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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO
PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA
TURMA - PDE/2013
Título: A mulher negra na obra casa-grande e senzala de Gilberto Freyre: cotidiano e relações de poder.
Autor Marisa Bernardi
Disciplina/Área (ingresso no PDE)
História
Escola de Implementação do Projeto e sua localização
Colégio Estadual Antonio Schiebel – Ensino Fundamental e Normal.
Avenida Brasil, 484, Centro.
Município da escola Santo Antonio do Sudoeste – PR.
Núcleo Regional de Educação
Francisco Beltrão.
Professor Orientador Profª Drª Sônia Maria dos Santos Marques.
Instituição de Ensino Superior
UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná.
Relação Interdisciplinar
(indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho)
Ainda que o trabalho seja desenvolvido na disciplina de história, as ações propostas adentram às discussões que estabelecem com a sociologia, Literatura e artes.
Resumo
(descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada. A informação deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou Times New Roman tamanho 12 e espaçamento simples)
A obra Casa-grande e Senzala de Gilberto Freyre, retrata vários aspectos da sociedade brasileira durante o período colonial: os grandes latifúndios, a monocultura agrário-exportadora, a vida urbana e rural das famílias brasileiras. Ainda que os homens brancos sejam detentores do poder, interessa destacar o papel das mulheres brancas e negras, a submissão e resistência feminina, dentro e fora da casa-grande e da senzala. O trabalho surgiu da necessidade de conhecer os educandos, uma vez que na escola trabalhada, alguns alunos e suas famílias têm origem afro-brasileira e vivem no seu cotidiano relações de poder que as inferiorizam exigindo olhar ético e histórico sobre tais realidades. Assim, busca-se valorizar os sujeitos seu cotidiano e história. As mulheres negras ainda vivenciam
discriminação no mercado de trabalho e na vida social. A metodologia de trabalho prevê: leitura da obra Casa-grande e senzala, questionamentos orais e escritos, apresentação de slides, confecção de maquetes, elaboração de roteiros para encenações, produção de vídeo-documentário. As atividades propostas tem por objetivo dinamizar as ações de sala de aula e questionar as relações de poder para que o aluno compreenda o transcurso histórico que condicionou o lugar ocupado atualmente pelas mulheres na sociedade brasileira.
Palavras-chave (3 a 5 palavras)
Casa - grande e senzala; mulheres negras e brancas; cotidiano e poder.
Formato do Material Didático
Unidade Didática.
Público Alvo
(indicar o grupo para o qual o material didático foi desenvolvido: professores, alunos, comunidade...)
Alunos do 2º ano do curso de Formação Docente.
APRESENTAÇÃO:
O trabalho desenvolvido sobre a obra Casa-Grande e Senzala de Gilberto
Freyre, tem a finalidade de demonstrar aos educandos do 2ºAno do Curso de
Formação de Docente, do Colégio Estadual Antonio Schiebel, do município de Santo
Antonio do Sudoeste-PR, como era a vida da mulher negra escravizada no contexto
do Brasil colonial, na narrativa freyreana. Na análise da obra, procuramos
compreender como o autor retrata o cotidiano e as relações de poder em que tais
mulheres viviam (tanto a vida nas fazendas, quanto a vida urbana). A situação das
mulheres no período colonial brasileiro era distinta da masculina, o homem era
superior, independente de sua classe social. Tais mulheres, mesmo discriminadas na
sociedade colonial, tinham funções das mais diversas, pois, serviam como:
mucamas, escravas de ganho, prostitutas, trabalhadoras das lavouras, quituteiras,
dentre outras. Quanto aos locais, viviam nas senzalas, nos centros urbanos ou na
casa-grande, sendo muitas vezes mães de “bastardos”, amantes ou abusadas
sexualmente por homens de sua convivência.
Através da descrição e análise da obra, pretende-se identificar as formas
como eram representadas as mulheres negras na obra Casa-Grande e Senzala de
Gilberto Freyre, no contexto social brasileiro no período colonial, considerando as
características das mulheres negras nesse período, contrastando-a com as mulheres
brancas. As relações de poder e as vivências cotidianas nas quais eram envolvidas
e, as formas como se davam as relações de gênero em uma sociedade escravista
(foco mulher negra).
Sem correr o risco de fazer afirmação anacrônica, no entanto havemos de
considerar que um dos problemas enfrentados hoje na sociedade, é a questão do
preconceito étnico e cultural e o lugar social que foram alocados os negros, como
grupo étnico, na sociedade brasileira. Dessa maneira, recebemos em nossas
escolas alunos que trazem uma bagagem de discriminação. Sabemos que,
principalmente em relação aos negros, em regiões que a predominância da origem
euro descendente prevalece, o que torna essas relações mais conflituosas. Sendo
assim, existem adolescentes afrodescendentes na escola, que sentem a
discriminação perante os outros. São filhos de mulheres trabalhadoras de
descendência negra, vivendo em bairros retirados do centro urbano ou vivendo nas
áreas rurais do município e que, de formas variadas suportam impactos dos
conceitos e preconceitos que circulam na sociedade.
Assim, a Unidade Didática, será desenvolvida com os alunos do 2º Ano do
curso de Formação Docente, através da análise da obra Casa-Grande e Senzala de
Gilberto Freyre. As ações são compostas por atividades que favoreçam a discussão
da realidade social brasileira e a compreensão dos condicionantes históricos
relacionados à temática, criando a possibilidade de valorização e conscientização
dos alunos sobre a forma como foi constituída a sociedade brasileira e as diferentes
representações que foram ativas na produção dos sistemas classificatórios que
posicionaram e submeteram os sujeitos. A multiplicidade de atividades que
pretendemos desenvolver no cotidiano da escola, envolve: debates, leituras textuais,
vídeos, músicas, organização de teatros e encenações, exibição de slides e
problematização de questões que favoreçam a reflexão e o conhecimento dos
valores que as diferentes épocas atribuíram às questões de gênero e etnia no
decorrer da história brasileira. O conteúdo das atividades temáticas foi dividido em
eixos:
- A mulher negra na casa-grande e na senzala;
-Relações entre a mulher branca e a mulher negra na obra casa-grande e senzala;
- A sexualidade e o trabalho na obra casa-grande e senzala;
- Espaços frequentados pelas mulheres negras e brancas na sociedade brasileira do
período colonial;
- Formas de resistência e submissão das mulheres negras escravizadas;
Esses conteúdos demonstram a necessidade da contribuição que a obra pode
ter para conhecer como se instituíram tais posicionamentos, pode também colaborar
para conhecer os educandos, suas respectivas famílias e a situação étnico-racial e
social em que eles vivem e as formas de poder que incidiram sobre os processos de
identificações. Assim, a proposta é promover ações para valorização e
conhecimento das mulheres afrodescendentes no contexto social histórico e escolar,
a partir das reflexões, indagações, questionamentos e conclusões da temática
abordada.
UNIDADE DIDÁTICA
PROCEDIMENTOS DE IMPLEMENTAÇÃO:
- Apresentação do projeto na escola para a direção, equipe pedagógica e
professores;
- Apresentação do projeto para a turma envolvida (2º Ano do Curso Formação
Docente).
EIXO I: A mulher negra na casa-grande e na senzala;
Objetivo: Identificar a vida da mulher negra, no período colonial, na casa-grande e
na senzala.
Descrição da Ação:
- Apresentação aos educandos a obra casa-grande e senzala de Gilberto Freyre,
comentando uma breve Biografia sobre o autor (em forma de slides);
- Organização da turma em grupos, distribuindo um capítulo do livro casa-grande e
senzala de Gilberto Freyre para cada grupo fazer a leitura, descrevendo sobre a vida
da mulher branca e negra;
- Preparação dos grupos para exposição oral, a partir das informações retiradas dos
capítulos, para os demais alunos;
- Após a exposição do trabalho, os grupos de discentes serão instigados ao debate
coletivo e troca de experiências;
- Os grupos responderão questões que reforcem as discussões, tais como:
1- Quais as relações que se estabelecem entre a mulher branca e negra na obra
casa-grande e senzala?
2- Descreva sobre os espaços que essas mulheres negras frequentavam na
sociedade colonial?
3- Como aparece a mulher negra nos diferentes espaços que frequenta: senzala,
casa-grande?
4- Como é vista a sexualidade e o trabalho feminino da mulher negra e branca na
obra casa-grande e senzala?
5- Como são mobilizadas as formas de resistência e submissão, subordinação
social, afetividade e fragilidade das mulheres?
- Após, respondida as questões, o professor encaminha um debate geral, com as
respostas dos grupos;
Número de horas-aulas: 9 H/A;
Formas de avaliação: Será levado em consideração leitura, síntese e interpretação
da obra casa-grande e senzala de Gilberto Freyre, bem como as respostas, debates
e questionamentos dos grupos.
EIXO II: Relações entre a mulher branca e a mulher negra na obra casa-grande e
senzala;
Objetivo: Compreender como se relacionavam as mulheres brancas e negras
segundo a obra casa-grande e senzala;
Descrição da Ação:
- Serão retomadas as respostas dos grupos sobre a questão: Quais as relações que
se estabelecem entre a mulher branca e negra na obra casa-grande e senzala?
- Em duplas, os educandos desenvolverão história em quadrinhos (em folhas sulfite)
sobre o cotidiano e as relações das mulheres brancas e negras na casa-grande e na
senzala;
- Após as atividades serão organizados painéis com as histórias em quadrinhos das
duplas, expondo para a escola;
Número de horas-aulas: 4 H/A;
Formas de avaliação: Nas produção das histórias em quadrinhos, criadas pelos
alunos serão avaliados os seguintes aspectos: , a coerência das ideias, a criticidade
e a forma como demonstra as relações entre as mulheres brancas e negras na casa-
grande e na senzala;
EIXO III: - A sexualidade e o trabalho na obra casa-grande e senzala;
Objetivo: Compreender os processos e ralações de trabalho e sexualidade na casa-
grande e na senzala, durante o período colonial brasileiro;
Descrição da Ação:
- Continuação do debate sobre as respostas dos grupos sobre a questão: Como é
vista a sexualidade e o trabalho feminino da mulher negra e branca na obra casa-
grande e senzala?
- Apresentação e análise crítica das imagens do livro casa-grande e senzala de
Gilberto Freyre 49ºedição, representando a mulher negra e a mulher branca na
sociedade colonial da época, através de ilustração individual (em folhas sulfite);
- Divisão dos alunos em grupos, onde cada um desses grupos confeccionam uma
parte da maquete sobre a organização do espaço físico do engenho, relacionando-
os com o folder da entre capa da obra casa-grande e senzala de Gilberto Freyre;
- Como atividade integradora, será realizada a montagem da maquete sobre a casa-
grande e senzala, expondo-a para a Escola;
Número de horas-aulas: 6 H/A;
Formas de avaliação: Como forma de avaliação, pode ser considerada a
participação, organização, criticidade, criatividade e a compreensão do tema
abordado.
EIXO IV: - Espaços frequentados pelas mulheres negras e brancas na sociedade
brasileira do período colonial;
Objetivo: Identificar os lugares frequentados pelas mulheres brancas e negras no
Brasil Colônia, a partir da leitura da obra Casa Grande e Senzala.
Descrição da Ação:
- Debate das respostas dos grupos sobre a questão: Quais os espaços que as
mulheres negras frequentavam na sociedade colonial?
- Assistir o filme: “Histórias Cruzadas”, com questões propostas para reflexão:
a) Qual o papel desempenhado pela mulher negra na sociedade naquele período?
b) Como eram as relações das mulheres negras e brancas segundo o filme?
c) Havia auto-discriminação das mulheres negras na sociedade? Explique.
d) Compare as relações de poder e o cotidiano das mulheres negras e as mulheres
brancas retratadas no filme, com as mulheres brancas e negras que viviam no Brasil
durante o período colonial;
- Discussão oral sobre o filme e das respostas das questões propostas para reflexão;
-Dividir os alunos em grupos, desenvolvendo roteiros para encenação sobre a
situação das mulheres negras e brancas e as características gerais da sociedade
escravocrata no Brasil Colônia, apresentando posteriormente para a escola;
Número de horas-aulas: 10 H/A;
Formas de avaliação: Nessa atividade pode ser levada em consideração a análise
crítica dos fatos narrados no filme e nas questões, a coerência das ideias e a
criatividade no desenvolvimento e representação nos roteiros das encenações;
EIXO V: - Formas de resistência e submissão das mulheres negras escravizadas;
Objetivo: Relacionar as formas de resistência com a submissão das mulheres
negras do Brasil Colônia;
Descrição da Ação:
- Iniciar um debate sobre as situações de vivências e poder em que as mulheres
negras e brancas eram submetidas no Brasil colônia, através da frase: “RESPEITAR
A MULHER: ESTA É A LEI”. Disponível em:
http://www.professorlemos.com.br/upload/50757533796330686956.pdf. Acesso em:
21 de ago. 2013 as 15 hs e 51 min. p.8 e 9;
- Em grupos, os alunos desenvolvem um roteiro sobre o cotidiano e vivencias das
mulheres brancas e negras, baseando-se no tema “RESPEITAR MULHER: ESTA É
A LEI”, criando um vídeo-documentário de , no máximo, 10 minutos, que estabeleça
relação entre a obra e o lugar ocupado atualmente pela mulheres na sociedade.
- Organização de mostra de vídeo-documentário: cada grupo expõe para a escola os
vídeos-documentários produzidos;
Número de horas-aulas: 7 H/A;
Formas de avaliação: Os educandos serão avaliados na atividade a partir dos
seguintes critérios: coerência das ideias, criatividade e criticidade, no
desenvolvimento do roteiro do vídeo-documentário sobre as mulheres brancas e as
mulheres negras;
OBSERVAÇÃO: Outras formas de avaliações podem ser consideradas: diagnóstica,
formativa e somativa, tendo o aluno condições de identificar processos, formas
históricas, reconhecer criticamente as relações de poder, podendo intervir no mundo
histórico em que vivem, de modo a se fazerem sujeitos da própria história. (DCE,s,
p. 83).
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS:
Como objeto de estudo, a obra casa-grande e Senzala de Gilberto Freyre,
retrata vários aspectos do cotidiano e relações de poder no Brasil durante o período
colonial, destacando as mulheres negras e as mulheres brancas submissas, cada
uma de modo diferenciado, ainda que tal situação não signifique igualdade de
gênero.
O desenvolvimento da Unidade Didática, parte do pressuposto de que as
relações entre a mulher negra e a mulher branca, retratadas na obra de Freyre,
demarcam as questões de raça, classe e gênero. Assim, na Unidade Didática, o
tema abordado, “A mulher negra na obra casa-grande e senzala de Gilberto Freyre:
cotidiano e relações de poder”, foi dividido em cinco eixos, com atividades distintas,
como: Apresentação do projeto na escola para a direção, equipe pedagógica e
professores e para a turma envolvida (2º Ano do Curso Formação Docente) durante
o início do ano letivo.
Para o desenvolvimento do Eixo I propõe comentar e apresentar a obra
Casa-grande e Senzala de Gilberto Freyre, para os alunos e em slides a biografia do
autor, retirada e disponível em: http://www.releituras.com/gilbertofreyre_bio.asp. Em
seguida, distribuir para cada grupo um capítulo da obra Casa-Grande e Senzala de
Gilberto Freyre, para fazerem a leitura, descrição do cotidiano e da vida da mulher
branca e negra que transparece na obra. Cada grupo expõe oralmente as
informações e deduções que chegaram a partir da leitura do texto para os demais
colegas. Desta ação, espera-se que decorra um debate coletivo; em seguida, cada
grupo responde as questões que reforcem as discussões, como: Quais as relações
que se estabelecem entre a mulher branca e negra na obra casa-grande e senzala?
Descrever sobre os espaços que essas mulheres negras frequentavam na
sociedade colonial? Como aparece a mulher negra nos diferentes espaços que
frequenta: senzala, casa-grande? Como é vista a sexualidade e o trabalho feminino
da mulher negra e branca na obra casa-grande e senzala? Como são mobilizadas
as formas de resistência e submissão, subordinação social, afetividade e fragilidade
das mulheres? Respondidas as questões, desejamos promover debate geral, com
as respostas dos grupos.
No Eixo II, compreender-se-á como se relacionavam as mulheres brancas e
negras segundo a obra casa-grande e senzala, retomando as respostas dos grupos
sobre a questão: Quais as relações que se estabelecem entre a mulher branca e
negra na obra casa-grande e senzala? Em duplas, os educandos desenvolvem
história em quadrinhos (em folhas sulfite) sobre o cotidiano e as relações das
mulheres brancas e negras na casa-grande e na senzala, montando um painel com
as histórias escritas. O material será exposto para a escola.
No desenvolvimento do terceiro Eixo, apontamos para a importância de
compreender os processos e relações de trabalho e sexualidade na casa-grande e
na senzala, durante o período colonial brasileiro, debatendo as respostas dos grupos
sobre a questão: Como é vista a sexualidade e o trabalho feminino da mulher negra
e branca na obra casa-grande e senzala? Com análise crítica das imagens do livro
casa-grande e senzala de Gilberto Freyre 49ºedição, representar a mulher negra e a
mulher branca na sociedade colonial da época, através de desenhos. Para essa
atividade, dividiremos a sala de aula em grupos, para confeccionar uma parte da
maquete sobre a organização do espaço físico do engenho, relacionando com a
casa-grande e a senzala, baseando-se no folder da entre capa da obra casa-grande
e senzala de Gilberto Freyre. Depois de cada parte pronta pelos grupos, será
realizada a montagem da maquete sobre a casa-grande e senzala, expondo-a para
a Escola;
Para o desenvolvimento do IV Eixo, identificar os lugares que eram
frequentados pelas mulheres brancas e negras no Brasil Colônia, retomando e
debatendo as respostas dos grupos sobre a questão: Quais os espaços que as
mulheres negras frequentavam na sociedade colonial? Após, assistir o filme:
“Histórias Cruzadas”, com questões propostas para reflexão, como: Qual o papel
desempenhado pela mulher negra na sociedade naquele período? Como eram as
relações das mulheres negras e brancas segundo o filme? Havia auto-discriminação
das mulheres negras na sociedade? Explique. Comparar as relações de poder e o
cotidiano das mulheres negras e as mulheres brancas retratadas no filme, com as
mulheres brancas e negras que viviam no Brasil durante o período colonial. Em
seguida, propor uma discussão oral sobre o filme e as respostas das questões
propostas para reflexão. Dividir os alunos em grupos, desenvolvendo roteiros para
encenação sobre a situação das mulheres negras e brancas e as características
gerais da sociedade escravocrata no Brasil Colônia, apresentando posteriormente
para a escola;
No V Eixo, relacionar as formas de resistência com a submissão das
mulheres negras do Brasil Colônia, iniciando um debate sobre as situações, de
vivencias e poder em que as mulheres negras e brancas eram submetidas no Brasil
colônia, através da frase: “RESPEITAR A MULHER: ESTA É A LEI1”.
Em grupos, os alunos desenvolvem um roteiro sobre o cotidiano e vivencias
das mulheres brancas e negras, baseando-se no tema “RESPEITAR MULHER:
ESTA É A LEI”, criando um vídeo-documentário de aproximadamente 10 minutos,
que estabeleça relação entre a obra e o lugar ocupado atualmente pelas mulheres
na sociedade, expondo para a escola os vídeos-documentários.
Referências
FREYRE, Gilberto. Casa-Grande e Senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal: apresentação de Fernando Henrique Cardoso. 49ª ed, rev. São Paulo: Global, 2004.
FREYRE, Gilberto. Casa-Grande e Senzala: formação da família brasileira sob o regime da Montenegro.34ªed. Rio de Janeiro: Record,1998.
Freyre, Gilberto. Casa-grande & senzala: formação da família brasileira sob o regime de economia patriarcal. Vol. 36. J. Olympio, 1943. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ts/v9n2/v09n2a01.pdf. Acesso em: 18 de Abr. 2013. 18hs e 34min.
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NOGUEIRA, Arnaldo. Biografia de Gilberto Freyre. http://www.releituras.com/gilbertofreyre_bio.asp. Acesso em: 10 de set., às 14hs e 44 min.
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VAINFAS, Ronaldo. Homoerotismo feminino e o Santo Ofício. In: PRIORI, Mary Del(org); Carla Bassanezi (coord. de textos). 9ª ed.1º reimpressão - São Paulo: Contexto, 2008.p. 115-139.