Upload
vanhuong
View
218
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
FICHA PARA CATÁLOGO
PRODUÇÃO DIDÁTICA PEDAGÓGICA
Titulo: A função da leitura no processo ensino aprendizagem.
Autor Neiva Salete Belini Da Silva
Disciplina/Àrea Língua Portuguesa
Escola de Implementação do
Projeto e sua localização.
Escola Estadual do Campo Santa Emília –
Ens. Fund. -Linha Siqueira Bello –Interior.
Município da Escola Barracão
Núcleo Regional de Educação Francisco Beltrão
Professor Orientador Drª Iara Aquino Henn
Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual do Oeste do Paraná
(UNIOESTE)
Relação Interdisciplinar História, Artes.
Resumo: Percebendo que a leitura na vida
escolar é algo indiscutível, constituindo-se
um tema envolvente e polêmico, cujas
preocupações e incertezas percorrem um
longo processo histórico-cultural.
Ressaltando que os educandos vivem numa
sociedade letrada, em que a língua escrita
está presente de maneira visível e marcante
nas atividades cotidianas, nosso objetivo é
investigar estratégias pedagógicas que
contribuam para a prática social da leitura na
formação do leitor. No entanto, aprender a ler
e a escrever demanda conhecer, não só
vários assuntos, mas também saber registrá-
los de forma socialmente legitimada e
valorizada, então, para consolidar o processo
de aprendizagem dos educandos, nosso
intuito é desenvolver atividades que
promovam não somente a leitura, mas
situações em que a ela possa ser também
objeto de interação, proporcionando o
contato com diferentes gêneros e estruturas
textuais. Assim sendo, esta produção didática
apresenta sugestões de atividades a serem
desenvolvidas, no formato de oficinas, as
quais visam oportunizar ao educando
situações que lhe permita acreditar que
através das práticas de leitura e de escrita
pode tomar consciência da realidade e
transformá-la. Desta forma, as sugestões
elencadas constituem-se como uma
ferramenta que poderá ser incorporada no
cotidiano escolar, contribuindo para
ampliação e domínio da leitura e escrita.
Palavras-chave Gêneros- leitura e escrita- criatividade
Formato do Material Didático Unidade Didática
Público Alvo Alunos do 6º ano do Ensino Fundamental
APRESENTAÇÃO
A apropriação das capacidades linguísticas de ler e escrever, falar e
ouvir com compreensão, em diferentes situações não acontece
espontaneamente, e que de certa forma, as práticas sociais de leitura e de
escrita assumem a natureza de problema relevante no contexto da constatação
de que a população, embora alfabetizada, não domina as habilidades de leitura
e de escrita necessárias para uma participação efetiva e competente nas
práticas sociais e profissionais que envolvem a língua escrita. No entanto, estar
ativamente inserido na cultura escrita significa ter comportamentos “letrados“,
atitudes e disposições frente ao mundo da escrita, saberes específicos
relacionados à leitura e à escrita que possibilitem usufruir de seus benefícios.
Ao considerar o conceito de letramento, cabe ao ensino da língua
materna aprofundar o processo de apropriação das modalidades oral e escrita
da linguagem, O domínio da língua, oral ou escrita, é fundamental para a
participação social efetiva, pois é por meio dela que o sujeito se comunica, tem
acesso à informação, expressa e defende pontos de vista, partilha ou constrói
visões de mundo e produz conhecimentos. Todavia, é na escola que ele, deve
encontrar o espaço para as práticas de linguagem que lhes possibilitem
interagir na sociedade, nas mais diferentes circunstâncias de uso da língua.
Como o letramento vai além da alfabetização, as atividades de estimulo
á linguagem escrita deve ser realizada de forma atraente, abordando diversos
gêneros textuais, para que o educando sinta prazer em ler e escrever
proporcionando uma interação de experiências no contexto social escolar,
articulando a aprendizagem da língua e superando problemas que surgem
nesta etapa da escolarização.
Não se pode excluir, ainda, a leitura da esfera digital, que também é
diferente se comparada a outros gêneros e suportes. A leitura do texto digital
exige, diante de tantos suportes eletrônicos, um leitor dinâmico, ativo e que
selecione quantitativa e qualitativamente as informações, visto que ele escolhe
o caminho, o percurso da leitura, os supostos, início, meio e fim, porque
seleciona os hiperlinks que vai ler antes ou depois (LÉVY, 1996).
Nossa vida social se organiza em torno da escrita, pois as práticas de
leitura e escrita estão presentes em todos os espaços, e a todo momento,
cumprindo diferentes funções. O trabalho com os gêneros, portanto, deverá
levar em conta que a língua é instrumento de poder e que o acesso ao poder,
ou sua crítica, é legítimo e é direito para todos os cidadãos. Para que isso se
concretize, o educando precisa conhecer e ampliar o uso dos registros
socialmente valorizados da língua, como a norma culta.
A escola é a instituição socialmente encarregada de possibilitar aos
educandos o domínio da variedade padrão da língua escrita, para as práticas
de leitura e produção de textos, quando se assume a língua como interação. O
aperfeiçoamento da escrita se faz a partir da produção de diferentes gêneros,
por meio das experiências sociais, tanto singular quanto coletivamente vividas.
Sendo necessário que a escola seja um espaço que promova, por meio de uma
gama de textos com diferentes funções sociais, o letramento do educando,
para que ele se envolva nas práticas de uso da língua – sejam de leitura,
oralidade e escrita.
No que concerne ao trabalho com diferentes gêneros, Silva (2005, p.
66) assinala que a escola deve se apresentar “como um ambiente rico em
textos e suportes de textos para que o aluno experimente, de forma concreta e
ativa, as múltiplas possibilidades de interlocução com os textos.” Dito isso, é
essencial considerar o contexto de produção e circulação do texto para planejar
as atividades de leitura.
O ensino da prática de leitura requer um professor que “além de
posicionar-se como um leitor assíduo, crítico e competente, entenda realmente
a complexidade do ato de ler” (SILVA, 2002, p. 22). Para a seleção dos textos é
importante avaliar o contexto da sala de aula, as experiências de leitura dos
alunos, os horizontes de expectativas deles e as sugestões sobre textos que
gostariam de ler, para, então, oferecer textos cada vez mais complexos, que
possibilitem ampliar as leituras dos educandos. Daí a necessidade do ensino
da língua naquilo que é relevante para a vida do educando na sociedade, ou
seja, a leitura e a escrita.
Para Dolz e Schneuwly (2004), as Sequências Didáticas são
instrumentos que podem guiar professores, propiciando intervenções sociais,
ações recíprocas dos membros dos grupos e intervenções formalizadas nas
instituições escolares, tão necessárias para a organização da aprendizagem
em geral e para o progresso de apropriação de gêneros em particular.
Esta sequencia didática contém sugestões de atividades a serem
desenvolvidas com educandos do 6º ano do Ensino Fundamental, visto que, os
gêneros discursivos são ferramentas muito importantes no ensino de língua
portuguesa e que se faz totalmente necessário sua utilização dentro da sala de
aula. As sugestões elencadas serão apresentadas no formato de oficinas,
organizadas em forma de sequência didática, no entanto poderão sofrer
adaptações de acordo com as necessidades, oportunidades e especificidades
que surgirem.
Tais oficinas serão programadas para serem desenvolvidas ao tempo de
aproximadamente 32 (trinta e duas) horas/ aulas.
Assim sendo, esta unidade didática compreende desde uma
investigação minuciosa acerca dos interesses dos educandos com relação à
leitura e escrita, bem como de suas potencialidades ligadas a esse aspecto, até
a proposição de estratégias para o estimulo, para incorporar a prática da leitura
e a produção de textos diversos, como construção do saber, possibilitando a
estes a ampliação de horizontes de conhecimentos do homem e sua cultura,
redimensionando assim as perspectivas do mundo e da realidade.
Embora saibamos que a prática da leitura apresenta-se como um dos
múltiplos desafios da escola e, talvez, o mais valorizado e exigido pela
sociedade. E que aprender a ler não é só uma das maiores experiências da
vida escolar, considera-se uma vivência única para todo ser humano. Nesse
contexto, quando dominamos a leitura abrimos a possibilidade de adquirir
conhecimentos, desenvolver raciocínios, participar ativamente da vida social,
ampliar a visão de mundo, do outro e de si mesmo. Nesse sentido, o domínio
da leitura torna-se indispensável para democratizarmos o acesso ao saber e à
cultura letrada.
Na convivência social, é importante saber qual variedade linguística
usar em diferentes situações. Saber adequar o modo de falar ás diferentes
interações é uma capacidade linguística de valor e utilidade relevante na vida
do cidadão e por isso que deve ser desenvolvida na escola. Percebemos ainda
que, através da leitura realizada com prazer, é possível desenvolvermos a
imaginação, enriquecermos o vocabulário, envolvendo linguagens
diferenciadas, pois, através dos registros escritos, descobrimos outras culturas,
aprendemos com histórias e hábitos diferentes.
Nesta perspectiva, vale ressaltar que para os educandos
desenvolverem a prática da leitura faz-se necessário que o educador busque
novas maneiras de interação com seus educandos na prática de atividades
relacionadas ao gosto pela leitura.
A biblioteca escolar tem grande poder de influência, quando propõe aos
educandos atividades diversificadas no incentivo a leitura, incorporando o uso
da biblioteca em nossa rotina escolar, construiremos uma comunidade de
leitores e escritores, onde os educandos terão múltiplas oportunidades de
Construindo a prática da
leitura
Oficina nº 01
explorar novos livros, escolher suas leituras, apreciar os efeitos que cada uma
produz, e também socializar as sensações que o ato de ler proporciona.
Objetivo: Proporcionar um ambiente integrador e estimulador em que o
educando terá o papel principal no desenvolvimento de sua oralidade.
Conteúdo: leitura
Público Alvo: 6º ano
Duração: 04 h/a
Procedimentos metodológicos
Iniciando nossa atividade num primeiro momento, os educandos irão
assistir ao vídeo: A menina que odiava livros, disponível em:
www.youtube.com/watch?v=geQl2cZxR7Q. Acesso em 10/12/2013.
Neste momento, o professor fará a leitura do livro: O menino que
aprendeu a ver de Ruth Rocha. E também assistirão ao vídeo, para
compreender a relevância da prática da leitura: Disponível em:
www.youtube.com/watch?v=0nVRP-ErTB4. Acesso em 10/12/2013
Contextualização:
O que achou do livro?
Como são os personagens?
Que personagem você achou mais interessante? Porquê?
Você conhece alguém parece com algum dos personagens?
Houve alguma coisa de que vocês gostaram nesse livro?
O que chamou especialmente a atenção?
Sobre quem é essa história?
Em que lugar se passa a história?
Vocês lembram-se de quando começaram a ler?
Roda de conversa
1ª Ação
Organizar roda de leitura, criando um momento de troca de ideias,
considerações e informações entre educandos, estimulando a participação
para o momento da leitura.
Roda de leitura
2ª Ação
Pedir aos educandos que formem um círculo. Espalhar, entre eles,
diferentes exemplares de livros ou textos de contos. Deixa-los manusear
livremente;
3ª Ação
Em seguida, o professor deverá contextualizar o trabalho, possibilitando
a expressão oral, com o intuito de relembrar os contos que conhecem. Fazendo
a seguinte abordagem:
Desses contos, quais vocês conhecem?
Quem lembra a história de pelo menos um desses contos?
E os personagens, quem são?
4ª Ação
Propor aos educandos a leitura de livros de sua escolha. Disponíveis na
biblioteca. Após a leitura dos livros, irei propor um momento de contação de
histórias entre os educandos.
Para concluir, atividade individual, escrita de uma síntese do livro que
leu. Expor no mural da sala.
Avaliação
O processo avaliativo do educando será continuo, observando os
seguintes pontos:
Ele participa das atividades de leitura?
Presta atenção nas histórias e argumenta suas dúvidas, percepções e
sentimentos?
É questionadora?
Podemos perceber que o filme possui um valor imprescindível, quando
utilizado como recurso para a construção de conhecimento, podendo ser objeto
de pesquisa e analise, tornando-se uma ferramenta de apoio fundamental nas
aulas, observando que a visualização abrange todos os sentidos do educando,
além de ser uma maneira prazerosa de aprender. Um filme bem escolhido e
uma explicação prévia podem resultar em alunos atentos, concentrados e
prontos para debater o que acabaram de assistir, estimulando a imaginação.
È importante reiterar que a utilização do filme como recurso didático
facilita a aprendizagem fazendo com que o educando encontre uma nova
maneira de pensar e entender a linguagem, tornando-se uma opção
interessante e motivadora.
Certamente, uma das vantagens de levar filmes para a sala de aula é a
sua ligação com um momento de lazer e entretenimento, pois, um clima
descontraído pode trazer muitos benefícios para o processo de aprendizagem,
ajudando a torná-la mais dinâmica e construtiva.
OBJETIVO: Buscar o prazer e o aprendizado, ampliar o repertório de
palavras dos educandos.
Conteúdo: Filme, O Menino Maluquinho
Público Alvo: 6º ano
Duração: 05 h/a
Conhecendo o gênero:
FILME
Procedimentos Metodológicos:
Contextualizar o gênero:
• Você já assistiu a esse filme?
Você gosta de assistir filme?
Quais os filmes que vocês lembram de ter assistido?
Aonde vocês assistem? Em que horário?
Em companhia de alguém? Ou sozinhos?
1ª Ação
Trabalhar a biografia do autor. Através de pesquisa na internet, construir
a linha do tempo de Ziraldo, confeccionando um cartaz para expor na sala de
aula.
2ª Ação
Após passar o filme, o professor observar os comentários e analisar os
conhecimentos adquiridos propondo uma reflexão.
Contextualizando oralmente:
O que o educando achou do filme?
Gostou das personagens?
Achou as paisagens mostradas bonitas?
Como era a casa do Menino Maluquinho?
E a escola do Menino Maluquinho?
E a família dele?
Compartilhe também a sua opinião, para instigar o debate.
Procurando resgatar as características do menino, problematizando:
Como é o Menino Maluquinho?
Do que ele gosta?
Onde ele vive?
O que ele faz?
O que você mais gostou do episódio?
Quem se identificou com a bagunça do Menino
Maluquinho?
E você é organizado (a)?
Você brinca com seus amiguinhos? Quais brincadeiras?
3ª Ação
Solicitar aos educandos que ilustrem uma cena apreciada
por eles. Expor em mural.
4ª Ação
Sugerir aos educandos para reescrever o final do filme. Ao
concluir a atividade fazer a socialização da mesma, através da leitura
individual de suas produções.
5ª Ação
Para produção de texto, solicitarei uma síntese do enredo
do filme assistido, aproveitando o momento para trabalhar: como fazer
resumo, e localizar a ideia principal de um texto.
Hoje temos a certeza de que os gêneros orais são variados e
apresentam diferentes características textual-discursivas. Selecionamos a
fábula que é um gênero literário muito antigo que se encontra em praticamente
todas as culturas humanas e em todos os períodos históricos. Esta
caraterização universal da fábula se deve, sem dúvida, à sua ligação muito
íntima com a sabedoria popular. De fato, a fábula é uma pequena narrativa que
serve para ilustrar algum vício ou alguma virtude, e termina, invariavelmente,
com uma lição de moral. Como se pode observar, ainda hoje, quando
terminarmos de contar um caso, é comum anunciarmos o final de nossa
narrativa dizendo: “moral da história”.
Podemos concluir que é justamente da tradição das fábulas que nos
vem esse hábito de buscar uma justificativa para as coisas que acontecem em
nossa vida ou tentar tirar delas, algum ensinamento útil, uma lição prática.
Assim, através de atividades com fábulas, podemos desenvolver a
prática, o gosto e o prazer pela leitura e pela escrita, pois, se trata de um texto
muito simples e geralmente atraente para o educando. Por fim, vejo como
prazeroso trabalhar fábulas, interpretá-las, conhecer tudo o que se esconde na
fantasia de cada texto, se envolver no que se encontra por trás de cada leitura
e questionar os valores.
Objetivo: Desenvolver através da fábula, o gosto pela leitura e pela
Oficina nº03
Conhecendo o gênero
escrita, apreciando-a como fonte de entretenimento.
Conteúdo: Fábulas
Público Alvo: 6º ano
Duração: 05 h/a
Procedimentos metodológicos:
O professor faz a leitura da fábula para os educandos. O velho o menino
e o burro: La Fontaine Fábulas, ( 1992, p. 30).
Contextualizando.
O que são fábulas?
O que difere esse texto dos demais?
Quem são os personagens das fábulas?
Eles são reais?
Dentre as várias formas de trabalhar com leitura em sala de aula, a
apresentação oral de um texto lido é uma das maneiras mais simples e ao
mesmo tempo mais eficientes de despertar o gosto pela leitura.
Linha do tempo do autor, levar os educandos até o laboratório e
pesquisar na internet. Dividir em partes, depois socializa-la, confeccionando um
cartaz e expondo no mural da sala de aula.
1ª Ação
Leia a fábula: ”A coruja e a águia”. La Fontaine Fábulas,( 1992, p. 18).
Distribuir aos educandos uma cópia da fábula para leitura compartilhada.
Contextualizar oralmente:
Qual o assunto principal?
Do que fala esta fábula?
O que você mais gostou na fábula?
Se você fosse modificar a fábula o que você faria?
2ª Ação
Produção textual: atividade individual e escrita no caderno.
Experimente introduzir modificações na história. Você pode alterar o
final, incluir novos personagens e cenários, enfim, interferir no texto à vontade.
3ª Ação
Reinventando fábula:
Assistir o vídeo: A raposa e as uvas – Disponível em:
www.youtube.com/watch?v=4qpzwEDZFLc. Acesso em 03/12/2013
Depois ler a fábula “A raposa e as uvas” na versão de La Fontaine, e
sugerir aos educandos que, recontem utilizando as suas próprias palavras.
Uma Raposa, morta de fome, viu, ao passar diante de um pomar,
penduradas nas ramas de uma viçosa videira, alguns cachos de exuberantes
Uvas negras, e o mais importante, maduras...
La Fontaine Fábulas, 1992, p. 18).
Após reescrita da lenda, ilustrar os textos e expor no mural da sala.
4ª Ação
Leitura dramatizada da fábula “O lobo e o cordeiro” de Jean de Lá
Fontaine.
Fábula:
O Lobo e o Cordeiro
Um cordeiro estava bebendo água num riacho. O terreno era inclinado e por
isso havia uma correnteza forte. Quando ele levantou a cabeça, avistou um
lobo, também bebendo da água.
Disponível em: pensador.uol.com.br/frase/ODEwMzk1. Acesso em
25/11/2013.
Quem fala ou faz alguma coisa é personagem da história. Quando os
personagens conversam, temos um diálogo.
Distribuir uma cópia do texto, dividir os educandos em duplas e trabalhar
o gênero diálogo através da dramatização do texto.
Produção escrita
Imaginar e escrever um diálogo entre:
Duas pessoas
O rio e um barco
Uma porta e uma janela
O lápis e o caderno
A mãe e o filho
A professora e o educando
A chuva e o vento
A lua e a noite
O sol e o dia.
Expor os textos no mural da sala.
5ª Ação
Pesquisa na internet:
Após pesquisar algumas fábulas, selecionei a moral da história de cada
uma. Então cada educando receberá uma moral. Depois irão até o laboratório
para pesquisar a fábula que corresponda a essa moral. Farão a releitura e
posteriormente a ilustração.
Organizar uma coletânea das produções, expor no mural da sala, e
depois guardá-las para possíveis leituras.
Eis algumas sugestões, que poderão ser ampliadas conforme o número
de educandos.
As aparências enganam...
Mais vale um peixe na mão do que dois no mar...
Devagar sempre se vai ao longe...
Quem desdenha quer comprar...
Dizer é fácil, fazer é que são elas...
Um homem prevenido vale por dois...
O pequeno pode ser de muita ajuda ao grande...
Quem nasce pra dez réis não chega a vintém...
Quem ama o feio bonito lhe parece...
Contra a força não há argumentos...
Para que os educandos se tornem leitores, e para que a leitura seja uma
pratica social em suas vidas, torna-se cada vez mais necessário o contato com
a diversidade textual. Nesse contexto, conheceremos as lendas que são
narrativas transmitidas de geração em geração, geralmente na oralidade e com
modificações conforme a época e o contexto histórico, sempre visando explicar
acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais, misturando fatos reais, com
imaginários ou fantasiosos, e que vão se modificando através do imaginário
popular.
LENDAS Oficina 04
CONHECENDO O GÊNERO:
Quando as lendas se tornam conhecidas vão sendo registradas na
linguagem escrita, sofrendo alterações, dai que surgem várias versões para a
mesma lenda. Sabe-se, que as lendas não podem ser comprovadas
cientificamente, pois, são frutos da imaginação das pessoas que as criaram.
Ressaltando que, através de experiências com lendas em sala de aula, o
educando tem a possibilidade de interagir com diversos textos trabalhados,
possibilitando o entendimento do mundo em que vive e possibilitando a
construção de seu próprio conhecimento.
Objetivo: Oportunizar aos educandos, através da leitura, a conhecer a
lenda, sua estrutura e função no contexto social.
Conteúdo: Lendas.
Público alvo: alunos do 6º ano
Duração: 05 h/a
Procedimento Metodológico
O professor fará leitura da lenda: Festa no Céu, de Ângela Lago.
Contextualização:
O que é lenda?
Cite lendas que você conhece?
De onde surgiram as Lendas? Elas são verdadeiras?
Assistir o vídeo com a lenda A Festa no Céu, (Coleção Folclore
Divertido) disponível em: www.youtube.com/watch?v=xhr2n8-I7xo . Acesso em
15/11/2013
Releitura em voz alta.
Compreensão do texto:
Quem conhecia o texto?
Que tipo de texto é esse?
Quais os personagens do texto?
Tem autor esse texto? Por que? Qual a fonte? De onde veio? Qual a
editora?
Onde aconteceria a festa?
Quem eram os convidados?
Como o Jabuti conseguiu chegar até o local da festa?
Na volta o que aconteceu com o pobre Jabuti?
1ªAção
Dividir a turma em duplas, fazer a divisão das páginas, para que
reescrevam a lenda, ilustrando as cenas até que a história se complete.
2ª Ação
Trabalhar o gênero “convite”. Entregar a cada educando, um dia
antes de começar a trabalhar com o gênero, um CONVITE.
Querido educando!!
Convido você para assistir a uma exposição de "LENDAS".
Dia: quarta feira, 19/10/2013
Hora: 09 horas.
Local: Sala de aula.
Não falte!!
Esclarecer aos educandos que quando queremos convidar
alguém para comparecer a algum lugar ou evento, enviamos
um CONVITE.
Perguntar aos educandos se já receberam ou enviaram
convites e para quê. Explorar o máximo de conhecimentos prévios que o
educando tiver.
Falar aos educandos que o convite é um texto que possui
características próprias como: destinatário, o evento para o qual está
sendo convidado, local, data do evento e remetente.
A função do convite é passar as informações de hora, data,
local, dentre outras e é claro, o de convidar.
Mas também tem outro papel significativo, o de motivar os
convidados para o evento.
Lembra que na lenda que você assistiu dizia que os bichos tinham sido
convidados para uma festa no céu.
3ª Ação
Produzir um convite: convide um colega seu para uma festa, não
esquecer as orientações a seguir:
É importante não esquecer das informações como: nome
do remetente e do destinatário, data, horário, local e o assunto.
O professor fará as correções necessárias, antes, dos
educandos passarem para a versão final.
Depois de produzir o convite, decorá-lo com desenhos ou
colagens.
CONHECENDO O GÊNERO:
Ao final da produção, entregar os convites aos seus
destinatários.
Depois que todos enviarem e receberem os seus convites, organizar um
mural para expor os convites produzidos por eles e já ilustrados.
4ª Ação
Distribuir um panfleto com as características da lenda, para fixar no
caderno.
Características de uma Lenda:
- Utiliza-se da fantasia ou ficção, misturando-as com a realidade dos
fatos.
- Fazem parte da realidade cultural de todos os povos.
- Faz parte da tradição oral, e vem sendo contada através dos tempos.
Também sofrem alterações ao longo do tempo, por serem repassadas
oralmente e receberem a impressão e interpretação daqueles que a
propagam.
- Usam fatos reais e históricos para dar suporte às histórias, mas junto
com eles envolvem a imaginação para “aumentar um ponto” na realidade.
- As lendas, fornecem explicações aos fatos que não são explicáveis
pela ciência ou pela lógica.
5ª Ação
Organizar os educandos em grupos, solicitar que realizem
uma pesquisa no laboratório, de algumas lendas de sua preferência.
6ª Ação
Fazer com os educandos a reescrita das lendas.
7ª Ação
Após reescrita, individualmente irão Ilustrar a lenda
escolhida.
8ª Ação
Expor as lendas no mural da escola.
9ª Ação
Como conclusão da oficina, fazer uma coletânea das
lendas pesquisadas, organizando na forma de um livro.
Trabalhar a leitura e a construção de história em quadrinhos é uma
maneira interessante de chamar a atenção do educando e incentivá-lo a
desenvolver a prática de leitura. A ideia de trabalharmos com as histórias em
quadrinhos surgiu da necessidade em usarmos um recurso atrativo para os
educandos, para ampliar as aprendizagens em relação a alguns temas, além
de promover a evolução no processo da construção da escrita.
Especificamente, é uma linguagem simples e extrovertida dos quadrinhos,
torna-se um bom estimulo para a prática da leitura.
Assim sendo, o aproveitamento da linguagem ocorre tanto na leitura
quanto na produção, e uma das principais vantagens em trabalhar com HQs
em sala de aula é a aproximação do educador com um universo já conhecido
pelo aluno.
Desde que a presença das histórias em quadrinhos fora legitimada pelos
Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN (BRASIL, 1997), seu uso passou a
ser mais utilizado como recurso pedagógico em sala de aula.
Desse modo, o leitor precisa decodificar textos, imagens, balões,
conhecer onomatopeias, também perceber coisas que não estão escritas, mais
ainda, deduzir a ação que é omitida entre um quadrinho e outro. E que,
CONHECENDO O GÊNERO
Oficina
n º 05
conhecer estes recursos é de fundamental necessidade, para um bom
entendimento do gênero em estudo.
Apresentar cada um dos elementos que compõem as histórias em
quadrinhos e suas funções.
Disponível em: reridamaria.blogspot.com/2011_03_01_archive.htm.
Acesso em 25/08/2013
Fonte das imagens: http://www.divertudo.com.br/quadrinhos/quadrinhos-
txt.html. Acesso em 25/08/2013.
Onomatopeia: significa imitar um som com um fonema ou palavra.
Ruídos, gritos, canto de animais, sons da natureza, barulho de máquinas, o
timbre da voz humana fazem parte do universo das onomatopeias.
Fonte: http://meganakas.blogspot.com/o-que-e-onomatopeia.htm.
Acesso em 25/08/2013.
Após a apresentação dos elementos que compõem as HQs, receberão
panfletos para fixar no caderno.
Objetivo: Compreender o que é história em quadrinhos, e perceber
suas características.
Conteúdo: Tiras
Público Alvo: 6º ano
Duração: 05 h/a
Procedimentos Metodológicos:
Assistir ao vídeo: Turma da Mônica em: Boas Maneiras – Disponível
em: www.youtube.com/watch?v=YHS34tkXdR8. Acesso em 23/10/2013.
Apresentar em slide com histórias em quadrinhos para iniciar o trabalho
com a sequência didática:
Muitas tirinhas da Turma da Mônica para colorir ou preparar... Disponível
em: espacoeducar-liza.blogspot.com/…/muitas-tirinhas. Acesso em 19/11/2013
Contextualização:
Levantamento do conhecimento prévio (roda de conversa);
Conversa informal sobre história em quadrinhos (o que é?)
Investigar o conhecimento dos educandos sobre se já
conhecem HQ.
Quem já leu textos assim?
Distribuir as cópias e ler coletivamente. Salientar que
devem também prestar atenção nos desenhos, nas
expressões dos personagens e nas cenas.
Releitura compartilhada estabelecendo a relação entre o
texto escrito e as ilustrações dos quadrinhos.
Pesquisa de histórias em quadrinhos ou tirinhas em jornais,
livros, revistas, etc. recortar e colar no caderno.
Explorar os diferentes tipos de balões encontrados,
levando a turma a antecipar as suas finalidades e seus
significados.
Construção coletiva do conceito de balões de fala,
pensamento e grito.
Será apresentado aos educandos uma tira para a
interpretação.
1ª Ação
Observe a tira e responda as questões: Emília. Disponível em:
http://amoeducar-marta.blogspot.com.br/2012/05/tirinhas-cominterpretacao.html
Acesso em 25/08/2013
2ª Ação
A leitura de gibis é uma atividade lúdica para as crianças, que
naturalmente se identificam com a linguagem dos quadrinhos e, muitas vezes,
estabelecem uma relação afetiva com seus personagens.
Leitura em voz alta pela professora de um texto de um gibi,
disponível na biblioteca escolar.
Escolher uma tira da Turma da Monica e analisar quais
elementos aparece.
Ordenação dos quadrinhos seguindo a sequência temporal
dos fatos.
LEITURA DE GIBIS
Leitura de uma história em quadrinhos, escolher uma da
preferencia do professor, identificando os elementos não verbais.
3ª Ação
Produção de HQs: Agora que os educandos já conhecem
as características estruturais da HQs, sugerindo a produção de uma
história em quadrinhos.
Então, o professor fará a leitura do texto “O PASSEIO DE
MINHA FAMÍLIA” - (autor desconhecido):
Eu e minha família resolvemos fazer um passeio no sitio de
meus avós. Então nos organizamos e entramos no carro (vrummmm,
vrummmm, vrummmm) e saímos.
No caminho encontramos muito animais...
Agora é a hora de usar sua imaginação!
Neste momento construirão o texto com o titulo: “O
passeio de minha família” de autoria própria.
4ª Ação
Agora faça a transformação do texto que você escreveu: ”O
passeio de minha família” numa história em quadrinhos pode usar o
mesmo o titulo.
Produto final: A coletânea das HQs criadas pela turma será
organizada em forma de um livro e disponibilizado nas próximas aulas
de leitura.
Produção textual
.
Esta oficina se propõe a levar poemas para a sala de aula, pois seu
pressuposto básico está na ideia de que a formação de um leitor competente
está vinculada a constante presença de textos no contexto escolar, propondo a
formação de leitores de poemas, tendo como foco principal a interação do
educando à linguagem poética, por isso, poesia não tem hoje, nem ontem,
poesia é sempre.
Quando lemos um poema, temos como objetivo o entretenimento, a
busca do encantamento com a forma original e diferente que os poetas tem de
ver o mundo. Diferentemente de outros gêneros de texto, um poema pode ser
lido muitas vezes e a cada leitura despertar uma nova emoção, novas ideias
novas sensações.
Por outro lado, ler poemas traz desafios para o leitor, sendo preciso
buscar significados, para efetivar a compreensão, sabemos que o poeta usa a
linguagem de maneira diferente da que fazemos no dia-a-dia, também emprega
recursos poéticos, como: rimas, aliterações, repetições, comparações e
metáforas que fazem parte da estrutura do gênero em estudo.
Objetivo: Estimular e promover o interesse dos educandos à leitura,
oralidade, produção textual e a conhecer poesias de diversos poetas.
Conteúdo: Poesias
Conhecendo o gênero
Público Alvo: 6º ano
Duração: 05 h/a
Procedimento metodológico:
O professor fará a leitura do poema: Girassol, de Vinicius de Morais,
O Girassol
Sempre que o sol
Pinta de anil
Todo o céu
O girassol
Fica um gentil
Carrossel.
Disponível em: www.casadobruxo.com.br/poesia/v/girassol.html. Acesso
em 25/08/2013.
Contextualização:
Vocês gostam de Poemas? Por quê?
Vocês leem Poemas com frequência?
Já pesquisaram Poemas na internet?
Vocês sabem com são chamadas as partes de um Poema?
E cada linha de um Poema? Como vocês chamam?
Vocês já escreveram poemas?
Poesia e Poema querem dizer a mesma coisa?
1ª Ação:
Primeiramente assistir o vídeo: Ou isto, ou aquilo - Cecília Meireles –
Disponível em: www.youtube.com/watch?v=b93ZBBJBz2U. Acesso em
10/12/2013
Cada educando deverá ler silenciosamente o livro de poemas MEUS
PRIMEIROS VERSOS de Cecília Meirelles e responder as perguntas
oralmente feitas pelo professor:
Como você sabe que são poemas?
No que diferem de uma noticia de jornal, de um conto ou de
uma receita de bolo?
Como são organizadas no papel?
De que fala o texto?
Que sentimentos o texto desperta?
Vocês sabem o que são versos e estrofes?
E qual será a diferença entre poesia e poema?
Distribuir um panfleto com o lembrete a seguir.
Lembrete:
Poesia – arte, habilidade de tornar algo poético. Ela provoca sentimentos, emoções,
impressões e reflexões.
Poema – uma composição em versos ou não em que há poesia. Têm várias formas e
falam de diferentes temas.
Poeta – pessoas que fazem obras poéticas.
Verso – corresponde a cada linha de um poema. Um poema pode ter quantos versos
o poeta desejar.
Estrofe – é um conjunto de versos. O número de versos fica a critério do poeta.
Rima – é um recurso usado no poema para dar sonoridade, descrever sensações – é
a semelhança sonora no final das palavras.
Aliteração – repetição de uma consoante.
Comentar oralmente que com a metáfora, nós falamos de um objeto ou
de uma qualidade com palavras que se referem a outros objetos ou
qualidades, mas podem ser tomadas emprestadas para fazer comparações.
2ª Ação
O professor fará a leitura do poema:
Retrato de pato
O pato ganhou sapato
Foi logo tirar retrato.
O macaco retratista
Era mesmo um grande artista. ...
Quintana Mario, Pé de Pilão, Ática
Disponível em: poesiaprosaemais.blogspot.com/…retrato-de-pato.htm.
Acesso em: 30/09/2013
Conversando sobre a poesia
Distribuir uma cópia do poema citado para cada educando.
Ler o texto com ritmo, fluência e entonação e depois
solicitar aos educandos que leiam juntos e em voz alta.
Ler, chamando a atenção para: título, direção da escrita,
espaçamento entre as palavras e a organização das ideias.
Ler novamente, questionando:
Compreensão:
Quais palavras não são conhecidas no texto? (usar
dicionário)
Neste texto, há perguntas ou só há afirmações?
O texto informa alguma coisa?
Qual é a intenção deste texto? É divertido? É rimado?
Vocês já leram algum texto como este anteriormente? (do
mesmo gênero)
Dramatização pelos educandos do poema.
3ª Ação
Retornar ao poema com uma leitura coletiva;
Como ele está escrito?
Suas frases vão até o final da linha?
Como são chamadas as partes que compõem um poema?
Qual o nome das palavras que terminam com o mesmo
som?
4ª Ação
Ampliando repertório
Levar os educandos ao Laboratório de Informática e
pesquisar outros poemas;
Levar livros de poemas disponíveis na biblioteca, para a
sala de aula;
Organizar e sistematizar juntamente com os educandos de
forma detalhada os elementos do gênero poema suas
principais situações de construção, sua forma, seus
elementos e sua circulação.
5ª Ação
Trabalhar na oralidade: metáfora e comparação.
Com a metáfora, nós falamos de um objeto ou de uma qualidade
com palavras que se referem a outros objetos ou qualidades, mas podem ser
tomadas emprestadas para fazer comparações.
Realizar as atividades abaixo no caderno. Usando a comparação.
Ligeiro como um ___________
Ensolarado como um ______________
Brilhante como um ______________
Feliz como um _________________
Alto como ______________
Baixo como _______________
Macio como _______________
Barulhento como ________________
Silencioso como ____________
6ª Ação
Todos os educandos participam da produção coletiva de um poema, e a
professora vai escrevendo no quadro, coordenando as sugestões.
7ª Ação
Solicitar aos educandos que produzam um poema com um tema
escolhido por eles mesmo.
Neste momento cada educando construirá seu próprio poema.
8ª Ação
Revisão e reescrita, neste momento sanar as dúvidas ainda existentes,
na reestruturação dos poemas produzidos.
9ª Ação
Exposição dos trabalhos: Este é o momento da exposição dos
trabalhos.
Organizar um mural com as produções deles e após fazer coletânea
para demonstração para outras turmas.
Descuidar-se da leitura, deixaria de contribuir para o
cumprimento de uma das funções primordiais da escola, a formação do leitor
literário. Sabemos que o conto é um recurso didático rico para um trabalho em
sala de aula, neste gênero aparecem seres encantados e elementos mágicos
pertencentes a um mundo imaginário provocando encantamento no leitor. Se
observarmos, é através deles que o povo transmite, a sua cultura, conhecem
novos lugares, novos costumes. De fato, com o passar do tempo as histórias se
modificaram, mas nunca deixaram de encantar, divertir e informar. Talvez, hoje
temos poucos contadores de histórias oralmente, mas podemos ler, para
ampliarmos nosso conhecimento literário.
No cotidiano, percebemos que a prática de narrar oralmente
histórias e causos vem se perdendo na sociedade de informação, onde as TICs
substituem os encontros para ouvir e contar causos, e consequentemente sua
origem perdeu-se no tempo. No entanto, precisamos resgatar através de
CONTOS
OFICINA 07
CONHECENDO O GÊNERO
nossos educandos a contação de histórias:
No entanto, sabemos que ninguém é dono e senhor dos contos
populares, por isso, cada povo e cada geração contam-nos à sua maneira, às
vezes corrigindo e acrescentando um ou outro pormenor no enredo. Daí o
provérbio:
“Quem conta um conto, aumenta um ponto”.
Objetivo:
Estimular a imaginação, familiarizando o educando com características
formais de contos populares.
Conteúdo: Contos populares
Público Alvo: 6º ano
Duração: 05 h/a
Procedimento Metodológico:
Vocês já ouviram falar em provérbios:
-Vocês sabem o que é?
-Vamos fazer uma pesquisa na internet e montar um mural com
provérbios e as possíveis interpretações de cada um.
-Fazer ilustrações referentes ao enunciado.
Contextualização:
Que tipos de textos vocês gostam de ler?
Vocês conhecem contos?
Alguém a sua casa gosta de ler contos?
E de contar “contos”
Que qualidades deve possuir um bom contador de
histórias?
Saber contar histórias, em sua opinião, é uma arte? Por
quê?
1ª Ação
Entregar uma copia do conto ”A visita da madrinha“ Pedir que
façam a leitura silenciosa e posteriormente a leitura compartilhada junto
com a professora.
A Visita da Madrinha.
Agora, agora mesmo quase a beirinha do sono da noite dou
comigo a colocar uma cassete especial no vídeo da minha vida e a
preparar-me para assistir certas coisas que me aconteceram por volta dos
cinco anos de idade!
(...) Um dia,...
Disponível em: files.provasafericao.webnode.pt/…008-1db921eb2f/..
Acesso em 25/11/2013
Contextualização oral:
Levantar as seguintes questões:
O que acham deste conto?
Vocês gostaram deste conto
O título traz informações suficientes para que possamos
descobrir, de imediato, qual o assunto tratado no texto?
2ª Ação
Pedir aos educandos que formem um círculo. Espalhar,
entre eles, diferentes exemplares de livros ou textos de
contos. Deixando-os manusear livremente;
Distribuir os livros: Quem conta um Conto, de Ana Maria
Machado, disponíveis na biblioteca escolar.
Em seguida, contextualizar o trabalho, possibilitando a
expressão oral, com o intuito de relembrar os contos que
conhecem.
3ª Ação
Neste momento, será trabalhado o conto A Casa da Madrinha, de
Ligya Bojunga Nunes. Distribuir a cada um dos educandos, um exemplar do
conto para que seja feita leitura extra classe, dentro de um cronograma de
oito dias.
A CASA DA MADRINHA conta a historia de uma casa que se
torna o centro dos pensamentos e dos desejos de um menino. Ele acaba
largando o mundo onde vive – mundo hostil, sem saída – e parte em busca
da casa. Encontra um companheiro de viagem: um pavão. Estrada afora, a
historia dos dois se mistura; e à medida que se estreitam as fronteiras entre a
fantasia e a realidade, uma galeria de personagens vai surgindo — a Gata da
Capa, o João das Mil e Uma namoradas, o Cavalo Ah!, Seu Joca do
pandeiro, e mais uma porção deles – ajudando e desajudando a caminhada
difícil do menino e do pavão. A história é narrada no estilo vivo...
4ª Ação
Para os educandos conhecer a vida da autora, levá-los até
o laboratório, fazer a pesquisa da biografia, dividir as
etapas, confeccionar um cartaz e expor em sala de aula.
5ª Ação
Aproveitar o momento e trabalhar oralmente as estruturas
da narrativa:
Depois distribuir um panfleto para fixar no caderno, revendo
os elementos analisados.
6ª Ação
Levar os educandos ao laboratório para pesquisarem o conceito, função
e características do que é um texto descritivo, os mesmos farão anotações que
servirão para consultas futuras.
7ª Ação
Depois de decorrido os dias que os educandos tiveram para fazer a
leitura do conto,
Será feita as questões referentes ao texto, na forma de gincana.
Elementos básicos da narrativa:
Fato - o que se vai narrar (O quê?)
Tempo - quando o fato ocorreu (Quando?)
Lugar - onde o fato se deu (Onde?)
Personagens - quem participou ou observou o ocorrido (Com quem?)
Causa - motivo que determinou a ocorrência (Por quê?)
Modo - como se deu o fato (Como?)
Consequências (Geralmente provoca determinado desfecho)
O texto narrativo apresenta uma determinada estrutura:
Esquematizando temos:
Apresentação;
Complicação ou desenvolvimento;
Clímax;
Desfecho.
Compreensão do conto.
1. Quem é o narrador desse conto?
2. Como o narrador conta o fato? Ele participa das ações ou
somente conta a história? Como isso está marcado no
texto? Exemplifique.
3. Onde se passa a história? Os lugares onde os fatos
acontecem ?
4. O que fez com que Alexandre decidisse sair de casa?
5. Por que o menino decide procurar a casa da madrinha?
6. Quais fatos fantásticos aparecem no conto?
7. Como é o início do conto?
8. E depois quando as coisas começam a ficar complicada?
9. Qual e o momento mais relevante (importante) do conto?
10. Qual é o desfecho (final) da historia?
11. Comente a melhor parte que você leu, sem esquecer os
principais acontecimentos e detalhes.
12. Descreva duas cenas que te chamou a atenção?
13. Se você pudesse o que mudaria na história?
7ª Ação
Produto Final:
Vamos produzir um conto:
Construção de um conto com o titulo: ”A casa da minha madrinha”
Rescrever a história, em que o personagem principal da história será o
educando:
1. Vamos falar do que?
2. Quem são os personagens?
3. No texto, as personagens irão falar.
4. Onde se passa a história?
5. O que vai acontecer de maior espanto?
6. No final como vamos fechar a história?
Salientá-los de que na hora de descrever os principais personagens e
mesmo na hora de reescrever a história deverão ter cuidado com as repetições
de palavras e mesmo da importância de escrever um texto coerente para que
seja compreensível para o leitor.
1. Ir para o laboratório de informática e digitar os textos.
2. Crie uma capa para o trabalho com a ilustração da personagem
principal da história.
3. Apresentar a coletânea para outras turmas fazerem a leitura.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALTENFELDER, Anna Helena: Poetas da Escola, São Paulo: Cenpec:
Fundação Itaú Social; Brasilia DF: MEC, 2008.
ANTUNES, I. Aula de português: encontro & interação—São Paulo:
Parábola Editorial, 2003.
BRASIL, Ministério da Educação. Parâmetros curriculares nacionais –
Ensino fundamental- Língua Portuguesa. Brasília: SEF/MEC, 1998.
CANTALOGO, Aline Rodrigues- Portal do Professor - Como as histórias em
quadrinhos podem contribuir para uma aprendizagem lúdica e
significativa? Disponível
em: portaldoprofessor.mec.gov.br/…aTecnicaAula.html?.. Versão completa
encontra-se em: http://meganakas.blogspot.com/2011/04/o-que-e-
onomatopeia.html. Acesso em 25/08/2013.
CARVALHO, M. A. F. de. & MENDONÇA, R. H. Práticas de leitura e escrita.
Brasília: Ministério da Educação, 2006. 180 p.
HEINE Evelyn- Como fazer uma história em quadrinhos: disponível em:
http://www.divertudo.com.br/quadrinhos/quadrinhos-txt.html. Acesso em:
04/10/2013.
LÁ FONTAINE, Jean de: Fábulas de Esopo; adaptação de Lúcia Tulchinsky.-
São Paulo: Scipione, 1998.
LÀ FONTAINE Jean de: Fábula: O Lobo e o Cordeiro Disponível em:
pensador.uol.com.br/frase/ODEwMzk1. Acesso em: 25/11/2013
MACHADO, Ana Maria: Quem conta um conto. São Paulo, FTD, 2001-1ª
edição.
MACHADO Fábio; ANDRADE C.G. Portal do Professor - Escrever, jogar e
brincar com o menino. Disponível em:
portaldoprofessor.mec.gov.br/…caAula.html?aula=994. Acesso 15/09/2013
MEIRELES, Cecília. Meus primeiros versos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
2001, 71 p.
MENÉRES Maria Alberta, texto «A Visita à Madrinha». Disponível em:
files.provasafericao.webnode.pt/…008-1db921eb2f/. Acesso em 25/11/2013.
MORAES Vinícius de, O Girassol - casa do Bruxo Disponível em:
www.casadobruxo.com.br/poesia/v/girassol.htm. Acesso em 20/10/2013.
NUNES, Lygia Bojunga: A casa da Madrinha/ ilustrações de Regina Yolanda.
— 7ª edição Rio de Janeiro : Agir,1985.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação básica: Língua Portuguesa.
Curitiba: Secretária de Educação do Estado do Paraná. Departamento de
Educação Básica. Curitiba: Jam 3 da comunicação,2008.
______. Pró-letramento: Programa de Formação Continuada de
Professores dos Anos/Séries Iniciais do Ensino Fundamental:
alfabetização e linguagem - ed. rev. e ampl. Brasília: 2007, 364 p.
RODAS DE LEITURA, conversando sobre livros | Plano de Aula | Ensino.
Disponível em: revistaescola.abril.com.br › ... › Língua escrita › Leitura. Acesso
em18/09/2013.
SIMÕES Fernanda Mauricio- T.A.A.G. Portal do Professor -
transformando um poema em história. Disponível em
portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=13500. Acesso em
30/08/2013.
SOARES, M. Letramento um tema em três gêneros. Belo Horizonte,
Autêntica, 1998. 2ª Ed.