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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · No Ensino Fundamental e Médio, as atividades fora de sala de aula ... saídas de campo em aulas de Ciências do Ensino Fundamental,

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

UMA ATIVIDADE LÚDICA DE SAÍDA DE CAMPO VIRTUAL: “A

VOLTA DOS QUE NÃO FORAM”

Adriane Dall’ Acqua de Oliveira 1

Dalva Cassie Rocha 2

1 Mestre em Ensino de Ciências e Tecnologia – UTFPr. [email protected] 2 Doutora Ciências Biológicas - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho -

[email protected]

Resumo

A formação inicial de muitos professores de Ciências, principalmente os que estão a mais tempo na rede estadual de ensino, utilizava apenas aulas práticas de microscopia como recurso prático tecnológico. Porém, os recursos de mídia tecnológica estão cada vez mais presentes no cotidiano de nossa escola e dos alunos e ainda são pouco utilizados pela maioria dos professores. Duas questões nortearam este projeto de intervenção pedagógica: a)De que maneira podemos aplicar recursos tecnológicos de informação e comunicação para subsidiar aulas de campo? b) O uso das Tecnologias da informação e comunicação pode aprimorar o conhecimento dos alunos? Objetivando oportunizar o acesso da ferramenta virtual para quebrar e ampliar barreiras geográficas, culturais e sociais, foi proposta uma “saída de campo” virtual. A metodologia utilizada nesse artigo foi pesquisa qualitativa e participante, com visitação virtual em pontos turísticos com potencial de estudo de conteúdos de ciências, para perceber as concepção prévia e perspectivas do ambiente, utilizando para isso, programas de georreferenciamento. Previamente, os participantes foram consultados quanto as expectativas dos pontos turísticos a serem visitados. Nesse momento, chamou atenção que os participantes revelaram interesse em conhecer o entorno da escola e suas residências. As falas dos alunos foram registradas e analisadas de acordo com a Pedagogia Histórico-Crítica, sobre o retorno da prática social dos alunos. Essa metodologia possibilitou aos participantes uma nova perspectiva visual sobre o ambiente cotidiano, além de ampliar seus horizontes de maneira lúdica e interativa. Palavras-chave: saída de campo virtual. Tecnologia. Google maps.

Introdução

No Ensino Fundamental e Médio, as atividades fora de sala de aula

são raras, inclusive pelo volume de documentação necessária para autorizações.

Por isso, muitos professores desistem de propostas dessa natureza.

Esse trabalho apresenta uma atividade virtual e interativa como alternativa

para saídas de campo no estudo de temas como ecologia, seres vivos, etc.

Usando essa estratégia metodológica diferenciada e lúdica, mais frequente

em aulas de Geografia, o professor de Ciências estará atendendo às

recomendações do uso de variados recursos didáticos-pedagógicos presentes nas

Diretrizes Curriculares do Ensino de Ciências do Paraná (DCEs).

Ao reconhecer as dificuldades que cercam o planejamento e a execução de

saídas de campo em aulas de Ciências do Ensino Fundamental, algumas questões

foram formuladas para nortear esse trabalho: De que maneira podemos aplicar

recursos tecnológicos de informação e comunicação para subsidiar aulas de campo?

O uso das Tecnologias da informação e comunicação pode aprimorar o

conhecimento dos alunos?

O acesso da ferramenta virtual oportunizou quebrar e ampliar barreiras

geográficas, culturais, sociais, auxiliando o processo de ensino-aprendizagem. Ainda

como objetivos específicos propusemos: organizar e promover aulas de campo

virtual; apropriar-se das tecnologias de informação e comunicação como

possibilidade de recurso didático e ferramenta pedagógica; conhecer as imagens de

satélite e os programas utilizados para fazer a saída de campos virtual; provocar os

alunos para construir uma saída de campo virtual, criando uma atividade

programada com roteiro de estudo para aplicá-la para seus pais; construir a partir da

ferramenta novas possibilidades de aprendizagem.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

1. Classificação da pesquisa

Segundo Gil (1991) esta pesquisa de intervenção, que é prática na sala de

aula, pode ser classificada como pesquisa aplicada e qualitativa, pois considera a

relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, utilizando as falas e produções dos

alunos para a análise. A sala de aula, o cotidiano escolar foram as fontes diretas de

coletas dos dados.

Segundo Barros e Lehfeld (1997) esta pesquisa foi classificada como

“Observação participante: o observador se incorpora natural e artificialmente ao

grupo ou comunidade pesquisados.”

A coleta de dados se deu em diferentes momentos, um no início do projeto

com a aplicação de questionários para obter as concepções prévias dos alunos, em

seguida foram realizadas saídas de campo virtual em diferentes localidades,

principalmente o entorno do Colégio Estadual Alberto Rebello Valente, ampliando a

visão da localidade dentro de uma nova perspectiva e dimensão.

Participaram alunos do 6º ano e 7º ano, totalizando 56 alunos. A participação

dos pais na atividade não pode ser realizada por diversos motivos, entre eles

excesso de demandas de cursos ao professores e pouca aceitação dos pais de

participarem da atividade, o principal motivo e o trabalho, não podendo faltar para

participarem da atividade na escola.

2. Metodologia

Os dados foram registrados através de relatórios, questionários e fotos.

Primeiro momento : Nesta etapa definiu-se a situação problema, sua

contextualização as estratégias e a escolha dos conteúdos e/ou conceitos que iriam

ser trabalhados. A partir desta escolha, foi verificada a possibilidade de uso do

laboratório de informática, a execução dos programas e os recursos para a sua

realização.

Em seguida a proposta da atividade, os objetivos e o critério de avaliação,

foram a apresentados a direção, equipe pedagógica e aos alunos.

Preparação do questionário para o levantamento dos locais para o

desenvolvimento da atividade.

Segundo momento : Os alunos foram divididos em grupos, dentro de sua

sala de aula, e responderam ao questionário para o levantamento prévio dos

possíveis locais para a atividade de “saída de campo” virtual. Os dados coletados

foram analisados e a partir deles foram selecionados quais os pontos turísticos já

conhecidos pela maioria dos alunos e quais eles gostariam de conhecer. Em cima

destes dados, foi feita a analise de quais destes pontos poderiam ser fontes de

conteúdos e/ou conceitos de Ciências, mesmo eles achando que estes locais teriam

apenas interesses turísticos e não educacionais, tanto da nossa como de outras

regiões.

Os alunos foram identificados com termos L1, L2, L3 etc. para preservar a

identidade dos mesmos e foram selecionados alguns relatos apenas dos alunos do

6º e 7º anos, aleatoriamente.

Terceiro Momento: Após este levantamento foram formulados os roteiros

para as saídas de campo virtuais. Apresentamos as ferramentas de localização

geográfica do Google maps e Google Earth, e elaboramos o roteiro da “saída de

campo” virtual com escolha do local.

Quarto momento: A execução da “saída de campo” virtual propriamente dita.

Iniciamos a atividade partindo do portão de acesso a escola e a curiosidade dos

alunos foi tão grande e fizemos um roteiro no entorno da escola, visitando suas

casas e a dos demais colegas e o seu bairro, porém como uma óptica diferente da

sua visão de mundo, através de imagens de satélites e tecnologias ainda

desconhecidas pela maioria dos alunos.

Quinto momento : Montagem de um roteiro, com os diferentes locais

mencionados no questionário e as possibilidades de atividades que foram

trabalhados, como biomas, biodiversidades, solo, água, ar, turismo sustentável,

cultura entre outros.

Sexto momento: Realizamos mais uma oficina para apresentar através das

ferramentas de localização geográfica, numa perspectiva de contribuir na quebra de

barreiras geográficas, sócias e culturais, locais indicados nos questionários, entre

eles o litoral, mata atlântica, diferentes biomas.

Fig. 01) Primeira “saída de campo” virtual no entorno da escola no laboratório.

Fonte: autoria própria

Resultados e discussões

Durante todo o processo ocorreram interações entre os alunos e o professor,

com eventuais intervenções para a realização da atividade, viabilizando a troca de

experiências entre os participantes nos diferentes níveis de conhecimento.

O resultado das análises dos questionários, relatórios das atividades e o

registro das imagens foram sistematizados e socializados, priorizando a discussão

da prática pedagógica e sua viabilidade, bem como a relação da atividade didática

com o universo cultural do aprendiz, a sua apropriação do conhecimento e o seu

retorno a prática social.

O uso de diferentes meios e metodologias auxiliam o processo de ensino-

aprendizagem e facilitam a compreensão do meio no contexto em que estão

inseridos, valorizando as suas relações sociais.

Perguntas

1) Quais os pontos turísticos de Ponta Grossa que você conhece? L1) Vila Velha, shopping, centro de eventos, Parque Ambiental L2) Taça de Vila Velha e Buraco do Padre L3) Vila Velha, Parque Ambiental, Shopping Palladium, Rio Verde e Cemitério. L4) Shopping Palladium e Vila Velha L5) Vila Velha (rochas, lagoa dourada e furnas), Catarata de São Jorge, Shopping, Centro de Eventos e Parque Ambiental. L6) Vila Velha e Parque Ambiental. L7) Maria Fumaça, Vila Velha, Shopping Palladium. L8) Vila Velha, Parque Ambiental, Centro de Eventos, Alagados, Capão da Onça. L9) Maria Fumaça, Vila Velha, Shopping Palladium, Buraco do Padre. L10) Vila Velha, Parque Ambiental, Alagados, Aeroporto. L11) Maria Fumaça, Vila Velha, Shopping Palladium, Capão da Onça, Pesque e Pague. L12) Rio Verde, Prainha, Capão da Onça, Pedreira, Joãozinho e Monteiro. L13) Shopping Palladium e Vila Velha. L14) Parque Estadual de Ponta Grossa, Vila Velha. L15) Vila Velha, Museu, Aeroporto, Buraco do Padre. L16) Museu, Aeroporto Santana e Shopping

Observou-se que a maioria dos alunos conheciam apenas os pontos turísticos

locais, um ou outro aluno mencionou ponto de outras localidades, como por exemplo

Curitiba.

Outro ponto interessante é o imaginário dos alunos em relação a alguns

pontos turísticos como, por exemplo, do aluno L5: “Catarata do São Jorge”,

provavelmente por influencia da mídia que sempre apresenta reportagens sobre as

cataras. Acho que houve uma fusão de termos no que diz respeito à Cachoeira do

Rio São Jorge e as Cataratas.

O aluno L3 mencionou o cemitério e pudemos trabalhar o conceito de

patrimônio edificado, trazendo uma correlação à disciplina de História. Segundo

Krasilchik e Marandino, (2004): “...o processo de alfabetização em ciência é contínuo

e transcende o período escolar, demandando aquisição permanente de novos

conhecimentos.” Inicialmente pudemos observar essa aquisição de novos

conhecimentos partindo desses locais escolhidos.

Quando perguntados sobre “quais os pontos turísticos de Ponta Grossa que

gostariam de conhecer”: muitos citaram o Buraco do Padre, Capão da Onça,

Cachoeira do São Jorge, Alagados, Cachoeira da Mariquinha e Rio Verde, etc. O

Parque Estadual de Vila Velha, a grande maioria já conhecia, pois a escola que

haviam estudado no ensino fundamental séries inicia, os leva a este local bem como

a Curitiba.

Em relação aos pontos que gostariam de conhecer, tivemos os seguintes

relatos:

L1) Rio de Janeiro, Cristo Redentor, Pão de açúcar, as praias de Santa Catarina, Beto Carreiro e Cataratas do Iguaçu L2) Laboratórios, Museus e Litoral. L3) Vulcões. L4) Rochas L5) Parque da Aves, Foz do Iguaçu, Litoral e Floricultura de Curitiba. L6) Museu. L7) Museu, Laboratório e Litoral. L8) Queria conhecer as Cataratas de Iguaçu, Cristo Redentor no Rio de Janeiro, e os lagos de Guarapuava. L9) Guarapuava, Cristo Redentor e Porto Alegre. L10) São Paulo, Rio de Janeiro e Estados Unidos L11) Foz do Iguaçu, Jardim Botânico, Beto Carreiro e Prainha de Castro. L12) Rio de Janeiro e Santa Catarina. L13) Rio de Janeiro, Cristo Redentor e Pão de Açúcar. L14) Castro: A prainha e Jardim Europa L15) Santa Catarina e as Cataratas de Iguaçu. L16) Masp (São Paulo), Cataratas do Iguaçu (Foz do Iguaçu), Cristo Redentor (Rio de Janeiro).

Os pontos apontados pelos alunos, estão diretamente ligados ao turismo,

provavelmente influenciados pela mídia, com exceção de: L2, L3, L5 e L7, que

indicaram locais com grande potencial educacional.

Após a análise das respostas foi executada a oficina de saída de campo

virtual no entorno da escola, do ponto de vista do programa os relatos desta

atividade foram:

L1) A minha escola fica dentro do instituto, na frente tem plantações de muitos tipos, tem uma rua que da lá na porteira, até lá em cima onde um campo ao lado direito tem muitas árvores e um espaço sem nada aonde vão fazer uma creche mais não fizeram, e ao lado esquerdo tem uma quadra onde a escola pratica esportes, e tem uma casa onde os padres moram, os donos do instituto João 23, mas no computador só consigo ver até o portão de entrada L2) Cheia de Árvores e Casas. L3) Cheio de Árvores, rua, parquinho, quadras, mato, creche, igreja, instituto e dentista. L4) Casa, mercearia, árvores, plantas e campos. L5) Tem um pequeno rio, casas, bar e em volta da escola muitas árvores.

L6) Tem casas, árvores e um bar. L7) Parquinho, mercearia, rua e árvores. L8) É calmo, lindo, maravilhoso tudo de bom que alguém gostaria de morar, por mais que tenha uma padaria e uma mercearia. L9) Tem uma igreja, árvores, Riozinho, padaria, casas, uma quadra e campo. L10) Entorno da minha escola para baixo há várias árvores, portão do instituto, e várias casas, também tem ruas. Na esquina há uma mercearia, para cima da escola tem uma quadra, campo, etc. Na frente tem uma horta, e na frente da horta tem várias casas. L11) Casas e bares. Árvores, padaria, um campo e a rodovia. L12) Tem pedras, árvores, terra e asfalto, desmatamento e água. L13) Árvores, casas e gramado L14) Com árvores, gramas, flores, plantas e a rua. L15) Cheio de árvores e casas. L16) Com várias casas, árvores e águas.

Um ponto observado nesta análise foi que os alunos tiveram dificuldade em ver

as imagens de dentro da escola, pois as imagens são feitas apenas até o portão de

entrada, em seguida foi explicado sobre o direito de privacidade, não pode fazer fotos

da parte interna das casas, bem como o rosto das pessoas está desfigurado para que

não ocorra o reconhecimento. Os alunos puderam observar sua escola e vila através

de imagens de satélite, ampliando se conhecimento de imagens de satélites em uma

nova perspectiva.

Neste momento o trabalho de reconhecimentos do reconhecido o seu bairro

com outra visão e usando outra tecnologia. O interessante e que quando

começaram a usar a ferramenta de georreferenciamento do Google maps, eles

quiseram visitar as suas casas para ver como as imagens estariam, e nesse

momento, fizeram um sorteio para ver em qual casa iriam inicialmente e todos os

alunos acompanhavam o mesmo percurso, a pessoa escolhida ia indicando quais as

ruas que deveriam seguir, e contava um pouco do que havia mudado, todos

visitaram suas casas, inclusive as casas mais simples. Não houve nenhum tipo de

manifestação negativa e/ou descriminação.

Quando fizeram a “saída de campo” virtual em locais desconhecidos,

pudemos quebrar barreiras geográficas conhecendo diferentes países, entre eles o

Estados Unidos, especificamente Miami, pois observaram a diferença cultural e

econômica, pois haviam lanchas estacionadas nas mansões em regiões de

encontros dos rios com águas do mar, e entenderam o conceito de país de primeiro

mundo. Muitos ampliaram seus conceitos de distâncias, espaço, biomas, cultura

entre outros.

E finalmente exploramos o programa e fizemos uma “saída de campo” virtual

a Lua, Marte e o cosmo. Esta parte da atividade deixou os alunos perplexo pois

puderam ter uma visão de fora do planeta Terra e apreenderam conceitos abstratos

como gravidade, rotação, translação e universo.

Fig. 2 – Saída de campo virtual em diferentes regiões.

Fonte: própria autora.

A produção didático-pedagógica foi um roteiro de todas estas “saídas de

campo” virtuais, em forma de tutorial e foi disponibilizada no formato de material

multimídia, objetivando dinamizar o uso dessas ferramentas tecnológicas. Este

material também foi disponibilizado no sacir aos professores participantes do GTR.

A avaliação se deu de maneira contínua e diagnostica durante todo o

processo. A analise da prática social inicial dos alunos durante todo o processo de

aprendizagem até o seu retorno à prática social, foi analisado através das falas dos

alunos.

Considerações finais

A atividade foi de grande valia para a assimilação dos conteúdos e conceitos

de Ciências, muitas vezes abstratos aos nossos alunos. Outro ponto positivo, foi o

uso do laboratório de informática com fins educacionais, pois muitos alunos usavam

os computadores apenas para jogarem. Segundo Bizzo, 2000. “As aplicações

tecnológicas são um grande campo a ser explorado pelo professor, proporcionando a

seus alunos a vivência plena das aplicações de princípios a situações diversas.”

(BIZZO, 2000, p.54). Aliar estes recursos tecnológicos facilitou muito o entendimento

de conhecimentos como: bacias hidrográficas, diversidade de espécies vegetais, pois

puderam perceber, mata ciliar, reflorestamento de pinus e capões, presentes no

entorno da escola.

A nova perspectiva de visão do “micro ao macro” e vice-versa foi algo bem

marcante, pois muitos alunos não tinham o entendimento de conceitos que envolviam

o cosmo. Conhecer as imagens de satélite e os programas utilizados para fazer a

saída de campos virtual ampliou sua visão de mundo.

“Na educação escolar, a seleção entre os saberes e os materiais culturais tem por meta torná-los efetivamente transmissíveis e assimiláveis. Todavia, outros ecossistemas educativos irão determinar novas formas de produção, reprodução e apropriação do conhecimento” (KRASILCHIK, MARANDINO, 2004, p.30).

Este projeto permitiu aos alunos ainda, apropriar-se das tecnologias de

informação e comunicação como possibilidade de recurso didático e ferramenta

pedagógica. Oportunizou quebrar e ampliar barreiras geográficas, culturais e sociais,

bem como a prática social dos alunos, pois segundo Gasparin (2003) passaram de

um estágio de menor compreensão científica para uma compreensão da totalidade,

modificando a sua prática social inicial.

Referências

BARROS, A. J. P.; LEHFELD. N. A. S. Projeto de Pesquisa: propostas

metodológicas. Petrópolis , RJ: Vozes, 6a Ed, 1997.

GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica . 2. Ed. –

Campinas, SP: Autores Associados, 2003. – (Coleção educação contemporânea).

KRASILCHIK, M.; MARANDINO, M. Ensino de Ciências e Cidadania . São Paulo:

Moderna, 2004. (Coleção cotidiano escolar/coordenador Ulisses f. Araújo).

PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares do

Estado do Paraná - Biologia. Curitiba: SEED, 2008. Disponível em:<

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/diretrizes/dce_cien.pdf>.Acess

o em: 13 de fev. 2013.

PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares do

Estado do Paraná – Ciências . Curitiba: SEED, 2008. Disponível em:

<http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/diretrizes/dce_bio.pdf>.

Acesso em: 13 de fev. 2013.