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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE … · acometidas pela D.O.R.T. de duas a três vezes mais que os homens, devido a cinco fatores que se destacam: Maior fragilidade devido

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

1 Professora da rede estadual de Educação Básica e discente do Programa de

Desenvolvimento Educacional - PDE, da Secretaria de Estado da Educação do Paraná.

2 Professor Doutor da Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE - Campus de

Marechal Candido Rondon.

AVALIAÇÃO FÍSICA, GINÁSTICA LABORAL, EXERCÍCIO FÍSICO

VOLPATO, Neide Aparecida1

FLORES, Lucinar Jupir Forner2

RESUMO: O presente artigo teve como objetivo destacar a importância e os benefícios do exercício físico e da ginástica laboral inserida no cotidiano do trabalhador. O projeto propôs realizar junto aos servidores estaduais supridos no Núcleo Regional de Educação da cidade de Assis Chateaubriand (PR) a avaliação física de 26 profissionais; posteriormente foi realizado num período de 90 dias um programa de Ginástica Laboral no local de expediente com exercícios de aquecimento, coordenação, equilíbrio, concentração, flexibilidade, postura, resistência, compensação, alongamento, respiração, relaxamento, esclarecendo no decorrer do processo a importância do exercício físico regular e incentivando os envolvidos a realizarem exercício físico com regularidade. Foi aprovisionado um questionário com os entrevistados e analisou-se que 100% dos participantes atingiram o objetivo proposto em averiguar os benefícios da GL no ambiente organizacional. Os resultados observados mostram que além de promover a prática de atividade física, despertou o interesse pela busca da qualidade de vida. Palavras-chave: Atividade física, ergonomia laboral, ginástica laboral.

1 INTRODUÇÃO

A prática da Ginástica Laboral (GL) tem seus primeiros registros

realizados no ano de 1925, e desde então vem se disseminando por sua

eficácia em promover bem estar, qualidade de vida e saúde para os praticantes

assíduos.

Na vida moderna o ser humano permanece, na maioria das vezes, 1/3

de seu dia no local que provê seu sustento financeiro, assim, este local deve

fornecer subsídios básicos para se trabalhar em um ambiente saudável e

propício para desenvolver suas atividades diárias de maneira satisfatória, que

isto ocorra não somente no setor financeiro e profissional, mas também físico e

moral. Por isso o trabalho não deve tornar-se o campo propício para o

desenvolvimento de patologias e angústias.

O mercado de trabalho atual tem-se preocupado em fornecer a seus

colaboradores um ambiente satisfatório para o desenvolvimento de suas

atividades tornando-o mais humanizado. A consciência que as empresas

desenvolveram com o passar do tempo é de investir na qualidade de vida de

seu funcionário, ações que possam prevenir problemas decorrentes do

exercício laboral ou condições inadequadas que podem ocasionar problemas a

saúde.

Assim a GL possui uma função de ações integradora de benefícios

para empresa e colaborador por meio de suas modalidades de movimentação

corporal, exercendo importante atuação em alcançar um público por vezes

sedentário, inativo, que não praticam exercícios físicos.

Diante do exposto, este trabalho tem por finalidade desenvolver um

projeto de ginástica laboral com os professores e funcionários que trabalham

no Núcleo Regional de Educação da cidade de Assis Chateaubriand,

interferindo de maneira positiva para o servidor nos aspectos biopsicossocial,

visando à disseminação do que é ginástica laboral, suas funcionalidades e

atribuições, colocando em prática este exercício no cotidiano destes

profissionais, posteriormente analisar e relatar os benefícios vindouros desta

atividade.

2 DOENÇAS LABORAIS DECORRENTES DAS ATIVIDADES

OCUPACIONAIS

2.1 ORINGEM DA GINÁSTICA LABORAL

Os primeiros relatos que deram introdução a GL foram registrados na

Polônia, em 1925. Estas atividades eram denominadas de „ginástica de pausas‟

destinadas apenas aos operários. Porém, foi em 1928, no Japão que a GL deu

seus primeiros passos, com funcionários dos correios, os quais faziam

ginásticas diariamente (POLITO; BERGAMACHI, 2002).

No Brasil, a GL tem sua chegada em 1973 com empresas que

introduziu esporte e lazer para seus colaboradores. Os pioneiros foram da

cidade de Novo Hamburgo – RS.

A partir daí a GL foi aprimorada e desenvolvida para cada vez mais

beneficiar a vida do funcionário, combatendo doenças como: tenossinovite,

conhecida como „doenças dos digitadores‟, patologia causada por esforço

repetitivo que em 1987 foi reconhecida como doença profissional, por meio da

portaria nº 4602 do Ministério da Previdência e Assistência Social (POLITO;

BERGAMACHI, 2002).

A explosão da GL deu-se na década de 90, onde o brasileiro começou

a procurar a qualidade de vida no trabalho decorrente de problemas

apresentados, alterando seu desempenho por motivos de esforço repetitivo, a

estas lesões são popularmente conhecidas por LER – Lesões por Esforço

Repetitivo, que mais adiante levou a nomenclatura de DORT – Doenças

Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho.

2.2 DOENÇAS OCUPACIONAIS - L.E.R / D.O.R.T

Os problemas mais comuns, porém não menos significativos,

decorrentes da atividade laboral são conhecidos por LER ou DORT‟s. Estas

patologias são decorrentes da vivencia pós-moderna que atinge e aflige a vida

dos trabalhadores, acarretando não unicamente em dores no corpo, mas como

cita Oliveira (2008, p. 26): “A L.E.R. é um grito de alerta, mostrando que não é

o homem que está doente, mas sim “o trabalho”.

Segundo Couto et al. (1998, p. 20), L.E.R. – Lesão por Esforço

Repetitivo ou DORT – Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho,

são:

Transtornos funcionais, transtornos mecânicos e lesões de músculos e/ou de tendões e/ou de fáscias e/ou de nervos e/ou de bolsas articulares e pontas ósseas nos membros superiores ocasionados pela utilização biomecanicamente incorreta dos membros superiores, que resulta em fadiga, queda da performance no trabalho, incapacidade temporária e, conforme o caso, podem evoluir para uma síndrome dolorosa crônica, nesta fase agravada por todos os fatores psíquicos (inerentes ao trabalho ou não) capazes de reduzir o limiar

de sensibilidade dolorosa do indivíduo.

Os autores Martins e Jesus descrevem alguns distúrbios que se

apresentam como males laborais:

Podem apresentar-se como fadiga, falta de resistência, fraqueza, tremores, sentimento de peso, falta de coordenação, dormência dos membros, dor ou irritação dos membros afetados, entorpecimento, formigamento ou perda de sensação, inabilidade ao manusear objetos, dificuldade ao abrir e/ou fechar as mãos, articulações enrijecidas, dores ou dormência nas mãos e punhos ao acordar e no decorrer da manhã, mãos frequentemente frias, necessidade de auto massagem frequente, dificuldade ao executar movimentos precisos (MARTINS; JESUS, 2007, p. 02).

No Brasil um dado alarmante foi noticiado pelo Ministério da Saúde que

o número de pessoas que se afastam em decorrência do mal de L.E.R. é mais

de 100 mil trabalhadores (BRASIL, 2012).

As lesões decorrentes da L.E.R. apontam para determinada classe de

trabalhadores que estão mais vulneráveis a este mal, os quais são funcionários

de escritório que utilizam diariamente o computador, como consequência

apresentam queixas constantes relacionadas ao trabalho laboral. As mais

comuns a serem diagnosticadas são decorrentes de alguns fatores como

descreve Martins (2008):

Postura Incorreta: gera impacto de estruturas duras versus moles (ex.

tendões contra ossos), fadiga por contração muscular estática (ex.

cervicalgia) e compressão nervosa;

Repetitividade: sua frequência e duração é diretamente proporcional à

ocorrência dos D.O.R.T.;

Compressão Mecânica: na base das mãos (onde há a terminação

nervosa do nervo mediano).

Estes fatores isoladamente ou em combinação influenciam o

aparecimento dos D.O.R.T., Couto et al (1998), apresentou um quadro que de

fatores biomecânicos e lesões mostrado abaixo:

.

Fonte: COUTO et ali., (1998, p. 81).

Legenda: +++evidência forte; ++ evidência razoável; +/-evidência insuficiente

Segundo estudos realizados por Martins e Jesus (2008) com amostras

de usuários de computador obteve que dos entrevistados que

aproximadamente 33% desenvolveram problemas de saúde, sendo: a região

lombar, pescoço e dor no ombro responderam por 66% das reclamações; 50%

reclamaram de tensão nos olhos e 15% informou sobre problemas nos

cotovelos e danos nos braços, porvindouros de movimentos repetitivos.

Outro estudo realizado por Oliveira (1998, p. 06) destacou sobre o

cálculo realizado por especialistas em medicina do trabalho que, constatou

que:

De 5 a 10% dos digitadores são portadores de DORT, os países arcam com custos médios equivalentes a 4% de seu produto interno bruto (PIB) a cada ano em decorrências de acidentes de trabalho, tratamento de doenças, lesões e incapacidade relacionado ao trabalho.

No mesmo estudo Oliveira (1998; p. 06) ainda confirma “que entre

trabalhadores brasileiros, 80 a 90% das doenças ocupacionais desde 1993

estão relacionadas à DORT‟s.” Estes números apresentam altos valores para

os cofres públicos decorrentes de males relacionados a doenças ocupacionais,

ainda é citado sobre os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho

apresentando ocorrência de 70 % entre as doenças laborais (OLIVEIRA, 1998).

Os DORTs, que se desenvolvem com rapidez, podem ser controlados

se diagnosticados no princípio da aparição dos sintomas. Para se obter um

diagnostico mais próximo e preciso, os portadores de DORT são interrogados e

passados por uma bateria de testes físicos, também fazem exames de ultra-

sonografia e eletroneuromiografia. Entretanto, mesmo com a realização de

todos esses exames, por vezes, os diagnósticos podem ser imprecisos ou

inconclusivos. Os distúrbios encontrados são decorrentes de fatores, como:

físicos, psicológicos, sociais, biomecânicos e de posto/organização do trabalho

(COUTO et al., 1998).

Segundo pesquisa realizada por Martins (2008), as mulheres são

acometidas pela D.O.R.T. de duas a três vezes mais que os homens, devido a

cinco fatores que se destacam:

Maior fragilidade devido sua estrutura orgânica;

Variação hormonal;

Indiferença por condição de trabalho (vista como “secundária”,

afetando psicologicamente a mulher);

Jornada „dupla‟ (atividades sobrecarregadas, serviço doméstico e

profissão);

Não aceitação nos cargos de chefia ou assédio sexual (gerando alto

nível de tensão).

Os profissionais que trabalham em escritório e utilizam diariamente

computador devem dar atenção, para algumas ações que podem provocar o

aparecimento de D.O.R.T. (MARTINS, 2008):

3 ERGONOMIA ORGANIZACIONAL

A palavra Ergonomia é derivada do grego “ergon”, que significa

“trabalho” e “nomos”, que significa “leis ou normas”. Seu principal objetivo é

desenvolver e aplicar técnicas de adequação do homem ao seu oficio, por meio

de normas eficientes e seguras de desempenhar visando a otimização do bem-

estar e, por consequência o aumento da produtividade.

Utilizar o computador ou realizar outro movimento manual repetitivo por mais de duas horas ao dia;

Ficar constantemente entediado ou ter uma visão negativa sobre o trabalho, postura incorreta;

Ter unhas longas; Fumar, ser obeso;

Ignorar pausas regulares; Ter articulações demasiadamente flexíveis;

Trabalho estressante; Ser diabético;

Não ter domínio sobre a carga de trabalho;

Executar o trabalho com mãos frias;

Estar grávida ou na menopausa; Não realizar exercício físico regularmente;

Ficar sentado durante muito tempo; Assento inadequado;

Freqüentemente manter posições estáticas;

Ter musculatura muito fraca ou muito tensa;

Manter cotovelos flexionados por longos períodos;

Ter problemas de visão não diagnosticados ou utilizar óculos impróprios;

Posto de trabalho impróprio; Ter artrite e/ou doenças da tiróide;

Utilizar inadvertidamente o computador por horas a fio;

Ter lazer relacionado à realização de movimentos repetitivos com mãos;

Manter um posicionamento indevido ao realizar funções;

Ignorar os fatores de risco.

A ergonomia aborda temas do contexto moderno de trabalho, os quais

são: a segurança no trabalho e a prevenção dos acidentes laborais. Assim, sua

função é “recomendar e direcionar para a criação de locais adequados e de

apoio ao trabalho, criando métodos laborais e sistemas de retribuição de

acordo com o rendimento (valorização, estudo do trabalho).” (MARTINS, 2008,

p. 19).

A ergonomia também define os horários adequados de trabalho,

sempre contemplando através de um aspecto humano sobre a empresa e suas

relações por ela estabelecidas.

A ideia que conceitua a Ergonomia é advinda da qualidade de adaptar

uma máquina ao seu operante, adaptando um manuseio eficiente para evitar

um esforço excessivo do colaborador no cumprimento do trabalho. As lesões

decorrentes de LER são um dos problemas físicos mais comuns que pode

originar certas limitações ou mesmo incapacidade de trabalhar. Por isso

empregar soluções ergonômicas no local de trabalho é uma ação que pode

proporcionar altos níveis de satisfação, tanto para o trabalhador quanto para a

empresa (OLIVEIRA, 1998).

A ergonomia nasceu da preocupação de aprimorar as condições de

trabalho insatisfatórias que ocasionam DORTs, ajudando assim, em sua

prevenção, aliviando possíveis desconfortos do trabalhador de escritório

através da análise ergonômica do trabalho.

De acordo com o Informativo da Legislação de Segurança e Medicina

do Trabalho (LSMT) - Associação Brasileira para Previdência de Acidentes

(ABPA), “para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características

psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise

ergonômica do trabalho” (LSMT - ABPA, 17.1.2, 1995). Com essa análise, é

averiguada a necessidade da utilização de mobiliário e equipamentos corretos.

De acordo com a legislação brasileira, o funcionário que faz uso do

computador na maioria de suas funções de trabalho, é caracterizado como

esforço repetitivo, e amparado por lei, tendo direito a “uma pausa de 10

minutos para cada 50 minutos trabalhados, não deduzidos na jornada normal

de trabalho” (LSMT - ABPA, 17.6.3, 1995). Entretanto o que nota-se é o próprio

trabalhador inerte a esta informação, desconhecendo os benefícios que este

direito lhe avaliza.

Segundo Martins (2008, p. 22), o trabalhador que utiliza o computador

deve estar realizando suas tarefas em um ambiente ergométrico dispondo de:

Uma cadeira com braços, tendo flexibilidade e apoio, que tenha quatro ou cinco pernas e rodinhas que lhe permitam fácil movimentação. Seu assento deve acomodar quadris e nádegas sem que fique muito curvo ou aquecido (ajustável), sendo que ele deve inclinar-se ligeiramente para frente ao escrever e inclinar-se ligeiramente para trás quando utilizar o teclado. A altura de cadeira deve ser adequadamente ajustada de acordo com sua tarefa e para acomodar sua própria altura (todos os ajustes mecânicos devem ser efetuados sem que o trabalhador saia da cadeira).

Martins (2008) continua seus apontamentos mencionando que é

importante observar sobre postura:

Ao sentar os pés devem ficar apoiados no chão;

Utilizar descanso para pés;

O espaço entre coxas e o lado inferior da mesa deve ser um ângulo

de 90 graus ou mais;

A posição do tronco deve manter-se na vertical e relaxada;

Apoio da região lombar pelo encosto da cadeira;

A utilização de todo o assento e o encosto da lombar apoiando o

tronco num ângulo de 90 graus ou mais;

Apoios de braços confortáveis.

Martins (2008) também faz observações sobre a mesa de trabalho do

servidor, a qual deve:

Ter profundidade mínima de 75 cm por 120 cm de largura;

Altura entre 56 cm e 74 cm aproximadamente para uso efetivo de

teclado e mouse se for ajustável;

Não deve ter bordas (cantos) afiadas;

Cotovelos devem ficar num ângulo de 90 graus, com braços e

mãos paralelos ao chão, por isso o teclado deve ficar numa altura entre

57,5 cm e 71 cm aproximadamente do chão;

A mesa que é utilizada para escrever e para a utilização do

mouse deve ter apoio à mão e punho.

Segundo Ramos e Merilyn, (2010), o cuidado com a localização do

monitor do computador requer atenção, pois certas doenças como enxaquecas

e tensão nos olhos podem se revelar se o colaborador estiver próximo ou longe

dele, por isso o computador deve estar de tal maneira que o topo da tela deve

nivelar com a altura dos olhos, situando-se entre 46 cm e 71 cm, segundo o

tamanho da tela, da imagem e resolução, segundo a condição de visão do

trabalhador.

A LSMT-ABPA (17.8.2, 1995) recomenda para que observe os

equipamentos usados para o trabalho, os que são eletrônicos com terminais de

vídeo:

a) condições de mobilidade suficientes para permitir o ajuste da tela do equipamento à iluminação do ambiente, protegendo-a contra reflexos, e proporcionar corretos ângulos de visibilidade ao trabalhador;

b) o teclado deve ser independente e ter mobilidade, permitindo ao trabalhador ajustá-lo de acordo com as tarefas a serem executadas;

c) a tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados de maneira que as distâncias olho-tela, olho-teclado e olho-documento sejam aproximadamente iguais;

d) serem posicionados em superfícies de trabalho com altura ajustável.

Os D.O.R.Ts costumam manifestar-se em trabalhadores que utilizam

por mais de quatro horas diárias o microcomputador por um longo tempo, em

média, dez anos, a ação de digitar pode desencadear o problema, assim

passam a ser o primeiro grupo de risco pela existência dos seguintes fatores:

Trabalho repetitivo;

Postura inadequada;

Teclados excessivamente duros, obrigando os trabalhadores a

dispensarem muita força nas mãos, ocasionando lesões (SOUZA,

1998).

É importante que programas de promoção à saúde do trabalhador

sejam integrados ao seu cotidiano, por meio de intervenções ergonômicas e

também a ginástica laboral.

4 GINÁSTICA LABORAL

Como já mencionado neste estudo, o trabalho contínuo em uma

mesma atividade pode originar problemas à saúde do trabalhador. O que

ocorre atualmente é que os servidores, em suas rotinas diárias, deixam de

cuidar de sua saúde, empenham-se em ser bons profissionais e deixam de

praticar exercícios físicos, tendo a falsa ideia de estar sanando as exigências

advindas de seu trabalho, ou então não realizando atividade física por estar

cansado e exausto de um dia de labor árduo, e consecutivamente, falha no

cuidado de sua saúde mental e física.

A importância da ginástica laboral vem de encontro a esta carência de

exercícios, com o objetivo de manter a saúde dos funcionários através de

exercícios físicos direcionados para determinadas atividades profissionais a

serem realizados durante o expediente. Estas ações devem ser direcionadas

por um profissional de educação física, para assim alcançar os resultados

almejados.

Os principais benefícios atribuídos à ginástica são:

Promove o combate e prevenção das doenças profissionais; Promove o combate e prevenção do sedentarismo,

estresse, depressão, ansiedade, etc; Melhora da flexibilidade, força, coordenação, ritmo, agilidade e

a resistência, promovendo uma maior mobilidade e melhor postura;

Promove a sensação de disposição e bem estar para a jornada de trabalho;

Reduz a sensação de fadiga no final da jornada; Melhora da autoestima e da autoimagem; Combate às tensões emocionais; Melhora da atenção e concentração as atividades

desempenhadas; Favorece o relacionamento social e trabalho em equipe; Melhoria das relações interpessoais; Reduz os gastos com afastamento e substituição de pessoal;

Diminui afastamentos médicos, acidente e lesões; Melhora da imagem da instituição junto aos empregados e a

sociedade (NAHAS, 2004, p. 55).

Em decorrências dos benefícios citados, a ginástica laboral ainda ajuda

a diminuir o afastamento dos trabalhadores por motivos de doenças

ocupacionais e acarreta no aumento da produtividade do colaborador.

A atividade física que caracteriza o ser humano, é inerente a sua

biologia e cultura, foco de interesse e pesquisas por seus benefícios a saúde

pública.

A ginástica apresenta em sua composição exercícios

físicos, alongamentos, relaxamento muscular e flexibilidade das articulações,

sendo individual ou coletiva, em horário e no ambiente de trabalho podem ser

realizados em grupo promovendo a descontração e interação entre os colegas

de trabalho. Também atua no aumento de concentração e autoestima.

A Ginástica Laboral é provinda de exercícios consentidos no local de

trabalho, agindo de forma preventiva e terapêutica para casos de doenças

ocupacionais, sem induzir o trabalhador à fadiga, por ter curta duração e

"destacar o alongamento e a compensação das estruturas musculares

envolvidas, nas tarefas ocupacionais diárias" (POLITO, 2003, p. 17).

Assegurando este conceito Oliveira (2008, p.11) sobrepõe que:

A Ginástica Laboral visa a promoção da saúde e melhora das condições de trabalho, além da preparação biopsicossocial dos participantes, contribui direta e indiretamente para a melhoria do relacionamento interpessoal, sem falar na redução dos acidentes, na redução do absenteísmo e consequentemente, no aumento da produtividade com qualidade.

A Ginástica Laboral designa-se em equilibrar os malefícios causados

pelo sedentarismo na saúde do trabalhador, por isso as empresas estimulam

as atividades no ambiente de trabalho, pois acarreta benefícios às

organizações também, quer sejam públicas ou privadas.

Deve-se saber que além de exercícios físicos, a ginástica laboral

"consiste em alongamentos, relaxamento muscular aliado a exercícios

respiratórios”. Em modo coletivo, necessita ser adaptada de acordo com a

função desempenhada pelo trabalhador. As pausas de 15 minutos realizadas

no decorrer do expediente para a ginástica laboral podem impedir muitos danos

causados pelas horas ininterruptas em frente ao computador.

Os exercícios dispostos visa abrandar o efeito das ações constantes a

que o trabalhador é submetido, seja ela de ordem física ou não, assim, deve

ser trabalhado os grupos musculares mais solicitados no decorrer da jornada

de trabalho.

Nahas (2004, p. 32) explica que a ginástica laboral "pode ser

classificada quanto ao horário de execução, se no início do expediente é

chamada de preparatória, se no meio é chamada compensatória e, se ao final

do expediente, é chamada relaxante”. Como metodologia referente à ginástica

pode ser disposta como exercícios de aquecimento ou preparatório,

compensatório ou de pausa, também de relaxamento ou final, sendo realizados

de acordo com os objetivos aspirados pela empresa e pelo colaborador.

O autor qualifica a ginástica laboral em três diferentes modos:

a) preparatória: é realizada antes do início da jornada de trabalho com duração de 8 a 15 minutos e seu objetivo principal é aquecer os grupos musculares que serão solicitados no desempenho das tarefas dos funcionários, fazendo com que se sintam mais dispostos no trabalho; b) compensatória: é a ginástica com menor duração, de 5 a 8 minutos, realizada durante a jornada de trabalho. Isso faz com que se interrompa a monotonia, aproveitando as pausas para executar exercícios específicos de compensação aos esforços repetitivos, e as posturas inadequadas solicitadas nos postos operacionais; c) Relaxamento: é realizado após o expediente do trabalho, sendo que o objetivo é oxigenar as estruturas musculares envolvidas nas

tarefas diárias prevenindo as possíveis lesões (NAHAS, 2004, p. 16).

Deve ser lembrado que promover atividades de ginástica no local de

trabalho é um meio de reeducar estes profissionais para inserirem exercícios

físicos como prática diária para uma vida com hábitos saudáveis, priorizando o

corpo que por vezes é suprimido e explorado pela jornada exaustiva a qual é

submetido no decorrer do trabalho.

Outro benefício estendido pela GL é a quantidade de estímulos

cerebrais de alto nível desencadeadas pela GL, tornando o individuo mais

desperto, desenvolvendo de forma mais eficaz suas tarefas laborais. É

recomendando que a cada uma (1) hora e meia trabalhada em ações

repetitivas o servidor faça pausas de dez minutos para realizar a ginástica

compensatória.

Ante todo o exposto no decorrer deste estudo, fica comprovado as

benfeitorias da GL, podendo ser observados tanto de curto quanto a longo

prazo nos profissionais praticantes. Assim como todo exercício, deve ser

realizada diariamente com a orientação do profissional em educação física,

deste modo obtêm-se todos os seus benefícios em sua plenitude, ocasionando

a qualidade de vida aos funcionários.

5 ANÁLISE DA INSTITUIÇÃO

O Núcleo Regional de Educação tem sob sua jurisdição sete

municípios, sendo eles: Assis chateaubriand, Brasilândia do Sul, Formosa do

Oeste, Iracema do Oeste, Jesuítas, Nova Aurora e Tupãssi. Atende a 30

Instituições de Ensino estaduais e 07 conveniadas, Prefeituras, Secretaria

Municipal de Educação e mantém parceria com diversas Secretarias de Estado

e Municipais. É composto por: 1 Chefe; 1 Assistente Técnica; 3 Agentes

Educacionais I; 8 Agentes Educacionais II; 37 Professores nos diversos

setores, os quais são organizados em equipes e respondem pelo cumprimento

de normas relativos à educação, serviços administrativos e pedagógicos,

subdivididos em vários setores.

6 METODOLOGIA

Este trabalho foi elaborado através de um estudo do tipo transversal,

descritivo, cuja análise dos dados foi quantitativa. Estudo transversal, para

Shiroma (2007) é realizado a partir de uma amostra por meio da população

consultada, com o objetivo de verificar se há relação entre a teoria apresentada

e os dados coletados. Neste caso, para a comprovação dos dados foi realizado

um questionário de 6 questões objetivas com 26 profissionais do Núcleo

Regional de Educação da cidade de Assis Chateaubriand, trabalhadores na

maior parte do dia em ofícios relativos a escritório.

O estudo quantitativo é definido por investigação de pesquisa ou

análise das características de fatores, uma das subdivisões deste tipo de

pesquisa é o estudo de descrição de população que possuem como função,

algumas características quantitativas de populações como um todo e que,

quando pesquisam aspectos amostrais, empregam escalas que permitem

quantificação. (MITLER, 2003). Para isso uma amostragem com 26 indivíduos

foi verificada por meio de um questionamento com sentenças objetivas e

análise observatórios no meio de trabalho.

A fundamentação teórica foi obtida através de pesquisa bibliográfica

em livros, teses, dissertações e demais publicações científicas pertinentes aos

objetivos deste estudo. A coleta de dados se deu por meio de questões

objetivas e contato pessoal com os participantes com a finalidade de informá-

los sobre o estudo, bem como torná-los cientes da importância da ginástica

laboral e incentivá-los a real efetivação do exercício físico no cotidiano para se

obter uma qualidade de vida satisfatória.

A pesquisa foi desenvolvida em três etapas: a primeira foi realizada um

relatório com medidas corporais dos 26 entrevistados; posteriormente uma

entrevista objetiva com 5 perguntas para avaliar o grau de insatisfação de

moléstias corporais atidas pelos entrevistados; e por fim após os 90 dias de

efetivação do projeto da ginástica laboral mensurar os possíveis benefícios por

ela ocasionados.

6 ANÁLISE DE RESULTADOS

6.1 PRIMEIRA ETAPA

Este projeto se iniciou em meados do mês de março onde a

pesquisadora convidou os 50 profissionais que trabalham no Núcleo Regional

de Educação de Assis Chateaubriand para participarem da pesquisa sobre o

beneficio da ginástica laboral na vida do trabalhador de escritório.

Para dar início ao projeto foi solicitado que os participantes

comparecessem para medição corporal, onde vários itens seriam avaliados e

descritos para que posteriormente fossem analisados e comparados após os

três meses de realização do mesmo. Entretanto averiguou-se que dos 50

trabalhadores apenas 26 compareceram para esta mensuração corporal.

Constatou-se que o ato de pesagem e medição de massa corpórea intimidou

os convidados, ficando constrangidos por esta ação. De acordo com o cálculo

de Índice de Massa Corpórea, aproximadamente 50% dos participantes

5%

45%

40%

10%

0%

Abaixo do peso

Peso ideal

Sobrepeso

Obesidade I

Obesidade II ou III

0%

50%

45%

5%

0%

Abaixo do peso

Peso ideal

Sobrepeso

Obesidade I

Obesidade II ou III

encontram-se acima do peso de acordo com os valores estipulados pelo

Ministério da Saúde que deve ser abaixo de 25 IMC (Kg/m2).

Fonte:OMS- Organização Mundial da Saúde.

Assim, constatou-se que das 20 mulheres analisadas, obteve-se os

seguintes resultados: 5% encontra-se abaixo do peso; 45% estão no peso

ideal; 40% estão em sobrepeso e 10% com obesidade I.

A análise realizada com os 6 entrevistados do sexo masculino

constatou que nenhum encontra-se abaixo do peso; 50% estão no peso ideal;

45% estão com sobrepeso; 5% com obesidade I.

0% 0%

100%

Até 2 horas

Até 5 horas

Acima de 5 horas

0%

30%

70%

Até 2 horas

Até 5 horas

Acima de 5 horas

A prática cotidiana de exercícios físicos é aconselhável para todos, em

especial os que estão acima do peso, pois podem apresentar malefícios à

saúde e interferência no rendimento laboral.

6.2 SEGUNDA ETAPA

Seguindo com o projeto da ginástica laboral, a segunda fase foi realizar

uma entrevista com os 26 participantes. Para isto foi elaborado um questionário

com 4 perguntas objetivas, com o intuito de avaliar e diagnosticar possíveis

malefícios laborais - dores, reclamações, incômodos, ocasionados pelo

trabalho diário em que estes profissionais de escritórios estão suscetíveis.

Foi questionado aos 26 profissionais a quantidade de horas que

permanecem sentados por dia no local de trabalho. 100% dos entrevistados

responderam que permanecem mais de 5 horas por dia sentados.

Foi perguntado quantas horas os 27 entrevistados, servidores do NRE,

utilizam o computador por dia em seu trabalho? 30% dos entrevistados

afirmaram que utilizam o computador diariamente por até 5 horas e 70%

asseguraram que trabalham na frente do computador por mais de 5 horas

diárias.

0%

100%

Não

Sim

100%

10%5%

Ombros/Costas

Mãos / Braço

Pernas

Continuando com os questionários, a terceira pergunta foi se após a

jornada diária de trabalho o servidor sente algum tipo de incomodo / dor? 100%

responderam que sim, sofrem com algum tipo de dor.

A quarta pergunta foi sobre qual a parte do corpo mais atingida por

moléstias laborais após o dia de trabalho. Os funcionários podiam escolher

mais de uma opção, porém a grande maioria, 100%, afirmaram que sentem

dores nos ombros e costas; 10% sofrem de dores nas mãos e braços e 5%

afirmam que sentem dores nas pernas.

De acordo com os dados observados foi analisado que 100% do

entrevistados sofrem de algum desconforto ou dor após um dia de trabalho,

como citado no decorrer do estudo estas dores podem ser decorrentes de LER

ou DORTs. É ciente por parte da pesquisadora, que apenas este questionário

realizado não seja suficiente para diagnosticar que o servidor sofre de alguma

lesão laboral, todavia é pertinente e válido para um exame mais aprofundado

posteriormente.

Após esta constatação, diariamente no período de 90 dias, durante os

três dias da semana foram realizados nos horários de intervalo das 10 horas da

manhã e às 15 horas da tarde, durante 15 minutos, uma profissional da área de

educação física realizava com os 26 servidores do NRE a ginástica laboral,

com o intuito de incentivar o hábito de praticar exercícios físicos e também

0%

100%

Não

Sim

amenizar os possíveis malefícios causados pela má postura ou ação repetitiva

decorrentes das atividades laborais.

Durante os minutos de GL foram contatado os benefícios, a disposição

dos trabalhadores e a ansiedade para que no horário determinado realizassem

a ginástica, mesmo depois da finalização do projeto os servidores pediam para

que continuasse a ginástica. Durante a atividade a pesquisadora questionava

se houve alguma melhoria com a realização da GL, unanimemente respondiam

que era aparente os benefícios decorrente do exercício. A professora também

mencionava que a atividade física deveria se tornar um hábito diário e além da

GL realizada no ambiente de trabalho, assim era incentivado e citado a

importância que a ginástica agrega a saúde do trabalhador acarretando em

benefícios à qualidade de vida.

6.3 TERCEITA ETAPA

Assim dando continuidade à pesquisa, após os 90 dias de GL no

ambiente de trabalho, foi realizada nova entrevista com questões objetivas par

aferir os benefícios referentes à ginástica praticada neste período. As duas

perguntas foram: Foi possível constatar algum benefício físico que amenizasse

o desconforto causado por movimentos repetitivos ou ininterruptos decorrentes

do trabalho? Perguntou-se também se os 26 entrevistados estariam

interessados em continuar este projeto laboral efetivamente no ambiente

trabalhista.

Todos os entrevistados responderam que houve melhora significativa

das dores, amenizando ou eliminando desconfortos causados pelo trabalho.

100% dos entrevistados mais uma vez responderam que tem interesse e

gostaram de realizar a GL no referido período.

Após a execução deste projeto constatou-se o êxito alcançado pelo

mesmo. Os 26 entrevistados mostraram-se dispostos a realizar as atividades

da GL, os 24 dos 50 funcionários que por motivo de constrangimento em medir

sua massa corpórea, por estarem acima do peso ou outro motivo adverso,

negaram em participar do projeto, todavia também querem realizar os

exercícios durante os 15 minutos de intervalo.

Foi averiguado que dos 26 profissionais que efetivaram o projeto 30%

iniciaram algum tipo de exercício realizado fora do ambiente de trabalho como:

academia de ginástica e musculação; RPG; Pilates e Hidroginástica, todos

incentivados pela ginástica laboral exercida no seu ambiente de trabalho. Isso

afere o bom resultado alcançado pelo projeto da ginástica laboral no Núcleo

Regional de Educação de Assis Chateaubriand.

CONCLUSÃO

Deposto as análises bibliográficas das pesquisas realizadas a respeito

da importância da GL para a saúde do trabalhador, averiguou-se sua eficácia

referente aos benefícios para a saúde do mesmo, aferindo sua eficiência, tanto

no tratamento como na prevenção de doenças laborais denominadas de LER

ou DORT‟s.

A atividade da ginástica laboral, planejadas e executadas por

profissionais competentes, que respeita as características biológicas de cada

indivíduo, fica assegurado os resultados positivos e benefícios decorrentes

desta prática, deixando de ser uma atividade de modismo banal, garantem

resultados satisfatórios ao trabalhador e à Instituição.

Os resultados mais satisfatórios descritos, segundo os autores

pesquisados, são: diminuição das dores corporais, minimização de casos

relacionados a doenças ocupacionais e aumento da produtividade laboral, os

quais são comprovados com a realização dos questionários e após a

realização da ginástica laboral obtidas no decorrer da semana. 100% dos

entrevistados afirmaram os benefícios decorrentes da GL. Isto pôde ser

constatado visivelmente com a melhoria na disposição dos servidores em

relação às suas atividades laborais, também se verificou o estímulo causado e

constatado na procura de atividades físicas além das exercidas em local de

trabalho.

Embora haja estudos que evidenciam os benefícios da GL, ainda

permeia a carência de maior quantidade de pesquisas que comprovem sua

eficácia de forma mais abrangente e detalha.

REFERÊNCIAS BRASIL, Ministério da Saúde. LER e DORT. Secretaria de Políticas de Saúde Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas Área Técnica de Saúde do Trabalhador. Brasilia, 2012. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/saude/2012/04/lesao-por-esforco-repetitivo-lerv> Acesso em 7 de Nov. 2014. COUTO, H. A. NICOLETTI, S. J. e LECH, O. Como gerenciar a questão das LER/D.O.R.T.: lesões por esforços repetitivos, distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho. Belo Horizonte: Editora Ergo, 1998. LSMT – ABPA. Legislação De Segurança E Medicina Do Trabalho – Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes. Informativo Sobre Legislação de Segurança e Medicina do Trabalho. ABPA 1995. MARTINS, C. O. Efeitos da Ginástica Laboral. Universidade de Santa Catarina, Florianópolis, 2008. MARTINS, C. O. JESUS, J. F. Estresse, Exercício Físico, Ergonomia e Computador. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, 2007. MITTLER, Peter. Educação Inclusiva: Contextos sociais. Porto Alegre: Artmed, 2003.

NAHAS, M. V. Atividade física, saúde e qualidade de vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. Londrina: Midiograf, 2004. OLIVEIRA, C. R. Manual Prático de LER: Lesões por Esforços Repetitivos. Belo Horizonte: Health, 1998. POLITO, E. BERGAMASCHI, E. C. Ginástica laboral: teoria e prática. Rio de Janeiro: Sprint, 2002. RAMOS B. S.; MERILYN A. B. Ginástica Laboral. 2010. SHIROMA, E. O. Política Educacional. Rio de Janeiro: Lamparina, 2007.