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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE …...Texto (1): Capítulo 3 - Da revolução material à revolução psicológica – as bases da psicologia comunista de Vigotski. (TULESKI,

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

DÉBORA RODRIGUES VIEIRA

UNIDADE DIDÁTICA

DESENVOLVIMENTO DAS FUNÇÕES PSICOLÓGICAS SUPERIORES: um

estudo envolvendo a sala de recursos multifuncional tipo I

CASCAVEL

2013

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

DÉBORA RODRIGUES VIEIRA

DESENVOLVIMENTO DAS FUNÇÕES PSICOLÓGICAS SUPERIORES: um

estudo envolvendo a sala de recursos multifuncional tipo I

Unidade Didática apresentada como Produção Didático-Pedagógica do Professor PDE à coordenação do PDE/SEED como requisito parcial para a finalização do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE 2013 na Área de Educação Especial na UNIOESTE – UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ. Professora Orientadora IES: Dra Elisabeth Rossetto

CASCAVEL

2013

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE Av. Água Verde, 2140 – CEP 80240-900 – Curitiba - Paraná

PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA

TURMA - PDE/2013

Título: DESENVOLVIMENTO DAS FUNÇÕES PSICOLÓGICAS

SUPERIORES: um estudo envolvendo a sala de recursos multifuncional

tipo I

Autora: Débora Rodrigues Vieira

Disciplina/Área:

Educação Especial

Escola de Implementação do Projeto e localização:

Colégio Estadual Senador Teotônio Vilela – Rua Maceió, 201.

Município da Escola: Assis Chateaubriand - PR.

Núcleo Regional de Educação: Assis Chateaubriand

Professora Orientadora: Elisabeth Rossetto

Instituição de Ensino Superior: Unioeste/Cascavel

Relação Interdisciplinar:

Todas as disciplinas.

Resumo:

A unidade didático pedagógica tem como objetivo trabalhar com professores que atendem alunos das salas de recursos multifuncional – tipo I, propondo subsídios teórico-metodológicos para o desenvolvimento das funções psicológicas superiores desses alunos. O referencial teórico adotado é a perspectiva histórico cultural pautando-se em autores tais como Vigotski, Leontiev e Luria. Para tanto, pretende-se desenvolver um grupo de estudos com professores da sala de recursos

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multifuncional – tipo I, de nove escolas da rede estadual, do município de Assis Chateaubriand PR, totalizando-se treze professores. Quando nos referimos às atividades que desenvolvem as funções psicologias superiores destacam-se a atenção, percepção, memória, linguagem, abstração e o raciocínio. Assim como, os jogos tais como: lince, perfil, cara cara, batalha naval, palavras, dentre outros Nesse sentido, entende-se que o papel do professor da sala de recursos multifuncional é fundamental na mediação entre o aluno e os objetos do conhecimento.Espera-se com esse trabalho contribuir para a prática pedagógica de inúmeros professores que atuam no campo da educação inclusiva, com vistas a uma educação que contemple o aluno na sua totalidade, independente de suas condições físicas, emocionais, mentais e sociais.

Palavras-chave: Sala de recursos multifuncional, perspectiva histórico cultural, funções psicológicas superiores.

Formato do Material Didático: Unidade Didática

Público:

Professores

1 APRESENTAÇÃO

A Produção Didático-Pedagógica é uma das etapas a ser desenvolvida do

Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, como estratégia para

implementação do Projeto na Escola da Secretaria do Estado da Educação do

Paraná – SEED, o Plano integrado de Formação Continuada.

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Este projeto de intervenção será desenvolvido no Colégio Estadual Senador

Teotônio Vilela - Ensino Fundamental, Médio e Profissional, no município de Assis

Chateaubriand – Paraná, com professores de nove salas de recursos multifuncional

– tipo I da rede estadual de ensino, do Núcleo Regional de Assis Chateaubriand.

Para a implementação do projeto conforme prevê o programa serão

necessárias 64 horas, sendo estas divididas em duas partes, 24 horas para

planejamento do curso e 40 horas de aplicação do curso com atividades teóricas e

práticas sobre o tema proposto, com os professores da sala de recursos

multifuncional – tipo I. Os participantes serão certificados pela Universidade Estadual

do Oeste, campus Cascavel.

Os encontros serão realizados quinzenalmente aos sábados no período

matutino. Os encaminhamentos seguirão os seguintes passos: apresentar o projeto

de pesquisa aos cursistas; trabalhar com a teoria vigotskiana, refletindo sobre o

trabalho na sala de recursos multifuncional; relacionar o processo de

desenvolvimento com aprendizagem; propor atividades que possam desenvolver as

funções psicológicas superiores (atenção, percepção, memória, linguagem,

raciocínio) e trabalhar com os jogos deste atendimento (lince, perfil, cara cara,

batalha naval, palavra cruzada, dentre outros), pontuando o que cada um pode

desenvolver em relação às funções psicológicas superiores.

De acordo com a legislação no campo da educação especial, foi criada a sala

de recursos multifuncional – tipo I, assegurando condições de acesso e participação

aos alunos com deficiência física, mental ou sensorial, alunos com transtornos

globais do desenvolvimento e alunos com altas habilidades/superdotação, com o

intuito de apoiar e organizar de forma complementar ou suplementar em período

contra turno ao ensino regular em que estão matriculados. (MEC, 2009)

O Estado do Paraná reconhece a necessidade do atendimento dos alunos

com transtornos funcionais específicos propõe o atendimento da sala de recursos

para estes alunos. O público alvo da sala de recursos neste estado é de acordo com

a instrução nº 016/2011:

Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I, na Educação Básica é um atendimento educacional especializado, de natureza pedagógica que complementa a escolarização de alunos que apresentam deficiência Intelectual, deficiência física neuromotora, transtornos globais do

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desenvolvimento e transtornos funcionais específicos, matriculados na Rede Pública de Ensino. (SEED/SUED, 2011, p. 1)

Para a construção de um currículo inclusivo, as Diretrizes Curriculares da

Educação Especial do Estado do Paraná - DCE coloca que os sujeitos têm suas

identidades determinadas pelo contexto social e histórico em que sua existência é

produzida, “[...] evidencia-se a responsabilidade social de prever e prover meios de

satisfazer essas necessidades, ao invés de destacar o sujeito que apresenta.”

(PARANÁ, 2006, p.43).

A Diretriz Curricular da Educação Especial do Paraná destaca que a

educação especial faz parte do sistema educacional, compartilha dos mesmos

pressupostos teóricos e metodológicos presentes nas diferentes disciplinas dos

demais níveis e modalidades de ensino. Esses pressupostos são:

Os seres humanos não apresentam um processo de desenvolvimento psicológico independente do desenvolvimento cognitivo, [...] Sendo uma espécie social o ser humano se caracteriza pela construção de sua individualidade através da relação com o outro. O sujeito se constitui, assim, em virtude de processos múltiplos de interação com o meio sócio-cultural, pela presença de outros indivíduos e/ou objetivo culturalmente inseridos e definidos. (PARANÁ, 2003, p. 18).

Observa-se nesses pressupostos a ênfase na interação dos seres humanos

em seu meio social e cultural. Esta abordagem em que o sujeito se constitui em

interação com o meio social e histórico, advém da teoria histórico cultural. O

precursor desta teoria foi Lev Seminovich Vigotski tendo como Alexis Leontiev e

Alexander Romanovich Luria. Estes autores estavam interessados no processo de

aprendizagem e desenvolvimento do ser humano, bem como, com o papel da

linguagem na formação do pensamento, valorizando a “[...] contribuição ativa da

criança em sua própria aprendizagem”. (TULESKI, 2002, p. 23)

Conforme Rossetto (2009, p. 28):

[...] o pensamento vigotskiano vem se constituindo como uma importante vertente teórica, por conceber que os processos psicológicos tem sua natureza situada no âmbito das relações culturais, socialmente mediada. Portanto, considera o ser humano como essencialmente social e histórico, o qual, nas relações com os outros, em uma atividade intermediada pela

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linguagem, constitui-se como sujeito concreto e real. (ROSSETTO, 2009, p. 28)

As pesquisas teóricas e experimentais da teoria histórico-cultural nos

conduzem para um outro entendimento sobre as funções psíquicas superiores.

“Vigotski não negava a importância do biológico no desenvolvimento humano, mas

afirmava que é ao longo do processo de assimilação dos sistemas de signos que as

funções psíquicas biológicas transformam-se em novas funções” (PRESTES, 2010,

p. 36)

Não compartilhando com as ideias da época, Vigostski se opunha em

acreditar que às funções psicológicas superiores, seriam associadas ao espírito

humano, de origem interna já composta desde o nascimento. Para ele:

[...] não estão prontas desde o nascimento, elas possuem um componente primitivo, biológico, instintivo a principio, que com a inserção da criança em sociedade vai se modificando e assumindo um caráter diferenciado. Ocorre, então, um salto qualitativo interno, provocado pelo meio externo, que redimensiona totalmente as funções elevando-as a patamares superiores, pois o individuo passa de ser controlado por elas (funções) a controlá-las conscientemente. (TULESKI, 2002, p. 119).

As funções psíquicas são chamadas de superiores, pois são funções

psíquicas humanas, “[...] formas complexas de atividade mental, tais como

percepção, memória, atenção, linguagem e pensamento, leitura, escrita e cálculo,

foram formadas durante o desenvolvimento histórico e, portanto são sociais em sua

gênese”. (LURIA, 1981; VYGOTSKY, 1994; LEONTIEV, 1978 apud PADILHA, 2000,

p. 58).

Para tanto, entendemos que a escola tem papel fundamental no

desenvolvimento dessas funções, pois possibilita a apropriação dos signos

mediadores culturais permitindo o autodomínio ou autocontrole das capacidades

mentais sejam elas intelectuais ou emocionais. No coletivo a criança exercita as

funções psicológicas, sugerindo novas funções e é no coletivo que a criança se

desenvolve. (TULESKI, 2002)

A educação pensada atualmente não pode se limitar em aplicar técnicas para

ensinar esta ou aquela habilidade aos alunos com deficiência e sim buscar a

educação de fato. (ROSSETTO, 2006).

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Nessa mesma direção, é preciso romper com a fragmentação do

conhecimento, pois a sociedade se transforma pela ação consciente de seus

homens. “[...] Vygotski não corrobora com a ideia em reduzir o comportamento

humano a reflexos e reações instintivas e mecânicas.” (TULESKI, 2002, p. 97).

A aprendizagem é considerada o pressuposto basilar para o desenvolvimento

das funções psicológicas superiores. As relações, entre desenvolvimento e

aprendizagem se dão de modo dialético e qualitativo, “[...] as funções superiores se

desenvolvem em espaços interativos de aprendizagem, através de constante

apropriação e internalização de ferramentas e signos culturais”. (COSTA, 2012, p.

21)

Conforme Eidt e Tuleski (2007, p. 7): “[...] aprendizagem e o desenvolvimento

constituem uma unidade dialética, onde a aprendizagem impulsionando o

desenvolvimento, por sua vez gera novas aprendizagens mais complexas,

infinitamente”.

Apenas o ensino sistematicamente orientado, à transmissão dos

conhecimentos científicos, aliados a formação das funções psíquicas superiores,

lançam a luz para aqueles que buscam uma escola pública de qualidade para todos.

(MARTINS, 2013)

O papel do professor, em especial o de sala de recursos multifuncional, é

muito importante na mediação dos conteúdos, assim como para o desenvolvimento

das funções psicológicas superiores. Conforme Rossetto (2006), o professor deve

deixar os alunos observar, experimentar e tentar realizar as atividades, porém as

atividades devem ser mediadas, no sentido de deixa-los “refletir sobre diferentes

possibilidades daquela ação” Contudo o professor deve acreditar no potencial de

seus alunos, tornando-os parte do processo de ensino/aprendizagem e

desenvolvimento.

3. ENCAMINHAMENTOS

3.1 Primeiro Encontro (15/02/2013)

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Apresentação do Projeto de Intervenção: Sala de Recursos Multifuncional

Tipo I: desenvolvimento das funções psicológicas superiores.

Entrega do material.

3.2 Segundo Encontro (22/02/2013)

A Historicidade a obra de Lev. S. Vigotski e abordagem histórico cultural.

Texto (1): Capítulo 3 - Da revolução material à revolução psicológica – as

bases da psicologia comunista de Vigotski. (TULESKI, 2002)

Texto (2): Capítulo 2 e 2.1 - Abordagem histórico cultural – Aproximações com

Vigotski. (ROSSETTO, 2009)

Leitura prévia dos textos (1) e (2), slides do texto (1), análise e discussão.

3.3 Terceiro Encontro (08/03/2013)

Pontos chaves da teoria histórico cultural e quatro pensamentos Vygotiskiano.

Texto: Capítulo 2.2 (p. 31 a 42) - Educação Especial à luz do pensamento de

Vigotski. (ROSSETTO, 2009). O texto coloca novas concepções e olhares a respeito

da educação especial e conceitos (interação, internalização, mediação e zona de

desenvolvimento proximal).

Questionamentos.

3.4 Quarto Encontro (15/03/2013)

Escolarização da pessoa com deficiência e o processo de compensação.

Texto: Os sujeitos da educação especial a partir da perspectiva histórico

cultural. (ROSSETTO, 2012)

Questionamentos

3.5 Quinto Encontro (22/03/2013)

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Funções psicológicas superiores

Slides: com citações dos quatro livros de Luria sobre atividades psíquicas do

homem, atividade consciente do homem (trabalho e atividade), sensação,

percepção, atenção, memória, linguagem e pensamento, pontuando e dialogando

sobre cada um.

3.6 Sexto Encontro (05/04/2013)

Funções psicológicas superiores e a escola.

Texto: Capítulo 4 (p. 298 a 315) – A centralidade do ensino escolar no

desenvolvimento dos processos funcionais. (MARTINS, 2013)

Questionamentos.

3.7 Sétimo Encontro (19/04/2013)

Análise dos jogos da SRM (lince, perfil júnior, perfil 3, cara cara, batalha

naval). Lendo as regras, jogando, comparando o jogo com a teoria apresentada,

relacionando com as funções psíquicas superiores.

3.8 Oitavo Encontro (03/05/2013)

Análise dos jogos da SRM (imagem e ação, palavras cruzadas, can can, pega

vareta, trilha). Lendo as regras, jogando, comparando o jogo com a teoria

apresentada, relacionando com as funções psíquicas superiores.

3.9 Nono Encontro (17/05/2013)

Atividades para execução e análise do desenvolvimento das funções

psíquicas superiores.

Sequencia de formas e cores:

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Materiais: uma prancha com figuras geométricas de cores e formas

diferentes.

Descrição: De dois em dois, inicia com uma pessoa tocando em uma das

figuras, a seguir, o próximo toca na figura que foi tocada e em mais outra, assim

sucessivamente até uma quantidade combinada.

Quadro (1): Figuras Geométricas

Fonte: Elaboração própria – 2013

Qual é a mão? É a direita ou a esquerda?

Materiais: Maquina fotográfica, computador, data show e objetos diversos.

Descrição da atividade: O professor juntamente com os alunos ira tirar fotos

apenas de uma das mãos segurando objetos, mudando as mãos de posição e

alternando os objetos. Após serem tiradas as fotos, o professor ira baixar no

computador ou data show e com os alunos identificar se a mão que aparece é à

direita ou a esquerda.

O professor poderá também selecionar mãos em revistas e fazer a mesma

análise com os alunos.

Esta atividade pode ser realizada em grupo ao individual, em slides ou

atividade impressa como, por exemplo, colocado no quadro três.

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Quadro (3): Mãos Fonte: Elaboração própria - 2013

Cartas para criação de histórias

Materiais: cartas do baralho com o tema que desejar ou mesmo criar o próprio

baralho com figuras aleatoriamente.

Descrição da atividade: O objetivo é formar uma historia com todas as cartas

retiradas em sequencia. Inicia a historia com uma pessoa sorteando uma carta, esta

dará inicio a história e a cada carta nova sorteada devera ser inserida na historia e

assim sucessivamente até terminar as cartas do monte. Pode criar a historia em

grupo ou individual.

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3.10 Décimo Encontro (31/05/2013)

Atividades para execução e análise do desenvolvimento das funções

psíquicas superiores.

Mico dez, cem e mil:

Materiais: três cartolinas de cores diferentes, canetinhas, cola, tesoura.

Para o jogo do mico dez, confeccionar duas cartas do número um, duas do

número dois, duas do número três e assim sucessivamente até nove e mais uma

carta com o numero dez.

Para o jogo do mico cem, confeccionar duas cartas do número dez, duas do

número vinte, duas do número trinta e assim sucessivamente até noventa e mais

uma carta com o número cem.

Para o jogo do mico mil, confeccionar duas cartas do número 100, duas do

número duzentos, duas do número trezentos e assim sucessivamente até

novecentos e mais uma carta com o numero mil.

Descrição da atividade: Para os três jogos, o mico dez, o mico cem e o mico

mil, as regras são as mesmas. O objetivo do jogo é formar pares e livrar do mico.

Quadro (4): Mico dez, cem e mil. Fonte: elaboração própria – 2013

Segue abaixo o exemplo do mico dez:

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1º distribua aos jogadores o mesmo número de cartas.

2º cada jogador deverá formar pares: 9 e 1, 8 e 2, 7 e 3, 6 e 4, 5 e 5, baixando

os pares.

3º quando não tiverem mais pares em mãos, pegue uma carta do jogador da

direita, sem olhar, se formar par abaixe e assim o outro jogador fará até sobrar

somente o mico 10.

4º perde o jogo quem ficar com o mico.

Este jogo pode ser adaptado para o trabalho com as quantidades. Pode ser

construídas cartas com números e cartas com as quantidades. A formação de pares

continua sendo o mesmo objetivo e para o mico cria-se uma figura.

Feche a caixa:

Materiais: caixa de papelão com nove janelas contendo os números de um a

nove e dois dados.

Descrição da atividade: Jogam-se dois dados e a soma deverá ser

relacionada a uma ou até duas janelas. Exemplo: a soma dos dados deu seis,

poderá então abaixar a janela 6, ou as janelas 4 e 2, ou as janelas 5 e 1. Se a soma

for quatro, veja o exemplo do quadro (5).

Quadro (5): Caixas Fonte: Elaboração própria – 2013

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O jogador joga até não ter mais opção para fechar as janelas, sendo assim

soma-se o que sobrou e vai anotando, quem chegar primeiro no cinquenta ou em

outro valor combinado perde o jogo.

Pode fazer a jogada ao contrario, iniciando com um número de vida e ir

descontando até zerar. Nesse caso quem zerar primeiro perde.

Lince da tabuada:

Material: duas cartolinas, canetinhas, números impressos com as tabuadas do

um ao dez e tampinhas de garrafa pet.

Descrição da atividade: Construir um tabuleiro com todos os resultados das

tabuadas do um até a dez e colar neste tabuleiro com os números para fora em

espiral conforme o quadro seis.

Confeccionar cartas com as perguntas de todas as tabuadas de um a dez.

Exemplo: 1x1, 2x1,... 10x10. Este jogo pode ser jogado perto da tabuada

geométrica já confeccionada por eles, assim os jogadores poderão visualizar os

resultados.

Quadro (6): Lince da tabuada

Fonte: Elaboração própria – 2013

1º Cada jogador será representado por uma cor recebendo três tampinhas

correspondentes a ela.

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2º Será entregue para cada jogador três cartas da tabuada viradas para baixo,

cuja resposta estará no tabuleiro.

3º Depois do sinal, devem tentar localizar as respectivas respostas e colocar

suas tampinhas.

4º Quando o primeiro jogador localizar todas as cartas cessa o jogo.

5º Cada jogador fica com as cartas que conseguiu localizar e então sorteiam

três novas cartas. Ganha quem, no final da partida, estiver com mais cartas.

Jogo dos dragões

Material: papel cartão verde e vermelho, tesoura.

Descrição da atividade: Assistir o filme com duração de vinte e três minutos

e sete segundos “Resolvendo Problemas em Sangri-lá” disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=FbvaEAtt2KU e

https://www.youtube.com/watch?v=JWuJ2Ca4FMYU. Neste filme há três crianças

que terão de vencer um jogo de estratégia para poder voltar para casa. Durante a

resolução do jogo, elas percebem que cada um tem uma maneira de resolver o

problema e que as diferenças devem ser respeitadas.

Após assistirem o filme entregar as peças dos dragões (catorze dragões

verdes e um dragão vermelho), propor um desafio para os participantes igual o que

foi proposto no filme, deixar que reflitam sobre as diferentes estratégias para vencer

o jogo.

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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Ministério da Educação Conselho de Educação Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Diretrizes operacionais para o atendimento educacional especializado na educação básica, modalidade educação especial. Resolução nº 4, de 2 de Outubro de 2009. Disponível em http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb004_09.pdf. Acesso em: 12 maio 2013. COSTAS, Fabiane Adela Tonetto. Formação de conceitos em crianças com necessidades especiais: contribuições da Teoria histórico-cultural. Santa Maria: UFSM, 2012. 200 p. EIDT, Nadia Mara; TULESKI, Silvana Calvo. O método da psicologia histórico-cultural, e suas implicações para se compreender a subjetividade humana. In: CIPSI – Congresso Internacional de Psicologia. Maringá, 2007, Maringá. Anais: CIPSI – Congresso Internacional de Psicologia. Maringá: UEM, 2007. LEONTIEV, Alexis. O desenvolvimento do psiquismo. São Paulo: Moraes, 1978. 356 p. LURIA, Alexandre Romanovich. Curso de psicologia geral. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1991. MARTINS, Lígia Márcia. O desenvolvimento do psiquismo e a educação ecolar: contribuição à luz d psicologia histórico-cultural e da pedagogia histórico-crítica. Campinas, SP: Autores Associados, 2013. PADILHA, Anna Maria Lunardi. Binca: o ser simbólico: para além da deficiência mental. (2000. 232 f. Tese (Doutorado) – Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, São Paulo, 2000. PARANÁ. Currículo básico para a escola pública no Paraná. 3. ed. Curitiba: Paraná, 2003. Disponível em: http://www.grugratulinofreitas.seed.pr.gov.br/redeescola/escolas/21/970/26/arquivos/File/materialdidatico/diversos/Ensino-Curriculo-Basico-para-a-Escola-Publica-do-Estado-do-Parana.pdf. Acesso em: 12 Maio, 2013. ________. Diretrizes curriculares da educação para a construção de currículos inclusivos. SEED – Paraná, 2006. ________. INSTRUÇÃO N° 016/2011 - Sala de recursos multifuncional tipo – I na educação básica. SEED/SUED, 2011. PRESTES, Zoia Ribeiro. Quando não é quase a mesma coisa: Análise de traduções de Lev Semionovitch Vigotski no Brasil repercussões no campo

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educacional. 2010. 284 f. Tese (Doutorado) - Departamento de Pós-graduação em Educação, Universidade de Brasília/UnB, Brasília, 2010. ROSSETTO, Elisabeth. et. al. Pessoa com Deficiência: Caracterização e Formas de Relacionamento. In: _______. (Org.) Pessoa com deficiência na sociedade contemporânea: problematizando o debate/ organização do Programa Institucional de Ações Relativas às Pessoas com necessidades Especiais PEE. Cascavel: EDUNIOESTE, 2006. 11p. ROSSETTO, Elisabeth. Sujeitos com deficiência no ensino superior. 2009. 238 f. Tese (Doutorado) - UFSM, Porto Alegre, 2009. TULESKI, Silvana Calvo. A construção de uma psicologia marxista. Maringá: Eduem, 2002. 171 p. VIDEO Resolvendo problemas em Shangri-la, parte 1, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=FbvaEAtt2KU. Acesso em: 12 de Maio, 2013. VIDEO Resolvendo problemas em Shangri-la, parte 2, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=FbvaEAtt2KU https://www.youtube.com/watch?v=JWuJ2Ca4FMYU. Acesso em: 12 de Maio, 2013. VYGOTSKI, L. S.; LURIA, A. R.. Estudos sobre a história do comportamento: símios, homem primitivo e criança. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996. VYGOTSKI, Lev. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes, 1998.