Upload
phungduong
View
222
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED
SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS – DPPE
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
UNIDADE DIDÁTICA
MARILENE ANANIAS
Produção Pedagógica, apresentada à
SEED – Secretaria de Estado da Educação,
na disciplina de História, contemplando a
linha de estudo pesquisa em História
Social da Criança, parte dos requisitos do
Programa de Desenvolvimento
Educacional – PDE, 2013/2014, em
convênio com a Universidade Estadual de
Maringá, sob orientação do professor Dr.
Ailton José Morelli.
Maringá
2013
FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
TURMA – PDE/2013
Título: ECA, trocando em miúdos – discutindo os direitos da criança e do adolescente no espaço escolar.
Autor: Marilene Ananias
Disciplina/Área: História
Escola de Implementação do Projeto e sua localização:
Escola Estadual São Vicente Pallotti
Município da escola: Mandaguari
Núcleo Regional de Educação: Maringá
Professor Orientador: Ailton José Morelli
Instituição de Ensino Superior: Universidade Estadual de Maringá
Relação Interdisciplinar: História, Geografia, Língua Portuguesa, Arte
Resumo:
O presente projeto propõe estudos e práticas pedagógicas sobre valores referentes aos Direitos Humanos e o Estatuto da Criança e do Adolescente, visando inseri-los nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Ensino Fundamental em atendimento ao previsto na Lei 11.525. Elege a escola como lócus privilegiado para disseminar o ECA. Menciona o ambiente escolar, como o local que as crianças e adolescentes devem iniciar contato com a legislação, no caso específico – Estatuto da Criança e do Adolescente; a orientação das propostas em defesa dos direitos e dos deveres da infância e da adolescência, a fim de melhorar a sua compreensão e aplicabilidade ao contexto escolar e a educação para a cidadania que forma o cidadão consciente no conhecimento de seus deveres e direitos.
Palavras-chave:
Estatuto da Criança e do Adolescente; Cotidiano escolar; Cidadania; Deveres e Direitos
Formato do Material Didático: Unidade Didática
Público:
Alunos do 6º e ou 7º anos do Ensino
Fundamental
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
JUSTIFICATIVA DO TEMA
PROBLEMATIZAÇÃO
OBJETIVOS
O ENSINO DE HISTÓRIA
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
ATIVIDADE 01- INICIANDO AS DISCUSSÕES
ATIVIDADE 02- O CONCEITO DE CRIANÇA ONTEM E HOJE
ATIVIDADE 03 - A HISTÓRIA DO ECA
ATIVIDADE 04 - NOÇÕES SOBRE O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE - SUA SUBDIVISÃO LIVRO 1, DIREITOS
FUNDAMENTAIS
ATIVIDADE 05 - ECA, SUA FINALIDADE, OBJETIVOS, CONTEÚDOS
E PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS;
ATIVIDADE 06 - ANALISANDO O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE - ECA EM TIRINHAS
ATIVIDADE 07 - COMO NOS AGRUPAMOS
ATIVIDADE 08 - O ECA, A ESCOLA E A EDUCAÇÃO PARA A
CIDADANIA;
ATIVIDADE 09 - PROTAGONISMO NA ESCOLA DIREITO DE TER
DIREITOS
ATIVIDADE 10 - MINUTO ECA
REFERÊNCIAS
1- APRESENTAÇÃO
Bom mesmo é ir a luta com
determinação, abraçar a vida com
paixão, perder com classe e vencer
com ousadia. Pois o triunfo pertence a
quem se atreve. A vida é "muito" para
ser insignificante. (Charles Chaplin)
ECA, trocando em miúdos – discutindo os direitos da criança e do
adolescente no espaço escolar objetiva realizar estudos e propor atividades
referentes aos Direitos Humanos e o Estatuto da Criança e do Adolescente,
visando inseri-los nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Ensino
Fundamental na Escola Estadual São Vicente Pallotti (em atendimento ao
previsto na Lei 11.525).
É no ambiente escolar que as crianças e adolescentes devem iniciar
contato com a legislação, no caso específico – Estatuto da Criança e do
Adolescente e a educação para a cidadania que forma o cidadão participativo,
democrático, solidário, consciente no conhecimento de seus deveres e direitos.
Ações nessa perspectiva podem fazer parte das práticas pedagógicas
cotidianas pelo currículo escolar e conteúdos, tendo como diretriz a Lei Nº
8.069 de 13 de junho de 1990 que institui o Estatuto da Criança e do
Adolescente e suas atualizações, o estabelecido pela lei número 11.525 de 25
de setembro de 2007, que inclui conteúdos que trate dos direitos da criança e
dos adolescentes no Currículo de Ensino Fundamental.
Em 2013, completamos 23 anos de aprovação do Estatuto da criança e
do Adolescente, lei que está em vigor, mas que enfrenta dificuldades e desafios
para a sua implementação na sociedade brasileira. A escola, ao lado da
família, é um local privilegiado de socialização e formação de crianças e
adolescentes para a cidadania. A formação de crianças e adolescentes para a
cidadania passa pelo conhecimento, reflexão e vivência do ECA, estatuto,
resultado de reivindicações, movimento da sociedade civil organizada por
ações propositivas a cidadania de crianças e adolescentes. Dividido em dois
livros: o Livro I que compreende do art. 1º ao 85º que trata das regras para
procedimentos quanto à vida, à educação, à saúde, à liberdade, à dignidade, à
convivência familiar, ao esporte, à cultura e ao lazer, ao trabalho, e prevenção
à ameaça e violação de direitos, ou seja, dos direitos da cidadania das crianças
e adolescentes, desde a gestação até os 18 anos; e o Livro II compreendendo
181 artigos (dos arts. 86 a 267) enfocando as normas a serem utilizadas para
corrigir tais desvios, e/ou como ter acesso ao Estado Brasileiro, sem abuso ou
omissão, das garantias desses direitos.
Numa linguagem acessível, tem intenção de problematizar a situação da
infância e juventude brasileira, particularmente como se dá o protagonismo
juvenil em ambiente escolar.
2- JUSTIFICATIVA DO TEMA
A intenção desse projeto, justifica-se pelo fato que é no ambiente
escolar, que as crianças e adolescentes devem iniciar contato com a
legislação, no caso específico – Estatuto da Criança e do Adolescente.
De acordo com a Lei número 11.525 de 25 de setembro de 2007, que
inclui conteúdos que trate dos direitos da criança e dos adolescentes no
Currículo de Ensino Fundamental, a educação para a cidadania que forma o
cidadão participativo, democrático, solidário, consciente no conhecimento de
seus deveres e direitos, deve fazer parte das práticas pedagógicas cotidianas
pelo currículo escolar, ou seja, vivenciar a cidadania.
3- PROBLEMA/PROBLEMATIZAÇÃO
A falta de uma relação de conhecimento do conteúdo do Estatuto da
Criança e do Adolescente por parte de docentes, discentes, familiares permite
alguns equívocos quanto à sua aplicabilidade frente a situações de indisciplina
dos alunos. Estabelecer a diferença entre indisciplina e ato infracional,
desacato às autoridades escolares são ações que podem ser mediadas pelo
conhecimento da legislação específica para a criança e do adolescente e as
orientações previstas em Regimento Escolar. A abordagem segura de
situações conflitantes geradas em ambiente escolar depende do conhecimento
da legislação para a infância e adolescência por parte de todos os envolvidos
no ambiente educacional.
O processo educacional tem papel fundamental, enquanto instrumento
eficaz para se alcançar uma consciência cidadã. Pois, somente através da
Educação em Direitos Humanos é que se podem imprimir valores que
passarão a ser condizentes com uma democracia tais como: liberdade, justiça,
respeito e pluralismo.
Assim, através deste, se propõe com base no estatuto um estudo de
como se orienta as propostas em defesa dos direitos e dos deveres da infância
e da adolescência, a fim de melhorar a sua compreensão e aplicabilidade ao
contexto escolar. Será feito com a participação dos alunos uma reflexão a
cerca do conteúdo do ECA , sobre as responsabilidades e compromissos dos
envolvidos, direta ou indiretamente no processo socioeducativo, bem como
seus efeitos no cotidiano escolar que é lócus privilegiado para disseminar o
ECA, como proposta de trabalho com conteúdos voltados para a formação
cidadã.
4- OBJETIVOS:
GERAL:
Realizar estudos e propor atividades sobre valores referentes aos direitos
humanos e o Estatuto da Criança e do Adolescente, visando inseri-los nas
Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Ensino Fundamental na Escola
Estadual São Vicente Pallotti (em atendimento ao previsto na Lei 11525).
ESPECÍFICOS:
Despertar no aluno o interesse pelo conhecimento de seus direitos e
deveres de cidadania contidos no ECA;
Problematizar os principais artigos do ECA numa perspectiva crítica,
buscando entender porque eles não são efetivados;
Contribuir para que os professores possam provocar, refletir, problematizar
e incorporar, no ambiente escolar, questões relacionadas aos direitos e
deveres de crianças e adolescentes;
Criar e fortalecer uma cultura de respeito aos direitos humanos das crianças
e dos adolescentes.
Disseminar no ambiente escolar o Estatuto da Criança e do Adolescente,
contribuindo para formação e conscientização dos alunos e professores;
Refletir e contextualizar o ECA na conjuntura sócio-político e econômica do
próprio país, estado e de Mandaguari.
5- O ENSINO DE HISTÓRIA
As Diretrizes Curriculares para o Ensino de História do Estado do
Paraná (2008) reafirmam a questão de que a produção do conhecimento, pelo
historiador, requer um método específico, baseado na explicação e
interpretação de fatos do passado. Para produzir uma narrativa histórica utiliza-
se da problematização que tem como desafio contemplar a diversidade das
experiências sociais, culturais e políticas dos sujeitos e suas relações.
O ensino de história, deve se apresentara como um repensar seu uso
em sala de aula, já que sua utilização é indispensável como fundamento do
método de ensino, principalmente porque permite o diálogo do aluno com
realidades passadas e desenvolve o sentido da análise histórica.” (SHIMIDT;
CAINELLI, 2004, p. 94).
Problematizar o conhecimento histórico “significa em primeiro lugar partir
do pressuposto de que ensinar História é construir um diálogo entre o presente
e o passado, e não reproduzir conhecimentos neutros e acabados sobre fatos
que ocorreram em outras sociedades e outras épocas”. Professores/alunos
devem recorrer às fontes documentais, preferencialmente partindo do seu
cotidiano. “Partir do cotidiano dos alunos e do professor significa trabalhar
conteúdos que dizem respeito à sua vida pública e privada, individual e
coletiva” (CAINELLI & SCHMIDT, 2004, p. 52 e 53).
Para o historiador inglês Eric Hobsbawm (1998), o “sentido do passado”
na sociedade é localizar suas mudanças e permanências. Cabe ao professor
definir os conteúdos específicos e temas a serem trabalhados em sala de aula,
e propor atitudes problematizadoras. A construção do conhecimento histórico
se dá pela problematização aliada à historiografia e ao trabalho com
documentos. Segundo Schimidt e Cainelli (2004) probelmatizar os conteúdos
históricos “significa partir do pressuposto de que ensinar história é construir um
diálogo entre o presente e o passado, e não reproduzir conhecimentos neutros
e acabados sobre fatos que ocorreram em outras sociedades e outras épocas.
A problematização na aula de História pode iniciar com o planejamento
de ensino e organizar a aprendizagem. Para Schmidt, a consciência histórica
dá à vida uma "concepção do curso do tempo", trata do passado como
experiência e "revela o tecido da mudança temporal e na qual estão
amarradas as nossas vidas, bem como as experiências futuras para as quais
se dirigem as mudanças."
Conforme os autores Luis Fernando Cerri (2011) e Jörn Rüsen 2010, a
consciência histórica é inseparável ao ser humano e se faz presente fora do
saber histórico obtido em sala de aula. A consciência histórica não se limita à
ideia de conhecer extensamente as experiências vivenciadas no passado. Mais
do que dominar o acontecido, a consciência histórica articula presente,
passado e futuro. Abordar os conhecimentos históricos em sala de aula
extrapolando a antiga ideia de que aprender História só tem a ver com a
História transmitida, em lidar com uma área do conhecimento ligada ao
passado, ligada a tempos distantes à realidade vivenciada pelo aluno é algo
que deve ser superado e dar lugar a uma abordagem reflexiva, ampla e
profunda por parte dos historiadores, com o intuito de mostrar as relações da
história com a vida prática com a educação, de modo a conferir um papel
legitimador para a história.
Propondo uma prática no desenvolvimento da educação para a
cidadania, Arroyo (2004) situa que é preferível que a escola vivencie a
cidadania ao invés de preparar para a cidadania. O estudo e conhecimento
Estatuto da Criança e do Adolescente possibilita essa vivência, pois representa
o mais novo parâmetro para o tratamento dado à criança e ao adolescente na
sociedade brasileira. E conforme Costa (1992) esse estatuto decorre do
processo de redemocratização do país que tem sua expressão maior na
Constituição Federal de 1988, e parte do princípio de que são sujeitos de
direitos pessoas em situação peculiar de desenvolvimento e prioridade
absoluta.
Aprender é uma atividade contínua, não há uma finalização e em
conformidade com Milton Santos (1993), a cidadania se aprende, portanto
formar o cidadão é uma tarefa que se realiza dia a dia. A cidadania, fruto das
relações humanas, é aprendizado humano, modifica-se no tempo e no espaço.
Há 23 anos ocorreu a promulgação do Estatuto da Criança e do
Adolescente, por meio da Lei 8069/90 de 13 de julho de 1990 esse fato marcou
a História Política e Social do Brasil, pois abriu caminhos rumo à cidadania da
criança e do adolescente. O Estatuto preocupa-se com a proteção integral da
criança e do adolescente e torna a formação deles responsabilidade da família,
do Estado e da sociedade. Visando possibilitar a formação cidadã prevista pelo
ECA, a escola deve buscar renovar suas práticas e, inclusive, ampliar suas
ações educativas. É também na escola que aprendemos a conviver em
sociedade. Portanto, gerações conscientes de seus direitos e deveres só
podem existir por meio da formação no seio da família, da escola e da
sociedade. Esta unidade didática será desenvolvida em um total de 32 horas a
partir da perspectiva da formação da consciência histórica.
6- ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:
Se há disciplina que deve ser ligada intimamente à vida humana é sem dúvida a História. Ensiná-la aridamente, sem integrá-la no conjunto vital dos nossos interesses, é um pecado pedagógico. Jonathas Serrano
Diante da perspectiva dos alunos se enxergarem sujeitos históricos e
reconhecerem a história dos direitos das crianças e dos adolescentes no
Brasil, o presente projeto será implementado no ano de 2014, durante os
meses de março a julho, na Escola Estadual São Vicente Pallotti, município
de Mandaguari com alunos do Ensino Fundamental, sexto e ou sétimo
anos, em um total de 32 hora/aulas, propondo estudo do Estatuto da
Criança e do Adolescente, a historicidade desse documento, as
transformações nas concepções dos direitos e deveres da infância e
adolescência vivenciadas historicamente.
ATIVIDADE 1 – INICIANDO AS DISCUSSÕES
Objetivo: - Levantamento da prática social inicial, através de questões que
os alunos responderão individualmente, a respeito do tema ECA.
- Levantamento de outras dúvidas/questionamentos.
Duração: 02h
A- Inicialmente será realizada uma exposição do projeto aos alunos,
abrindo uma conversação sobre o que se pretende abordar com o
trabalho que será desenvolvido: objetivos, conteúdo, tempo para o
desenvolvimento e finalização do mesmo.
B- Será entregue aos alunos um questionário ao qual responderão,
sem identificar-se, a fim de realizar uma sondagem sobre o que os
alunos pensam e vivenciam com relação ao tema (O que significa ser
criança? O que significa ser adolescente? O que é o ECA?)
DIAGNÓSTICO
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - ECA
DIREITOS E DEVERES DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Para você o que significa ser criança?
_____________________________________________________________
O que significa ser adolescente?
_____________________________________________________________
Criança tem direitos?
________________________________________________________
Crianças e os adolescentes sabem seus direitos e suas
responsabilidades? Quais?
__________________________________________________________
Você conhece os seus direitos?
__________________________________________________________
__________________________________________________________
Você tem conhecimento dos seus direitos e deveres na escola?
( ) sim ( )não
Cite dois: ________________________________________________
Você sabe os direitos e deveres dos alunos na sala de aula?
( ) sim ( )não
Cite dois: __________________________________________________
E os deveres e direitos da professora?
( ) sim ( ) não
Cite dois:__________________________________________________
Você conhece o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)?
( ) sim ( ) não
Se a resposta por positiva, mencione alguns de seus conhecimentos:
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________
Você sabe se a escola possui algum regimento escolar?
( ) sim ( ) não
A escola já lhe apresentou o regimento escolar? ( ) sim ( ) não
Se a resposta for positiva, pergunto: você já teve acesso a ele? Se, sim, o
que você conhece desse documento?
_______________________________________________________________
O que você considera que é ato de indisciplina na escola e o que é ato
infracional. Classifique desta forma:
(AD ) Ato de Indisciplina;
(AF) Ato Infracional;
( ) Desrespeito ao professor ( ) Porte de arma ( ) Agressão física e verbal entre os alunos ( ) Brigas, discussões, agressões físicas e verbais; ( ) Roubo; ( ) Desacato ao professor; ( ) Não realiza as atividades; ( ) Tabagismo; ( ) Danos morais ao professor ( via internet) ( ) Gazeia aulas; ( ) Uso de celular durante a aula; ( ) Perturbação da aula;
( ) Tocar o corpo das colegas nas partes íntimas; ( ) Escrever palavras e desenhos obscenos; ( ) Não cumpre as regras da escola; ( ) Não trouxe material; ( ) Ameaças; ( ) Suspeita de uso de entorpecentes; ( ) Depredação do patrimônio; ( ) Bulling; ( ) Postagem ilegal de fotos; ( ) Sair da sala sem autorização; ( ) Falta de uniforme;
ATIVIDADE 2: O CONCEITO DE CRIANÇA ONTEM E HOJE
Objetivo: - Noção da construção da ideia de infância e adolescência.
- Responder a pergunta o que significa ser criança? E adolescente?-
- Identificar como o conceito de criança modificou ao longo do tempo.
Duração: 03h
O CONCEITO DE CRIANÇA ONTEM E HOJE
Você sabe o que significa ser criança? E adolescente?
Apresentar essa pergunta para os alunos e deixar que eles pensem para
responder.
1) A partir deste questionamento desenvolver uma conversação a
respeito do que é ser criança e adolescente.Registrar as ideias no
quadro.
2) Propor a leitura de imagens de pintores que ao longo dos séculos
representaram a infância. Apresentando o seguinte:
Por anos e anos as crianças e os adolescentes foram vistos como mini-
adultos. Hoje há estudos sobre as crianças e seus desenvolvimentos, mas nem
sempre foi assim! Crianças e adolescentes eram criados de maneira severa e o
adolescente vestia-a exatamente como o pai. É comum ver isso nas fotos dos
séculos passados. O que se esperava dos miúdos (das crianças) era que
aprendessem o bom comportamento e que assimilassem rapidamente as
regras do mundo adulto
Acreditavam que a criança era fruto do pecado e por isso já nascia com
maldade. As crianças só passavam para o interior da igreja após o batismo. Na
igreja as pias para batismo eram colocadas do lado de fora, eles evitavam que
o bebê passasse pelo interior da igreja antes de ser purificado.
A educação era rígida, corretiva, disciplinadora, a criança era vigiada
todo momento, esse era o método para tornar a criança „boa‟.
Veja no quadro como as crianças eram vistas:
3) Pesquise imagens de trajes infanto juvenis no século XX e XXI e traga sua pesquisa para a próxima atividade.
COMO AS CRIANÇAS ERAM VISTAS
ONTEM
CRIANÇAS = ADULTOS EM MINIATURA
* Observação 1, no endereço eletrônico que segue:
Fonte da imagem http://1.bp.blogspot.com/-gtzJwx-
CbwI/UR5HBj89daI/AAAAAAAAABo/thS_VqeDViA/s1600/Pr%C3%ADncipe_B
altasar_Carlos,_by_Diego_Vel%C3%A1zquez.jpg
ACESSO EM 20/11/2013
* Observação 2, no endereço eletrônico que segue:
A Idade Média vestia indiferentemente todas as classes de idade, preocupando-se apenas em manter visível a hierarquia social. Nada, no traje medieval, separava a criança do adulto.
http://1.bp.blogspot.com/-M92PG82JAMI/UDvJ0-zeA6I/AAAAAAAAADA/Ndqt5v6xhO4/s320/Thoma+DerKinderreigen.jpg
Acesso em 20/11/2013.
* Observação 3, no endereço eletrônico que segue:
Crianças e adultos compartilham os mesmos jogos e brincadeiras, conforme
mostra a pintura de Brueghel, século XVI, disponível em
http://ensino.paginas.sapo.pt/obras/brueghel.500px.jpg Acesso em 20/11/2013.
HOJE
Século XX e XXI
Hoje em dia, o traje esporte adotado tanto para crianças como para adolescentes (e também usado por adultos), são muito parecidas com os trajes típicos da infância no século XIX e início do século XX (calça-curta = bermuda). ARIÈS, (1981)
4) Leia seguinte texto:
"Temos hoje, assim como no fim do século XIX, uma tendência a separar o mundo das crianças do mundo dos adultos." (ARIÈS, 1981, p. 56), grifo nosso.
* Em seguida, explique a parte do texto anterior que esta grifada
Ao observar atentamente a obra "Brincadeira de Crianças" de 1560
http://ensino.paginas.sapo.pt/obras/brueghel.500px.jpg Acesso em
20/11/2013. pode se tornar impossível não ficar em dúvida a respeito de
quem são os personagens nela retratados: adultos ou crianças? “É difícil
definir, pois, segundo Ariès (1981), são homens de tamanho reduzido”
(ARIÈS, 1981, p. 51) Observe a imagem da pintura Brincadeira de
Criança e identifique três brincadeiras. Escreva quais brincadeiras você
identificou.
5) Pense sobre o que é ser criança hoje (século XXI). É diferente de ser
adulto? Escreva.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
______________________________________________________________
ATIVIDADE 03 - A HISTÓRIA DO ECA
Duração: 02h
Objetivo: Identificar a história da infância no Brasil até a formulação e aprovação do Estatuto da Criança e do Adolescente.
* Retomada da atividade 01: apresentação da atividade
solicitada.
Projetar o vídeo A história do ECA.
A partir da projeção do vídeo A história do ECA, disponibilizado em
http://www.youtube.com/watch?v=-MolUWzehLE acesso em 20/10/2013,
desenvolver as seguintes atividades:
1- Conversação dirigida envolvendo as abordagens apresentadas no vídeo:
o reconhecimento da categoria da infância; roda dos desconhecidos,
crianças usadas para o trabalho desde muito cedo; crianças e
adolescentes trabalhando como escravos;
2- Solicitar uma pesquisa sobre:
- Código de menores;
- Constituição Federal: outras leis relacionadas à infância e ao
adolescente (ex.: lei nacional sobre adolescente aprendiz), leis estaduais
e municipais sobre infância e adolescência.
3- Observe no gráfico consultado no endereço
http://7a12.ibge.gov.br/vamos-conhecer-o-brasil/nosso-
povo/caracteristicas-da-populacao, <acesso: 20/10/2013>, a distribuição
percentual da população de acordo com a idade
Como você pode ver, são cerca de 29 milhões de crianças com até nove
anos e aproximadamente 45 milhões de 10 a 19 anos. Ou seja: a população
entre 0 e 19 anos chegou perto de 63 milhões de crianças e jovens. Em 2000,
esse número era um pouco maior, passando de 68 milhões, já que eram cerca
de 33 milhões de crianças de 0 a 9 anos e 35 milhões de 10 a 19 anos
Até o início dos anos 80 a população brasileira era considerada como
predominantemente jovem. Hoje, apesar de ainda ser formada por muitas
crianças e jovens, ela vem apresentando algumas mudanças. Acompanhe no
quadro abaixo como diminuiu o número de crianças e aumentou o número de
pessoas adultas e idosas.
Hoje os casais têm, em média, menos filhos que antigamente. Pergunte
a seus avós quantos irmãos eles tinham e compare com o número de irmãos
que você ou seus amigos têm.
Ainda há muitas crianças e adolescentes no Brasil. Mas, como vimos,
este número tem diminuído, pois a cada ano a quantidade de crianças que
nasce é menor. Em consequência disso, nosso país está "envelhecendo".
Fonte:IBGE, Censo Demográfico de 1980, 1991, 2000 e 2010, e Contagem da População 1996.
*Pense e responda:
Por que será que o número de crianças e adolescentes deve diminuir
nos próximos anos? Você já pensou nisso?
ATIVIDADE 04 - NOÇÕES SOBRE O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE
Duração:02h
Objetivo: - Conhecer o contexto histórico (1990) em que o Estatuto da Criança e do Adolescente foi formulado.
- Noções sobre o estatuto - sua subdivisão, mais específica o livro 1 Direitos Fundamentais;
Vídeo Constituição Federal: Criança e Adolescente (art. 227)
1) Projetar o vídeo Constituição Federal: Criança e Adolescente (Art.
227),disponível em http://www.youtube.com/watch?v=2DbzFcXSVpY
acesso em 20/10/2013.
3) Explorar a sua relação com a criação do Estatuto da Criança e do
Adolescente – ECA, em 1990. Regulamentou o artigo 227 da
Constituição Federal de 1988. Um marco para a proteção da infância
no Brasil ao colocar como dever da família, da sociedade e do
Estado a garantia dos direitos de crianças e adolescentes.
O vídeo produzido pela TV Câmara, apresenta o Artigo 227 da Constituição
Federal:
"É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao
adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária,
além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão."
4) Apresentar o seguinte esquema explicativo para explorar qual é a
organização do Estatuto da Criança e do Adolescente e sua
organização. Indicando que estaremos a partir das próximas
atividades, aprendendo sobre os direitos fundamentais - artigos 7 a
69.
Tabela elaborada a partir da organização do Estatuto da Criança e do Adolescente, no endereço:
http://bd.camara.gov.br/bd/bitstream/handle/bdcamara/785/estatuto_crianca_adolescente_7ed.pdf Acesso
em 15/08/2013.
Direito à vida e à saúde - arts. 7 a14
Direito à liberdade, ao respeito e à dignidade - arts. 15 a 18
Direito à convivencia familiar e comunitária - arts. 19 a 52
Direito à educação, cultura, esporte e lazer - arts. - 53 a 59
Direito à profissionalização e à proteção no trabalho - arts. 60 a 69
Constituição Federal
Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei 8.069 – 13/07/90
Livro 1 –Parte Geral
Direitos
fundamentais -
Arts.7 a 14 ,
Disposições Preliminares
Livro 2 – Parte
Especial
ATIVIDADE 5 – ECA, SUA FINALIDADE, OBJETIVOS, CONTEÚDOS E
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Duração: 02h
Objetivos - Consultar documentos oficiais relativos à criança, como o Estatuto
da Criança e do Adolescente – ECA.
1) Preparar o ambiente espalhando cartazes pela sala de aula com abordagens
que possam despertar a curiosidade e o interesse dos alunos, explorando as
ideias:
- Criança tem direitos?
- Você conhece os seus direitos?
- Você já ouviu falar no Estatuto da Criança e do Adolescente?
Observara reação dos alunos, deixe que conversem um pouco antes de
interferir.
2) Solicitar que observem, descrevam e depois comentem as cenas.
3) Organizar os alunos em grupos na coleta das fontes; definir um líder para o grupo:
Levantamento das fontes pelos grupos Grupo 1
Fontes para o tema ECA - Finalidade Grupo 2
Fontes para o tema ECA - Objetivos Grupo 3
Fontes para o tema ECA - Princípios fundamentais / ECA - Conteúdos
Grupo 4 Fontes para o tema ECA – a LDB e a Lei 11.525
* Construção de um texto que explique: o que é o ECA, qual a sua finalidade,
objetivos, conteúdos e princípios fundamentais;
Esta tarefa será coordenada pelos líderes dos grupos. Eles socializarão as
informações com o restante dos grupos, que se organizarão, para que, nesta
aula, cada equipe de pesquisadores contribua para a produção de um texto
informativo.
4) Apresentar o texto informativo produzido, e os alunos (em diálogo aberto) terão oportunidade de complementar a revisão de literatura.
Obs: É importante frisar com os alunos que, a divisão de temas em grupos é meramente didática, pois todos deverão tomar conhecimento do conteúdo trabalhado por outros grupos, daí a necessidade da dinâmica da aula.
ATIVIDADE 06 - ANALISANDO O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE
Duração: 02 h
Objetivo: - analisar situações descritas de acordo com o previsto no ECA.
Dividir a turma em 05 grupos para análise das situações descritas
abaixo. Eles deverão verificar se as atitudes tomadas estão de acordo com as
normas do ECA. No caso de não estarem, devem corrigi-las indicando as
atitudes adequadas. Para fontes de pesquisa, os alunos poderão utilizar o texto
ECA em tirinhas para crianças, disponível em
http://bd.camara.gov.br/bd/handle/bdcamara/3628 acesso em 22/11/2013.
1) Pedro não frequentava a escola há um mês. A diretora da escola já havia
tentado, sem sucesso, se comunicar com os familiares do aluno. Ela, então,
avisou ao Conselho Tutelar da cidade a infrequência do aluno.
2) Márcio tinha doze anos e sua família era muito pobre. Procurou o seu José ,
dono de uma padaria e ofereceu-se para trabalhar. Seu José ficou com muita
pena dele e ofereceu-lhe um emprego na limpeza da padaria, prometendo o
pagamento de meio salário mínimo mensal.
3) Robson era um bom aluno, mas um pouco acima do peso. Na escola seus
colegas o chamavam de diversos apelidos, justamente por causa desse
excesso de peso. Ele se sentiu humilhado e procurou a diretora da escola
pedindo ajuda para que os demais colegas não mais o tratassem dessa forma.
A diretora falou que só se ele fosse agredido fisicamente poderia fazer alguma
coisa, pois o resto eram brincadeiras normais de criança.
4) Renan frequentava a escola e tinha quinze anos. Ricardo , pai do menino
queria ampliar a casinha em que a família morava e, então, mandou o filho
procurar um trabalho de ajudante de oficina mecânica junto a um amigo que
conhecia. Seria por pouco tempo, até poupar o dinheiro para a construção da
casa. A mãe deRenan, porém, não concordou com a ideia e disse que o filho
deveria apenas estudar até terminar o nível médio. O pai não aceitou e obrigou
o filho a aceitar o emprego, dizendo que “na minha família, quem manda sou
eu”.
5) Beatriz e Antonio , ambos com 22 anos e recém-casados decidiram adotar
uma criança. Mas como trabalhavam muito, decidiram que o melhor era
escolher alguém com mais de 7 anos, que já frequentasse a escola e não
chorasse à noite pedindo comida. Visitaram um orfanato, cuja diretora
esclareceu que não haveria nenhum problema para a adoção, mas teriam que
esperar o processo judicial.
6) Ademir tinha treze anos e morava num orfanato. Mariana e Tadeu, ambos
com 30 anos e casados, queriam ser mãe e pai de Ademir. Iniciado o processo
para adoção, Ademir foi chamado para, diante de um juiz, dar seu
consentimento em ser adotado.
7) Uma equipe da Secretaria de Assistência Social de determinado Estado
encontrou uma família vivendo embaixo de um viaduto. Um dos membros era
um menino de dois anos e seus pais não tinham qualquer tipo de renda,
vivendo de esmolas. Percebendo a situação de perigo em que o menor se
encontrava, a equipe retirou-o do local para a colocação imediata em família
substituta.
8) Rosa, mãe de Thiago de doze anos, pediu ao filho que fosse a loja de fogos
de artifício e comprasse quatro rojões, que seriam usados para comemorar o
dia de sua santa protetora. Thiago dirigiu-se a loja mas o dono, em princípio,
não queria vender o produto. Thiago, porém, falou que os rojões não eram para
ele, mas sim para sua mãe usar. Então, o dono da loja concordou e vendeu os
produtos.
9) Reinaldo, de 15 anos, estava todo satisfeito porque ia viajar com o pai para a
Califórnia, nos Estados Unidos. Já estavam arrumando as malas quando,
repentinamente, seu pai pôs a mão na testa e falou: Quase esqueci uma coisa!
Preciso fazer uma autorização, assinada pela sua mãe, para que você possa
viajar comigo.
10) Sandra, de 9 anos, soube que haveria uma apresentação teatral em
auditório de escola próxima de sua casa. O melhor é que era gratuito e ela nem
precisaria pegar ônibus para assistir o espetáculo. Chegando sozinha, pediu
licença ao monitor da escola para entrar no auditório. Ele respondeu : Tudo
bem! Esse espetáculo é para crianças mesmo.
11) Carmem, de 8 anos, estava com febre alta, dor na cabeça e em todo o
corpo. Chegando ao hospital, acompanhada dos pais, foi internada, pois havia
suspeita de que estivesse com dengue hemorrágica. A enfermeira esclareceu
aos pais que não poderiam ficar ali, durante o período de internação, porque a
unidade de saúde estava muito cheia.
12) Carolina, mãe de Augusto de 12 anos, estava muito preocupada com o
rendimento escolar do filho, que já havia repetido uma série. Procurou a
diretora da escola e disse: Eu sei que ainda não foi marcada a reunião de pais
para divulgar as notas do meu filho no bimestre, mas eu queria saber como ele
está se saindo, porque ele é muito desatento. A diretora respondeu: Claro! A
senhora não precisa esperar a reunião de pais para ter informações sobre a
situação de seu filho aqui na escola.
Respostas:
1) Certo, artigo 56, item II. “Eca em tirinhas”, página 22
2) Erro, artigo 60. “Eca em tirinhas”, página 23
3) Erro, artigos 4º, 5º, 15 e 17. “Eca em tirinhas”, página 15
4) Erro, artigo 21. “Eca em tirinhas”, página 18
5) Erro, artigo 42, §3º. “Eca em tirinhas”, página 20
6) Certo, artigo 45, §2º. “Eca em tirinhas”, página 19
7) Erro, artigo 92, II; artigo 19, §3º; artigo 129, I. “Eca em tirinhas”, página 17
8) Erro, artigo 244. “Eca em tirinhas”, página 25
9) Certo, artigo 84, incisos I e II. “Eca em tirinhas”, página 26
10) Erro, artigo 75, parágrafo único. “Eca em tirinhas”, página 24
11) Erro, artigo 12. “Eca em tirinhas”, página 13
12) Certo, artigo 53, parágrafo único. “Eca em tirinhas”, página 21.
Fonte:http://www.plenarinho.gov.br/educacao/projetos-pedagogicos/sugestao-
de-atividades-para-professores acesso em 20/11/2013.
ATIVIDADE 07 – COMO NOS AGRUPAMOS.
Duração: 03 h
Dinâmica de Grupo.
Objetivo:
- Refletir sobre os processos de inclusão e exclusão das pessoas em
grupos
- Vivenciar o processo de decidir quem tem o direito a ter direito
- Respeitar as diferenças
- Aprender a trabalhar em grupo
- Refletir sobre o exercício da cidadania
- Refletir sobre o sentido e a origem do que entendemos por direito
- Compreender a violência como desrespeito ao direito
- Conhecer a Declaração dos Direitos Humanos
Material Necessário
Som e CDs
Música dos Titãs “A gente não quer só comida”
http://www.youtube.com/watch?v=hOyt4cwjVns acesso em 20/11/2013
Artigos da Constituição Federal
Fita crepe
Folha de papel A4 ( 1 por participante)
Folhas de flip ou papel pardo para os registros
Vídeo A águia e a galinha:
http://www.youtube.com/watch?v=f55aGhUH1Tw acesso em 20/11/2013
Cartaz com perguntas para discussão dialógica
Folhas de sulfite para o Banco de perguntas.
Pincéis para papel ( marcadores tipo Pilot)
Texto: Declaração dos direitos humanos, no endereço:
http://1.bp.blogspot.com/_H1VyVbELf1M/S0i4KoNEWsI/AAAAAAAAB34/3D
CBmN48r5o/s400/declaracao_direitos_humanos.jpg. Acesso em
20/11/2013.
1) Aquecimento para o tema – Como nos agrupamos?
*Iniciar o assunto com o vídeo “A águia e a galinha”
http://www.youtube.com/watch?v=f55aGhUH1Tw . Projetar a história e discutir
com os alunos a compreensão da fábula:
a) Espalhar três tipos de figuras geométricas diferentes (retângulo,
triângulo, círculo) de três cores ( vermelho, azul e amarelo) no centro da sala e
mais duas ou três figuras diferentes das demais ( por exemplo, o recorte de
uma rosa, de um barco, de um pássaro voando).
b) Pedir que cada participante escolha uma figura e que o grupo se
subdivida em três subgrupos, considerando as figuras e os critérios que serão
decididos e negociados pelos participantes.
c) Refazer o grande círculo e provocar a reflexão sobre o que aconteceu:
como se formaram os agrupamentos? Com base em que critérios? O grupo
negociou o critério? Foi fácil negociar? O que aconteceu com quem escolheu
figuras diferentes? Algum grupo se formou a partir das diferenças? O que
perdemos e o que ganhamos ao agrupar pela diferença? E pela semelhança?
Sempre procuramos os iguais? Que relações você estabelece entre o que
aconteceu aqui e o seu dia-a-dia?
d) Levar o grupo a perceber que são as próprias pessoas que decidem
como vão se organizar em sociedade e que, a partir do estabelecimento de
critérios, que podem ser negociados ou impostos por alguns, começam a surgir
questões do tipo quem pode fazer parte de determinado grupo e quem não
pode, quem pertence e quem não pertence, quem tem direito e quem não tem
direito de participar e decidir. Introduzir, então a pergunta: O que é ter direito?
2) A CAÇA AO TESOURO:
Separar os alunos em dois grupos que devem procurar pistas em todo o
território da escola. Cada pista contem uma folha de papel e um artigo já
trabalhado, deformado do Estatuto da Criança e do Adolescente. Usando cola,
cada grupo terá como tarefa “consertar” o artigo e , pegar a pista seguinte, até
chegar ao tesouro, onde deverá depositar os artigos corrigidos.
ATIVIDADE 08 - O ECA, A ESCOLA E A EDUCAÇÃO PARA A CIDADANIA;
Objetivo: - buscar informações sobre seus papéis sociais na escola: direitos e deveres.
- trabalhar com os direitos e deveres das crianças e adolescentes em relação à educação e a vida escolar;
Duração: 03h
1) Solicitar a direção para que apresente uma palestra sobre o Regimento Escolar para os alunos, abordando sobre seus papéis sociais na instituição escolar:
a) deveres como estudante?
b) direitos em relação à escola?
c) onde estão previstos e quais seus direitos e deveres?
2) Solicitar que invistam, após este momento, na leitura e análise de dois documentos
- Artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) – 131 a 140 – Conselho Tutelar; 103 a 128 – Ato Infracional;
- Artigos do Regimento Interno da Escola ;
3- Realizada as leituras colocar as seguintes perguntas:
- Quais são as regras disciplinares contidas neste regimento?
- Você concorda com as punições utilizadas pela escola em relação aos atos de indisciplina? Por quê?
- Você sugere outras formas de se lidar com a indisciplina na escola? Aponte-as.
4) Promover uma apresentação a partir de uma encenação teatral das respostas dadas pelos alunos.
ATIVIDADE 09- PROTAGONISMO NA ESCOLA - DIREITO DE TER
DIREITOS
Objetivo: Promover o debate entre as crianças sobre os problemas e as coisas
boas do lugar onde moram, estudam e construir conjuntamente propostas de
mudança.
Duração: 03 h
1) Separar as crianças em dois grupos; Um grupo produzirá um cartaz
sobre as coisas que as crianças consideram boas na escola, na
comunidade, o outro sobre as coisas ruins. Cada um pode desenhar,
escrever ou utilizar fotografias e imagens para representar suas
opiniões. Após a confecção, promover a explicação do seu trabalho.
2) Propor uma conversa centrada nos problemas, guiada pelas
perguntas “Por que isso acontece?”, “Quem sofre com esse
problema?”, “Como a gente pode resolver isso?”. A atividade
acontece da seguinte forma: uma criança seleciona um dos
problemas representados no cartaz e as três perguntas são
respondidas coletivamente; em seguida, outra criança seleciona
outro problema e novamente o grupo discute e dá suas opiniões
sobre as três perguntas.
ATIVIDADE 10 - MINUTO ECA
Objetivo: - Incentivar o protagonismo das crianças na divulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente junto a comunidade escolar através de um programa de rádio semanal durante 04 semanas,. Duração: 11 h 1) Propor como atividade conclusiva, a divulgação das temáticas:
- Indisciplina na escola; - Ato infracional - Trabalho infantil - Direito à saúde e a educação A abordagem das temáticas apresentadas no Estatuto da Criança e do
Adolescente, os artigos compostos dos Direitos Fundamentais ( arts. 7 a 69 ), Políticas de Atendimento ( arts. 86 a 97); Medidas de Proteção (arts. 98 a 102); Ato Infracional ( arts. 103 a 128) - Lei 8.069/13/07/1990 poderão ser através de músicas, teatro, história em quadrinhos desenhos e vídeo. Que deverão ser confeccionados/ produzidos pelos alunos.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Ulisses F.; AQUINO. J. G. Os direitos humanos na sala de aula: a
ética como tema transversal. São Paulo: Moderna, 2001.
ARIÈS, P. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: Zahar,
1978.
ARROYO, M. Ofício do Mestre: imagem e auto-imagem. 7. Ed. Petrópolis,
RJ: Vozes, 2004.
BENEVIDES, Maria Victoria de M. Educação para a Democracia. Lua Nova.
Revista de Cultura e Política. São Paulo, Cedec, nº 38, 1996.
BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de História: fundamentos e
métodos. São Paulo: Cortez, 2004 (Coleção docência em formação. Série
Ensino Fundamental).
BRASIL. Constituição da Republica Federativa do Brasil. Brasília, DF, 1988.
BRASIL. Lei 9.394/95, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e
bases da educação nacional. Presidência da República. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm> Acesso em: 25/052013.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394/96,
de 20 de dezembro de 1996.
_______. Lei Federal n. 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o
Estatuto da Criança e do Adolescente.
_______. Lei número 11.525 de 25 de setembro de 2007. Inclui conteúdos
que trate dos Direitos da Criança e dos Adolescentes no Currículo de
Ensino Fundamental.
CANDAU, Vera. Educação em Direitos Humanos. Revista Novamérica, Rio
de Janeiro, nº 78, 1998.
______.Somos Todos Iguais? Discriminação e educação em direitos
humanos. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.
CANDAU, Vera; SACAVINO, S. Educar em direitos humanos. Rio de Janeiro:
DP&A, 2000.
CARBONARI, Paulo César. Direitos Humanos no Brasil: uma leitura da
situação em perspectiva. In: Direitos Humanos no Brasil 2.
CARTILHA, Oficina do ECA. Mobilização Social e Garantia de Direitos,
fepas.
CERRI, Luis Fernando. Ensino de História e Consciência Histórica. Rio de
Janeiro: FGV, 2011.
COSTA, Antonio Carlos Gomes. É possível mudar: a criança, o adolescente
e a família na política social do município. Editora Malheiros, 1993.
_________. De Menor à Cidadão: notas para uma história do novo direito
da infância e da juventude no Brasil. Brasília: ministério da Ação Social:
Centro Brasileiro para Infância e Adolescência, 1992.
DIGIÁCOMO, Murillo José, 1969 - Estatuto da criança e do adolescente
anotado e interpretado / Murillo José Digiácomo e Ildeara Amorim
Digiácomo.- Curitiba. Ministério Público do Estado do Paraná. Centro de Apoio
Operacional das Promotorias da Criança e do Adolescente, 2013. 6ª Edição.
DEL PRIORE, Mary. História das Crianças no Brasil. Editora Contexto,
1999.
FANTE, C. Fenômeno Bullying: Como prevenir a violência nas escolas e
educar para a paz. Campinas – SP: Verus, 2005.
FRABBONI, F. A escola infantil entre a cultura da infância e a ciência
pedagógica e didática.
GALEANO, Eduardo. De pernas pro ar: a escola do mundo ao avesso. Porto
Alegre: L&PM, 1999.
GHIRALDELLI, Jr. P. (Org.). Infância, escola e modernidade. São Paulo:
Cortez, 1997.
HOBSBAWM, Eric. Sobre história. Tradução de Cid Knipel Moreira. São
Paulo: Companhia das Letras, 1998.
http://www.promenino.org.br/Ferramentas/Conteudo/tabid/77/ConteudoId/2ca3f
af4-9815-437a-a182-2ee3e6e2625d/Default.aspx acesso em 25/05/2013.
KRAMER, S.; LEITE, M. I. (Orgs.). Infância: fios e desafios da pesquisa. 5ª
ed. Campinas: Papirus, 1996.
LUCAS, Peter. Violência na escola: questão de segurança ou de
pedagogia? Pátio – revista pedagógica, Porto Alegre, Artmed, ano 2, n. 8,
fev./abr. 1999, p. 26-29.
MACHADO, Nílson José. Epistemologia e Didática: as concepções de
conhecimento e inteligência e a prática docente. São Paulo: Cortez, 1995.
MORELLI, Ailton José. A criança, o menor e a lei: Uma discussão em torno
do atendimento infantil e da noção de inimputabilidade, Assis, 1996.
[Dissertação de Mestrado] Curso de Pós-Graduação em História na área de
História e Sociedade - UNESP. 1996.
MULLER, Verônica Regina e MORELLI, Ailton José. (orgs.) Crianças e
Adolescentes: A Arte de Sobreviver. Maringá: EDUEM, 2002, 255p.
PADILHA, Paulo Roberto. Planejamento dialógico: como construir o projeto
político-pedagógico da escola. São Paulo: Cortez/IPF, 2001.
RÜSEN, Jörn. Experiência, interpretação, orientação: as três dimensões
da aprendizagem histórica. Jörn Rüsen e o ensino de História. SCHMIDT,
Maria Auxiliadora. BARCA, Isabel. MARTINS, Estevão de Rezende (org).
Curitiba: UFPR: 2010
SANTOS, M. O espaço do cidadão. 2. Ed. São Paulo: Nobel, 1993.
SAVIANI, Dermeval. A nova lei da educação: LDB, trajetória, limites e
perspectivas. 8. ed. rev. Capinas, SP: Autores Associados, 2003. (Coleção
Educação Contemporânea).
SCHMITDT, Maria Auxiliadora; CAINELLI, Marlene. Ensinar História. São
Paulo: Scipione, 2004.
SEBASTIANI, Márcia Teixeira. Fundamentos Teóricos e Metodológicos da
Educação. 2008.
SÊDA, Edson. Construir o passado. São Paulo: Malheiros, 1993.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Planejamento: Plano de Ensino-
Aprendizagem e Projeto Educativo – elementos metodológicos para
elaboração e realização. São Paulo: Libertad, 1995. (Cadernos Pedagógicos
do Libertad, v.1).