Upload
trinhtuong
View
215
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
1
PRODUÇÃO DIDÁTICO–PEDAGÓGICA
1. Ficha de Identificação
Título: A leitura dos contos de fadas e o contexto tecnológico do século XXI: entre o mundo da
fantasia e a presença da televisão, da internet, dos celulares e dos videogames
Autor Sandra Dalla Vecchia
Disciplina/Área Língua Portuguesa
Escola de Implementação do
Projeto e sua localização
Colégio Estadual do Campo Castelo Branco - EFM
Município da Escola Coronel Vivida PR
Núcleo Regional de Educação Pato Branco PR
Professor Orientador Luciana Fracasse
Instituição de Ensino Superior UNICENTRO
Resumo
Crianças e adolescentes contemporâneos estão expostos a um mundo violento e desumano que desestimula fantasia e imaginação. Seduzidos ou induzidos pelas novas tecnologias e equipamentos, que facilitam acesso a conteúdos e informações praticamente ilimitadas, desenvolvem gradativamente um gosto por ações violentas, destruidoras, em detrimento ao texto literário que enfoque fantasia e imaginação, ou ações moderadas e sem violência. Os contos de fadas, além do aspecto psicológico, são úteis para aperfeiçoar o aspecto linguístico, mais formal, que envolve a leitura e a escrita, incluindo o vocabulário - embora o objetivo principal desse trabalho seja desenvolver a interpretação e a compreensão de textos literários, estimular a imaginação e a fantasia e o gosto pela leitura, assim como a criticidade a fim de que possam discernir conteúdos e informações que acessam por meio da internet, da televisão, do videogame e do celular. As atividades sugeridas foram pensadas para propiciar ao aluno interagir com os textos (refletindo sobre ações de enredo e comportamentos de personagens, elaborando hipóteses e reescrevendo trechos de contos de fadas), com os colegas (por meio dos trabalhos em grupo), desenvolver a oralidade (por meio da contação de histórias e relatos orais) e a expressão corporal (pela encenação de histórias).
2
Palavras-chave Leitura; Imaginação; Contos de fadas
Formato do Material Didático Unidade Didática
Público Alvo 6º ano do Ensino Fundamental
2. Apresentação
As crianças têm nas séries iniciais do ensino fundamental fascínio pela
leitura, mas à medida que vão avançando para as séries do ensino
fundamental e médio esse fascínio vai diminuindo.
Parece evidente que um dos fatores que contribui para que
gradativamente as leituras e brincadeiras que estimulam a fantasia e a
imaginação sejam deixadas de lado é a massificação da televisão, dos
computadores, dos celulares e dos videogames, enfim, uma série de
tecnologias e meios de comunicação que dão fácil acesso aos mundos virtuais
que, para supostamente atenderem ao gosto de crianças e adolescentes do
mundo contemporâneo, pouco espaço deixam à fantasia e à imaginação que
não sugira ação rápida, violência, competitividade, eliminação. E, quase que a
maioria de crianças e adolescentes, seduzida ou induzida por esses mundos,
acaba preferindo aqueles em que quase não se cria nada e, pior, aqueles em
que se destrói com violência, com agressividade, achando desinteressantes e
ultrapassados aqueles com ações moderadas ou suaves, sem muita agitação
ou violência, que ensinem algo, com diálogos entre personagens gentis e
educados que não usem armas nem tenham muitos poderes, e que sejam um
pouco mais parecidos com seres humanos reais.
Quando da elaboração do Projeto de Intervenção Pedagógica
evidenciou-se a necessidade de uma coleta de dados que comprovasse tal
situação e também possibilitasse uma noção mais exata dela por meio de
números. Elaborou-se então um questionário1 que foi respondido (em junho de
2013) pelos alunos do 6º e do 9º ano do ensino fundamental, matriculados no
1 O questionário consta no Apêndice desse trabalho.
3
Colégio Estadual do Campo Castelo Branco, em Coronel Vivida, PR. Do 6º ano
16, e do 9º ano 31 alunos responderam ao questionário, sendo a quase
totalidade dos alunos dessas turmas, que são as únicas para cada ano/série na
escola. Os resultados poderiam ou não confirmar o observado, por meio da
prática pedagógica junto a crianças e adolescentes, ao longo dos anos. O
questionário foi elaborado com catorze questões basicamente sobre gosto pela
leitura, uso/acesso aos livros, à televisão, ao videogame, à internet e ao
celular. Alguns resultados surpreenderam, mas no geral confirmaram o que a
experiência já mostrara. Antes da Produção Didático-Pedagógica propriamente
dita, é importante fazer algumas considerações sobre os dados obtidos com
esse pequeno levantamento, porque eles foram essenciais para a proposição
de objetivos, escolha dos textos (verbais e audiovisuais), elaboração de
atividades, escolha de materiais utilizados e encaminhamentos metodológicos.
Uma questão, cujo resultado, a nosso ver, resume o gosto da maioria
dos adolescentes contemporâneos, era:
Quando você joga (no videogame, no celular ou na internet) que ações prefere?
( ) rápidas, com muitas armas, explosões, tiros, lutas, perseguições entre
personagens fortes, violentos, com muita força e poderes especiais.
( ) moderadas ou suaves, sem muita agitação ou violência, que ensinem algo
bom, com diálogos entre personagens gentis e educados, que não usem armas nem
tenham muitos poderes; mais parecidos com os seres humanos.
O gráfico abaixo ilustra as respostas dadas pelo 9º ano (alunos com
idade entre 13 e 16 anos, sendo que a maioria absoluta tem entre 13 e 14
anos):
4
Mas, entre os alunos do 6º ano, todos com idade entre 10 e 12 anos -
mais próximos da infância e da pré-adolescência - a situação é ainda um pouco
diferente:
Rápidas, com violência
83%
Moderadas, sem agitação ou
violência 14%
Nenhum (opção que naõ
constava da pergunta, mas foi inclusa por
um aluno) 3%
Quando você joga (no videogame, no
celular ou na net) que ações prefere?
9º ano
5
Os números sugerem que o gosto por ações rápidas e violentas, por
personagens dotados de superpoderes, que manejam armas de forma natural
e fácil, acentua-se na proporção em que decai o gosto por ações suaves e
moderadas, por personagens educados e gentis, pelo texto literário que
envolva a fantasia e a imaginação, o que indicaria um gosto adquirido, aos
poucos incutido e desenvolvido, iniciado na infância e acentuado na
adolescência. Poder-se-ia dizer que há na criança um gosto natural pela
fantasia e pela imaginação, pelas ações suaves e moderadas, mas que aos
poucos é modificado pela grande quantidade de conteúdos e informações
violentas pelas quais é enredada diariamente, tanto vindas da mídia, dos
games, da internet, como da própria realidade que vive. Sílvia Oberg, na
apresentação de uma edição que reúne contos dos Irmãos Grimm (2001, p.10),
escreveu:
Numa época marcada pela globalização, que massifica e padroniza
não apenas os produtos culturais oferecidos às crianças e jovens,
mas que também estabelece um padrão de gosto e identificação;
num mundo que dá inúmeras mostras de sua dificuldade em lidar
Rápidas, com violência
44% Moderadas, sem violência
56%
Quando você joga (no videogame, no
celular ou na net) que ações prefere?
6º ano
6
com as diferenças, questões relacionadas à alteridade e à autonomia
apresentam-se como temas fundamentais.
É inegável a influência da realidade vivida por crianças e adolescentes,
dos conteúdos e informações assimilados por eles, em seu psicológico.
Medeiros e Branco (2008, p. 24 e 25) escrevem:
Um estudo científico dos processos fantasiosos arrebatados da
realidade, encontrados nos mitos, nos contos, nas lendas, nos
sonhos etc., demonstra que as fantasias, de forma geral, não passam
de reconstruções de fatos ou elementos emprestados da realidade,
que se reorganizam e se modificam de acordo com nossa
imaginação. A fantasia se constrói sempre com materiais tomados do
mundo real e carregam consigo elementos afetivos.
Outro aspecto importante evidenciado pelos dados levantados é que a
grande maioria dos alunos do 9º ano considera ler mais difícil que assistir à
televisão, jogar no videogame ou no celular e navegar na internet, mas a
grande maioria dos alunos do 6º ano considera mais fácil. Isso corrobora com o
que se afirmou acima sobre que a leitura vai aos poucos se tornando uma ação
morosa, sem atrativo, porque comparada aos games, às infinitas possibilidades
e atrativos da internet, da televisão, dos celulares. A pergunta era:
Para você, ler é
( ) mais fácil que assistir à televisão, jogar no videogame ou no celular, navegar
na internet.
( ) mais difícil que assistir à televisão, jogar no videogame ou no celular, navegar
na internet.
Os gráficos abaixo ilustram as respostas dadas:
7
Essa dificuldade em ler tem nítido reflexo na sala de aula e, como
consequência (somado a outros fatores), a escola não tem conseguido
desenvolver de modo significativo o interesse pela leitura de textos literários
que desenvolvam, por meio do estimulo à fantasia e à imaginação, valores
Mais fácil 19%
Mais difícil 81%
Para você, ler é mais fácil ou mais difícil que
assistir à televisão, jogar no videogame ou no
celular, ou navegar na internet?
9º ano
Mais fácil que assistir à
televisão, jogar no videogame ou
no celular, navegar na
internet 87%
Mais difícil que assistir à
televisão, jogar no videogame ou
no celular, navegar na
internet 13%
Para você, ler é:
6º ano
8
desejáveis em crianças e adolescentes. Da mesma forma preocupante, a
família geralmente também não consegue.
Neste contexto, é fácil constatar que o texto literário impresso,
notavelmente os textos contidos nos livros didáticos, não têm atendido esse
gosto da criança e do adolescente. Ocorre que muitos deles só leem os textos
contidos nos livros didáticos, e na escola. Mas se esses textos não são
consonantes ao gosto infantil e adolescente não são lidos de forma
significativa, são apenas lidos, por iniciativa e imposição de professores.
Considerando agora a resposta dos alunos para a pergunta sobre onde
conseguem os livros que leem, evidencia-se que o papel imprescindível da
escola e dos professores - a disponibilização de livros para leitura na escola ou
fora dela - deve ser acentuado com uma atuação mais próxima ao aluno,
indicando leituras adequadas, falando sobre os livros e suas histórias e levando
mais livros para a sala de aula ou mais os alunos para a biblioteca da escola.
Os gráficos abaixo indicam tanto que só 9% dos livros que os alunos do 9º ano
leem são levados para a sala pelos professores, como também que, dos livros
que os professores levam para a sala de aula, eles só leem 9%. Essa
percentagem sobe para 20% no 6º ano, o que indica tanto que os professores
levam mais livros para a sala de aula como também que os alunos leem mais
os livros que os professores levam. Os gráficos abaixo sintetizam essa
situação:
9
As respostas do 6º ano para a pergunta Você gosta dos contos de
fadas como Chapeuzinho Vermelho, Branca de Neve e os Sete Anões,
Cinderela, Rapunzel, A Bela Adormecida, A Bela e a Fera, João e Maria,
João e o Pé de Feijão, Os Três Porquinhos, O Patinho Feio, O Soldadinho
de Chumbo, entre outros? fortaleceram a escolha do gênero conto de fadas,
Em casa 29%
Na biblioteca da escola 46%
Na biblioteca municipal
0%
Professores trazem para a sala de aula
9%
Ganha ou empresta
7%
Você mesmo compra nas
livrarias 9%
Onde consegue os livros que lê?
9º ano
Em casa 21%
Na biblioteca da escola 25%
Na biblioteca municipal
2%
Professores trazem para a sala de aula
20%
Ganha ou empresta de
amigos, vizinhos, parentes
14%
Você mesmo compra nas
livrarias 18%
Onde consegue os livros que lê?
6º ano
10
uma vez que, por meio dessas respostas, os alunos demonstraram gostar
bastante dessas histórias, e o público alvo da intervenção pedagógica será um
6º ano do ensino fundamental.
Já as respostas dadas pelo 9º ano confirmam o declíneo de interesse
pelo texto literário, em especial por aqueles que se baseiam na fantasia e na
imaginação, como os contos de fadas, embora cinquenta e oito por cento
tenham respondido que gostam desses textos. Esse número mostra sua
importância como motivador de leitura - entre outros aspectos referidos no
Projeto de Intervenção Pedagógica e nessa Produção Didático-pedagógica -
não só para as séries iniciais, mas também as finais do ensino fundamental; o
gráfico ilustra as respostas:
Sim 94%
Não 0%
Mais ou menos 6%
Você gosta dos contos de fadas?
6º ano
11
Como se pôde observar a grande maioria dos alunos do 6º ano afirmou
gostar dos contos de fadas, e afirmou também (respondendo a outra pergunta
do questionário) que essas histórias eram contadas pelos seus pais, avós ou
tias, e pelas professoras. Considerando isso e que muitos demonstraram ter
boas recordações daqueles momentos de contação de histórias escrevendo
comentários com os quais justificaram alguma lembrança especial relacionada
a um conto de fadas, a contação de histórias estará como um eixo, um fio
condutor permeando praticamente toda essa Produção Didático-pedagógica.
As atividades propostas nessa Produção Didático-pedagógica não
incluem a análise linguística - embora incluam algumas de escrita e reescrita -
mas a confecção de um mosaico de papel possibilitará trabalhar com a
linguagem de uma maneira lúdica, uma vez que, segundo Medeiros e Branco
(2008, p. 51):
A atividade de desconstrução do papel pelo corte ou pela rasgadura aproxima-se das funções cognitivas (de análise) e se reconstitui na construção (síntese). Assim, do ponto de vista do aprendizado, a técnica da colagem é uma atividade de análise tal como o processo de linguagem que transforma palavras em sílabas e letras, (de)significando o significado para reconstruí-lo em uma nova composição com novo significante. Dessa forma, favorecendo o processo de aquisição da linguagem oral e escrita, reproduzindo, de maneira análoga, as transformações pelas quais a linguagem ganha a significação por meio do significante.
Sim 58%
Não 39%
Mais ou menos 3%
Você gosta dos contos de fadas?
9º ano
12
Os estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental estão ainda numa fase
do aprendizado em que é comum ter deficiências com relação aos padrões
gramaticais da escrita, às formas de organização sequencial e composicional
dos diversos gêneros textuais, mas têm a vantagem de serem bastante
receptivos a novos conteúdos e informações, às novas palavras e seu(s)
significado(s). Os contos de fadas, além do aspecto psicológico, podem ser
bastante úteis no sentido de aperfeiçoar o aspecto linguístico, mais formal, que
envolve a leitura e a escrita, incluindo o vocabulário - embora o objetivo
principal desse trabalho seja desenvolver a interpretação e a compreensão de
textos literários, estimular a imaginação e a fantasia e o gosto pela leitura,
assim como a criticidade a fim de que possam discernir conteúdos e
informações que acessam por meio da internet, da televisão, do videogame e
do celular.
Além disso, as atividades sugeridas podem propiciar ao aluno interagir
com os textos (refletindo sobre ações de enredo e comportamentos de
personagens, elaborando hipóteses e reescrevendo trechos de contos de
fadas), com os colegas (por meio dos trabalhos em grupo), desenvolver a
oralidade (por meio da contação de histórias e relatos orais) e a expressão
corporal (por meio da encenação de histórias).
13
3. Material Didático
1. A professora vai contar uma história, um conto de fadas, bastante conhecida:
O Patinho Feio2.
2. Vocês também vão contar contos de fadas: aqueles que despertem uma
recordação ou uma lembrança especial, mais significativa. Podemos fazer
assim: um inicia e outros vão dando sequência, ou enriquecendo a história com
mais detalhes, mas só pode falar quem tiver essa bruxinha (aqui!) em mãos, e
para recebê-la é preciso erguer a mão e aguardar a vez.
2 Os textos dos contos de fadas não serão reproduzidos nesse trabalho porque são facilmente
encontrados e há a indicação de algumas obras nas Referências Bibliográficas. Além dos contos compilados da tradição oral - muitos também adaptados - por Charles Perrault e pelos Irmãos Grimm, há os de Hans Christian Andersen - estes influenciados pelas histórias da tradição oral ouvidas na infância e pela vivência e conhecimento dos contrastes da sociedade de sua época. Há também versões como as de Walcyr Carrasco e a organizada por Laura Sandroni (ambas enviadas para as escolas estaduais através do FNDE), e um texto de Flávio de Souza - O príncipe desencantado - que faz uma brincadeira (séria) com a história A Bela Adormecida; constam também das Referências Bibliográficas desse trabalho.
Escolhemos O Patinho Feio, mas há muitos outros, claro; o importante é
selecionar uma versão não simplificada. Previamente se deverá tomar o cuidado de preparar bem a atividade, fazendo inúmeras leituras para garantir riqueza de detalhes e de vocabulário na contação da história; para este momento sugerimos formar um circulo com os alunos, e iniciar com uma introdução que desperte o interesse para a história que vai ser contada (algumas perguntas e comentários sobre a época em que é narrada, sobre o autor, ou sobre alguma característica do personagem principal, por exemplo, são oportunas).
Leve para a sala e deixe sobre a mesa uma bruxa bem simpática, ela servirá para organizar os turnos de fala e despertar a curiosidade. Combine com eles que só poderá falar quem erguer a mão para solicitar a vez e depois que tiver a bruxa em mãos (assim parecerá mais uma brincadeira, mas estarão desenvolvendo a oralidade e aprendendo a falar e ouvir de modo organizado, respeitando a vez do outro).
14
3. Agora que tal lermos o conto O Patinho Feio escrito por Hans Cristhian
Andersen?! Cada um vai precisar ler silenciosamente o seu texto, observando
bem como os outros personagens tratam o personagem principal para poder
responder as atividades a seguir.
a. Mesmo ainda dentro do ovo, o patinho foi hostilizado por uma pata mais velha
que fora visitar mãe-pata e os patinhos que já haviam nascido. Por que isso
aconteceu?
b. Copie do texto a justificativa para a hostilidade
da pata mais velha que visitou a mãe-pata e os irmãos do patinho:
do pato mais velho:
c. Qual a atitude da mãe-pata com relação às hostilidades e maus tratos que
sofria o patinho?
d. Escreva um parágrafo defendendo ou acusando as atitudes hostis de alguns
personagens, e outro defendendo ou acusando a atitude da mãe-pata. Depois
alguns dos textos que escreverem podem ser lidos e comentados pela turma,
para que socializem sua opinião e conheçam a dos colegas.
e. A passagem a seguir, se não fosse tão desastrada e triste para o patinho,
poderia ser até engraçada. Vamos deixar a situação um pouco melhor para o
patinho!? Para isso, reescreva o trecho e substitua as palavras que se referem
ao patinho e à natureza de modo negativo por palavras mais positivas e
alegres; também modifique alguns trechos para que as ações dos personagens
tornem a cena mais engraçada e alegre do que desastrada e triste.
15
f. Como se pode ler acima, o narrador também se referiu ao personagem como
“patinho feio”. Mas, depois que o patinho se viu na água e descobriu ser um
lindo cisne branco, o narrador demonstra simpatia por ele. Releia o trecho:
Que palavra revela essa simpatia do narrador pelo patinho?
g. Você alguma vez já se sentiu rejeitado ou foi hostilizado como o patinho, por
alguma característica física sua ou por uma situação pela qual você não tinha
culpa? Caso afirmativo, gostaria de contar como acontecia isso?
4. Vamos fazer mosaicos de papel com imagens das histórias que ouviram e
contaram!?
Formem pequenos grupos. Cada grupo receberá desenhos de uma história e o
material para confeccionar o mosaico. Aqueles que têm facilidade podem
Segundo
Medeiros e
Branco (2008,
p. 39), “Mosaico
seria qualquer
trabalho manual
ou intelectual
composto de
partes
visivelmente
distintas,
miscelânea. (...)
Fazer mosaico é
compor formas
variadas,
usando
pedacinhos de
materiais de
cores e texturas
diferentes,
como se
estivesse
montando um
quebra-
cabeça”.
Antes de seguir, fica uma sugestão para ajudar nas próximas atividades:
iniciar algumas aulas com a leitura, para os alunos, de um conto de fadas.
Para simplesmente ouvirem, sentados em círculos ou deitados conforme
queiram pelo chão; e assim irão recordando as histórias que provavelmente já
leram ou ouviram, ou então aumentando o repertório.
Novamente enfatiza-se a importância de escolher versões não simplificadas.
“O inverno chegou e com ele o frio. As águas gelaram. Um dia, o patinho feio ficou preso no gelo do lago. Um homem o salvou e o levou para casa. Os filhos tentaram brincar com ele, mas o patinho fugiu, habituado a ninguém gostar dele. Tropeçou na jarra e o leite derramou. A mãe dos meninos começou a gritar, espantando o patinho feio. E a coisa piorou. O patinho tropeçou no pote de manteiga e caiu dentro do saco de farinha. A mulher continuava a perseguir o infeliz, gritando e segurando uma colher de pau, seguida de todas as crianças. A confusão era geral. O patinho escapou da perseguição e, quase morto de cansaço, escondeu-se em uma moita.”
(SANDRONI, Laura (Org.) As melhores histórias de Andersen. Ilustrações de Nelson Macedo. Rio de
Janeiro: Ediouro, 2007.)
“A mãe-pata chocara um ovo de cisne e dele saíra nosso patinho feio.”
(SANDRONI, Laura (Org.) As melhores histórias de Andersen. Ilustrações de Nelson Macedo. Rio de
Janeiro: Ediouro, 2007.)
Antes de iniciar o trabalho, leiam com atenção as dicas para confeccionar o
mosaico e observem as imagens ilustrativas
16
desenhar. Mas é preciso fazer desenhos grandes, bem definidos e sem muitos
detalhes: um cisne, uma vassoura de bruxa, a maçã envenenada, a fachada de
um castelo, por exemplo.
Pintem os desenhos no capricho e deem a eles um bom acabamento.
Depois que o desenho estiver totalmente colorido e com acabamento, recortem
todo ele em quadrados ou retângulos com tamanho entre 1 e 1,5 centímetros.
Mas atenção: corta uma pecinha e cola sobre a cartolina, uma de cada vez.
Vão encaixando e colando uma de cada vez, pacientemente, sobre a cartolina
branca (comecem a colagem do canto inferior direito, seguindo para a
esquerda e para cima).
Depois de colarem todas as pecinhas, com o pincel pequeno passem uma
camada de cola branca sobre o desenho: além de maior resistência ao
material, vai dar brilho e um leve aspecto azulejado ao mosaico.
Quando a cola estiver seca cortem retinhas as bordas do trabalho.
Em seguida, é só colar sobre o papel-cartão de cor preta.
O papel-cartão deve ser cortado 2 centímetros, de cada lado, maior que o
mosaico; vai ser uma espécie de moldura.
Material necessário para confecção do mosaico:
Cópias de desenhos de contos de fadas (em tamanho grande e sem muitos detalhes), cartolina branca, cola branca, tesoura sem ponta, papel-cartão
preto, régua, lápis preto, lápis de cor, pincel de cerdas finas.
É importante mostrar a eles um mosaico de papel já finalizado, para servir como modelo.
17
Dicas para confeccionar o mosaico
vão recortando e já colando uma pecinha de cada vez na cartolina branca; mas se preferirem cortá-las todas de uma vez numerem cada uma (assim não se perde a sequência)
ao colar e encaixar mantenham o mesmo espaço entre as pecinhas (de 2 a 3 milímetros) e observem se as linhas do desenho se encaixam (isso vai garantir a harmonia do mosaico)
usem um pincel pequeno para passar a cola branca em todo o verso das pecinhas, mas passem uma camada bem fina para não dar aspecto grosseiro ao trabalho
tenham sempre um pedaço de pano para ir limpando a cola dos dedos e da superfície onde trabalham com as pecinhas, assim não há o risco de estragar alguma delas (se uma estragar perde-se o trabalho todo, pois os cortes nunca ficam iguais)
depois de colar todas as pecinhas: com o pincel passem uma camada de cola branca sobre o desenho, podem passar bastante cola, mas precisa ir passando e espalhando aos
poucos
18
Abaixo, a imagem da personagem do conto de fadas Branca de Neve e
os Sete Anões, escrito por Jacob e Wilhelm Grimm; ilustrado por Nancy Ekholm
Burkert, artista e ilustradora americana.
Figura 1: Branca de Neve3.
E a seguir, a imagem recortada e montada em forma de mosaico, com uma
camada de cola branca (que clareou o tom das cores e ao natural deu um leve
aspecto azulejado e brilhante dos mosaicos ao desenho), fixada em moldura de papel-
cartão preto.
3 Disponível em: <portugues.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto Acesso em
28 de novembro 2013.
20
5. O filme Branca de Neve e os Sete Anões, da Walt Disney, é o primeiro
longa metragem de animação do cinema (primeiro “desenho animado” com
mais de 70 minutos de duração). Baseado no conto de fadas dos Irmãos
Grimm, pelo capricho e cuidado na composição dos desenhos e quadros, pela
trilha sonora, pela magia e encantamento que desperta em crianças, jovens e
adultos, tornou-se um verdadeiro clássico do cinema, editado inúmeras vezes
ao longo dos anos e, inclusive, restaurado digitalmente em 2009. Vamos
assistir?!
a. O filme foi lançado em 1937. Você acha que as crianças e adolescentes
daquela época eram diferentes ou iguais às de hoje? Justifique sua resposta.
b. Qual cena do filme chamou mais a sua atenção? Em um parágrafo descreva a
cena com detalhes; em outro justifique sua escolha.
c. Enquanto vivia no castelo, com a madrasta, Branca de Neve era maltratada,
trabalhava e sofria demais. Como ela reagia a isso?
d. Branca de Neve teve que fugir para a floresta. Com a ajuda dos animais ela
encontrou a casa dos sete anões.
Como ela foi recebida lá?
Ela fez algo para merecer o modo como os animais, e depois os anões, a
tratavam? O quê?
e. Havia na casa dos sete anões um só quarto, na parte de cima. Na hora de
dormir houve um pequeno imprevisto.
Qual foi esse imprevisto e como foi resolvido?
Qual foi o primeiro anãozinho a percebê-lo?
Conclua: por que este anãozinho era chamado de Mestre?
Com a solução encontrada, e acatada depois pelos outros anões,
demonstraram cavalheirismo e gentileza para com uma moça. Você, no lugar
Emocionante, não!? Agora que tal responder as atividades?
21
dos anõezinhos, faria o mesmo? Por quê? E, se não fizesse, qual seria sua
sugestão para resolver o imprevisto?
f. Cite outro exemplo de cavalheirismo e gentileza que tenha acontecido no filme.
g. Relacione os nomes dos anões às suas características psicológicas (o modo
de ser, a personalidade de cada um). Cite pelo menos dois nomes de anões e
a relação que têm com a personalidade de cada um.
Por exemplo: o Zangado era assim chamado por estar sempre zangado,
azedo.
h. Para compor o filme o diretor se baseou no conto de fadas escrito pelos Irmãos
Grimm, mas deu sua versão para a história, fazendo modificações importantes
como dar maior destaque e um nome próprio e personalidade individual4 para
cada um dos anões (incluídos inclusive no título do filme: Branca de Neve e
os Sete Anões), o humor, a delicadeza das imagens, mas manteve algumas
coisas iguais, como a beleza e ingenuidade de Branca de Neve e a maldade e
inveja da madrasta.
6. Que tal ler o conto de fadas Branca de Neve? A professora vai distribuir
uma cópia para cada um de vocês. Relaxem, façam uma leitura silenciosa e
bem gostosa!
a. Você conseguiria apontar mais algumas diferenças e semelhanças entre o
conto e o filme?
b. A criança da época em que foi escrito o conto de fadas tinha medos como o de
passar fome (já que era uma época de muita miséria), de não ser amada pelos
pais, entre outros.
Branca de Neve (do conto) teve medo de algo?
4 Bettelheim (2002, p. 249) considera “esses acréscimos prejudiciais aos contos de fadas, que
aparentemente aumentam o interesse humano, podem na verdade destruí-los pois tornam difícil captar o significado profundo e correto da estória. Os poetas entendem o significado dos personagens dos contos de fadas melhor do que um cineasta e do que os que seguem sua direção quando contam a estória novamente”. O autor escreve do ponto de vista da psicanálise. Todavia, a versão de Walt Disney, plasticamente, é tida como uma obra-prima, considerada por críticos de cinema a melhor animação de todos os tempos. Tem realmente um poder de encantamento e magia inegáveis, mesmo para os adultos.
Depois da leitura respondam:
22
E você, tem medo de quê?
c. Você deve ter notado que o filme tem mais humor que o conto, destaca as
boas relações entre as pessoas, e entre pessoas e animais. Qual a sua opinião
sobre isso?
De que você gostou mais: do filme ou do conto de fadas? Por quê?
7. Vamos ouvir uma versão de A Bela Adormecida. Ela é só sonorizada, ou
seja, só tem o som, sem imagem. Mas é muito legal: a gente vai ouvindo e
imaginando, voando na imaginação...
8. Muitos contos de fadas inspiram autores de nossa época a comporem versões
sonorizadas, filmes e textos baseados neles. Alguns surpreendentes, como O
príncipe desencantado, que conta o depois que a Bela Adormecida
acordou com o beijo do príncipe. Vamos ler?
a. Inicialmente façam uma leitura silenciosa do texto.
b. Agora ouçam a leitura que a professora fará para vocês do texto.
c. Alguém poderia explicar, em voz alta, o título do texto: O príncipe
desencantado?
d. Vocês perceberam que a Bela Adormecida deste texto é bastante exigente,
pede um montão de coisas ao príncipe, que parece não ter gostado muito disso
e, no final, beija a princesa novamente e ela adormece de novo, por mais cem
anos!
Além de exigente demais, que outras características tem a Bela Adormecida
que não combinam com a imagem que temos de uma princesa?
E o príncipe, será que corresponde àquela imagem dos príncipes dos contos
de fadas? Justifique.
23
Mesmo a princesa não sendo exatamente aquela princesa dos contos de
fadas, foi correto fazê-la adormecer de novo? Justifique sua resposta.
Imagine e escreva outro final para a história. Procure manter o humor.
9. Como última atividade com o texto O príncipe desencantado, faremos a
encenação da história, já que tem forma de texto dramático, ou seja, é um texto
para ser encenado. Depois da montagem, da confecção do material necessário
e dos ensaios, vocês terão oportunidade de encená-la para alunos de turmas
de 1º ao 5º ano, e para os seus pais quando eles virem para a palestra de
encerramento desse projeto.
Formando grupos, releiam o texto observando o número de personagens, as
ações e falas deles, as indicações cênicas; em seguida imaginem e vão
anotando como serão o cenário, a sonorização e a iluminação.
Depois dividam as tarefas entre o grupo:
dois estudam as falas/diálogos e ações cênicas dos personagens para atuarem
como Bela Adormecida e Príncipe
outros confeccionam materiais como a espada, o cavalo do príncipe, as placas
informativas que o príncipe lê ao chegar ao castelo
outros providenciam algumas coisas que servirão como cenário (a cama onde
a princesa estava adormecida, algum vaso de flor, cortina, etc)
e outros, ainda, cuidam de selecionar músicas para a sonorização, e da
iluminação
Cada grupo divide livremente as tarefas entre si, montando a sua própria
versão para o texto, podendo fazer modificações ou adaptações. As
primeiras encenações podem ser feitas apenas entre eles. O importante é
que todos se envolvam nesta primeira parte. Quanto à encenação para
turmas de 1º ao 5º anos e para os pais, vai depender da aceitação da ideia
por eles. Uma sugestão é, depois das atividades e das encenações entre eles
da turma, lançar a ideia da encenação para outros alunos e os pais. Se nem
todos dos grupos se sentirem seguros para isso, uma possibilidade é montar
a encenação com aqueles que demonstraram maior facilidade e/ou se
dispuserem.
Indicações
cênicas (ou
rubricas):
servem para
indicar como
determinada
ação, cena,
espaço ou fala
devem ser
feitos em uma
peça de teatro.
Geralmente têm
uma fonte de
letra diferente
ou estão entre
parênteses. No
caso do texto O
príncipe
desencantado,
as duas formas
são usadas.
24
10. Esta será uma atividade individual. Em livros ou na internet, façam uma
pesquisa sobre os contos de fadas e os autores: Charles Perrault,
Irmãos Grimm e Hans Christian Andersen.
11. Este é um momento muito importante de nosso trabalho! Iremos
socializar, dividir com os colegas, nossas impressões e experiências
com as histórias, também nosso aprendizado com as atividades que
fizemos. Podemos fazer assim: um inicia e outros vão dando sequência,
ou enriquecendo os relatos com mais detalhes; mas só pode falar quem
tiver a bruxinha (lembram dela?) em mãos, e para recebê-la é preciso
erguer a mão e aguardar a vez.
12. Para encerramento de nossos trabalhos, vocês precisam convidar os
pais de vocês para virem para a escola. Nessa oportunidade,
conversaremos sobre hábitos de leitura, uso/acesso à televisão,
celular, videogame e internet, faremos uma pequena exposição dos
trabalhos de vocês e a encenação de O príncipe desencantado.
Na pesquisa, procurem informações sobre a origem e características desse gênero
de texto, personagens mais conhecidos ou marcantes, um pouco sobre a vida e a
época em que viveram os autores. Incluam ilustrações, curiosidades ou alguma
outra coisa que julguem interessante.
esse trabalho será feito aqui na escola, podendo ser complementado em
outros horários/lugares
registrem o conteúdo por escrito e entreguem para a professora
Procure criar um ambiente descontraído para que os alunos se sintam à
vontade para falar. Eles podem estar sentados em círculo. A bruxinha
servirá novamente para organizar os turnos de fala. Sugerimos que a
professora inicie a socialização.
25
Cronograma para Desenvolvimento das Atividades
CONTEÚDO
TEMPO
PREVISTO
Contação de histórias para e pelos alunos
6 horas (no início
de algumas aulas)
Leitura, discussão, análise crítica: O
Patinho Feio
4 horas
Recorte e colagem: confecção de mosaico
5 horas
Leitura, compreensão, reflexão crítica e atividades comparativas:
filme Branca de Neve e os
Sete Anões e o conto de fadas
Branca de Neve
6 horas
Audição, leitura, reflexão crítica e atividades comparativas e de
escrita: conto de fadas A Bela
Adormecida e o texto
contemporâneo O príncipe
desencantado
4 horas
Encenação do texto O príncipe
desencantado (montagem,
ensaios, confecção de materiais)
8 horas
Pesquisa: características do gênero, autores, personagens etc, dos contos de fadas
4 horas
Socialização de experiências e impressões pessoais sobre contos de fadas e das atividades do projeto
1 hora
Palestra para os pais, alunos e comunidade escolar: hábitos de leitura, uso\acesso à televisão, celulares videogame e internet; fechamento com encenação do texto
O príncipe desencantado
3 horas
26
4. Orientações Metodológicas
As orientações ou sugestões para o desenvolvimento constam sempre
na sequência das atividades: dentro de quadrinhos de fundo azul para o
professor; dentro de quadrinhos de fundo verde para os alunos. Há também,
para os alunos melhor entenderem os conteúdos e as atividades, conceitos e
explicações em quadrinhos do lado esquerdo da página.
Obviamente não se pretende uma metodologia fechada em si mesma,
inflexível ou perfeita. Dependendo da situação, dos alunos e do professor, há
sempre a possibilidade de introduzir, de modificar, de adaptar, enfim, de
melhorar.
5. Avaliação
Não faria sentido, numa Produção Didático-pedagógica que propõe
basicamente desenvolver a interpretação e a compreensão de textos literários,
estimular a imaginação e a fantasia e o gosto pela leitura, submeter os alunos a
avaliações formais como provas, por exemplo. Assim, a avaliação se dará pela
participação efetiva nas atividades propostas, pela progressão contínua do
aprendizado na escrita, na leitura e na oralidade, ou seja, observando-se a
“chamada avaliação formativa”.
a Lei n. 9394/96, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDBEN), destaca a chamada avaliação formativa (capítulo II,
artigo 24, inciso V, item a: “avaliação contínua e cumulativa do
desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos
sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre
os de eventuais provas finais”) (BRASIL,1996; apud PARANÁ, 2008,
p. 81).
Nesta perspectiva, na sequência das atividades, sempre que houver
necessidade, serão feitas retomadas individuais e/ou coletivas, e o aluno que
apresentar alguma dificuldade será novamente orientado e estimulado a
refazer as tarefas a fim de melhorar a aprendizagem.
27
REFERÊNCIAS
ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003.
BETTELHEIM, Bruno. A psicanálise dos contos de fadas. Trad. Arlene Caetano.16 ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002. BRANCA de Neve e os Sete Anões. Direção: Hand David. Produção: Walt Disney. Estados Unidos, 2009. 83 min. Som, Animação Colorida. DVD. (edição restaurada digitalmente) BRASIL. Ministério da Educação. Lei 9394/96, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. In Diário Oficial da União, Ano CXXXIV, n.º 248, de 23.12.96. CARRASCO, Walcyr (Adap.). Branca de Neve e Rosa Vermelha e Outras Histórias. Contos de Grimm. Adaptação de Walcyr Carrasco. Ilustrações de Suppa. Barueri, SP: Manole, 2007.
______. O Patinho Feio e Outras Histórias. Contos de Andersen. Adaptação de Walcyr Carrasco. Ilustrações de Suppa. Barueri, SP: Manole, 2007.
GRIMM, Irmãos. Contos de Fadas. 2ª ed. Tradução de Celso Paciornik. Apresentação Sílvia Orbeg. São Paulo: Iluminuras, 2001.
MEDEIROS, Adriana; BRANCO, Sônia. Contos de fadas: vivências e técnicas em Arteterapia. Rio de Janeiro: Wak, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de Ensino de Língua Portuguesa, Curitiba, 2008. PAULINAS-COMEP. A Bela Adormecida. Prod. Artística: Luarnoar. Manaus: Paulinas-Comep. CD. 25’16”. Série Quem conta um conto.
PERRAULT, Charles. Contos da Mamãe Gansa. Porto Alegre: Palaura, 1994. Ed. bilíngue.
SANDRONI, Laura (Org.) As melhores histórias de Andersen. Ilustrações de Nelson Macedo. Rio de Janeiro: Ediouro, 2007.
SOUZA, Flávio de. Príncipes e princesas, sapos e lagartos: histórias modernas de tempos antigos. São Paulo: FTD, 1990, p. 33-4.
REFERÊNCIAS ONLINE
http://www.educacao.pr.gov.pr
28
APÊNDICE – Autoria própria
QUESTIONÁRIO PARA LEVANTAMENTO DE DADOS SOBRE HÁBITOS DE LEITURA, USO\ACESSO À TELEVISÃO, CELULARES, VIDEOGAME E INTERNET
Idade do aluno: série\ano que cursa:
1. Quais tipos de leitura você dispõe? ( ) gibi ( ) jornal ( ) revista ( ) livros didáticos ( ) textos na internet ( ) livros com estórias como contos de fadas, de aventura, policiais, diários, ficção científica ( ) relatos de viagem ( ) livros de receitas culinárias ( ) manuais de aparelhos eletrônicos ou mapas 2. Onde você consegue estes livros? ( ) em casa ( ) na biblioteca da escola ( ) na biblioteca municipal ( ) professores trazem para a sala de aula ( ) ganha ou empresta de amigos, vizinhos, parentes ( ) você mesmo compra nas livrarias 3. Quais estórias você mais gosta ou gostaria de ler?
4. Você gosta dos contos de fadas como Chapeuzinho Vermelho, Branca de Neve e
os Sete Anões, Cinderela, Rapunzel, Bela Adormecida, A Bela e a Fera, João e Maria, João e o pé de feijão, Os três porquinhos, O patinho feio, O soldadinho de chumbo, entre outros?
5. Entre todos os contos de fadas que você leu, de qual mais gostou?
6. Você lembra onde e quando foi que leu a maioria destes contos?
7. Alguém contava, oralmente, essas estórias para você, quando você era criança
menor? Quem? 8. Você tem alguma lembrança especial relacionada a algum conto de fadas? Se
tiver, gostaria de escrever um pouquinho sobre essa lembrança?
9. Para você, ler é ( ) mais fácil que assistir à televisão, jogar no videogame ou no celular, navegar na internet ( ) mais difícil que assistir à televisão, jogar no videogame ou no celular, navegar na internet 10. Assinale os itens abaixo que você tem acesso:
( ) televisão ( ) celular ( ) videogame ( ) internet
11. Assinale o que você prefere: ( ) ler um livro de estórias como os contos de fadas, de aventura, diários, por exemplo ( ) ver televisão ( ) jogar no videogame, no celular ou na internet ( ) navegar na internet 12. Quanto tempo por dia você passa nas atividades que assinalou na questão
anterior?
13. Seus pais costumam controlar este tempo?
14. Quando você joga (no videogame, no celular ou na internet) que ações prefere? ( ) rápidas, com muitas armas, explosões, tiros, lutas, perseguições entre personagens fortes, violentos, com muita força e poderes especiais ( ) moderadas ou suaves, sem muita agitação ou violência, que ensinem algo bom, com diálogos entre personagens gentis e educados, que não usem armas nem tenham muitos poderes; mais parecidos com os seres humanos