Upload
others
View
0
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
Versão Online ISBN 978-85-8015-080-3Cadernos PDE
I
A VALORIZAÇÃO DO SENTIDO HISTÓRICO PARA O ALUNO:
um trabalho com metodologias de reflexão crítica
Ariomar Ferreira1
Marlene Rosa Cainelli2
RESUMO: A realização de estudos para o desenvolvimento de metodologias de ensino na área de
História tem sido uma constante entre equipes de docentes, que buscam maneiras diferentes ou
formas diversas para atrair a atenção do jovem na sala de aula. O desenvolvimento do pensamento
reflexivo e crítico do professor proporcionariam ao docente desenvolvimento pessoal e profissional.
Em consequência aproximaria o aluno do fazer historiográfico através de metodologias bem
elaboradas e empregadas. No caso de gerações multitarefa, despertar a curiosidade e valorizar o
conhecimento já adquirido é uma opção, relembrando a importância do indivíduo como sujeito e
agente histórico que, através de suas ações, tanto individuais, quanto coletivas, faz diferença dentro
do contexto social em que está inserido. É importante cativar o público alvo chamando a atenção para
a importância da disciplina como formadora do cidadão.
Entre os motivos que levaram ao desenvolvimento desse trabalho está a necessidade de
oferecimento de oportunidades para potencializar a construção dos conhecimentos através da
utilização de múltiplas linguagens e referências (orais, textuais e visuais). É a partir da
preocupação com a relação entre métodos de ensino e de aprendizagem histórica que se desenvol-
veu este trabalho, que se apresenta na forma de leituras formativas e informativas, trocas de
experiências com debates e relatos sobre as opiniões dos professores sobre as metodologias
utilizadas para o ensino de História, bem como na elaboração de sínteses escritas sobre os assuntos
apresentados nos textos, vídeos, imagens, entre outros.
Palavras-chave: Metodologias; professor; aluno; PDE.
1 Professor PDE do C E Polivalente de Apucarana - EF M P, Cargo PNI2, nível 75, estatutário - QPM, graduado em História pela UEL/Universidade Estadual De Londrina (2000), com especialização em Administração Supervisão e Orientação Educacional pela UNIVALE/Faculdades Integradas Do Vale Do Ivaí (2003)e Especialização em Educação a Distância/Formação de Tutores pela Faculdade São Braz(2013). 2 Professora associada da Universidade Estadual de Londrina. Graduação em Licenciatura em
História pela Universidade Estadual de Londrina (1987), mestrado em História pela Universidade Federal do Paraná (1994) e doutorado em História Social pela Universidade Federal do Paraná (2003). Pós-doutorado em Educação na Universidade Federal do Paraná((2009) e Pós doutorado em Educação Histórica pela Universidade do Minho em Portugal (2013). Professora do Programa de Mestrado em Educação e do mestrado em História. Coordenadora do Grupo de Pesquisa História e ensino de História. Coordenadora do PIBID/História da Universidade Estadual de Londrina 2014/2015.Coordenadora do PDE/ História/UEL 2014/2015.
INTRODUÇÃO:
O presente artigo tem como objetivo apresentar a sistematização das
atividades desenvolvidas no âmbito do Programa de Desenvolvimento Educacional
(PDE), da Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED/PR), durante os
anos de 2014 e 2015, vinculado ao Departamento de História da Universidade
Estadual de Londrina (UEL), tendo como suporte os resultados da oficina de
implementação realizada em 2015, com professores inscritos integrantes do Quadro
Próprio do Magistério do Estado do Paraná, sendo em sua maioria atuantes no C E
Polivalente - EF M P, localizado na região norte do Estado do Paraná, bem como de
pesquisa bibliográfica, além dos resultados obtidos na participação dos cursistas
inscritos no GTR – Grupo de Trabalho em Rede – programa de formação continuada
na modalidade EaD, uma atividade obrigatória do PDE.
O tema escolhido para os estudos foi o uso de metodologias para o ensino de
História, como forma de proporcionar aos alunos maior interesse pela disciplina e
consequentemente uma valorização do sentido histórico, e assim desenvolver nos
educandos um senso crítico e bem fundamentado.
Este estudo motivou-se pela constatação da falta de interesse dos alunos
pela disciplina, bem como pelo desgaste de algumas metodologias empregadas de
forma mecânica por professores da disciplina de História.
O objetivo foi trazer para a discussão esses problemas, apontar alternativas
para melhorar as práticas metodológicas já existentes e divulgar novos
encaminhamentos e estudos sobre as metodologias que tem apresentado resultados
satisfatórios na busca da formação do cidadão crítico.
DESENVOLVIMENTO
Ensinar História consiste em fazer com que o aluno sinta-se como sujeito
ativo do processo histórico, parte importante na sociedade que pode e deve expor
suas observações e é claro responsabilizar-se por elas, sempre tendo a noção que
ele é um elemento de mudança dentro da sociedade, portanto participante da
História. De acordo com Schmidt e Cainelli (2004, p.51) “ensinar História pressupõe
um trabalho constante e sistemático com as experiências do aluno no sentido de
resgatá-las, tanto individual como coletivamente, articulando-as com o conteúdo
trabalhado em sala de aula”. Dessa forma, com a valorização da realidade do aluno,
o trabalho do professor tende a ser mais significativo na medida em que começa a
despertar o interesse do educando.
Os grandes nomes, reconhecidos e lembrados por grande parte das
pessoas, estudados no passado e no presente, são participantes e atuantes no
processo de formar o conhecimento histórico, porém muita gente anônima também
participou e participa dessa tarefa. Tendo isso em vista, é importante que o ensino
da disciplina deixe claro para o aluno, a ideia de que todas as pessoas fazem a
História, ou seja, ele também constrói e faz parte do grande e complexo sistema que
origina o objeto de estudo histórico. De acordo com Schmidt e Cainelli (2004, p.125):
[...] um dos objetivos do ensino da História consiste em fazer o aluno ver-se como partícipe do processo histórico, Tal compreensão, de um lado, deve levá-lo a entender que sua História individual resulta de um movimento processual e, de outro, a compreender que também ele faz a História.
Sob o ponto de vista metodológico e pensando na formação crítica do aluno,
convém destacar que a metodologia expositivo-participativa está prevalecendo à
metodologia simplesmente expositiva e, sob essa ótica, o aluno passa a exercer um
papel mais representativo na sala de aula e no processo de produção do
conhecimento. Essa mudança busca colaborar para a tarefa de formar um cidadão
crítico capaz de formar opiniões, ou ainda um ser social causador de mudanças,
conforme expõe Schimdt (1998, p.57).
A sala de aula não é apenas um espaço onde se transmite informações, mas onde uma relação de interlocutores constroem sentidos. Trata-se de um espetáculo impregnado de tensões em que se torna inseparável o significado da relação teoria e pratica ensino e pesquisa. Na sala de aula se evidencia, de forma mais explícita, os dilaceramentos da profissão de professor e os embates da relação pedagógica.
Trazer o aluno para o centro da discussão, mostrando que os feitos
históricos e culturais da humanidade são frutos do trabalho coletivo, apresentar uma
concepção de História e selecionar conteúdos coerentes com a mesma, são atitudes
fundamentais do professor para o ensino da disciplina de História. A forma de
abordagem de como ensinar e como o aluno vai aprender tem sido uma
preocupação de pesquisa na área de História. Segundo Baldin (1989, p.72),
para que ocorra o processo de ensino-aprendizagem, é verdade, não se pode desconsiderar a importância do domínio do conteúdo da Ciência. Mas, apresentar o mero domínio do conteúdo em sala de aula não significa executar uma atuação pedagógica consciente, porque, ao julgar-se sabedor do conteúdo, o professor poderá não se preocupar com a forma de transmiti-lo. Logo, não se preocupará também com o que poderá ocorrer com a cabeça do aluno. Neste processo, a relação metodológica entre a forma de transmissão do conteúdo e a forma de recepção deste conteúdo passará a ser ignorada. O emprego de uma metodologia pedagógica de trabalho, no entanto, não deve ser feito de maneira indefinida, mas deverá considerar uma completa relação entre professor e aluno, a Ciência em estudo, os meios, e as formas de transmissão.
Isabel Barca, pesquisadora da área de educação histórica, publicou em
2000, o trabalho “O pensamento histórico dos jovens – ideias dos adolescentes
acerca da provisoriedade da explicação histórica”. Através desta e de outras
pesquisas, buscou identificar como os jovens entendiam a existência de diferentes
explicações para um mesmo acontecimento histórico. Neste artigo especificamente,
a autora a partir das respostas dos alunos a uma questão em que se utilizaram
quatro textos diferentes, acompanhados de um conjunto de fontes primárias e
secundárias, a autora analisou as ideias destes sobre o caráter provisório da
explicação histórica.
Foram classificadas as ideias dos jovens em cinco níveis conceituais que
mostram as diversas formas de raciocínio possíveis quando os jovens são expostos
às narrativas diferentes e incentivados a pensar sobre a natureza dessa variedade.
A partir da análise qualitativa dos dados, Barca (2001, p. 29-43) propõe um modelo
de ideias dos alunos sobre a provisoriedade da explicação histórica.
Barca (2001, p.39) sugere, a partir dos dados desse estudo, que os
estudantes precisam desde muito cedo trabalhar com narrativas que apresentem
várias perspectivas históricas. Para a pesquisadora, a relação histórica entre fatos
pode ser enriquecida ao se trabalhar com mais de uma perspectiva histórica, pois:
A História dá respostas provisórias porque pode haver pontos de vista diferentes, utilizando as mesmas fontes, e porque vamos descobrindo novas relações com o passado, novas perspectivas. Esta é uma característica fascinante da produção histórica, que devemos passar aos alunos sem cair no relativismo de considerar que todas as respostas sobre o passado têm a mesma validade. Um programa desta natureza pode ser implementado através de questões problematizadoras adequadas. Tarefas em torno de materiais históricos concretos, que veiculem de algum modo a diversidade da História e que possibilitem a reflexão sobre os seus critérios de legitimação, contribuem para estimular o raciocínio dos jovens (BARCA 2001, p.39).
Outros estudos de Isabel Barca são dirigidos para a investigação do ensino
de História na Educação Básica, defendendo a importância de um trabalho que
estabeleça ligações entre o ontem e o hoje e faça dos alunos sujeitos históricos.
Segundo a historiadora, ensinar História de modo linear faz com que os estudantes
lembrem somente os marcos cronológicos e com isso, se tornem incapazes de
relacionar tempos distintos e compreender em profundidade o mundo em que
vivemos. Para a pesquisadora, o ideal é que o educador trabalhe em sala com
recortes temáticos, sem jamais negligenciar a temporalidade, e se essas duas
questões não forem levadas em conta, o aluno pode ter uma compreensão limitada
da disciplina e da história propriamente dita, formulando ideias vagas e genéricas, o
que contribui para o não entendimento das causas e consequências dos fenômenos
estudados.
Entre as propostas apresentadas e pesquisadas pela historiadora Isabel
Barca, devemos destacar a chamada aula-oficina, que rompe de forma rica com os
moldes passivos e tradicionais de ensino. Tal modelo privilegia a construção de uma
aula incialmente organizada por um tema e um conjunto de objetivos a serem
atingidos com o debate em sala de aula.
O „plano‟, qualquer que seja o formato que assuma, numa perspectiva de construtivismo social representa um projeto que procura antecipar as vertentes hoje requeridas numa aula, em termos de instrumentalizações a focalizar, conteúdos temáticos a operacionalizar em questões problematizadoras e consequentes experiências de aprendizagem, sem esquecer a avaliação contínua, e por vezes formal, das tarefas. Assim, é desejável atender às seguintes vertentes: Levantar e trabalhar de forma diferenciada as ideias iniciais que os alunos manifestam tacitamente, tendo em atenção que estas ideias prévias podem ser mais vagas ou mais precisas, mais alternativas à ciência ou mais consistentes com esta. Propor questões orientadoras problematizadoras, que constituam um desafio cognitivo adequado aos alunos em presença e não apenas um simples percorrer de conteúdos sem significado para os jovens. Desenhar tarefas adequadas ao desenvolvimento das instrumentalizações em foco, que ultrapassem uma interpretação linear das fontes ou a compreensão simplista de uma qualquer versão histórica sobre o passado. Integrar as tarefas em situações diversificadas, não esquecendo a potencialidade de os alunos trabalharem em pares ou individualmente, oralmente e por escrito. Avaliar qualitativamente, em termos de progressão da aprendizagem, o nível conceitual dos alunos, em vários momentos da(s) aula(s) (BARCA 2001, p. 135).
Feitas essas primeiras definições, a proposta de aula-oficina prossegue com
a organização de questões onde o professor, por meio das respostas oferecidas,
detecta as noções e ideias que seus alunos possuem sobre o tema. Mediante a
análise das informações coletadas, o professor então detecta quais seriam os
recursos e fontes documentais mais eficientes para dialogar com as ideias
apresentadas pelos alunos.
Por meio de tal ação, o professor incentiva ou articula a investigação do
passado por meio das demandas apresentadas pelos seus alunos. Sem dúvida,
notamos aqui que a aula-oficina visa claramente romper com as situações em que o
ensino de história se mostra distante do aluno ou radicalmente centrado na figura do
professor.
Cumprida a investigação do tema por meio dos documentos selecionados, o
professor ainda pode finalizar a experiência de compreensão do passado realizando
um novo levantamento de questões. Nessa última etapa, o professor questiona os
alunos sobre como a aula oferecida na oficina reorientou suas noções anteriores
sobre o tema investigado. De tal forma, tanto professores como alunos conseguem
perceber o ganho histórico-cognitivo oferecido pela aula-oficina.
A partir da questão problematizada e do levantamento bibliográfico realizado,
foi organizada uma forma de abordagem da temática a ser feita com os professores
durante a implementação do projeto. Foi pensada também, nesse momento, a forma
de discussão a ser proposta para os professores participantes do Grupo de Trabalho
em Rede (GTR).
Desta forma, o material didático, na forma de Caderno Temático, foi
elaborado abordando alguns pontos questionadores: práticas metodológicas mais
empregadas por professores de História na atualidade; algumas iniciativas
realizadas relacionadas à formação de professores e ainda questionamentos sobre
as metodologias tradicionais e recentes. Esse material foi utilizado como base na
implementação do projeto no C E Polivalente de Apucarana - EF M P e no segundo
e terceiro módulo do GTR3.
No colégio da implementação, após apresentar o projeto à direção e à equipe
pedagógica, foi utilizado um momento na reunião com membros do conselho escolar
(04 de abril de 2014) para apresentação das propostas, as quais foram aprovadas e
consideradas de grande utilidade. Em momento de reunião com professores do
colégio, a proposta também foi bem aceita, visto que todos concordaram com a
existência do problema apresentado no projeto, bem como, com a forma como seria
feita a discussão sobre as maneiras de solucionar e/ou amenizar o problema .
No GTR foi possível um aprofundamento nas discussões de cunho teórico
fundamentadas no Projeto de Intervenção Pedagógica e no Caderno Temático.
Dados da implementação do projeto também foram analisados nesse momento, com
ampla participação de professores de várias regiões do Estado, que colaboraram
partilhando realidades de seus estabelecimentos de atuação, possibilitando assim o
conhecimento por parte de muitos professores de realidades muito diferentes do seu
cotidiano.
3 O Grupo de Trabalho em Rede (GTR) constitui uma das atividades do Programa de Desenvolvimento
Educacional (PDE) e se caracteriza pela interação a distância entre o professor PDE e os demais professores da rede pública estadual de ensino.
Através de leituras individuais e em grupo, encontros presenciais com
acompanhamento de materiais diversificados como vídeos, reportagens impressas e
eletrônicas e muitas trocas de experiências, foram sendo produzidas as conclusões
sobre a proposta do projeto, alteradas algumas ações e realizadas outras que foram
consideradas pertinentes durante os trabalhos. A forma de conduzir os trabalhos
baseou-se em algumas regras como leitura prévia dos textos pelos participantes,
apresentação dos conhecimentos que cada participante já tinha sobre o tema
abordado, leituras em grupo e sistematizações orais e escritas.
No colégio tivemos a anuência e apoio da direção e equipe pedagógica para a
implementação do projeto durante o mês de setembro de 2015, o que colaborou
para um maior aproveitamento das ações, visto que por duas vezes na semana os
professores se encontraram podendo fazer de maneira intensa as reflexões, sem
intervalos longos entre os encaminhamentos como leituras e produção de sínteses
para reflexão em grupo.
Como preparação para os encontros presenciais entre os professores foram
organizadas: apresentações expositivas sobre os textos integrantes do Caderno
Temático; seleção de materiais complementares aos textos, como vídeos,
reportagens e trechos de filmes; análise de questionário exploratório respondido por
professores convidados a participar da implementação.
O questionário visava conhecer, estudar, analisar e debater as diferentes
metodologias utilizadas pelos professores no ensino de História, detalhes sobre sua
formação acadêmica e atuação como docente, A análise dessa prática serviu como
recurso para melhor planejar as formas de discussão das temáticas.
Alguns destaques a respeito do questionário exploratório:
Existe a preocupação dos docentes com a formação e progressão na carreira, pois a pós-graduação aparece como prática de todos os envolvidos no curso;
O tema, gestão escolar é de interesse dos professores;
O tempo médio de atuação como professor da disciplina é de 10 anos;
Não existe uma preferência por segmento (Fundamental ou Médio);
A atuação exclusiva como professor dos envolvidos no curso, apresentou o índice de 75%;
Sobre o ensino tradicional, existe uma forte tendência entre os professores, para que ele seja sempre aprimorado, com atualidades.
Para isso estão sendo utilizados os conhecimentos prévios dos alunos, bem como o seu cotidiano.
A causa da dispersão e passividade dos alunos durante as aulas foi relacionada à falta de base nas séries iniciais, à quantidade pequena de encontros semanais, número elevado de alunos por turma e às tecnologias, que ora estão exageradas, ora não estão acessíveis.
Existe uma preocupação em cumprir a série de conteúdos propostos.
Os participantes avaliam suas metodologias como eficientes, ressaltando, é claro, os problemas do item anterior;
O uso de imagens e fontes históricas diversas deve ser estimulado.
No primeiro encontro, durante a exposição das ações a serem desenvolvidas,
e do contexto sobre o qual elas foram pensadas, bem como dos resultados
apresentados sobre o questionário exploratório, os professores foram interagindo e
contribuindo com sugestões de temas e ações que deixaram os trabalhos mais
interessantes e significativos para todos os envolvidos.
A primeira temática apresentada e discutida foi sobre as pesquisas que vem
sendo realizadas sobre o ensino e aprendizagem da História. O tema foi bem aceito
pelos participantes, visto que essa discussão geralmente não é acompanhada pelos
docentes no seu dia a dia, provavelmente por falta de tempo.
Como introdução para essa temática e também a título de conhecimento de
algumas das ideias da orientadora desse trabalho de PDE, foi apresentada a
entrevista realizada com a Professora Marlene Rosa Cainelli pela TV Paulo Freire no
Programa Nós da Educação4.
As três situações de investigação apresentadas no texto Desafios Teóricos e
Epistemológicos na Pesquisa em Educação Histórica, de Marlene Cainelli e Maria
Auxiliador Schmidt, foram debatidas durante os encontros e bem sintetizadas pelos
professores participantes em seus relatos escritos.
Sobre a primeira situação apresentada, foram aprovadas as iniciativas
realizadas por professores e alunos de licenciatura de História da Universidade
Estadual de Londrina, que utilizam como referenciais o grupo de pesquisa História e
Ensino de História certificado no conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
4 O programa pertencente à categoria Formação Continuada traz a troca de experiências entre
profissionais da educação quanto à questão metodológica e utilização dos materiais didáticos, bem como acesso às mais recentes discussões educacionais.
Tecnológico (CNPq) e a Educação Histórica e do Mestrado em Educação com a
linha de pesquisa Perspectivas Filosóficas, Históricas e Políticas da educação no
núcleo de investigação:- História, Cultura, Escola e Ensino. São importantes as
práticas de ensino e investigação em aulas da disciplina, pois elas refletem a
realidade do ensino no Brasil. Através dessas pesquisas, que ficam disponíveis para
consulta, é possível refletir e aprender com as mais diversas realidades encontradas
pelos pesquisadores.
Um dos professores participantes do curso, professor 1 relatou:5
“Gostaria que um aluno da graduação estivesse presente durante
minhas aulas não como estagiário e sim como investigador. Seria uma
experiência nova e desafiadora, porém não sei como seria meu
comportamento, ou seja, se eu seria natural ou sentiria algum incômodo. Sei
lá?...”
Sobre a análise das ideias históricas de alunos e professores e suas relações
com as ideias históricas em currículos e manuais didáticos o professor 2 comentou:
“Os manuais didáticos e currículos com certeza deveriam refletir as
ideias de um grande número de alunos e professores. Dessa forma seriam
mais úteis...”.
A questão das perspectivas teórico-metodológicas empíricas foi considerada
muito importante. Estudos em sala de aula foram destacados como algo simples e
de grande utilidade. Os participantes da implementação destacaram também a
importância desses estudos estarem sendo realizados em nossa região, por
pessoas relativamente próximas e, portanto de fácil acesso, caso haja o interesse
em aprofundar-se nos resultados dessas pesquisas.
Ainda merece destaque, sobre essas primeiras discussões, o que foi
registrado pela professora 3:
“Meu trabalho com alunos das séries iniciais já tem aproximadamente
25 anos e sempre foi pautado em investigações prévias sobre os mais
diversos assuntos, mas nunca pensei que isso pudesse ser tema de estudos
em países europeus e que tivesse o nome de formação de consciência
histórica. Estou me sentindo atualizada.”
5 Os relatos serão identificados por professor 1, 2 e 3.
Ainda sobre esse assunto, com base nas participações dos professores
participantes do GTR, foi levado para a implementação do projeto a seguinte
conclusão: organizar as aulas com exposições e explicações que façam sentido aos
alunos, que possibilitem o entendimento que todos nós somos sujeitos históricos do
nosso tempo, é uma tarefa árdua cujo objetivo é mostrar que a história é feita por
todos os homens, e que essa história será analisada por diferentes classes sociais
no futuro, cada uma com seus valores e questionamentos.
A segunda temática foi sobre o uso do livro didático de História e Geografia
nas escolas brasileiras. A autora do texto, Selva Guimaraes Fonseca, focaliza
alternativas metodológicas para o uso do livro texto em sala de aula.
Após a leitura do texto componente do Caderno Temático, foram
apresentadas várias considerações pelos professores participantes, que relataram
suas experiências positivas e negativas sobre o uso do livro didático.
O professor 1 disse:
“Considero-me um professor tradicional, o uso do livro didático auxilia o
trabalho, visto que é um material de acesso fácil para o aluno. Quando os
pequenos não estão com o livro não consigo realizar bem o meu trabalho.”
Comentou-se sobre a política de distribuição dos livros no Brasil, sendo que
nesse aspecto as discussões se estenderam e foram bem proveitosas, visto que
alguns professores puderam colaborar de forma mais intensa, pois vivenciaram
algumas práticas realizadas nas décadas de 1980 e 1990.
O professor 2 lembrou:
“Os livros eram extremamente tendenciosos, a conjuntura política da
época nos obrigava a fazer algumas coisas que não gostávamos e alguns
faziam porque não entendiam direito o que estava acontecendo na política.”
Houve o consenso a respeito da importância dos livros didáticos no que diz
respeito à utilização dos textos, que colaboram como principal fonte e ferramenta
para o ensino e a aprendizagem nas áreas de humanas, no caso, História e
Geografia. A aprendizagem de fato necessita da leitura de textos, documentos,
mapas e ilustrações para que seja criado um ambiente de “viagem” no tempo e no
espaço. Importante, então pensar na relevância das temáticas escolhidas, e na
forma como elas são apresentadas.
Foram discutidas as várias alternativas apresentadas para o uso do livro
didático, bem como suas limitações e especificidades, sendo que para a conclusão
desse encaminhamento foram utilizados três vídeos com posicionamentos a respeito
da metodologia em questão: o primeiro, com as considerações de um estudante, o
segundo produzido por uma editora de livros didáticos e o terceiro com discurso feito
por um professor universitário.
Conclui-se sobre esse ponto, com os relatos dos professores participantes,
que a formação do cidadão crítico depende da diversificação de fontes, portanto o
uso do material fornecido pelo Estado, no caso o livro didático, deve estar sempre
sob análise do docente, com estudo sobre as inovações possíveis no seu uso e
certamente na complementação do mesmo durante as práticas metodológicas.
A professora 3 destacou:
“Carrego sempre meu material complementar: data show, caixa de
som, revistas, e outras coisas. Acho que só o livro deixa as aulas cansativas
para os alunos e para o professor também.”
Para a continuidade das reflexões sobre as maneiras eficazes de atrair a
atenção do jovem na sala de aula, passamos a estudar o terceiro texto do Caderno
Temático, O Uso de Metodologias Diferenciadas em Sala de Aula: uma experiência
no ensino superior. Nesta etapa houve o envolvimento de todos os participantes de
forma bastante interessante, pois fizemos uma avaliação que consistia em
apresentar um trabalho realizado (plano de aula), que segundo sua análise teria
dado resultado satisfatório, devendo o professor defender essa metodologia e
apresentar suas vantagens.
O texto foi adequado para essa avaliação na medida em que apresenta várias
formas de apresentar o conteúdo, visando dar ao aluno elementos para reflexão e
elaboração do pensamento crítico.
Durante a leitura do material, onde cada professor foi responsável por
apresentar as considerações da autora, Mayza Bergamo, sobre uma determinada
metodologia, alguns participantes foram recordando suas ações e partilhando
oralmente algumas experiências. Houve relatos sobre algumas práticas que não
estavam sendo usadas por serem equivocadamente consideradas desatualizadas.
Relato do professor 1 sobre o uso de objetos:
“A proposta de utilizar objetos durante a aula de História é bem
produtiva para os alunos, pois eles encaram a aula como mais atrativa e
interessante. E os professores sentem-se mais confiantes utilizando o objeto
como ponto de partida para sua aula.”
Relato do professor 2 sobre o tema atividades interessantes e criativas:
“Entrevistas podem ser realizadas pelo aluno e socializadas. O próprio
entrevistado pode comparecer na sala de aula. Esta metodologia permite que
os alunos entendam que as pessoas comuns, ou seja, seus familiares, seus
professores, seus vizinhos, enfim as pessoas mais velhas de sua comunidade
fazem parte da História.”
Um dos temas centrais do texto, a formação acadêmica, foi enfatizado pela
professora 3 que destacou nas considerações finais do texto estudado o trecho que
alerta para a necessidade de adequação das metodologias empregadas pelos
professores universitários como forma de incentivar os futuros docentes, que
buscam referências para realizarem seus estágios e futuramente desempenharem a
função nas redes de ensino.
Disse ela:
“O uso eficiente e diferenciado das metodologias deve começar na
graduação, para que o futuro professor já saia da universidade sabendo que o
bom uso de um recurso faz grande diferença na hora de tratar com os
alunos.”
Entre os pontos apresentados no texto de Mayza Bergamo, alguns foram
evidenciados por todos os participantes, e as discussões se estenderam por mais
tempo e com maior intensidade:
a) A necessidade de criatividade e força de vontade dos docentes. Todos concordaram com essa ideia, sendo ressaltado que vários fatores influenciam para que esse item apareça com maior ou menor intensidade.
b) O olhar atento à dinâmica do ambiente e a identificação dos interesses do aluno para determinado conteúdo ou tema. Comentou-se sobre a grande quantidade de turmas que a maioria dos docentes tem, e assim sendo essa prática muitas vezes não ocorre ou ocorre com equívocos.
c) O bom humor e entusiasmo do professor como forma de manter os alunos atentos. Formas de se manter o bom humor foram elencadas pelos participantes e muitas sugestões esbarraram em problemas como salários, vida familiar entre outros. Mas todos concordaram que, quando se está bem humorado as atividades tendem a ser mais proveitosas para todas as partes envolvidas.
d) Uso e não abuso do data show. Destacou-se que nenhuma prática e/ou recurso deve ter seu uso contínuo, pois traz prejuízos ao aprendizado e ao próprio professor.
As metodologias apresentadas pelos participantes nos planos de aula,
propostos como avaliação para este texto foram:
I. Cinema II. Aula expositiva sob a perspectiva do diálogo
III. Revistas especializadas IV. História em quadrinhos V. Objetos, argila e terra
Todos apresentaram suas práticas por escrito e defenderam a metodologia
empregada, citando suas vantagens e também apresentando algumas dificuldades
de ordem estrutural que encontraram durante a execução do trabalho.
Para a próxima etapa, onde seriam realizadas as reflexões sobre o último
texto do caderno temático, O Ensino De História Na Contemporaneidade:
Metodologias E Linguagens de Claudio Luiz Orço, Gabriele Juli Gandolfi e Vivian
Tuzzi, foi pedido que cada participante elegesse um ponto a ser discutido que
influenciasse o trabalho do professor externamente, ou seja, que não estivesse
relacionado diretamente com as metodologias, para que dessa forma fossem
abertas discussões mais amplas, que dessem suporte para o entendimento dos
problemas que atingem os alunos e também os professores, fora dos muros da
escola. As colaborações foram analisadas por todos os participantes durante os
encontros finais e proporcionaram uma visão nova sobre a necessidade de se
investir nas metodologias como forma de proporcionar aos educandos a visão crítica
que queremos para eles.
Antes de iniciarmos, portanto, os assuntos referentes ao texto foram expostas
as dificuldades mais relevantes apresentadas pelos participantes da implementação.
A falta de apoio familiar foi a dificuldade mais comentada, seguida pela
dificuldade financeira das famílias. Também com certo destaque, tivemos os
problemas decorrentes da forma como se apresenta o ensino fundamental I na sua
organização pública, que segundo alguns participantes (atuantes nesse segmento),
não vêm apresentando resultados satisfatórios. Apoiando-se nessa última
dificuldade, foi citada a falta de investimento dos governos para a educação,
problema esse que também influenciou os comentários sobre salários dos docentes.
Com mais essas questões para refletir sobre nossas ações, partimos para a
compreensão das ideias expostas no material do Caderno Temático. O quarto texto
apresenta inicialmente as mudanças na concepção de história e com elas as
necessidades de adaptações metodológicas que já fazem parte do dia a dia dos
professores participantes e de todos os outros também, mas que devido a várias
situações, muitas vezes não são colocadas em prática e uma metodologia acaba
superando as outras e sendo usada com muito mais frequência.
A segunda parte do texto aborda o assunto livro didático, e como já havíamos
elaborado uma síntese sobre o tema em texto anterior, apenas relembramos alguns
pontos, consultando algumas bibliografias e destacando o caráter alienante que o
livro didático pode ter.
Foi lembrado pelos professores que o objetivo final das diversas metodologias
apresentadas no texto será alcançado com mais eficiência se for valorizada a ideia
de que e preciso tentar compreender as noções que os alunos constroem sobre a
história. O interesse como afirma Barca (2011) é entender como se forma as ideias
históricas dos alunos, para se for o caso (e geralmente é) mudar algo nesse
aspecto, e para promover um conteúdo histórico estruturante que valorize a
formação da consciência histórica e não apenas a reprodução.
Como na proposta de Isabel Barca (2011), as ideias são coletadas através da
construção de narrativas pelos alunos, foi comentado durante os encontros que uma
atitude necessária para que os professores consigam que os alunos valorizem o
sentido histórico é o incentivo à escrita, com produções de relatos sobre os
conhecimentos já adquiridos por eles durante suas experiências escolares,
familiares ou outras, bem como o desenvolvimento de um pensamento crítico sobre
o que lhes é ensinado formalmente nas escolas.
Nesse momento da implementação, como todos já estavam bem cientes da
proposta, as práticas apresentadas no texto foram discutidas de forma bem
proveitosa sendo que cada um apresentou suas considerações, analisando suas
realidades e expondo de forma clara e objetiva os benefícios e dificuldades
encontradas em cada metodologia elencada.
A interdisciplinaridade também fez parte das considerações dos participantes,
que viram nessa prática uma grande aliada para o bom desempenho das
metodologias. As fontes iconográficas, as músicas, o cinema, os quadrinhos e
tirinhas foram metodologias presentes no texto e debatidas nesses encontros finais.
A elas somaram-se algumas trazidas para reflexão como o quadro e o giz, a aula-
invertida e o Role Playing Game, ou simplesmente RPG, como é mais conhecido. Os
debates se estenderam com depoimentos de experiências e argumentação sobre os
prós e contras de cada metodologia apresentada.
Por fim, como o texto apresenta, foi discutida a ideia de que todo esse
planejamento não é somente do professor, mas da escola, do gestor e da
comunidade escolar e sendo assim a forma como a sociedade se compromete
efetivamente com a educação e com o próprio ensino-aprendizagem dentro da
escola também deve ser objeto de estudo e fator relevante para o bom
desenvolvimento das ações pedagógicas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Contextualizar os acontecimentos do passado, fazendo ligações com o
presente, demonstra o quanto o estudo e a pesquisa histórica são valorosos e
necessários. Ao longo desse trabalho discutiu-se sobre o professor como aquele que
serve como ponte entre o estudante e o conhecimento, fazendo com que seu aluno
aprenda a “pensar” e questione por si mesmo passando a ser o cidadão crítico que
buscamos formar.
Assim sendo, ao ler o objetivo geral do projeto: analisar os conceitos e
metodologias que os professores da disciplina de História estão abordando nas
aulas para formar um cidadão crítico a partir do desenvolvimento de uma postura
mais ativa e participativa dos professores, concluímos que o trabalho possibilitou
uma reflexão cuidadosa das metodologias que aplicamos no dia a dia e dessa
forma, trouxe para cada envolvido no estudo, um momento para analisar se
realmente suas ações estão contribuindo para o surgimento do cidadão crítico que
queremos. A ação e participação envolvem, portanto, não apenas o aluno, mas
também o professor que é responsável por despertar no educando o interesse pela
disciplina.
Com os relatos compartilhados durante os trabalhos foi possível alcançar os
objetivos específicos propostos no projeto, visto que todos fizeram as exposições de
suas práticas, analisando suas eficácias e problemas. A identificação das
expectativas dos alunos sobre as melhores metodologias, ocorreu na medida em
que os professores foram detalhando suas ações e expondo quais aquelas que mais
efeitos produtivos apresentam, sendo estas consideradas então como as preferidas,
por apresentarem eficácia no aprendizado.
Os textos e os vídeos analisados, bem como os relatos orais dos participantes
contribuíram sobremaneira para que fosse alcançado o objetivo que versa sobre a
apresentação de sugestões para a revisão das práticas metodológicas. A aula
oficina, proposta nos trabalhos de Isabel Barca (2011) serviram de base para que
outras metodologias fossem complementadas e despertaram nos participantes o
interesse por autores que desenvolvem trabalhos na área de metodologia em
História.
Os trabalhos foram, portanto o início de um ciclo de conhecimento que
possibilitou o despertar para a necessidade de aprimoramento das práticas, através
de acompanhamento dos estudos teóricos e também das práticas realizadas por
outros professores.
Importante ressaltar que vários problemas surgem nessa busca por melhoras
na forma de ensinar. Falta de tempo para melhor planejar as ações, visto que a
grande quantidade de turmas e de colégios nem sempre facilita essa ação, ausência
de comprometimento dos envolvidos, pouca participação dos pais, falta de estrutura
e também uma maior clareza sobre o papel social da escola.
A partir dessas constatações, temos claro que várias outras possibilidades se
abrem para estudo. Uma atenção especial para pontos como a relação professor –
aluno, aluno - aluno, o apoio dos pais, da escola, também são fundamentais para
uma mudança de paradigmas com a utilização de metodologias eficientes no ensino
de história, que apresentem significado e que sejam prazerosas para o aluno,
contribuindo para a percepção de quais são as suas funções na sociedade.
REFERÊNCIAS
BALDIN, Nelma. A História dentro e fora da escola. Florianópolis: Ed. Da UFSC, 1989.
BARCA, Isabel. Aula Oficina: do Projeto à Avaliação. In. Para uma educação
dequalidade: Atas da Quarta Jornada de Educação Histórica. Braga, Centro de
Investigação em Educação (CIED)/ Instituto de Educação e Psicologia,Universidade
do Minho, 2004, p. 131 – 144.
BARCA, Isabel. Educação Histórica: uma nova área de investigação? In:
BITTENCOURT, Circe (org.). O saber histórico na sala de aula. São Paulo: Contexto,
1998.
CAINELLI, Marlene. Educação Histórica: perspectivas de aprendizagem da história
no ensino fundamental In: SCHMIDT, Maria Auxiliadora. BRAGA, Sônia. (org.)
Dossiê e educação histórica. Educar em Revista. Curitiba. Ed. UFPR, 2006, p.57-72.
NADAI, Elza. A Escola Pública Contemporânea: Os Currículos Oficiais de História e
o Ensino Temático. In: Revista Brasileira de História. v. 6, n.11, setembro
1985/fevereiro 1986.
RUSEN, Jorn. Reconstrução do passado. Brasília: UnB, 2007
SCHMIDT, Maria Auxiliadora; CANIELLI, Marlene. História local e o ensino de
história. In Ensinar História. São Paulo: Scipione, 2004.
SCHMIDT, Maria Auxiliadora & CAINELLI, Marlene. Ensinar História. São Paulo:
Scipione, 2004.
________________________.Saber escolar e conhecimento histórico? In: História &
Ensino: Revista do Laboratório do Ensino de História/ UEL. Londrina, Ed. UEL, 2005,
p. 35 – 49.