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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos Versão Online ISBN 978-85-8015-080-3 Cadernos PDE I

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-08-02 · do primeiro livro da saga Percy Jackson e os Olimpianos, O Ladrão de Raios, para ampliar a discussão sobre temas

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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

Versão Online ISBN 978-85-8015-080-3Cadernos PDE

I

LEITURA DIRIGIDA DA OBRA “O LADRÃO DE RAIOS”

Profª PDE: Thaís Céli Carvalho Guimarães Endo

Orientador: Prof. Dr. Thiago Alves Valente

RESUMO: Mesmo com tanto empenho para a democratização da leitura em nosso país, cerca de 21 milhões de brasileiros afirmam que leem por obrigação, segundo o Instituto Pró-livro, na pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, em sua 3ª edição. Dessa forma, sendo a escola o local onde se realiza a maior parte das atividades de leitura com caráter formativo e emancipador, a proposta didática implementada pretendeu partir da leitura desafiadora das trezentas e oitenta páginas do primeiro livro da saga Percy Jackson e os Olimpianos, O Ladrão de Raios, para ampliar a discussão sobre temas elencados na trama, com textos verbais e não-verbais de teores estéticos diferenciados. Para tanto, um roteiro de leitura, que dividiu a obra em quinze encontros semanais foi desenvolvido e implementado, contemplando também os textos e atividades de ampliação e aprofundamento. Como apoio, as tecnologias digitais de informação e comunicação presentes na escola servirão ao intenso trabalho com o desenvolvimento do ser-leitor. Vale ressaltar que este foi desenvolvido com alunos de um 6º ano do ensino fundamental, do Colégio Estadual Monteiro Lobato, de Cornélio Procópio – PR, com base teórica firmada na Estética da Recepção e a contribuição significativa da leitura de massa como abertura para o desenvolvimento do aluno leitor.

Para quem já descobriu o prazer da leitura, é difícil entender como é

possível alguém não gostar de ler. Isso pode até ser um lugar-comum para

quem tem na prática de leitura uma atividade rotineira; o certo é que a leitura

se faz necessária para a vida do ser humano em todos os sentidos. Através

dela, Informação, emoção, sonhos, realidade são representações encontradas

na literatura extraindo visão histórica, política e social, uma tomada de

consciência que se traduz como resultado de uma interação ao mesmo tempo

receptiva e criadora, como afirmam Bordini e Aguiar (1988, p.14). Ainda o

MEC (2006) propõe a formação de um leitor que pense, critique e construa

competências sociolinguísticas como meio de inclusão social e cultural no

contexto em que está inserido. Assim, pensar a leitura em sala de aula é

pensar na emancipação, na formação do ser enquanto “humano”.

Através dos conhecimentos que são adquiridos com os estudos diários,

as leituras que os estudantes desenvolvem são para serem seres-no-mundo.

Quanto mais leituras, mais perspectivas, mais descoberta de sentidos para o

universo particular e social de cada indivíduo envolvido no processo de ler.

Como explana Silva “O ato de ler é, fundamentalmente, um ato de

conhecimento. E conhecer significa perceber mais contundentemente as forças

e as relações existentes no mundo da natureza e no mundo dos homens,

explicando-as.” (1995, p. 12). Desse modo, o ato de ler, que muitos acreditam

como sendo hábito é, necessariamente, uma prática que adquirimos e

desenvolvemos constantemente a partir do contato com a leitura. Não existe

outro caminho. Uma leitura pode ser o gatilho para muitas outras advirem.

Podemos, portanto, encontrar leitura com nível estético mais elevado, as

quais exigem uma profundidade maior de inferências, que exigem um leitor

mais experiente; e outras, mais simples, que também são formas de se chegar

a uma leitura mais complexa. O fato é que para o próprio leitor poder

estabelecer seu repertório de leitura, ele terá que formar seu repertório de

leituras. Para se gostar de alguma coisa, primeiramente tem que se permitir o

acesso. Depois, ao contato constante com níveis diferentes na intensidade, ou

seja, propiciar ao aluno algo mais próximo ao seu gosto literário, pode ser um

bom começo para se desenvolver um amplo sabor à leitura em diversos níveis

de dificuldade. Dessa forma, para que o aluno de fato consiga interagir como

sujeito-leitor, “interprete e compreenda o conteúdo e as intenções pretendidas

pelo autor” e construa sentidos, como afirma Antunes (2003, p.67).

O conhecimento de teorias que fundamentam a literatura, desde

conceitos de imitação, até da arte pós-moderna, precisam estar bem resolvidos

para se entender o “lugar” da leitura de obras consideradas de menor valor até

chegar a obras consideradas de alto valor. Ainda em Bonnici (2009, p. 152) é

discutida a questão da oposição entre “a alta‟ cultura (a literatura é incluída

nessa categoria) e as „culturas‟ das classes baixas que permeia praticamente

toda a crítica ocidental, inclusive a de nações jovens influenciadas pelo

Ocidente”. Nesse caso, é de se pensar também critérios para que a literatura

que é ensinada na escola tenha o seu devido lugar de permanência nos livros

didáticos. Essa questão, principalmente, pelo fato da presença de alguns

autores nos livros didáticos e outros não. Sabido é que os mais jovens têm uma

familiaridade expressiva quanto ao uso das novas tecnologias digitais de

informação, de comunicação e principalmente são levados pelo que acima foi

chamada de cultura que sofre influência, no nosso caso, a norte-americana.

Como afirmam Bordini e Aguiar, a escolha dos textos para iniciar o trabalho é

de suma importância para atrair e aproximar o jovem leitor do processo e a

partir daí a provocação para novos textos e interesses e assim, criar o hábito

da leitura.

O atendimento aos interesses do leitor, a provocação de novos

interesses que lhe agucem o senso crítico e a preservação do caráter lúdico do

jogo literário. Levando em conta esses aspectos, o professor está recuperando

para o aluno as funções básicas de toda arte: captar o real e repassá-lo

criticamente, sintetizando-o de modo inovador, através das infinitas

possibilidades de arranjo dos signos. Como resultado final, um comportamento

permanente de leitura, em que o texto se apresenta como um desafio a ser

vencido em inúmeras atividades participativas. Sua apreensão redundará em

situações gratificantes que vão garantir a continuidade do processo de fruição

da leitura. (1988, p. 28).

Ao atender as expectativas dos estudantes, o professor está também

atendendo aos interesses sobre determinado texto ou assunto de seus alunos.

Isto gera uma condição favorável de leitura, de forma tal a permitir o envolver-

se com o lido. Segundo as autoras, os estudantes que estão no sexto ano do

ensino fundamental – série de implementação deste projeto –, em seus doze

anos aproximadamente, apresentam-se na quarta fase quanto à determinação

dos interesses literários e o prazer do texto. Vejamos o que elas dizem:

4ª fase: Idade da história de aventuras ou fase apsicológica, orientada

para as sensações (12 a 14 anos). É o período da pré- adolescência, em que o

conhecimento da própria personalidade e o desenvolvimento dos processos

agressivos ativam a vivência social e a formação de grupo. Os interesses de

leitura preenchem as necessidades do leitor através de enredos

sensacionalistas, histórias vividas por gangues, personagens diabólicos,

histórias sentimentais (p. 21).

As estudiosas também apontam em sua pesquisa realizada com 80

professores de 1º e 2º graus da grande Porto Alegre (RS), nos anos 1980, que

o interesse por este ou aquele tema tem a ver com o sexo dos adolescentes.

Os meninos gostam mais de aventuras e guerras e a meninas de histórias

sentimentais. Então, a obra que teremos como base de estudos deste projeto,

tende a agradar a eles e elas, visto que apresenta uma mescla dessas

temáticas e com personagens principais também adolescentes. Outra

característica que também chama a atenção desses jovens estudantes. Ainda

é preciso apontar que, de acordo com as Diretrizes da Educação Básica (DCE),

de Língua Portuguesa, a leitura:

[...] é vista como um ato dialógico, interlocutivo. Trata-se de propiciar o

desenvolvimento de uma atitude crítica que leva o aluno a perceber o sujeito

presente nos textos e, ainda, tomar uma atitude responsiva diante deles. Sob

esse ponto de vista, o professor precisa atuar como mediador, provocando os

alunos a realizarem leituras significativas. (2008, p.71)

A leitura de boas obras literárias de prosa de ficção estimula o intelecto

dos estudantes, desenvolve sua imaginação, auxilia na elaboração de suas

emoções, contribui para a construção de sua identidade e de seu

amadurecimento cognitivo e ético, além, naturalmente, de desenvolver sua

capacidade linguística. Isso, para dizer o mínimo. (CECCANTINI; VALENTE,

2014, p. 27)

A implementação aconteceu com uma leitura envolvente, por sua trama

cheia de aventuras, linguagem mais acessível, personagens da mesma faixa

etária dos estudantes, ficção/fantasia, como elementos sedutores e

desafiadores para uma leitura de trezentas e oitenta páginas enredada em

muitas peripécias e emoção.

Vejamos na sequência, como a implementação aconteceu.

Relato da Implementação

A implementação da Produção Didático-Pedagógica “O Ladrão de

Raios” foi feita com os alunos do 6º ano D, do período matutino, do Colégio

Estadual “Monteiro Lobato”, de Cornélio Procópio e contou com o apoio das

Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação presentes no ambiente

escolar. Devo dizer que a obra “O Ladrão de Raios” foi uma boa escolha.

Muitas eram as angústias que permeavam a realização do trabalho. Angústias

estas, que se esvaíram durante o desenvolvimento da proposta.

As estratégias de ação que foram utilizadas estão de acordo com

orientação do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE –, Diretrizes

Curriculares da Educação Básica - Língua Portuguesa - e do Projeto Político-

Pedagógico do referido colégio.

Partimos do pressuposto de que ler é uma prática básica, essencial para

a vida do ser humano, e visando incentivar o hábito da leitura, essa proposta

teve como propósito a leitura da obra O Ladrão de Raios, de Rick Riordan, com

vista à ampliação de leitura com outros textos (verbais e não-verbais)

relacionados à dialogicidade intertextual presente na trama.

A metodologia consistiu em uma sequência didática com atividades

interrelacionadas que abrangeram o trabalho de ensino da leitura como prática

social sob o viés da análise narrativa, fundamentada na Estética da Recepção

segundo Bordini e Aguiar.

O trabalho com a leitura da obra foi desenvolvido nos quinze encontros

com duas aulas geminadas, como sugerido nos comandos apresentados no

corpus da Produção Didático-Pegagógica e outras mais. O colégio

disponibilizou um exemplar da obra para cada aluno desenvolver a leitura em

casa, que foi dividida por capítulos lidos durante cada intervalo entre os

encontros. Em sala, foram feitas as retomadas de leitura para a discussão

sobre os capítulos já lidos durante a semana, a fim de salientar os principais

elementos narrativos presentes. A professora pautou-se na sequência dos

elementos disponibilizados na apresentação capitular do livro. Porém, nada de

ficha técnica de leitura, o objetivo foi a discussão sobre a compreensão textual.

Para tanto, a docente se fez mediadora na descoberta dos sentidos.

As atividades foram concluídas no dia18 de setembro de 2015.

Assistiram ao filme previamente, fizeram as discussões finais sobre as

diferenças entre o livro e o filme e então, eles completaram a proposta com o

desenvolvimento das propagandas do livro que foram afixadas nos corredores

do colégio como incentivo à leitura para os demais.

O trabalho foi surpreendente! Vinte e nove alunos receberam o livro,

destes, vinte e seis realmente leram o livro e participaram satisfatoriamente de

todas as atividades solicitadas. Era perceptível quem lia e quem não já nos

momentos de retomada. A maioria queria comentar e até trazer outras

informações mitológicas para o contexto. Sabiam do que estavam falando!

Com o livro, além de trabalhar todas as proposições apresentadas na

Produção, aproveitei o interesse e o envolvimento dos estudantes para

trabalhar também outros conteúdos de Língua portuguesa, pois esta turma

havia ficado sem livro didático, logo usei este livro como base para os demais

estudos, ainda mais que os alunos estavam lendo para valer. Foram sim quinze

encontros para trabalhar a sequência anteriormente desenvolvida, no entanto,

passamos o semestre em volta de “O Ladrão de Raios”.

Os Encontros

Antes do primeiro encontro, comentei com a turma sobre o trabalho de

leitura que nós iríamos desenvolver. Quando mencionei o título da saga e da

obra a ser lida já observei um certo interesse por parte dos alunos, eles

disseram. E neste, momento contei um pouquinho, fiz uma sinopse, um tanto

dramática, sobre a trama. Percebi alguns olhinhos brilharem! Julgo ter sido um

bom começo.

No dia seguinte, cheguei na sala com uma caixa preta com todos os

livros dentro e ainda escrevi na lateral “Exclusivo 6º D”. Peguei o meu

exemplar, que estava na bolsa e mostrei à turma. Então, depois do suspense,

entreguei um exemplar novinho a cada aluno. Pedi a eles que o folheassem, o

cheirassem, o observassem. Começamos a exploração textual pela capa, os

aspectos visuais, os nomes, as cores. Falamos um pouco sobre outras sagas,

outros livros que leram e gostaram.

Feito isso, lemos as informações trazidas nas orelhas sobre o livro e

sobre o autor. E enfim, começamos a leitura do primeiro capítulo “Sem querer,

transformo em pó minha professora de iniciação à álgebra”, fazendo o

levantamento de qual universo pertencem professora de álgebra, transformá-la

em pó e aspectos estes relacionados ao título. Iniciei a leitura até o momento

em que a personagem se apresenta, na página 9: “Meu nome é Percy Jackson.

Tenho doze anos de idade. Até alguns meses atrás, era aluno de um internato

na Academia Yancy, uma escola particular para crianças problemáticas no

norte do estado de Nova York.”

Mais olhinhos brilharam! Eles continuaram a leitura em casa até o

encontro seguinte na sexta posterior.

Ainda neste momento, os alunos receberam uma termo de

responsabilidade sobre o livro em empréstimo para preencher. Julguei

necessário aproveitar o momento para trabalhar a questão da responsabilidade

de cuidar de seus materiais de estudos e o respeito ao livros e demais

materiais da biblioteca.

No segundo encontro, fizemos a retomada do 1º capítulo para a

discussão e foi perceptível que a grande maioria de fato havia lido. Foram

questionados sobre as ações narrativas desenvolvidas no capítulo e os

personagens presentes, os mais importantes (primários e demais os

(secundários) na trama. Depois da discussão inicial, os alunos receberam o

texto “Tentação”, de Clarice Lispector, a fim de que fizessem um paralelo com

a presença constante da provocação de Nancy a Percy, por sua necessidade

de chamar a atenção dele e pela identificação que ela busca com o garoto.

Identificação esta quanto ao se sentir diferente.

No início do texto da Lispector já temos a provocação aos sentidos e que

nos leva a perceber uma revolta involuntária: Ela estava com soluço. E como

se não bastasse a claridade das duas horas, ela era ruiva.

Na rua vazia as pedras vibravam de calor - a cabeça da menina flamejava.

Sentada nos degraus de sua casa, ela suportava. Ninguém na rua, só uma

pessoa esperando inutilmente no ponto do bonde. E como se não bastasse seu

olhar submisso e paciente, o soluço a interrompia de momento a momento,

abalando o queixo que se apoiava conformado na mão. Que fazer de uma

menina ruiva com soluço? Olhamo-nos sem palavras, desalento contra

desalento. Na rua deserta nenhum sinal de bonde. Numa terra de morenos, ser

ruivo era uma revolta involuntária. Que importava se num dia futuro sua marca

ia fazê-la erguer insolente uma cabeça de mulher? Por enquanto ela estava

sentada num degrau faiscante da porta, às duas horas.

O trecho acima descreve a revolta involuntária da garota em sua ruivice

(diferente em uma terra de morenos), assim como a de Nancy: [...] Nancy

Bobofit apareceu diante de mim com as amigas feiosas - imagino que tivesse

se cansado de roubar dos turistas - e deixou seu lanche, já comido pela

metade, cair no colo de Grover.

-- Oops! - Ela arreganhou um sorriso para mim, com os dentes tortos. As

sardas eram alaranjadas, como se alguém tivesse pintado o rosto dela com um

spray de Cheetos líquido. É perceptível que ambas desejavam a atenção de

alguém especial. Logo, o tema aqui que foi ampliado, “A revolta involuntária

por ser diferente”, encontrou no texto complementar este sentimento

involuntário e ao mesmo tempo a identificação com um outro ser. No caso, a

garota ruiva acompanhada apenas de sua bolsa vermelha, sentada no portão,

ao meio dia, observando a rua morta, de repente se identifica com um

cachorrinho que vinha acompanhando sua dona, embaixo de um sol

escaldante, que também se fez ruivo. E, num encontro profundo de olhares se

encontram como seres no mundo.

Observei no momento da discussão que o texto foi um pouco denso,

alguns alunos não conseguiram captar muito bem a correlação da revolta,

então passei o vídeo, que seria uma representação fílmica do conto com a

narração deste. Daí sim, aqueles que não haviam entendido muito bem já se

mostraram um pouco menos alheios. E os que já haviam compreendido e

abstraído fizeram algumas correlações de revolta involuntária de um colega de

outra turma que apresentava o mesmo perfil das personagens. Sobre os

colegas eles disseram que “Professora, o David do 6º A é igualzinho! Ele é

terrível! Vive provocando todo mundo! Ele é tão ruivo que chega irritar!”

Nesta turma, tenho um aluno de quinze anos (os demais têm entre 10 e

12 anos, tendo os de doze, repetido de ano em algum momento escolar) que

apresenta um laudo médico de atraso mental por conta de uma paralisia

cerebral moderada que teve quando bebê. Então, por conta dele, precisei

adaptar algumas atividades, deixando-as um pouco mais lúdicas, como o caso

de passar o vídeo.

Para o terceiro encontro, os alunos receberam como tarefa de casa a

leitura dos capítulos 2 e 3 “Três velhas senhoras tricotam as meias da morte” e

“Grover de repente perde as calças”.

No terceiro encontro propriamente dito, fizemos a retomada da leitura e

a discussão proposta no roteiro de atividades e como ampliação do tema

“Identidade: a angústia em não se saber quem é”, foi apresentadas aos alunos

a canção e música “A lenda do Pégaso”, de Jorge Mautner, para ler, ouvir e

cantar junto à professora e, no final, na parte que se repete a palavra Pégaso

por diversas vezes representamos o bater das assas do cavalo alado. Os

alunos adoram. Na sequência, apresentei a eles as devidas explicações sobre

A Lenda do Pégaso. Fizemos as correlações entre “o passarinho feio” e o

protagonista da saga.

Não passei o vídeo, percebi que apenas com o que havia sido

trabalhado até o momento já havia deixado a aula “redondinha”.

Um adendo: os alunos gostaram tanto da música que, dias depois

precisamos montar uma apresentação para a mostra cultural do colégio e eles

solicitaram cantar a música. E, diga-se de passagem, ficou bem bonito! Mesmo

a letra e o ritmo sendo difíceis. Ensaiamos por duas semanas e a apresentação

foi feita. Colocarei algumas fotos no final.

Para o quarto encontro, foi solicitado aos alunos que lessem em casa o

capítulo 4 “Minha mãe me ensina a tourear”.

No quarto encontro, fizemos a retomada da leitura do capítulo solicitado

e antes da ampliação temática, fizemos um estudo sobre o Minotauro segundo

Thomas Bulfinch: Minotauro, monstro com corpo de homem e cabeça de touro,

forte e feroz, que era mantido num labirinto construído por Dédalo, e tão

habilmente projetado que quem se visse ali encerrado não conseguiria sair,

sem ajuda (2002: p. 188). E assistimos a um vídeo do Sítio do Pica-Pau

Amarelo, no qual o Minotauro rapta a tia Anastácia, para que os alunos

tivessem uma maior interação sobre este monstro mitológico e sua presença

em histórias infantis. No caso a escolha pelo Sítio do Pica-Pau Amarelo se deu

para fazer uma correlação também com Monteiro Lobato, visto que é o patrono

de nosso colégio. Aproveitei também para mostrar diversos títulos/exemplares

do autor presentes em nosso acervo bibliográfico.

Feito isso, na aula seguinte, fomos para a ampliação do tema “ A perda

de um ente querido”. Os alunos receberam o texto “A Montanha Encantada dos

Gansos Selvagens”, de Rubem Alves e fizeram a leitura junto à professora, a

fim de um paralelo com a dor sentida no texto e a de Percy ao perder um ente

querido. Uma aluna (M.L.C, 10 anos) que perdeu o pai há dois anos descreveu

seus sentimentos de dor como “ Parece que meu pai morreu a tanto tempo, a

saudade que sinto me traz lembranças de quando eu era bem pequena, a dor

parece uma pedra de gelo dentro do meu coração.” Fizemos nesta etapa um

registro com atividade escritas correlacionando os dois textos.

Para o quinto encontro, os alunos leram em casa os capítulos 5 e 6 “Eu

jogo pinochle com um cavalo” e “Minha transformação em senhor supremo do

banheiro”.

Na retomada do capítulo, sexta-feira da semana seguinte (pulamos uma

sexta por conta de uma outra atividade do colégio), fizemos as devidas

discussões propostas nos encaminhamentos da Produção e, para a ampliação

do tema “A importância dos nomes”. Para esta, apresentei a origem do nome

Thais, do Dicionário de Nomes disponível no Portal Dia a Dia

(http://www.dicionariodenomes proprios. om.br/thais/). Também a história da

escolha do nome pelos pais, a capa e sinopse do livro Thais, de Anatole

France e a música “Meditation from Thais”, de Jules Massenet, e expliquei que

a música é parte de uma ópera com base no livro Thais, ou seja, trata-se de

uma música clássica.

Feito isso, pedi aos alunos para que em casa pesquisarem no Portal Dia

a Dia o significado de seus nomes e produções diversas que constassem seus

nomes. Também tiveram que perguntar aos pais sobre o porquê da escolha. A

maioria conseguiu encontrar significado e produções.

Fizemos então uma discussão sobre a importância dos nomes, visto

que, na narrativa do Percy Jackson, os nomes têm força e poder ao serem

pronunciados.

Para o sexto encontro, os alunos leram em casa os capítulos 7 e 8, “Meu

jantar se esvai em fumaça” e “Nós capturamos uma bandeira”. Fizemos a

discussão e para a ampliação do tema “A importância do trabalho em equipe”

de acordo com o apresentado na Produção.

No sétimo encontro, fizemos a retomada dos capítulos 9 e 10 e para a

ampliação do tema “A importância de ser útil, os alunos assistiram ao filme O

homem de Aço. Eles pediram para assistir e como estavam desenvolvendo o

trabalho com empenho, resolvi agradá-los. Penso que estes acordos sejam

interessantes. Acredito que envolvidos e motivados eles consigam ter um

aprendizado melhor. Depois fizemos uma nova discussão e desenvolveram

suas produções. Ao final, colocarei alguma para a exemplificação.

No oitavo encontro os alunos leram os capítulos “Nossa visita ao

empório de anões de jardim” e “Um poodle é o nosso conselheiro”. Fizemos as

devidas discussões e para a ampliação do tema “Nada é de Graça”, leram a

Fábula João e Maria. Algumas correlações com a chegada dos jovens à casa

da Medusa foram feitas. Como o colégio me exigi registros, neste momento,

fizemos também uma atividade avaliativa extra de interpretação e

intertextualidade com ambos os textos. Para os 26 discentes leitores foi apenas

mais uma atividade, pois se saíram muito bem.

Neste encontro, foi interessante um paralelo que fizeram com a “Van

preta”. Parece lenda urbana, mas nos dias de desenvolvimento desta etapa, a

mídia local estava alertando os pais sobre uma suposta Van preta que estava

raptando crianças em saída de colégio. Chegou a ser noticiado que em uma

determinada escola uma menina de 9 anos tinha sido raptada e desaparecido.

Então, os alunos estavam polvorosos por conta do fato, eles disseram “É

verdade professora, a Van preta estava estacionada lá perto de casa estes

dias, eu vi e fiquei com muito medo!” (C. A, 10 anos)

Após a leitura e discussão dos dois capítulos seguintes, no nono

encontro, como ampliação do tema “sempre esperamos o pior”, os alunos se

emocionaram com a parábola (texto e vídeo) “O lenhador e a raposa”. Fizemos

então um paralelo com o “mergulho para a morte”, do capítulo “Me torno um

fugitivo conhecido”. Fizeram então suas produções textuais como se fossem

fugitivos e que sempre deveriam prever o pior para não serem pegos.

Algo me chamou a atenção, na apresentação dos textos, uma aluna

concluiu por si só que “É melhor sempre prever o pior para tentar evitar que ele

aconteça.” – palavras dela (M. C. R.)

No décimo encontro, após a leitura e retomada dos capítulos 15 e 16,

trabalhamos um pouco mais com os animais da mitologia. Primeiro, assistiram

algumas cenas do filme Harry Potter e a Pedra Filosofal, na qual Argos se

apresenta cuidando dos animais mitológicos na escola – um bestiário. Então,

entreguei a eles alguns nomes de animais/monstros mitológicos e solicitei que,

em casa, pesquisassem a representação imagética e a descrição deles (fiz um

sorteio de pesquisa, apenas um para cada), para a composição de um mural.

Foi engraçado um fato relatado por uma pequena, ela disse que “Professora,

pesquisei tanto, que fiquei com medo da Quimera, cheguei a sonhar que ela

estava me perseguindo. Minha mãe me acordou, disse que eu estava chorando

dormindo” (M. L. C).

Montado o mural, fizemos várias observações e cada dupla produziu

uma nova fera mitológica com suas descrições. Foram bem ousados e

apresentaram criações um tanto originais. Montamos um novo mural.

No décimo primeiro encontro, foi feita a leitura e a retomada dos

capítulos “Vamos comprar camas d‟água” e” Annabeth usa a aula de

adestramento”. Para ilustrar a decida ao mundo dos mortos, os estudantes

assistiram a um trecho do filme Amor Além da Vida, o que mostra a decida do

protagonista ao inferno. Após a visualização artística dos espaços do mundo

subterrâneo e todo o enredo poético que representa, muitos questionamentos

foram feitos e eles criaram, por conta própria, uma paralelo entre o mundo dos

mortos e o inferno segundo os católicos, visto que a maioria é dessa religião.

Um garoto (W. H. V., 11 anos) disse que “O mundo dos mortos é o inferno dos

católicos, é igualzinho o que meu pai e a catequista falam.” Foi bem

interessante eles estabelecem tais semelhanças e perceberem que as crenças

se recriam.

Em sequência, como ampliação do tema “Todos gostam de atenção”, os

alunos receberam impresso o texto complementar “O Gigante Egoísta” (Oscar

Wilde) para a leitura conjunta. Fizemos então alguns apontamentos sobre a

carência de atenção do Gigante, Caronte e Cérbero, que quando tratados bem

se tornaram melhores.

Os alunos registraram no quadro, em duas colunas, atitudes que gostam

e que não gostam advindas dos colegas. Aproveitamos o ensejo para o registro

em duas cartolinas dessas atitudes e firmamos um contrato pedagógico, que foi

fixado no fundo da sala.

No décimo segundo encontro, feita a discussão sobre os capítulo

dezenove e vinte, os alunos leram o texto “A Verdade e a Fábula” (Malba

Tahan), como ampliação do tema “A verdade sempre aparece”. Feito paralelo

com o capítulo que apresenta as verdadeiras intenções do “parente imbecil”,

partimos para a leitura dos dois últimos capítulos.

No décimo terceiro encontro, a leitura foi feita de forma diferente. Até o

momento, eles liam em casa, mas resolvemos ler juntos os capítulos finais. Ao

lado do colégio tem uma pracinha bem arborizada, com vários bancos e um

gramado atrativo. Combinamos previamente que para lá iríamos, com o aval da

direção. Cada um escolheu onde ficar para ler o penúltimo capítulo.

No dia seguinte, na sala, lemos, ou melhor li, com certa dramatização o

último capítulo para eles. Com exceções, acompanharam direitinho a leitura.

Mas dava gosto de olhar para os rostinhos deles que estavam atentos, fitos em

mim. Alguns já haviam lido em casa. Como não dava tempo, entreguei o texto

complementar “O amigo da onça”, pedi para que o lessem em casa e

registrassem no caderno o significado da expressão “amigo da onça” e

também, estabelecessem um paralelo do texto com Luke, do capítulo “a

profecia se cumpre”.

No dia seguinte retomamos a atividade e comentamos o que haviam

escrito. Alguns reproduziram fatos acontecidos com eles mesmos com certos

“amigos” e a enrascada que se meteram. Por exemplo, o aluno J. V. S, de 11

anos, relatou sobre a quebra de um vidro da janela de uma sala de aula que

fica próxima a quadra, que um “amigo” inseparável disse à diretora quando

chamado para esclarecer o fato, já que alguém havia visto a peripécia e contou

a diretora “ Foi o J. V. que jogou uma pedra em mim e acertou no vidro (L. L.,

15 anos). “Mas foi o contrário, professora. Ele que jogou uma pedra em mim

porque a gente estava brincando e ele não gostou de ter perdido. Daí, ele disse

para a diretora que fui eu, mas foi ele”. Mui amigo, hein?!

Marcamos então, para a semana seguinte “ A Seção Cinema”, na qual

assistimos ao filme “Percy Jackson e o ladrão de raios”. Os comentários sobre

as duas obras começaram até mesmo antes de virem o filme. Começaram com

os títulos, que alguns discentes já perceberam que no livro o título (O ladrão de

raios) não dá idéia de quem havia roubado o raio. Já no filme, o título já diz que

não foi o Percy, por conta do “e”. Perceberam a enumeração. A Aluna M. E. B.,

10 anos, disse “No livro o título é „O ladrão de raios‟, não dá idéia de quem é o

ladrão e até dá para pensar que pode ser o Percy, mas no filme já diz que não

foi ele, porque está escrito „Percy Jackson e o ladrão de raios‟, então tem ele e

quem roubou o raio.” Surpreendi-me muito com apontamentos que foram

fazendo ao longo do processo sem serem instigados diretamente para isso.

Visto o filme, partimos para a diferenciação das duas produções. Fomos

listando-as no quadro que ficou completamente cheio. Pedi aos alunos depois

que terminamos, que copiassem no caderno. Conseguiram perceber

nitidamente as tantas diferenças entre o livro e o filme.

Para a aula seguinte, solicitei que aos pares, trouxessem cartolina e

demais materiais que julgassem necessários para a confecção de um cartaz

propaganda do livro.

Como atividade final, mostrei aos estudantes algumas propagandas de

filmes do cinema para que observassem as características do gênero textual.

Em seguida desenvolveram uma propaganda do livro, na qual instigavam os

colegas de outras turmas a lerem a obra.

As produções atenderam satisfatoriamente aos encaminhamentos.

Fizemos juntos alguns ajustes ortográficos e semânticos. Concluídas, afixamos

todas espalhadas pelo colégio. Pena que não durou muito, pois nos turnos que

a escola é compartilhada, os cartazes foram sendo retirados. No dia seguinte

alguns já não estavam mais nas paredes. Nem cheguei a fazer registros

fotográficos.

Considerações Finais

A leitura dirigida da obra O Ladrão de Raios foi significativa e

oportunizou aos alunos a leitura de uma obra extensa, considerada leitura de

massa, mas que permitiu a introdução de outras obras mais estéticas, de forma

que o resultado do processo de leitura só poderia ser o esperado -- a

ampliação do universo leitor dos alunos.

No primeiro encontro o livro foi apresentado aos estudantes, cada um de

posse de um exemplar. E, o início da leitura de seu em sala e a continuação

toda em casa. Para esse momento, foi solicitada a leitura apenas do primeiro

capítulo.

No segundo encontro fizemos o estudo do capítulo inicial já lido pelos

discentes Sem querer, transformo em pó minha professora de iniciação à

álgebra. E, para a ampliação do tema “A revolta involuntária por ser diferente”,

trabalhamos o texto Tentação (Clarice Lispector).

No terceiro encontro, ampliamos a leitura do 2º e 3º capítulos Três

velhas senhoras tricotam as meias da morte e Grover de repente perde as

calças, a ampliação com a canção e música A lenda do Pégaso, de Jorge

Mautner, para o tema “Identidade: a angústia em não se saber quem é”. Como

complemento assistimos um trecho do filme Fúria de Titãs.

No quarto encontro houve a retomada do capítulo Minha mãe me

ensina a tourear e a ampliação de estudos com A origem do Minotauro,

segundo Thomas Bulfinch; um episódio do Sítio do Pica-Pau Amarelo em que o

Minotauro rapta a Tia Anastácia; a leitura e exploração do texto A Montanha

Encantada dos Gansos Selvagens, de Rubem Alves, para a abordagem da

temática “A perda de um ente querido”.

No quinto encontro foi feito o estudo dos capítulos Eu jogo pinochle

com um cavalo e Minha transformação em senhor supremo do banheiro.

Fizemos um estudo sobre a importância dos nomes na ampliação temática,

com pesquisas sobre os próprios nomes dos discentes.

No sexto encontro a retomada dos capítulos Meu jantar se esvai em

fumaça e Nós capturamos uma bandeira. Como ampliação do tema “A

importância do trabalho em equipe”, a leitura de um trecho sobre a A Guerra

de Tróia, segundo Ana Maria Machado.

No sétimo encontro a retomada dos capítulos Oferecem-me uma

missão e Eu destruo um ônibus. E para a ampliação temática de “A

importância de ser útil”, assistimos a um trecho do filme O Homem de Aço

(David S. Goyer), onde os alunos observaram as características de um super-

herói e depois produziram textos nos quais se descobririam com superpoderes.

No oitavo encontro fizemos a retomada dos capítulos Nossa visita ao

empório de anões de jardim e Um poodle é o nosso conselheiro. A

ampliação do tema “Nada é de graça”, se deu com a Fábula João e Maria.

No nono encontro a retomada dos capítulos Meu mergulho para a

morte e Eu me torno um fugitivo conhecido. Para a ampliação do tema

“Sempre esperamos o pior”, os alunos leram e assistiram à parábola O

lenhador e a raposa.

No décimo encontro foi feita a retomada dos capítulos Um deus compra

cheesburgers para nós e A ida de uma zebra para Las Vegas. Foi feito um

estudo sobre “Os animais na mitologia”.

No décimo primeiro encontro a retomada dos capítulos Vamos comprar

camas d’água e Annabeth usa a aula de adestramento. Para a ampliação

de sobre o tema “Todos gostam de atenção” o texto O Gigante Egoísta, de

Oscar Wilde.

No décimo segundo encontro fizemos a retomada dos capítulos De

certa forma, descobrimos a verdade e A luta contra meu parente imbecil.

Para a ampliação do tema “A verdade sempre aparece”, lemos o texto A

Verdade e a Fábula, de Malba Tahan.

No décimo terceiro encontro a leitura dos últimos capítulos , Meu acerto

de contas e A profecia se cumpre. “A Traição de amigo” foi o tema ampliado

com o estudo do texto O amigo da Onça.

No décimo quarto encontro assistimos ao filme Percy Jackson e o ladrão

de raios.

No décimo quinto encontro foi feito um seminário para estabelecer um

paralelo entre livro e filme e as disparidades apresentadas na releitura fílmica.

Como fechamento os discentes produziram cartazes de propaganda do livro e

afixaram pelos corredores do colégio.

Como visto, o trabalho foi intenso, acabei por trabalhar o livro e demais

leituras durante bem mais tempo do que previ. Não foi fácil, mas valeu à pena.

Tenho que reafirmar que tive a sorte de pegar uma turma muito boa e com isso

a grande maioria dos alunos leu o livro conforme o solicitado, o que favoreceu

consideravelmente o andamento do processo.

Pretendo desenvolver trabalho semelhante com a obra em outras

turmas. Espero que os outros discentes se envolvam tanto quanto estes se

envolveram. Quero fazer a prova, visto que desenvolvi outras atividades de

leitura com as outras turmas, mas como não tinha um exemplar da mesma

obra para cada aluno, julgo que o resultado tenha sido um tanto raso.

Percebo que no processo de formação leitora, o aluno precisa de

mediação/condução. E, se tratando do 6º ano, os estudantes precisam do

acompanhamento do professor de capítulo a capítulo, quiçá página por página.

Esperar que eles leiam uma obra de 50 páginas sozinhos, já vi que não

acontece (com raras exceções). Perdem-se no caminho. Até começam

empolgados, mas chegam, no máximo, na metade da leitura.

Fui audaciosa ao eleger uma obra tão extensa. Fiquei bastante insegura

se daria conta, mas com o acompanhamento e a motivação constantes vi que é

possível. Mais que trabalhar com obras diferentes para cada discente. Penso

que seja importante deixar o aluno escolher o que quer experimentar ler,

também faz parte do processo. Todavia, não é suficiente, ele precisa de um

direcionamento mais real e constante para aprender, digo se envolver com a

leitura. Acredito que assim, eu possa dar minha efetiva contribuição para a

formação leitora dos meus alunos. Pena que o tempo não permita que sejam

desenvolvidas várias propostas dessas ao longo do ano.

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