24
Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · condições didáticas potencialmente capazes de ... refletindo a respeito do léxico comum de determinados grupos, ... mesma forma

  • Upload
    trinhtu

  • View
    218

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · condições didáticas potencialmente capazes de ... refletindo a respeito do léxico comum de determinados grupos, ... mesma forma

Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

Page 2: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · condições didáticas potencialmente capazes de ... refletindo a respeito do léxico comum de determinados grupos, ... mesma forma

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃODIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

MARCIA DA LUZ LEAL

NARRATIVAS DA FRONTEIRA: A INFLUÊNCIA SOCIOCULTURAL NA

PRODUÇÃO TEXTUAL DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO.

FOZ DO IGUAÇU

2013

Page 3: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · condições didáticas potencialmente capazes de ... refletindo a respeito do léxico comum de determinados grupos, ... mesma forma

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃODIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

MARCIA DA LUZ LEAL

NARRATIVAS DA FRONTEIRA: A INFLUÊNCIA SOCIOCULTURAL NA

PRODUÇÃO TEXTUAL DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO.

Produção Didático - Pedagógica apresentadaao Programa de DesenvolvimentoEducacional – PDE, como estratégia de açãoprevista no Projeto de IntervençãoPedagógica na Escola.

Orientadora: Profª Ms. Adriane Elisa Glasser

FOZ DO IGUAÇU2013

Page 4: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · condições didáticas potencialmente capazes de ... refletindo a respeito do léxico comum de determinados grupos, ... mesma forma

SUMÁRIO

1 FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA 42 APRESENTAÇÃO ........................................................................................... 53 MATERIAL DIDÁTICO .................................................................................... 7

3.1 REVISÃO TEÓRICA.................................................................................. 7MÓDULO I - NARRATIVAS: OS FATOS QUE FAZEM O MUNDO.................... 11MÓDULO II - AS NARRATIVAS E SUAS CARACTERÍSTICAS......................... 15MÓDULO III - PRODUÇÃO DE NARRATIVAS DA FRONTEIRA............................... 19REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................... 21

Page 5: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · condições didáticas potencialmente capazes de ... refletindo a respeito do léxico comum de determinados grupos, ... mesma forma

4

1 FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

Título: NARRATIVAS DA FRONTEIRA: A INFLUÊNCIA SOCIOCULTURAL NA

PRODUÇÃO TEXTUAL DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO.

Autor Marcia da Luz LealDisciplina/Área (ingresso noPDE)

Língua Portuguesa

Escola de Implementaçãodo Projeto e sua localização

Colégio Estadual Dom Manoel Konner

Município da escola Santa Terezinha de ItaipuNúcleo Regional deEducação

Foz do Iguaçu

Professor Orientador Profª Ms. Adriane Elisa GlasserInstituição de EnsinoSuperior

UNIOESTE – Campus de Foz do Iguaçu

Relação Interdisciplinar Resumo Esta unidade didática tem como tema as narrativas

enquanto representação dos fatos vivenciados pelosalunos que necessitam ser mediados pela escola comoelemento integrador dos alunos do ensino médio,tomando como objetivos específicos analisar o conceitoque os alunos possuem sobre a sua vivência nafronteira, investigar as vivências socioculturais dafronteira em forma de narrativas e identificar as marcas einfluências das relações sociais entre os estudantes queresidem na região de fronteira. As fontes teóricasabordam os conceitos de fronteira, de escrita e degêneros narrativos, embasando o trabalho para arealização de uma pesquisa-ação a partir de um planode intervenção onde os alunos serão preparados pararegistrar as suas vivências sociais em forma denarrativas de fronteira apresentando um livro digital comos resultados da pesquisa.

Palavras-chave (3 a 5palavras)

Comunicação. Sociedade. Ensino. Fronteira.

Formato do MaterialDidático

Unidade didática

Público Alvo 2º ano do Ensino Médio

Page 6: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · condições didáticas potencialmente capazes de ... refletindo a respeito do léxico comum de determinados grupos, ... mesma forma

5

2 APRESENTAÇÃO

A proximidade geográfica com a fronteira entre o Brasil e o Paraguai é um

diferencial na comunicação dos jovens que se envolvem no trabalho de atravessar

mercadorias, muitas expressões são criadas e reproduzidas para propiciar uma

comunicação característica que pode representar um código de proteção entre eles

ou um sistema de comunicação que denuncie rebeldia no trabalho que representa a

contravenção. As formas de comunicação estão ligadas à vida sociocultural e por

isso caracterizam as funções comunicativas, cognitivas e institucionais em

detrimento à organização estrutural da língua (MARCUSCHI, 2002).

Para Koch (2000) a representação do mundo acontece pela linguagem, pois

por ela ocorre a transmissão e a reflexão sobre um contexto, a língua é elemento de

interação entre o indivíduo e seu meio social, isto explica as causas da comunicação

dos jovens envolvidos no trabalho de comercialização na fronteira ser realizada

através de um vocabulário específico que estabelece uma comunicação eficiente

entre eles, mas de difícil compreensão para pessoas que não estão habituadas ao

léxico criado por eles, formado, geralmente, por palavras usadas com sentido

conotativo ou impróprio.

A linguagem enquanto fato social é fundamental para a comunicação e a

socialização dos indivíduos, principalmente quando se trata de alunos do Ensino

Médio. No Ensino Médio a produção de textos narrativos como instrumento no

ensino de linguagem ganham características especiais que se fundamentam nas

vivências sociais dos educandos enquanto sujeitos em formação.

As narrativas são representações sociais do ser humano na tentativa de

perpetuar os seus mitos, sua visão de mundo, suas conquistas e sua história. Os

registros narrativos vencem o tempo e perpetuam os fatos e acontecimentos

(NEVES, 2003).

Uma vez que se decidiu construir o objeto de ensino à imagem esemelhança das práticas sociais de leitura e escrita, é necessário elucidarem que consistem essas práticas, é necessário examiná-las de perto, parapoder explicitar quais são os conteúdos envolvidos nelas e tentar definir ascondições didáticas potencialmente capazes de preservar o sentido(LERNER, 2002, p.59).

Page 7: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · condições didáticas potencialmente capazes de ... refletindo a respeito do léxico comum de determinados grupos, ... mesma forma

6

Os educadores estabelecem uma comparação entre a linguagem falada e a

linguagem escrita, que em muitos momentos não permite fazer uma relação entre o

que aprendiz fala e o que ele escreve. Segundo Koch e Elias (2011) existe uma

dicotomia que estabelece diferenças entre a fala e a escrita de um mesmo aluno,

isto decorre da interferência do interlocutor no discurso, pois quem escreve para

alguém e com uma finalidade específica, na escola, a convenção é que o aluno

escreva para o professor corrigir, no entanto o professor ao realizar a correção

preocupa-se com os elementos coesivos, com a coerência e a morfossintaxe,

deixando de analisar o discurso narrativo do aluno enquanto resposta do sujeito

aprendente na elaboração da linguagem escrita.

Diante disso, esta produção didática apresenta sugestões para o

desenvolvimento de narrativas sociais, desenvolvendo técnicas que contribuam para

levar o aluno a produzir a partir de seu próprio conhecimento, pois isto o levará a

construir um aprendizado significativo.

Esta unidade didática apresenta três módulos direcionados à aprendizagem

da produção de narrativas. O primeiro módulo apresenta os propósitos da unidade e

direciona para uma reflexão sobre o assunto adotando uma visão crítica da

produção enquanto reflexo da vivência social.

O segundo módulo contribui para fundamentar a construção de narrativas

abordando a questão dos gêneros e estilos de narrativas, desenvolve técnicas de

construção de textos a partir da reflexão a respeito de temas sociais vivenciados

pelos alunos, para tanto toma como ponto de reflexão a apresentação de

documentários e filmes curtos. Aborda também o aspecto formal e informal da língua

refletindo a respeito do léxico comum de determinados grupos, como é caso dos

trabalhadores informais da fronteira.

O terceiro módulo desenvolve narrativas a partir da vivência social dos alunos

e apresenta os meios e técnicas para digitalização dos textos e produção de um livro

digital.

Page 8: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · condições didáticas potencialmente capazes de ... refletindo a respeito do léxico comum de determinados grupos, ... mesma forma

7

3 MATERIAL DIDÁTICO

Esta unidade didática apresenta-se dividida em três módulos que

compreendem os conceitos que devem ser apresentados aos alunos e à

comunidade escolar, os gêneros narrativos a serem desenvolvidos e as técnicas de

produção narrativa que serão realizadas pelos alunos em suas construções sobre os

fatos da fronteira.

3.1 REVISÃO TEÓRICA

A concepção de fronteira indica que se trata de uma linha que marca os

confins de um Estado seguindo apenas as convenções. Existem fronteiras que são

delimitadas fisicamente a partir da construção de muros ou de cercas, porém nem

sempre isso acontece desta forma, por isso se afirma que as linhas divisórias são

convenções, pois o limite quando ultrapassado equivale a invadir o espaço vizinho

(MARTIN, 1997).

No entanto, acima do conceito a palavra fronteira é também uma marca de

soberania, pois isso implica em autoridade de governo sobre as suas terras, ou seja,

dentro dos seus limites. Geograficamente as fronteiras podem ser terrestres,

marítimas, fluviais, lacustres e mesmo aéreas, pois podem ser representadas por

mares, rios, lagos, etc. As fronteiras são vigiadas e monitoradas, principalmente em

locais onde imigrantes buscam entrar ilegalmente no país vizinho, ou ainda onde

possam ser comercializados produtos ilegais como drogas e contrabando. Da

mesma forma existem fronteiras naturais constituidas por obstáculos geográficos da

própria natureza especialmente rios e montanhas (BACHELARD, 1995).

Entretanto, algumas considerações são postas na definição de fronteira que

aferem significados subjetivos e voltados para os aspectos sociais da fronteira,

embora alguns autores prefiram definir esse espaço como território de poder.

Considerando a fronteira um território especial, para este estudo, aconcepção de território é indicada por Saquet (2007), para quem este éproduzido, espaço-temporalmente, pelas relações de poder exercidas pordeterminados grupos ou classes sociais. Lopes de Souza (1995) reafirmaque o território é fundamentalmente um espaço definido e delimitado por e apartir de relações de poder (SOUZA, 2011, p.167).

Page 9: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · condições didáticas potencialmente capazes de ... refletindo a respeito do léxico comum de determinados grupos, ... mesma forma

8

Essas concepções espaciais e sociais imbricadas em conceitos difusos que

juntam fronteira e território dependendo da conotação dada e pelos sentidos que a

ela se referem.

Existem concepções de fronteira que são expressas a partir de visões

filosóficas, por isso são variáveis, mesmo assim podem ser considerados como

processos relativos construídos simbolicamente, são locais de mutação e de

subversão, regidos por princípios de relatividade, multiplicidade e reciprocidade,

onde os limites são ultrapassados tornando-se novas dimensões (ORTIZ, 1994)

Assim, a subjetividade e o tipo de relações estabelecidas entre os sujeitos são

determinantes para estabelecer conceitos tanto de fronteira quanto de território.

A territorialidade, decorrente do território, é a qualidade que o territórioganha de acordo com a utilização ou apreensão pelo ser humano, mas,além disso, conforme sugere Dematteis (2007), a territorialidade não ésomente resultado do comportamento humano sobre o território, mas oprocesso de construção de tais comportamentos, o conjunto das práticas edos conhecimentos dos homens em relação à realidade material, a somadas relações estabelecidas por um sujeito com o território (a exterioridade) ecom outros sujeitos (a alteridade) (SOUZA, 2011, p.169).

Percebe-se, desta forma, que o meio interfere na formação do homem e que

alguns conceitos vão se formando aleatoriamente dependendo da realidade vivida e

convivida pelos sujeitos em diferentes espaços. Neste contexto, a escrita de

narrativas que apresentam os fatos sociais da vivência do aluno são elementos

importantes da construção comunicativa do aluno.

A escrita, na concepção de Freire (1991) é também objeto do pensamento e

da vida. Entre os povos do terceiro mundo, a escrita e a leitura são um distintivo de

poder. Portanto, a criação de uma política de desenvolvimento de participação do

mundo da leitura e da escrita significa redimir as massas excluídas de 500 anos de

história. A leitura do mundo antecede a leitura das letras. No entanto, há que se

considerar que a escrita é tão importante na história, e que, para muitos, existe

história quando existe escrita (NEVES, 2003).

A escrita não é infalível, os conteúdos transmitidos, reproduzidos ouproduzidos pela escola são geralmente apresentados por meio de suportesescritos (impressos em livros, apostilas, folhetos etc., manuscritos ouvirtuais). Existe, indiscutivelmente, uma íntima relação entre o trabalhopedagógico e as práticas ou dinâmicas exclusivas do mundo da escrita. As

Page 10: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · condições didáticas potencialmente capazes de ... refletindo a respeito do léxico comum de determinados grupos, ... mesma forma

9

demais linguagens – oral, imagética, sonora, etc. – sem dúvida também sãoacionadas nas múltiplas operacionalizações do processo ensino-aprendizagem; entretanto, considerando a infraestrutura pedagógica dagrande maioria das escolas brasileiras, essas linguagens são coadjuvantesà escrita e muito dificilmente colocam em risco a hegemonia nos contextosformais de escolarização (SILVA, 2009, p.25).

Para que a escrita se transforme numa prática intelectual é necessário que

seja mais que transcrição, registro ou marcas no papel. A escrita é uma conquista

social da humanidade que avança para outras formas de comunicação registrando a

memória e a autoria de todas as ideias. A escrita se apresenta como uma ferramenta

de representação humana na escola e na sociedade, sem a qual não se pode viver.

Somente quando o indivíduo se apropria da escrita ele consegue significar algo para

si e para o próximo traduzindo marcas que imprimem as verdades e o significado da

interação social (MARQUES, 1997).

O estudo dos gêneros narrativos deve considerar que a linguagem expressa o

pensamento, sendo assim, ela se apresenta como um instrumento de comunicação

quer atua na interação entre os indivíduos, esse processo corresponde ao uso de

três vertentes linguísticas: primeiramente, a tradicional gramática, em segundo lugar

a abordagem à estrutura da linguagem enquanto elemento de transformação e,

enfim a concretização dos enunciados sociais implícitos na comunicação de cada

indivíduo. A importância da linguagem reside na interpretação social dada pela

emissão comunicativa, pois somente quando o enunciado é reconhecido e

interpretado a comunicação estará completa (GERALDI, 1999).

A linguagem enquanto elemento de interação necessita fazer sentido para

que o seu significado esteja claro e facilmente identificável, porém isso depende da

definição do que se deseja comunicar e porque essa definição está implícita no

gênero textual lido ou produzido.

Marcuschi (2003) explica que gêneros textuais são fenômenos históricos que

estão vinculados à vida cultural e social. Seu contexto depende da intensidade do

trabalho coletivo, pois os gêneros contribuem para ordenar e estabilizar as

atividades do cotidiano. Desta forma, caracterizam-se como entidades sócio-

discursivas decorrentes das formas de ação social incontáveis em qualquer situação

comunicativa.

Neste contexto, os gêneros textuais aparecem como formas verbais orais e

escritas produzidas por meio de que resultam de enunciados sociais, tornando-se

Page 11: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · condições didáticas potencialmente capazes de ... refletindo a respeito do léxico comum de determinados grupos, ... mesma forma

10

via de letramento dentro do ensino da língua, por isso , propõe-se que as atenções

dos educadores se voltem para os textos que surgem no contexto social, pois a

concepção de gênero que se pretende é a que serve ao contexto comunicativo e ao

percurso das relações sociais, refletindo os processos naturais aos quais a

comunicação se desenvolve (MACHADO, 1998).

. A multiplicidade de textos existentes no contexto social dos alunos é que deve

imperar na necessidade de se formar leitores e produtores de textos comunicativos

eficientes. Assim, deve-se criar espaço no ambiente de sala de aula que permita aos

alunos apreender a diversidade de textos existente, sem estar limitado ao livro

didático ou ao que o professor decide como instrumento pedagógico de ensino, é

preciso que os alunos leiam textos nos suportes em que foram publicados, pois são

os jornais, revistas, textos on line que contém a carga cultural construída

historicamente, e que servem como ferramenta essencial na socialização do aluno

(BRASIL, 1998).

O gênero textual dá forma à estrutura, transforma o comportamento dos

alunos promove a atividade e gera transformação. O gênero não se limita à

exploração, pois visa enriquecer as possibilidades, visto que se torna evidente que

por meio dessa produção se reproduzem as práticas sociais. Os gêneros aparecem

sempre ancorados em situação concreta, é necessária a compreensão do contexto

situacional para a plena compreensão e interpretação do texto (MARCUSCHI, 2003).

Para o desenvolvimento da escrita, deve-se considerar a escolha do gênero

adequado ao contexto, desenvolvendo informações claras do contexto para o qual a

produção do aluno deve ser dirigida. Ao se produzir na escola deve-se perceber que

o aluno possui um contexto próprio que não é padronizado, visto que cada aluno

possui sua subjetividade, assim a produção não deve ser desconectada dos modos

de circulação social do texto, pois cada texto tem uma finalidade social. Assim, é

necessário promover no ambiente escolar uma prática textual voltada para a

capacitação comunicativa dos alunos desenvolvendo a competência de produção

textual. Para Machado (1998) quando se planeja o trabalho dos gêneros textuais a

partir do contexto social do aluno o professor passa a ser o facilitador que orienta o

percurso discursivo textual.

Esta intervenção pedagógica será desenvolvida no Colégio Estadual Dom

Manoel Konner, em uma turma de 2º ano do Ensino Médio, e constará de oito ações

com duração prevista de 32 horas, distribuídas conforme a classificação a seguir:

Page 12: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · condições didáticas potencialmente capazes de ... refletindo a respeito do léxico comum de determinados grupos, ... mesma forma

11

Atividade 1: As narrativas no processo de gestão e da prática pedagógica da

escola.

Público alvo: Professores, gestores e funcionários do Colégio Estadual D. Manoel

Konner.

Objetivo: Promover uma reflexão a respeito das justificativas que conduziram ao

desenvolvimento do projeto.

Tempo: 2 horas aula

A narração é um relato centrado num fato ou num acontecimento, nela sempre

haverá personagens e um narrador que relata a ação. As narrativas são textos

marcados pelo tempo, fato, ação, personagem, conflito e solução. A solução indica

uma mudança de situação para o personagem.

(ERNANI & NICOLA, 2002, p.37)

A produção de textos narrativos necessita ser planejada de forma a produzir

uma reflexão sobre o que se deseja narrar. Desta forma, o professor quando propõe

a construção de uma narrativa precisa deixar claro para o aluno que ao contar um

fato, um acontecimento, este deve ser realizado de maneira clara.

Assim, o uso da linguagem precisa superar as apresentações coloquiais e

tornar a narração objetiva e de fácil interpretação ou esta não terá validade. Todo

texto deve ser interpretado para atingir seu objetivo e, neste caso, as produções

precisam ser realizadas em linguagem clara e objetiva, utilizando um vocabulário

que permita a interpretação de quem lê.

A interpretação precisa ser planejada de forma que possa integrar o leitor ao

emissor da mensagem. Ao escrever uma narrativa é necessário fazê-la com a

certeza de que sua mensagem será decodificada por quem lê, pois existem

mensagens que não são explícitas e podem dificultar a interpretação porque o

código não está claro. Um exemplo disso é a interpretação de charges,

principalmente porque este tipo de texto alia a imagem à mensagem escrita para

MÓDULO I

NARRATIVAS: OS FATOS E ACONTECIMENTOS QUE

FAZEM O MUNDO!

Page 13: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · condições didáticas potencialmente capazes de ... refletindo a respeito do léxico comum de determinados grupos, ... mesma forma

12

tornar explícita uma mensagem que nem sempre está clara para o leitor, pois exige

a interpretação do contexto. Vejamos:

Analise a charge:

Fonte: http://www.essaseoutras.xpg.com.br/ Acesso em 07.10.2013.

a) Quem são as personagens da charge?

b) Qual o conflito apresentado?

c) Escreva um parágrafo narrando o fato.

d) Apresente a solução para o conflito.

1. Faça uma narrativa da charge contando o acontecido para um jornal.

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

Page 14: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · condições didáticas potencialmente capazes de ... refletindo a respeito do léxico comum de determinados grupos, ... mesma forma

13

Atividade 2: Apresentação do projeto de intervenção com os alunos do 2º ano do

Ensino Médio.

Objetivo: Compreender a importância das narrativas como representação das

vivências sociais.

Tempo: 2 horas aula

A narrativa social parte das vivências das pessoas, em muitos momentos há

acontecimentos que são marcados por uma característica de humor, de perigo, de

medo, ou outras situações do cotidiano.

Analise a charge abaixo:

As narrativas compreendem a ação de umnarrador que conta fatos, ações, ondepersonagens apresentam um conflito e buscamsoluções. As narrativas podem ser de ficção ounarrativas sociais que representam a realidadede cada narrador.

Page 15: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · condições didáticas potencialmente capazes de ... refletindo a respeito do léxico comum de determinados grupos, ... mesma forma

14

Fonte: http://www.essaseoutras.xpg.com.br/charges-engracadas-de-educacao-ensino-critica-alunos-e-professores/ Acesso em 07.10.2013.

Responda:

a. Quem são as personagens da charge?

b. Que ação estas personagens estavam realizando?

c. Qual o conflito que surgiu para a realização da ação?

d. Que solução é mais adequada para a solução do conflito?

Escreva uma narrativa baseando-se na charge, não esqueça de fazer referência ao

tempo, ao espaço, ao fato, às personagens , ao conflito e à solução:

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

Page 16: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · condições didáticas potencialmente capazes de ... refletindo a respeito do léxico comum de determinados grupos, ... mesma forma

15

Atividade 3: Caracterizando os gêneros narrativos

Objetivo: Formar uma concepção a respeito dos diferentes gêneros narrativos.

Tempo: 4 horas aula

Leia o texto:

O texto narrativo tem como objetivo narrar fatos que possam contribuir comoinformação, conhecimento ou diversão, por isso, toda narração visa sempre um receptor.Existem vários conceitos e estilos de narração:a) Romance: é um tipo de texto que possui um núcleo principal, onde outras tramas vão se

desenrolando ao mesmo tempo da trama principal. O Romance se subdivide emdiversos outros tipos como o romance romântico, romance policial, romance de ficção.Geralmente o romance tem texto longo em quantidade de acontecimentos e no tempoem que se desenrola o enredo.

b) Novela: confunde-se com o romance e com o conto, possui apenas um núcleo e anarrativa acompanha a trajetória de um personagem. A novela provém de um conto, deuma anedota, e tudo nela se encaminha para a conclusão.

c) Conto: trata-se de uma narrativa curta com poucas personagens que existem em funçãode um núcleo. Relata uma situação que pode acontecer na vida das personagens,porém não é comum que ocorra com todo mundo. A trama pode ser real ou de ficção e otempo pode ser cronológico ou psicológico.

d) Crônica: é confundida com o conto, porém a crônica narra fatos do cotidiano daspessoas, situações que presenciamos e já até prevemos o desenrolar dos fatos. Alinguagem é irônica ou até sarcástica, é um tempo curto, de minutos ou horasnormalmente.

e) Fábula: É semelhante a um conto em sua extensão e estrutura narrativa, a diferença éque as personagens são animais, mas com características de comportamento esocialização semelhantes às dos seres humanos, dando sentido conotativo e moral àhistória.

f) Parábola: é a versão da fábula com personagens humanas. g) Apólogo: é semelhante à fábula e à parábola, mas pode se utilizar das mais diversas e

alegóricas personagens: animadas ou inanimadas, reais ou fantásticas, humanas ounão.

h) Anedota: é um tipo de texto produzido com o objetivo de motivar o riso. É geralmentebreve e depende de fatores como entonação, oratória do intérprete e até representação.

i) Lenda: é uma história fictícia a respeito de personagens ou lugares reais, sendo assim arealidade dos fatos e a fantasia estão diretamente ligadas. Os textos jornalísticos também são escritos no gênero narrativo. E muitas narrativas decaráter popular (feitas pelo povo) como as piadas, a literatura de cordel, etc.

MÓDULO IIAS NARRATIVAS E SUAS CARACTERÍSTICAS

Objetivo: Conhecer o gênero narrativo e suas características

Page 17: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · condições didáticas potencialmente capazes de ... refletindo a respeito do léxico comum de determinados grupos, ... mesma forma

16

Fonte: http://www.infoescola.com/sociologia/entretenimento

Após a leitura, dividir a turma em grupos, cada grupo vai pesquisar as

características de um dos gêneros apresentados acima, explicando em forma de

seminário cada gênero, apresentando exemplos e elaborando uma síntese no

caderno.

Atividade 4: As narrativas da fronteira

Objetivo: Apresentar um documentário sobre o trabalho na fronteira e promover

debate formando uma visão crítica sobre a atividade.

Tempo: 2 horas aula

O filme ‘Vida de cão’ apresenta uma metáfora sobre a vida dos trabalhadores

da fronteira, uma reflexão sobre as pessoas que trabalham na contravenção.

http://www.youtube.com/watch?v=94D9tHIPFDM&feature=youtube_gdata

A lei dos sacoleiros é uma oportunidade de refletir a respeito da atuação dos

sacoleiros na fronteira e como o comércio ilegal pode levar a uma falsa ilusão de

ganho, na verdade quando se deixa de coletar impostos todos perdem.

http://www.youtube.com/watch?v=I5dMUmMvTgo - Lei dos sacoleiros.

Ao assistir aos filmes e documentários oportuniza-se a reflexão a respeito dos

assuntos sociais que permeiam o cotidiano dos alunos. Após o debate e a reflexão,

os alunos deverão produzir um texto sintetizando os vídeos assistidos.

Atividade 5- Produção de cartoneras

Objetivo: Publicar um portfólio sustentável dos textos de narrativas em cartoneras

Tempo: 4 horas aulas

Desenvolver um projeto de elaboração de cartoneras inclui também formar

consciência ecológica ao mesmo tempo em que se desenvolve o letramento e a

produção literária. Esses livros são feitos à mão e se tornam exclusivos porque

representam a criação individual de cada participante do projeto. Eles têm como

matéria prima, materiais recicláveis, como o papelão, isso significa recuperar o

Page 18: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · condições didáticas potencialmente capazes de ... refletindo a respeito do léxico comum de determinados grupos, ... mesma forma

17

papelão ecologicamente vinculando a produção literária ao interesse pela confecção

de livros artesanais.

É necessário compreender que as cartoneras editoriais são atividades

nascidas como saída urgente para a crise econômica argentina do início dos anos

dois mil. Atualmente tem como proposta econômica três eixos que se sobressaem:

1. Sustentabilidade – integração das pessoas no ciclo produtivo da cartonera como

objeto cultural, ou seja a obtenção da matéria prima de consumo da publicação.

2. Literário: estimula o gosto pela literatura como atividade cultural por meio do

oferecimento de contatos com as dimensões da produção literária ( escrita,

impressão, publicação, difusão e leitura)

3. Político: Contribuição para as discussões sociais a respeito das políticas e iniciativas

de incitamento de cultivo da leitura e da expressão literária.

Com base nos filmes e nas leituras realizadas a respeito da situação da

mobilidade humana na fronteira criar textos narrativos sobre fatos e acontecimentos

da fronteira, para depois montar as cartoneras.

A característica mais marcante neste tipo de produção é a construção de

publicações a partir de matéria prima alternativa.

Page 19: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · condições didáticas potencialmente capazes de ... refletindo a respeito do léxico comum de determinados grupos, ... mesma forma

18

http://meninascartoneraseditorial.blogspot.com.br/2010/07/meninas-cartoneras-en-tetuan-arte.html

Atividade 6: O vocabulário e as narrativas da fronteira

Objetivo: Realizar um levantamento das expressões mais usadas pelos

trabalhadores da fronteira que poderão contribuir para enriquecer a produção de

narrativas sociais.

Tempo: 4 horas aulas

Lembre-se!

É necessário traduzir as palavras utilizadas no texto que não serão facilmente

entendidas por quem lê ou, ainda, aquelas que oferecem mais de um sentido na

construção de uma mensagem e que podem interferir na interpretação.

1. Elaborar um texto sobre fatos que acontecidos que tenham marcado a sua

vivência na fronteira.

A finalidade das palavras é comunicar, se o vocabulário não é compreendido pela pessoa que ouve, não está cumprindo a sua finalidade.

Page 20: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · condições didáticas potencialmente capazes de ... refletindo a respeito do léxico comum de determinados grupos, ... mesma forma

19

2. Destacar no texto as palavras com uso impróprio ao seu sentido ou as que são

utilizadas em forma de código entre indivíduos de um mesmo grupo e que

possam interferir no sentido do seu texto.

3. Organize o vocabulário do texto, destacando a palavra e o sentido que lhe foi

dado no texto.

4. Releia o texto e procure substituir as palavras destacadas por outras de igual

valor.

5. Realizar um debate de socialização do vocabulário para toda a turma.

6. Escrever o vocabulário da turma dotado de explicação do sentido do mesmo.

Page 21: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · condições didáticas potencialmente capazes de ... refletindo a respeito do léxico comum de determinados grupos, ... mesma forma

20

Atividade 6: Produção de textos narrativos envolvendo os aspectos sociais de

fronteira.

Objetivo: Produzir textos narrativos cujo tema seja acontecimentos ocorridos na

fronteira.

Tempo: 6 horas aulas

1. Formar grupos de socialização onde, pelo menos um aluno já tenha

vivenciado ou vivencie situações características peculiares dos trabalhadores

que atravessam mercadorias na fronteira.

2. Cada aluno vai contar oralmente no grupo os fatos e acontecimentos

vivenciados na atividade de sacoleiro, laranja, ou similar. (como não são

todos os alunos que vivenciam tal situação, a socialização vai contribuir para

ajudar a formar uma concepção de fatos que os alunos ouviram ou

vivenciaram).

3. Produzir um texto narrativo sobre fatos vivenciados na fronteira.

4. Formular o vocabulário do texto.

5. Ler o texto produzido para o grupo, verificando as marcas do texto que

possam demonstrar duplo sentido, palavras com erros ortográficos,

incentivando para que sejam pesquisados os sentidos das palavras e sua

ortografia na norma culta da língua.

www.google.com.

MÓDULO IIIPRODUÇÃO DE NARRATIVAS DA FRONTEIRA

Objetivo: Produzir textos narrativos que envolvam aspectos sociais da fronteira

Page 22: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · condições didáticas potencialmente capazes de ... refletindo a respeito do léxico comum de determinados grupos, ... mesma forma

21

Atividade 7: Digitalização dos textos com os alunos no laboratório de informática.

Objetivo: Promover a digitalização dos textos no laboratório de informática.

Tempo: 2 horas aula

1. Cada aluno digita seu texto;

2. Depois de digitado passar no corretor de texto e marcar os pontos em que

será necessário tornar o texto mais claro.

3. Coletar os textos num só arquivo para editar identificando o autor de cada um.

Editar o livro digital, inserindo ilustrações, produzindo uma ficha técnica da

produção, colocar capa e disponibilizar no site da escola para que todos

possam ter acesso a essa leitura.

Atividade 8: Produção de um livro digital com o tema “Narrativas da fronteira” e

exposição dos trabalhos realizados no projeto.

Objetivo: Divulgar os trabalhos sobre narrativa realizados pela turma.

Tempo: 6 horas aulas.

1. Editar o livro digital, inserindo ilustrações, produzindo uma ficha técnica da

produção, colocar capa e disponibilizar no site da escola para que todos

possam ter acesso a essa leitura.

2. Montar stand para divulgar e apresentar as cartoneras realizadas;

3. Expor cartazes com o léxico dos sacoleiros e trabalhadores informais da

fronteira utilizado nos textos.

4. Expor para a comunidade escolar os resultados do projeto.

Ser autor de produções próprias valoriza aminha criatividade e faz diferença no desenvolvimento do meu conhecimento!

Page 23: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · condições didáticas potencialmente capazes de ... refletindo a respeito do léxico comum de determinados grupos, ... mesma forma

22

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BACHELARD, Gaston. O novo espírito cientifico. 2ed. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1995.

BORTONI-RICARDO, Stella Maris. O professor-pesquisador: introdução á pesquisaqualitativa. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.

BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO. Parâmetros CurricularesNacionais. Brasília-DF: MEC, 1998.

ENGEL, Guido Irineu. Pesquisa-Ação. Educar, Curitiba, n. 16, p. 181-191. 2000.Editora da UFPR. Disponível em: www.educaremrevista.ufpr.br.

FLICK, Uwe. O que é pesquisa qualitativa? In: Flick, U. (2006) An introduction to qualitative research (3 ed.). London: Sage.

FREIRE, Paulo. A importância no Ato de Ler- em três artigos que se completam. SãoPaulo: Cortez Editora & Autores Associados, 1991. ( Coleção Polêmica do Nosso tempo, v 4). Acessado em 22-05-2013

GERALDI, João Wanderley. O texto na sala de aula. 2.ed. Cascavel-PR:ASSOESTE, 1984.

KLEIMAN, Angela B. Letramento e suas implicações para o ensino de Línguamaterna. Signo. Santa Cruz do Sul, v. 32 n 53, p. 1-25, dez, 2007. Disponível em.onlpine.unisc.br.

MACHADO, A.R. Gênero de textos, heterogeneidade textual e questões didáticas.Abralin, 1998, nº 23.

MARCUSCHI, L.A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In; Gênerostextuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucena, 2003, p. 20-36

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão.São Paulo : Parábola Editorial, 2008.

MARTIN, André Roberto. Fronteiras e Nações. São Paulo: Contexto, 1997.

MARQUES, Mário Osório. Escrever é preciso: o princípio da pesquisa. Ijuí: Unijuí,1997.

NEVES, Iara. Ler e Escrever: Compromisso de todas as áreas. Porto Alegre:Editora da UFRGS, 2003.

ORTIZ, José Maria. Mundialização e cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994.

Page 24: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · condições didáticas potencialmente capazes de ... refletindo a respeito do léxico comum de determinados grupos, ... mesma forma

23

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação Do Paraná. Diretrizes Curriculares daEducação Básica. Paraná, 2008

SILVA, Ezequiel T. da. Criticidade e leitura: ensaios. São Paulo: Global, 2009.

SOUZA, Edson Belo Clemente. Territórios turísticos: estudo da região de fronteira doBrasil com o Paraguai. In: SILVA, Regina Coeli Machado e; SANTOS, Maria ElenaPires. Cenários em perspectiva: Diversidades na tríplice fronteira. Cascavel:EDUNIOESTE, 2011.

TOZONI-REIS, Marília Freitas de Campos. Metodologia da Pesquisa. 1.ed. Curitiba:IESDE Brasil S.A, 2008.

Meninas Cartoneras en Tetuán Arte. Cartonera. (2010). Disponível em: http://meninascartoneraseditorial.blogspot.com.br/2010/07/meninas-cartoneras-en-tetuan-arte.html. Acesso em 25.11.2013.