sentimentos

em relação ao local de vivência.

Perguntar aos alunos de Formação de Docentes qual é o lugar em que você

vive. Refletir coletivamente sobre o conceito de lugar.

Imagem 01: Fonte:

https://www.google.com.br/search?q=PESSOA+SEGURANDO+O+PLANETA+-+IMAGEM&rlz=1C1SAVM_enBR548BR548&espv=210&es_sm=122&tbm=isch&tbo=u&source=

univ&sa=X&e

Vamos comparar o conceito que você elaborou com o conceito presente nas

DCE’s – Geografia. Obs: Explicar aos alunos (futuros docentes) o que são as

DCE’s e sua finalidade.

“(...) os lugares podem ser, a um só tempo, espaços do singular e locais da

realização do global (...)” (DCE’s Geografia, 2008, p. 61)

Confeccionar um bonequinho (ou usar fantoche de dedo). Apresentar os mapas

do Paraná, Brasil, América do Sul e Mundi. Perguntar aos alunos: em que lugar

estamos? Levar o bonequinho a um “passeio” (localização) nas diferentes

O melhor lugar do mundo é aqui!

Agora é sua vez...

Elabore um conceito de lugar, segundo seu entendimento.

escalas de projeções. Obs: o bonequinho será usado como sugestão nas

futuras aulas de docência ou estágio dos alunos.

Em relação aos mapas, analise as seguintes questões:

a) O que são mapas?

b) Qual a função dos mapas?

c) Você lembra o que significa escala? Qual a função da escala?

d) Em qual dos mapas foram representados com mais eficiência os

detalhes do espaço geográfico do nosso Estado?

TRABALHANDO COM REPRESENTAÇÕES CARTOGRÁFICAS:

Desenhe um quadrado com 2 cm de lado. Ao lado, desenhe outro com 20 cm

de lado. Vamos imaginar que esses quadrados representam uma sala de aula.

Agora representa os objetos que estão na sala em ambas as representações.

Em qual das representações pudemos desenhar os objetos com maiores

detalhes?

Questionar os alunos qual foi mais fácil de fazer, qual dá para observar mais

detalhes, qual a relação que observam entre a atividade e o que estamos

estudando em Geografia.

Você sabe o que é uma escala?

Para reproduzir a superfície da Terra ou parte dela em um mapa, seja em uma folha de papel, seja na tela de um computador, é preciso representar o espaço de maneira reduzida. É possível manter as proporções dos elementos de um mapa utilizando escala, que é a relação entre as dimensões da área na superfície terrestre e sua representação em uma superfície plana menor. (LUCCI, 2010, p.40.) Fonte: LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro; MENDONÇA, Cláudio. Território e sociedade no mundo globalizado: geografia: ensino médio. Volume 1. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

ATIVIDADE 03 – 03 aulas

Objetivo:

Identificar a evolução das paisagens do lugar;

Perceber que as técnicas e tecnologias disponíveis em cada momento

histórico influenciam na transformação do espaço geográfico do lugar.

Perceber que o cidadão tem responsabilidade nas mudanças que

ocorrem nos lugares, tendo garantido seu espaço de participação no

planejamento urbano.

Metodologia: Pedir antecipadamente aos alunos que tragam uma fotografia de

casa, retratando diferentes paisagens em diferentes anos, de preferência

décadas: uma antiga, outra recente.

Organizar a turma em grupos formados por quatro componentes para

compartilhamento e análise das fotografias do grupo.

Os grupos identificarão os elementos naturais e culturais presentes nas

imagens fotográficas, imaginando como era o estilo de vida na época retratada.

Espera-se que os alunos percebam que, fotografias recentes apresentam maior

transformação do espaço geográfico e inclusão de um número significativo de

elementos culturais. As paisagens se transformam ao longo do tempo, de

acordo com as técnicas e tecnologias disponíveis.

Propor a leitura e análise do texto “A cidade muda”.

Apresentar na TV pen-drive, duas imagens selecionadas pela professora, que

tem como referencial o trevo da cidade. Numa das imagens, retrata-se o trevo

já como ponto turístico do município, com a construção do garrafão, taça e uva.

A outra, uma imagem de satélite, que possibilita a análise das modificações

que foram realizadas no bairro Nossa Senhora Aparecida (próximo ao trevo e

representado na imagem) desde 1994 (ano da imagem).

Apresentar na TV pen-drive, o “perfil do Rio Herval”, salvo no Programa Google

Earth. Pedir aos alunos que observem o percurso marcado, identificando

mudanças que ocorreram na cidade, desde a década de 90 (imagens

disponíveis no Google), bem como o uso que se faz do solo, a ocupação do

Análise de fotografias do lugar... O tempo transforma

território ao longo do curso do rio, identificando a importância do rio no

processo de povoamento do lugar.

Questionar os alunos sobre a importância da população nos processos de

mudanças percebidos na cidade.

Propor a leitura e análise dos textos “Planejamento Urbano” e “Participação é a

palavra mágica: como as instâncias administrativas e os cidadãos podem

trabalhar juntos”.

Questionar os alunos em relação aos espaços de participação popular e o

papel da Associação de Moradores como instância participativa dos bairros na

administração municipal. Propor a realização de entrevista com o presidente da

Associação de Moradores, agrupando os alunos de acordo com o lugar em que

residem.

Recursos didáticos: Fotografias, análise de textos, análise de imagens de um

ponto da cidade (trevo e um bairro), análise do perfil do rio Herval traçado no

Programa Google Earth, TV pen-drive, realização de entrevista.

Avaliação: A avaliação se dará através da observação da participação dos

alunos na realização das atividades propostas, observando as hipóteses

levantadas por eles nos grupos e os registros das atividades escritas.

Anexo da atividade:

Observe as fotografias que seu grupo trouxe. Escolha uma antiga e outra mais

recente. Vamos enumerar alguns elementos que podem ser verificados nelas:

FOTOGRAFIA ELEMENTOS NATURAIS

ELEMENTOS CULTURAIS

Fotografia 1

Fotografia 2

Obs: Motivar os alunos a apresentarem os resultados de suas observações e questioná-los sobre os fatores que influenciam nas transformações, mudanças dos espaços e das paisagens ao longo do tempo.

A partir da leitura e análise dos textos propostos, vamos refletir sobre a rede

urbana do município.

TEXTO 1

Converse com o grupo e analise as seguintes questões:

a) Por que o ser humano, vivendo em sociedade modifica o meio natural?

b) Os elementos culturais (construções, ruas, etc) verificados nas duas

fotografias apresentam os mesmos estilos de construção e organização?

VOCÊ PERCEBEU QUE...

Os elementos naturais vão se transformando e dando lugar a

elementos culturais, que sofreram a ação humana?

As paisagens, as cidades, os lugares estão em

constante modificação...

c) Na opinião do grupo, o que determina as “mudanças” ocorridas nos

lugares ao longo do tempo?

d) Os elementos culturais são modificados, dando origem a outros

elementos mais modernos. O ritmo de mudanças é o mesmo ao longo

do tempo? O que determina esse ritmo?

Salvar imagem do Google Earth de um ponto conhecido da cidade e apresentar

na TV pen drive.

Imagem 1

Fonte: http://www.panoramio.com/photo/2223587

Imagem 2

Fonte: Google Earth

Observe as imagens e comente com os colegas e com o professor.

a) Você conhece esse lugar?

b) Essa é uma fotografia tirada pelo satélite em 2004. Na sua opinião, as

características desse lugar mudaram? O que mudou?

c) Podemos identificar elementos naturais e culturais nesse lugar?

d) Como é a organização desse espaço?

Apresentar na TV pen-drive o perfil do Rio Herval, salvo do Google Earth.

Sobrevoando o perfil do Rio Herval, quais as mudanças que podemos observar

em suas margens e nos territórios próximos quanto ao uso e povoamento do

solo? Houve avanço da rede urbana? Novas atividades passaram a

desenvolver-se nesses lugares (reflorestamento, plantações, fábricas...)?

Podemos identificar alguns possíveis problemas ambientais, observando o

perfil do rio? Qual a função do rio no povoamento do lugar, então Colônia

Santa Bárbara?

TEXTO 2

Atividades: 1- Pense em como era a cidade quando você era pequeno e nas

mudanças que ocorreram. Comente como era sua rua, seu bairro e sua cidade quando você era pequeno e sobre as mudanças que ocorreram.

2- Na sua opinião, as mudanças melhoraram a cidade? Justifique a resposta.

3- Você já ouviu falar em planejamento urbano? Sabe quem é o responsável pelo planejamento urbano de Bituruna?

4- Ao longo do tempo, quais as mudanças na cidade, no bairro que lembra terem ocorrido de acordo com um planejamento público? Quais as mudanças que ocorreram de acordo com um pedido da população? Em quais aspectos essas mudanças melhoraram a qualidade de vida da população?

5- A cidade tem paisagens que a representam. Na sua opinião, qual a paisagem que representa Bituruna? Que tal desenhá-la numa folha de sulfite?

6- Em sua opinião, o cidadão biturunense é motivado e costuma participar de decisões referentes ao planejamento urbano?

7- O que é necessário para que a participação do cidadão no planejamento público e urbano se concretize? (Leia o texto 3 como suporte para a resposta).

TEXTO 3

Participação é a palavra mágica: como as instâncias administrativas e os cidadãos podem trabalhar juntos

O que ainda pode ser planejado e implementado nas cidades hoje?

Necessita-se urgentemente de uma nova cultura de planejamento. A “participação do cidadão” não é hoje apenas mais uma expressão que os políticos gostam de usar. Muitos órgãos responsáveis pelo planejamento urbano trilham novos caminhos, visando resolver

conflitos relativos ao planejamento.

Participar é mais do que dizer não

A mudança de ponto de vista das administrações municipais, que fica explícita em

publicações, é notável.

No fim dos anos 1960, o termo “participação” entrou no vocabulário político da então

Alemanha Ocidental, chegou ao cotidiano dos gabinetes e repartições públicas. Seja

na rede de transportes públicos, num centro educativo ou na usina de armazenamento

de energia — os cidadãos participam do planejamento. Afinal, é seu próprio dia a dia

que está em elaboração.

Participação é, neste caso, o poder de influenciar algo que já foi determinado. Isso

significa muito mais do que dizer não. O processo de participação não exige apenas

uma postura aberta por parte dos políticos e administradores, mas também dos

cidadãos.

Incluir cidadãos – economizar custos

Para muitos órgãos administrativos, a inclusão dos cidadãos nos processos de

planejamento é muito mais do que uma concessão cedida sem grande convicção. Ela

é um passo em direção à modernização, que ajuda as administrações a ajustar sua

logística de trabalho aos padrões atuais. De outra forma, não seria possível dominar a

complexidade e a dinâmica dos processos de planejamento atuais. Acima de tudo,

uma boa participação reduz custos, porque erros de planejamento são evitados

através de bons conhecimentos da localidade. Por exemplo, não construir pistas de

skate numa região que costuma ser frequentada principalmente por idosos. Uma

economia de recursos a longo prazo acontece também quando o processo de

participação é tão bom que, mais tarde, evita conflitos e protestos, que muitas vezes

levam ao atraso nas obras, tornando desnecessários processos de pacificação e

indenizações, que têm custos elevados. Esses dois fatores são oportunidades

importantes para o processo de participação e motivos importantes para que ele seja

implementado.

Não se planeja mais para o cidadão, mas com ele

Em 2008, na Alemanha foi desenvolvido um projeto por uma Universidade para

reestruturação do ambiente de centro de saúde abandonado. Os moradores do bairro

foram envolvidos desde o início no projeto, pois, na “Universidade das Vizinhanças”, a

meta é descobrir como deverá ser um lugar em que diferentes culturas e experiências

se encontram, um lugar de aprendizado mútuo.

O planejamento urbano do futuro está atrelado à palavra “vizinhanças”. Trata-se de um

encontro de igual para igual entre autoridades e cidadãos. O conhecimento

especializado ao lado de saberes do dia a dia. A economia junto à realização de

desejos. Aqui não se planeja mais para o cidadão, mas com o cidadão.

Ainda assim, não há garantia de que todos fiquem satisfeitos, embora haja vários

momentos nos quais se torna possível influenciar os processos e se apropriar daquilo

que está em fase de surgimento.

Você sabia...

Que uma das formas de participação e aproximação com o cidadão é

através das Associações de Moradores?

Você conhece o presidente da Associação de seu bairro?

Quem é a pessoa que representa os interesses da coletividade

em seu bairro?

Que tal marcar um encontro com o presidente da Associação

de Moradores e realizar uma entrevista com ele?

Em seguida, os alunos formarão grupos de acordo com os bairros ou

comunidades de onde são provenientes com o objetivo de realizar uma

entrevista com o Presidente da Associação de Moradores de seu local. Será

também repassado o texto seguinte explicando a função deste Presidente:

ENTREVISTA:

1- Há quanto tempo reside nesse bairro?

2- É a primeira vez que o senhor faz parte da Associação de Moradores?

3- Na sua opinião, quais foram, nos últimos anos, as melhorias mais

significativas que aconteceram no bairro?

4- Quais são os pedidos mais frequentes, atualmente em relação ao

bairro? (Problemas identificados pelos moradores). Na sua opinião, o que é

mais emergencial para o bairro?

5- Quando há alguma reivindicação por parte dos moradores, o senhor,

como presidente, procura quem? É atendida a solicitação?

6- São organizadas reuniões periódicas ou marcados horários com o Setor

Administrativo do Município (Prefeito e Secretários)?

7- A Olimbairros é um momento que envolve todos os bairros em

atividades esportivas. Além dessa iniciativa, há outros eventos em que os

bairros participam?

8- Os moradores se envolvem nas atividades promovidas pela Associação

de Moradores? Há envolvimento e acompanhamento por parte da

administração pública?

Ao retornar para a sala na aula seguinte, com os resultados das entrevistas, os

alunos em grupos farão levantamento das prioridades de cada bairro, de

acordo com a opinião dos docentes e dos entrevistados.

ATIVIDADE 04 – 04 aulas

Objetivo:

Analisar imagens de diferentes lugares, comparando com a realidade do

lugar;

Perceber que cada lugar tem suas características naturais, que

influenciam diretamente na organização das atividades econômicas e na

sociedade;

Compreender que o Brasil é um país dotado de múltiplas paisagens e

diferentes formas de organização da sociedade, dotando os lugares de

características próprias.

Metodologia:

Observar e analisar dois grupos de imagens.

No primeiro grupo, formado por duas imagens da Colônia Santa Bárbara

(atualmente Bituruna), identificar a intencionalidade da formação do Álbum, por

que os elementos naturais (rio) e a ponte recém-construída eram enfatizadas

no Álbum.

No segundo grupo, formado por duas obras de arte, identificar quais são os

lugares retratados e os elementos que podem indicar que lugar é esse. Refletir

sobre as diferenças encontradas nesses lugares, as características naturais, as

atividades econômicas desenvolvidas e a condição sócioeconômica dos

As imagens falam... Análise de imagens de diferentes lugares

personagens retratados.

Após os alunos observarem as imagens e procederem com a análise da

paisagem, realizar uma aula de campo, visitando uma casa (antiga) que é

referência ao turismo de Bituruna, onde os alunos vão observar e anotar o

ambiente. Ao retornar na sala vamos, juntar as observações e produzir um

texto sobre o que foi verificado e o que as imagens nos “contam”.

Recursos didáticos: Imagens do Álbum Photographico e Descriptivo da

Colonia Santa Barbara, imagens de telas de Portinari e Tarsila do Amaral, aula

de campo.

Avaliação: Sendo contínua e processual, a avaliação será realizada

observando-se a participação dos alunos nas atividades e as análises das

fotografias e das obras.

Anexo da atividade:

Análises a serem realizadas em grupos, favorecendo o levantamento de

hipóteses e troca de experiências:

Fonte: Album Photographico e Descriptivo da Colonia Santa Barbara (s.p/s.d).

Observando as imagens, comente:

a) Sobre os elementos que estão sendo retratados nas imagens;

b) Por que o Álbum, usado para motivar a vinda de migrantes para a

Colônia Santa Bárbara (hoje Bituruna) retratava o rio com corredeiras?

c) Qual a intenção dos organizadores do Álbum ao retratar a ponte?

d) Pelo que pode ser observado na segunda imagem, como você imagina

que era a estrutura da Colônia nessa época? Mudou muito? Quais

elementos interferiram nessa mudança?

Cândido Portinari, RETIRANTES, 1944. Disponível em http://www.portinari.org.br/

Tarsila do Amaral, OPERÁRIOS,1933

Disponível em http://vejasp.abril.com.br/materia/quadro-operarios-de-tarsila-do-amaral-sao-paulo

Sobre o segundo grupo de imagens, analise em grupo:

a) O grupo consegue identificar os lugares retratados nessas obras de

arte?

b) Quais são os elementos que possibilitam a identificação desses lugares?

c) As obras foram pintadas na década de 30 e 40. Na opinião do grupo, as

características desses lugares mudaram? Em que sentido? Como são

as condições sociais da população desses lugares?

DESENVOLVENDO A CRIATIVIDADE... Agora é sua vez de ser o artista: que tal retratar uma cena ou uma paisagem de sua cidade? Quais os elementos ou atividades que a caracterizam? Solte a imaginação e... mãos à obra.

Atividade 05 – 03 aulas

Objetivo:

Conhecer as “lutas” que envolvem os povos indígenas pelo

reconhecimento da terra em alguns lugares e como se deu a

aproximação com a “civilização”;

Compreender os grupos indígenas como representantes da cultura dos

lugares;

Identificar os territórios legalmente reconhecidos como Áreas Indígenas;

Analisar qual é o “lugar” dos grupos indígenas na história do lugar.

Metodologia: Selecionar trechos do filme XINGU para os alunos assistirem.

Analisar coletivamente a influência do governo em relação aos índios.

Analisar o filme, questionando os alunos sobre quem eram os Irmãos Villas

Boas, qual o papel dos desbravadores no povoamento do Brasil, qual o papel

dos indígenas em nossa história, quais os interesses envolvidos na questão do

filme Xingu.

Dividir a turma me três grupos. Cada grupo deverá fazer o relato da história de

Xingu, defendendo os interesses sob o ponto de vista dos envolvidos: Governo,

irmãos Villas Boas e índios.

Organizados em duplas, os alunos realizarão uma pesquisa no Laboratório de

Informática, com a finalidade de comparar a realidade dos índios retratados no

filme Xingu e a realidade atual. Identificar as áreas destinadas à Reservas

Indígenas no Brasil e no Paraná.

Recursos didáticos: TV pen-drive, trechos do filme Xingu, debate, pesquisa

no Laboratório de Informática da escola.

Avaliação: A avaliação se dará observando a participação dos alunos nas

atividades nos grupos e em duplas, analisando os argumentos usados na

Percebendo e analisando outros lugares

(em outros tempos e em outros espaços)

defesa em relação ao filme Xingu e no resultado da pesquisa que será

apresentado em forma de poesia.

Anexo da atividade:

Selecionar trechos do filme XINGU.

Através do filme Xingu o aluno deve observar e fazer um paralelo entre os

índios e seu ambiente, a construção de estradas e mudanças que ocorrem na

vida dos índios bem como na paisagem, além da presença do governo nessas

mudanças.

XINGU – sinopse

Dividir em grupos. Relatar a história de Xingu, defendendo aos interesses sob o

ponto de vista dos envolvidos: Governo, irmãos Villas Boas e índios.

Os irmãos Orlando, Cláudio e Leonardo Villas-Bôas decidem

viver uma grande aventura, alistam-se na expedição Roncador-

Xingu e partem numa missão desbravadora pelo Brasil Central.

Logo os irmãos se tornam chefes da expedição e se envolvem

na defesa dos índios e de sua cultura. Numa viagem sem

paralelo na história, os irmãos Villas-Bôas conseguem fundar o

Parque Nacional do Xingu, um parque ecológico e reserva

indígena que, na época, era o maior do mundo, do tamanho de

um país como a Bélgica. Ao recontar a saga dos irmãos, vamos

acompanhar essa grande luta pela criação do parque e pela

salvação de tribos inteiras que transformaram os Villas-Bôas

em heróis brasileiros.

Disponível em: http://globofilmes.globo.com/Xingu/

AGORA É A SUA VEZ... Que tal ampliar o conhecimento sobre a situação dos indígenas brasileiros atualmente? Para isso, vamos organizar duplas e pesquisar no Laboratório de Informática sobre as Terras Indígenas reconhecidas por lei no Brasil e no Paraná. A partir de quando a Legislação de Proteção aos Grupos Indígenas começou a vigorar? Na opinião da dupla, qual é a importância de uma legislação que proteja os povos indígenas? Diante do que você pesquisou, os grupos indígenas vivem da forma como viviam antigamente? Quais atividades são realizadas por eles? Quais os maiores desafios?

Para realizar sua pesquisa, sugerimos alguns sites: Funai: http://www.funai.gov.br/

Embrapa: www.alcance.snpm.embrapa.br/conteudo/resultados.htm IBGE: indígenas.ibge.gov.br

ATIVIDADE 06 – 02 aulas

Objetivo:

Analisar a “imagem” que outros lugares tem em relação ao município de

Bituruna;

Compreender a intencionalidade das reportagens selecionadas

(denúncia, divulgação do lugar, etc)

Metodologia: Após assistirem aos vídeos referentes à reportagem “Os

encantos de Bituruna”, relatar o que observaram, depois cada aluno fará a

leitura do seu texto, pois cada um “olhou” de um jeito as reportagens

apresentadas.

Dialogar sobre o que foi apresentado nas reportagens, destacando a intenção

de cada uma das matérias gravadas ou escritas. (Os alunos poderão sugerir

outras reportagens).

Rever com os alunos conceitos referentes aos setores da economia e sua

importância no desenvolvimento econômico do lugar, destacando as atividades

mais significativas na atualidade e no período de povoamento e formação do

município.

Recursos didáticos: Vídeos no pen-drive com reportagens sobre Bituruna,

reportagens escritas sobre o município.

Avaliação: Nessa fase, espera-se que o aluno perceba seu lugar dotado de

características positivas, que influenciam no desenvolvimento de sentimentos

topofílicos, mas com problemas a serem enfrentados com a colaboração de

todos os cidadãos.

Anexo da atividade:

“Bituruna na mídia”

Desenvolvendo a criatividade.... Como resultado da sua pesquisa, que tal organizar uma poesia sobre o tema e apresentar aos colegas? Solte a imaginação ... e mãos à obra.

Após observar os vídeos e reportagens sobre o município, comente como o

município é visto na região. Qual a relação que pode ser encontrada entre a

paisagem e o homem, a natureza e as atividades econômicas desenvolvidas

no município e sobre nossa cultura?

Vídeos referentes à reportagem “Os encantos de Bituruna”

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=3kQSMBzzkFU

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=JKv3Es-b1VM

ATIVIDADE 07 – 03 aulas

Objetivo:

Reconhecer que todo cidadão tem direitos e deveres, que os tornam

iguais perante a lei;

Perceber a Constituição Federal como meio legal de garantia de

igualdade entre cidadãos, independente da raça, credo, religião;

Perceber que a cidadania só acontece com efetiva ação de todos os

cidadãos;

Analisar alguns direitos e sua efetivação quanto à acessibilidade e

inclusão social;

Conhecer os principais direitos garantidos pelo ECA-Estatuto da Criança

e do Adolescente.

Metodologia:

Apresentar alguns artigos da Constituição da República Federativa do Brasil,

levando os alunos a analisarem sobre o cumprimento desses artigos.

Ouvir a música “Cidadão” e proceder com sua análise.

Com mediação do professor, analisar situações como da acessibilidade,

inclusão, respeito e aos direitos e valorização dos idosos, entre outros.

Apresentar pequenos textos e charges que tratem da temática para serem

interpretadas.

Constituição Federal e Estatuto da Criança e do Adolescente

Identificar espaços em que os direitos dos portadores de necessidades

especiais, sobretudo cadeirantes e cegos têm seus direitos de acessibilidade

garantidos: na escola, no bairro, na cidade.

Refletir sobre a letra da música “Comida”, destacando que o pleno exercício da

cidadania prevê o acesso a cultura, teatro, liberdade de expressão, etc.

Apresentar na TV pen-drive o vídeo: “Aprendendo o Estatuto da Criança e do

Adolescente com a Renatinha.” Lembrar aos docentes que é essencial que

conheçam o ECA, pois como futuros professores, poderão deparar-se com

situações em que esse conhecimento seja exigido.

Convidar o Conselho Tutelar para ministrar uma palestra sobre os direitos e

deveres dos menores, qual a função do Conselho Tutelar, como funcionam, as

redes de proteção à criança e ao adolescente.

Depois da palestra e tiradas as dúvidas, formar duplas e organizar uma tirinha

ou charge retratando um dos direitos da Criança e do Adolescente, garantidos

por lei.

Recursos didáticos: Artigos da Constituição da República Federativa do

Brasil, música Cidadão em pen-drive, vídeo sobre o ECA em pen-drive,

charges, palestra com o Conselho Tutelar.

Avaliação:

A avaliação será realizada avaliando as produções dos alunos nas atividades

escritas, a criação da tirinha, a participação e envolvimento nas atividades em

grupos e em duplas e o interesse durante a palestra.

Anexo da atividade:

A Constituição da República Federativa do Brasil é a lei máxima que impera em

todo o território nacional, garantindo os direitos e explanando os deveres de

todo cidadão.

Leia o artigo 3º e o artigo 6º da nossa Constituição:

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL-1988

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

IV promover o bem estar de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade

e quaisquer outras formas de discriminação.

Capítulo 11

Dos Direitos Sociais

Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a

previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos

desamparados, na forma desta Constituição.

Em grupos, comente os artigos destacados da Constituição Brasileira,

anotando as conclusões dos componentes:

Os direitos previstos na Constituição estão sendo garantidos a todo cidadão

brasileiro? Como podemos colaborar para que os direitos sejam cumpridos?

Como podemos nos tornar cidadãos melhores? Como posso, enquanto

cidadão, contribuir para a formação de um país mais justo e igualitário? Quais

são, na opinião do grupo, os maiores problemas enfrentados pelo Brasil

atualmente? Quais seriam as alternativas para melhorar o país?

Refletindo com a Música...

Cidadão (Zé Geraldo- Autor Lucio Barbosa)

Analise a música e responda:

a) A que “cidadão” o autor da música se refere?

b) Podemos afirmar que esse “cidadão” era um migrante? De que região

ele teria partido e para onde?

c) Qual é o motivo da revolta do “cidadão”?

d) Em Bituruna, que é o lugar onde vivemos, acontecem situações como as

retratadas pelo “cidadão” na música? Justifique sua resposta.

Para pensar...

A Lei garante a igualdade entre todos os cidadãos...

Somos todos iguais?

Para pensar...

Qual é a “mensagem” contida nas charges e textos selecionados abaixo?

INCLUSÃO

Disponível em: http://1.bp.blogspot.com/_ZKi1Vzhxjr4/TBqAfnt2rwI/AAAAAAAADOc/Xe-Tqvz0Lz4/s1600/quadrinho-+oferta+de+emprego.jpg

Acesso em 24 nov 2013

Quando falamos em acessibilidade, normalmente lembramos dos portadores

de deficiência física, no entanto, para o efetivo exercício da cidadania, a

acessibilidade e o reconhecimento social não se restringe aos portadores de

deficiência.

Segundo estimativa feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com base nos países do Terceiro Mundo em tempos de paz, cerca de 10% dos brasileiros - 16 milhões de habitantes - são portadores de algum tipo de deficiência. Acredita-se que esse número possa ser ainda maior, uma vez que o Brasil é campeão em acidentes de trânsito e trabalho e tem índices crescentes de violência urbana. Segundo o censo realizado pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2000, são 24,5 milhões de brasileiros, ou seja, 14,5% da população, com algum tipo de deficiência. Some-se a isso familiares, amigos, profissionais especializados, formuladores de políticas públicas, instituições de ensino e pesquisa e organizações da sociedade civil e teremos uma parcela significativa da população envolvida, direta ou indiretamente, com a questão da deficiência.

Disponível em: http://saci.org.br/?IZUMI_SECAO=2 Acesso em 24 nov 2013

INCLUSÃO SOCIAL...

Acessibilidade e cidadania Pessoas que possuem algum grau de deficiência física ou de locomoção têm ainda grande dificuldade em transitar por nossas ruas e lugares públicos, isso porque a grande maioria desses espaços ainda não está adaptada para receber e atender de forma satisfatória a essas pessoas, piorando a situação, quase sempre que se procura fazer adaptações para deficientes, busca-se soluções apenas para aqueles que utilizam cadeiras de rodas, esquecendo-se dos cegos, surdos e até mesmo idosos, gestantes e pessoas com problemas de obesidade. Claro, vários lugares já buscam adaptar lugares e acessos especiais para essas pessoas, a maioria certamente querendo conquistar clientes através desse diferencial, entretanto creio que essa questão deva ser discutida e defendida diariamente, afinal, garantir acesso pleno das pessoas (deficientes ou não) a shows, lugares públicos, serviços, restaurantes, estádios e outros, diz respeito a garantia do exercício total da cidadania, ao direito de poder transitar livremente e sem impedimentos a qualquer espaço; o direito de poder ser respeitado como pessoa, sem pena, sem dó, mas com urbanidade e dignidade.

Disponível em: http://kikosofia.blogspot.com.br/2006/05/acessibilidade-e-cidadania.html

Acesso em 24 nov 2013

Reflita com seus colegas e com o professor...

Pensando em nossa cidade, identifique espaços em que os portadores de

necessidades especiais, sobretudo cadeirantes e cegos tem seus direitos de

acessibilidade garantidos: na escola, no bairro, na cidade.

QUEM SÃO OS EXCLUÍDOS?

Inclusão social é uma ação que combate a exclusão social geralmente ligada a pessoas de classe social, nível educacional, portadoras de deficiência física e mental, idosas ou minorias raciais entre outras que :não têm acesso a várias oportunidades, ou seja, Inclusão Social é oferecer aos mais necessitados oportunidades de participarem da distribuição de renda do País, dentro de um sistema que beneficie a todos e não somente uma camada da sociedade.

Disponível em: http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=323&evento=5#m

enu-galeria Acesso em 24 nov 2013

Disponível em: http://www.revistaoprofessor.com.br/wordpress/?p=157 Acesso em 24 nov 2013

Refletindo com a música...

Comida (Titãs)

Reflita com seus colegas e com o professor...

Quem são os excluídos na sociedade?

É possível acabar com a exclusão? Como?

Reflita com seus colegas e com o professor...

O que um aposentado ou pessoa idosa deve ter garantido para viver com

dignidade? Existem espaços de valorização do idoso em nossa cidade?

Como garantir esses espaços?

CONHECENDO O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE COM A

RENATINHA

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=UmYrApzqUIE

Palestra com o Conselho Tutelar, explicando os principais direitos e deveres da

Criança e do Adolescente; sobre a importância das redes de proteção à

Criança e Adolescente; sobre a função do Conselho Tutelar e como pode

auxiliar a escola no atendimento à Criança e ao Adolescente.

ATIVIDADE 08 – 03 aulas

Objetivo:

Perceber que os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário estão a

serviço do cidadão;

Identificar as funções atribuídas a cada Poder e suas respectivas

esferas de abrangência;

Perceber a importância do voto na definição dos cidadãos que

representam toda a sociedade;

Identificar as principais ações dos representantes do lugar em prol da

sociedade local para melhoria da qualidade de vida;

Perceber que a vivência cidadã inclui o acompanhamento das ações dos

representantes do povo.

Metodologia:

Perguntar aos alunos o que entendem por Estado. Diferenciar Estado

enquanto unidade federativa e Estado-nação.

Lembrar que o Estado Brasileiro está organizado em poderes, que são o poder

Executivo, Legislativo e Judiciário.

Explicar as funções de cada poder e quem os representa, lembrando que a

representatividade ocorre em todas as esferas: Federal, Estadual e Municipal.

Dinâmica dos Três Poderes (Executivo, Legislativo, Judiciário): distribuir aos

alunos uma função exercida por representantes do povo, os quais deverão

Representatividade política: servindo o povo?

colar no quadro, completando a esfera e o poder que representa. Pretendemos

verificar o conhecimento que os alunos possuem em relação às funções

exercidas por cada representante eleito.

Após a dinâmica, ler um texto explicativo sobre as funções dos representantes

em cada esfera e nível de poder.

Antecipadamente, a professora procederá com o envio de um ofício destinado

ao Presidente da Câmara de Vereadores, pedindo permissão para realizar uma

pesquisa com os alunos sobre as ações e projetos requeridos pelos vereadores

nos últimos meses.

Para a pesquisa na ata das Sessões na Câmara, organizar a turma em grupos

com quatro componentes. Cada grupo será responsável por um período,

correspondente a um mês de reuniões.

Organizar uma tabela para registro dos resultados levantados na pesquisa, os

quais serão apresentados à turma.

Comparar as prioridades apontadas pelos alunos e pelos presidentes das

Associações de Moradores na realização da entrevista, com os Projetos e

Requerimentos apresentados pelos vereadores.

Recursos didáticos: Realização da dinâmica, pesquisa na ata das reuniões da

Câmara de Vereadores.

Avaliação: Sendo contínua e processual, a avaliação será realizada

verificando-se a evolução dos alunos na realização das atividades e a

capacidade de análise crítica.

Anexo da atividade:

DINÂMICA DOS TRÊS PODERES

Os alunos recebem uma ficha com um órgão ou uma função que representa

um poder em determinada esfera ou nível de representatividade, como mostra

a figura. O esquema de uma tabela será organizado no quadro de giz, com

fichas escritas em vermelho, que representam os Três Poderes (Legislativo,

Executivo e Judiciário), nos três níveis ou esferas de Poder (Federal, Estadual

e Municipal). Como mostra a figura 1. Cada aluno fixa a ficha que recebeu no

Poder e esfera corretos, completando a tabela (Figura 1).

Figura 1

A Constituição da República Federativa do Brasil (1988) estabelece que:

O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, composto

pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. Cabe ao

Congresso Nacional dispor sobre todas as matérias de competência da

União; inclui-se ainda o Legislativo em nível estadual (Assembleias

Legislativas ou Distritais) e Municipal (Câmara de Vereadores).

O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado

pelos Ministros de Estados; além dos Governadores e Secretários nos

estados e Prefeito nos municípios.

O Poder Judiciário é exercido pelo Supremo Tribunal Federal, Superior

Tribunal de Justiça, Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais,

VOCÊ SABIA... ... Que o Brasil é uma República Federativa, constituída pela união indissolúvel dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e que esses entes têm autonomia política, administrativa e financeira para cuidar dos interesses dos cidadãos. ... Que o Estado brasileiro está organizado em poderes independentes e harmônicos entre si. ... Que os Poderes da União são estabelecidos pela Constituição são: o Legislativo, o Executivo e o Judiciário Adaptado de

Fonte: PNEF- Programa Nacional de Educação Fiscal Disponível em: http://www.nre.seed.pr.gov.br/patobranco/arquivos/File/Caderno2.pdf

Acesso em 30 nov 2013

Tribunais e Juízes do Trabalho, Tribunais e Juízes Eleitorais, Tribunais e

Juízes Militares, Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal.

Os três Poderes são independentes, mas, deve haver, entre eles, equilíbrio

estabelecido por mecanismos constitucionais. Assim, estão cada um dos

poderes em órbita com os outros, mediante as faculdades de estatuir e de

impedir.

Fonte: Brasil. Ministério da Fazenda. Escola de Administração Fazendária. Programa Nacional de Educação Fiscal – PNEF. Relação Estado – Sociedade/ Programa Nacional de Educação

Fiscal. 4 ed. Brasília: ESAF, 2009 (P. 30)

Sugestão: O professor pode propor aos alunos que acompanhem o noticiário

nacional e estadual durante uma semana, identificando ações dos

representantes eleitos pelo povo (deputados, senadores, governador,

presidente) em relação a diversos assuntos, para que sejam debatidos em

sala.

Você sabia...

...Que todas as reuniões oficiais são registradas em atas?

PARTINDO PARA A AÇÃO...

Todo cidadão pode e deve acompanhar as ações das pessoas eleitas para

representar o povo. Vamos fazer um levantamento sobre os projetos e

propostas que os vereadores apresentaram nos últimos meses nas

Sessões da Câmara de Vereadores?

Para esse trabalho, o professor vai organizar a turma em grupos e

combinar o horário para consulta da Ata das reuniões dos vereadores,

organizando um cronograma.

Agora é sua vez...

Pesquise sobre as funções atribuídas ao Poder Legislativo, Executivo e

Judiciário.

ATIVIDADE 09 – 03 aulas

Objetivo:

Conhecer o plano diretor do lugar – município de Bituruna;

Identificar no plano diretor os espaços de participação popular;

Perceber que para o efetivo exercício da cidadania requer

ação/participação de todos.

Metodologia:

Dividir o plano diretor em setores de atuação (saúde, educação, esportes...).

Organizar a turma em grupos.

Cada grupo será responsável pela análise de uma parte do Plano Diretor,

identificando os espaços garantidos para a participação popular nas decisões

tomadas pela gestão pública.

Apresentar esses espaços e registrá-los em cartazes.

Questionar aos alunos sobre a história de participação sua e de sua família,

nos órgãos da escola (APMF e Conselho Escolar), no Grêmio Estudantil, como

representantes de turma, quantas vezes a família participou da eleição da

Associação de Moradores, da participação em reuniões promovidas pela

administração pública com a finalidade de identificar as prioridades em cada

lugar (bairro ou comunidades do interior).

Recursos didáticos: Cópias do plano diretor, cartolina para organização de

cartazes, música salva em pen-drive.

Avaliação: A avaliação será realizada observando a participação e

entrosamento dos grupos na atividade desenvolvida, através da análise dos

cartazes e observando os debates realizados nos grupos.

Plano diretor: garantindo espaços de participação popular

ATIVIDADE 10 – 03 aulas

Objetivo:

Conhecer a rotina da Câmara Municipal em dia de “assembleia”

semanal;

Perceber como se dá a participação de cada representante do

legislativo.

Metodologia: Participar de uma Sessão da Câmara de Vereadores,

observando os temas a serem abordados nesse dia e a posição dos

vereadores sobre as propostas analisadas, pois cidadãos tem que acompanhar

o que acontece na câmara, quais as discussões, projetos, etc.

Retornando à sala, comentar sobre o que os alunos perceberam e analisaram

da sessão, realizando um comparativo entre as expectativas e o que

perceberam realmente.

Recursos didáticos:

Avaliação: Observando a participação e empenho dos alunos nas análises e

comparações realizadas.

Anexo da atividade:

ATIVIDADE 11 – 01 aula

Objetivo:

Perceber a evolução da aprendizagem dos alunos quanto às características do

lugar.

Participação na sessão da Câmara de Vereadores

As imagens e identidades do lugar

Faça uma avaliação do que você observou na Sessão da Câmara,

comente sobre suas expectativas e se elas foram atingidas e sobre o que

mais lhe chamou a atenção.

Metodologia:

Entregar aos alunos o mapa mental produzido por eles no início das atividades.

Propor a elaboração de um texto destacando as principais representações da

nossa cidade, bem como as diferenças que percebem em relação ao mapa

mental produzido por eles no início das atividades.

Recursos didáticos: Mapa mental dos alunos.

Avaliação: A avaliação será realizada observando a evolução da percepção

que os alunos desenvolveram ao longo das aulas, analisando-se o texto que

produziram.

ATIVIDADE 12 – 01 aula

Objetivo:

Esclarecer sobre a função do Poder Legislativo, percebendo que existem

possibilidades de ação, mas toda função política sofre influências externas.

Metodologia:

Convidar um vereador para apresentar uma palestra sobre a representatividade

política, as funções do Poder Executivo, Legislativo e Judiciário e sobre as

principais potencialidades e fragilidades atuais do município. Abordar a questão

partidária, sobre como se relacionam os vereadores ao decidir sobre os

assuntos do município: até que ponto o partido político influencia. Abrir para

questionamentos dos docentes.

Pedir ao vereador sobre quais são, em sua opinião, as principais prioridades do

município e como ele chega à essa conclusão, se consulta pessoas da

sociedade, amigos, representantes da comunidades? Apontar algumas das

prioridades destacadas pelos presidentes das Associações de Moradores,

verificando a possibilidade de atendê-las, e se, na opinião do palestrante são

realmente prioridades ou elencaria outra.

Pedir aos alunos que escrevam sua opinião sobre a atividade, se foi

esclarecedora, se já conheciam sobre os assuntos abordados, etc. Nessa

Da teoria para a realidade: Legislativo na Escola

atividade, o aluno não precisará identificar-se.

Recursos didáticos: Palestra.

Avaliação: A avaliação dessa atividade se dará verificando a participação dos

alunos durante a palestra e a opinião escrita que será sugerida ao final.

ATIVIDADE 13 – 02 aulas

Objetivo:

Perceber que cada cidadão é capaz de ter atitudes que contribuam com o bem

da coletividade e somos também responsáveis pelo desempenho de nossos

representantes.

Metodologia:

Ouvir a análise da música “Pra não dizer que não falei das flores”, que convoca

a população para a ação, abandonando a inércia, motivando a agir em prol de

um mundo melhor.

Os alunos apontarão num texto o que fazer enquanto cidadãos por seu lugar.

Analisar as prioridades apontadas pelos alunos durante as aulas, elencando as

três mais urgentes.

Elaborar uma carta coletiva, contendo as prioridades apontadas pelos docentes

nas aulas, encaminhando à Câmara de Vereadores e ao Gabinete do Prefeito

Municipal.

Recursos didáticos: Música em pen-drive.

Avaliação: A avaliação será realizada, observando a evolução do aluno, a

partir da análise do texto escrito e da organização da carta.

Anexo da atividade:

Refletindo com a música...

“Pra não dizer que não falei das flores” (Geraldo Vandré)

Partindo para a ação

4. ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS

A formação do aluno na escola pública remete à formação do futuro

cidadão, que, conforme as DCE’s, PCN’s e PPP do Colégio Estadual Santa

Bárbara, se pretende que seja crítico, consciente e atuante na sociedade.

Pensar dessa forma, requer que adotemos um novo olhar em relação ao

ensino ofertado na escola, principalmente nas aulas de Geografia, percebendo

a importância de analisar o lugar em todas as suas características: sociais,

cultuais, naturais e econômicas, compreendendo-o como o campo de atuação

e efetivação da cidadania e dos direitos e deveres cidadãos.

Nesse sentido, nossa proposta se baseou no pensamento de Yi-Fu

Tuan, relacionando os sentimentos e percepções que as pessoas têm em

relação aos lugares, ao que o autor denominou de topofilia. Sentir-se

pertencente a um lugar, imprime-lhe identidade e significados tão subjetivos

quanto as vivências que cada educando tem em relação aos seus lugares.

Assim, abordando essa temática, optamos por trabalhar com a Turma de

Formação de Docentes por acreditar que os futuros professores devem

desenvolver sentimentos topofílicos em relação ao seu lugar de vivência, que

será também de atuação futuramente, percebendo-se como cidadãos e,

portanto, co-responsáveis pela organização dos seus espaços de vivência.

O pleno exercício da cidadania requer participação de todos os atores

sociais, e em busca dessa participação, acreditamos que na turma de

Formação de Docentes, novas lideranças devem surgir, inicialmente na escola,

participando do Grêmio e outras atividades que venham a ser solicitados.

Participando em sua comunidade (seja no interior ou nos bairros), em grupos

de jovens, grupos esportivos e “levando” esse sentimento de envolvimento e

participação a seus familiares nas próximas eleições para Associação de

Moradores e mesmo candidatando-se.

Concordamos com Herbert de Souza (1994), em uma de suas célebres

frases: “Eu preciso participar das decisões que interferem na minha vida. Um

cidadão com um sentimento ético forte e consciência da cidadania não deixa

passar nada, não abre mão desse poder de participação.” Acreditamos que ao

descobrir o poder que o cidadão tem participando de decisões e

acompanhando o trabalho daqueles que o representa, mais do que exercer a

cidadania, o indivíduo estará “agindo” para garantir seus direitos e exigindo

melhorias a favor da qualidade de vida da coletividade e de seus lugares de

vivência.

O respeito à diversidade cultural, social, religiosa, é fundamental a um

futuro docente, no entanto, exigir que os direitos das minorias sejam

respeitados efetivamente, adotando uma postura crítica em relação ao

preconceito e desrespeito à pessoa humana, também foi tema abordado na

proposta.

Os temas abordados fazem parte dos conteúdos de Geografia a serem

trabalhados com o Ensino Médio e em cada atividade há abertura para que

outros temas geográficos sejam incluídos nas análises e trabalhos propostos,

podendo ser aplicadas com todas as turmas do Ensino Médio. Destacamos que

na Formação de Docentes, a escolha da turma do 1º Ano justifica-se por ser a

série que tem em sua grade curricular a disciplina de Geografia.

Nossa análise partindo do lugar de vivência do educando, ampliando

para escalas de análise geográfica mais amplas, está de acordo com a

proposta das DCE’s de Geografia. Partimos das vivências do educando, mas

não restringimos as análises a esse campo, proporcionando o conhecimento de

diferentes regiões e realidades, sendo este um dos objetivos da disciplina de

Geografia e fundamentais para a formação de um aluno cidadão. Afinal, a

cidadania se exerce no mundo e não apenas nos lugares.

As atividades propostas aos alunos são variadas, vão do debate coletivo

com toda a turma à análises em grupos e individuais, e foram planejadas

pensando em dinamizar as aulas e motivar o aluno à pesquisa e

desenvolvimento do senso crítico. Incluem pesquisas on-line, aula de campo,

levantamento de dados, análise de textos, charges, músicas, palestras, etc.

Na realização das atividades, o professor deve tomar uma postura de

mediador, interferindo com novos questionamentos e organizando os alunos

para desenvolver as tarefas; o aluno deve ter uma postura ativa e participativa,

contribuindo com os debates na turma e com seu crescimento pessoal.

A avaliação, como previsto no PPP do Colégio Estadual Santa Bárbara,

deve ser diagnóstica, contínua e processual, com predominância dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos. Assim, iniciamos o trabalho com uma

avaliação diagnóstica e várias atividades avaliativas são propostas durante a

realização da proposta de trabalho, sendo que o professor acompanhará o

desempenho e envolvimento dos alunos, diagnosticando as dificuldades que

apresentarem no decorrer das atividades.

Nossa unidade didática foi desenvolvida pensando em ações que, a

partir da topofilia contribuam na formação do aluno cidadão, mas não podemos

esquecer que o exercício da cidadania, é algo pessoal, depende da

consciência e formação de cada indivíduo e a escola tem, em nosso

entendimento, obrigação de trabalhar de forma a contribuir com o despertar

dessa percepção. Nossos alunos, sobretudo da turma de Formação de

Docentes, devem estar aptos a atuar efetivamente na sociedade, em prol do

bem da coletividade. Afinal, acreditamos que “Só a consciência cidadã é

capaz de mudar o país.” (Herbert de SOUZA, s/d).

5. REFERÊNCIAS

Album Photographico e Descriptivo da Colonia Santa Barbara (s.p/s.d). (Acervo da autora).

ARRUDA, M; BOFF, L. Globalização: Desafios socioeconômicos, éticos e educativos: uma visão a partir do Sul. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

BITURUNA. Prefeitura Municipal de Bituruna. Plano Diretor Municipal de Bituruna, nos termos que dispõe o artigo 182, parágrafo primeiro, da Constituição Federal - Lei Federal Nº 10.257/01 – Estatuto da Cidade e da Lei Orgânica e dá outras providências, 2008.

BRASIL. Ministério da Fazenda. Escola de Administração Fazendária. Programa Nacional de Educação Fiscal – PNEF. Relação Estado – Sociedade/ Programa Nacional de Educação Fiscal. 4 ed. Brasília: ESAF, 2009 (P. 30)

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