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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7 Cadernos PDE II

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · extraordinário contista foi teórico do gênero, é enfático quando afirma que o conto “[...] é significativo quando quebra

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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE

II

1. Ficha para identificação da Produção Didático-Pedagógica

SOMBRAS E ASSOMBROS – ESTÓRIAS DESTE E DO OUTRO MUNDO:

uma proposta pedagógica com o gênero conto de assombração.

Autor: Maria Suely Ferraz

Disciplina/Área:

Língua Portuguesa

Escola de Implementação do

Projeto e sua localização:

Colégio Estadual Duque de Caxias – EFM Rua São Miguel, nº 40

Município da escola: Santo Antônio do Caiuá – PR

Núcleo Regional de Educação: Paranavaí – PR

Professor Orientador: Professor Me. Carlos da Silva

Instituição de Ensino Superior: UNESPAR /FAFIPA

Relação Interdisciplinar:

Não

Resumo:

Esta produção didática objetiva apresentar uma proposta de trabalho cujo interesse recai no incentivo à leitura literária, fundamentando-se no Método Recepcional como alternativa viável para uma prática docente adequada às questões de leitura em Língua Portuguesa. O direcionamento do projeto considera a atração dos alunos por narrativas de suspense, particularmente, os Contos de Assombração. A metodologia utilizada para a realização deste projeto caracteriza-se como pesquisa-ação e concentra-se no desinteresse dos alunos pela leitura de textos literários, cabendo ao professor buscar

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ - UNESPAR - CAMPUS DE

PARANAVAÍ Faculdade Estadual de Educação, Ciências e Letras de Paranavaí

alternativas para minimizar tal situação ainda existente na Educação Básica. A fundamentação teórica serve-se dos conceitos de BAKHTIN (2003), quanto aos gêneros discursivos; GOTLIB (1998), sobre o conto; BORDINI & AGUIAR (1993), dentre outros. O projeto será desenvolvido no Colégio Estadual Duque de Caxias – EFM, em Santo Antônio do Caiuá, com alunos do 8º e 9º ano do Ensino Fundamental, cumprindo as cinco etapas do Método Recepcional. A coleta de dados é realizada, inicialmente, com a verificação sobre os conhecimentos prévios dos alunos a respeito do tema escolhido, seguindo-se a aplicação das demais etapas do referido método. As atividades do projeto estão organizadas numa sequência didática (SD) com a produção de textos, no final, sobre os contos trabalhados pelos alunos.

Palavras-chave:

Língua Portuguesa; Leitura; Método Recepcional; Conto de Assombração.

Formato do Material Didático: Sequência Didática (SD)

Público:

Alunos do 8º e 9º anos do Ensino Fundamental

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICAO PDE

Maria Suely FERRAZ (PROFESSORA-PDE/UNESPAR-FAFIPA) Carlos da SILVA Orientador – UNESPAR-FAFIPA)

1.2 APRESENTAÇÃO

A presente produção didático-pedagógica tem por finalidade abordar o

gênero textual conto de assombração em sala de aula, na disciplina de Língua

Portuguesa, fundamentado-se no Método Recepcional como alternativa viável para

uma prática docente adequada às questões de leitura de textos literários no Ensino

Fundamental.

O conto caracteriza-se como uma narrativa curta, oriundo do ato de ouvir e

contar histórias. Segundo Gotlib (1998, p. 13) em seus apontamentos teóricos sobre

o gênero “A história do conto nas suas linhas mais gerais, pode se esboçar a partir

deste critério de invenção, que foi se desenvolvendo. Antes, a criação do conto e

sua transmissão oral. Depois, seu registro escrito.” Com o advento da criação escrita

de contos “o narrador assumiu esta função: de contador-criador-escritor de contos,

afirmando, então, o seu caráter literário” (GOTLIB, 1998, p. 13). Ao longo de sua

evolução, o conto tem se constituído em um dos gêneros textuais mais sugestivos e

atraentes para seduzir leitores, devido ao breve espaço que o autor possui para urdir

uma situação de conflito e ao utilizar-se de uma linguagem ágil, objetiva e, de

imediata conexão com o leitor, na qual as ações das poucas personagens

envolvidas se encaminham para um desfecho surpreendente e impactante.

A essência da composição de um conto, aqui em especial o conto de

assombração, funde realidade e imaginação de forma concisa, literária e artística,

para atrair os leitores, partindo do irreal para o real do ser humano. Peculiarmente,

centra-se num enredo de poucos personagens com acontecimentos que se

desenrolam num curto espaço de tempo e costumam não durar mais que alguns

dias. Na maioria das vezes, os envolvidos na trama estão fixados em um único

lugar. Tais elementos, agrupados aos recursos criativos do autor e à presença do

narrador de primeira ou terceira pessoa, vão estabelecer um diálogo direto e

instantâneo com o leitor, colocando-o como parte ativa e interessada diante dos

acontecimentos. Massaud Moisés (2006) depreende a concepção de que:

O conto é, pois, uma narrativa unívoca, univalente: constitui uma unidade dramática, uma célula dramática, visto gravitar ao redor de um só conflito, um só drama, uma só ação. Caracteriza-se, assim, por conter unidade de ação, tomada esta como a seqüência de atos praticados pelos protagonistas, ou de acontecimentos de que participam. A ação pode ser externa, quando as personagens se deslocam no espaço e no tempo, e interna, quando o conflito se localiza em sua mente. (MOISÉS, 2006, p. 39.).

A sugestão de explorar o conto de assombração foi cogitada como forma de

incitar a leitura dos alunos das séries finais do Ensino Fundamental, a priori, porque

essa variante do gênero condiz com o interesse de grande parte dos adolescentes.

Sondagens têm apontando que nessa faixa etária eles demonstram imensa

curiosidade por tramas inspiradas em fenômenos sobrenaturais. Narrativas assim

evidenciam uma atmosfera de medo, suspense e fatos sinistros cujas respostas aos

mistérios que circundam os personagens, pelas suspeições do leitor, recaem no

limite entre o mundo conhecido e o mundo imaginário. Júlio Cortázar que, além de

extraordinário contista foi teórico do gênero, é enfático quando afirma que o conto

“[...] é significativo quando quebra seus próprios limites com essa explosão de

energia espiritual que ilumina bruscamente algo que vai muito além da pequena e às

vezes miserável história que conta”. (CORTÁZAR, 2006, p. 153).

Portanto, servir-se do gênero discursivo conto de assombração sob a

perspectiva do Método Recepcional (Bordini & Aguiar, 1993) pode ser uma ótima

possibilidade para estimular com êxito a leitura literária, pois trata-se de um gênero

com elementos que perpassam pelo universo dos sentimentos infantojuvenis. Os

eventos de incerteza entre o que é verdade ou fantasia se desenrolaram num

espaço no qual o leitor se posta, surpreendido por acontecimentos que parecem

incomuns, mesmo ele estando consciente de um contexto real. Conforme as

elucidações que teorizam o fantástico, diante da novidade, o leitor é impelido a

considerar hipóteses sobrenaturais como explicação para a conjuntura que se

revela, ainda que, preliminarmente, seu senso de coerência venha a refutá-las. A

culminância do acontecimento se dá com a resolução do enigma que o perturba e

confunde.

A finalidade precípua dessa sequência didática (BRONCKART, 2009; DOLZ;

NOVERRAZ; SCHNEUWLY 2004) é aprimorar as práticas discursivas resultante de

ações coordenadas de uma determinada sociedade de forma que o aluno por meio

de interação verbal possa viabilizar a formação de seu próprio espírito humano.

Com aporte nos estudos do interacionismo social de Vigotsky, Bronckart

(2009) formulou os pressupostos teóricos do interacionismo sociodiscursivo (ISD),

corroborando a linguagem como um fenômeno social e histórico fundamental para o

desenvolvimento humano. Esta é uma ideia de linguagem e interação que o

aproxima dos demais integrantes do grupo da Universidade de Genebra e das

concepções de Bahktin (2003; 2006). Esses pesquisadores vão privilegiar o ensino

da língua materna a partir do ensino de gêneros nas suas esferas de produção

discursiva, sendo a criação da sequência didática (DOLZ; NOVERRAZ;

SCHNEUWLY; 2004) pensada para trilhar esse caminho.

Convém ressaltar que as teorias condutoras deste projeto têm como

premissa estimular a leitura, especialmente, a de textos literários, por meio de

diferentes estratégias, contribuindo para que o aluno tenha a possibilidade de

aprender, compreender e ampliar o conhecimento crítico e argumentativo que

conduzem os leitores a se portarem com atitude reflexiva e transformadora. As

demais atividades da SD vão priorizar o desenvolvimento de habilidades que

instrumentem a produção de textos do gênero em foco, porquanto “é através dos

gêneros que as práticas de linguagem materializam-se nas atividades dos

aprendizes” (DOLZ; NOVERRAZ; SCHNEUWLY; 2004, p. 74).

O material didático acompanha um desenvolvimento gradativo, partindo do

que o aluno já sabe para introduzir novos conhecimentos, visto que, mediante o

conceito dos seus autores, sequência didática “é um conjunto de atividades

escolares organizadas de maneira sistemática, em torno de um gênero textual oral

ou escrito” (DOLZ; NOVERRAZ; SCHNEUWLY 2004, p. 82). Vê-se, então, que uma

SD serve para que os alunos reconheçam as particularidades que caracterizam

determinado gênero textual e saibam como utilizá-lo na oralidade e na escrita.

O estudo com contos de assombração será abordado a partir da leitura de

alguns textos do gênero que foram selecionados para este fim, seguindo as etapas

constitutivas do Método Recepcional e, optando-se, nos estágios finais, pelos contos

de Edgar Allan Poe (1809-1849). Todavia, em consonância com as DCEs (2008) e o

formato sequência didática (SD), enfoca-se com a leitura, a compreensão e

produção de textos do gênero proposto, pois como afirma Barbosa (2012):

Os gêneros do discurso (e seus possíveis agrupamentos) fornecem-nos instrumentos para pensarmos detalhadamente as sequências e simultaneidades curriculares nas práticas de uso da linguagem (compreensão e produção de textos orais e escritos). (BARBOSA, 2012, p.9)

Nesse sentido, a intenção será explorar a estrutura textual e os recursos

linguísticos pertinentes às narrativas, permeando, assim, a oralidade, a leitura e a

escrita, práticas sociais indispensáveis ao pleno exercício da cidadania.

A adoção do método recepcional como recurso para aplicar-se a esta

produção didática enfatiza a importância de centrar o ensino da leitura literária na

relação autor-texto-leitor, como observam Maria da Glória Bordini e Vera Teixeira de

Aguiar (1993, p. 82): "A atitude receptiva se inicia com uma aproximação entre texto

e leitor, em que toda a historicidade de ambos vem à tona".

Todas as etapas que estruturam o Método Recepcional serão subsidiadas

com as estratégias de ações correspondentes a cada uma delas e sugestões de

atividades que atendam aos propósitos aqui especificados, dentro do formato

escolhido para a produção.

O público alvo para a aplicação das atividades propostas neste material

didático são alunos do 8º e 9º anos do período matutino que, espontaneamente,

aceitaram o convite para o projeto. Os encontros acontecerão no contraturno de

suas aulas, em virtude de haver salas disponíveis no período vespertino, o que

também justifica a opção pelas turmas da manhã. A escola de implementação do

projeto será o Colégio Estadual Duque de Caxias - EFM da cidade de Santo Antônio

do Caiuá, Estado Paraná. O número mínimo de aulas necessárias para aplicar esta

produção didático-pedagógica são (32) trinta e duas aulas presenciais.

1.3 MATERIAIS DIDÁTICOS

Livros de Literatura do gênero escolhido;

TV pen drive;

Textos de domínio público a serem buscados na internet;

Acervo literário da biblioteca da escola;

Aparelho Multimídia;

Laboratório de informática da escola;

Vídeos, CDs, equipamento de som;

Emborrachados EVA;

TNT (tecido não tecido);

Recicláveis: papelão e garrafas pet;

Papel sulfite A4 para impressão e distribuição do material impresso;

Lápis 6B, tinta guache, cartolina, canetas hidrográficas, entre outros.

1.4 ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS

O Método Recepcional, como alternativa para auxiliar o desenvolvimento da

competência leitora, segue com rigor na sequência didática (SD) proposta as etapas

que o compõem. Sendo assim, pretende-se sugestionar atividades que cumpram os

princípios do referido método, articuladas ao formato do material produzido. O

intento é que os alunos convidados a participar do projeto sintam-se motivados e

interajam com os conhecimentos objetivados.

1ª Etapa: Determinação do horizonte de expectativas

Na sala de aula, o primeiro passo do professor seria o de efetuar a determinação do horizonte de expectativas da classe, a fim de prever estratégias de ruptura e transformação do mesmo. Esse horizonte de expectativas conterá os valores prezados pelos alunos, em termos de crenças, modismos, estilos de vida, preferências quanto ao trabalho e lazer, preconceitos de ordem moral ou social e interesses específicos na área de leitura. (BORDINI & AGUIAR, 1993, p.88).

O ponto inicial do trabalho docente é sondar o grupo através de conversas,

leituras de textos, abordagem de alguns temas ou debate, por exemplo, visando a

priorizar o que os alunos já sabem e o que eles pretendem conhecer.

ESTRATÉGIA: Para cumprir esta fase, a professora já havia atentado para o

interesse dos alunos pelo tema assombração ao realizar um projeto de leitura na

biblioteca da escola. Fato confirmado em diálogos com a atual docente das turmas e

em conversação informal com eles e a equipe pedagógica. Detectada a preferência

pelo tema e por narrativas mais curtas, deu-se a escolha, cumprindo-se, assim,a

determinação do horizonte de expectativas.

2ª Etapa: Atendimento do horizonte de expectativas

Uma vez detectadas as aspirações, valores e familiaridades dos alunos com

respeito à literatura, a etapa seguinte consiste no atendimento do horizonte

de expectativas, ou seja, proporcionar à classe experiências com textos

literários que satisfaçam as suas necessidades em dois sentidos. Primeiro,

quanto ao objeto, uma vez que os textos escolhidos para o trabalho em sala

de aula serão aqueles que correspondem ao esperado. Segundo, quanto às

estratégias de ensino, que deverão ser organizadas a partir de

procedimentos conhecidos dos alunos e de seu agrado. (BORDINI &

AGUIAR, 1993, p.88).

A partir da segunda etapa, o professor, tendo verificado as preferências dos

alunos, busca apresentar-lhes o tema da forma como esperam, oferecendo-lhes

leituras com as quais se identifiquem e que sejam de linguagem acessível e fácil

assimilação.

ESTRATÉGIA: Optou-se, para o início do atendimento do horizonte de

expectativas, por um retorno às origens do conto, marcadas pelo contar e ouvir

histórias. Desta forma, estórias de assombração do universo oral de moradores do

município, serão contadas por um dos pesquisadores do projeto Memória e

Oralidade (2013) para o resgate de narrativas populares da região também ele, um

afamado artista da cidade. Duas cantigas de Rolando Boldrin com o tema

assombração serão apresentadas pelo convidado na aula inaugural, bem como o

livro que resultou do projeto e o CD das estórias contadas pelos próprios narradores

entrevistados para a pesquisa. Alguns exemplares deste livro serão disponibilizados

para leitura domiciliar dos alunos interessados.

A etapa segue com a distribuição dos textos escolhidos para o atendimento

do horizonte de expectativas, a começar pela leitura de Encurtando Caminho (2002),

texto que, de antemão vai ao encontro das estórias de assombração, apresentadas

no primeiro momento. Para complementar as leituras desta fase foram escolhidos

outros textos, não somente para leitura silenciosa e do professor, mas também para

as apresentações de leitura dramática, prática já conhecida e apreciada pela turma,

visto que a professora das séries anteriores já introduziu esta estratégia. Os textos

são de diferentes autores, uma vez que expandir o conhecimento de nomes da

literatura pode ser um modo de oportunizar aos alunos o contato com a cultura

produzida em tempos e contextos diferentes.

Vale ressaltar que, intencionalmente, uma opção para os primeiros

encontros foi incluir textos, a princípio, assustadores, mas que tratam o tema com

certa leveza e humor. O intuito é amenizar o clima de tensão e medo do grupo

mostrando que, o que não causa horror pode causar o riso, assim espera-se

descontrair os temerosos, atrair os incrédulos e trabalhar de forma positiva esse

sentimento.

A seleção de contos para leitura na etapa de atendimento ao horizonte de

expectativas é a seguinte: O Casal de Velhos (1991), de Edson Gabriel Garcia;

Procissão das Almas (2003) de Cora Coralina; O Homem que Enxergava a Morte

(2003) de Ricardo Azevedo; Um Caso Estranho (2002) de Paulo Corrêa Lopes.

Cabe nesse estágio, buscar a definição de palavras relacionadas ao tema como:

assombração, terror, suspense e outras. Além disso, é o momento ideal para

apresentar-lhes a estrutura dos contos, a fim de que os alunos possam reconhecer

os elementos constitutivos de tais narrativas. Dois vídeos serão apresentados para a

turma, intercalados com os textos, e também sugestões de leituras para realizarem

em casa, por exemplo, Muito Capeta de Ângela Lago (2004). Ao estender o tempo

para o atendimento do horizonte de expectativas, o professor poderá oportunizar aos

alunos uma gama maior de textos e outros meios para prepará-los e sustentar a

autonomia leitora deles no momento de partir para a ruptura do horizonte de

expectativas.

3ª Etapa: Ruptura do horizonte de expectativas

Essa introdução deve dar continuidade à etapa anterior através do

oferecimento de textos que se assemelhem aos anteriores em um aspecto apenas: o tema, o tratamento, a estrutura ou a linguagem. Entretanto, os demais recursos compositivos devem ser radicalmente diferentes, de modo a que o aluno ao mesmo tempo perceba estar ingressando num campo desconhecido, mas também não se sinta inseguro demais e rejeite a experiência. (BORDINI & AGUIAR, 1993, p. 89).

Este é o momento de romper com os textos que correspondiam às

pretensões dos estudantes, desprendê-los da sua zona de conforto para apresentar-

lhes o inaudito com alternativas que demandem um poder maior de reflexão e

contribuam para o alargamento da visão de senso comum, por vezes equivocada e

até preconceituosa dos alunos. Tendo em conta manter um vínculo com a etapa

anterior, o professor deve abordar um aspecto que se assemelhe ao que já viram –

neste caso permanece o tema – introduzindo leituras parecidas com as quais

conviviam até agora, porém inovando quanto aos demais aspectos dos textos.

ESTRATÉGIA: Para atender à terceira etapa foram selecionados dois

clássicos da literatura para uma primeira leitura silenciosa e, depois conjunta, por

parágrafos. São eles: Flor, Telefone, Moça (2001) de Carlos Drummond de Andrade

e A Porta Aberta (2009) de Saki, pseudônimo do escritor britânico Hector Hugh

Munro. Como prosseguimento posterior a cada uma dessas leituras, o professor

instigará os alunos com perguntas, provocações e estímulos às suas respostas e

deduções, de modo a socializar as informações e sentidos que puderam abstrair do

que foi lido. Os alunos ainda poderão gravar e editar um vídeo, adaptando uma das

estórias vistas nas primeiras etapas do método. Para tanto, serão explorados os

recursos específicos do gênero e a linguagem. A retomada das narrativas mais

simples, nesta tarefa, irá auxiliá-los a cotejá-las com narrativas que supunham

incompreensíveis. Os textos apresentados nesta ordem seguem um ritmo crescente

no que diz respeito ao grau de complexidade e labor estético, visando a uma boa

acolhida às obras no momento de iniciar a ruptura de horizontes.

4ª Etapa: Questionamento do Horizonte de Expectativas

Sobre o material literário já trabalhado, a classe exerce sua análise,

decidindo quais textos, através de seus temas e construção, exigiram um

nível mais alto de reflexão e, diante da descoberta de seus sentidos

possíveis trouxeram um grau maior de satisfação. Supõe-se, portanto, que

os textos de melhor realização artística tendem a ser vistos como difíceis

num primeiro momento e, devidamente decifrados, a provocar a admiração

do leitor. (BORDINI& AGUIAR, 1993, p. 90)

A quarta etapa assinala uma comparação entre as duas que a antecederam.

Em linhas gerais, tenciona levar o aluno a perceber que os textos literários antes

estranhos ou desconhecidos podem ser compreendidos. A partir de agora, ele é

capaz de ponderar sobre o início das atividades e ter suas próprias conclusões ao

comparar os textos dos momentos anteriores e questioná-los, perspicazmente,

descobrindo os vários sentidos que expressam e relacionando-os com a sua

vivência pessoal.

ESTRATÉGIA: Ao chegar neste ponto do projeto, o professor deverá rever

com os alunos o percurso realizado, comparando os novos textos com aqueles lidos

na etapa anterior, abrindo para uma discussão na qual os alunos exponham suas

percepções e sensações bem como as diferenças captadas e os desafios

enfrentados para que dessem conta da novidade que lhes foi posta. O professor

mediará o debate coletivo utilizando sua bagagem de leitura para estreitar o contato

deles com os novos textos, avaliar o que aprenderam e aclarar aspectos lógico-

discursivos, culturais e ideológicos, por exemplo. Ler é construir sentidos, sair do

que está escrito para chegar ao que está implícito no texto. Assim, a releitura, o

retorno ao texto, os confrontos interativos, sobretudo nesta etapa, serão

indispensáveis para o avanço da competência leitora da classe. A exibição do filme

O Sexto Sentido (1999), obra-prima do cinema, poderá enriquecer ainda mais as

discussões, a partir das reflexões que a trama suscita. Indicações de outras

películas adaptadas dos livros de Howard Phillips Lovecraft ou Stephen King, dois

dos maiores autores do gênero, serão compartilhadas com alunos, não somente

para que assistam às fitas em casa, mas para que também leiam seus livros. Feito

isso, a ideia é propor novos desafios para a concretização da próxima fase do

método.

5ª Etapa: Ampliação do Horizonte de Expectativas

Resultante dessa reflexão sobre as relações entre leitura e vida é a última

etapa do processo, a ampliação do horizonte de expectativas. Tendo

percebido que as leituras feitas dizem respeito não só a uma tarefa escolar,

mas ao modo como vêem seu mundo, os alunos, nessa fase, tomam

consciência das alterações e aquisições, obtidas através da experiência

com a literatura. Cotejando seu horizonte inicial de expectativas com os

interesses atuais, verificam que suas exigências tornaram-se maiores, bem

como sua capacidade de decifrar o que não é conhecido foi aumentada.

(BORDINI & AGUIAR, 1993, p. 90/91).

Espera-se, com a última ação do método, que o aluno revele uma nova

postura e consciência com relação à leitura literária. Nesse momento, eles já

entendem as mudanças ocorridas e a evolução que alcançaram com a nova

experiência. O professor aproveitará o ensejo para desafiá-los a pôr em prática o

que aprenderam e instigá-los a buscar novos textos que satisfaçam seu horizonte de

expectativas.

ESTRATÉGIA: Para a concretização da última etapa serão oferecidos estes

contos de Edgar Allan Poe: O gato preto (1981) e Os crimes da Rua Morgue (2008).

São obras que vão requerer dos alunos toda experiência acumulada ao longo da

trajetória de leitura que tiveram e uma capacidade maior de concentração, reflexão e

inferência para que construam os sentidos dos textos sem subvertê-los, pois mesmo

abertos em sentidos não admitem qualquer interpretação. É chegado o momento de

partir para a segunda produção. Será solicitada uma pesquisa sobre a vida e a obra

de Edgar Allan Poe e as equipes irão criar um banner com imagens, caricaturas e

frases do autor com o resumo de sua biografia para expor na escola. As funções de

cada equipe serão delimitadas, de modo que todos participem da idealização do

banner. Os contos que os alunos produziram, já socializados entre o grupo e

reescritos, serão divulgados num varal literário, pressupondo-se estimular a

criatividade dos participantes e o interesse dos demais estudantes da escola. Por

fim, pretende-se que os alunos busquem mais leituras que satisfaçam sua

curiosidade e desejo de conhecimentos, assim como respostas aos novos desafios

propostos pelo professor.

Para encerrar o projeto, familiares e educadores serão convidados para o

Sarau “Sombras e Assombros” que acontecerá num ambiente temático, decorado

com a colaboração da professora de arte, o qual deverá incluir o varal literário com

as produções finais do grupo e a figura do mascote. A trilha sonora será composta

por músicas e clipes assustadores, escolhidos pelos próprios alunos. Um estudante

do Ensino Médio, tocador de viola, abrirá a noite, fantasiado de violeiro fantasma,

cantando e tocando a música sertaneja de raiz Um sonho com Tião Carreiro, que

narra o encontro póstumo do falecido violeiro com seu discípulo.

Trajados conforme o tema do evento, os alunos receberão seus convidados,

farão as leituras dramáticas dos contos da segunda etapa e solicitarão que

familiares e professores – já preparados para a ocasião – compartilhem, oralmente,

suas estórias fantásticas. Dois professores da escola, que gostam de contar

estórias, irão preparar uma narrativa do outro mundo para os presentes e,

encerrando o sarau, o artista da cidade que abriu a primeira etapa do projeto,

reapresentará sua performance cantando e contado causos. Ensejo para aproximar

a família da escola, além de vencer os objetivos previstos. O evento será à noite,

justamente, para viabilizar a presença de um número maior de familiares, já que a

grande maioria trabalha durante o dia.

Observação:

As imagens utilizadas na elaboração dos títulos das seções da Sequência

Didática (SD) não contêm restrições e direitos autorais. Elas estão

disponíveis on-line no site https://plus.google.com/photos. As demais

figuras foram copiadas do arquivo Clip-art do programa Word 2007.

2. SEQUÊNCIA DIDÁTICA

Momento da Discussão

1. Agora que você já conhece um pouco sobre a história, a origem e as

principais características do conto, é hora de pôr em prática o seu

conhecimento. Para isso, junte-se com seu colega e responda por

escrito às questões abaixo:

a) Qual é a origem do conto?

_________________________________________________________________

______________________________________________________________

b) O que caracteriza o texto conto?

_________________________________________________________________

______________________________________________________________

c) O que torna o conto de assombração diferente do conto de fadas ou de aventura?

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______________________________________________________________

d) Por que se pode dizer que o conto de assombração é uma narrativa?

_________________________________________________________________

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e) Como é caracterizada a linguagem do texto conto de assombração?

CAPACIDADE DE AÇÃO

Nesta seção, o professor pode ativar os conhecimentos prévios dos alunos sobre o gênero

conto, questionando-os e ouvindo-os. Depois, apresente-lhes livros de contos, fale sobre o

contexto de produção de alguns (autor, data de publicação, local, editora, etc.), dando destaque

aqueles cuja temática refere-se ao projeto. Apresente o conto Encurtando caminho de Ângela

Lago, indicado para a etapa de atendimento do horizonte de expectativas. Mostre aos alunos de

que forma o texto está organizado e explore a estrutura do gênero.

CAPACIDADE DE AÇÃO

Nesta seção, o professor pode ativar os conhecimentos prévios dos alunos sobre o gênero

conto, questionando-os e ouvindo-os. Depois, apresente-lhes livros de contos, fale sobre o

contexto de produção de alguns (autor, data de publicação, local, editora, etc.), dando destaque

àqueles cuja temática refere-se ao projeto. Apresente o conto Encurtando caminho, de Ângela

Lago, indicado para a etapa de atendimento do horizonte de expectativas. Mostre aos alunos de

que forma o texto está organizado e explore a estrutura do gênero.

Fonte: Clip -art

_________________________________________________________________

______________________________________________________________

f) Escreva duas características que marcam o estilo do gênero conto de assombração.

_________________________________________________________________

______________________________________________________________

g) Por que razão as pessoas leem contos ?

_________________________________________________________________

______________________________________________________________

h) Qual o enfoque preferencial do conto de assombração?

_________________________________________________________________

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i) Recorra ao texto da seção “Você sabia” e escreva sobre como se apresentam as ações

do gênero conto.

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j) Pensem em tudo que vocês ouviram sobre o conto até agora e escrevam alguma

informação que traduza um pouco a história deste gênero.

_________________________________________________________________

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Você sabia?

onto é um relato em prosa de fatos fictícios. Consta de três momentos perfeitamente

diferenciados: começa apresentando um estado inicial de equilíbrio; segue com a intervenção de uma força, com a aparição de um conflito, que dá lugar a uma série de episódios; encerra com a resolução desse conflito que permite, no estágio final, a

recuperação do equilíbrio perdido. Todo conto tem ações centrais, núcleos narrativos, que estabelecem entre si uma relação causal. Entre estas ações, aparecem elementos de recheio (secundários ou catalíticos), cuja função é manter o suspense. Tanto os núcleos como as ações secundárias colocam em cena personagens que as cumpre em um determinado lugar e tempo. Para a apresentação das características destes personagens, assim como para as indicações de lugar e tempo, apela-se a recursos descritivos. (KAUFMAN & RODRIGUEZ, 1995, p. 21).

Fonte: Kaufman, Ana María & RODRIGUEZ, María Helena: Escola, leitura e produção de textos.

Trad. Inajara Rodrigues. Porto Alegre: Artmed, 1995. p. 21.

C

Fonte: Clip-art

Elementos estruturais do conto

ENREDO

(verossimilhança)

É o conjunto de fatos (que interagem com o

narrador, personagens, tempo e espaço) relatados na

narrativa. A verossimilhança é a similitude com

fatos verídicos ainda que sejam acontecimentos

fictícios.

TEMPO

A época em que se passam as ações dos

personagens. Pode haver o tempo cronológico e o

tempo psicológico.

ESPAÇO O lugar onde se passa o enredo e que mostra as

ações dos personagens.

PERSONAGENS

Trata-se de quem participa das ações da trama. O

personagem principal/protagonista, os secundários

e/ou antagonistas.

NARRADOR

É quem conta os fatos, que podem ser narrados em

1ª pessoa (eu) ou em 3ª pessoa (ele ou ela). O

narrador de 1ª pessoa participa dos fatos, portanto,

é personagem, enquanto que o narrador de 3ª

pessoa observa de fora dos acontecimentos.

Aprendendo um pouco mais

Um texto narrativo, como é o caso do conto de assombração, deve conter

respostas às questões: quem? o quê? quando? onde? por quê?

O enredo pode constituir-se das seguintes partes: conflito, introdução,

complicação, clímax e desfecho.

Conflito é o componente opositor, que desencadeia os fatos e envolve o leitor.

A partir do conflito se estruturam as demais partes do enredo.

Situação inicial (ou introdução) constitui o começo da narrativa. Essa parte

é fundamental, pois geralmente apresenta o componente que provocará o

conflito.

Fonte: Clip-art

Desenvolvimento (ou complicação) é a parte da história em que o conflito

se desenvolve e exclui as demais partes: a situação inicial, o clímax e o

desfecho.

Clímax é o instante em que a tensão atinge o ponto máximo, ou seja, constitui

o momento culminante, mais dramático do conflito – e da narrativa.

O desfecho (ou conclusão) apresenta a solução do conflito – boa, má,

inesperada, trágica, previsível [...]

SARMENTO, Leila Lauar & TUFANO, Douglas. Português: literatura, gramática, produção de

texto. São Paulo: Moderna , 2010. p. 381.

Momento da pesquisa

1. Agora que você conhece um pouco mais sobre o gênero conto,

pesquise nos livros da biblioteca da escola, ou sites sugeridos pelo

professor, quais outros tipos de contos que existem. Complemente

sua pesquisa, elaborando um glossário com as palavras:

assombração, horror, macabro, mistério, sinistro, suspense e terror.

Tipos de contos

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___________________________

___________________________

___________________________

___________________________

___________________________

Glossário

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Fonte: Clip-art

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Pausa para um vídeo

Curta animado de Rodrigo Blaas, diretor espanhol, produzido pela Pixar

Animation Studios. Conta a história de uma garota que passa pela vitrine de uma loja de

brinquedos e se surpreende ao ver uma boneca parecida com ela. Atraída pelas

circunstâncias ela entra e conhece um mundo de encantos, porém algo de misterioso e

assustador se revelará dentro da loja. Duração de aproximadamente 6 minutos.

Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=gdRmbfAL02s >. Acesso em 18

nov. 2014.

Professor (a), intercale o vídeo com

as leituras. Após assistirem, dê

vazão aos comentários e análise,

estimulando a oralidade.

Fonte: https://plus.google.com/photos

Vídeo 1

Agora, é com você

1. Leia, atentamente, o conto Um caso estranho, observando os

elementos constitutivos do gênero. Depois, escreva o desfecho

ou conclusão que você imaginou para o texto e confronte com o

desfecho original.

Um caso estranho

LOPES, Paulo Corrêa. In Flávio Moreira da Costa (org.). Os cem melhores contos de crime e mistério da literatura universal. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002.

Professor(a), antecipe a leitura começando pelo

título, explorando o tema e o gênero. Colha as

expectativas dos alunos e atente para algumas

palavras que não conheçam. Se preferir, faça

uma leitura colaborativa, lendo em conjunto com

os alunos as fases do texto. O título e uma

imagem que se relacione à estória também

poderão ser projetados para instigar suposições

sobre a trama.

Para dinamizar e socializar as atividades, os

alunos vão ler suas produções e ouvirão as

versões dos colegas. Só depois disso, o

professor apresentará o desfecho original. A

primeira produção deve ser guardada para

ser comparada à última.

Fonte: Clip-art

Fonte: https://plus.google.com/photos

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

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________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

Escreva abaixo o final que você imaginou para o conto.

Cole aqui o parágrafo original com o desfecho do conto. Fonte: Clip-art

Fonte: Clip-art

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

_____________________________________________________________

2. Identifique no texto palavras que sugerem mistério, medo e suspense e que pareçam

próximas dos contos de assombração.

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

3. Quais das características que definem o conto de assombração você diria que estão

presentes no texto Um caso estranho?

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

4. O conto “Um caso estranho” esta narrado em:

( ) primeira pessoa ( ) terceira pessoa

5. Escreva um trecho do texto que comprove a sua resposta.

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

6. Os fatos narrados no conto ocorrem quando e onde?

________________________________________________________________

________________________________________________________________

7. Identifique qual é clímax do conto, ou seja, o momento mais dramático, de elevado

grau de tensão.

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

8. Há solução para o conflito no final do conto? Comente.

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

9. Conforme sua organização, pode-se afirmar que se trata de um conto

de______________________________________________________________.

Oficina 1 Que tal confeccionar um fantasma para ser o mascote da turma?

Material

2 garrafas pet ( 2 litros)

2 garrafas pet (1 litro)

50 a 60 cm de tecido branco fino (tipo tela)

Cola branca

Água

Feltro preto para os olhos e boca

Papelão

Como fazer?

Assim que estiver pronto, escolham um nome para o mascote. Usem o

critério que a maioria preferir.

Leia em casa!

Trata-se de uma atividade

simples, contudo, se achar por

bem, use a TV pendrive para

mostrar como realizá-la ou leve

um modelo pronto. Prefira o

trabalho em grupo.

Professor(a),trata-se de uma atividade

simples; contudo, se achar por bem, use

a TV pendrive para mostrar como realizá-

la ou leve um modelo pronto e vá

mostrando-o passo a passo. Prefira o

trabalho em grupo.

Professor(a), ofereça, sugira e disponibilize leituras do

gênero proposto para casa, especialmente nos fins de

semana. Uma sugestão para essa fase é “Muito

Capeta,” de Ângela Lago.

Professor (a), O modo de confeccionar o fantasma está Disponível em: <

https://www.youtube.com/watch?v=4OZyasoNOjs >. Acesso em 22 nov. 2014.

Fonte: Clip-art

Fonte: Clip-art

Conto 1

GARCIA, Edson Gabriel. O casal de velhos. In: Sete gritos de terror. São Paulo: Moderna,

1991.

Conto 2

CORALINA, Cora.Procissão das almas. In: Estórias da casa velha da ponte.12. ed.São Paulo:

Global, 2003.

CAPACIDADE DISCURSIVA

Este é o momento em que seu aluno irá se familiarizar ainda mais com o gênero conto de

assombração. Nesse sentido, é importante o professor oferecer leituras que propiciem a

percepção das características e do contexto do gênero proposto. Utilize os textos sugeridos para

o atendimento do horizonte de expectativas de acordo com a estratégia de ação correspondente

descrita nas orientações metodológicas para introduzir esta capacidade de linguagem.

Fonte: Clip-art

Fonte: Clip-art

Professor (a), uma idéia para apresentar os

textos seguintes é privilegiar a leitura

dramática e, no momento da compreensão,

exercitar a oralidade.

Conto 3

AZEVEDO, Ricardo. O homem que enxergava a morte. In: Contos de enganar a morte. São Paulo:

Ática, 2003.

Pausa para um vídeo

Vídeo 2

Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=oJR4OUO6nHQ >. Acesso em 22 nov. 2014.

O curta-metragem "A missa dos mortos" é baseado numa estória mineira do século

passado - que reza a lenda - aconteceu em Ouro Preto - MG. O curta tem como

protagonista o ator Paulo Gorgulho. Produzido no ano de 2004 - teve a direção de

Roberto Maxwell. Duração: 13min44s.

Professor(a), após comentários e análise do

vídeo, apresente a proposta de atividade e

indique outras produções que embasem a

criação dos alunos.

alunosalunos.

Fonte: Clip-art

Fonte: plus.google.com/photos

Proposta de atividade

1. Que tal realizar um vídeo inspirado em uma das narrativas que

você viu?

2. Você já produziu um final para o conto “Um caso estranho”,

lembra-se? Agora, pense num início diferente para o conto “O

homem que enxergava a morte,” de Ricardo Azevedo.

3. Recorte as partes do texto original de modo a separar aspectos do

enredo do conto: início, conflito, clímax e desfecho.

4. Compare com a divisão feita pela professora e monte como um

quebra cabeça, colocando cada parte no seu devido lugar,

começando pelo título.

Professor(a), a sugestão é que os alunos realizem seu próprio

vídeo (extraclasse), abordando o tema ou, preferencialmente,

baseados num dos contos vistos no projeto até agora. Oriente-

os na organização da produção do vídeo para a qual devem

seguir alguns passos, como: escolher o conto e escrever um

resumo; definir a função de cada componente; descrever as

ações dos personagens, figurino, cenário; escolher o local para

a filmagem; ensaiar e filmar. A socialização fica para o

encerramento do projeto.

Alunos, em casa, acessem outros vídeos que possam orientá-los na realização

do vídeo da turma. Eis aqui duas sugestões, mas podem procuram por outros.

Mamá – curta espanhol.

Disponível em < https://www.youtube.com/watch?v=fcyk9QLPMBA > Acesso em 24

nov. 2014. Duração: 3 minutos.

A história do fantasma que visitou uma família – reconstituição de uma

história contada por telespectadores para um quadro do programa Fantástico

do ano de 1980. Duração: 13 minutos. Disponível em <

https://www.youtube.com/watch?v=vkTXJt0Jr1U > Acesso em 24 nov.

2014.

Disponível em < https://www.youtube.com/watch?v=vkTXJt0Jr1U > Acesso em 24

nov. 2014.

Fonte: Clip-art

Quem conta um conto...

ANDRADE, Carlos Drummond. Flor, telefone, moça. In: Contos de aprendiz. São Paulo: Record,

2001.

SAKI, pseudônimo de Hector Hugh Munro. A porta aberta In: Leituras do escritor, Ana Maria Machado (Org.). Ilustrações de Thais Beltrame. 2. ed. São Paulo: Comboio de Corda, 2008.

Conhecendo os autores

1. Quem são os autores dos contos? Quais outras obras você conhece deles?

___________________________________________________________

___________________________________________________________

___________________________________________________________

2. Vamos pesquisar um pouco mais sobre a vida e a produção literária desses

autores?

Os próximos textos, selecionados para a

etapa de ruptura do horizonte de

expectativas, apresentarão, ao final,

sugestões de atividades para o

reconhecimento do gênero, seguindo os

propósitos da capacidade discursiva.

Professor(a), oriente uma

pesquisa biográfica em livros ou

sites da internet, em grupos.

Expor em cartolina e ilustrar com

imagens dos autores e de suas

obras.

Fonte: clip-art

Estudo do texto

1. Os textos que você acabou de ler possuem características próprias do gênero

estudado. Qual é mesmo esse gênero? Cite alguns dos elementos que o

caracterizam.

___________________________________________________________

___________________________________________________________

___________________________________________________________

2. Onde e quando os contos foram publicados? Será que os anos e as cidades

mencionados nas referências também são informações sobre a primeira publicação

dos contos? O que você sabe a esse respeito?

___________________________________________________________

___________________________________________________________

___________________________________________________________

3. Os contos costumam explorar temáticas do cotidiano. Qual temática pode ser

relacionada a cada conto?

___________________________________________________________

___________________________________________________________

___________________________________________________________

4. Em qual desses veículos os contos comumente mais circulam?

( ) livro

( ) revista

( ) jornal

5. Onde você já tinha lido um texto como esse?

___________________________________________________________

6. Em que lugar se desenvolve o enredo de cada um dos contos?

___________________________________________________________

___________________________________________________________

7. Sobre o conto “Flor, telefone, moça” ao iniciar, o narrador afirma que a sua história

não é um conto. Esse procedimento faz supor que:

( ) não se trata, na verdade, de um conto, mas de um fato vivenciado por ele.

( ) a história, comprovadamente, é real.

( ) a intenção em dizer que não é um conto é fazer com que o leitor acredite que a

história é verdadeira.

8. A personagem de Drummond morre por não suportar mais aquela situação. Há

uma explicação lógica para os acontecimentos que a perturbavam ou provas que os

confirmem? O que você pensa sobre o caso?

___________________________________________________________

___________________________________________________________

___________________________________________________________

10. A astuta garota do conto “A porta aberta” explicou serenamente o motivo da

fuga do visitante porque:

( ) tinha habilidades para criar histórias.

( ) não entendeu a razão pela qual o visitante partira tão repentinamente.

( ) sabia que o visitante tinha muito medo de cachorro.

11. A adolescente relata para o Sr. Nuttel a tragédia ocorrida com a tia. Essa

história cria no visitante a expectativa de que:

( ) a Sra. Saplleton não vai recebê-lo bem.

( ) um acontecimento sobrenatural está prestes a acontecer.

( ) a sobrinha da Sra. Saplleton inventou aquela história.

12. Na sua opinião, a menina mentiu? Pode-se dizer que um deles esteja

imaginando os fatos? Comente sobre essa possibilidade.

_________________________________________________________

______________________________________________________

13. Preencha o quadro abaixo, observando a estrutura dos textos:

Conto Flor, telefone, moça A porta aberta

Quantidade de parágrafos curtos

Quantidade de parágrafos longos

Narrador conta os fatos

( ) sem participar da história ou ( ) participa da história

( ) sem participar da história ou ( ) participa da história

Personagens

Presença de discurso

( ) direto ( ) indireto

( ) direto ( ) indireto

Tipologia predominante

( ) narrativa ( ) argumentativa

( ) narrativa ( ) argumentativa

Clímax (ponto alto da história)

Leia em casa!

Professor(a), continue a sugerir e

disponibilizar leituras (livros da biblioteca,

textos on-line ou folhas impressas) do

gênero proposto para realizarem em casa,

especialmente, nos fins de semana! Fonte: Clip-art

Assistindo a um filme

Um psicólogo infantil, buscando se recuperar do trauma

de ter presenciado o suicídio de um paciente, se vê diante

do caso de um menino introspectivo, com dificuldades de

relacionamento, que vive amendrotado por algo que o perturba. Filme americano do ano

de 1999, dirigido por M. Night Shyamalan e estrelado por Bruce Willis e Haley Joel

Osment. Duração 106 min. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=HRM0JJB5984. Acesso em 19 nov. 2014.

1. Refletindo sobre o filme.

Sugestões de filmes para assistir em casa

Horror em Amityville (EUA, 2005) It – Uma obra prima do medo (USA, 1990)

Sonhos na casa da bruxa (EUA, 2005) O iluminado 1980 (EUA, 1980)

Um sussurro nas trevas (EUA, 2011) Um olhar do paraíso (EUA, 2007)

Castelo maldito (EUA, 1995) Isolados (BRA, 2014)

O exorcismo de Emily Rose (EUA, 2005)

Quando eu era vivo (BRA, 2014)

Professor(a), após a exibição do filme, explore os

diálogos, os elementos e as cenas que se relacionem

ao tema e ao gênero, numa aula que favoreça a

oralidade e desenvolva o senso crítico. Permita que os

alunos destaquem os trechos mais significativos para

cada um e comentem sobre desfecho, um dos mais

surpreendentes em obras cinematográficas.

Professor(a), crie um ambiente aconchegante para o

momento do filme: escureça a sala com TNT preto nas

janelas e deixe que se acomodem confortavelmente.

Antecipe comentários que agucem a curiosidade sem

emitir opiniões e situe os alunos no conteúdo e nas

diferentes linguagens que um filme aborda. Combine

quem levará a pipoca e o refrigerante, porém deixe tudo

preparado antes do início da projeção.

Fonte: Clip-art

Poe, Edgar Allan. A máscara da Morte Rubra. In: Contos de terror, de mistério e de morte.

Tradução de Oscar Mendes. Rio de Janeiro: Nova Fronteira , 1981.

Leia o conto “A máscara da Morte Rubra,” de Edgar Allan Poe, para

realizar as próximas atividades:

1. Príncipe, castelo, súditos, corte e país não identificado são exemplos de palavras

comuns a qual tipo de conto? No entanto, em que circunstâncias elas aparecem

nesta narrativa?

___________________________________________________________

___________________________________________________________

___________________________________________________________

CAPACIDADE LINGUÍSTICO-DISCURSIVA

Essa capacidade de linguagem refere-se ao vocabulário e estruturas linguísticas adequadas

para o gênero em questão, o conto. Sugere-se que professor aborde com seus alunos os

recursos da língua por meio da prática de exercícios. Antes, porém, pode-se percorrer a etapa

seguinte do método recepcional, o questionamento do horizonte de expectativas, mediando o

debate descrito na estratégia de ação correspondente.

Agora, é com você

Professor(a), a compreensão deve contemplar a integração do conteúdo com a realidade concreta, visando à transformação da sociedade. As DCes estão ancoradas na pedagogia histórico-crítica, de Saviani, que vê o homem como ser social e político. O professor tem que agir como mediador e não facilitador. Levar o aluno, segundo Vigotski, a sair da zona real e avançar para as outras.

Fonte:

Fonte: Clip-art

2. Transcreva expressões que indicam o tempo dos fatos no conto.

___________________________________________________________

___________________________________________________________

3. De acordo com o conto, o que era a Morte Rubra? Há algo predominante na

descrição que o narrador faz da peste, o que é? Qual a relação desse elemento com

o nome Morte Rubra?

___________________________________________________________

___________________________________________________________

___________________________________________________________

4. O que levou o príncipe Próspero a entrar em reclusão e qual critério ele teria usado

para selecionar seus convidados?

___________________________________________________________

___________________________________________________________

5. Como você analisa a decisão tomada pelo príncipe? Você faria o mesmo se

estivesse no lugar dele? Esclareça seu ponto de vista, se acaso pensou em outra

forma de agir diante da situação retratada no conto.

___________________________________________________________

___________________________________________________________

6. Justifique com uma breve passagem do texto a situação fora do castelo quando o

príncipe resolveu oferecer um baile de máscaras aos seus mil amigos.

___________________________________________________________

___________________________________________________________

7. Você já viu que o conto é uma obra de ficção, mas geralmente apresenta temáticas

presentes no cotidiano das pessoas. Nesse sentido, pense sobre as seguintes

questões:

a) Atualmente, um dos continentes do globo terrestre sofre com uma doença

terrível e temida, provocada por um vírus. O que você sabe sobre esse flagelo?

___________________________________________________________

___________________________________________________________

b) Como estão sendo tratadas as pessoas contaminadas?

___________________________________________________________

___________________________________________________________

c) Diante da ameaça de contaminação, como reage a maioria das pessoas? Há

alguma relação com o conto de Poe? Justifique.

_________________________________________________________

_________________________________________________________

d) As personagens do conto demonstram medo e repulsa com a presença da

morte. Na sua opinião, o que move esses sentimentos? Quando se trata da

morte, as pessoas do mundo real têm reações parecidas com as dos

personagens? Exponha o que você pensa sobre o assunto.

___________________________________________________________

___________________________________________________________

___________________________________________________________

8. Note que ao soar as doze badaladas no relógio a Morte Rubra aparece. Por que a

escolha deste horário?

___________________________________________________________

___________________________________________________________

9. Destaque as características atribuídas pelo narrador ao caráter do príncipe

Próspero. Os adjetivos usados permitem que o leitor tenha uma imagem positiva

ou negativa do príncipe? Qual seria a sua descrição do protagonista?

________________________________________________________

______________________________________________________________

10. Releia.

“O sétimo aposento estava totalmente coberto de tapeçarias de veludo preto, que pendiam do teto e pelas paredes, caindo em pesadas dobras sobre um tapete do mesmo material e da mesma cor. Mas somente nesta sala a cor das janelas não correspondia à das decorações. As vidraças, ali, eram escarlates, da cor de sangue vivo.” a) Por que o narrador descreve em pormenores o sétimo aposento?

___________________________________________________________

___________________________________________________________

b) Que outro detalhe chama a atenção neste aposento e por qual motivo?

___________________________________________________________

___________________________________________________________

11. Enquanto o país era assolado pela peste, Próspero, mesmo ciente da calamidade

do seu povo, não se preocupou em socorrê-lo, preferindo esbanjar com seus

prazeres. É possível perceber, no comportamento do príncipe, semelhanças com

governantes de países do mundo real. Comente a esse respeito.

___________________________________________________________

___________________________________________________________

12. Trace um perfil dessas pessoas e registre num esboço do castelo aqueles que você,

supostamente, acredita que ficariam do lado de fora e quem seriam os convidados

a entrar. Observe que a palavra castelo está sendo usada na questão em sentido

figurado. O que vem a ser isso?

___________________________________________________________

___________________________________________________________

___________________________________________________________

___________________________________________________________

Professor(a), promova uma discussão com o momento histórico do texto e o presente, fazendo-os

perceber que mesmo estando distantes no tempo a temática é atual. O egocentrismo do príncipe,

gerado pela condição de poder. O comportamento conivente dos convidados por estarem

próximos dele. Questione-os sobre a possível condição social daqueles que foram excluídos do

castelo. E na sociedade, quem são aqueles que estão fora do castelo e por quê?

13. Em relação a estrutura global do texto, observe como “A máscara da Morte Rubra” se organiza em partes que nos levam a identificá-lo como o gênero discursivo conto. Feito isso, ordene os acontecimentos, numerando-os de acordo com a sequência em que ocorrem:

( ) Os foliões do palácio tentam agarrar o mascarado e reconhecem não haver

forma humana palpável sob a mortalha.

( ) As salas do castelo são descritas pelo narrador.

( ) O relógio para de bater, surge o ilimitado poder da Treva quando todos são

sucumbidos pela Morte Rubra.

( ) O relógio começou a soar meia-noite.

( ) O narrador apresenta a Morte Rubra.

( ) O príncipe não querendo demonstrar covardia enfrenta o mascarado intruso e

acaba sendo abatido por ele.

( ) A multidão percebe a presença de um estranho mascarado entre eles.

( ) Após seis meses o príncipe Próspero realiza um baile de máscaras na abadia.

( ) O príncipe Próspero busca segurança contra a peste e encastela-se com os

amigos da corte, deixando o povo exposto à catástrofe.

Fonte: Clip-art

Olho no clipe

Memórias é uma canção composta pela roqueira Pitty. Faz parte do álbum Anacrônico

da cantora cujo videoclipe reflete um clima tétrico, sobrenatural, que potencializa os

conflitos da letra.

Disponível em < https://www.youtube.com/watch?v=goIZO8kubkoolho >. Acesso em 20 nov.

2014.

1. Retorne ao primeiro parágrafo do conto “A máscara da Morte Rubra” e copie

alguns adjetivos empregados pelo autor para caracterizar a peste que devastou o

país.

___________________________________________________________

___________________________________________________________

2. Preste atenção aos verbos que aparecem no texto e assinale o tempo verbal

predominante.

( ) pretérito (passado) ( ) presente ( ) futuro

Professor(a), a linguagem audiovisual, além de

cair no gosto da turma, é uma forma de expandir

discussões sobre o tema. O narrador se refere a

quais fantasmas? Que heróis estão sendo mortos e

por quê? Quais cenas do videoclipe se enquadram

no tema do projeto? Você conhece o jogo do copo?

A língua em foco

Fonte: Clip-art

Fonte: Clip-art

3. Por que você acha que esse tempo verbal prevalece no gênero conto?

___________________________________________________________

___________________________________________________________

4. “Cercava-o forte e elevada muralha, com portas de ferro. Logo que entraram, os cortesãos

trouxeram fornos e pesados martelos para rebitar os ferrolhos.” Tomando como exemplo

este fragmento do texto, é possível confirmar que os verbos predominantes no

conto dão ideia de passado. No entanto, algumas diferenças nas ações podem ser

percebidas. Observe o quadro abaixo:

5. Assinale a alternativa correspondente ao tipo de passado usado nos seguintes

fragmentos:

a. “A “Morte Rubra” havia muito devastava o país.”

( ) pretérito perfeito ( ) pretérito imperfeito

b. “Na verdade, todo o grupo parecia agora sentir profundamente que na

fantasia e no rosto do estranho não existia graça nem decoro.”

( ) pretérito perfeito ( ) pretérito imperfeito

PRETÉRITO PERFEITO refere-se a um fato já concluído em

época passada.

Jesuína foi linda, os rapazes adoraram-na.

PRETÉRITO IMPERFEITO apresenta o fato como anterior ao

momento atual, mas ainda não concluído no momento passado a que nos

referimos.

Jesuína era linda, os rapazes adoravam-na.

Fonte: MAZZAROTO, Luiz Fernando. Redação, gramática &

literatura: São Paulo: DCL, 2002 (p.285).

PRETÉRITO IMPERFEITO

Professor (a), as explicações do quadro anterior são muito sintéticas; contudo, a diferença de

sentido entre os dois tempos verbais deve ficar bem clara para os alunos. Faça perguntas e,

mediante as respostas, analise com eles exemplos das situações de emprego dos tempos no

texto e no contexto deles. Deixe que registrem as explicações e proponha outros exercícios, se

for o caso.

c. “...o príncipe Próspero brindou os mil amigos com um magnífico baile de

máscaras.”

( ) pretérito perfeito ( ) pretérito imperfeito

d. “Segurando bem alto um punhal desembainhado, aproximou-se,

impetuosamente, até cerca de um metro do vulto.”

( ) pretérito perfeito ( ) pretérito imperfeito

e. “Mas o príncipe Próspero era feliz, destemido e astuto.”

( ) pretérito perfeito ( ) pretérito imperfeito

f. “...e foi seu próprio gosto que inspirou as fantasias dos foliões.

( ) pretérito perfeito ( ) pretérito imperfeito

6. “E a vida do relógio de ébano se extinguiu – com a do último folião.” Pode-se

afirmar que se houvesse uma mudança do pretérito perfeito para o imperfeito

modificaria o efeito de sentido da oração. Esclareça sua resposta.

___________________________________________________________

___________________________________________________________

7. Nos parágrafos do texto que o narrador relata como o príncipe organizou o baile e

criou as máscaras que a corte usaria, que tempo verbal aparece mais vezes para

ilustrar as concepções grotescas de Próspero?

( ) presente ( ) pretérito perfeito ( ) pretérito imperfeito

8. A predominância desse tempo verbal, nesta parte do texto, deve-se:

( ) a descrição que o narrador faz das fantasias e máscaras criadas pelo príncipe.

( ) ao fato do narrador querer enfatizar as ações ocorridas e concluídas no baile.

1. Identifique os verbos do tempo passado neste parágrafo do texto, destaque- os

e faça um quadro em cartolina, separando aqueles que indicam uma ação

Trabalhando em grupos

T

Escolha o parágrafo que preferir do

conto “A máscara da Morte Rubra”

para a realização deste trabalho.

Fonte: plus.google.com/photos

acabada (pretérito perfeito) daqueles que indicam uma ação que continua no

passado por um tempo indefinido (pretérito imperfeito). Escolha alguns desses

verbos e conjugue-os na primeira pessoa do singular e do plural, já que o

narrador do conto é de terceira pessoa.

Explorando a linguagem e seus recursos linguísticos

Como se percebe nos estudos anteriores, existem diversos tipos de

contos, tais como:________________________________________________

_______________________________________________________________.

Eles podem ser encontrados em __________________________________

______________________________________________________________.

Agora, será analisado um vídeo para uma melhor compreensão de

como esse tipo de texto se estrutura em sua linguagem verbal.

Vídeo 3

Disponível em < https://www.youtube.com/watch?v=1LkfQRc5NGM >. Acesso em 20 nov. 2014.09.

Que tal relembrar o

gênero discursivo conto?

Professor(a), este vídeo procura contar um pouco da

história do conto, defini-lo e caracterizá-lo para

contemplar uma breve revisão do gênero.

Duração: 7min09s.

Fonte: plus.google.com/photos

Conversando sobre o vídeo

1. A apresentadora fala sobre uma famosa personagem da literatura que, para salvar sua

vida, toda noite contava histórias ao rei. Você se lembra do nome dela e o nome do rei?

Por quantas noites ela teve que contar histórias para livrar-se da morte? Qual dessas

estórias tornou-se a mais conhecida pelos leitores? Qual o título da obra que dá nome a

essas estórias?

2. De acordo com o vídeo, por que essas estórias são conhecidas até hoje?

3. O que você prefere, contar ou ouvir estórias? Por quê?

4. O que narram os contos?

5. Essas narrativas se apresentam de forma longa ou breve?

6. Quem se lembra como o gênero discursivo conto é definido no vídeo?

7. Um dos maiores contistas do Brasil dá nome à escola municipal da nossa cidade e é

mencionado no texto. Quem é ele?

8. Por que um contista é diferente do jornalista?

9. Conto é ou não, ficção?

11. Qual a diferença entre conto e crônica?

12. Afinal, que tipo de conto você prefere?

13. Lembra-se das dicas do vídeo para escrever um conto? Pois bem, mais adiante você

precisará usá-las.

Professor(a), a seção é, de fato, uma conversa

sobre o vídeo. Para tal, sugere-se abordar os

questionamentos abaixo. Comece pela história

do conto até percorrer os demais assuntos.

Faça anotações das respostas no quadro e

peça que, em duplas, sintetizem os conceitos e

características do gênero que, aliás, já foram

vistos.

Professor(a), coloque na sacola objetos que os levem a criar oralmente

um conto de assombração. Solicite a um aluno para iniciar a dinâmica,

dizendo quem ele gostaria que fosse o protagonista da estória. Ao

segundo, que o caracterize e assim por diante, até determinarem

elementos como o tempo e o espaço. Estando estes delimitados, faça

circular a sacola, seguindo o enunciado da dinâmica.

Cada integrante retira um objeto da sacola e faz a relação deste com fatos que,

organizados numa sequência, forme um conto de assombração. A professora poderá

iniciar a dinâmica.

Observe a imagem abaixo!

1. Em qual elemento está centrada a imagem?

________________________________________________________________

2. Há outro elemento em destaque na imagem. Qual a relação desse outro elemento

com a figura central da imagem?

________________________________________________________________

3. Essa imagem costuma estar associada a quê?

________________________________________________________________

4. Por que razão ela transmite esse sentimento na maioria as pessoas?

________________________________________________________________

5. Para você a imagem é assustadora? Justifique.

________________________________________________________________

6. É possível saber a origem da superstição que envolve a figura do gato preto?

Investigue.

________________________________________________________________

Dinâmica de grupo

A sacola sinistra

Disponível em: < http://hypescience.com/wp-content/uploads/2011/09/814.jpg >

Fonte: Clip-art

A canção foi o maior sucesso do disco de estreia do grupo Secos & Molhados,

lançado em 1973. A música refere-se a uma dança de tradição portuguesa e evoca

superstições e figuras do folclore brasileiro. Disponível em <

http://www.vagalume.com.br/secos-e-molhados/o-vira.html > Acesso em 25 nov. 2014.

Poe, Edgar Allan. O gato preto. In: Contos de terror, de mistério e de morte. Tradução de Oscar

Mendes. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981.

Poe, Edgar Allan. Os crimes da rua Morgue. In Histórias extraordinárias. Tradução de José Paulo

Paes. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

Som ligado

Professor(a), os próximos contos estão

mencionados na etapa de ampliação do

horizonte de expectativas. Siga a

estratégia de ação correspondente ao

momento. Uma dica é a montagem de

slides com trechos e imagens para a

leitura do primeiro conto.

Fonte> Clip-art

O conto “Os crimes da rua Morgue”, depois de

lido de forma colaborativa, pode ser

interpretado, oralmente. Questione também o

foco narrativo e os elementos de coesão e

coerência que serão explicitados abaixo.

Permita um momento de entrega ao prazer

de ler sem maiores cobranças, já que

chegaram até aqui. Deixe o texto para antes

da última produção.

O narrador é quem conta os fatos, que podem ser narrados em 1ª

pessoa (eu) ou em 3ª pessoa (ele, ela).

Na narração em 1ª pessoa, o narrador participa dos fatos, é

chamado de narrador personagem, e sua visão (ou ponto de vista),

como a de qualquer personagem, é limitada; os verbos e os pronomes

ficam na 1ª pessoa. Ou seja, ele pode interagir com os outros

personagens, mas não sabe sobre o que se passa com eles, a não ser

aquilo que é capaz de observar diretamente.

O narrador personagem pode ser também o narrador

protagonista, quando é o personagem principal. Ele narra sua história

em primeira pessoa, mas não sabe o que se passa com os outros

personagens.

O narrador personagem pode ainda ser narrador testemunha,

quando não é o personagem principal. Ele narra a história do

personagem principal em 1ª pessoa, também conforme aquilo que vê.

No caso da narração em 3ª pessoa, em que o narrador observa

de fora os acontecimentos, a visão ou ponto de vista é mais geral, e ele

sabe de tudo o que se passa na história, desde que aquilo que pode ser

observado, como os aspectos físicos dos personagens e de lugar, até

aquilo que não é visível na cena, como os aspectos psicológicos dos

personagens e o conhecimento de espaços não diretamente presentes.

O narrador onisciente, de 3ª pessoa, tem um ponto de vista mais

amplo, geral, pois está fora dos acontecimentos que narra, mas conhece

tudo sobre a história.

Uma variante do narrador onisciente é o narrador intruso, que,

além de tudo narrar (e conhecer) em 3ª pessoa, fala (e tece comentários

sobre os personagens) com o leitor.

Finalmente, existe um narrador em 3ª pessoa, que não é

onisciente: é o narrador observador. Ele narra o que vê e descreve as

ações das personagens, mas não sabe o que se passa com eles.

1. Após a leitura do conto “O gato preto”, pinte o quadrinho (V) se

alternativa for verdadeira ou o (F) se a alternativa for falsa.

SARMENTO, Leila Lauar & TUFANO, Douglas. Português: literatura, gramática, produção de texto.

São Paulo: Moderna, 2010.

Agora, é com você

Fonte: plus.google.com/photos

O conto é narrado em 1ª pessoa e o narrador também protagoniza os fatos que

conta.

V F

O narrador apenas observa os personagens, mas sabe o que acontece mesmo

sem testemunhar os fatos.

V F

Não há relação entre a superstição em torno da figura do gato preto e o

conteúdo do texto porque o casal gostava do animal.

V F

A palavra “chispante” no último parágrafo faz pensar que os olhos do gato

ardiam em chamas, ansiando por vingança contra seu dono.

V F

Uma das características do conto de assombração é o elemento sobrenatural

que no texto “O gato preto” está determinado pela presença deste animal.

V F

2. Escreva com suas palavras os momentos que introduzem as partes

que compõem o enredo do conto:

a. situação inicial

___________________________________________________________

___________________________________________________________

b. conflito

___________________________________________________________

___________________________________________________________

c. desenvolvimento

___________________________________________________________

___________________________________________________________

d. clímax

___________________________________________________________

___________________________________________________________

e. desfecho

___________________________________________________________

___________________________________________________________

3. As narrativas apresentam diálogos, o que torna o relato dos fatos

mais dinâmico e direto. Os personagens falam ou dialogam entre si,

realizando o seu discurso.

No discurso direto, o narrador reproduz literalmente a fala do

personagem, que, em geral, é introduzida por um travessão e

anunciada por um verbo de elocução ou dicendi (do latim, “de

dizer”): dizer, falar, contar, etc.

No discurso indireto, o narrador conta o que os personagens

disseram (ele disse que; Maria perguntou se;) introduzido por

verbos dicendi e as conjunções que e se.

No discurso indireto livre, se associam os dois discursos. Neste

caso, há duas vozes que não se identificam claramente – a do

narrador e a do personagem.

Pensando no discurso do conto “O gato preto,” como se apresenta o

foco narrativo? Transcreva um fragmento do texto que comprove a sua

resposta.

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________________________________________________________________

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SARMENTO, Leila Lauar & TUFANO, Douglas. Português: literatura, gramática, produção de

texto. São Paulo: Moderna, 2010.

4. A coesão acontece quando os organizadores textuais contribuem

para a progressão do texto. Esses elementos articuladores –

conjunções, pronomes, preposições e advérbios – são chamados

conectivos e estabelecem as relações de sentido entre palavras,

períodos e parágrafos que constroem o texto.

A coerência refere-se ao sentido do texto. Para que o texto não se torne

incoerente é necessário que haja uma continuidade de sentido entre os

seus componentes de modo a constituir um todo significativo.

Assim, pode-se afirmar que a coesão é fundamental na construção da

coerência.

Releia o parágrafo abaixo do conto “O gato preto”:

“Quando com a manhã, me voltou a razão, quando com o sono, desfiz os fumos da noite

de orgia, experimentei uma sensação meio de horror, meio de remorso pelo crime de que

me tornara culpado. Mas era, quando muito, uma sensação fraca e equívoca e a alma

permanecia insensível. De novo mergulhei em excessos e logo afoguei no vinho toda a

lembrança do meu ato.”

1. Qual o sentido do conectivo que abre o parágrafo?

________________________________________________________________

________________________________________________________________

2. Esse elemento se repete por outras frases do parágrafo com o mesmo sentido?

Explique.

________________________________________________________________

________________________________________________________________

3. De que forma o autor conseguiu dar coerência à narrativa nessa parte do texto? O personagem, de fato, se arrependeu? Dê a sua opinião com base no que ele diz.

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________________________________________________________________

4. Assinale a alternativa que justifica o emprego do conector MAS no parágrafo em

destaque:

( ) Esse elemento expressa uma conclusão a ideia anterior.

( ) O conector é empregado para apresentar uma ideia de oposição ao que foi dito antes.

( ) Ele é empregado para introduzir uma hipótese.

5. Copie do texto os elementos que unem a ideia expressa na última frase de parágrafo.

________________________________________________________________

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Hora do (seu) conto...

Agora que você já estudou a estrutura (formação) do gênero discursivo

conto de assombração, acerte os últimos detalhes de seu texto.

Professor(a), antes da produção final,

trabalhe, conforme já foi comentado, o conto

“Os crimes da rua Morgue.”

Fonte: Clip-art

Enredo Faça uma síntese dos principais acontecimentos que você imagina

para o seu conto.

Narrador Como será seu narrador?

Personagens Quantos serão seus personagens. Quais as características? Eles terão

nomes? Você já escolheu?

Espaço Defina o lugar onde se desenrolarão os fatos.

Tempo Quando serão os acontecimentos?

Está é a reta final do projeto. Portanto, é hora de colocar a mão na

massa e produzir um conto. Lembre-se de tudo que foi estudado e conte

com o auxílio da professora na hora das dúvidas. Faça um rascunho

primeiro e dê um título a sua história. Depois do aval da professora,

passe-o a limpo. Não esqueça, siga o planejamento da seção anterior!

Vamos lá?

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Linha de chegada!

Fonte: Clip-art

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Proposta de Avaliação

Oficina 2

Junto com a professora de arte você aprenderá algumas técnicas que

irá ajudá-lo a decorar uma sala com o tema do projeto para o dia do

sarau “Sombras e Assombros”. Eis aqui uma delas:

Na cartolina branca, desenhe o contorno de seus pés, mãos, e recorte. Use tinta

guache preta para desenhar olhos e bocas e seus fantasmas estarão prontos.

Guarde-os para decorar a sala porque outras idéias virão por aí.

Professor (a), a avaliação se realizará por meio da participação nas atividades propostas

para o final do projeto, já descritas na estratégia de ação da última etapa dos

encaminhamentos metodológicos. No entanto, o processo de evolução dos aprendizes será

acompanhado durante toda a execução dos trabalhos.

Continue lendo!

Fonte: Clip-art

Fonte: Clip-art

3. Referências

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